A literatura gaucha

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Page 1: A literatura gaucha

Instituto Estadual Cel. Ganuíno Sampaio

Literatura

A HISTÓRIA ANTES DA LITERATURA...

A LITERATURA GAÚCHA

Tiago Elias Ferreira nº 412311

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A CHEGADA DO HOMEM BRANCO

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A HISTÓRIA ANTES DA LITERATURA GAUCHA...

Ao chegar o homem branco ao território brasileiro, habitavam aqui os seus habitantes originais, os índios, com grande grau de generalização. Eles estavam espalhados pelo território riograndense. Os Tapes mais ao norte, que obtiveram grandes relações com os Jesuítas, em outra parte do norte viviam os caingangues, os que mais resistiram ao homem branco e mais ao sul os charruas e minuanos, que resistiram a integração, mas foram integrados a civilização branca ao longo do tempo. Sabendo que não houve ocupação do RS, neste primeiro século, mesmo seu território cabendo a Espanha conforme o Tratado de Tordesilhas, e a Portugal o naco do Atlântico.

Era o tempo em que os portugueses organizavam a economia açucareira e os espanhóis procuravam fixar posições no Sul. Época em que a portuguesa Salvador é fundada, em 1536, e a espanhola Buenos Aires no Rio da Prata. Em 1545 Potosí na Bolívia é fundada e São Paulo fundada a partir de 1554.

Sendo assim, 60 anos de administração comum entre 1580 e 1640, entre as duas coroas Ibéricas, que aqui desde o começo disputavam o território americano, onde também temos a presença holandesa no Recife e região, entre 1624 e 1654.

E nesta época começa o trabalho dos jesuítas na metade sul da América do Sul, envolvendo catequese com a criação de aldeias, organização social e econômica, integração, de vastas populações indígenas que vai durar de 1610 a 1750, alcançando várias aldeias, vilas e verdadeiras cidades.

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ALDEIA MISSIONÁRIA

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...CONTINUANDO...ANTES DA LITERATURA GAÚCHA...

E então começa a ser percorrido pela primeira vez o território do Rio Grande do Sul, talvez a primeira vez por europeus. Entre 1600 e 1625.

No mesmo instante em que jesuítas espanhóis estão trabalhando em uma extensa região chamada Guairá, hoje território do Paraná, com aldeamento de índios. Após acontecendo as reduções jesuíticas, que revela uma diminuição de suas ações, por consequência disso, os índios se tornam presas fáceis aos bandeirantes paulistas que partiam em busca de riquezas e pessoas para escravizar.

A provícia de Guairá chegou a ter mais de 100 mil habitantes, mas dezenas foram escravizados e levados para o norte. E por isso, os jesuítas espanhóis descem em direção ao sul para escapar dos bandeirantes entre 1626 e 1638.

Os índios sobreviventes são orientados a fugir para Rio Grande do Sul e em 1670 estabelece-se outro grande domínio territorial no noroeste do Rio Grande do Sul e ao Nordeste da Argentina.

Formando assim uma nova sociedade com milhares de habitantes, com uma estrutura protegida por instrumentos espanhóis.

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Mas os portugueses não estão parados não,fundam a Colônia do Sacramento que se localiza de frente para Buenos Aires, incomodando assim, os espanhóis.

Temos outra data significativa para entender-se a região é a fundação de Montevidéu em 1726, isso isolava a comunicação entre a Colônia e o território português ao norte.

E por fim o que irá alterar o foco português no Sul após será a descoberta de diamantes e ouro em Minas Gerais em 1693, esse será o foco dos portugueses por décadas, e sucessivamente daí para o açúcar nordestino, organizando assim, todo um sistema de exploração. E do sul sobem dois elementos importantes para o ciclo do ouro, os cavalos e as mulas e o gado para alimentação. E podemos dizer que o atual Rio Grande do Sul passa a existir para o centro da Colônia portuguesa.

