A Mãe Natureza (Luiz Guilherme Marques)
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A ME NATUREZA
um annimo
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Dedicatria: Amanda, pela sua generosidade
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NDICE
Esclarecimento sobre o desenho da capa
Introduo
1 A Natureza segundo Montaigne
2 A formao da Terra
3 Gaia
4 A Me Terra, do Xamanismo
5 O Criador: Pai ou Me?
6 Os Espritos influentes na Natureza
6.1 Espritos cientistas
6.1.1 Cientistas terrestres
6.1.2 Cientistas extraterrestres
6.2 - Elementais
7 Os quatro elementos
7.1 Terra
7.1.1 A experincia de Chico Xavier
7.2 gua
7.2.1 Correntes martimas
7.2.2 Chuva
7.2.3 Os cursos dgua
7.2.4 - Banho
7.3 Ar
7.3.1 Correntes areas
7.4 Fogo
7.4.1 A Lei de Destruio
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8 Tudo sexo
8.1 O masculino
8.2 O feminino
8.3 A interdependncia entre o masculino e o feminino
8.4 Tudo me permitido, mas nem tudo me convm
8.5 As trocas energticas: tudo vida
8.6 Dominantes e dominados
9 A integrao do ser humano na Natureza: Sou um com tudo e todos
9.1 A moratria de Argos
9.2 Uma cura com elementos retirados da Natureza
10 As Leis da Natureza
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ESCLARECIMENTO SOBRE O DESENHO DA CAPA
O desenho pretende mostrar a Natureza no como os
olhos de carne a veem, mas sim pelo seu aspecto espiritual,
vendo-se um cu muito azul, que, na verdade apresenta-se
dessa cor apenas para os olhos dos encarnados, mas que
totalmente diferente pela viso dos Espritos Superiores
desencarnados; no centro desse cu o Sol irradia sua energia
fecundante, que nada tem de material, sendo desconhecida
pela Cincia materialista, reducionista: o formato da
irradiao diferente da simples luminosidade concentrada
num foco que os olhos materiais no suportam; v-se uma
quantidade enorme de gua, onde aparecem algumas ilhas;
retratada uma faixa de terra firme; os seres que atualmente
habitam a terra firme, segundo Andr Luiz, migraram dos
oceanos, sendo que a salinidade do seu sangue assim faz crer.
Esto ali representados os quatro elementos: terra, gua, ar e fogo, que analisaremos adiante.
Quanto aos seres humanos encarnados precisam
conhecer toda a realidade espiritual que os cerca, dentre as
quais as chamadas foras da Natureza, a fim de evoluir, harmonizados com elas, rumo a um padro de conhecimento e
conduta melhor do que o que tem, no seu geral, adotado at o
presente momento, a fim da Terra ingressar na categoria de
mundo de regenerao.
Viver em desarmonia com a Natureza estar quase
sempre infeliz, inclinado s doenas de vrios tipos, mesmo
quando j se pratica a auto reforma moral, porque conhecer
as Leis da Natureza o primeiro passo para interagir com os seres infra humanos, o que se faz absolutamente necessrio,
no bastando apenas o relacionamento humano: entendamos
isso pelos exemplos que os prezados leitores vero, por
exemplo, de Chico Xavier.
No consideramos a Natureza composta apenas pelos
seres que transitam pelos Reinos inferiores, mas inclumos
tambm os seres humanos, pois, em caso contrrio,
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estaramos pregando um absurdo, qual seja, a considerao
pelos animais, vegetais e minerais e a desarmonia com os
demais seres humanos.
Infelizmente, h criaturas que preferem a convivncia
com os bichos e as plantas, mas alimentam averso aos seus
irmos e irms em humanidade, o que gera a infelicidade,
certamente.
Consideremos, portanto, dentro do conceito de Me Natureza tudo que foi criado por Deus.
