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´ Ano X - nº 6 Out/ Nov/ Dez 2019 ISSN 2238-3093 Reunião ANEC e CNBB Indicadores da ANEC Projeto: Redes em Redes A luta pela Filantropia

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Ano X - nº 6Out/ Nov/ Dez 2019ISSN 2238-3093

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A Associação Nacional de Educação Católica do Brasil tem como �naldade atuar em favor deuma educação de excelência, promover uma educação cristã evangélico-libertadora, entendi-da como aquela que visa à formação integral da pessoa humana - sujeio e agente de constru-ção de uma sociedade justa, fraterna solidária e pací�ca segundo o Evangelho e o ensinamentosocial da Igreja.

CONSELHO SUPERIORIr. Irani Rupolo(Presidente)Pe. Mario Sundermann(Vice-Presidente)Ir. Cláudia Chesini(Secretária)

CONSELHEIROSFrei Gilberto Gonçalves GarciaIr. Iranilson Correia de LimaIr. Ivanise Soares da SilvaPe. João Batista Gomes de LimaDom Joaquim Giovani Mol GuimarãesPe. Josafá Carlos de SiqueiraIr. Márcia Edvirges Pereira dos Santos

DIRETORIA NACIONALIr. Paulo Fossatti(Diretor Presidente)Ir. Adair Aparecida Sberga(Diretora, 1ª Vice-Presidente)Ir. Natalino Guilherme de Souza(2º Vice-Presidente)Ir. Marli Araújo da Silva(Diretora, 1ª Secretária)Pe. Maurício da Silva Ferreira(Diretor, 2º Secretário)Pe. Roberto Duarte Rosalino(Diretor, 1º Tesoureiro)Frei Claudino Gilz(Diretor, 2º Tesoureiro)

CONSELHO PARA ASSUNTOS ECONÔMICOS E FISCAIS – CAEFPe. Ricardo Carlos(Presidente)Luiz Cezar Marques(Conselheiro Titular)Mauro Peres Macedo(Conselheiro Titular)Ir. Amélia Guerra(Conselheira Suplente)

Pe. José Marinoni(Conselheiro Suplente)Prof.ª Julia Eugênia Cury(Conselheira Suplente)

SECRETARIA EXECUTIVAJames Pinheiro dos Santos

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICARoberta Valéria Guedes de Lima

CÂMARA DE ENSINO SUPERIORFabiana De�on dos Santos Gonçalves

CÂMARA DE MANTENEDORESGuinartt Diniz Rodrigues Antunes

SERVIÇO DE ANIMAÇÃO PASTORAL/RELACIONAMENTO INSTITUCIONALIr. Cláudia Chesini

GERÊNCIA ADMINISTRATIVO/FINANCEIRAIdelma Alves Alvarenga

COORDENAÇÃO DE EVENTOSDavi Lira Varela Rodrigues

SECRETÁRIA GERALTatiana Perrine

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃOAgência Bear

PRODUÇÃO EDITORIALANEC/Agência Bear

REVISÃO TEXTUALAgência Bear

PROJETO GRÁFICOAgência Bear

ILUSTRAÇÃO DA CAPAJô Carvalho

A Revista EDUCANEC é uma publicação da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC)

SEPN Quadra 516, Conjunto D, Lote 09 - Edifício Via Universitas - 4º andarCEP: 70770-524Telefone: (61) 3533-5070E-mail: [email protected]: www.anec.org.br

Impressão: FTDParque grá�co da Editora FTS(11) 3545-8600Tiragem: 8.000 mil exemplares

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Sumário

4 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

Editorial | 5 

Notícias - InstitucionalXI Assembleia Geral Ordinária da ANEC | 9ANEC realiza reunião do Conselho Consultivo Nacional | 13 Reunião ANEC e CNBB | 14Notas Técnicas da ANEC em defesa das instituições católicas | 15 Grupo de Trabalho Permanente das Editoras Católicas | 17

Notícias - Educação BásicaFormações Virtuais da ANEC: excelência na formação continuada | 19ANEC Participa de Audiência Pública do CNE sobre as formas de oferta do Ensino Médio | 21Grupo de trabalho Pedagógico Nacional: trabalhando em prol de uma educação católica de qualidade social | 22

Notícias - Ensino SuperiorEvento sobre inovação na gestão e nos modelos acadêmicos da educação superior, marca a região de Foz do Iguaçu | 24Entrevista com Prof. Dr. Gilberto Gonçalves Garcia sobre a Curricularização da Extensão | 26

Notícias - MantenedorasXII Fórum Nacional de Mantenedoras da ANEC | 31Seminário Virtual de contabilidade | 34Apresentação do projeto de indicadores da ANEC | 35

Notícias - PastoralServiço de Animação Pastoral da ANEC | 38Artigo A importância da educação �nanceira | 41

Capa A luta pela Filantropia | 42

Boas práticasProjeto do UNISAL trabalha sexualidade e diversidade em atividades multidisciplinares | 50 Marista Centro-Norte vence Prêmio Aberje | 52PUC Goiás, 60 Anos | 54UBEC é o 4º melhor grupo educacional do Brasil | 56Cultura Gaúcha e o tradicionalismo na educação | 58Um olhar para a Educação e uma Educação para o olhar | 61 Colégio Marista Rosário e a Educação Inclusiva | 64

ReflexãoPEC Paralela e Filantropia na Educação | 66Filantropia: um serviço fundamental ao Estado Brasileiro | 70

Redes em Rede | 72 

Parceiros | 76

Estante | 78

Quiz | 83

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Todos juntospela filantropia!

Ir. Paulo FossattiDiretor Presidente da ANEC

ão temos dúvidas do quanto o trabalho das Instituições Filantrópi-cas influencia para o bom funciona-mento do Brasil nas áreas da saúde, educação e assistência social. Por isso, a ANEC vem se articulando, junto a outras instituições do Setor Filantrópico, para sensibilizar a todos, principalmente os Parlamentares, para que possam enxergar com mais detalhes o quanto ações que firam a Imunidade Tributária, garantida na Constituição Federal de 1988, podem impactar de forma negativa em nosso país, e, sobretudo, o futuro que sempre aguardamos com tamanha esperança. A Proposta de Emenda Consti-tucional 133/2019, chamada de “PEC Paralela”, é um bom exemplo dessas ações, que tendem a causar percas sociais para o país e prejudicar o acesso à cidadania ao acabar com a imunidade tributária de instituições filantrópicas.

Focando nas Instituições Filan-trópicas do setor Educacional, tere-mos a redução, ou mesmo a extinção, das bolsas de estudos que hoje aten-dem a 725 mil jovens e crianças. Além do governo não ter condições de ab-sorver essa quantidade de alunos, é sabido que a qualidade de ensino da rede pública é inferior a oferecida pelas escolas filantrópicas. Nesse sentido, também na área da Saúde e da Assistência Social os números do retorno à sociedade pelo Setor Filan-trópico são inimagináveis e a União não teria a capacidade de suprir esta ausência. Segundo pesquisa realiza pelo FONIF (Fórum Nacional das Institui-ções Filantrópicas), a cada R$1,00 de imunidade que as Instituições Filan-trópicas (cerca de 11 mil instituições) possuem, a contrapartida destas ins-tituições é de R$7,39 em benefícios entregues à população, ou seja, uma entrega é mais de sete vezes superior. Dessa forma, nos perguntamos: o Governo vai dar conta disso? Ele já tem sérios problemas de: estrutura, falta de profissionais, gestão, dentre outras. As entidades filantrópicas, pela forte atuação e investimento em boas práticas de gestão, conseguiram crescer e se desenvolver, mantendo seu propósito e reinvestindo em seus colaboradores, seus serviços e insta-lações. E, é por isso que a Filantropia consegue entregar tanto à sociedade, por meio de uma educação pautada, não apenas no pedagógico, mas no ser humano e em valores. Assim, a ANEC continua na luta em favor da Filantropia e convida você, leitor, a explorar essa e outras temáticas abordadas nesta edição da Revista EDUCANEC.

Boa leitura!5out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Abr/Mai/Jun 2019 | nº 4 | Revista EDUCANEC5

A Revista EDUCANEC está de cara nova!

intuito de melhorar ainda mais a relação com você, leitor.Um novo nome, um novo projeto gráfico. Tudo feito com o

E, para aprofundar ainda mais essa relação, gostaríamos de convidá-lo a participar conosco na construção desse material.

Tem interesse em sugerir novos assuntos por meio de notas, reportagens ou indicações de fatos interessantes? Então compartilhe conosco.

Basta enviar um e-mail para: [email protected]

PARTICIPE

Abr/Mai/Jun 2019 | nº 4 | Revista EDUCANEC 4

A Revista EDUCANEC está de cara nova!

Um novo nome, um novo projeto grá�co. Tudo feito com o intuito de melhorar ainda mais a relação com você, leitor.

E, para aprofundar, ainda mais, essa relação, gostaríamos de convidá-lo a participar conosco na construção desse material.

Tem interesse em sugerir novos assuntos através de notas, reportagens ou indicações de fatos interessantes? Então compartilhe conosco.

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PARTICIPE

Abr/Mai/Jun 2019 | nº 4 | Revista EDUCANEC5

A Revista EDUCANEC está de cara nova!

intuito de melhorar ainda mais a relação com você, leitor.Um novo nome, um novo projeto gráfico. Tudo feito com o

E, para aprofundar ainda mais essa relação, gostaríamos de convidá-lo a participar conosco na construção desse material.

Tem interesse em sugerir novos assuntos por meio de notas, reportagens ou indicações de fatos interessantes? Então compartilhe conosco.

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Notícia - Institucional

O encontro anual de mantenedoras aconteceu em Brasília (DF) e foi marcado por muitos diálogos sobre a Filantropia.

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A Assembleia Geral Ordinária da ANEC é o espaço mais importante para apontar as diretrizes estruturais de ações futuras e apresentar as atividades desen-volvidas pela Associação. Para iniciar o evento, aconteceu uma celebração eucarística presidida por Dom João Justino (Presidente da Comissão e Cultura de Educação da CNBB) e concele-brada pelos padres: Roberto (Diretor Financeiro da ANEC) e Danilo (Assessor de Pastoral Universitária). Tal momento, foi motivado pelos vários acontecimentos eclesiais, como: o início do Mês Missionário Extraordinário (MME), a canonização da Ir. Dulce dos Pobres e a abertura do Sínodo da Amazônia. Na celebração, um integrante de cada região do Brasil participou do ofertó-rio trazendo a representação da própria localidade, durante a oração do cordel pelo Brasil. O andamento do evento aconteceu

por meio da Sessão Solene de Abertura e Instalação da X Assembleia Geral Ordinária da ANEC, seguida da Sessão Deliberativa da XI Assembleia Geral Ordinária da ANEC. Os participantes ainda puderam desfrutar de um material rico, de cunho pastoralista, apresentado pela Ir. Cláudia Chesini, da ANEC, denominado “Linhas de Ação Pastoral”. Esse projeto, coordenado pelo Frei Claudino Gilz juntamente com a Irmã Cláudia Chesini, denominado Serviço de Animação Pastoral da ANEC, foi elabo-rado a partir da generosidade de diversos corações e mãos, e surgiu para orquestrar a Pastoral nas mais diversas Instituições de Ensino Católico. Antes do intervalo para o almoço da XI Assembleia Geral Ordinária, o Secretário Executivo da ANEC, James Pinheiro, esbo-çou em sua fala a singularidade e a grande-za do propósito educacional católico, que necessita ser sistematizado e guiado por meio do “ Projeto Redes em Rede”, tendo

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9out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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em vista o fortalecimento da identidade católica por meio de uma educação com qualidade. Assim que os participantes retorna-ram do intervalo, aconteceu uma mesa redonda com a participação da Dep. Profª. Dorinha Seabre, responsável pela Frente Parlamentar de Educação, que falou sobre o FUNDEB e a importância dele para a edu-cação básica brasileira. O ápice do seu diálogo se deu quando a Deputada mencionou que disponibilizará, com antecipação, o relatório sobre a Filan-tropia. Outro integrante da mesa redonda foi o Dep. Antonio Brito, que compõe a Frente Parlamentar da Filantropia, ele ressaltou a respeito da importância da educação cató-lica se manter atenta e ágil nas ações em defesa de milhares de pessoas que se be-neficiam das Obras Sociais. As reflexões e diálogos acerca dos desafios e perspectivas da Educação no Brasil ainda continuaram na mesa redonda com a participação de outros membros que fazem a diferença na educação, além dos Deputados Antonio Brito e Profª. Dorinha Seabre: Prof. Alexandre Lopes (Presidente do INEP). Prof. Marcos Heleno (Diretor de Política Regulatória da SERES/MEC). Prof. Carlos Lenuzza (Diretor de EaD da CAPES). Pe. Antonio Tabosa (FONIF). A XI Assembleia Geral Ordinária chegou ao fim após a Celebração do Envio, dirigida pelos integrantes da ANEC. A ANEC agradece imensamente a cada participante que disponibilizou seu tempo e se dedicou a ouvir, dialogar e refletir acerca dos rumos da Educação Ca-tólica no Brasil. Esperamos que todo esse know-how e networking adquiridos possam reacender a voz da missão, da visão e dos valores católicos tão necessá-rios em nossa sociedade. Vamos juntos!

COMUNICAÇÃO ANEC: Quais habilidades o líder deve ter no século XXI?

IR. IRANÍ RUPOLO (Presidente do Conselho Superior da ANEC) Eu penso que, o líder no século XXI, na atividade educacional, deve ter a capa-cidade de diálogo. Nós trabalhamos em equipe, em equipes ampliadas, da educa-ção com outros setores da sociedade, da sociedade com a educação. Então, essa interconexão com a: política, economia,

Entrevistas

10 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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COMUNICAÇÃO ANEC: Quais habilidades o líder deve ter no século XXI?

IR. IRANÍ RUPOLO (Presidente do Conselho Superior da ANEC) Eu penso que, o líder no século XXI, na atividade educacional, deve ter a capa-cidade de diálogo. Nós trabalhamos em equipe, em equipes ampliadas, da educa-ção com outros setores da sociedade, da sociedade com a educação. Então, essa interconexão com a: política, economia,

história, saúde, enfim, com todas as ativi-dades humanas. Essa é a competência para o diálogo. Um outro aspecto que ao meu ver o líder não pode abdicar é o do conhecimento específico. Se nós somos educadores, nós precisamos compreender, estimular, valo-rizar e fazer valer a nossa competência na área do conhecimento educacional. Também lidamos com um setor eco-nômico muito instável e, por isso, temos a habilidade de estar em continua mudança. Isso não significa fragilidade ou abdicar de valores, mas como agir diante de novos cenários. Retomando, eu diria: o diálogo, o conhecimento e essa habilidade de perce-ber que não sabemos tudo, que o novo se apresenta constantemente e que saber mudar também é uma atitude sábia.

IR. PAULO FOSSATTI (Diretor Pre-sidente da ANEC) O Papa Francisco nos inspira muito para essa resposta, dentre as várias, vou

Foto: Divulgação

dizer e trazer aquelas que mais trabalha-mos na ANEC. Uma delas é nós termos um propósito, termos um “pra que viver”, um “pra que lutar”, “pra que acordar toda manhã” e nós, de fato, vivermos intensa-mente esse propósito, porque se não vive-mos e apenas teorizamos sobre o propósito nós passamos uma mensagem, incons-cientemente, que nós não estamos viven-do. Ponto número 2: o líder do século XXI precisa ajudar as pessoas e os grupos a fazer as experiências. A pessoa do século XXI não se satisfaz mais com conceitos e teorias, elas querem vivências. Um terceiro ponto, principalmente no cenário brasileiro, é que nós como líderes, precisamos ter uma inteligência política e, quando eu digo inteligência política é aprendermos a dialogar com os diversos setores da Sociedade, da Igreja, do Gover-no e das empresas. Um quarto ponto que eu considero fundamental para os líderes da atualidade é de nós atuarmos no campo estratégico. Nós temos uma herança de sermos bons e que-ridos enquanto operacionais; demonstra-mos para a sociedade o quanto trabalha-mos; e que quanto mais queridos nós somos, mais fazemos. Agora a pergunta é: Qual é o líder que a instituição precisa, que a Igreja precisa? É aquele que está o tempo inteiro no operacional, no tático ou no estratégico? Uma decisão estratégica poderá fazer o bem para milhares de brasi-leiros. Não que o operacional não seja importante, mas o líder da atualidade ne-cessita ter um certo distanciamento do operacional e agir de forma estratégica. Outras grandes questões que trata-mos na liderança é o colegiado, esse seria um quinto ponto. Ou seja, não existe mais uma liderança vertical: eu mando alguém obedece, eu sou o líder e tenho subordina-dos. Não! Nós precisamos sim de alguém que ajude a colocar uma vida, liderar, que tenha uma visão empreendedora, tudo isso é importante.

11out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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tenha uma visão empreendedora, tudo isso é importante. Um sexto ponto que estamos traba-lhando muito é desenvolver pessoas, e pessoas não somente no âmbito de conte-údo; mas sim, em competências para dar conta daquilo que Deus nos pede no mo-mento presente. Então, o momento pre-sente exige: liderança política, internacio-nalização, domínio de um segundo idioma, compor com os diferentes, diálogo, provo-car entusiasmo diante de um cenário políti-co-econômico que, muitas vezes, procura puxar o grupo para baixo. O líder precisa sempre mostrar o horizonte e ajudar a caminhar.

PE. ROBERTO DUARTE ROSALINO (Presidente da Câmara de Mantenedoras da ANEC) Eu considero que a primeira habilida-de é a humildade. Vivemos hoje em um tempo de grande escuta que nos possibilita não sermos os donos da verdade, mas juntos procurarmos esses novos caminhos que estão sendo apresentados. O líder éaquele que é capaz de fazer essa escuta,

não sozinho, mas com as outras pessoas. Isso exige humildade. Outro elemento é a capacidade de reinventar, porque o líder não fala para si mesmo, mas fala com os outros ou pelos outros. Então, eu vejo hoje que os grandes líderes que sumiram falaram para si ou construíram em cima da sua liderança o poder, e esse poder é destruidor. Assim, percebemos que as pessoas líderes, cito aqui o Papa Francisco, são capazes de ir ao encontro não somente das pessoas, mas das culturas, das realidades... Em terceiro lugar, entendo que, quando você é líder tem que estar prepara-do, também, para sofrer as consequências da sua liderança. E, nem todo líder muitas vezes é aceito, porque ele tira as pessoas da sua zona de conforto, ele faz com que as pessoas sigam em frente, como Jesus dizia: “sair, às vezes, para águas mais profun-das”. E, tem pessoas que não querem se movimentar, querem continuar como estão. Então, eles passam a ser os críticos desse mesmo líder, mas, muitas vezes, não buscam nada para fazer a diferença.

