A Luta Do Povo Espanhol Contra o Franquismo

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    A Luta do Povo EspanholContra o Franquismo

    Dolores Ibarruri

    PF o n tT r a

    Direitos de "eproduo: A cpia ou distribuio deste documento livre e indefinidamente garanti

    A G!AND" greves e manifesta#es de massas $ue nos%ltimos tempos t&m se desenvolvido em diversas cidades eregi#es espan'olas( principalmente na )atalun'a( ondetiveram in*cio essas greves( desferiram um srio golpe no

    fran$uismo e abriram o camin'o para o desenvolvimento denovas a#es contra o regime e pela democrati+ao da"span'a. " no poss*vel dei,ar de notar uma estreitaligao entre a situao criada ao regime fran$uista por essaslutas e a pressa dos "stados Unidos em estabelecer um pactomilitar com o governo do generalFrancoa fim de reforar aautoridade deste %ltimo e de impedir a sua $ueda.

    -s incendirios de guerra precisam do general Francopara

    fa+er da "span'a uma base militar( um ponto de apoioestratgico no desenvolvimento de seus planos de agresso/precisam tambm das matrias primas $ue e,istem na"span'a( entre elas os minerais de valor estratgico como ovolfr0mio( o +inco( o estan'o( o merc%rio( o c'umbo e ominrio de ferro( cu1a e,portao 1 est sendo feita para os"stados Unidos. 2recisam do regime fran$uista por$ue uma"span'a democrtica( uma "span'a com um governo ciosode sua soberania e da independ&ncia nacional( uma "span'a

    na $ual o povo possa e,pressar livremente a sua vontade(no aceitaria transformar3se numa col4nia ian$ue( nem

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/franco_francisco.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/franco_francisco.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/franco_francisco.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/franco_francisco.htm
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    toleraria $ue nen'uma pot&ncia estrangeira pretendesseservir3se do territrio espan'ol como trampolim para aagresso 5 Unio ovitica e 5s Democracias 2opulares( emrelao as $uais o povo espan'ol s tem motivos de gratido.

    -s "stados Unidos v&m preparando de forma disfarada e'ipcrita a incorporao da "span'a fran$uista 5 nova 6antaAliana7 dos incendirios de guerra( e 1untamente com elesseus aliados franceses e ingleses. 8as $ueriam $ue essaincorporao se reali+asse de um modo natural( pela prpriafora das circunst0ncias e sem $ue eles aparecessemforando a situao( uma ve+ $ue( de outra forma( toda'ipocrisia e falsidade de sua propaganda em relao aos

    pretensos ob1etivos do bloco Atl0ntico de defesa da6liberdade7 e da 6democracia7 ficariam a descoberto.omente $uando sentiram $ue o povo espan'ol est vivo( dep( disposto 5 luta contra o regime fran$uista( foraram asituao e( tirando a mscara( aparecem abertamentedispostos a pactuar com Francoe a consolidar o regimefascista na "span'a.

    No camin'o para a incorporao da "span'a ao bloco dospa*ses agressores( os imperialistas anglo3norte3americanosserviram3se dos dirigentes socialistas como solapadores daresist&ncia republicana. "sses dirigentes socialistas(encabeados por 9rifon Gomes e :ndalecio 2rieto( procuraramcriar no povo espan'ol um sentimento derrotista daimpossibilidade de recuperao da !ep%blica. -s dirigentessocialistas lutaram por destruir as institui#es representativasda !ep%blica no e,*lio argumentando $ue a e,ist&ncia dessasinstitui#es( como o governo republicano e a representaodo parlamento( criavam obstculos 5 soluo do problemaespan'ol. Ao mesmo tempo( por vrias ve+es reiteraram emsua imprensa e em seus discursos a opinio de $ue a "span'adevia participar do plano 8ars'alle do bloco ocidental(declarando $ue somente os americanos poderiam resolver oproblema espan'ol.

    "m um discurso pronunciado por :ndalecio 2rieto( entopresidente do 2artido ocialista "span'ol( em uma assembliadesse 2artido reali+ada em 9oulouse em maro de ;( o

    l*der socialista disse o seguinte?

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/santa_alianca.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/santa_alianca.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/franco_francisco.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/p/plano_marshall.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/santa_alianca.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/santa_alianca.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/franco_francisco.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/p/plano_marshall.htm
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    6e nos concedessem a !ep%blica( noter*amos $ue torturar nossa cabea pararecuper3la( mas acontece $ue no n43laconcedem. No e,iste outro camin'o $ue o de

    servir aos dese1os das pot&ncias ocidentaiscingindo3nos ao $ue essas pot&ncias nos$ueiram conceder7.

    )om esse critrio trabal'aram desesperadamente paraimpedir a unidade das foras republicanas e democrticas( e1ustificar( com a diviso do campo republicano( a pol*tica deproteo ao fran$uismo dos anglo3americanos. " tambmforam e so eles o ve*culo do anti3comunismo entre a

    emigrao espan'ola.@ogando com sutile+as casu*sticas de advogados do diabo(

    e apoiando3se no ponto de vista reacionrio de $ue a forafa+ o direito( os dirigentes socialistas procuraram demonstrara falta de base 1ur*dica da legitimidade republicana( aceitandocomo fato irreparvel a e,ist&ncia do regime fascista dogeneral Francoe c'egam a concluso de $ue na "span'a noe,iste alternativa democrtica ao regime atual. )om issoprocuram 1ustificar seu pacto com os monar$uistas e a suadisposio de servir aos imperialistas.