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INTRODUO
Este livro este sendo escrito principalmente para os
espritas, pois, apesar de contarem com informaes sobre a
Natureza, algumas concentradas em livros como Evoluo em Dois Mundos e Mecanismos da Mediunidade, de Andr Luiz, psicografados por Francisco Cndido Xavier, alm de
A Gnese, de Allan Kardec, a maioria costuma se esquecer de um tema que algumas civilizaes muito antigas j vinham
abordando, mesmo que com os prejuzos para a boa
compreenso, representados pelos muitos simbolismos e pela
falta de clareza nas informaes, e que se pode chamar de
Me Natureza, ou, simplesmente, a Criao, ou mesmo, a Natureza.
Por que Me? Deus Pai ou Me? A Natureza um ser
vivo ou apenas matria inerte, que pode ser manipulada ao
bel prazer dos seres humanos, principalmente os encarnados
materialistas, egostas e financistas caa de lucros nos seus
empreendimentos? Por que tm ocorrido hecatombes e
desastres naturais de vrios tipos nos ltimos tempos, em que
a Natureza est sendo depredada? Existem realmente
Espritos encarregados dos fenmenos da Natureza? Esses
Espritos so superiores ou primitivos?
Esses e outros temas semelhantes sero tratados, a fim
de chamar a ateno dos espritas, cuja ndole normalmente
ocidentalista, normalmente inclinados ao racionalismo
cartesiano, europeu, ou seja, integrantes da raa branca,
priorizadores do hemisfrio esquerdo do crebro, ao contrrio
dos amarelos, negros e vermelhos, que contribuem, sobretudo,
com revelaes por meio do uso prioritrio do hemisfrio
direito da mquina viva que o crebro.
Comearemos com todas as referncias constantes dos
livros Reflexes de Montaigne para a Vida Diria volumes I, II e III, expresso Natureza, que se constituem em frases do filsofo quando ainda encarnado e os comentrios intuitos
ao mdium na poca da elaborao desses livros (ao final
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apresentado um comentrio final desse tpico); em seguida,
transcrevemos o trecho do livro A Caminho da Luz, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cndido Xavier, na
parte em que narra sobre a formao do planeta Terra por
Jesus, seu Divino Governador, e Sua equipe de cientistas
especializados (ao final tambm expomos um breve
comentrio); depois, apontamos, mediante transcrio, o que
a mitologia grega contava sobre Gaia; e, mais adiante, como o
Xamanismo trata do assunto. Seguem-se tambm outros
temas correlatos.
Pedimos a bno de Deus, nosso Pai de Amor e
Sabedoria, e de Jesus, Sol das nossas vidas, para que este
estudo seja salutar para a nossa prpria evoluo, bem como
a dos prezados leitores.
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1 A NATUREZA SEGUNDO MONTAIGNE
(esttua representando Scrates, em quem Montaigne se
baseava)
O Esprito Montaigne, querendo continuar contribuindo
para o progresso da humanidade terrena, resolveu aproveitar
determinadas reflexes constantes do seu livro Ensaios, escrito quando ainda encarnado (1553 1592), e, atravs de um mdium, selecionou-as e induziu-o a comentar tais trechos
luz da Doutrina Esprita. Assim, surgiram os trs volumes
de Reflexes de Montaigne para a Vida Diria, disponveis em formato de livro, editado pela Editora AMCGuedes, que
foram distribudos gratuitamente, principalmente em Juiz de
Fora MG, e na Internet (disponveis para download no blog luizguilhermemarques.com.br e no valioso portal da
Biblioteca Virtual Esprita).
Desses livros extramos tudo que se refere Natureza:
trata-se de uma viso limitada em termos de realidade
espiritual, mas bem pode servir como se fosse um introito ao
tema deste livro, o qual abordar a questo de forma mais
espiritual.
Quanto aos excertos, esto numerados apenas para
facilitar sua consulta:
1 - A MORTE COMO FONTE DE TRANSFORMAO
Tudo nos leva a crer que a morte no o fim ltimo. A prpria natureza nos fornece exemplos de misteriosas
relaes entre o que no mais existe e o que vive ainda. (p. 111 do vol. I)
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A morte ainda tratada como acontecimento temvel,
principalmente porque as religies tradicionais assim tm
procurado inculcar na mente das pessoas.
Montaigne no avanou muito no esclarecimento desse
tema, mas instigou as pessoas a estudarem melhor o assunto.