Fotos: Divulgação

12 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Notícia - Institucional

ANEC realiza reuniao do ConselhoConsultivo Nacional

No dia 02 de outubro de 2019 foi rea-lizada a reunião do Conselho Consultivo Nacional da ANEC, na Asa Norte, na Quadra 516, em Brasília; com a presença dos(as) Conselheiros(as) da ANEC de cada Unida-de Federativa. O evento começou com um momento de espiritualidade, pedindo a proteção divina por meio de orações e canções, para o trabalho que seguiria. A reunião foi um momento importante no qual os represen-tantes dos Conselhos Estaduais da ANEC tiveram a oportunidade de compartilhar suas experiências. Os eventos, encontros e reuniões são frutos dos trabalhos de cada conselho, em união com o Escritório Nacio-nal, os parceiros e os patrocinadores. A ANEC representada nos Estados tem diver-sas atividades voltadas para um único pro-pósito, que é a qualidade da Educação e da Educação Católica, mesmo com a diversi-dade cultural e regional, porém, mantém--se sempre preocupada com as ações que gerem um trabalho de Redes em Rede.

As Unidades Federativas que estive-ram representadas por membros de cada Conselho, foram: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiânia, Ma-ranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Em unanimidade transmitiram: suas percepções e considerações, projetos realizados, retomaram a função do trabalho da ANEC, conheceram mais a fundo as Po-líticas e Projetos, além de planejarem o ano de 2020. Em busca da melhoria se depara-ram com um desafio, que é ser referência de Educação no país. A reunião proporcionou o fortaleci-mento da ANEC e seus Conselhos Estadu-ais, por meio de uma grande sintonia de trabalho que visa fortalecer a Educação Católica no Brasil. Buscamos caminhar juntos pela Educação com intuito de trans-formar “Redes em Rede” numa realidade concreta e presente.

Tecnóloga em Gestão Pública, pela Faculdade Projeção.

Experiência em atividades de coordenação como: secretária, vendas, financeiro e assistente administrativo. Participação em

eventos e organização. Atualmente, na função de Secretária Geral da ANEC.

Tatiana Parrine (Secretária da ANEC)

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13out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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O Conselho Superior e a Diretoria Nacional da ANEC se reuniram, dia 19/09 em Brasília, com o novo Presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, para apresentar a Associação e suas ações em prol da Educação Católica do Brasil. A ocasião proporcionou uma interação entre os membros da ANEC e a presidência da CNBB, além de ser um espaço de articulação entre as duas entidades da Igreja Católica brasileira. Desde sua fundação em 2007, a ANEC (proveniente da junção da ANAMEC, AEC e ABESC) é legitimada pela CNBB como a única e verdadeira representante da Educação Católica no país. "A Escola católica é chamada a uma profunda renovação. Devemos resgatar a identidade católica de nossos centros edu-cativos por meio de um impulso missionário corajoso e audaz, de modo que chegue a

ser uma opção profética plasmada em uma pastoral da educação participativa. Tais-projetos devem promover a formação inte-gral da pessoa, tendo seu fundamento em Cristo, com identidade eclesial e cultural, e com excelência acadêmica. Além disso, há de gerar solidariedade e caridade para com os mais pobres. O acompanhamento dos processos educativos, a participação dos pais de família neles e a formação de do-centes, são tarefas prioritárias da pastoral educativa" (Documento de Aparecida, nº 337). Esse convite é atual para todas as instituições católicas de educação. A CNBB também renovou seu compromisso com a ANEC e, está com a CNBB e CRB, no acom-panhamento e defesa dos interesses das Escolas, IES, Obras de Assistência Social e em interface com os hospitais católicos.

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Notícia - Institucional

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14 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Notícia - Institucional

Tendo como intuito realizar refle-xões, inferências e lutar pelos interesses das Associadas, sempre partindo da pers-pectiva do humanismo solidário e da crença em uma educação de qualidade social, a ANEC monitora a trajetória das políticas públicas voltadas à educação. Nesse sentido, as Câmaras de Edu-cação Básica e de Ensino Superior da Asso-ciação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) tem coordenado Grupos de Trabalho (GTs) que acompanham, refletem e debatem sobre os diversos temas trazi-dos à tona por essas políticas, consideran-do a realidade da educação brasileira, em especial, a das Escolas Católicas; levando em conta os impactos da implementação dessas políticas tanto nos aspectos finan-ceiros e operacionais, no que tange aos propósitos pedagógicos das unidades e redes escolares. Como resultado desses trabalhos, os GTs têm produzido Notas Técnicas para serem compartilhadas com os envolvidos na elaboração e na aprovação das políticas públicas e, também, com gestores das Ins-tituições Católicas, a fim de colaborar com a discussão sobre a implantação dessas políticas visando uma educação básica e superior pautada na equidade, e no desafio da construção de uma sociedade justa, fra-terna e solidária.

Estes documentos construídos pela ANEC têm reverberado de forma, positiva e propositiva, nos diversos órgãos e organis-mos, tanto na esfera pública como no terceiro setor. Destacamos algumas notas que foram consideradas referências pelo Ministério de Educação, pelo Conselho Nacional de Educação, INEP e Câmara de Educação do Senado, entre outros; como por exemplo, Notas Técnicas sobre: Educação à Distância na Educação Básica, Novo Ensino Médio e Itinerários Formati-vos, FUNDEB, DCNs da Formação Docente da Educação Básica, Contribuições para a SERES, Contribuições para o ENADE, Reflexões sobre as Licenciaturas, entre outras. A ANEC está alerta ao cenário educa-cional brasileiro e preparada para apresen-tar seu posicionamento nas situações em que suas associadas necessitarem de defesa, orientação e validação de seus processos.

Unidos em prol daEducação Católica!!

Notas Técnicas da ANECem defesa das instituições católicas�� � ��� �� �ª �� � � � � �� � � � ��� � � �� �� � � �� �� � ��� � � �� � �� � ��� � � �� �� �� �ª ��� � �� � � �� � � � ��� � � �� �� � � �� �� � �� � � � �� � �� � �� � � � �

15out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Acesse todas as Notas Técnicaspelo site da ANEC

http://anec.org.br/notas/

Professora e Mestranda em Educação pela Universidade Católica de Brasí-lia. Especialista em Direito do Trabalho pela Faculdade Fortium. Graduada em Direito pela Universidade Católica de Brasília. Atua na Educação Supe-rior há 9 anos exercendo cargos de docência e gestão. Atualmente é Geren-te da Câmara de Ensino Superior da Associação Nacional de Educação Católica (ANEC), assessorando as instituições associadas.

Doutoranda em Ciências Sociais pela Unisinos. Mestre em Educação pela Universidade Católica de Brasília. Especialista em Gestão de Instituições de Ensino pela PUC-PR. Especialista em Tecnologias Educacionais pela PUC- RS. MBA em Gestão Corporativa e Especialista em Formação de Grupos Colaborativos pela Universidade Católica de Brasília. Atua na Educação Básica há 24 anos exercendo cargos de docência e gestão. Atualmente é Gerente da Câmara de Educação Básica da Associação Nacional de Educa-ção Católica (ANEC), assessorando 1.100 escolas católicas do Brasil. Membro do Fórum Nacional de Educação pela ANEC. Coordena o curso de Pedagogia da UniProjeção. Assessora programas de formação continuada de instituições de ensino.

Fabiana Deflon

Roberta Guedes

16 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Notícia - Institucional

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Durante a XI Assembleia Geral Ordi-nária da ANEC e o XII Fórum Nacional de Mantenedoras, o Grupo de Trabalho per-manente da ANEC composto por editoras católicas entregou, em mãos, a todos os participantes, uma carta assinada por Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Presidente da CNBB; Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, Pre-sidente da CRB; e Irmão Paulo Fossati, Presidente da ANEC. O documento reforça o apoio das en-tidades na indicação dos produtos e servi-ços das editoras católicas como primeira opção quando na escolha dos materiais de ensino pelas instituições educacionais. Com as suas atividades iniciadas em 2014, o GT das Editoras Católicas sempre pautou as suas ações no compromisso da busca permanente da qualidade da educa-ção. Hoje ele é composto por 13 casas edi-toriais de diversas congregações e movi-mentos católicos: Edições CNBB; Editora Ave Maria; Editora Bom Jesus; Editora Edebê; Edições Paulinas; Editora SM; Edi-tora FTD; Editora Canção Nova; Edições Loyola; Editora Vozes; Editora Paulus; Edi-tora Santuário; Editora Ideias e Letras. Nestes 5 anos de atividades foram desenvolvidas estratégias de comunicação para que o melhor da produção editorial das editoras chegasse para todas as

instituições de educação católica. Entende-se como “o melhor” que as nossas editoras possuem toda a gama de produtos editoriais e serviços desenvolvi-dos com as mais avançadas tecnologias aplicadas ao meio educacional. Transitam da Educação Infantil ao Ensino Médio e em todo meio Acadêmico Universitário, dispo-nibilizando às instituições católicas instru-mentos de ensino-aprendizagem balizados pedagogicamente e, o mais importante, alinhados com os valores e o carisma da Igreja Católica. Em um momento que o mercado edi-torial educacional transita por um movi-mento de fusões, entre várias editoras, é de suma importância que as missões apostóli-cas editorais católicas possam se fortale-cer e continuarem a publicar um material identificado com os valores do Evangelho, e que permitem a construção de um conhe-cimento inspirado na fé e na doutrina social da Igreja. A mensagem do documento é clara: as instituições de ensino católicas ao sele-cionarem e escolherem os materiais e ser-viços que entrarão em suas comunidades educacionais devem analisar profunda-mente o que as editoras católicas possuem em seus portfólios. É certo que as mais variadas demandas existentes em nossos

Grupo de Trabalho

Permanente dasEditoras Católicas

17out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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centros educacionais serão contempladas. Não se pretende a exclusivi-dade, mas a preferência e a distinção. É necessária a orientação aos educado-res responsáveis pela seleção dos materiais e serviços para o próximo ano letivo para que anali-sem, com um cuidado especial, cada comunica-ção preparada pelas edi-toras católicas partici-pantes do GT. Quanto mais afinar-mos o diálogo, mais for-taleceremos a missão; nas palavras do Papa Francisco, ele atenta que a: “educação cristã e católica tem que ser aberta à realidade, com marcas de coerência e testemunho, sem medo de ousar e aberta à justi-ça, que relaciona unida-de-diversidade-plurali-dade, atenta e disponível aos mais frágeis” (A EDU-CAÇÃO SEGUNDO O PAPA FRANCISCO, 24º Congresso Interamerica-no de Educação Católica: “A Escola Católica do século XXI”).

Brasilia, 01 de outubro de 2019.

Prezados/as Presidentes de Mantenedoras, Reitores/as, Diretores/as de IES, Gestores/as da Educação Básica e Educadores/as,

Reforçando a missão de contribuir para a promoção de uma Educação norteada

pelos princípios humanos, libertador, ético e cristão, no intuito de formar “Redes em Rede – juntos pela Educação Católica”, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, a Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil - CRB e a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil – ANEC vem por meio desta recomendar as Editoras Católicas como primeira opção de escolha para o conteúdo de ensino de sua Instituição.

As Editoras Católicas são instituições que se identificam com os valores do Evangelho e estão empenhadas em transmitir conhecimento inspirado na fé e na doutrina social da igreja.

Elas produzem materiais didáticos, paradidáticos e literatura de alta qualidade e alinhados com as inovações tecnológicas e a nossa identidade cristã, oferecendo soluções educacionais que buscam o desenvolvimento intelectual dos indivíduos, a cidadania e o respeito à vida no planeta.

Você recebeu um folder apresentando as Editoras Católicas e o Grupo de Trabalho formado por elas. Em vista de serem referências na produção de materiais didáticos, paradidáticos e literatura de alta qualidade, desejamos que na hora da escolha dos materiais de ensino de sua Instituição para 2020, opte pelas instituições que, assim como nós, confessam a fé em um mundo melhor.

Prof. Dr. Dom Walmor Oliveira de Azevedo Presidente da CNBB

Profª Ir. Maria Inês Vieira Ribeiro Presidente da CRB

Prof. Dr. Ir. Paulo Fossatti Presidente da ANEC

18 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

Paulo Vicente Ruiz de Las Heras MoregolaGraduado em História e em Licenciatura pela

USP. Especialização em Tecnologias Aplicadas à Educação pela PUC/SP e em Gestão de

Processos Comunicacionais pela USP. Membro da diretoria da Câmera Brasileira do Livro e da diretoria do Instituto Pró-livro. Possui vários

artigos publicados. Atualmente é Diretor Comercial e Marketing da Editora Loyola.

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Notícia - Educação Básica

A Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), conforme as disposições estatutárias, tem como finali-dade, dentre outros, atuar em favor de uma educação de excelência, assim como pro-mover uma educação cristã evangélico-li-bertadora, entendida como aquela que visa à formação integral da pessoa humana, sujeito e agente na construção de uma sociedade justa, fraterna, solidária e pací-fica, à luz do Evangelho de Jesus de Nazaré e do ensinamento social da Igreja. Para tanto, a ANEC tem como um de seus desafios estratégicos ampliar a ação voltada aos educadores, oferecendo sub-sídios e programas de formação/atividades formativas para as associadas. A Formação Continuada Virtual surgiu, então, como um espaço virtual privilegiado de formação e capacitação para os educadores que atuam no universo das instituições de educação católica. O evento virtual é pautado pela criação de espaços on-line para temas pertinentes a formação continuada dos educadores das instituições de ensino, por meio de reflexão e troca de experiências, sempre marcados pela comunhão e inte-gração entre todos os participantes. A partir de temas transversais da atualidade, que tocam o cotidiano da ação educativa, as reflexões realizadas colaboram para o planejamento e realização de todas as demais atividades educativas que aconte-cem nas instituições de ensino. Assim, o principal objetivo da “Formação Continuada Virtual” é promover ações de formação continuada, para as instituições educacionais associadas da ANEC, que atualizem os educadores, gestores e todos os colaboradores de suas Instituições sobre as exigências pedagógi-cas, administrativas, estratégicas, dentre outras; consideradas importantes para ae-ducação contemporânea e para a formação

FormaçõesVirtuaisda ANEC:excelênciana formaçãocontinuada

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19out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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de uma visão sistêmica dentro das Institui-ções Católicas. Em 2019, as Câmaras de Educação Básica, Ensino Superior, Mantenedoras e o Serviço de Animação Pastoral trataram de diversos temas, em 30 webnários, que ver-saram sobre: a Base Nacional Comum Cur-ricular; A realidade das Licenciaturas nas IES brasileiras; Sínodo da Amazônia; Cam-panha da Fraternidade e Políticas Públicas; Ensino Híbrido; Lei nº. 12.101/ CEBAS/ Imunidade Tributária; Retenção de Alunos; Currícularização do Ensino Superior; Pro-tagonismo Infanto-Juvenil; Mutilações e Suicídio nas Infâncias; Metodologias Ativas para a Educação Básica, entre outros; per-fazendo um total de mais de 2.000 partici-pantes das associadas. Esses webnários foram gravados e estão disponibilizados para reprodução e consulta no link: http://anec.org.br/ciclodeformacao/ Não deixe de assistir e utilizá-los na formação continuada dos educadores e profissionais de sua instituição. É a ANEC prestando mais um serviço de excelência para suas associadas. Aproveitamos para fazer um convite: Visite o Calendário 2020 das Atividades da ANEC e participe dos eventos virtuais e presenciais!

Roberta Guedes(Gerente de Educação

Básica da ANEC)

Doutoranda em Ciências Sociais pela Unisinos. Mestre em Educa-ção pela Universidade Católica de Brasília. Especialista em Gestão de Instituições de Ensino pela PUC-PR. Especialista em Tecno-logias Educacionais pela PUC-RS. MBA em Gestão Corpo-rativa e Especialista em Formação de Grupos Colaborativos pela Universidade Católica de Brasília. Atua na Educação Básica há 24 anos exercendo cargos de docên-cia e gestão. Atualmente é Geren-te da Câmara de Educação Básica da Associação Nacional de Edu-cação Católica (ANEC), assesso-rando 1.100 escolas católicas do Brasil. Membro do Fórum Nacional de Educação pela ANEC. Coorde-na o curso de Pedagogia da Uni-Projeção. Assessora programas de formação continuada de insti-tuições de ensino.

20 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

Page 21: A luta pela Filantropia › wp-content › uploads › 2019 › 12 › educanec...Ano X - nº 6 Out/ Nov/ Dez 2019 ISSN 2238-3093 Reunião ANEC e CNBB ˜˚˛˝ Indicadores da ANEC

Notícia - Educação Básica

O Presidente e o Relator da Comissão que trata das Formas de Oferta do Ensino Médio (Novo Ensino Médio), da Câmara de Educação Básica, do Conselho Nacional de Educação, respectivamente, Conselheiros Eduardo Deschamps e Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti, promoveram uma Reunião Técnica, no dia 10 de outubro de 2019, no Plenário Anísio Teixeira do Edifício Sede do CNE, e convidaram a ANEC para apresentar sua opinião sobre o tema. A Reunião Técnica teve como objeti-vo acompanhar a implementação do “Novo Ensino Médio”, à luz das Resoluções CNE/-CEB n°. 03/2018 (DCNEM) e CNE/CP n°. 04/2018 (BNCC-EM), e ouvir as institui-ções educacionais representativas a res-peito do que pensam e como estão reali-zando as discussões sobre a nova propos-ta, que deverá estar implantada nas redes pública e privadas de ensino até o final de 2021. A ANEC entregou uma Nota Técnica posicionando o CNE sobre suas preocupações e inferências em relação aos itinerários formativos, e a propósito da organização do ensino médio a fim de que

ele contemple a formação de competências para o projeto de vida dos estudantes. A Nota Técnica da ANEC é fruto das discussões entre os educadores das Esco-las Católicas, representados pelo Grupo de Trabalho Pedagógico Nacional, que acom-panha as ações referentes às mudanças da educação brasileira em curso desde a ho-mologação do documento Base Nacional Comum Curricular, que norteará a reformu-lação dos currículos das escolas públicas e privadas em todo Brasil. Acreditando, pois, na importância da democracia e da educação no processo de empoderamento da sociedade, a ANEC colocou-se à disposição para contribuir, fomentar ações e apoiar as instituições, como o Conselho Nacional de Educação, na importante análise feita a respeito da Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio; bem como o Ministério da Educação (MEC); o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP); o CONDED; e os demais organis-mos que estejam a favor de uma educação de qualidade social.

ANEC participa deAudiência Pública do CNE sobre as

Formas de Oferta do Ensino Médio�� � ��� � � � � �� � �� � ��� � �

21out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Notícia - Educação Básica

Desde 2018, a Associação Nacional de Educação Católica (ANEC) instituiu o GT Pedagógico Nacional, que tem como obje-tivo assessorar a Câmara de Educação Básica nas pautas da educação, na cons-trução de documentos orientadores, e na elaboração e implantação de ações de interesse das Associadas. Compõe esse grupo representantes das seguintes instituições: Rede Damas, UMBRASIL, UBEC, Associação Cultura Franciscana, Rede Salesiana, Rede Notre Dame, PUC - Campinas, PUC - Minas com o Colégio Santa Maria, Rede La Salle, Co-légio Sagrado Coração de Jesus, Rede Lourdinas, Rede Bom Jesus e Escola Ima-culada. O GT tem trazido importantes contri-buições, como por exemplo: a escrita de Notas Técnicas para o CNE e o MEC; a organização da Formação Continuada da Educação Básica, que é um programa virtual realizado durante o ano de 2019, por videoconferências, a partir das necessida-des educacionais das associadas e; também, está organizando o V Fórum de Educação Básica, que acontecerá dias 16 e 17 de março de 2020, em Brasília.