    Ainda no 'ouve ao( por mais indigna $ue fosse( 5 $ualno ten'am recorrido os dirigentes socialistas para impor apol*tica norte3americana no campo republicano espan'ol naemigrao e no interior do pa*s. )'antagens( ameaas(promessas( dela#es( principalmente na Frana( ondecontavam com o apoio de @ules 8oc'( os dirigentes socialistasespan'is se especiali+aram nos servios policiais e na

    delao contra os comunistas.

    " isso por$ue os comunistas eram os %nicos $ue seopun'am a uma pol*tica entreguista( por$ue os comunistaseram os $ue alertavam os trabal'adores sobre os verdadeirosob1etivos da propaganda socialista a favor dos americanos(por$ue os comunistas eram os $ue mantin'am vivo o esp*ritorepublicano e anti3fran$uista na emigrao e no interior dopa*s.

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/franco_francisco.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/moch_jules.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/franco_francisco.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/m/moch_jules.htm
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    - governo franc&s( do $ual participavam vrios ministrossocialistas( ordenou $ue fossem deportados os comunistasespan'is $ue estavam na Frana( ao mesmo tempo em $uepreparava o interc0mbio de embai,adores com a "span'a

    fran$uista. Foi proibida toda atividade dos comunistasespan'is na Frana e suprimida a sua imprensa( $ue emnen'um momento interferiu nos assuntos internos franceses(dedicando3se inteiramente 5 luta contra o regime fascistaespan'ol.

    -s comunistas( amordaados( impossibilitados de falar ede agir e os socialistas e anar$uistas com plena liberdade deao( seus dirigentes se dedicaram a despe1ar sobre os

    comunistas toda espcie de inf0mias( en$uanto se ofereciamaos americanos com um servilismo repugnante. -s c'efesanar$uistas declaravam $ue entre Francoe os comunistaseles preferiam 5 Franco/ os dirigentes socialistas afirmavam$ue eles eram mais anti3comunistas do $ue Francoe $ueestavam em mel'ores condi#es $ue o governo fran$uistapara reali+ar na "span'a a pol*tica anticomunista e agressivade $ue necessitavam os americanos.

    A Deciso da #$% em Favor de Franco no Abateuo !oral das !assas

    N"" )L:8A( a reali+ao dos planos americanossobre Francoera muito fcil. "les podiam esgrimir comoargumentos a seu favor os prprios argumentos dosdirigentes socialistas e anar$uistas( inclusive de Negrin$ue(em uma srie de artigos publicados no 6Ne BorC erald9ribune7( em abril de ;

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    consci&ncia No( por$ue sabiam $ue a votao estavaassegurada a favor de Franco. A absteno l'es permitia( decerto modo( guardar as apar&ncias e continuar especulandoante as massas trabal'adoras de seus respectivos pa*ses com

    sua repulsa ao regime fran$uista.8as o povo espan'ol no se dei,ou enganar por essas

    arg%cias diplomticas/ as massas trabal'adoras espan'olascon'eciam 1 o filiteismo dos representantes dos pa*sesc'amados democrticos e de sua atitude na -NU ante oproblema espan'ol. No es$ueceram os espan'is anti3fascistas a posio favorvel a Francodos representantesingleses( franceses e norte3americanos( $uando nas reuni#es

    da -NU( em ;

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    Nas semanas $ue se seguiram ao levantamento dassan#es contra o regime fran$uista( a "span'a oficial( $ue atento vivia em constante sobressalto( sentindo $ue o c'o l'efaltava aos ps cada ve+ $ue um delegado sovitico ou um

    representante das Democracias 2opulares se levantava na-NU para defender os direitos do povo espan'ol eestigmati+ar o regime fascista do general Franco( pelaprimeira ve+ depois da derrota do 'itlerismo( p4de dormirtran$uila. No mais perturbava o seu son'o a ameaa doJblo$ueio econ4mico proposto pelos delegados soviticos erepresentantes das Democracias 2opulares( e $ue num breveespao de tempo teria podido acabar com o regime dogeneral Franco.

    -s incendirios de guerra anglo3norte3americanosoptavam publicamente? preferiam uma "span'a fascista 5uma "span'a democrtica. Grave e severo( apertando osdentes e crispando os pun'os( o povo observava o 1%bilo deseus verdugos e maldi+ia os governantes americanos(ingleses e franceses( com dio e asco. " pensava( pensava$ue a alegria dos tiranos custa sempre ao povo lgrimas desangue( pensava $ue novos males( novos sofrimentos seapro,imavam por detrs das lu+es do palco onde seglorificava os ian$ues( os mesmos $ue levaram a "span'a 5guerra de )uba( os mesmos $ue $uiseram apagar at o nomeda "span'a das il'as do 2ac*fico $ue os espan'is 'aviamincorporado 5 civili+ao e 5 cultura universal.

    Ante a oferta dos crditos americanos $ue se seguiu aolevantamento das san#es( Francoanunciou a liberao dospreos e o fim da misria e das restri#es. 8s a mentira tempernas curtas( no pode ir muito longe. - povo comeou acompreender muito rapidamente( o significado da 6ami+ade7americana com a camaril'a fran$uista.