Para quem acredita que existe vida aps o decesso fsico
fica a certeza de que a transio no o fim, mas apenas o
incio de uma nova realidade, cabendo aqui um comentrio
sobre a crena na reencarnao, segundo a qual se alternam
periodicamente as vivncias no mundo espiritual e no mundo
material, visando a evoluo infinita dos seres, rumo a Deus.
Para aqueles que acham que no h vida depois da morte
fica a ideia de que o enfraquecimento do corpo chega a um
ponto tal que no se sustenta mais a vida fsica por uma
decorrncia fatal da Lei da Natureza.
O objetivo deste estudo no convencer os Prezados
Leitores da sobrevivncia da alma, mas sim procurar ajud-los
a viver bem enquanto esto neste mundo material, o que j
representa uma grande coisa.
Quanto a Montaigne, acreditava na vida aps a morte,
coisa em que tambm este comentarista tem como certa, sendo,
por isso, a morte encarada como mera transio no-dolorosa
entre duas realidades.
2 - A ESSNCIA DA FILOSOFIA
Mas o ofcio da filosofia serenar as tempestades da
alma e ensinar a rir da fome e da febre, no mediante um
epiciclo imaginrio qualquer, mas por meio de razes
naturais e slidas. Tem por fim a virtude, a qual no est,
como quer a Escolstica, colocada no cimo de algum
monte alcantilado, abrupto e inacessvel. Os que dela se
aproximaram afirmam-na ao contrrio, alojada em bela
plancie, frtil e florida, de onde se descortinam todas as
coisas. Pode-se ir at l em se conhecendo o local, por
caminhos ensombrados, cobertos de relva e suavemente
floridos, sem esforo e por uma subida fcil e lisa como a
da abbada celeste. Por no terem frequentado essa
virtude suprema, bela, triunfante, amorosa, to deliciosa
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quanto corajosa, inimiga declarada e inconcilivel do
mau humor, do desprazer, do temor e do
constrangimento, e que tem por guia a natureza e por
companheiros a felicidade e a volpia, foi por no a
frequentarem que, na sua ignorncia a julgaram tola,
triste, disputadora, aborrecida, ameaadora e a
colocaram sobre um rochedo afastado, dentro do mato, a
fim de espantar as gentes como um fantasma. (p. 226 do vol. I)
A arrogncia de muitos pseudofilsofos fez com que as
pessoas em geral tomassem verdadeira birra da expresso
Filosofia.
Na verdade, filosofar era natural em pessoas como
Montaigne, Francisco de Assis, Gandhi, Madre Teresa de
Calcut etc. porque amam a humanidade.
Os filsofos negativistas representam verdadeiras
anomalias nessa rea do Conhecimento que deve conduzir a
Deus e Felicidade.
H filsofos que mais parecem matemticos do que
estudiosos da cincia de viver bem, mas esses so interessantes apenas para quem gosta de raciocinar por
diletantismo e sem contribuio alguma para a melhoria da
qualidade de vida.
3 AUTO SUSTENTAO A natureza cuida igualmente de todas as criaturas. No
h nenhuma que ela no tenha abundantemente provido
de meios necessrios sua conservao. (p. 189 do vol. II)
Se todos os seres inferiores detm meios de sobrevivncia,
quanto mais os seres humanos!
O que falta, muitas vezes, em algumas pessoas a vontade
firme de aperfeioar-se e insistir no trabalho.
Quem se esfora e tem persistncia sempre progride.
4 - EVOLUO INFINITA
O tempo muda a face do mundo; uma ordem de coisas substitui outra, necessariamente. Nada estvel, tudo se
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transforma e a natureza est em contnua metamorfose. (p. 311 do vol. II)
A frase de Lucrcio e Montaigne a aproveitou como
reforo para reconhecer que tudo est sujeito s mudanas
permanentes.
Na verdade, essas mudanas ocorrem no sentido da
evoluo, ou seja, aperfeioamento, mesmo quando parea o
contrrio.
Por isso, o otimismo no representa entusiasmo ingnuo,
mas simplesmente o resultado do conhecimento da Lei Divina,
que rege o universo e todos os seres que o compem, inclusive
os seres humanos.