No dia 31 de outubro, o GT Pedagógi-co Nacional se reuniu virtualmente para estudar os documentos que versam sobre o Novo Ensino Médio, seus Itinerários For-mativos e Projeto de Vida, tendo como assessores os professores: Rodinei Balbi-not e Lucia Nascimento Andrade. Dando continuidade aos estudos, no dia 12 de novembro, acontecerá a reunião virtual sobre “Currículo e Diversidade”, com a professora Suely Meneses, do Con-selho Nacional de Educação. Como última atividade de 2019, rea-lizaremos no dia 27 de novembro uma reu-nião presencial para a escrita de um docu-mento norteador para as associadas sobre o Ensino Médio e as diretrizes gerais para sua implantação.

Grupo de Trabalho Pedagógico Nacional:trabalhando em prol de uma

educação católica dequalidade social

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22 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Ir. Adair Aparecida SbergaDoutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP-RP); Mestre em Educação - Pastoral Juvenil - pela Università Pontificia Salesiana (UPS-Roma/Itália; Especialização em Gestão de Escolas: Abordagem Administrativa e Pedagógica (Faculdade Pitágoras); Especialização Teórico Prático em Comunicação Social (Universidade São Francisco); Aperfeiçoamento em Programa de Educação e Treinamento (Faculdades Pitágoras); Licenciatura em Pedagogia (UNISAL-LO); Licenciatura e Bacharelado em História (PUC-SP); Licenciatura em Filosofia (FAI-SP); Magistério (Instituto Madre Mazzarello - SP); Técnica em Contabilidade. Experiência Profissional: Diretora Executiva da Rede Salesiana de Escolas; 1ª Vice-Diretora Presidente da Associação Nacional das Escolas Católicas; Coordenadora do Curso de Extensão e Especialização em Pastoral Juvenil Campus Pio XI - UNISAL-SP; Editor-chefe da Revista Científica da ANEC. Exerceu as funções de: Diretora Escolar, Coordenadora Pedagógica, Coordenadora de Pastoral, Coordenadora de Ensino Religioso; Professora de Filosofia e História. Religiosa do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (Irmãs Salesianas). Autora de artigos e livros sobre Voluntariado Jovem e a Formação da Pessoa em Edith Stein. Áreas de interesse em pesquisa: Gestão Educacional, Edith Stein, Voluntariado, Pastoral Juvenil.

23out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

Fotos: Divulgação

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Notícia - Ensino Superior

Evento sobre Inovação na gestão e nosmodelos acadêmicos da educação

superior, marca a região de Foz do Iguaçu�� � ���  � � �� �� �� � � �� � �� � � � �� �

Nos dias 12 e 13 de setembro de 2019, representantes das associadas da Educa-ção Superior da ANEC estiveram reunidas para conhecer a proposta de metodologia de ensino da UniAmérica, em Foz do Iguaçu (SC). A metodologia apresentada pelo Centro Universitário enfatiza a aprendiza-gem efetiva, atribuindo significado ao processo educativo. A metodologia é focada em projetos, em todos os cursos, e os acadêmicos: resolvem problemas reais da comunidade, inovam na criação de pro-dutos e são estimulados para a pesquisa. Foi um momento muito valioso em que os representantes das Associadas presen-tes tivessem a oportunidade de dialogar com os docentes e discentes acerca da metodologia, bem como, conhecer alguns projetos que foram elaborados pelos acadêmicos no decorrer dos semestres. O Reitor Dr. Ir Paulo Fossatti (Diretor--Presidente da ANEC e Reitor do UniLaSalle de Canoas) elogiou o encontro e ressaltou que é necessário que as IES Católicas pensem no futuro dos nossos cursos na Educação Superior - sabemos que as IES Católicas possuem excelentes avaliações, tanto nas Avaliações Externas como Internas, a qualidade e a excelência são características da educação católica. Mas, frisamos que esse é o momento de repensarmos estratégias, para apresentar-mos uma Educação Superior atraente, cria-tiva e com as características que chamem a atenção da Geração Z. O Dr. Pe. Mauricio Ferreira (Presi-

dente da Câmara de Ensino Superior da ANEC e Reitor da UCSAL) ressaltou que para além do encontro precisamos trocar experiências dentro da nossa Rede, pois a partir do diálogo, todos crescemos! Co-nhecer o modelo apresentado pela UniAmérica foi excelente, e nos mostra outras perspectivas e possibilidades na Educação Superior. A Profª. Claudinéia Mognato Dalmas-chio (Assessora Administrativo-Acadêmi-ca da ESFA) relata “que conhecia a propos-ta do modelo híbrido da UniAmérica, por fazer parte do Conselho Estadual da ANEC- ES, entretanto, fazer a imersão e vivenciar a dinâmica deste modelo educacional imple-mentado foi uma experiência fantástica; eu diria que foi uma das melhores experiências vividas como educadora e gestora. O Centro Universitário encontrou uma forma inovadora de operacionalizar a proposta do currículo organizado por competências. Para o aluno, o pleno atendimento de suas expectativas em ter no Ensino Supe-rior um currículo que de fato lhe garanta o desenvolvimento de competências para a empregabilidade e trabalhabilidade inte-grado com o mercado de trabalho. Para o professor é uma grande oportunidade de ressignificar o seu papel na contempora-neidade. Para a Instituição, a efetiva inte-gração do ensino, da pesquisa e da exten-são por meio da execução de Projetos inte-gradores desenvolvidos em espaços pro-fissionais inerentes aos Cursos ofertados que permitem o cumprimento de seu papel social.

24 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Confira as fotos do evento:

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25out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Notícia - Ensino Superior

ENTREVISTA COM Prof. Dr. Gilberto Gonçalves Garcia

sobre a Cur�icularização da Ex�ensão Na Edição anterior da Revista EDU-CANEC, tivemos o Prof. Dr. Gilberto (Ex--Conselheiro do CNE e Relator da Resolu-ção) para falar um pouco sobre os impactos da Resolução nº 07/2018, que estabelece as diretrizes para a Extensão Superior bra-sileira e regimenta o disposto na Meta 12.7, da Lei nº 13.005/2014. Por ser um assunto de grande rele-vância e que ainda gera muitas dúvidas nas Instituições de Ensino Superior, o Prof. Dr. Garcia expôs mais alguns pontos impor-tantes nessa edição. Vamos conferir!

PROF. DR. GILBERTO GONÇALVES GARCIA: É decisivo que as instituições promovam a capacitação continuada de seus profissionais para a extensão, coor-denadores e professores, sobretudo. Isso pode ser levado a termo com o auxílio de especialistas externos ou mesmo pelas trocas de experiências internas. Importante é chegar a um bom padrão institucional de compreensão da prática extensionista em todos os níveis acadêmicos, inclusive junto ao pessoal técnico administrativo. Outro aspecto que recomendo é de se procurar o caminho da interdisciplinari-dade entre áreas de conhecimento para a construção de programas e projetos de

extensão. Nesse particular, há um exemplo belíssimo no Instituto Federal de Santa Catarina, na prática da extensão, que aliou os cursos de Psicologia, Licenciatura eEngenharia em um mesmo projeto de grande sucesso, junto às APAES da região. Interdisciplinaridade é, com efeito, o espí-rito da própria extensão. Quanto maisrestrita a atividade extensionista a uma área do conhecimento, menor pode ser seu campo de alcance social. Em contrapartida, quanto mais interdisciplinar ela for, maior a chance da intervenção social de promover não só aprendizagem integral dos alunos, como o próprio intercâmbio entre estes em diferentes áreas do conhecimento. Tudo isso em favor de um setor da sociedade. Outra ação indispensávelconsiste em se desenvolver sistemas e ferramentas eficazes de registros curriculares juntoaos setores de controles acadêmicos, que viabilizema creditação das práticasde extensão, sem muita burocracia. Nessa perspectiva,podemos encontrar experiências bem-sucedidas em algumasIES, onde ferramentas de registro foram desenvolvidaspara discriminarautomaticamente, parte ou integralidadede horas extensão nas disciplinas, no momentodo lançamento das horas/aulaou horas/atividade. Posso,

O que o Reitor sugere paraque as Instituições de EducaçãoSuperior Católicas atendamo disposto na RESOLUÇÃO Nº 7,DE 18 DE DEZEMBRO DE 2018,de forma prática?

26 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

COMUNICAÇÃO ANEC:

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inclusive, mediar o contato de nossas IES católicas com essas instituições, se for oportuno. A propósito, aconselharia as IES Católicas a envidar diligências no sentido de se promover a criação de um fórum na-cional único de extensão que reúna todas as entidades de educação superior, inde-pendente do segmento a que pertencem. Essa medida ampliaria consideravelmente o intercâmbio das estratégias de extensão em prática, bem-sucedidas. Observem, que diferentemente da área da graduação e da pós-graduação, a extensão é o único campo que ainda mantém quatro diferentes fóruns, dissociados e não alinhados em torno de sua área comum. A graduação tem seu fórum nacional, o ForGRAD; a pós-gra-duação e pesquisa, o FORPROP. Já para o campo da extensão, em contrapartida, as universidades federais mantêm seu For-PROEXT; as comunitárias, seu FOREXT; as particulares, seu ForEXP; além do Fórum dos novos institutos federais de educação. Uma convenção nacional comum de exten-são poderia ocorrer anualmente, sem dis-pensar a permanência desses fóruns seto-riais. Seria um ganho inestimável para o progresso das políticas de extensão no Brasil. As Católicas poderiam provocar esse processo em âmbito nacional. Indispensável é que

nossas IES Católicas se adian-tem no cumprimento das dispo-sições da resolução do CNE. Co-mecem a atualizar seus PDIs, com a inclusão de suas políticas de extensão. Assim, colaborem com papel das Comissões próprias de avalia- ção – as CPAs e da avaliação do MEC para a extensão. Que prevejam recursos orçamentários para a mo- bilidade das ações da extensão; e disponham de infraestrutura neces- sária para o exercício pleno das mesmas

atividades. Outro aspecto determinante está em se desenvolver coordenações de extensão mistas entre cursos ou por áreas de conhe-cimento que sejam ativas, com pouca de-pendência da mediação de pró-reitorias ou diretorias de extensão. Essa medida am-pliaria formidavelmente a efetividade dos projetos, além de promover o intercâmbio entre cursos. Tais coordenações garanti-riam a interdisciplinaridade tão necessária na prática extensionista. Por fim, que as Católicas reavaliem suas políticas institucionais de cargos e salários para acondicionarem o diferencial das horas das atividades extensionistas. Tornar claras as distinções possíveis entre hora/extensão, hora/aula e hora/atividade, sobretudos nas IES que praticam valor de hora diferenciada entre as atividades pe-dagógicas. Essa medida também é impor-tante para se garantir o apoio e a adesão dos professores às atividades da extensão.

PROF. DR. GILBERTO GONÇALVES GARCIA: Esse é um desafio enorme e que não envolve somente a problemática da extensão, mas abrange toda uma nova visão de metodologias, tecnologias, e prá-ticas de ensino-aprendizagem em um con-texto muito mais amplo. As IES, hoje, não podem recear na aposta em metodologias inovadoras de ensino-aprendizagem. Pre-cisam se desacreditarem do mito de que a relação ensino-aprendizagem só é eficaz no espaço da sala de aula. Há que se apos-tar mais na aprendizagem em grupos de alunos, por problemas. A Medicina, a título de exemplo, já mergulhou muito rapida-mente, e com grande sucesso, nas meto-

Além desses movimentos que estão acontecendo com o PNE sobre Curricularização, o que o Reitor acredita ser necessário implementar para que a Educa-ção Superior esteja alinhada ao comportamento do universitá-rio do século XXI?

27out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

COMUNICAÇÃO ANEC:

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dologias por times de aprendizagem, em torno de um problema definido. Vejam como a inovação no método da aprendiza-gem dialoga perfeitamente com os princí-pios da extensão! Podemos elencar como outro desafio a promoção cada vez maior da interdiscipli-naridade como conteúdo da aprendizagem. É evidente que, hoje, áreas ou campos do conhecimento já não são tão exclusivas como entendíamos no passado. Anterior-mente, cada área era uma área isolada. Cada curso pouco dialogava com outro dentro da mesma área. A velha ciência que o mundo moderno descobriu, como as ciências isoladas, não existem mais. Pois as pesquisas e as tecnologias recentes recombinaram as ciências entre si e acaba-ram por redirecionar, por consequência, o próprio sentido pedagógico da aprendiza-gem. Não nos esqueçamos de que a nossa universidade foi criada e desenvolvida dentro da lógica da velha ciência: departa-mentos por cursos, áreas de conhecimento, etc. Outra ação vantajosa estaria na pro-moção de programas de graduação de intercâmbio internacional inovadores com dupla diplomação. No Brasil, ainda esta-mos presos a uma visão estreita da relação de intercâmbio entre IES e uma precarieda-de muito grande em nos permitirmos desa-fiar para a internacionalização. Nossa regulação, além disso, ainda se acha muito restritiva, muito centralizadora e controla-dora, e não estimula à inovação em projetos empreendedores. Talvez a continentalida-de do país e sua tradição justifiquem esse comportamento ainda hoje. Um avanço significativo já seria o intercâmbio viável entre cursos de gradua-ção de IES em âmbito nacional, quer dizer, o aproveitamento de créditos entre cursos de diferentes Instituições dentro do próprio país. Se eu reconheço, numa determinada área do conhecimento, uma disciplina transformadora e de alto impacto social desenvolvida por outra Instituição, por que não posso permitir que o aluno de minha

instituição possa cursar essa disciplina fora de minha IES, integrando o aproveitamento desse crédito à matriz curricular, do mesmo curso, em minha Instituição? Até mesmo os regimentos internos das IES são muito res-tritivos quanto a iniciativas como estas. Prevalece, todavia, um forte interesse cor-porativo junto às Instituições. Outra orientação, nesse particular, consistiria na desburocratização dos regi-mentos internos das IES, de forma que se tornem mais flexíveis às inovações nas ma-trizes curriculares para que, por conse-guinte, estejam aptos a acompanhar as mudanças dos tempos e as respostas às exigências da sociedade atual. Este é, hoje, o principal desafio do processo de curricu-larização da extensão. Para o diálogo efetivo com o mundo atual, outro aspecto importante, estaria em se ousar no emprego das avançadas ferra-mentas de ensino a distância, integradas ao ensino presencial com mais flexibilidade. Permanece, ainda, entre nós o preconceito de que o ensino a distância seja uma moda-lidade de ensino de menor qualidade que o ensino presencial, o que não é necessaria-mente uma verdade. A qualidade de ensino está primariamente ligada às políticas ins-titucionais e não às modalidades de ensino. Outra sugestão, agora de volta ao espírito da extensão, seria a de se promo-ver a integração acadêmica, cada vez mais abrangente, com os setores da sociedade. Independentemente dos princípios básicos das diretrizes da extensão, que recomen-dam a aprendizagem contextual e dialógica junto aos setores da sociedade, as IES não devem ser conservadoras em relação a esse tema. A universidade não existe para permanecer isolada do mundo real. As ordens sociais do mundo contemporâneo demandam diálogo permanente com as instituições universitárias. Enfim, acredito que as IES precisam ser mais ágeis em res-ponder tanto às mudanças do mundo atual quanto às constantes alterações da regula-ção do Estado para o ensino superior.

28 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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PROF. DR. GILBERTO GONÇALVES GARCIA: Eu diria que sua principal vanta-gem, considerando a notoriedade social reconhecida dessas IES, estaria em sua tradição na educação, por mais paradoxal que essa afirmação possa soar, nesse con-texto. Até aqui temos falado muito de ino-vação. Agora falamos em tradição. Tradi-ção, à primeira vista, repercute como algo ligado ao conservadorismo, à preservação, à estabilidade. Mas, no domínio da IES católicas, tradição alcança um significado notável. Manter a tradição pode significar, hoje, para nossas IES, a laboriosa tarefa de ter que se transformar rapidamente para conservar sua missão. Pois a missão inaugural das Institui-ções Católicas no ensino superior surgiu de uma necessidade social bem concreta em responder às demandas de oferta de edu-cação de qualidade, por conta da ausência do Estado Brasileiro numa determinada época de nossa história. Essa mesma missão precisa, agora, dialogar com as de-mandas do mundo atual. Como se manifestaria, na atualidade, a tradição das Instituições Católicas? No zelo pela missão, no cuidado pela qualida-de, no interesse pelo investimento, no em-penho pela inovação, na atenção especial ao estudante, na dedicação ao docente, no cuidado com o corpo técnico-administrati-vo. Tudo isso pode compor parte do que se pode chamar de tradição. Tais demandas requerem constantes transformações no tocante à gestão de nossas IES. As IES Ca-tólicas são percebidas pela sociedade como Instituições confiáveis. E, essa com-preensão de confiabilidade, por sua vez, é avalizada por sua tradição.

PROF. DR. GILBERTO GONÇALVES GARCIA: O binômio ensino-aprendiza-gem, não pode ser articulado por uma com-preensão pedagógica e metodológica ho-mogênea e determinante para todos os tempos. A pedagogia deve saber responder aos sinais dos tempos. Cada era comporta sua compreensão de mundo e faz dessa compreensão comum seu projeto de escola. Por isso, não pode haver metodolo-gias de ensino e aprendizagem imutáveis, uniformes e eternas. O sentido de ensinar e aprender a um século, e mesmo há poucas décadas, certamente não poderá respon-der às demandas éticas e profissionais do mundo atual. A escola deve ser uma conse-quência natural da visão humana e de mundo de uma sociedade. Isso acontece involuntariamente. Quando descrevemos nossos projetos pedagógicos de cursos, estamos acidentalmente também nos per-guntando: em que visão de mundo nos situ-amos? O que devemos ensinar, a partir dessa visão de mundo? Qual o perfil do egresso que queremos formar para esse mundo, profissionalmente? Como deve-mos educá-lo para esse mundo? Quais as metodologias que articularão o eixo ensi-no-aprendizagem para esse fim? Quero dizer, com tudo isso, que pre-cisamos reiteradamente refletir sobre nossa cosmovisão, antes de formularmos

Qual a principal vantagem das Instituições Católicas diante dos desafios de um Mundo que está em constante evolução?

Deixe uma mensagem para as Instituições de Ensino Superior.

29out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

COMUNICAÇÃO ANEC:

COMUNICAÇÃO ANEC:

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nossos projetos pedagógicos e de respon-der sobre perfil de egresso que queremos formar em nossas Instituições. Pode ser o caso, ainda nos tempos atuais, que a uni-versidade esteja dando respostas a uma compreensão de mundo irreal ou já supera-da, sem se permitir autoavaliar para avan-çar e acompanhar as demandas dos tempos. Isso equivale à morte das Institui-ções. Se essas não forem capazes de se avaliarem e se transformarem no prazo justo, o tempo se encarregará de desativá--las, naturalmente. As IES católicas, em vista disso, devem reencontrar seu lugar no mundo atual e, concretamente, no Brasil de hoje, para não se extinguirem por circunstâncias alheias a sua missão. Seu grande duelo está, pois, na capacidade de se deixarem transformar continuamente, para conser-varem a tradição construída em sua longa história. E, enfim, preservarem o mesmo propósito que as conduziu um dia para a missão de educar na sociedade.