    2oucos dias aps as declara#es de Francoe do ministroda :nd%stria e do )omrcio sobre o inicio de uma nova era deprosperidade e abund0ncia( os preos dos produtos essenciaispara a populao se elevaram em propor#es escandalosas. -arro+( de ;K pesetas o $uilo( passou a ; e ;=/ em ;

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    comprado por milionrios/ o a+eite em ;

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    novembro do ano passado a fevereiro deste ano( ainda seacrescenta o aumento das tarifas dos servios p%blicos( dagua( do gs( da eletricidade( dos aluguis e do transporte.

    - governo fran$uista( apoiado pelos imperialistasamericanos e para cumprir suas encomendas de guerra(lanava sobre a populao o peso dos gastos $ue se viaobrigado a fa+er para cumprir as ordens dos incendirios deguerra. - povo espan'ol sentia em seus ombros o $uesignificava a 6ami+ade7 dos "stados Unidos com o governofran$uista.

    A brusca alta de preos repercutiu imediatamente entre asfam*lias operrias( entre os camponeses e na economia daclasse mdia( dos pe$uenos comerciantes e industriais(inclusive em alguns setores da burguesia acomodada $ue noesto ligados diretamente 5s institui#es oficiais ou $ue( pordiferentes motivos( no go+am da ami+ade e da proteo dacamaril'a governamental.

    As casas de comrcio e as pe$uenas lo1as viram redu+ir3sesua freguesia( e( por isso( o volume de suas receitas. Acapacidade de compra da classe operria diminu*a em escala

    sens*vel e por isso redu+ia3se toda a vida industrial ecomercial. A isso se deve acrescentar ainda uma novaclassificao de lo1as comerciais( com pre1u*+o para ospe$uenos comerciantes( $ue se viram sobrecarregados aindacom novos impostos e contribui#es.

    :sso produ+iu uma e,acerbao do descontentamento eda indignao dessas foras $ue comearam a se solidari+arcom o povo( processando3se entre elas uma radicali+ao

    $ue( embora lenta e ainda c'eia de vacila#es e titubeios( asvai levando para o terreno da oposio e da luta contra oregime fascista.

    :sso $ue ocorre de uma forma geral em toda a "span'a(se d com maior agude+a na )atalun'a( onde tiveram in*cioos protestos contra a pol*tica de misria e de guerra dofran$uismo( pela e,ist&ncia nessa regio de uma classeoperria de tradio revolucionria e de um problema

    nacional vivo e candente( agravado pela opresso.

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    "ssa radicali+ao das massas da pe$uena burguesia edas classes mdias provoca uma sria preocupao noapenas nos c*rculos governamentais( $ue a elas se dirigemconstantemente procurando assust3las com o perigo do

    comunismo( mas tambm nos c*rculos reacionriosestrangeiros e no Paticano( $ue se desdobram em manobraspara impedir uma sa*da democrtica 5 situao.

    "ssa preocupao em relao 5 radicali+ao das classesmdias foi demonstrada em uma confer&ncia do bispo de9arragona( em Qarcelona( em abril desse ano( na $ual estealto prelado c'egou a declarar?

    6A classe mdia era a grande reserva $ue nosrestava e agora comea a esfacelar3se comgrave risco para todo o edif*cio social7.

    E&ploso da Indi'nao Popular

    - $ue produ+iu essa e,ploso da indignao popular $uelanou 5 rua( em protestos( na QiscaRa e na )atalun'a a maisde meio mil'o de 'omens e mul'eres( lanando a confusoentre os $ue consideravam $ue o povo espan'ol no poderia

    levantar3se da prostrao em $ue o submergiu a terr*vel esangrenta represso fran$uista Aparentemente( o aumentodo preo dos transportes dos bondes $ue pesava duramenteno oramento da classe operria e das classes pobres emgeral. 8as( no fundo( o protesto tradu+ia o dio ao regime( aamargura( a raiva acumulada em ; anos de falta deliberdade( ; anos de tirania fran$uista( ; anos de terror( depersegui#es policiais( de priva#es( de misria( dediminuio constante do n*vel de vida/ ; anos de resist&ncia

    passiva 5 espera de uma ocasio prop*cia para a luta.

    - aumento das passagens dos transportes foi a gotadSgua $ue fe+ transbordar a paci&ncia popular. :niciado oprotesto contra o aumento( pelos estudantes I e isso bastante significativo( levando3se em conta a origem socialdestes I teve o apoio un0nime de toda a populao. -boicote comeou pacificamente na %ltima semana defevereiro( mas( com o decorrer dos dias( foi ad$uirindo

    carter violento. - povo atacava os bondes e 4nibus $uecirculavam com a pol*cia e esta disparava contra o povo.

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    Foram derrubados e incendiados alguns carros de serviosoficiais( foram $ueimadas bancas onde se vendia 1ornaisfran$uistas e atirados l*$uidos inflamveis contra a8unicipalidade onde se verificaram alguns inc&ndios. "m

    alguns lugares foram arrancados os paralelep*pedos da rua ese procurou levantar barricadas( mas as foras armadasdispararam sobre os manifestantes( impedindo $ue seatingissem tal propsito.

    )om o desenrolar dos acontecimentos( os c'o$ues entre apol*cia e a populao produ+iram vrios mortos e numerososferidos. - boicote durou de = de fevereiro a M de maro(data em $ue as autoridades se viram obrigadas a publicar

    uma deciso anulando o aumento das tarifas erestabelecendo os preos antigos. "ntretanto( isso noacalmou a efervesc&ncia das massas $ue( pela prpriae,peri&ncia( 'aviam aprendido em algumas 'oras( depois de; anos de espera( $ue a luta era poss*vel mesmo nas piorescondi#es e $ue o fran$uismo no podia impedir esta luta$uando o povo( e principalmente a classe operria( estodecididos a defender seu direito 5 vida.

