A Maçonaria Liberal - Prolongamento Do Rito Francês

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7/23/2019 A Maçonaria Liberal - Prolongamento Do Rito Francês http://slidepdf.com/reader/full/a-maconaria-liberal-prolongamento-do-rito-frances 1/11 A MAÇONARIA LIBERAL - PROLONGAMENTO DO RITO FRANCÊS A Maçonaria Liberal enquanto tal começou a desenvolver-se nos Grandes Orientes da Bélgica e da França, a partir da segunda metade do século XX, sobretudo nos anos !"#$ e seguintes, quando se instaurou o princ%pio da Liberdade Absoluta de &onsci'ncia relativamente ( invocaç)o ou n)o, nas *ess+es maçnicas, do Grande Arquitecto do niverso .GA/01 2ortanto, o termo Maçonaria Liberal tem a ver com a noç)o de Liberdade Absoluta de &onsci'ncia e n)o tem nada a ver com as teorias do liberalismo econmico1 2ara compreender mel3or como a Maçonaria Liberal c3egou a estes conceitos em !"#$, convém analisar o seu percurso 3istrico anterior1 4 normalmente aceite que os antepassados da Maçonaria pré-especulativa, portanto anterior a !#!#, remontam aos eg%pcios, ( construç)o do 5emplo de *alom)o e aos 5empl6rios1 7stes incrementaram, em colaboraç)o com a gre8a catlica no Ocidente, as corporaç+es medievais das di9erentes pro9iss+es .pedreiros, tal3adores de pedra, carpinteiros, etc10 que, através do seu enorme poder econmico e pol%tico, 9inanciaram in:meras construç+es .castelos, pontes, portos, etc10 culminando nas &atedrais1 &om o desaparecimento o9icial dos 5empl6rios, as corporaç+es perderam os seus 9inanciadores mais importantes, mas continuaram a desenvolverem-se baseados no seu imenso ;savoir 9aire; adquirido, com obras por todo o Ocidente europeu e no Médio Oriente, agora 9inanciados por reis, eclesi6sticos, sen3ores 9eudais e outros1 m n:cleo importante de 5empl6rios, em colaboraç)o com a Ordem de &ister, instalou-se em !<<= na 7sccia, em >eredom de ?il@ining e em !<=$, com a a8uda dos beneditinos, 9undaram uma Abadia1 Foi a partir deste n:cleo, sob a protecç)o dos reis da 7sccia, que progressivamente se veio a trans9ormar a Maçonaria operativa em especulativa1 7sse mesmo desenvolvimento ocorreu igualmente noutros lugares e noutros pa%ses, mas digamos que este 9oi o veio mais importante e do qual eistem alguns documentos 3istricos, muitos dos quais compilados e publicados pela Lo8a A5OC &OCODA5, 9undada em !""E dentro da G1L111, precisamente para 9aer uma abordagem 3istrica, rigorosa e 9idedigna da Maçonaria especulativa, longe dos mitos e das lendas, como in9elimente muitas vees ouvimos ( nossa volta1 /avid *tevenson, grande investigador da 3istria da Maçonaria, que nunca 9oi niciado, portanto, um pro9ano é outra 9onte importante e imprescind%vel para estudarmos esta época1 7ntre !HI< e !#$H encontramos nada menos do que !H< manuscritos relatando os usos e costumes, ritos e 3istrias da Maçonaria operativa1 /entro destes, eiste consenso

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A MAÇONARIA LIBERAL - PROLONGAMENTO DO RITO FRANCÊS

A Maçonaria Liberal enquanto tal começou a desenvolver-se nos Grandes

Orientes da Bélgica e da França, a partir da segunda metade do século XX, sobretudo nos anos

!"#$ e seguintes, quando se instaurou o princ%pio da Liberdade Absoluta de &onsci'ncia

relativamente ( invocaç)o ou n)o, nas *ess+es maçnicas, do Grande Arquitecto do niverso

.GA/01 2ortanto, o termo Maçonaria Liberal tem a ver com a noç)o de Liberdade Absoluta de

&onsci'ncia e n)o tem nada a ver com as teorias do liberalismo econmico1

2ara compreender mel3or como a Maçonaria Liberal c3egou a estes conceitos em

!"#$, convém analisar o seu percurso 3istrico anterior1

4 normalmente aceite que os antepassados da Maçonaria pré-especulativa,

portanto anterior a !#!#, remontam aos eg%pcios, ( construç)o do 5emplo de *alom)o e aos