Graduado, Mestre e Doutor em Filoso-fia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi Reitor da FAE - Centro Universitário (1998-2007), da Universidade São Francisco - USF (2002-2009), e da Universidade Católica de Brasília - UCB (2015--2018). Ex-Conselheiro do Conselho Nacional de Educação (CNE).

Prof. Dr. Gilberto Gonçalves Garcia

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Notícia - Mantenedoras

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Foi realizado no mês de setembro de 2019, na cidade de Brasília, o XII Fórum Nacional de Mantenedoras da ANEC. O tema deste ano foi “Como ser o líder que o século XXI exige?”. Esse evento, que acontece anualmente, tem como objetivo proporcionar reflexões quanto ao cenário atual das Organizações Educacionais Ca-tólicas no país, além de apresentar as ações e os projetos da ANEC que contribu-am na gestão de suas associadas, direta-mente e ou indiretamente. Sob a análise das temáticas aborda-das, fica claro que os gestores deverão, de agora em diante, agregar e/ou aprimorar a forma de gerir suas instituições. Os assun-tos apresentados nesses dois dias de evento sugerem que as tomadas de deci-sões devem ser realizadas por meio de téc-nicas com o foco no estratégico, baseadas em informações de inteligência de merca-do, indicadores das mais diversas nature-zas e outras técnicas e informações, que é fundamental para boa gestão. Fica claro

que uma nova era de gestão se inicia; a aplicação de técnicas e o uso de ferramen-tas tecnológicas e de inteligência de mer-cado é a ‘bola da vez’, e diga-se de passa-gem, não é só para as instituições de grande porte; as pequenas precisam apro-priar-se rapidamente, pois são as institui-ções que mais necessitam tomar decisões e realocar seus recursos de forma ‘muito cirúrgica’ para que possam provocar impactos e resultados positivos, com menor energia e custo. Foi assim, esculpindo em cada mo-mento ímpar do evento, que os palestran-tes se reportaram aos convidados, abrindo o leque de possibilidades para mudanças, perante um Mundo em constante evolução. O evento foi iniciado com uma oração baseada num olhar mais atento ao Sínodo da Amazônia. Em seguida, tivemos a aco-lhida do Presidente da Câmara de Mante-nedoras, Pe. Roberto Rosalino; e dos Presi-dentes, Ir Paulo Fossatti e da Ir. Irani Rupolo.

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XII Fórum Nacional deMantenedoras da ANEC

31out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Dr. Arthur Lídio e Dr. Távio Almeida | Esforçar-se acerca da saúde financeira da Instituição de Ensino e entender a importância de se antever ao futuro que já começou, foi a proposta desses dois palestrantes ao dialogar sobre “Pla-nejamento Estratégico e Estruturação Organizacional: os dois pilares para ter uma instituição de ensino sustentável”.

Prof. Kellen Emídio da Silva | “Gestão de Riscos” foi o tema de sua palestra, cujo foco principal foi esclarecer que para a sustentabilidade de uma Insti-tuição de Ensino é preciso identificar as principais nuances dos riscos e agir em tempo hábil.

Dr. Napoleão Alves Coelho | Com o tema “Compliance e Segurança Jurídica na Educação”, o palestrante levou à reflexão sobre como esse assunto afeta profundamente a Instituição de Ensino, em diversos âmbitos.

Prof. Susana Figoli | “Usar os dados que você tem, para gerar os dados que você não tem”, foi nessa perspectiva que a palestrante relacionou o seu diá-logo com a importância de se atentar à “inteligência de mercado”, tema de sua palestra.

Prof. Alcino Ricoy Junior | Em sua palestra sobre “Como elaborar um plano eficiente de marketing digital”, ressaltou sobre a importância de se utilizar um mix de marketing estratégico para alcançar excelentes resultados na conquista e fidelização de alunos

Vagner Molina | Iniciando a apresentação com uma encenação teatral, que trouxe os personagens do livro “O monge e o executivo”, os participantes puderam expandir seus conhecimentos acerca das habilidades e competên-cias necessárias para se tornarem “o Líder que o Século XXI Exige”, tema central da palestra.

Para finalizar o XII Fórum Nacional de Mantenedoras, tivemos a fala do Ir. Natalino que reacendeu a importância de cada um para a verdadeira educação católica acontecer; o Ir. Paulo Fossatti reforçou essa perspectiva, retomando o assunto da PEC Paralela e convidando a todos a continuarem seguindo em frente (e juntos), como uma única Rede, sendo a voz da Filantropia pelo Brasil, que nada mais é do que a voz de milhares de brasi-leiros que são beneficiados com uma educação de qualidade.

Seguem abaixo os nomes dos palestrantes e as propostas apresentadas por eles no Fórum:

32 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Fotos: Divulgação

33out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

Veja todasas fotos!

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Seminário Virtualde contabilidade

Notícia - Mantenedoras

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No ano de 2019, a Câmara de Mante-nedoras da ANEC realizou o Seminário Na-cional de Gestão Contábil. Esse seminário teve como objetivo provocar os gestores e os contadores quanto aos tempos atuais, e o uso da tecnologia na gestão das institui-ções do terceiro setor. Partindo do pressuposto que nosso cotidiano traz grandes mudanças, em todas as áreas, em casos extremos, alguns chegam a dizer que a Contabilidade - a função do Contador - é uma profissão em extinção (dado os avanços da tecnologia, que robusteceram os sistemas ‘que fazem tudo sozinhos’), assim, conclamamos os Contadores e Gestores das Instituições Associadas da ANEC a refletirem um pouco mais sobre este tema. Como contribuição para a reflexão dos participantes, realizamos o seminário com a intenção de mostrar o papel do Con-tador do Futuro; para que no exercício da Gestão da Contabilidade, estes possam garantir que todas as tomadas de decisões, sejam realizadas de forma analítica e com o enfoque nos números, indicadores econô-

micos e financeiros, bem como nos resulta-dos, positivos e ou negativos, no que se apresenta enquanto gestão. Destacamos que os Contadores par-ticipam da parte mais pulsante de uma ins-tituição, conhecem todos os seus mean-dros, enxergam integralmente a sua estru-tura, sabem primeiro dos resultados da gestão, e ainda podem antever situações que mereçam a atenção da Administração. A proposta final para os gestores e contadores é que adotem as estratégias analíticas das informações, encontradas em parte na contabilidade, que almejam o empreendedorismo e a inovação em suas atividades. Participaram do seminário seiscentos profissionais, atuantes em mais de trezen-tas das instituições associadas. Para o ano de 2020, faremos uma nova programação com o foco nas informações e nos indica-dores para tomada de decisões. Confira no site da ANEC, no menu eventos, o calendário das atividades pro-gramadas para as diversas áreas.

Contador, Auditor Independente, Perito, Consultor, Professor e Pales-trante; sócio da Pelegrini & Rodrigues Auditores Independentes e da P&R Training & Consulting.Especialização em EaD, Docência Superior, Educação Corporativa.

Especialista em Gestão Administrativa e Financeira. Graduado em Adminis-tração, Contabilidade e Bacharel em Direito. Atualmente é Gerente da Câmara de Mantenedoras da Associa-ção Nacional de Educação Católica (ANEC).

José Geraldo Pelegrini Melo Guinartt Diniz R. Antunes

34 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Notícia - Mantenedoras

Apresentação do projeto de indicadores da ANEC

Existem diferentes maneiras de se avaliar o desempenho das instituições: pela qualidade e certificação de seus produtos e serviços, pela responsabilidade social, pela força de sua marca ou de forma finan-ceira. A gestão de resultados permite a análise e verificação dos objetivos atingi-dos, e se as ações estão sendo geradas por meio do uso correto dos indicadores. Indicadores são as fontes mais con-fiáveis para avaliar a performance das ins-tituições. Muitas vezes se definem metas, objetivos e não é pensado em uma maneira de mensurar o alcance da mesma. Nessas horas, é importante lembrar a frase “aquilo que não é medido não é gerenciado”. Realizar a apuração das Demonstra-ções Contábeis da instituição é uma forma importante de medir seu desempenho. Porém, não basta apenas levantar os nú-meros, um bom gestor financeiro deve en-tender quais indicadores devem ser apura-dos, analisar e interpretar os resultados, e tomar decisões assertivas para o futuro da organização. As Demonstrações Contábeis ofere-cem uma série de dados sobre as institui-ções, que por meio do uso da análise dos seus balanços, transformam esses dados em informações para contribuir na tomada de decisões. Em linhas gerais, pode-se listar as seguintes informações produzidas pelas análises de balanços:

Situação financeira e econômica.

Desempenho.

Eficiência na utilização derecursos.

Quadro evolutivo, tendências e perspectivas.

Causa das alterações na rentabilidade.

Evidências de erros na administração.

Providências que deveriamser tomadas e não foram.

Avaliações de alternativas econômico-financeiras futuras.

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35out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Avaliando o mercado educacional e observando a tradição das Instituições Ca-tólicas no Brasil, e o novo cenário educa-cional, a ANEC, ao longo destes dois anos, vem implantando o projeto “Redes em Rede: juntos pela Educação Católica”, pro-jeto este, que tem o apoio da CNBB e da CRB. Que tem como objetivos:

Na Assembleia Geral Ordinária da ANEC, em 2018, foram apresentados alguns desafios, dos quais as Instituições de Educação Católica enfrentarão a curto prazo. Na ocasião, houve destaque para os novos modelos de gestão, voltados para a tomada de decisões com base em indica-dores. Possibilitando uma análise ampla do mercado educacional, por meio de infor-mações coletadas no balanço patrimonial publicado em jornais, sites institucionais, redes sociais, censos de Educação do MEC, bem como, pesquisas encomendadas a consultorias especializadas com expertise de inteligência de mercado, dentre outros. Diante desse cenário, para fortalecer e subsidiar as associadas da ANEC, foi criado o “Projeto de Indicadores da ANEC”, como parte do Projeto “Redes em Rede”.

O projeto está sendo conduzido pela Câmara de Mantenedoras da ANEC, e tem o objetivo de realizar diversas pesquisas e estudos para elaboração de Relatórios, uti-lizados na Análises do Desempenho Eco-nômico Financeiro para a tomada de deci-sões. Foi construído um banco de dados com as informações quantitativas dos últi-mos 3 anos das associadas que aderiram ao projeto. Analisaram-se os dados históricos e foram gerados índices, indicadores e grá-ficos padronizados de gestão. Essas infor-mações foram comparadas junto a dados gerados com indicadores externos (insti-tuições privadas e/ou concorrentes), e, por fim, elaboraram os relatórios utilizando os dados consolidados. No dia 1 de novembro de 2019, reuni-ram-se em Brasília as associadas que ade-riram ao projeto; na ocasião, apresentaram os dados, os quais foram utilizados pelas associadas para a construção do seu pla-nejamento estratégicos de 2020. As Mantenedoras associadas que desejarem participar desse Projeto deve-rão enviar para a ANEC, por meio do e-mail [email protected], aos cuidados do Gerente da Câmara de Mantenedoras, Prof. Guinartt Diniz, o Balanço Patrimonial e a DRE dos últimos três exercícios. Contamos com o apoio de todas as Mantenedoras para mais essa iniciativa da ANEC. Acreditamos que, juntos como Redes em Rede, podemos defender os interesses da Educação Católica no Brasil com tradição, responsabilidade e inovação.

Fortalecer e interligar as Instituições Educacionais Católicas brasileiras, diante dos desafios atuais da educação, em comunhão com a CNBB e a CRB.

Revitalizar as Instituições Educacionais Católicas, criando uma rede de ajudae suporte.

Atuar, conjuntamente, buscando incidir nas políticas públicas educacionais de Estado.

Elaborar, junto às instituições, projetos e ações estratégicos de gestão, e de sustentabilidade econômico-�nanceira.

Fortalecer a ANEC como legítima instituição representativa da Educação Católica no Brasil, em comunhão com a CNBB e a CRB.

36 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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� � �� � � �� �� �� ��  �� � � � � �Especialista em Gestão Administrativa e Financeira. Graduado em Administração, Contabilidade e Ba-charel em Direito. Atualmente é Gerente da Câmara de Mantenedoras da Associação Nacional de Edu-cação Católica (ANEC).

Fotos: Divulgação

out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC 37

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Notícia - Pastoral

Serviço de AnimaçãoPastoral da ANEC

O Serviço de Animação Pastoral da ANEC é reconhecido como uma missão no âmbito da Educação, constantemente a nós confiada pelo Cristo Bom Pastor e pela Igreja. Assim, no decurso de 2019 foram desenvolvidas várias atividades junto às associadas em comunhão com a CNBB e em parceria com vários organismos, dentre eles a CRB e OLMA.

Desejosa por garantir a integridade da pessoa humana, em comunhão com a CNBB e a CRB, a ANEC apresentou o “Pro-jeto Rodas de Conversa” sobre a Campa-nha da Fraternidade 2019, Fraternidade e Políticas Públicas, sob o lema: “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1, 27). Esse audacioso projeto de comunhão aconteceu em todos os estados da Federa-ção, e trouxe muita esperança e luz aos que dele participaram. Sobretudo, ao provocar uma profunda análise de conjuntura, um olhar sobre a realidade local que dialoga com as realidades globais, a fim de propor ações concretas para que o mundo seja um lugar melhor, mais digno e que tenha a jus-tiça como um valor, um direito garantido.

No Rio de Janeiro, fizemos um recor-te: optamos por discutir a questão das mo-radias frente às Políticas Públicas para as juventudes. Assessorados pelo padre Luís Antônio, coordenador da Pastoral de Fave-las na Arquidiocese do Rio de Janeiro, per-cebemos que a Campanha da Fraternidade 2019 nos convida a uma sensibilização capaz de iniciar processos. Não se trata de um mero sentimento de piedade, mas de uma sensibilização que leva à conversão do coração, pois nos permite sentir a dor do outro, e assim nos desperta ao profetismo cristão, capaz de traduzir os bons senti-mentos em pequenas ações pessoais e comunitárias. E afirmou, quanto as políticas de moradia no Rio de Janeiro: “a população até tem direitos, mas esses não lhe são assegurados, e isso é o que gera a falta de justiça”. Raphael Barros, consultor de Direitos Humanos na ONU e coordenador das Pas-torais Sociais da Arquidiocese de Niterói, reforçou que todos os direitos nascem da dignidade da pessoa humana, e este reco-nhecimento é fundamental. Por isso, o Pro-jeto Rodas de Conversa é uma grande oportunidade que temos, de cuidar para que a sociedade não viole esses direitos e não legitime essa violação. Por isso, preci-samos repetir essa experiência. Não pode-mos deixar que a injustiça impere sobre as pessoas. E assim definimos o evento no Rio. Uma simples invenção da “Roda”? Não! Mas sim um olhar atento e crítico sobre a

Roda deConversaCF 2019

Por que vamos repetira experiência

do RJ?

38 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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SEMINÁRIO DE PASTORALE GESTÃO ESCOLAR DA

ANEC BAHIA

realidade local, capaz de mudar paradig-mas. Isso faz a roda girar; isso fez com que o projeto “Rodas de Conversa” sobre a Campanha da Fraternidade 2019 se tor-nasse uma ciranda sugerindo passos para uma ação em Rede. Sejamos multiplicado-res do bem! Um mundo melhor é possível quando unimos forças, ideias, utopias e sonhos. Vamos em frente! E que venha a Roda de Conversa 2020!

A preparação do nosso I Seminário de Pastoral ANEC Nordeste ocorreu com a ajuda de uma equipe que transcendeu a distância geográfica e a ocupação própria de cada um, para contribuir na elaboração e na viabilização de todos os detalhes neces-sários para que tivéssemos um evento de qualidade e com toda a infraestrutura capaz de acolher bem os que participaram do referido evento. Portanto, louvo ao Deus da vida, pois sem Ele nada podemos fazer. Agradeço a animadora de Pastoral ANEC, Irmã Claudia, pela confiança e pelo carinho em todo pro-cesso. Agradeço igualmente a todos os que colocaram seus dons para que tudo pudes-se dar certo.

A realização do Seminário de Pasto-ral se deu com momentos de comunhão e troca de experiências entre os represen-tantes dos nove estados do Nordeste, bus-cando fortalecer a cultura e a inter-relação dos mesmos, aprendendo e construindo caminhos para a superação dos desafios e favorecendo o enriquecimento da pastoral dos Colégios.

A ANEC, junto à Pastoral da Educa-ção da Arquidiocese de Salvador, realizou nos dias 17 e 18 de outubro, no Colégio Ma-rista Patamares, a primeira edição do Se-minário de Pastoral e Gestão Escolar. Com o intuito de fortalecer os laços entre os pro-fissionais dos Colégios Católicos, o encon-tro contou com a presença de mais de 60 participantes. Foram debatidos diversos temas como: Saúde mental, gestão e docência: propondo pontes entre saberes e cuidados em tempos adversos; Diálogo entre pasto-ral e ensino religioso à luz de Cristo no con-texto atual; e diálogo inter-religioso. Estiveram presentes também repre-sentantes de instituições de ensino públi-co, compartilhando experiências e saberes.

Pe. Dênis Dutra Marques SDB –Colégio Salesiano de Niterói - RJ

Professor Edgley Cassiano Delgado. Rede Lurdinas e Rede Damas –

Campina Grande – PB

Evanilson Caetano Lima – UCSAL - Salvador - BA

1° Semináriode Pastoral

da ANEC Nordeste

SEMINÁRIO DE PASTORALE GESTÃO ESCOLAR DA

ANEC BAHIA

Everidiana Sena Santana-Coordenação Pastoral do

Colégio Salesiano do Salvador

39out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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O I Seminário de Pastoral da ANEC - MG, cujo tema foi “A escola em saída: novas perspectivas pastorais para a educação católica, aconteceu na PUC-MG dia 06 de setembro e reuniu cerca de 150 educadores, pastoralistas, gestores e religiosos. O evento procurou discutir, à luz do magistério recente do Papa Francisco, a vocação missionária à qual cada Escola Católica é chamada. Temas da atualidade e práticas pastorais também

Gregory Rial – professor ecoordenadordo Departamento de Pastoral do Colégio

Nossa Senhora das Dores, Belo Horizonte,membro da CAEC (Comissão

Arquidiocesana de Escolas Católicas)da Arquidiocese de Belo Horizonte e

animador do GT Pastoral da ANEC MG

Semináriode Pastoral

(Minas Gerais)

foram abordados por especialistas de diversas áreas do conhecimento. Para as associadas de MG, o evento significou um recomeço do GT Pastoral, que, com novo vigor, segue com extensa agenda de atividades para 2020.