    No transcurso dos acontecimentos o 2artido ocialistaUnificado da )atalun'a( 2artido dos comunistas catales(assim denominado depois da fuso de ;

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    resist&ncia e 5 luta( acol'endo e interpretando os sentimentosda classe operria e do povo da )atalun'a.

    - apelo 5 greve de protesto contra a pol*tica fran$uista(

    feito pelo 2artido ocialista Unificado durante o boicote aosbondes no caiu no va+io. No dia ; de maro( uma semanadepois de 'aver terminado o boicote( os trabal'adorescatales abandonavam o trabal'o declarando3se a greve geralem Qarcelona.

    As ind%strias fundamentais foram paralisadas( as lo1as eos escritrios pe$uenos e grandes cerraram suas portas(foram suspensos as comunica#es telef4nicas( os espetculosp%blicos e o transporte e at mesmo os locutores de rdiopararam as suas atividades. 2elas ruas de Qarcelonadesfilavam( em imponentes manifesta#es( de+enas demil'ares de operrios( de empregados( de 'omens emul'eres $ue levantavam seu protesto contra a pol*tica defome( e de misria e de guerra do fran$uismo( $ue cantavama :nternacional. 6"sta a nossa resposta 5 -NU7( di+iam osoperrios/ 6esta a nossa resposta aos americanos7. -smanifestantes $uebraram todos os vidros do andar trreo doQanco ispano3Americano. A ; de maro as massas eramdonas praticamente das ruas de Qarcelona.

    2ara elas( como para( todo o mundo( era uma surpresa o$ue ocorria e no sabiam como utili+ar sua prpria fora(por$ue no 'avia uma direo con1unta( articulada( uma ve+$ue I apesar do esforo 'erico reali+ado pelos comunistascatales $ue nas duras condi#es de clandestinidadetrabal'aram durante todos estes anos de terror fascista(mantendo o esp*rito de resist&ncia da classe operria catal( e

    apesar tambm de sua ativa participao na organi+ao epreparao da greve I no se 'avia conseguido( e isso eradecisivo tendo em conta o carter fascista do regime( aunidade e a coordenao abrangendo todas as forasantifran$uistas.

    As "eivindica(es Democr)ticas Fundamentais e a#r'ani*ao das Foras Anti+Franquistas

    - 2!T2!:- trabal'adores perguntam 'o1e( ao e,aminaros resultados da greve?

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    62or $ue no se colocaram as reivindica#esdemocrticas fundamentais( tais como odireito de associao( de reunio( de imprensa(a supresso da interveno monopolista

    fascista na ind%stria e no comrcio( a liberdadede comrcio para os camponeses e a unidadedos operrios com os camponeses na luta emdefesa de seus interesses vitais 2or $ue($uando as massas estavam nas ruas( no selevantou a ocupao das fbricas( a libertaodos presos( a tomada dos edif*cios p%blicos e aconfraterni+ao dos soldados $uando estesestavam na e,pectativa e com uma atitude de

    simpatia para com o povo 2or $ue no secolocou a continuao da luta e a formao decomit&s revolucionrios compostos derepresentantes de todas as forasantifran$uistas para dirigir e ampliar a luta7

    A responsabilidade pelo fato de no terem se estendido atodo o pa*s as lutas da )atalun'a e pelo fato de no teremtido essas lutas ob1etivos mais concretos e mais elevados(recai( fundamentalmente( sobre os dirigentes socialistas eanar$uistas $ue negaram reiteradamente a possibilidade deluta( $ue desenvolvem sistematicamente uma pol*tica anti3comunista de diviso e repelem todas as propostas deunidade dos comunistas para a organi+ao da resist&ncia aofran$uismo.

    No obstante as debilidades observadas no decorrer daluta( os acontecimentos da )atalun'a( pela sua amplitude(abalaram profundamente o pa*s( pondo em movimento avontade e a energia das massas $ue se manifestaram em"u+Cadi( Navarra e 8adrid e $ue se preparam para novaslutas em toda a "span'a.

    #s Planos da I're,a- da Aristocracia e da .rande/ur'uesia

    A )A9A9!TF:)A pol*tica seguida pelo fran$uismo nestesdo+e anos de reinado absoluto de uma camaril'a de

    aventureiros e criminosos( foi tambm afastando da rbitafran$uista certas camadas da burguesia e da aristocracia $ue(

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    embora de acordo com a pol*tica de opresso e de e,ploraodas massas pelos mtodos terroristas do fran$uismo( noesto de acordo com a administrao dos negcios do "stadoreali+ada pelos fran$uistas( cu1os processos de banditismo e

    especulao( tendo como finalidade o enri$uecimentoindividual de cada um deles( colocou o pa*s 5 beira da abismo.