5empl6rios1 7stes incrementaram, em colaboraç)o com a gre8a catlica no Ocidente, as

corporaç+es medievais das di9erentes pro9iss+es .pedreiros, tal3adores de pedra, carpinteiros,

etc10 que, através do seu enorme poder econmico e pol%tico, 9inanciaram in:meras

construç+es .castelos, pontes, portos, etc10 culminando nas &atedrais1

&om o desaparecimento o9icial dos 5empl6rios, as corporaç+es perderam os seus

9inanciadores mais importantes, mas continuaram a desenvolverem-se baseados no seu

imenso ;savoir 9aire; adquirido, com obras por todo o Ocidente europeu e no Médio Oriente,

agora 9inanciados por reis, eclesi6sticos, sen3ores 9eudais e outros1

m n:cleo importante de 5empl6rios, em colaboraç)o com a Ordem de &ister,

instalou-se em !<<= na 7sccia, em >eredom de ?il@ining e em !<=$, com a a8uda dos

beneditinos, 9undaram uma Abadia1

Foi a partir deste n:cleo, sob a protecç)o dos reis da 7sccia, que

progressivamente se veio a trans9ormar a Maçonaria operativa em especulativa1 7sse mesmo

desenvolvimento ocorreu igualmente noutros lugares e noutros pa%ses, mas digamos que este

9oi o veio mais importante e do qual eistem alguns documentos 3istricos, muitos dos quaiscompilados e publicados pela Lo8a A5OC &OCODA5, 9undada em !""E dentro da

G1L111, precisamente para 9aer uma abordagem 3istrica, rigorosa e 9idedigna da

Maçonaria especulativa, longe dos mitos e das lendas, como in9elimente muitas vees

ouvimos ( nossa volta1 /avid *tevenson, grande investigador da 3istria da Maçonaria, que

nunca 9oi niciado, portanto, um pro9ano é outra 9onte importante e imprescind%vel para

estudarmos esta época1

7ntre !HI< e !#$H encontramos nada menos do que !H< manuscritos relatando

os usos e costumes, ritos e 3istrias da Maçonaria operativa1 /entro destes, eiste consenso

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entre os investigadores, sobre alguns tetos 9undamentais, nomeadamente o denominado

Cegius da regi)o de Gloucester, escrito em 9orma de poema e datado de !HI<1 O documento

&ooJe, da regi)o de O9ord, datado de !=!<1 Outro manuscrito, denominado Grand Lodge, da

regi)o de KorJ, data de !"H1 &ontudo os tetos mais elaborados e completos, s)o os das

corporaç+es de KorJ e de 7dimburgo, embora este muito mais 9ragmentado1

A an6lise detal3ada destes documentos n)o tem praticamente nada a ver com os

Cituais maçnicos actuais, s)o, sobretudo, uma compilaç)o de normas de comportamento

moral e pro9issional a serem praticadas no interior das corporaç+es e no mundo eterior

repletos de religiosidade1 Ce9eriam-se também a comportamentos de recon3ecimento

aquando da apresentaç)o nos diversos 7staleiros, sobretudo para Aprendies e &ompan3eiros1

O ponto 9ulcral da cerimnia de niciaç)o consistia na instruç)o e na revelaç)o ao recipiend6rio

dos sinais e duma misteriosa ;2alavra do Maçon;, verdadeiro momento alto da cerimnia e

que tanto intrigou ao longo dos séculos1 &ontudo, o pastor Cobert ?irJ em !EI! escrevia ;A

2alavra do Maçon, que alguns 9aem mistério, é uma espécie de tradiç)o rab%nica, no sentido

dum coment6rio sobre acJin e Boa, as duas colunas erguidas no 5emplo de *alom)o, mais a

ad8unç)o dum determinado sinal secreto transmitido de m)o a m)o, através do qual se

recon3ecem e se tornam 9amiliares entre eles;1

Dos séculos XN e XN, em nglaterra, vivia-se uma época de guerras internas, de

instabilidade pol%tica, n)o s entre escoceses e ingleses, como também entre estes, com

&rom@el a instalar uma e9émera rep:blica, a estabelecer os 9undamentos dum

parlamentarismo rudimentar, tudo isto numa paisagem de guerra de religi+es, nomeadamente

entre catlicos e anglicanos, depois da ruptura de >enrique N com Coma1

Deste conteto 3istrico, o rm)o PLLAM MOCAK, o :ltimo verdadeiro Nigilante

Geral da 7sccia, parece ser o elo 3istoricamente verdadeiro, através dos documentos

eistentes, entre a Maçonaria operativa renovada da 7sccia, o nvisible &ollege, a CoQal

*ocietQ e a Maçonaria 7speculativa moderna nglesa1 Pilliam MoraQ era 9il3o de *ir Mungo