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O dinheiro é usado pelas pessoas, diariamente, em todas as etapas da vida, e poucas são aquelas que pensam em estra-tégias de uso ou tiveram a oportunidade de aprender a usá-lo. Essas são algumas das razões para haver um número tão grande de pessoas endividadas, sem reservas para imprevistos, angustiadas, com desafios familiares e conflitos, aposentadoria insu-ficiente e com problemas de saúde – tudo isso originado, também, pelo despreparo para lidar com o dinheiro. A educação financeira é capaz de melhorar esse cenário e pode ajudar no de-senvolvimento de habilidades para usar o dinheiro de forma colaborativa, com ética e responsabilidade, social e ambiental. Mas, é necessário perceber que não basta infor-mar as pessoas sobre juros e investimentos ou ensinar matemática financeira, pois a maior parte dos problemas econômicos estão relacionados a comportamentos. Somos seres emocionais e, muitas vezes, mesmo sabendo o que é o melhor a fazer, acabamos repetindo padrões, tomando decisões impulsivas que atrapalham as realizações e geram transtornos. Para me-lhorar os resultados financeiros é necessá-rio desenvolver novos padrões comporta-mentais. Vivemos em uma sociedade que valoriza muito o consumo, e torna o acesso aos produtos financeiros e ao crédito cada vez mais fácil. Todos esses estímulos começam na infância e, já nesta fase, é possível iniciar aprendizados que nos permitam entender melhor o nosso papel

na sociedade e a necessidade de colocar-mos o dinheiro, e os produtos do mercado financeiro, a serviço das necessidades e dos desejos, de forma sustentável e res-ponsável, ao longo da vida. A BNCC torna obrigatória a inclusão de temas contemporâneos no cotidiano escolar, bem como: educação para o con-sumo, educação financeira e fiscal, vida familiar e social, trabalho, educação am-biental e alimentar. Esses conhecimentos, em médio e longo prazo, serão fundamen-tais para assegurar melhorias na saúde e no bem-estar da população, reduzir a pobreza e as desigualdades sociais, ampliar os pa-râmetros de consumo consciente e a au-mentar a responsabilidade na produção de bens, além de tornar mais forte e seguro o sistema financeiro nacional. Usando bem o dinheiro, podemos otimizar realizações pessoais e familiares, contribuir para o bem-estar coletivo, atuar de forma colaborativa e controlar melhor os impactos ambientais causados pelo consu-mo. Leve educação financeira para a sua escola e ajude a transformar a relação de crianças e jovens com o dinheiro!

Artigo

A importância da educação financeira� � � ��� � �� � �� � �� �� � � � � �� �� � � � � �� � � � � � � ��� � � �� � �� � � �� �� � � � � �

Você sabia que pode aprender a usar melhor o seu dinheiro?

Carolina Ligocki nasceu em 1974; é bióloga, mãe, esposa, filha, irmã, amiga, autora e empresária. Atua, juntamente com seu marido, Leonardo Silva, desde 1999, no desenvol-vimento do método que estimula a sustentabilidade finan-ceira, na Oficina das Finanças. Uma de suas paixões é impactar positivamente a vida das pessoas com conteúdos e estratégias inovadoras a respeito desse assunto. É autora de mais de doze livros que compõem o Programa Oficina das Finanças na Escola, que a partir de 2020, será oferecido pela FTD Educação.

Carolina Ligocki

41out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Capa

A LUTA PELA FILANTROPIa� � � ��� � � � � �� � � � � �� � � �

Foto: Divulgação

Com imensa preocupação e perple-xidade, a Associação Nacional de Educa-ção Católica (ANEC) pronunciou-se sobre a proposta de Projeto de Emenda à Consti-tuição, de lavra do Senador Tasso Jereis-sati, PEC 133/2019, conhecida como PEC Paralela da Previdência, cuja meta era extinguir a filantropia na área educacional no país. O citado Relator designado para o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) nº. 6/2019 no Senado Federal divulgou, no dia 27 de agosto de 2019, seu Relatório a ser apreciado pela Comissão de Constitui ção e Justiça, da Casa Alta do Parla- mento brasileiro, onde foi aprovada por unanimidade no dia 04 de setembro de 2019. Como é de

notório saber público, essa Emenda Cons-titucional tem por objeto a modificação do sistema da previdência social e o estabele-cimento de regras de transição para os segurados. Diz a atual redação da norma que: “§ 7º São isentas de contribuição para a segu-ridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigên-cias estabelecidas em lei”. Pelo texto apre-sentado, a mesma regra ganharia as seguintes linhas: “§ 7º Não são devidas con-tribuições para a seguridade social por enti-dades beneficentes certificadas pela União que prestem, na forma da lei complementar, serviços nas áreas de assistência social e saúde sem exigência de contraprestação do usuário”.

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Em apertadíssima síntese, o que o Relator queria era extinguir as chamadas entidades educacionais filantrópicas. Em outras palavras, propunha o Senador que a oferta de bolsas de estudo a alunos caren-tes, por organizações sem finalidade de lucro, não mais seria considerada uma con-trapartida para o gozo da prerrogativa tributária imunitória prevista pela Consti-tuição. A pesquisa “A Contrapartida do Setor Filantrópico para o Brasil”, divulgada pelo FONIF no começo de 2019, deixa claro o impacto das atividades da filantropia para o País. Dados do estudo, realizado com base em informações oficiais dos ministérios que regulam o setor, apontam que a cada R$1,00 investido pelo Estado no segmento filantrópico por meio das imunidades, a contrapartida real do setor é de R$7,39. Somente na área da saúde, o retorno para cada R$ 1,00 recebido é 8,26 vezes maior. Nesse segmento, o setor soma mais de 260 milhões de procedimentos e é res-ponsável por 59% de todas as internações de alta complexidade do Sistema Único de Saúde, isto sem mencionar que 906 muni-cípios brasileiros são atendidos exclusiva-mente por um hospital filantrópico.

Na educação, essas instituições devol-vem 4,67 vezes mais do que recebem e somam mais de 2,4 milhões de alunos, sendo 725 mil bolsistas no Ensino Básico e Superior que perderiam a oportunidade de ter acesso a uma boa formação se não fosse o apoio da filantropia nesta área. Isso sem citar o aspecto qualitativo do ensino oferecido pelo setor, já que as instituições filantrópi-cas dessa área são reconhecidas pela oferta de uma educação de altíssima quali-dade, conforme constatação de rigorosos rankings de avaliação, como ENEM, ENADE e CAPES. Na área de assistência social mais de 3,6 milhões de vagas de serviços essen-ciais de proteção básica são oferecidos pelo setor, incluindo atendimentos de média e alta complexidade, assessora-mento, defesa e garantia de direitos. O número equivale a 47% das vagas da rede socioassistencial privada do país e a con-trapartida frente às imunidades é de 12,02 vezes maior. É importante ainda esclarecer que a representatividade das imunidades das filantrópicas é pequena no universo geral das contas da Previdência. Segundo a mesma pesquisa, esse impacto é de cerca

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Assim, tendo como objetivo de manter as associadas informadas e atentas ao cenário que se colocava com a PEC 133/2019, foram compartilhadas outras informações e encaminhamentos.

44 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

de R$ 12 bilhões, o equivalente a apenas 3% de toda a arrecadação previdenciária, que fica em torno de R$ 375 bilhões. Durante os meses de setembro e ou-tubro várias ações foram encabeçadas pela ANEC e o Setor Filantrópico, como audiên-cias com Senadores e com as lideranças dos partidos em vista desta importante pauta da Filantropia. Os resultados alcançados foram po-sitivos: 7 Emendas Supressivas protocola-das que mais interessavam à causa da Filantropia. Foram envolvidos nesse pro-cesso 68 Senadores/as. 5 Emendas Altera-tivas protocoladas, que alteravam o texto, mas deixavam confuso o real interesse das instituições filantrópicas e do próprio go-verno. Além disso, houve pelo menos 3 reuniões com o Ministro da Casa Civil, que na ocasião e em diversas reportagens afir-mou que esse tema e a ação contra a filan-tropia "não é pauta do Governo". Aconteceram três Audiências Públi-cas sobre o tema da PEC 133/2019 (parale-la) com a presença da ANEC e do Setor Filantrópico.

Audiência Pública dia 30/09 de 2019, segunda-feira, às 9h. Essa Audiência Pública aconteceu na Comissão Permanente de Direitos Hu-manos (CDH), Senado Fe-deral.

Audiência Pública no dia 1/10 de 2019, terça-feira, às 14h30. Essa Audiência Pública ocorreu na Comis-são de Educação, Cultura e Esporte (CE), Senado Fe-deral.

Audiência Pública dia 17/10 de 2019, quinta-feira, às 9h. Essa Audiência Pública realizou-se na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Senado Federal.

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45out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

TV Canção Nova sobre areunião com o Senador

Tasso Jereissati (PDSB/CE): https://youtu.be/JseSnHJVMZ8

TV Aparecida sobre a PEC Paralela, e os impactos nas Insti-

tuições e na vida das pessoas: https://www.youtube.com/watch?v=dYwK_QT3QaU&feature=youtu.be.

TV Canção Nova também gravou no programa “Além da Notícia”,

uma reportagem sobre o tema, que pode ser acessado pelo Link:

PARTE 1: https://youtu.be/YXmxIVsHm0c

PARTE 2: https://youtu.be/hcLm_nD9v50

PARTE 3: https://youtu.be/K7aufWssLPE

TV Band exibiu um programa sobre o tema: https:

//noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/videos/16702224/fim-

-de-isencao-tributaria-pode-prejudicar-filantropicas

TV Rede Vida: https://youtu.be/DyJGTPsHyQM

As Instituições associadas grava-ram diversos vídeos com depoi-

mentos de alunos, pais bolsistas e atendidos, que podem ser aces-sados pelo canal do Youtube da

ANEC: https://www.youtube.com/channel/UCHImcF5GV5b7qsKPibboVeg/videos

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Outras ações foram encabeçadas pela ANEC e suas associadas na luta pela Filantropia:

Contato, por e-mail e telefone, com cada parlamentar, apre-sentando a carta, o vídeo e a

pesquisa com os dados do Setor Filantrópico do Brasil:

https://fonif.org.br/

Reunião dos alunos bolsistas e os responsáveis para sensibili-zá-los a enviar um e-mail aos senadores/as, em especial ao

relator da PEC.

Participação nas audiências públicas que foram articuladas

pela ANEC, no Senado e na Câmara, em Brasília, como

também em seus respectivos Estados.

Defesa junto a cada parlamen-tar das propostas de Emendas

Supressivas, pedindo o voto na CCJ e na plenária do Senado.

Convencimento dos(as) Sena-dores(as) que protocolaram Emendas com mudança de

redação para retirarem a pro-posta. Convencê-los a apoiar a proposta de Supressão e votar

a favor em plenário.

Assinatura e divulgação da Petição Pública, que visava conseguir um

número de 100 mil assinaturas: https://peticaopublica.com.br/ ?pi=BR113546

Acesso e conhecimento das Insti-tuições Filantrópicas em cada

Estado/Distrito: https://public.tableau.com/profile/observatoriodafilantropia#!/

Envio de e-mail preparado pela União Nacional dos Estudantes/U-NE, para os(as) Senadores(as) de

cada Estado.

46 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Vale destacar também as contribuições da ANEC ao PLP 134/2019, de relatoria da Dep. Prof.ª. Dorinha, que estabelece as condições legais requeridas pelo preceito contido no § 7º do artigo 195, da Constituição Federal, para enti-dades bene�centes de assistência social com a �nalidade de prestação de serviços nas áreas de assistência social, saúde e/ou educação gozarem de imunidade tributária em relação às contribui-ções para a seguridade social; e dá outras provi-dências. A ANEC continua �rme na defesa dessa causa. Outras lutas virão e com o apoio de cada associada a Filantropia continuará sendo uma das bandeiras principais desta Associação.

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Gua

rulh

os-S

P

“Fazer parte do maior parque gráfico

da América Latina sempre foi um sonho.

Sempre trabalhei com impressão, mas

hoje, além de fazer o que amo, sinto que

é algo muito maior. A grandeza desse

lugar não se mede só no tamanho, mas

no que ele entrega para milhões de

crianças e jovens por todo esse imenso

Brasil. Cada um dos milhões de materiais

impressos aqui tem o propósito de tocar

e transformar a vida de um aluno, como

em minha própria casa, quando meu filho

chega da escola com um livro impresso

por mim.”

Paulo Boni, oficial de impressão

Seja qual for o CEP,nós estaremos lá.

Central de Relacionamento com o Cliente

0800 772 2300

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“Fazer parte do maior parque gráfico

da América Latina sempre foi um sonho.

Sempre trabalhei com impressão, mas

hoje, além de fazer o que amo, sinto que

é algo muito maior. A grandeza desse

lugar não se mede só no tamanho, mas

no que ele entrega para milhões de

crianças e jovens por todo esse imenso

Brasil. Cada um dos milhões de materiais

impressos aqui tem o propósito de tocar

e transformar a vida de um aluno, como

em minha própria casa, quando meu filho

chega da escola com um livro impresso

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Paulo Boni, oficial de impressão

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Boas práticas

Projeto do UNISALtrabalha sexualidade e

diversidade em atividadesmultidisciplinares

Para os coordenadores das áreas, na Unidade São Paulo, é preci-so que os Centros Universitários abram espaço para debater o tema e propor novos caminhos

para ampliar a segurança de todos.

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A expressão da sexualidade é ine-rente à vida humana. Em tempos de intole-rância, altos índices de feminicídio e abuso sexual, bem como, de homofobia e trans-fobia (o Brasil é líder em assassinatos de homossexuais) torna-se cada vez mais ne-cessário um espaço para refletir sobre o tema de forma crítica, ética e madura, do mesmo modo que expressar a sexualidade, possibilitando que o debate acolha a liber-dade de opiniões e favorecendo a escuta de diversas vozes. No entanto, poucas insti-tuições se dispõem a olhar para o tema e abordá-lo de forma multidisciplinar. Para preencher essa lacuna, o Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL), desenvolveu um projeto para trabalhar a questão da sexualidade de ma-neira transversal, com a sensibilização da comunidade acadêmica e do público em geral, estimulando a reflexão crítica dos profissionais e tornando-se uma referência na abordagem multidisciplinar da educa-ção em sexualidade; oferecendo cursos de Pós-graduação em Educação em Sexuali-dade, uma referência na área em todo o Brasil, e em Terapia Sexual, disponibiliza-do, principalmente, a profissionais de Psi-cologia e Medicina.

Ana Cristina Canosa e Ronaldo Za-charias, coordenadores dos Cursos de Pós-graduação em Educação em Sexuali-dade e em Terapia Sexual do UNISAL,

Unidade São Paulo, Campus Pio XI, desta-cam que o projeto busca trabalhar a ques-tão em suas dimensões biológica, psicoló-gica, sociocultural e ético-religiosa. “A família não dá conta de tudo; as escolas se abrem como um meio para estimu-lar uma cultura de solidariedade e, ao mesmo tempo, auxiliar os estudantes naquilo que, sozinhos, não têm condições de fazer”, afir-mam. Os educadores acreditam que a uma instituição católica, como o UNISAL, cabe um papel privilegiado nesse debate. A Congregação Salesiana assumiu a Educa-ção para o Amor como um dos maiores e mais urgentes desafios relacionados ao ensino dos jovens. “Em maio, a Jornada de Sexualidade reuniu mais de 200 pessoas, entre alunos, professores e público em geral, sendo um verdadeiro serviço à comunidade. No próximo semestre, espe-ramos resultados ainda melhores”, finali-zou a professora Ana Canosa.

O Centro Universitário Salesiano de São Paulo está presente na área educacional desde 1952 e há mais de 20 anos com a marca UNISAL. Conta com Unidades em: Americana, Campinas, Lorena, São Paulo e também a Unidade Virtual/EAD; oferecen-do Cursos de Graduação; Pós-Graduação, Lato Sensu e Stricto Sensu, e Extensão. A Instituição integra as 93 Instituições Uni-versitárias Salesianas (IUS) presentes em 21 países na América, Europa, Ásia, África e Oceania: http://www.unisal.br

Além disso, existe um traba-lho que atende jovens da Obra Social Dom Bosco, no Alto da Lapa, em São Paulo, e que permite uma via de mão dupla, que beneficia quem é atendido e prepara os alunos do curso de Pós--graduação, em Educação em Sexualidade, através de uma formação integral.

SOBRE O UNISAL

out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC 51

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Boas práticas

O Marista Centro-Norte é o vencedor do Prêmio Aberje 2019, região Norte e Nor-deste, na categoria Imprensa e/ou Influen-ciadores, com o case “Globou e muito mais: a presença da educação Marista na mídia do Norte e Nordeste, driblando a concor-rência do factual”. O prêmio da etapa regional será entregue no dia 31 de outu-bro, em São Paulo (SP), mesmo dia em que será apresentado o case Marista, e, que, também, concorrerá à etapa nacional da premiação. O anúncio dos vencedores será feito em 25 de novembro, na capital paulis-ta. O Prêmio Aberje foi criado em 1967, está na 45ª edição, e reconhece as melhores práticas de comunicação empresarial do País, com cases inspiradores e experiên-cias inovadoras.

Para a etapa nacional, o case do Ma-rista Centro-Norte concorrerá junto a nomes de peso no cenário nacional: Grupo Boticário, com o case “Como comunicar um produto inédito para millennials sem ter um produto”; Instituto Odeon, com o case “O Rio do Samba: resistência e reinvenção”; Anglo American, com o case “#Mochilão-angloamerican”; e o BRK Ambiental Partici-pações, com o case “Ação Dia Mundial da Água – água não tem fronteiras”. A gestora da Gerência de Mercado, à frente do proje-to, Irene Simões, afirma que o Prêmio Aberje é o mais importante prêmio de

comunicação empresarial do País. “Con-correr com grandes empresas do Brasil e ter as práticas de comunicação do Marista Centro-Norte premiadas é um excelente reconhecimento externo e a certeza de que estamos no caminho certo, com práticas inovadoras e inspiradoras”, declarou Irene.

A Associação Brasileira de Comuni-cação Empresarial (Aberje) é o principal centro de referência na produção, dissemi-nação de conhecimentos e práticas de comunicação empresarial. É uma organiza-ção profissional e científica, e seu principal objetivo é fortalecer o papel da comunica-ção nas empresas e instituições, oferecer formação e desenvolvimento de carreira aos profissionais, além de produzir e disse-minar conhecimentos em comunicação.

Irene Simões, gerente da

Gerência de Mercado, recebeu o

Prêmio Aberje, em São Paulo

Marista Centro-Norte vence Prêmio Aberje � � � ��� � � � � �� � � � � �� � � �� � �� �� � � � �� � � � � �� � � �

Concorrentes de peso

Prêmio Aberje

52 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Na foto ao centro; o superior provincial do Marista Centro-Norte; Ir. Ataide José de Lima; ao lado de Irene Simões; da Gerência de Mercado e dos

conselheiros provinciais (da esq. p/ dir.); Ir. Natalino Guilherme de Souza; Ir. Joilson de Souza Toledo; Ir. Maicon Donizete de Andrade Silva; Ir. Antonio

Carlos Machado Ramalho de Azevedo.