    2or diferentes meios e processos( nen'um delesdemocrtico( orientando3se sobretudo para uma restauraomonr$uica( tratam essas foras de salvar a situao( seposs*vel prescindindo de Franco( mas mantendo seu aparel'orepressivo( sua pol*tica e,terior de subordinao aosimperialistas americanos e a disposio de servir aos planos

    dos incendirios de guerra. A :gre1a foi a primeira a iniciaruma reviravolta nesse sentido. Devido ao seu contacto comas massas populares( e con'ecendo seu estado de 0nimo( a:gre1a trata de se apresentar como defensora das massas ede canali+ar esse descontentamento( surgindo( de certamaneira( como uma fora no totalmente de acordo comalguns aspectos da pol*tica fran$uista( pedindo inclusiveliberdade de imprensa( claro $ue no da imprensademocrtica. 2orm o fato sintomtico 1 $ue provm depessoas tradicionalmente inimigas fero+es da liberdade dee,presso e $ue agora $uerem aparecer como democratas.Altos dignitrios da :gre1a como os arcebispos de evil'a edas Qaleares( os bispos de Palencia( Granada e 9arragona(e,puseram( em diferentes pastorais( suas opini#es sobre anecessidade de e,ercer a caridade para aliviar os sofrimentosdos pobres( de respeitar os direitos 'umanos e de libertar aind%stria e o comrcio do controle estatal( permitindo odesenvolvimento da livre iniciativa como base daprosperidade dos povos.

    De maneira suave( 1esu*tica( e,p#em a sua discord0nciaem relao 5 pol*tica interna do governo e esse procedimento(independentemente de seus propsitos( contribui paradebilitar o regime e para reforar os grupos da oposio.

    No desenvolvimento dos planos da :gre1a $ue no soapenas da :gre1a espan'ola mas tambm do Paticano( daaristocracia e da grande burguesia e $ue t&m por ob1etivo

    salvaguardar o dom*nio reacionrio fascista na "span'a efrear a radicali+ao das massas( a :gre1a fundou( contando

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    com a toler0ncia do governo( organi+a#es operrias pseudo3independentes e iniciou a publicao do peridico semanal69%7 em $ue se e,p#em( de maneira violentamentedemaggica( aspectos parciais da situao das massas

    trabal'adoras( porm sem atacar as causas de tal situao.8anifestaram a preocupao( inclusive( em se apresentaremcomo v*timas do regime e c'egaram 5 suspendertemporariamente o peridico sob o prete,to de $ue no l'esera concedida a liberdade suficiente para di+er o $uenecessitavam di+er.

    Fa+ parte dos planos da :gre1a e das foras burguesas $ueatuam por detrs desta( constituir( na eventualidade de uma

    mudana da situao na "span'a( um grande partidodemocrata cristo( semel'ante ao partido italiano( com umabase social operria e camponesa( englobando as antigasorgani+a#es agrrias e grupos operrios catlicos( apoiando3se no movimento nacionalista do "u+Cadi cu1os dirigentes(atualmente emigrados so catlicos bem con'ecidos( $uego+am de um falso prest*gio de democratas e $ue no sonem estran'os nem al'eios a esses planos de orientaovaticanista e imperialista.

    Na greve de Qiscava e na c'amada greve branca de8adrid( os trabal'adores sentiram claramente a atuaodessas foras $ue nada t&m de comum com os interesses daclasse operria. No desenvolvimento da greve de QiscaRa( todiferente da de )atalun'a pela sua falta de combatividade( osoperrios percebiam a atividade de elementos estran'os(pertencentes a organi+a#es reacionrias $ue atuavam paraimpedir $ue o movimento ad$uirisse o carter combativo $uesempre tiveram( em QiscaRa( todas as lutas dirigidas eorgani+adas pela classe operria.

    " no se e$uivocavam os trabal'adores bascos aoperguntarem $uem dirigia a greve( por$ue os prprios porta3vo+es do nacionalismo basco declararam $ue( sabendo $ue aclasse operria do 2a*s Qasco( seguindo a orientao doscomunistas( se preparava por transformar o 2rimeiro de 8aionuma grande 1ornada de luta contra o regime( $uiseramevit3lo para impedir o crescimento da influ&ncia dos

    comunistas( 1 $ue o povo sabia $ue( nos protestos da classeoperria e do povo catalo( a %nica fora pol*tica $ue

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    intervin'a ativamente e com a sua prpria fisionomia eram oscomunistas e( por isso( a simpatia em relao aos comunistasaumentava em todo o pa*s.

    No obstante( esse 1ogo no l'es deu o mesmo resultadoem 2amplona. 2amplona a capital da Navarra( regiocon'ecida como o bero do carlismo e da reao $ue deu aoe,rcito fran$uista os requetse grupos de c'o$ue contra a!ep%blica. ",iste em 2amplona( porm( ' muito tempo( umaclasse operria com um agudo esp*rito de classe( a $ual( aosaber dos acontecimentos de )atalun'a e "u+Cadi( se uniu aomovimento de protesto e de forma violenta( correspondenteao seu estado de consci&ncia e 5 sua necessidade de luta(

    protestou contra o regime fran$uista. )ontra os trabal'adoresde 2amplona( da mesma forma $ue na )atalun'a( foramlanadas as foras repressivas $ue( disparando contra osmanifestantes( mataram e feriram vrios deles entre os $uaisalgumas mul'eres.

    #s Ensinamentos das Lutas

    ue nos ensinaram essas lutas "m primeiro lugar essaslutas demonstraram uma ve+ mais aos comunistas anecessidade de ligar a agitao 5 organi+ao da luta. "$uando a luta comea( no se conformar com os &,itosiniciais e sim apoiara3se nestes para condu+ir a luta a umgrau superior( valori+ando3se 1ustamente a situao e adisposio das massas para a luta e no se subestimando afora e a influ&ncia do 2artido.