MoraQ, propriet6rio de vastas terras na regi)o de 2erts3ire1 Dasceu em !E<#, 9oi engen3eiro

militar e em !E=< era uartel Mestre General do 7ército escoc's1

2or outro lado, estamos num per%odo de transiç)o entre uma época cu8o

pensamento era controlado completamente pela gre8a de Coma e outra época nova,

introduida pela contestaç)o protestante nas suas diversas variantes1 A sociedade estava 6vida

de con3ecimentos cient%9icos e dese8avam libertar-se da gre8a1 D)o esqueçamos a polémica

com Galileu .!EHH01 7stamos a dar os primeiros passos que nos levar)o ( época das Lues1 4

neste per%odo que aparece a metodologia do ;livre eame;, que consiste em analisar de 9orma

critica, quer a B%blia quer os 7vangel3os, como também a sociedade e todo o con3ecimento

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cienti9ico desta época, que vir6 a desabroc3ar nos enciclopedistas, dos quais o nosso rm)o

Noltaire 9oi uma das 9iguras de proa deste movimento1

Pilliam MoraQ aparece, portanto, como o primeiro Maçon aceite numa Lo8a, E

anos antes de 7lias A*>MOL7 .!E=#0 e é MoraQ que vai estabelecer a ligaç)o entre a 7sccia e

a nglaterra .com As3mole0, a ligaç)o entre a 7sccia e a França e a ligaç)o entre o nvisible

&ollege, a CoQal *ocietQ de Londres e a Maçonaria1 /avid *tevenson, di que ;*ir Pilliam

MoraQ n)o pode ser considerado como um Maçon ordin6rio dos meados do século XN o

9acto de ele ter deiado escrita tanta documentaç)o sobre a Maçonaria, 9a dele uma

testemun3a realmente :nica;1 4 portanto naturalmente que o vamos encontrar, com 7lias

As3mole, na 9undaç)o da CoQal *ocietQ, mas também como membros do nvisible &ollege1

7ste, criado em !I#, 9oi de longe o mais importante, pela qualidade dos seus membros1

&omeçou por se reunir primeiro em Londres no Gres3am &ollege e a partir de !E=, em

O9ord1 7ra um conclave misterioso, total e altamente secreto, etraordinariamente elitista e

oculto1 Agrupava os principais animadores da sociedade Cosa-&ru de Andrae, ( volta de

Cobert Fludd que era um rosacruciano célebre nesses meios1 &ontava ainda no seu seio com

7lias As3mole, Pilliam MoraQ, ssac De@ton, &3ristop3er Pren, todos eles altamente

impregnados dum pensamento 3ermético1 O nvisible &ollege é o percursor da CoQal *ocietQ e

da Maçonaria moderna, que se constitu%ram n)o uma contra a outra, mas completando-se

mutuamente, segundo um processo de dupla 9ace, imaginado, dese8ado e conduido por

Pilliam MoraQ e os seus compan3eiros1

Os segredos do nvisible &ollege eram tais que ainda 3o8e se especula sobre os

seus 5rabal3os e reuni+es1 &erto é que eistia um segredo entre eles e muito poucos, ainda

3o8e, mesmo dentro da Maçonaria actual, t'm con3ecimento deste &olégio nvis%vel1

ndirectamente con3ecem-se os trabal3os vindo a p:blico no mundo pro9ano dos seus

membros1 7ra contudo um local de total con9iança, segurança e sigilo entre os seus membros1

D)o se con3ece qualquer Citual de niciaç)o espec%9ico, mas indirectamente sabia-se que

eistia um segredo1 A época que se vivia era de tal inquietude, com um con3ecimento

dominado, controlado e aprovado pela gre8a &atlica que, qualquer tentativa de perturbaç)o

destes con3ecimentos dogm6ticos ;O9iciais; era pass%vel de ecomun3)o o que, embora

eistissem cismas entre as di9erentes correntes crist)s, o ;medo; da ecomun3)o era

etens%vel mesmo aos que n)o estavam sob a alçada da gre8a da Coma1 2ortanto, os membros

do nvisible &ollege, tin3am que duplamente se proteger por um lado, das perseguiç+es

eteriores e por outro protegerem-se entre si1 2ermaneceram, pois, secretos, para n)o dier

discretos, como ainda deve ser a Maçonaria actual1 *)o, pois, doe membros do nvisible

&ollege que v)o estar na origem da 9undaç)o da CoQal *ocietQ, em !EE<1

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A CoQal *ocietQ n)o tin3a qualquer vocaç)o para o ensino, antes pelo contr6rio

era um local de encontro de di9erentes investigadores, universit6rios ou n)o, que

apresentavam o resultado dos seus trabal3os, numa sess)o p:blica, geralmente seguida de

debates, em todas as 6reas do con3ecimento ent)o con3ecidas1 &omo est6vamos numa

nglaterra sa%da duma Guerra &ivil, entre os mon6rquicos e os republicanos de &rom@el, onde

a parlamentarismo acabou por ser instaurado1 &om o advento da Celigi)o anglicana,

presbiteriana e outras, com a instauraç)o dum respeito pelas diversas correntes do mundo