Equipe de Gerência de Mercado do Marista Centro-Norte

Legenda (da esquerda pra direita): o superinten-dente de Missão e Gestão do Marista Centro-

-Norte; Elísio Alcântara Neto; a gerente da Gerência de Mercado; Irene Elias Simões, o

superior provincial; Ir. Ataide José de Lima e o vice-presidente; Ir. Renato Augusto da Silva

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Boas práticas

No dia 17 de outubro a PUC-Goiás completou 60 anos de sua criação e 10 anos de seu reconhecimento pontifício. É a pri-meira universidade criada no Centro-Oes-te, erigida quando Brasília ainda não havia sido inaugurada e a capital federal era o Rio de Janeiro. Está entre as universidades mais antigas do Brasil, mas é a mais nova pontifícia universidade do mundo. De 1.800 universidades católicas existentes em todos os países com democracia no mundo, apenas 19 são pontifícias, 7 delas no Brasil. Com muita honra as comemorações do jubileu de diamante da PUC - Goiás foram incorporadas também ao aniversário de 86 anos de Goiânia. Essa homenagem não é sem razão. A história da Universidade Católica se entrelaça à história da capital e na vida de suas famílias, por muitas gera-ções. O jesuíta Padre Machado, que chegou a Goiânia em 1954 para assumir a Faculdade de Filosofia, relembra aqueles primórdios da cidade: “Goiânia era então uma capital nova, cidade pequena, sem tradição universitária a não ser no ensino do Direito. Não tinha aeroporto, luz instalada, asfalto, telefone. Poeira por todos os lados [...]. Mas, foi uma experiência fascinante, pois, iniciou-se uma tradição que, a julgar pelo que se vê hoje continua esplendida-mente”. [entrevista no Jornal do Brasil, 24/04/1979] No tempo que antecedeu a criação da Universidade Católica foi muito decisiva a atuação de Dom Emanuel Gomes de Olivei-ra, arcebispo de Goiás de 1923 a 1955. Du-rante todo o tempo de seu episcopado sus-citou a criação de escolas de Educação Básica em todo o Estado de Goiás, quandoainda era inexistente uma rede de escolas

públicas. Após algumas décadas com esse empenho educacional, era preciso avançar também na Educação Superior. Assim, em 1948, durante o Congresso Eucarístico, ocorrido na Praça Cívica, foi lançado o pro-jeto de criação de uma Universidade Cató-lica em Goiás. Para a criação da Universidade, du-rante muitos anos foram sendo criadas em Goiânia, pela Arquidiocese, direta ou indi-retamente, sete faculdades: Faculdade de Enfermagem (1942), Faculdade de Filoso-fia (1948), Faculdade de Ciências Econô-micas (1951), Faculdade de Farmácia e Odontologia (1945, posteriormente incor-porada à UFG), Escola Goiana de Belas Artes (1952), Faculdade de Serviço Social (1957), e Faculdade Goiana de Direito (1959). A convite de Dom Emanuel, os jesuí-tas chegaram a Goiânia em 1954. Tiveram uma participação decisiva para a direção das faculdades e, depois, na criação da Universidade Católica, que a dirigiram por 20 anos. Em 1956 foi criada a Arquidiocese de Goiânia e no ano seguinte Dom Fernan-do Gomes dos Santos a assumiu como pri-meiro arcebispo. Sua vinda deu um novo impulso nos trabalhos para a criação de uma universidade. Depois de uma consulta a outros bispos brasileiros e ao Superior Geral dos jesuítas em Roma, Dom Fernando decidiu-se pela criação da Universidade. Foi assim que, depois de muitas tratativas com o Ministério da Educação, em 17 de outubro de 1959 foi publicado o Decreto nº. 47.041, assinado por Juscelino Kubits-chek, que criava a Universidade Católica de Goiás.

PUC GOIÁS, 60 anos� � � ��� � �� �� �� � � � � ��� � � � � �� � �� � � �� � � �

54 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Aquela pequena Instituição de Edu-cação Superior, criada com poucos recur-sos, numa cidade ainda em formação, tor-nou-se uma grande universidade, hoje com mais de 18 mil alunos na graduação pre-sencial, e com estudantes oriundos de todos os estados do Brasil e de 17 países do mundo. Em 60 anos, a PUC já formou mais de 110 mil pessoas na graduação e mais de 3 mil nos seus mestrados e doutorados. Contando também com mais de 400 labo-ratórios, um hospital escola, uma emissora de televisão, uma fundação, um centro de convenções e todos os campus com infra-estrutura acadêmica de alta qualidade; a PUC Goiás ampliou em larga escala a sua missão educacional. Agora, projeta-se também para a Educação a Distância, com a previsão de 34 cursos de graduação em EaD para 2020, além de dezenas de outros para a pós-graduação lato sensu. Com firme determinação, nossa ge-ração trabalha diuturnamente para alcan-çar na PUC os níveis de excelência mundial, visando a qualidade no ensino, na produ-ção científica e tecnológica, na extensão e nos programas e projetos sociais. Fiéis aos princípios fundacionais, buscamos conso-lidar um grande legado que se fez tradição universitária em Goiás. Com um projeto pe-dagógico que visa à formação integral, educamos sob valores éticos e cristãos, para construir uma sociedade justa e fra-terna. Agora, junto à nova geração que vem chegando à Universidade, desejamos pro-jetá-la para mais 60 anos, com tradição e inovação, transformando vidas.

Foto: DivulgaçãoPUC Goiás: foto noturna por Weslley Cruz

Título direito pontifício

55out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

Wolmir Amado - Reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás, desde 2002. Vice-reitor para assuntos acadêmicos na PUC Goiás (1998-2001). Presidente do Conselho de Reitores das Universi-dades Brasileiras (2013-2015).Presidente do Conselho Superior da ANEC/Associação Nacional da Educação Católica (2012-2014). Presidente da ABESC/Associação Brasileira de Escolas Superiores Católicas (2005-2007). Presidente do Conselho Nacional do Laicato Católico do Brasil (1999-2004). Secretário executivo (1993-1996) e Vice-presidente (1997) da Sociedade Goiana de Cultura. Represen-tante da América Latina na Federação Internacional das Universidades

Católicas (2006-2009).

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Pelo segundo ano consecutivo, a União Brasileira de Educação Católica (UBEC) está entre os melhores grupos educacionais do Brasil. O resultado foi divulgado no mês de outubro, durante a oitava edição do anuário “Época NEGÓ-CIOS 360°”, publicação que reúne as me-lhores organizações e práticas de mercado do país. Subindo de posição no ranking, a UBEC é o quarto melhor grupo educacional do país e o melhor dentre os de capital fechado, assumindo mais uma vez a lide-rança nas dimensões: visão de futuro e ino-vação. O Grupo também foi qualificado como segundo melhor no modelo de pes-soas e o terceiro melhor em sustentabilida-de. O diretor executivo estratégico do Grupo, Prof. Márcio Pereira Dias, destaca a missão institucional da UBEC como moti-vação para crescer e conquistar novas po-sições no mercado. “Esse resultado é fruto do empenho e dedicação de toda equipe, que trabalha com o propósito de construir uma sociedade mais justa por meio da edu-cação”, destaca o diretor.

Mesmo diante de um cenário instá-vel, a UBEC iniciou o ano de 2019 se rein-ventando. Investindo em expansão e ino-vação, o Grupo manteve suas instituições de ensino entre as melhores do país, sem

deixar de lado os princípios que fazem da educação um instrumento de transforma-ção social. Novos polos da Católica EAD foram inaugurados e foi protocolado na CAPES cinco pedidos de cursos de mestrado a dis-tância. A previsão é ofertar a partir de 2020 cursos nessa modalidade EAD, tanto no Brasil quanto nos polos do exterior. A primeira unidade do Grupo no Estado de Goiás está em processo de tra-mitação no Ministério da Educação (MEC). O objetivo é transformar a Faculdade Me-tropolitana de Luziânia em um polo de saúde com a oferta de Medicina, além de outros cursos da área. Há também a previ-são de um polo de Ciências Agrárias, com oferta dos cursos de Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia.

Com o objetivo de adotar alternativas mais sustentáveis, o Grupo acaba de assi-nar este mês um contrato com a Alexandria Industria de Geradores S/A, empresa que fornecerá as usinas fotovoltaicas para suas oito unidades de missão. Em termos de redução de impactos ambientais, a implementação do projeto evitará a emissão de 765,28 toneladas de carbono na atmosfera, segundo dados da Alexandria. O diretor executivo de operações da UBEC, Francisco Vale, ressalta que a insti-tuição será um dos primeiros grupos

Boas práticas

UBEC é o 4º melhor grupo educacional do paísCom 47 anos de tradição em educação católica, o Grupo

chancela qualidade e inovação em suas oito unidades de missão.

Liderança em inovaçãoe visão de futuro

UBEC terá a maior usina fotovoltaica do DF

56 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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educacionais do país a produzir 100% do consumo de energia limpa. “O maior e melhor impacto é a possi-bilidade de adotarmos práticas sustentá-veis, pensando no meio ambiente e nas futuras gerações de alunos e colaborado-res”, ressalta o diretor.

Buscando uma liderança inspiradora e responsável, a UBEC estabeleceu uma nova política de benefícios, concedendo a licença maternidade estendida de 120 para 180 dias para as colaboradoras do Grupo. Outra novidade foi a adoção do Horário Flexível para os colaboradores do corpo técnico administrativo. O Grupo também inaugurou no Escri-tório Central o Centro de Convivência, uma

área destinada à alimentação, descanso e lazer. A gerente nacional de desenvolvi-mento organizacional e pessoas da UBEC, Bruna Mabilia Lunardi, ressalta que apri-morar o modelo de gestão e humanizar com base nos princípios cristãos faz parte da missão da UBEC. “Temos concentrado esforços na implantação de mecanismos que possibili-tem a valorização do capital humano e o fortalecimento do vínculo de parceria entre a instituição e os nossos colaboradores. A política de benefícios reflete os valores e princípios institucionais do Grupo”, afirma a gerente.

Boas práticas que incentivamo reconhecimento e o desenvolvimento dos

colaboradores

57out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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As tradições gaúchas a serem vividas na escola estão de acordo com as produzidas e vividas nos Centros de Tradições Gaú-chas (CTGs), mundialmente conhecidos, pois nossos alunos participam dos mesmos em grande número. O tradicionalismo gaúcho é uma das

expressões da cultura popular no Rio Grande do Sul. Caracteriza-se como um movimento cultural organizado e muito presente na vida e na formação, da criança e do jovem de nossas escolas, desenvolvi-da por meio de atividades realizadas, tais como, produção de textos que fazem a interlocução com: danças, músicas, poe-sias, culinária, linguagem, indumentária, etc. Entre as expressões da cultura popu-lar no Rio Grande do Sul chama a atenção o conjunto de manifestações culturais que remetem à interpretação da figura histórica do gaúcho. Ela vem sendo veiculada como símbolo regional desde a vinda dos jesuítas para o Rio grande do Sul com a fundação dos Sete Povos das Missões, marco cultu-ral para a história do estado. Essas recria-ções têm objetivos identitários e a dupla preocupação de formação de novas gera-ções, que perpetuem o gauchismo e sua disseminação em outros territórios. A presença do tradicionalismo na escola extrapola muitas vezes o mês de setembro; com professores responsáveis por atividades, que incluem: grupos de danças tradicionais gaúchas e seu ensino, aulas de folclore e tradicionalismo, temas relativos aos conteúdos programáticos de história e geografia do Rio Grande do Sul.

Boas práticas

Graduada em Licenciatura Curta em Estudos Sociais e Licenciatura Plena em Histó-ria, na URCAMP (Campus São Gabriel). Pós-graduada em Interdisciplinaridade na Edu-cação, na UNIPAMPA (Cam-pus São Gabriel).Professora de História, Geo-gra�a e Filoso�a no ColégioNossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Autora: Áurea de Oliveira

Foto: Divulgação

Cultura Gaúchae o tradicionalismo na educação

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Escola e Tradição Gaúcha

58 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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A Lei nº 4.850, de 11 de dezembro de 1964, que institui a Semana Farroupilha como evento oficial do Estado do Rio Grande do Sul, permite que todas as esco-las do Estado elaborem festividades pró-prias para abordar uma das Revoltas arma-das mais turbulentas na época do Império do Brasil, bem como sua história, lendas, usos e costumes (próprios ou adquiridos por meio da imigração) que se arraigaram como pertencentes ao povo gaúcho. No Colégio Divino Coração, Alegrete (RS), não foi diferente, nessa semana fes-tiva, a escola abordou vários assuntos, como: as lendas do João de Barro, que por coincidência, é a ave símbolo do Estado; e a lenda da erva-mate, utilizada no preparo do chimarrão, que também é a bebida típica do Estado. Essa última, sendo uma lenda indígena, faz-nos refletir sobre a tamanha influência que recebemos desse povo. Tais lendas e histórias podem ser destacadas entre tantas outras que valorizam a trans-missão cultural de nossos antepassados, partindo de contos de inspirações étnicas perpetuados de geração e geração de forma oral. Outras atividades foram desen-volvidas a partir da música nativista, apre-sentações com artistas da terra, bem como, passeio ao Galpão da Praça Getúlio

Foto: Divulgação

Vargas, no qual os alunos foram recepcio-nados por prendas e peões que explanaram sobre diversos assuntos, como: medicina campeira, história do churrasco e chimar-rão, oficinas de danças de salão, brinque-dos e brincadeiras antigas, além de apre-sentações artísticas. Durante a Semana, os alunos pude-ram vestir a tradicional pilcha gaúcha. Como culminância de toda programação, o tradicional churrasco com baile de integra-ção, ocorrido no dia 18 de setembro, em que todos os alunos do turno da tarde pu-deram interagir juntos, com danças de salão como: vaneiras, xotes, milongas e chamamés. O tradicional torneio de truco oficial da Semana Farroupilha do CDC en-volveu alunos e professores. Aqui, além da grade curricular normal, estabelecida pela legislação brasileira e a religiosidade, ainda há espaço para valorizar o que é mais próprio e característico: a nossa história e cultura. Afinal, como já diz o Hino do Rio Grande do Sul: “Mas não basta, para ser livre; Ser forte, aguerrido e bravo; Povo que não tem virtude; Acaba por ser escravo!”

Pedagoga, Especialista em Ludopedagogia, Educação Infantil e Anos Iniciais com ênfase em Literatura Infan-til. Especializanda em Gestão Escolar e Teologia. Professora da Educação Infantil nos anos Iniciais e �nais nas disciplinas de Ensino Religioso, Arte e Informática.

Autora: Professora Tanize Gonçalves da Silva

A Influência da Cultura Gaúcha na Educação do Colégio Divino Coração

59out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

siva, solidária e fraterna, valorizando o ser humano na sua essência. Acreditando que através das ativida-des mais diversificadas, entre elas, artísti-cas, culturais e culinárias, que são oportu-nizadas, podemos perceber a correlação dos valores que as escolas confessionais têm como temas norteadores: lealdade, igualdade e fraternidade. Quando os temas estudados trans-cendem a sala de aula, cumprimos o nosso intuito enquanto educadores: educar com significado.

Com o objetivo de valorizar nossa diversidade e identidade cultural, o Tradi-cionalismo Gaúcho vem ganhando cada vez mais espaço, tanto no país, como fora dele, mas principalmente nas escolas, fortale-cendo assim, ainda mais, o amor pela nossa terra e o orgulho das nossas raízes. Faz-se necessário, frente à realidade atual, enriquecermos nossas aulas por meio de variados enfoques, possibilitando o contato com os contextos mais diversifi-cados, e nada mais justo do que dar a conhecer a nossa própria história, trazendo assim nossas motivações, lutas e conquis-tas. Percebemos o tema como fator agre-gador, que contribui na formação dos estu-dantes, pois confronta algumas realidades, trazendo ao conhecimento a garra, a per-severança e a determinação que tinham nossos antepassados ao lutarem por seus objetivos, principalmente defendendo o que acreditavam ser o melhor para a popu-lação em geral. Dessa forma fazemos uma conexão com a importância de revermos nossos conceitos e nos unirmos por ideais que respeitem, valorizem e apoiem os grupos mais vulneráveis da sociedade, retomando valores primordiais para convi-vência em uma sociedade mais justa, inclu-

Licenciada em Pedagogia. Pós-graduada em Supervisão e Orientação Educacional. Diretora Pedagógica do Colé-gio Santa Teresa de Jesus, de Santana do Livramento

Autora: Bruna Prates Bittencourt Braz

Foto: Divulgação

Tradicionalismo Gaúchono processo de

evangelização escolar

60 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Boas práticas

Um olhar para a Educação

e uma Educação para o olhar.Estratégias para ainclusão de um

deficiente visual naEducação Básica

Inspirada e missionada ao acolhi-mento de individualidades, o CECMG rece-beu, em sua inauguração, junto com outras dezenas de alunos no início do ano letivo de 2008, Antônio (nome fictício), um menino de 7 anos que, de mãos dadas com os pais, chegava para cursar o 2º ano do Ensino Fundamental. Nascido em Coronel Fabriciano, cidade vizinha à Timóteo, Antônio chegava ao CECMG para construir sua história junto a da nascente instituição. Não era a primei-ra escola que ele frequentava, mas foi aquela aonde ficou por 12 anos. Hoje, tendo o menino já concluído a Educação Básica e estudando no Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste), insti-tuição que também compõe a rede Ubec, pode-se falar da construção de uma histó-ria de sucesso e muita determinação! Tão único quanto todas as demais crianças, Antônio, trazia consigo um desa-fio particular à equipe do CECMG: ele era

cego. Perdeu a visão ainda recém-nascido e, naquele momento em que eram entre-gues à confiança da escola tantas outras crianças, também Antônio foi entregue. Ao CECMG foi confiada a missão educativa de instrumentalizar aquele menino ao mundo, tornando-o livre e hábil a conhecer, fazer, conviver e ser em plenitude, de modo que sua condição física não fosse limitadora da potência do seu existir. Era preciso, então, garantir que ele se desenvolvesse, inde-pendente dos desafios metodológicos que sua condição visual impusesse à escola. Desafios não faltaram... Da infraes-trutura ao treinamento da equipe, muito precisou ser investido para garantir uma inclusão dignificadora e emancipatória no sistema educacional regular. Dedicação e, sobretudo, confiança mútua entre família e escola foram necessários; parceria, víncu-los, rede de apoio e amor pelo menino foram determinantes para as conquistas alcançadas.