    "m segundo lugar( essas lutas e,pressam a radicali+ao eo dese1o de luta das massas operrias e populares $ue se

    mostraram em um n*vel superior a de seus vel'os dirigentes.e se e,cetuar os comunistas( todos os dirigentes das antigasorgani+a#es operrias anar$uistas e catalanistas foramsurpreendidos pelos acontecimentos da )atalun'a e nodecorrer destes no foram capa+es de reagir e de intervir comsua prpria personalidade para impulsionar e desenvolver aluta.

    - terceiro ensinamento est na comprovao da

    instabilidade do regime e do estreitamento de sua basesocial( e,pressos na colaborao ativa com o povo e com a

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    classe operria de industriais e comerciantes assim como daclasse mdia( no s na )atalun'a( como tambm em outraspartes em $ue se verificaram movimentos de protesto.

    uarto? a constatao( na prtica( da 1uste+a da pol*ticado 2artido )omunista em relao 5 necessidade da unidade ea possibilidade da luta contra o regime fran$uista( ao mesmotempo em $ue se demonstrou o completo fracasso das tesesanar$uistas e socialistas sobre a falta de combatividade daclasse operria e sobre a impossibilidade da luta.

    uinto? essas lutas revelaram uma modificao na tticada :gre1a e da reao vaticanista $ue c'egam a participar dosprotestos populares e inclusive a aproveit3los( com oob1etivo de frei3los e de atrair as massas descontentes(esforando3se por canali+ar seu descontentamento porcamin'os estran'os 5 classe operria e em apoio a frmulasal'eias e contrrias aos interesses das massas populares.

    "ssas e,peri&ncias t&m um grande valor para odesenvolvimento das lutas futuras( 1 $ue permitiro corrigir(no decorrer da marc'a e na organi+ao das grandes lutas$ue 'o de libertar o povo espan'ol( as debilidades

    observadas no transcurso dos %ltimos acontecimentos. A luta poss*vel e a unidade de todas as foras democrticas eantifran$uistas tambm poss*vel( como o demonstraram demaneira particular as grandes a#es da classe operria e dopovo catalo.

    A consci&ncia de $ue a luta iniciada na )atalun'a ocomeo da luta geral pela derrocada do fran$uismo penetrouprofundamente no seio das massas. "m todo o pa*s e

    particularmente nos centros operrios fundamentais( comoAst%rias( @ea'( 2uertollano( )oruna e Ferrol( !einosa eagunto( Almaden( !io 9into e +onas agr*colas de grandeconcentrao de proletariado agr*cola( aumenta odescontentamento da populao e os operrios levantam comagude+a cada ve+ maior a luta contra o fran$uismo.

    0 Insuport)vel a 1ida dos #per)rios A'r2colas edos Camponeses

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    " A :9UAVW- da classe operaria nas +onas industriais dura e penosa( a vida do proletariado agr*cola e doscamponeses pobres verdadeiramente insuportvel. De.>KK.KKK operrios agr*colas e,istentes na "span'a(

    segundo as estat*sticas fran$uistas( $ue no revelam toda averdade( somente MKK mil possuem um trabal'o mais oumenos seguro/ os restantes( isto ( .KK.KKK operriosagr*colas( s trabal'am durante dois ou tr&s meses por ano(por ocasio da semeadura( e da col'eita. A dolorosae,ist&ncia dessas fam*lias $ue na maior parte do ano sealimentam de ra*+es e plantas silvestres( se reflete na elevadamortalidade infantil e no depauperamento da 1uventude $ueem proporo considervel declarada incapa+ para o servio

    militar por motivo da estreite+a do tra, e do estado desa%de deficiente.

    As dificuldades e os sofrimentos dos camponeses pobres(vitimas das rapaces re$uisi#es e de um sistema opressivo detributos e impostos( levam3nos em m%ltiplas ocasi#es e emdiferentes regi#es a negar3se coletivamente( em um povoadoou numa regio( a pagar os impostos e a entregar os frutosda terra. "m de+embro do ano passado( os camponeses detrinta povoa#es da prov*ncia de 9eruel se recusaram aentregar ao ervio Nacional do 9rigo as $uotas compulsriasde cereais. Nesta mesma prov*ncia de 9eruel( onde e,istemem carter permanente grupos guerril'eiros( as forasarmadas obrigaram( no ano de ;( todos os camponesesde uma determinada +ona montan'osa( a abandonar suascasas e suas terras para impedir $ue a1udassem aosguerril'eiros. Foram incendiadas pela policia vrias casas decamponeses suspeitos de a1udar as guerril'as( assim comocentenas de 'ectares de bos$ues( onde supun'am $ue osguerril'eiros se abasteciam.

    -s camponeses pobres e o proletariado agr*cola noes$ueceram $ue receberam a terra da !ep%blica e 'o1e(inclusive em +onas camponesas $ue sempre foramconsideradas como pontos de apoio da reao( oscamponeses pobres e camadas de camponeses mdios sopartidrios da !ep%blica e o 2artido )omunista conta comuma grande influ&ncia entre eles.