crist)o, :nica maneira de se evitarem guerras 9ratricidas, a gre8a &atlica permanecia como

um dos pilares mais importantes a todos os n%veis societ6rios1 7ste esp%rito de abertura

cienti9ica, consubstanciado na CoQal *ocietQ, s podia ser poss%vel nesta época e em nglaterra,

por a gre8a &atlica ter perdido a sua 9orça o9icial e a nquisiç)o 86 n)o poder actuar de 9orma

alguma nestes reinos1 2or outro lado, esta abertura de esp%rito e de investigaç)o cienti9ica era

muit%ssimo mais limitada nos pa%ses de in9lu'ncia catlica, onde ponti9icava o poder repressivo

da nquisiç)o e da doutrina dogm6tica da gre8a &atlica1

Os 7statutos da CoQal *ocietQ s)o bastante 9ormais e detal3ados1 &riam uma

personalidade moral que ultrapassa os seus 9undadores e se situa nos dieres de >enrQ

Oldenbourg, como sendo uma ;instituiç)o perpétua;, que tin3a como 9inalidade ;perscrutar

toda a Daturea e inquirir sobre a sua actividade e os seus poderes, pelas vias da observaç)o e

da eperimentaç)oR depois, com o decurso dos tempos, criar uma 9iloso9ia mais slida e

maiores progressos para a civiliaç)o;1

Do 9undo, meus rm)os, isto é eactamente o mesmo que os Maçons de9endem,

por outras palavras, quando proclamam 5rabal3ar para o 2rogresso da >umanidade1

*e 9iermos uma pausa neste momento para re9lectir, podemos a9irmar ;mutatis

mutandis; que é muito mais lgico a Maçonaria especulativa moderna, provir deste

movimento intelectual consubstanciado no pensamento desenvolvido no nvisible &ollege e na

CoQal *ocietQ, do que nas con9rarias corporativas medievais da Maçonaria operativa, onde os

documentos eistentes, nomeadamente os rituais con3ecidos, s)o simplesmente paupérrimos

e t'm pouco a ver com a Maçonaria desenvolvida por Anderson e /esaguliers a partir de !#!#1

Ne8amos

53omas *prat, < anos antes das &onstituiç+es de Anderson, re9erindo-se ao

pensamento cienti9ico praticado na CoQal *ocietQ, escrevia como sendo ;uma religi)o que é

con9irmada com o assentimento unSnime de v6rias crenças religiosas e que deve servir,

respeitando a &ristandade, como o 2rtico do 5emplo de *alom)o;1 2or outro lado, a CoQal

*ocietQ, estabelece regras que se aparentam com as mesmas que a Maçonaria especulativa ir6

mais tarde adoptar

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- Apresentaç)o dum candidato1

- Aprovaç)o mediante votaç)o dos seus membros1

- 7leiç+es dos respons6veis .primeiro mensais, depois anuais01

- H Cespons6veis .evidentemente01

- 7tc1

2eço-vos desculpa por ter sido talve demasiado longo sobre este per%odo

3istrico, mas pareceu-me importante sublin36-lo, pois o que normalmente anda a ser

9alsamente propagado, é que a Maçonaria moderna 9oi criada em !#!#, com ligaç+es ténues (

Maçonaria operativa medieval, quando o elo importante desta ligaç)o, n)o é de maneira

nen3uma esse, mas antes o pensamento cienti9ico, racional, Livre-7aminista do nvisible

&ollege primeiro e da CoQal *ocietQ em seguida, que ir)o mais tarde provocar o nascimento da

Maçonaria moderna1

&omoT

*implesmente por quest+es de segurança, de descriç)o e de privacidade1 2rimeiro

os membros do nvisible &ollege, que era secreto e oculto, adquiriram uma determinada

notoriedade com a 9undaç)o da CoQal *ocietQ1 7sta, com o seu desenvolvimento 9ulgurante,

devido ( avide com que os cientistas da época dese8avam trabal3ar, longe dos moldes

estabelecidos pela nquisiç)o catlica, permitiu a entrada de numerosos membros que

apresentavam, como sabemos, as suas investigaç+es e trabal3os em sess+es p:blicas1 m

grupo restrito, resolveu ent)o regressar ( primitiva discriç)o e privacidade dos tempos do

nvisible &ollege, vindo a 9ormar quatro Lo8as em Londres, que deram origem ( Grande Lo8a de

Londres e Pestminster e ( Maçonaria especulativa actual1

mportante 9risar e sublin3ar de 9orma clarividente e indubit6vel, que 9oram um

con8unto de rm)os Maçons, sete no m%nimo, que constitu%ram a sua prpria Lo8a, de livre

vontade1 /a% 9alarmos, ainda 3o8e, na Maçonaria Liberal, dum Maçon Livre, numa Lo8a Livre1