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61out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Não raro, metodologias e práticas precisaram ser reorientadas, buscando as estratégias mais eficazes à aprendizagem. Porque esse saber não está apenas na teoria, ele advém da prática, é pautado pela decisão de acertar e mobilizado pelo olhar de solidariedade e misericórdia que a missão educativo-evangelizadora precisa lançar sobre cada vida que faz parte da comunidade educativa. E, nos momentos de insegurança, humildade, comprometi-mento e uma escuta atenta ao que o aluno tinha a comunicar foram mapas para novas rotas, métodos e estratégias. Outra ação de significativa relevância para o desenvolvimento acadêmico de An-tônio foi a parceria com o Centro de Refe-rência em Educação Inclusiva Ativa, espaço frequentado pelo estudante no contraturno da escola. Desse Centro, além da partilha de informações e da troca de experiência com a escola, advieram importantes sugestões de recursos e metodologias para o trabalho docente, bem como, para a rela-ção do aluno com a comunidade escolar. Assim, no primeiro dia letivo de 2008, começaram duas histórias que, hoje, se fundem em uma só: a história do Antônio. O menino que gosta de pizza e churrasco. O estudante que passou quase toda sua vida escolar no CECMG. O garoto tímido e reservado, amante de música, que toca teclado e se arrisca a dançar. O graduando em Direito, do Unileste. O educando que nunca deixou que a sua condição o impe-disse de seguir os estudos: a história do Antônio! História, essa, que com tantos capítulos ainda por escrever, tem um pro-tagonista generoso que, desde o ano de 2008, permitiu, por todos os dias, que as comunidades educativas do CECMG e, hoje, do Unileste, estejam incluídas na sua história. Hoje, no Unileste, as necessidades de Antônio são mediadas pelo Núcleo de Educação Inclusiva, que atua em políticas e ações de defesa dos direitos da pessoa com deficiência. O Núcleo identifica as ne-cessidades individuais para viabilizar a

entrada na graduação e no mercado de tra-balho. A área também orienta docentes e colaboradores com informações legais, normas educacionais e trabalhistas que asseguram a inclusão dos estudantes com deficiência no contexto social, cultural e educacional. Todavia, Antônio não é um caso iso-lado; num Brasil que contabiliza 35,7 milhões de deficientes visuais, de um total aproximado de 46 milhões de deficientes físicos (CENSO 2010), o estudante denun-cia a falta de preparo docente para esse enorme contingente que talvez não seja tão incluído quanto ele o foi e é. Nesse sentido, se a todo professor compete refletir sobre sua prática, fazen-do-se pesquisador e transformador da ação docente para oportunizar experiên-cias de aprendizagem significativas aos estudantes, tanto mais necessário se faz o investimento na transformação docente, no que concerne à jornada dos estudantes em situação de inclusão.

Nos anos em que ocupou os bancos escolares do CECMG, Antônio foi acompa-nhado por professores e monitores que lhe proporcionaram atendimentos individuali-zados. Anualmente, escola e família cons-truíam o Plano de Desenvolvimento Indivi-dual do aluno (PDI), traçando metas e ava-liando desempenhos. Mediante tantas estratégias, o estu-dante superou-se não apenas no aspecto-motor e cognitivo; ano a ano, venceu difi-culdades e desenvolveu habilidades que

Inclusão como

método

62 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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surpreendiam a todos! Também sempre foi estimulado a participar das aulas com contribuições orais e a leitura de registros feitos na má-quina de Braile. Como suporte à aprendiza-gem, foi-lhe oportunizado o uso do com-putador, do laboratório de Informática ou pessoal, para que, com auxílio de progra-mas como Dosvox, por exemplo, melhor compreendesse a Matemática; outras estratégias amparavam-se no uso mate-riais concretos, permitindo a exploração tátil de objetos e, consequentemente, a “visão” através das pontas dos dedos. Foi, por exemplo, o que permitiu que Antônio entrasse no universo da Química, com uma versão tátil da tabela periódica desenvolvi-da pelos professores. As avaliações, realizadas em lugar que permitisse a apresentação oral das questões, eram registradas por monitores após relatos orais do aluno, ou mesmo em Braile, a depender da natureza ou dos ob-jetivos de cada instrumento avaliativo. Antônio, assim, foi gradativamente superando desafios. Família e escola, juntas, garantiram adaptações necessárias à individualização de processos que culmi-naram em verdadeira inclusão e transfor-mação humana para todos os envolvidos. Há 13 anos, Antônio ensina a Rede Ubec a transver o mundo!

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63out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Boas práticas

Localizado em Porto Alegre (RS) e com 114 anos de atuação, o Marista Rosário é considerado uma das mais tradicionais escolas gaúchas. A multiplicidade de estudantes na escola apontou para a necessidade de abertura, acolhimento e reflexão constante sobre as práticas educativas, promovendo a inclusão de todos e reconhecendo-os como sujeitos de direitos. Porém, para que isso ocorra se faz necessário percorrer itinerários de sensibilização e formação de toda a comunidade educativa acerca do tema. Diante dessa necessidade de atuali-zação e do compromisso com a perenidade do Instituto, são necessários documentos que norteiem as ações desenvolvidas pos-sibilitando uma articulação em Rede, onde os valores sejam garantidos e as ações pe-dagógicas, significadas. Nesse bojo de do-cumentos, o Projeto Educativo do Brasil Marista se desvela nas práticas sugeridas pelas: Diretrizes da Educação Infantil, Ma-trizes Curriculares do Brasil Marista e, lan-çada em 2018, Diretrizes da Educação Inclusiva. O Atendimento Educacional Especia-lizado (AEE) foi criado em novembro de 2017, no Marista Rosário. De novembro a dezembro foi realizado juntamente com o Serviço de Orientação Educa- cional um mapeamento dos estudantes considera- dos público-alvo da Educação

Especial, desde a Educação Infantil ao Ensino Médio. Além disso, foi organizado um documento para implementação da Sala de Recursos Multifuncionais, contem-plando todos os mobiliários e itens essen-ciais para a abertura do espaço (embasado no documento orientador – Programa de Implementação das Salas de Recursos, do MEC). Lançada em 2018, chegou nas esco-las, as Diretrizes da Educação Inclusiva, construída a várias mãos, por diversos pro-fissionais da Rede Marista. Seu objetivo é expressar o posicionamento pedagógico referente ao atendimento de estudantes com Necessidades Educacionais Especiais (NEEs ), com destaque, aos estudantes pú-blico-alvo da Educação Especial. No Ma-rista Rosário, esse documento, juntamente com a inauguração do Serviço de Atendi-mento Especializado, mobilizou a Direção e os demais coordenadores (pedagógicos, de turno e orientação educacional) para um alinhamento das diversas práticas inclusi-vas desenvolvidas, desde a formação con-tinuada até os processos de aprendizagem dos diversos sujeitos na escola. No período de fevereiro a abril, do mesmo ano, a Direção do Marista Rosário, organizou momentos formativos de apre-sentação das Diretrizes da Educação Inclu-siva com todos os educadores da escola. Em constante formação e aprimora-mento na área, a equipe pedagógica do Marista Rosário, em consonância com as

Colégio Marista Rosário e a Educação Inclusiva: Itinerários de sensibilização e formação com

base nas diretrizes de Rede Marista� � � ��� � �� �� � � � � � �� � �� �� � �� � ��� � � � � �� �� � � �� � �� � � � � � ��� � � �� � � �� � � � � � � �� � �� � �� �� � � � � �� �� � � � � �� � � � � � �  

64 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Professoras do Atendimento Educacional Especializado, realiza constantemente o mapeamento de estudantes com Necessi-dades Educacionais Especiais (NEEs). Posteriormente, ocorre o acompanhamen-to sistemático dos estudantes por parte dos docentes, do AEE e da equipe pedagógica, a fim de conhecê-los e de possibilitar a criação de estratégias que venham a po-tencializar a aprendizagem dos mesmos. Foram realizadas oficinas para os diferentes segmentos de ensino, com o propósito de oferecer aos participantes um contato com as tecnologias assistivas, per-passando por suas concepções, exemplifi-cando algumas adaptações e oportunizan-do atividades lúdicas, para que pudessem, posteriormente, utilizar com seus estudan-tes. Com base nas diferentes participa-ções dos educadores em eventos externos e na necessidade crescente de sensibilizar a comunidade educativa com o tema da inclusão, o Colégio Marista Rosário inau-gurou uma forma de apresentação do seu conteúdo, com o evento “Compartilhando Experiências: inclusão e diversidade”. Todas essas vivências vêm contri-

buindo para a ampliação do tema da inclusão no Marista Rosário, desdobrado nas práticas desenvolvidas com os mais diversos públicos. O colégio, numa caminhada cen-tenária de reconhecimento por seus inúme-ros resultados entregues à sociedade, vem ensaiando práticas inovadoras sustentadas nos preceitos da proposta marista de edu-cação que prevê acesso, inclusão e perma-nência dos estudantes no ambiente educa-tivo. Nesse sentido, a escola reconhece que, há limites consideráveis no que tange ao atendimento aos estudantes com ne-cessidades especiais. Limites nas mais diversas ordens, seja com questões de infraestrutura ou de atendimento. Ainda assim, não se exime de atender, nas condi-ções possíveis e de forma esclarecedora para a comunidade que a procura, sobre os itens que a escola regular de ensino, neste momento, pode oferecer. Por isso, um marco operativo que desenha os passos e o estabelecimento de um fluxo de trabalho no Serviço de Atendimento Educacional Especializado são os próximos passos.

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Reflexão

PEC Paralela e Filantropia na Educação:

Desconhecimento ou Vilania? No dia 4 de setembro o Senador Tasso Jereissati apresentou na CCJ do Senado a PEC Paralela da Reforma da Pre-vidência, que, entre outras providências, prevê a modificação da redação do Pará-grafo 7º, do Artigo 195, da Constituição Fe-deral, que, na prática, propõe o fim da Filantropia na Educação. No dia seguinte, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Associação Nacional de Educa-ção Católica (ANEC) e a Conferência do Religiosos do Brasil (CRB), em conjunto, publicaram uma carta intitulada “PEC Para-lela da Reforma da Previdência”, na qual, assim se manifestam nos primeiros pará-grafos: “Com imensa preocupação, nos pro-nunciamos sobre a proposta de Projeto de Emenda à Constituição, de lavra do Senador Tasso Jereissati, conhecida como PEC Para-lela da Previdência. Como é de notório saber público, essa Emenda Constitucional tem por objeto a mo-dificação do sistema da Previdência Social e o estabelecimento de regras de transição para os segurados, mas também toca direta-mente a área educacional, comprometendo a filantropia no país. Diz a atual redação da norma que: “§ 7º São isentas de contribuição para a segurida-de social as entidades beneficentes de assis-tência social que atendam às exigências estabelecidas em lei”. Pelo texto apresenta-do, a mesma regra ganharia as seguintes

linhas: “§ 7º Não são devidas contribuições para a seguridade social por entidades bene-ficentes certificadas pela União que prestem, na forma da lei complementar, serviços nas áreas de assistência social e saúde sem exi-gência de contraprestação do usuário”. Em apertadíssima síntese, propõe o Senador que a oferta de bolsas de estudo a alunos carentes por organizações sem finali-dade de lucro não mais seja considerada uma contrapartida para o gozo da prerrogativa tributária imunitória, prevista pela Constitui-ção. Recentíssimas pesquisas, com desta-que para a publicada pelo Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas (FONIF), demonstram, em claros números, que a suposta renúncia fiscal decorrente do não recolhimento das contribuições para o finan-ciamento da seguridade social por parte das instituições filantrópicas sequer se aproxima, em volume financeiro, do valor dos serviços que são prestados às camadas mais desam-paradas da população. A pesquisa “A Contrapartida do Setor Filantrópico para o Brasil”, divulgada pelo FONIF no começo de 2019, deixa claro o impacto das atividades da filantropia para o País. Dados do estudo, realizado com base em informações oficiais dos ministérios que regulam o setor, apontam que a cada R$1,00 investido pelo Estado no segmento filantró-pico por meio das imunidades, a contraparti-da real do setor é de R$7,39.

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66 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Na educação, essas instituições devol-vem 4,67 vezes mais do que recebem e somam mais de 2,4 milhões de alunos, sendo 725 mil bolsistas, no Ensino Básico e Supe-rior, que perderiam a oportunidade de ter acesso a uma boa formação não fosse o apoio da filantropia. Isso sem mencionar o aspecto qualitativo do ensino oferecido pelo setor, já que as instituições filantrópicas dessa área são reconhecidas pela oferta de uma educa-ção de altíssima qualidade, conforme cons-tatação de rigorosos rankings de avaliação, como ENEM, ENADE e CAPES.” Para uma melhor compreensão da conclusão do FONIF (Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas), é importante explicitar mais alguns dados desse estudo, que se refere ao ano de 2016. Na Educação Superior, as institui-ções filantrópicas tinham, naquele ano, 1,2 milhão de matrículas, equivalente a 12,1% das vagas ofertadas no país. Desses, 475 mil, igual a 39,5%, eram bolsistas. Dados da Receita Federal apontam que a imunida-de da cota patronal do INSS, nesse seg-mento, foi de 2,65 bilhões de reais, igual a R$5.579,00 por bolsista. Sem o benefício da bolsa, caso esses alunos pudessem pagar por seus estudos, cada um teria de-sembolsado mais R$24.168,00 no ano, num montante de 11,48 bilhões de reais. Considerado o valor intangível representa-do pelo desempenho 7,5% superior desses estudantes em comparação com os demais no ENADE, uma vez monetizado, elevaria o investimento em termos de imunidade tributária de 2,65 para 2,85 bilhões de reais, resultando num retorno total de 14,33 bilhões de reais. Deduzidos os 2,65 bilhões da imunidade, a geração de valor pelas instituições filantrópicas foi de 11,68 bilhões. Assim, para cada R$1,00 de imuni-dade tributária, as instituições filantrópicas geraram R$4,40 de retorno, resultando num retorno total de R$5,40 para cada 1 real investido pela sociedade nesse serviço.

Na Educação Básica, as instituições filantrópicas tinham, no mesmo ano, 1,2 milhão de matrículas, equivalente a 2,5% do total de alunos do país. Por falta de acesso à base de dados de bolsistas do MEC, o FONIF utilizou a Lei 12.101/2009, que prevê um bolsista 100% a cada 5 pagantes, para projetar a quantidade de 251 mil bolsistas, igual a 20,9% das matrículas nestas insti-tuições (na prática, esse número deve ter sido maior, provavelmente acima de 300 mil, uma vez que na educação superior, estas mesmas instituições superaram em muito a exigência legal de 20%, chegando a quase o dobro, com 39,5% de alunos bol-sistas). Dados da Receita Federal apontam que a imunidade da cota patronal do INSS, nesse segmento, foi de 1,36 bilhão de reais, igual a R$5.418,00 por bolsista. Sem o be-nefício da bolsa, caso esses alunos pudes-sem pagar por seus estudos, cada um teria desembolsado mais R$11.155,00, num montante de 2,8 bilhões de reais. Conside-rado o valor intangível, representado pelo desempenho 17,5% superior destes estu-dantes em comparação com os demais no ENEM, uma vez monetizado, elevaria o investimento em termos de imunidade tributária de 1,36 para 1,61 bilhões de reais, resultando num retorno total de 4,41 bilhões de reais. Deduzido 1,36 bilhão da imunidade, a geração de valor por parte das instituições filantrópicas foi de 3,05 bilhões. Assim, para cada R$1,00 de imuni-dade tributária, as instituições de ensino geraram R$2,23 reais de retorno, resultan-do num retorno total de R$3,23 para cada 1 real investido pela sociedade nesse serviço (considerando-se o número mais realista de 300 mil bolsistas, como previsto acima, a geração de valor deve ter atingido, pelo menos, R$3,00 para cada R$1,00 de imunidade, com um resultado final de R$4,00 para cada real investido pela sociedade).

67out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

Page 68: A luta pela Filantropia › wp-content › uploads › 2019 › 12 › educanec...Ano X - nº 6 Out/ Nov/ Dez 2019 ISSN 2238-3093 Reunião ANEC e CNBB ˜˚˛˝ Indicadores da ANEC

Esses dados levaram à conclusão do FONIF de que a cada R$1,00 real, de imuni-dade tributária, o setor filantrópico educa-cional gerou um retorno médio de R$4,67 reais, cujos beneficiários foram exclusiva-mente integrantes das camadas mais pobres e vulneráveis da população. Daí a “imensa preocupação” das lideranças da Igreja Católica, manifestada na Carta da CNBB, ANEC e CRB. A PEC paralela propõe eliminar o mais eficiente, eficaz e socialmente justo programa de investimento em educação existente em nosso país há séculos, muito antes de o estado existir nestas terras. Um retorno igual a 5 vezes o valor investido, em um único ano, é o sonho irrealizável de qualquer investidor. Raríssimas oportuni-dades no mercado atingem um retorno de 0,3 ou 0,4, ficando a média, em economias saudáveis em 0,15. Estamos falando de um retorno 33 vezes maior. Esses dados per-mitem concluir que a ‘galinha dos ovos de ouro’, capaz de solucionar os problemas da educação no Brasil, está no crescente aporte de recursos nessa via e não o con-trário, como proposto na PEC. O mais pro-vável é que o Senador ignore os dados, assumindo uma visão do senso comum, que enxerga as instituições filantrópicas como as beneficiárias da imunidade fiscal, engordando, com suposto dinheiro públi-co, seu privilegiado caixa, abastecido pela elite econômica do país, que pode pagar suas mensalidades. Infelizmente, nas últi-mas décadas, a ideia da “vilania” das insti-tuições educacionais filantrópicas foi espalhada ardilosamente em nossa socie-dade por diversos agentes sociais, como parte do discurso estatista e antirreligioso. As 750 mil bolsas de estudo são des-tinadas a alunos oriundos de famílias que recebem, na imensa maioria, até 1,5 salá-rios mínimos de renda per capita, conforme determina a Lei 12.101/2009. Uma vez aprovada a PEC, os 475 mil bolsistas da Educação Superior, terão que abandonar a

Universidade, gerando a maior crise uni-versitária jamais vista em nosso país. Além de toda a frustração pessoal, com conse-quências emocionais devastadoras, o país deixará de formar cerca de 100 mil profis-sionais de alto nível por ano, um verdadeiro tiro no pé, para uma economia que precisa desesperadamente qualificar sua mão de obra para fazer frente ao nosso histórico atraso econômico, resultado de nossa baixa produtividade e baixa capacidade de inovação, num cenário global cada vez mais competitivo e complexo. Os 300 mil bolsistas da Educação Básica terão que migrar para os sistemas públicos estadual e municipal. Sem o repasse de recursos adi-cionais do FUNDEB para construir e manter escolas para estes alunos, o que certamen-te será uma realidade, até para não quei-mar, por esta via, os 4 bilhões adicionais a serem arrecadados na esfera federal, os alunos serão distribuídos nas escolas e turmas já existentes, sobrecarregando prédios e quadros de pessoal, com impac-tos sensíveis na qualidade de ensino nestas instituições, resultando num verdadeiro desastre para o desenvolvimento desses alunos. Em suma, Jereissati propõe ao país que opte, por meio dos Congressistas, por um novo aumento de impostos, projetado em 4,5 bilhões de reais em 2018, equiva-lente a 0,63% dos gastos com aposentado-rias e pensões, ao custo certo e líquido de retirar a oportunidade de 475 mil universi-tários estudarem, abortando sua busca por um futuro melhor para si próprios e sobre-tudo para o país, com 100 mil formados a menos a cada ano, para sempre; obrigue estados e municípios a absorverem 300 mil bolsistas, que hoje tem acesso à educação de alto nível nas escolas filantrópicas, sobrecarregando seus sistemas de ensino e comprometendo sua qualidade, de forma permanente; elimine um modelo de investi-mento com um retorno inacreditável de 500% ao ano, posto em prática pelas insti-

68 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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tuições filantrópicas. Nada contra o direito dos que trabalharam a vida inteira, de rece-berem sua justa aposentadoria na fase da vida em que mais necessitarão destes recursos, especialmente os mais vulnerá-veis. Mas, não podemos admitir, a esse título - sobretudo diante de uma reforma previdenciária ainda leniente diante de pri-vilégios de minorias - a destruição do futuro de milhares de crianças e jovens socialmente vulneráveis no início de suas vidas e o comprometimento do futuro do país, alavancado por um investimento com retorno tão espetacular como as bolsas de estudo filantrópicas. O necessário equilí-brio fiscal, que permita a retomada de nosso desenvolvimento, não pode mais passar pelo aumento de impostos, mas deve ser buscado com reformas e boa gestão do aparelho do Estado, com a supe-ração das ineficiências, privilégios, inte-resses não republicanos e a conhecida malversação de recursos públicos. Nessa direção, as instituições filantrópicas repre-sentam um exemplo a ser seguido e am-pliado, e não a ser destruído!