    A !udana do "e'ime na #rdem do Dia

  • 7/25/2019 A Luta Do Povo Espanhol Contra o Franquismo

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    A U"9W- da mudana do regime na "span'a est 'o1ena ordem do dia( no s entre as massas populares( comotambm entre a prpria burguesia. ",cetuando uma pe$uenaminoria de ban$ueiros e grandes industriais( ligados aos

    trustes e 5s finanas internacionais( em benef*cio dos $uais sedesenvolve a pol*tica do governo fran$uista( todas as forasativas do pa*s so pre1udicadas em seus interesses peladesastrosa pol*tica da camaril'a do general Franco.

    ob a proteo do "stado( desenvolveu3se a agiotagem($ue permitiu a uma pe$uena camada de privilegiados( bemcon'ecidos por suas liga#es com os 'omens do regime(acumular fabulosas fortunas( reali+ando toda espcie de

    especula#es e de escusos negcios. -s generais $uecombateram ao lado de Francocontra a !ep%blica( esto 5frente dos )onsel'os de Administrao de grandes empresas(as $uais( seguindo um costume estabelecido pela monar$uia(presenteiam o caudil'o e sua fam*lia com a#es resgatadas(ra+o pela $ual Francoest vivamente interessado em $uetais empresas se1am lucrativas( e( por isso( fa+ delas ob1etode uma proteo particular do "stado.

    - general alcedo( membro do "stado 8aior )entral(dirige um truste de fabricao de calados e aambarca oscontratos de fornecimento de calados ao e,rcito( os $uaisl'e proporcionam enormes lucros. - general 8ufio+ Grandes(c'efe( da Diviso A+ul( atravs de dois parentes seus( tem emsuas mos o monoplio do algodo( e com ele a vida e odesenvolvimento da ind%stria t&,til da )atalun'a. - irmode Franco( $ue embai,ador em 2ortugal( presidente do)onsel'o de Administrao de uma compan'ia de navegaoe gerente de uma d%+ia de )onsel'os de Administrao degrandes compan'ias( cargos $ue fi+eram dele( $ue em ;

  • 7/25/2019 A Luta Do Povo Espanhol Contra o Franquismo

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    a promessa de $ue se tomariam medidas contra os $uenegociavam com a fome do povo. 8as essas promessasdemaggicas ficaram no papel por$ue Francono podeencarcerar a si mesmo( ele $ue o principal culpado( nem

    multar a seus parentes e amigos( verdadeiro bando desalteadores $ue se dedicam a pil'ar a "span'a.

    # Estado a que Franco Levou a Espanha

    U8A idia apro,imada do estado a $ue o fran$uismo levouo pa*s( nos fornecida pelos seguintes dados tomados doartigo do 1ornalista @orge Qeral( publicado na revista norte3americana 6United Nation Horld7( no m&s de 1ul'o passado(

    sob o t*tulo 69all( strong is FrancoSs armR7 em $ue see,aminam as vantagens e desvantagens da participao da"span'a no bloco Atl0ntico. Nesse artigo se di+ o seguinte?

    6- material rodante das estradas3de3ferro to anti$uado( $ue sua $uilometragem anualdiminuiu de =E mil'#es de $uil4metros em;

  • 7/25/2019 A Luta Do Povo Espanhol Contra o Franquismo

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    sua ind%stria( em suas estradas de ferro e em sua economiaagr*cola e c'egava 5s seguintes conclus#es?

    62ara colocar a "span'a ao n*vel de ;

  • 7/25/2019 A Luta Do Povo Espanhol Contra o Franquismo

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    vertiginoso dos produtos de primeira necessidade( diminuiodo n*vel de vida das massas e empobrecimento geral do pa*s.:sto ' de levar como conse$X&ncia inevitvel( ao aumentoda crise( crise $ue s poder ser resolvida pela luta

    revolucionria das massas.As greves e protestos $ue se t&m verificado na "span'a(

    so um sintoma elo$Xente do $ue ocorrer aman'se Francoe os americanos continuarem desenvolvendo seusplanos com relao 5 transformao da "span'a numa baseestratgica e do povo espan'ol numa reserva de carne decan'o do bloco Atl0ntico.

    "ssas considera#es 1 so feitas( 'o1e( depois dosprotestos populares e das greves gerais da )atalun'a e delugares diversos da "span'a( pelos grupos da burguesia( $ue(sentindo crescer a indignao das mansas( procuram freiar ae,ploso da clera popular e colocam a necessidade de certasmudanas na fac'ada pol*tica do regime.

    As Contradi(es Entre os Imperialistas An'lo+Americanos

    A- "YA8:NA! os acontecimentos desenrolados na"span'a e a situao interna( no se pode es$uecer ae,ist&ncia das contradi#es e a luta pelo predom*nio na"span'a entre os imperialistas ingleses e norte3americanos(contradi#es $ue tornaram a situao ainda mais complicada.Apesar de $ue essa luta no aparece com a mesma crue+a ebrutalidade $ue nos pa*ses do -riente 8dio( entretanto( no menos aguda/ cada passo adiante dos ian$ues na "span'a um retrocesso dos ingleses( e isto( para a :nglaterra( um

    problema srio no s do ponto de vista do $ue a "span'asignifica para a :nglaterra como fonte de matrias primaspara a ind%stria( e fornecimento de toda espcie de produtosagr*colas para o consumo interno da :nglaterra( mas tambmcomo posio c'ave nas rotas de seu :mprio.