7m seguida, 9ormadas estas primeiras quatro Lo8as, totalmente independentes

umas das outras, embora com relaç+es de Fraternidade entre elas, é que estes rm)os

decidiram criar a primeira Grande Lo8a de Londres1

Finalmente, estas Lo8as e outras que, entretanto, se constitu%ram, encarregaram o

pastor ames Anderson de criar uma &onstituiç)o, ( qual todos os rm)os das Lo8as se

comprometiam a ;obedecer;, advindo da% a epress)o de Obedi'ncia1

2ortanto, primeiro vieram os rm)os Maçons, em seguida as Lo8as e 9inalmente a

Obedi'ncia1 5udo isto constitu%a uma &adeia de ni)o 3armoniosa que tin3a como base os

rm)os reunidos em Lo8as, sendo a Obedi'ncia apenas a entidade administrativa que geria o

con8unto de Lo8as1

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&laro que isto no inicio era assim, mas com o decorrer dos tempos tudo se

inverteu, devido ( sede de poder e de dominaç)o de alguns Maçons1

7stas primeiras Lo8as apenas compreendiam Aprendies e &ompan3eiros e um

Mestre, que era ao mesmo tempo o Nener6vel Mestre da Lo8a1 A lenda de >iram 9oi

introduida mais tarde1 5al como nas Lo8as operativas medievais os médicos podiam 9aer

parte da Lo8a sem serem niciados, pois a sua tare9a era veri9icar se os membros da Lo8a tin3am

capacidades 9%sicas para o trabal3o que iriam desenvolver1 7m cada Lo8a eistia também um

padre ou pastor, que também n)o era obrigatoriamente niciado, mas servia apenas para

dirigir as oraç+es1 7ra o conteto da época1 2or eemplo, ames Anderson que veio a redigir as

&onstituiç+es ditas de Anderson em !#$H, revistas e corrigidas em !#H, segundo o 3istoriador

ingl's da Maçonaria, /avid *tevenson, nunca 9oi niciado na Maçonaria1 5in3a o direito de

participar nos 5rabal3os da Lo8a simplesmente porque era pastor anglicano1

sto para dier claramente que os Cituais maçnicos n)o t'm qualquer origem

divina ou revelada, nem ca%ram do céu1 Foram sendo escritos, corrigidos e adaptados ao longo

destes treentos anos, pela acç)o dos >omens, isto é dos Maçons que constituem as

di9erentes Obedi'ncias e 2ot'ncias maçnicas, independentemente dos seus Citos1 2ortanto,

n)o devemos ter uma vis)o est6tica, imut6vel ou dogm6tica dos Cituais1

A prova disso é que na prpria nglaterra, logo a seguir a criaç)o da ;primeira;

Grande Lo8a de Londres e Pestminster, em !#!#, 9oi criada em !#!, uma ;segunda;,

denominada Grande Lo8a dos Antigos Maçons1 5in3a como principal animador o rm1

La@rence /ermott, que c3egou a convencer os rm)os da ;primeira; Grande Lo8a de Londres,

que estes tin3am e9ectivamente adoptado novos costumes1 A alcun3a de ;Modernos;, que

l3es tin3a sido atribu%da nas polémicas, permaneceu, passando também a c3amar-se Grande

Lo8a dos Modernos, embora esta Lo8a 9osse cronologicamente a mais antiga1 /urante muito

tempo os 3istoriadores acreditaram no discurso ;o9icial; desta nova Grande Lo8a, que de9endia

que os Antigos teriam e9ectuado a cis)o para poderem regressar aos antigos costumes1 Ora a

realidade era simplesmente outra Os Antigos, eram maioritariamente origin6rios da imigraç)o

irlandesa e escocesa que vivia em Londres e por esse 9acto nem sempre eram bem acol3idos

nas Lo8as inglesas1 /a% dese8arem criar outra Obedi'ncia onde mel3or se podessem encontrar

entre eles1 As di9erenças de ritual n)o advin3am de inovaç+es da Grande Lo8a de Londres, mas

apenas do 9acto de na rlanda e igualmente na 7sccia, terem reorganiado os rituais da antiga

Maçonaria operativa escocesa de maneira ligeiramente di9erente1 Assim, no século XN, a

2alavra do Maçon no ! grau, era 1 e B1 .( pergunta 1T, a resposta era B101 uando 9oram

re9ormulados os rituais, entre !#$< e !#H<, aos ;segredos; do antigo grau operativo de

Aprendi, os ingleses atribu%ram a palavra 1 ao primeiro grau e B1 ao segundo grau1 Os