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O INICIO

A Sociedade Parthenon Litterario !

Criada em 18 de junho de 1868, em um período de grande efervescência política e social, com ideias abolicionistas e republicanas em andamento, foi uma associação literária brasileira, que no século XIX foi considerada a principal agremiação cultural do Rio Grande do Sul, a formadora e consolidadora da Literatura Gaúcha.

Sediada em Porto Alegre promoveu um intercâmbio cultural que impulsionou a intelectualidade riograndense, tendo dois principais autores como figuras o médico José Antonio do Vale Caldre e Fião, sendo presidente honorário, e o Apolinário José Gomes Porto-Alegre.

A sua criação teve como uma consequência o intercâmbio de ideias entre os autores membros, sendo assim, promoveu a circulação de matérias literárias em diferentes jornais.

A sociedade também participava de campanhas abolicionistas e ajudava com fundos para a libertação de escravos e expressava sua opinião nos mais variados assuntos polêmicos de sua época

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Sendo assim, as primeiras manifestações literárias do Rio Grande do Sul obedecem a poesia, a forma métrica. A maior facilidade na divulgação deve-se a essa preferência.

E como não existiam editoras, um soneto poderia se tornar público por meio de um rodapé de um jornal ou declamado. Também vemos a contribuição oral em meio a tudo isso, o cultivo da cancioneiridade popular.

Sendo utilizada a opção do verso, tendo como temática a valorização do mundo gauchesco, com elementos populares e a ideologia dos senhores da terra do gado. Tendo os temas, influência da Revolução Farroupilha e a confluência do cancioneiro popular e o uso que fez dele a classe dominante.

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CALDRE E FIÃO José Antônio do Vale Caldre e Fião nasceu em

24/10/1824 em Porto Alegre e com 51 anos faleceu em 30/03/1876, foi escritor, jornalista,

político, médico e professor brasileiro, sendo considerado o PAI DA LITERATURA GAÚCHA.

Dedicou-se intensamente ao abolicionismo, membro da sociedade contra o tráfico de africanos e promotor da colonização e civilização dos Indígenas,

sendo perseguido e ameaçado por esse e outros ideais.

E em 1852, ele obten seu diploma de médico e se torna um dos fundadores e presidente da Sociedade Partenon Literário de Porto Alegre.

ALGUMAS OBRAS: Elementos de Farmácia Homeopática,1846; A Divina Pastora, romance, 1847; Elogio Dramático ao Batizado do Príncipe Imperial D. Pedro - 1848.

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EDUARDO GUIMARÃES Eduardo Gaspar da Costa Guimarães nasceu em 1892 em Porto Alegre e faleceu em 13 de dezembro de 1928 no Rio de Janeiro, foi escritor, tradutor e jornalista.

Foi um dos maiores representantes da Literatura simbolista do país.

Participantou do simbolismo, o movimento que produziu grandes poetas no Rio Grande do Sul,

homenageado patrono da Feira do Livro de 1969 de Porto Alegre, é patrono da 38 Academia Rio-Grandense de Letras e formando juntamente com Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens, a dita “Trindade Simbolista” no Brasil.

ALGUMAS OBRAS: Caminho da Vida (poesias, 1908); Arabela e Atanael (contos, 1912); A Divina Quimera (poesias, 1916).

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POEMA DE EDUARDO GUIMARÃES...

PerfumeNão sei, mas em toda parte

Ou no silêncio ou no rumor,

Sinto-te docemente o inebriante aroma

Esparso

Pelo ar da noite.

Tenho os meus olhos fixos na sombra

Externa

Pelos vidros

Da minha janela.

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À minha frente,

Sobre a desordem do papéis da minha secretária,

Há esboçados apenas

Um ou dois poemas

Aspiro neles

Teu perfume...

Será sempre a minha arte

Um vaso tosco

Onde a tua beleza

Há de ser sempre

A flor.