    A :nglaterra no se resigna a perder a "span'a e resiste 5penetrao americana na 2en*nsula. Do ponto de vista de suapol*tica de guerra( os imperialistas ingleses e seu mandatrio(

    o governo trabal'ista( esto de acordo com os americanos emservir3se da "span'a( em aproveitar os 'omens e as bases

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/franco_francisco.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/franco_francisco.htm
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    espan'olas no desenvolvimento de sua pol*tica agressivacontra a Unio ovitica e os pa*ses de Democracia 2opularporm os ingleses $uerem $ue se1am eles( e no osamericanos( $ue levem ao bloco Atl0ntico os servios e a

    fora de uma "span'a reacionria( $uerem $ue se1am eles eno os americanos os $ue ditam sua pol*tica na "span'a. "por isso seus esforos para realar no cenrio pol*tico a figurado pretendente ao trono com sua corte de anar$uistaspolicial3monar$ui+ados e de socialistas demo3fascistas(dispostos a continuar e a desenvolver a pol*tica anti3comunista de Francoe dos imperialistas.

    "ssa luta entre os dois abutres imperialistas $ue se

    disputam o botim espan'ol( e,plica o interesse e arepercusso favorvel $ue em toda a imprensa inglesa e nordio encontraram os %ltimos protestos das massastrabal'adoras espan'olas e $ue se contrap#e( de maneiraclara e elo$Xente( ao sil&ncio guardado em todos esses anos(desde ;

  • 7/25/2019 A Luta Do Povo Espanhol Contra o Franquismo

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    - pacto militar dos "stados unidos com Francoe oscrditos $ue( em troca da soberania espan'ola e da venda da"span'a os imperialistas americanos concederam e voconceder ao governo fran$uista( no resolvem o problema

    espan'ol. No fa+em mais do $ue adiar a soluo. " como di+um vel'o refro? 6ri mel'or $uem ri por ultimo7( o povoespan'ol( como o demonstrou em sua guerra libertadora de;

  • 7/25/2019 A Luta Do Povo Espanhol Contra o Franquismo

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    alcanar um compromisso com todas as foras dispostas 5luta contra o fran$uismo( pela pa+ e a salvao da "span'a.

    Acima de todas as diferenas e de todos os critrios e

    interesses diversos( o ob1etivo fundamental de todas as forasantifran$uistas deve ser acabar com o fran$uismo( defender apa+( impedir $ue a "span'a se1a arrastada 5 guerra a servioe em benef*cio dos imperialistas ian$ues.

    :nfluenciadas pela persistente propaganda anti3comunista(muitas foras conservadoras $ue esto interessadas naderrubada do fran$uismo no atuam efica+mente comopoderiam fa+&3lo( obcecadas pelo fantasma comunista$ue Francoe os imperialistas agitam sem cessar diante deseus ol'os.

    uando( em ;

  • 7/25/2019 A Luta Do Povo Espanhol Contra o Franquismo

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    "sse governo deve ser um governo antifran$uista(democrtico( cu1a funo principal ' de ser orestabelecimento imediato das liberdades democrticas e aconvocao de um plebiscito popular para $ue o povo decida

    livre e democraticamente $ual o regime $ue deve serestabelecido na "span'a. "sta a sa*da $ue os comunistasv&em para a situao atual e consideram $ue a %nica $uepode impedir a catstrofe a $ue condu+ a "span'a o presenteregime.

    As lutas e os protestos da )atalun'a abriram uma novaetapa no camin'o do povo espan'ol para a sua libertao/nem os dlares americanos( nem as manobras inglesas e

    vaticanistas podero impedir $ue o povo espan'ol leve at ofim a luta comeada em Qarcelona. A proteo dispensadaa Francopelos imperialistas ian$ues far com $ue essa lutase1a mais dura( mais penosa( mais comple,a( porm o povoest disposto a con$uistar sua liberdade e no recuar.

    Na luta de cada dia tempera sua fora e comea acompreender $ue unindo suas foras mais forte do$ue Francoe sua camaril'a de tubar#es e vende3ptrias.

    " o povo sabe( alm disso( $ue no est s. @unto a ele(acompan'ando3o com sua simpatia e seu apoio moral( est oinvenc*vel campo da pa+( encabeado pela grande Unioovitica e o paladino da pa+ e da independ&ncia dos povos(o camarada tlin( $ue dese1a ver o povo espan'ol livre efeli+ participando da grande fam*lia dos povos democrticos eamantes da pa+ numa "span'a progressista( independente edemocrtica.

    In2cio da p)'ina

    6A gravidade do momento $ue atravessamos e,ige de todosos patriotas e democratas( de todas as pessoas 'onestas $ue

    compreendem a necessidade de lutar pela manuteno dapa+( no poupar esforos para $ue se1a vitoriosamente

    reali+ada a campan'a por cinco mil'#es de assinaturas afavor de um 2acto de 2a+. 8as fundamentalmente aos

    comunistas( 5s organi+a#es do 2artido e a cada militante

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/franco_francisco.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/franco_francisco.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/stalin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/ibarruri/ano/mes/luta.htm#topphttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/franco_francisco.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/f/franco_francisco.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/s/stalin.htmhttp://www.marxists.org/portugues/ibarruri/ano/mes/luta.htm#topp
  • 7/25/2019 A Luta Do Povo Espanhol Contra o Franquismo

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    individualmente( $ue cabe o principal papel nessa campan'ae a maior responsabilidade pela reali+ao vitoriosa de seus

    ob1etivos7.LU:[ )A!L- 2!"9"

    http://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/p/prestes_luiz_carlos.htmhttp://www.marxists.org/portugues/dicionario/verbetes/p/prestes_luiz_carlos.htm