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irlandeses e os escoceses 9ieram uma escol3a inversa1 O ritual dos Antigos n)o é nem mais

nem menos simblico que o ritual dos Modernos1 Apenas 3ierarquiaram os s%mbolos de

maneira um pouco di9erente, é tudo1

sto me 9a lembrar o cisma que originou a separaç)o entre a gre8a de

&onstantinopla e a de Coma1 2ara se di9erenciarem actualmente, uns benem-se duma

maneira, os outros de 9orma inversa1

O que se passou em nglaterra, veio a passar-se ;mutatis mutandis;, noutros

pa%ses, incluindo a França ou 2ortugal, mas n)o vou abordar aqui e 3o8e, esse aspecto da

evoluç)o 3istrica1

Deste conteto, como c3eg6mos ( Maçonaria LiberalT

A Maçonaria inglesa passou para França entre !#$ e !#H<, através da

implantaç)o das primeiras Lo8as, utiliando todas durante o século XN o ritual da primeira

Grande Lo8a de Londres, dita dos Modernos1

&omo este Cito dos Modernos 9oi traduido e implantado em França, a partir de

!#$, paradoalmente, é este Cito da primeira Grande Lo8a de Londres de !#!#, que

permaneceu e continuou em França, com o nome de Cito Franc's .por se desenvolver em

França0 e Moderno, por a sua origem provir da Grande Lo8a de Londres de !#!#, dita dos

Modernos1

Aqui est6, pois, 3istoricamente eplicado, o signi9icado do nome de Cito Franc's

ou Moderno, tal como ainda 3o8e é denominado, nomeadamente na nossa Lo8a /elta e no

Grande Oriente Lusitano1

Dessa época as Lo8as civis eram todas, como 3o8e ainda, constitu%das ao Oriente

de 111 .Londres, O9ord, etc10 e as Lo8as militares ao Oriente do Cegimento111 seguido do nome

do respectivo regimento1 *)o, sobretudo, estas Lo8as militares que introduem a Maçonaria

em França1 7sta implantaç)o inicia-se depois de 9inda a guerra civil nas il3as britSnicas, em que

ames dito dos *tuarts acaba por ser epulso de nglaterra e os seus regimentos militares

virem a re9ugiar-se em França, principalmente na regi)o de *aint Germain-en-LaQe, nos

arredores de 2aris1 *)o sobretudo estas Lo8as militares que introduem a Maçonaria em

França1

7m !#H$, d6-se a 9undaç)o da Grande Lo8a de França que n)o tem nada a ver com

a actual Grande Lo8a de França, 9undada somente em !"I#1

O primeiro grande res9riamento das relaç+es entre a Maçonaria anglo-sanica e

a Maçonaria continental, isto é, entre a nglaterra e a França, para além de rivalidades pol%ticas

.mpério britSnico - Dapole)o, etc10, d6-se igualmente por ra+es e motivos maçnicos

institucionais1

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7ra 36bito e pr6tica dessa época, as Lo8as pertencerem ou serem propriamente

propriedade pessoal dum Nener6vel Mestre inamov%vel que poderia ser um nobre ou um

burgu's abastado1 7m !##H reuniu-se em 2aris o &onvent .equivalente da Grande /ieta do

G1O1L10 e os /elegados da prov%ncia instauraram o princ%pio da eleiç)o dos Nener6veis, contra

a opini)o dos /elegados de 2aris que eram a 9avor da inamovibilidade dos Nener6veis Mestres

das Lo8as1 5emos de tentar compreender que o conteto da época era mon6rquico, portanto

3eredit6rio e a noç)o de eleiç+es, portanto um princ%pio democr6tico e republicano, n)o

estava na moda do tempo, tanto mais que em !##H est6vamos na véspera da Cevoluç)o

Francesa1 gualmente nesse ano e nesse &onvent, instaura-se o princ%pio, segundo o qual, a

soberania do povo maçnico reside nos /elegados eleitos pelas Lo8as e estes, reunidos em

&onvent, eercem essa *oberania1 *)o estas ideias que v)o levar ( *oberania do povo, através

da representaç)o parlamentar e de todo o desenvolvimento ps-Cevoluç)o Francesa1 2ortanto

s)o estes princ%pios 9undamentais, revolucion6rios para a época, que v'm marcar uma

di9erença qualitativamente determinante em relaç)o ao passado1 /e salientar que é o &onvent

desse ano que decidiu alterar o nome da primeira Grande Lo8a de França, para Grande Oriente

de França .G1O1/1F10, que passa a ser uma Federaç)o de Lo8as e de Citos, pois o G1O1/1F1,

inclu%a, tal como o G1O1L1, v6rios Citos1

O segundo ;res9riamento; com a Maçonaria anglo-sanica, que veio o provocar

com o decorrer dos tempos um cisma e uma ruptura total, d6-se em !"##, quando o &onvent

do G1O1/1F1 .depois do Grande Oriente da Bélgica o ter e9ectuado em !"#$ - anos antes0,

declara que a obrigatoriedade da invocaç)o do Grande Arquitecto do niverso .G1A1/110, a

presença em Lo8a da B%blia ou dum Livro *agrado e a crença na alma e ma sua imortalidade,

passariam a ser assuntos do 9oro %ntimo de cada Maçon, segundo a sua prpria Liberdade