MBA em Gestão Financeira e Controladoria pela FGV - Campinas (2007), com módulo internacional de Empreendedorismo cursado em julho de 2006 no Babson Executive Center – Boston/EUA. Curso de Formação de Consultores em Gestão Escolar de Qualidade – Fundação L’Hermitage – São Paulo (2010). Pedagogia pela Unifia - Amparo/SP (1999). Habilitação em Administração Escolar pela Unifia - Amparo/SP (1999). Bacharel em Ciências Econômicas pela Unicamp - Campinas (1995). Licenciado em Filosofia pela USF - São Paulo (1989). Sólida formação pessoal e intelectual em seminário francisca-no, com estudos de espiritualidade, filosofia, antropologia e teologia. Atualmente é Diretor Pedagógico do Colégio Notre Dame de Campi-nas/SP e membro do Conselho Esta-dual da ANEC SP.

Lorenço Jungklaus

69out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Reflexão

A falta de visão a respeito do benefí-cio que a filantropia presta ao Brasil, aju-dando o país na inclusão educacional, no atendimento à saúde e nas inúmeras ações de assistência social, faz com que alguns políticos ressuscitem a antiga ideia sobre a extinção da mesma, como está acontecen-do na chamada PEC Paralela da Reforma da Previdência, em discussão no Senado Fe-deral. As Instituições filantrópicas, cuja imunidade tributária é garantida pela Constituição Federal, atendem milhões de pessoas, contribuindo para melhorar o índice do desenvolvimento humano, a qua-lidade de vida dos pobres, e aumentar a inclusão escolar no ensino fundamental, médio e superior. Somente na área da edu-cação, cerca de 2,5 milhões de alunos são beneficiados, possibilitando o acesso a um ensino de qualidade para as camadas mais pobres da sociedade, diminuindo os abis-mos entre as classes sociais, e permitindo uma convivência respeitosa e fraterna com as diferenças. A garantia da imunidade tributária é entendida pelo fato de que as instituições beneficiadas agem onde o

Estado não consegue chegar, e nem teria condições e recursos para fazê-lo tão bem. Quem apregoa a extinção da filantro-pia provavelmente não teve a oportunidade de conviver concretamente com esta reali-dade nos bancos escolares, compartilhan-do as alegrias e as esperanças com aqueles que sonham em galgar alguns degraus da vida social e profissional. Em se tratando da reforma previdenciária, é fundamental reconhecer que a representatividade das imunidades filantrópicas é muito pequena, correspondendo, apenas, a 1,02% de toda a arrecadação previdenciária (FONIP, 2019). Diante da falta de recursos, sobretu-do nas áreas da saúde e da educação, a filantropia contribui enormemente com o Estado Brasileiro. Sem ela aumentaremos as desigualdades sociais, os pobres serão excluídos de nossas escolas e universida-des, e o país não conseguirá aumentar e melhorar o número de alunos nos diversos níveis de escolaridade. O fim da imunidade para as instituições filantrópicas de educa-ção repercutirá na vida de 725 mil pessoas que são favorecidas com bolsas de estudo. Batalhar para garantir os direitos constitucionais da filantropia é uma tarefa urgente e necessária neste momento da vida nacional, pois não podemos penalizar, ainda mais, os menos favorecidos, que já sofrem as consequências das injustiças e das discriminações, num país que tem muito a melhorar na área da educação e da saúde. Que todos possamos nos engajar em prol da filantropia, pois a supressão da mesma terá consequências sérias para as nossas Instituições, e, também, para toda a sociedade brasileira.

FILANTROPIA: UM SERVIÇO FUNDAMENTAL AO ESTADO BRASILEIRO

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70 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Goiás, bacharel em teologia e filosofia, e doutor em biolo-gia vegetal pela Unicamp, Estado de São Paulo. Trabalha há 31 anos na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), sendo 24 anos como profes-sor do Departamento de Geografia e Meio Ambiente, e nos últimos 7 anos no Depar-tamento de Biologia, como professor de ética ambiental. Atualmente é membro e vice-presidente do Conselho da Funda-ção do Amparo e Pesquisa do Rio de Janeiro, e do Conselho de Sustentabili-dade do Jardim Botânico do Rio de Janei-ro. Integra a diretoria do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB). Recebeu pela terceira vez o título de Personalidade Educacional, outorgado pela Associação Brasileira de Educação e Associação Brasileira de Imprensa (ABI) & Folha Dirigida.

Pe. Josafá Carlos de Siqueira SJ (Reitor da

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Datas do Lançamento do Pacto pela Educação31/01/2020 CNBB- Brasília16/04/2020 ANEC - Brasília14/05/2020 - Roma

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Redes em rede

PROJETO REDES EM REDE:

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72 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

J U N TO S P E L A E D U C A Ç ÃO C AT Ó L I C A REDES EM REDE

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O “Projeto Redes em Redes: juntos pela Educação Católica” foi lançado em setembro de 2018 e teve um ano de sensi-bilização em todos os eventos da ANEC (Congresso, DIAs ANECs, Fóruns e Semi-nários), na Assembleia e no Conselho Per-manente da CNBB, na Assembleia Geral Eletiva e nas Regionais da CRB. O objetivo geral do Projeto é o de for-talecer e interligar as Instituições Educa-cionais Católicas brasileiras, frente aos de-safios atuais da educação, em comunhão com a CNBB e a CRB. Os objetivos especí-ficos são: Revitalizar as Instituições Educa-cionais Católicas, criando uma rede de ajuda e suporte; Atuar, conjuntamente, buscando incidir nas políticas públicas educacionais de Estado; Elaborar, junta-mente com as instituições, projetos e ações estratégicos de gestão e de sustentabilida-de econômico-financeira; Fortalecer a ANEC como legítima instituição represen-tativa da Educação Católica no Brasil, em comunhão com a CNBB e a CRB. Para isso, um Grupo de Trabalho coordenado pelo Pe. Maurício Ferreira, membro da Diretoria Nacional, propôs alguns projetos e ações que se compacta-ram em três frentes de trabalho, apresen-tadas e aprovadas pela Diretoria Nacional, pelo Conselho Superior e pela Assembleia Geral Ordinária da ANEC. São elas:

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Benefícios: Construção da cultura de colabora-ção entre os envolvidos. Amadurecimento nos fluxos e pro-cessos de decisão. Base estrutural para projetos comuns e integrados. Economia financeira e fortalecimento institucional frente ao mercado.

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Benefícios: Construção de uma cultura de cola-boração entre os envolvidos. Insumos para projetos de negocia-ções conjuntas. Insumo para projetos de desenvolvi-mento de gestores. Fortalecimento da marca/reputação confessional.

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Benefícios: Construção de uma cultura de cola-boração entre os envolvidos. Identificação das fragilidades e po-tencialidades da gestão. Melhoria na condição de continuida-de dos empreendimentos. Insumo para tomada de decisão das Congregações Católicas.

Na frente de trabalho de Projetos Compartilhados, já estão em execução duas ações importantíssimas para a ANEC e suas associadas. São elas: Indicadores Financeiros e Visitas aos Centros de Servi-ços Compartilhados.

Frentes deTrabalho

73out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Existem diferentes maneiras de se avaliar o desempenho das instituições de ensino, pela: qualidade e certificação de seus produtos e serviços, responsabilidade social, força de sua marca ou de forma financeira. Pensando na gestão de resultados, utilizando do meio de análise e verificação dos objetivos atingidos, a ANEC lançou em setembro de 2019, no Fórum Nacional de Mantenedoras da ANEC, o Projeto de Indi-cadores das Mantenedoras Associadas. Esse projeto, executado pela Câmara de Mantenedoras da ANEC, tem por objetivo proporcionar às Associadas indicadores do mercado de educação do Brasil. Fornecer dados tanto das instituições associadas que aderiram ao projeto, bem como, das instituições educacionais no Brasil é a função principal deste projeto. As primeiras instituições associadas da ANEC que aderiram esse projeto, esti-veram reunidas em Brasília no dia 1 de no-vembro de 2019, nesta oportunidade rece-beram os primeiros indicadores, que servi-ram para o planejamento estratégico de 2020. Acreditamos que os indicadores são a fonte mais confiável para se avaliar a per-formance das instituições. Muitas vezes se definem metas, objetivos e não é pensado uma maneira de mensurar as conquistas da mesma. Nessas horas, é importante lem-brar a frase “aquilo que não é medido não é gerenciado”.

Em agosto de 2019, iniciaram-se as visitas aos Centros de Serviços Comparti-lhados das instituições associadas da ANEC. Essa ação é parte do Projeto Redes em Rede, e as visitas estão sendo organi-zadas pela Câmara de Mantenedoras, da

Indicadores Financeiros: ANEC. Além de proporcionar o intercâmbio entre as mantenedoras associadas, o obje-tivo é compartilhar as boas práticas de Gestão. Nessas visitas, além de conhecer os espaços físicos das instituições, o representante da mantenedora anfitriã, apresenta o formato de gestão adotado, bem como: cases de sucesso; dados de de-sempenho; resultados e avanços na forma de gerir, que são os pontos altos das visi-tas; dentre outros. Os gestores, presiden-tes, ecônomos e diretores das instituições associadas que visitam essas mantenedo-ras, avaliam a ação como ponto de avanço em troca de experiências, parcerias com as suas coirmãs. Depoimentos chegam a ANEC sobre o início de aproximações entre as associadas e algumas relatam o interes-se em firmar parcerias na prestação de ser-viços educacionais com suas coirmãs. A primeira visita foi realizada no dia 29 de agosto de 2019, na cidade de Recife, na sede da Rede Damas de Educação, esti-veram presentes vinte seis representantes de mantenedoras associadas. Todos foram recebidos por um grupo, constituído pelos seguintes representantes: o Presidente, a Ecônoma, o Controller e os colaboradores da ARIC. Estiveram presentes também, no segundo momento, os Membros do Conse-lho Estadual da ANEC, do estado de PE. Foram realizadas ainda mais cinco visitas no final do ano de 2019, nos Centros de Serviços Compartilhados da União Bra-sileira de Educação e Ensino – UBEE (BS-B/DF), União Norte Brasileira de Educação e Cultura – UNBEC (BSB/DF), União Brasi-leira de Educação Católica - UBEC (BSB/-DF), União Marista do Brasil – UMBRASIL (BSB/DF) e por fim, a Sociedade de Inteli-gência e Coração – SIC (BH/MG). As instituições que desejarem envol-ver-se nessa e em outras ações do Projeto Redes em Rede, de modo a receber e ou visitar as demais mantenedoras, participar dos indicadores financeiros e de negocia-ções conjuntas, deverão entrar em contato com o Prof. Guinartt Diniz, Gerente da Câmara de Mantenedoras da ANEC, por meio do e-mail: [email protected] .

Visitas aos Centros de Servicos Compartilhados:

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James Pinheiro dos Santos

Guinartt Diniz R. Antunes

Mestrando em Educação na Universidade Católica de Brasília - UCB. Especialização em Adolescência e Juventude pela Universidade Católica de Brasília - UCB (2015). Pós-Graduação em Docência do Ensino Superior pela Faculdades Integradas de Várzea Grande/FIAVEC (2016). Graduação em Serviço Social pela Universidade Potiguar - UnP (2010). Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade Mauá/DF (2017). Atualmente é Secretário Executivo da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil - ANEC.

Especialista em Gestão Administrativa e Financeira. Graduado em Admi-nistração, Contabilidade e Bacharel em Direito. Atualmente é Gerente da Câmara de Mantenedoras da Associação Nacional de Educação Católica (ANEC).

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76out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

Conheça os Parceiros da ANEC

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77 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

E também as Editoras Católicas, parceiras da ANEC

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Estante

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Esta obra traz uma investigação sobre os efeitos das reformas na organização das escolas e na atividade educativa, trazendo à tona as possibilidades e os impedimentos de que a escola, diante das refor-mas que nela incidem, constitua-se um espaço de formação do indi-víduo autônomo e diferenciado.

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Ao propor como temática "o Coordenador Pedagógico e questões emergentes na escola" apresentamos textos que, embora diversos em suas propostas, reafirmam nosso entendimento da urgência de que os diferentes sistemas de ensino atentem para as emergências das escolas e da formação de CPs.

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A psicologia analítica, a etnopsiquiatria e a antropologia demonstra-ram a presença de "formas" - que Jung chamou "arquétipos" - no inconsciente coletivo: núcleos simbólicos presentes nos mitos, nas criações artísticas, nas religiões e nos sonhos, que alimentam e dão continuidade à vida psíquica ao longo das gerações. A psicologia da educação também deve voltar o olhar para isso.

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Tratar de relações nutritivas ou tóxicas não é tarefa fácil. Às vezes, nas relações com o outro, enfrentamos situações que nos levam à decepção, pois criamos expectativas de cumplicidade e esperamos que o outro nos respeite em nossas dores. Contudo, nem sempre essa expectativa é atendida.

78out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Ter um ótimo dia é nosso primeiro desejo ao amanhecer, e para que isso aconteça é essencial alimentar a alma com palavras de vida eterna. Neste livro, você encontrará a palavra certa para cada dia e ela dará a você uma base segura para viver com sabedoria e leveza, toda e qualquer situação que lhe acontecer. Por isso, recomendo que a leitura seja um dos seus primeiros atos do dia, mas não há con-traindicação.

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Neste livro, Dr. Roque Marcos Savioli e Dra. Gisela Savioli enfocam a hipertensão arterial sob o prisma da medicina integrativa. Além de abordarem aspectos fisiopatológicos da hipertensão arterial, os autores explicam detalhes da hipertensão na gravidez, nas crianças, nos jovens e nos idosos, a hipertensão do jaleco branco, entre outros.

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Dificuldades específicas de aprendizagem tem como objetivo ofere-cer aos professores informações diretas, acessíveis e práticas para reconhecer e entender quais são os sintomas relacionados às difi-culdades de aprendizagem mais comuns: dislexia, discalculia, disgrafia, dispraxia, Tdah, ASD, TOC, juntamente com estratégias e diretrizes de ação relacionadas especificamente a esses alunos.

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Fruto de muitas leituras e pesquisas históricas e literárias, o livro Edição crítica comentada de Últimos cantos, da Editora Bom Jesus, foi pensado com o objetivo de proporcionar ao leitor o acesso a uma das mais importantes obras da literatura romântica brasileira – Últimos cantos, de Gonçalves Dias. Um dos atrativos dessa edição é a linguagem atualizada, mas que mantém a personalidade da obra gonçalvina.

79 out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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Trata-se de um material elaborado a partir de um olhar que se abre para a interdisciplinaridade: Artes, História, Ciências, Filosofia, Literatura, Psicologia e os mais variados campos do saber conver-sam com o Sagrado e com o indivíduo, ao passo que este se prepara para o futuro e compreende melhor o seu presente. Coleção com-posta de três volumes , com exemplares do professor e do aluno.

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Pepeu começa por recordar o sentido natural da palavra favela. Ele dá-se conta de que o modo como o mundo olha para a favela e o modo como ele viveu são bem diferentes. O seu relato fala dos sonhos, medos e brincadeiras do menino que ele foi. Procura trazer aos seus e aos nossos olhos os momentos de beleza que aconteciam na vida no Morro.

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História baseada em um conto de origem chinesa , apresentada com a técnica de literatura de cordel. A obra propõe uma reflexão sobre a ética e a oportunidade de corrigir um erro - que deve ser um direito de todos.

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Alto, baixo, loiro, moreno, magro, um pouco gordinho ou bem gor-duchão... Engraçado, rabugento, um pouco tímido ou muito fala-dor... Somos todos muito diferentes, mas iguais na emoção! Nesta história o aluno será capaz de reconhecer características físicas e depersonalidade, de respeitá-las e de promover o respeito às dife-renças.

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João-Ninguém tem dificuldade de fazer as próprias escolhas e vive de agir como os outros querem, mesmo quando isso deixa chateado. Sua vida é transformada ao encontrar Maria-Caminho, que ensinará a ela uma lição valiosa: todo mundo nasceu para encontrar o próprio caminho.

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A questão de quando se inicia a vida de cada novo ser humano é antiga e muito debatida ao longo dos séculos. Na atualidade, por conta dos avanços científicos nas esferas da contracepção, da reprodução assistida e do uso de células-tronco, muito tem se falado e imposto por alguns grupos. Escrito por especialistas em bioética, este livro situa a teologia nesse tema a partir da Sagrada Escritura e da perspectiva dos Padres da Igreja.

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Quando se trata de gerir pessoas, não podemos ser negligentes. Vidas humanas são preciosas e fundamentais em qualquer missão, seja no âmbito profissional, eclesial, pessoal ou familiar. Desse modo, este livro pretende ser uma ferramenta que ajudará o leitor na missão da autogestão e gestão de outros.

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Deus se comunica conosco por meio de sua Palavra. Desde crianças somos convidados a conhecer a Bíblia, que é a Palavra de Deus. A Bíblia para Crianças, com textos de Goretti Dias e ilustrações de Veruschka Guerra, apresenta, com linguagem própria do mundo infantil, as principais histórias bíblicas, todas acompanhadas de belas ilustrações coloridas, que muito atrairão a atenção dos peque-ninos.

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Page 82: A luta pela Filantropia › wp-content › uploads › 2019 › 12 › educanec...Ano X - nº 6 Out/ Nov/ Dez 2019 ISSN 2238-3093 Reunião ANEC e CNBB ˜˚˛˝ Indicadores da ANEC

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Quando os pais de Giacomo lhe disseram, aos cinco anos, que ele ganharia um irmãozinho especial, o garoto pensou em um super-he-rói. Afinal, o que mais significaria “especial”? Nesta autobiografia comovente e divertida, Giacomo fala sobre sua relação com o irmão e sobre como compreendeu, por fim, que sua ideia inicial não estava tão errada.

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Queda de rendimento, desmotivação, desinteresse e insatisfação pessoal podem ser indicativos da síndrome de burnout, um estado de exaustão intensa e prolongada em relação ao trabalho que atinge cada vez mais pessoas. Neste livro, o psicólogo e padre camiliano Luciano Sandrin fala sobre essa doença e sobre formas de evitá-la e tratá-la.

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Com estilo simples e provocativo, a obra nos convida a refletir sobre um tema que pode causar desconforto, especialmente em tempos tão marcados pelo desejo de perfeição: a aceitação dos próprios limites. O autor propõe que o leitor recupere a realidade do limite e reconcilie-se com ela e com suas imperfeições.

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83out/nov/dez 2019 | nº 6 | Revista EDUCANEC

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