Absoluta de &onsci'ncia1 4 a partir desta data que se passou a designar progressivamente esta

Maçonaria de Liberal, no sentido de Liberdade Absoluta de &onsci'ncia, o que n)o tem nada a

ver com o liberalismo econmico actual1

2or qu' esta ruptura entre a Maçonaria Anglo-sanica e nrdica, eistente numa

ona predominantemente protestante e a Maçonaria Latina, eistente numa ona geogr69ica

de in9lu'ncia catlicaT

*e antes de !"#< era consensual na Maçonaria a presença da B%blia em Lo8a, por

in9lu'ncia dos pastores protestantes Anderson e /esaguliers, porque sendo a B%blia um livro

inclu%do no Unde da gre8a &atlica Apostlica e Comana, portanto proibida a sua leitura aos

catlicos, uma das reivindicaç+es dos protestantes .Lutero, &alvino, etc10 era precisamente a

eig'ncia dos crist)os poderem ter acesso livre ( leitura da B%blia .entenda-se aqui por antigo e

novo testamento, portanto também os evangel3os01 uando os Grandes Orientes da Bélgica e

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da França passam a a9irmar que a presença da B%blia n)o era obrigatria em Lo8a - o que para

os protestantes era important%ssimo - d6-se um a9astamento gradual nas relaç+es entre estas

duas correntes da Maçonaria1

2or qu' esta tomada de posiç)o dos Grandes OrientesT

5emos de compreender que o conteto da época, consistia em tentar a destruiç)o

da Maçonaria, pela gre8a &atlica, nos pa%ses latinos de sua in9lu'ncia1 4 a época das

ecomun3+es, pois a gre8a n)o podia aceitar uma noç)o de G1A1/11, que substitu%a o seu

/eus, nem permitir o estudo e a interpretaç)o da B%blia que a gre8a tin3a colocado no Unde1 A

gre8a n)o podia aceitar de 9orma alguma que dentro da Maçonaria pudessem conviver rm)os

de di9erentes sensibilidades religiosas .entenda-se catlicos, anglicanos, luteranos, calvinistas

etc101 2or outro lado, depois de sairmos da época das Lues e da Cevoluç)o Francesa, estamos

em plena in9lu'ncia das ideias pol%ticas dos republicanos da &omuna de 2aris, dos de9ensores

da teoria da evoluç)o das espécies de /ar@in, do positivismo de Augusto &omte, do

racionalismo de /escartes e de outros, culminando no pensamento, de >enri 2oincaré quando

escrevia ;O pensamento nunca se deve submeter, nem a um dogma, nem a um partido, nem

a uma pai)o, nem a um interesse, nem a uma ideia pré-comcebida, nem ao que quer que

se8a, a n)o ser aos 9actos em si, porque para o pensamento, submeter-se, seria deiar de

eistir;1 7stamos em pleno pensamento Livre-7aminista, que embora tivesse sido iniciado

pelos que contestavam a gre8a de Coma a partir do século XN, estava agora a iniciar o

per%odo de apogeu da sua metodologia, 8untamente com o Livre 2ensamento1 Os rm)os

Maçons, oriundos da es9era geogr69ico-cultural dita protestante, portanto da Grande Lo8a

nida de nglaterra, permaneceram e permanecem ainda 3o8e, numa posiç)o dogm6tica e

imut6vel em relaç)o aos princ%pios de Anderson e dos Land MarJs1 D)o aceitam os princ%pios

de liberdade absoluta de consci'ncia, recusando-se a tentar compreender as circunstSncias do

conteto 3istrico de agress)o por parte da gre8a &atlica, de que 9oram vitimas os rm)os da

Maçonaria latina do *ul da 7uropa1 D)o esqueçamos que, aliadas a estas diverg'ncias

religiosas e 9ilos9icas, eistiam também as rivalidades pol%ticas entre uma França republicana

e uma nglaterra mon6rquica e imperial, no apogeu do seu poderio colonial e industrial1

nicia-se ent)o o a9astamento progressivo entre estas duas correntes da

Maçonaria1 A Grande Lo8a nida de nglaterra .G1L1110, declara-se a :nica 2ot'ncia

maçnica ;regular;, deiando de recon3ecer as outras Obedi'ncias maçnicas, proibindo

qualquer contacto entre elas, n)o s entre instituiç+es como entre rm)os1 /eclarou que s

recon3ecia as Obedi'ncias cu8as 2atentes tivessem sido outorgadas por Londres ou por outras

Grandes Lo8as, cu8a 9iliaç)o imanasse dela1 Finalmente, a = de *etembro de !I$", decretou os

" pontos 9undamentais para que uma Obedi'ncia podesse vir a ser recon3ecida por Londres,

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cu8os elementos principais e mais polémicos, mas obrigatrios, s)o os seguintes

- nvocaç)o do G1A1/11, na abertura e no encerramento dos 5rabal3osR

- O G1A1/11, é um /eus reveladoR

- 2resença em Lo8a da B%blia ou outro livro sagrado de inspiraç)o divinaR

- Acreditar na alma e sua imortalidadeR

- D)o permitir a presença 9eminina em Lo8aR

- D)o discutir pol%tica em Lo8aR

- D)o discutir religi)o em Lo8aR

- etc1

Os rm)os 9ranceses e belgas do século XX, consideravam que a Maçonaria n)o

tin3a necessidade de invocar o G1A1/11, pois a Maçonaria n)o é nen3uma religi)o1 *e a

Maçonaria pretende ser o &entro de ni)o da >umanidade, como especi9icado nas

&onstituiç+es de Andersen, ent)o a Maçonaria tem que respeitar igualmente as religi+es

orientais, algumas das quais nem s)o de%stas, tais como os budistas, taoistas, con9ucionistas e

outras, que s)o antes 9iloso9ias de vida que podem levar ( *abedoria, a9astando-se da

inspiraç)o 8udaico-crist) tradicional1 7sta Maçonaria Liberal, de9ende o princ%pio dum Maçon

Livre numa Lo8a Livre, tendo as Lo8as, segundo a Liberdade de &onsci'ncia dos seus membros,

toda a autonomia para se organiarem internamente

7istem Lo8as que invocam o G1A1/11 e outras n)o1

Algumas utiliam a B%blia, ou o &or)o, ou um livro branco, ou nada1

mas s)o rigorosas no simbolismo e muito esotéricas1

Outras s)o positivistas, Cacionalistas ou Livre-7aministas1

Algumas nem utiliam velas1

Dem tapete de Lo8a .porque 86 est)o a trabal3ar num 5emplo0, etc1

Do nosso entender, a Maçonaria n)o deve pro9essar qualquer doutrina agnstica

ou ateia, mas também n)o deve impor qualquer tipo de dogma, tal como epresso na

&onstituiç)o do G1O1L11

2or isso, a grande maioria das Lo8as, abre os 5rabal3os ( Glria da Maçonaria

niversal, sob os ausp%cios deste ou daquele Grande Oriente ou Grande Lo8a, consoante o

nome da sua Obedi'ncia1

7istem Nalores que ao longo do tempo se 9oram a9irmando cada ve mais, como

nota especi9ica da Maçonaria Liberal, Assim, para além da Liberdade Absoluta de &onsci'ncia e

outros, enumerados anteriormente, encontramos noç+es tais como

A /emocraciaR

A LaicidadeR

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A Cep:blicaR

O Livre-7ameR

A gualdade dos seos em Maçonaria, 3o8e com o direito de visita das rm)s,

aman3) com a 9ormaç)o de Lo8as, masculinas, 9emininas ou mistas, visto que um Grande

Oriente, é uma 9ederaç)o de Lo8as e de CitosR

A gualdade de raças, n)o aceitando qualquer 9orma de racismoR

A n)o 9ormulaç)o de posiç+es dogm6ticasR

Liberdade de discuss)o de assuntos religiososRLiberdade de discuss)o de assuntos

pol%ticos .estes dois dentro da maior 5olerSncia e respeito, para bem do 2rogresso da

>umanidade0R

7legibilidade dos cargos em Maçonaria, com mandatos temporais de9inidos,

normalmente, n)o reelig%veisR

O Maçon 5rabal3a para a construç)o do seu 5emplo interior, mas igualmente para

o 5emplo do 2rogresso da >umanidadeR 9oram estes Nalores, conotados com a Maçonaria

Liberal, que levaram (s guerras liberais do século XX, entre /1 2edro e /1 Miguel .um, Cei

com &arta &onstitucional, o outro, Cei por direito divino e absoluto0, que mais tarde vieram a

culminar na implantaç)o da Cep:blica em !I!<, com a a8uda, preciosa e de9initiva, da

&arbon6ria1

n 9ine, pensamos que os Maçons devem ser >omens Livres e de Bons &ostumes,

5rabal3ando numa Lo8a Livre para o 2rogresso da >umanidade, recon3ecendo como seu

rm)o, independentemente da sua cultura, religi)o, raça ou seo, qualquer Maçon, desde que

ten3a sido niciado numa Lo8a usta e 2er9eita, integrando, de sua livre vontade, a grande

&adeia de ni)o da Maçonaria niversal1

1 Milton 5eieira