Nenhuma obra mais esclarecedora nesse sentido do que
a produo filosfico-cientfica de Pietro Ubaldi,
principalmente a Grande Sntese, que ilumina as inteligncias
abertas para a Verdade, aquelas que procuram o Conhecimento
reverentes a Deus.
A evoluo uma das principais Leis da Criao Divina, a
qual se processa, todavia, no exatamente conforme a ideologia
um tanto pessimista de Charles Darwin, que enxergou a
competio, o dio, como sua mola-mestra, mas sim pela colaborao, detectada por Jean-Baptiste Lamarck, que se traduz no Amor.
As afirmaes da obra ubaldiana vo sendo cada vez mais
comprovadas pelas inteligncias libertas dos preconceitos e
sobretudo da vaidade.
Tinha razo Montaigne ao afirmar que somente a
Revelao Divina nos faz chegar Verdade, mas, para tanto, a
humildade pr-requisito indispensvel.
5 - S DEUS IMUTVEL
...s Deus , no segundo uma medida qualquer do tempo, mas segundo a eternidade imutvel e fixa, que no
funo do tempo e no est sujeita a variaes. Nada O
precedeu, nada se Lhe seguir, e nada mais novo ou
recente; Ele realmente, agora e sempre, o que para Ele
so a mesma coisa. Nada a no ser Ele existe
verdadeiramente, de que se possa dizer foi e ser,
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porquanto Ele no teve comeo e no ter fim. (pp. 311/312 do vol. II)
A crena em Deus natural no ser humano, tendo apenas
evoludo da ideia de um deus para cada fenmeno da Natureza
ou situao especfica da vida para um Deus nico, Criador de
tudo que existe.
antinatural o atesmo, fruto do orgulho desmedido de
alguns homens e mulheres, que se rebelam ideia da
humildade.
Como no pode haver efeito sem causa, se o Universo
regido de forma inteligente, no pode ter sido obra do acaso.
A observao atenta e sem preconceitos do Universo e da
prpria realidade humana, dentro do contexto em que se
desenvolve, mostra que sem a ideia de Deus nada faz sentido.
J passou o tempo em que a afirmao da existncia de
Deus ficava nos domnios da Filosofia e da Religio, pois a
prpria Cincia, principalmente atravs da Fsica, vem
demonstrar que a perfeio do funcionamento do Universo se
deve a uma Causa Perfeita.
6 - O DEVER DE ENSINAR
A natureza gratificou-nos generosamente com a faculdade de nos isolarmos para refletir; convida-nos no
raro a faz-lo para nos ensinar que temos obrigaes
para com a sociedade e principalmente para com ns
mesmos. A fim de forar nossa imaginao a pr ordem
no prprio devaneio e conduzi-la na direo de dados
objetos, impedindo-a de se perder em extravagncias,
nada melhor do que desenvolver as ideias ocasionais. o
que faz que d ateno s minhas, pois impus a mim
mesmo consign-las em meus escritos. Quantas vezes,
aborrecido por no ter podido criticar abertamente tal ou
qual ao, por civilidade ou prudncia, eu o fiz nestes
ensaios com a esperana de contribuir para a edificao
de algum! (p. 359 do vol. II)
H quem tenha o dom de escrever, outros so oradores,
outros bons conversadores e assim por diante.
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De qualquer forma, cada um pode assumir o dever moral
de contribuir para a melhoria da sociedade transmitindo-lhe
suas reflexes, seus conhecimentos e experincia.
Salvo casos especiais, hoje em dia s vive isolado quem se
recusa terminantemente em interagir com as demais pessoas.
O nmero de agremiaes de vrios tipos, entidades
associativas, filantrpicas, polticas, classistas, religiosas etc.
muito elevado e espalha-se por todas as localidades, inclusive as
mais distantes e pobres.
Cada um deve integrar-se em pelo menos algumas dessas
entidades e a dar sua contribuio, inclusive ensinando o que
sabe.
Esse um dos grandes projetos de vida, preconizado por
Montaigne atravs da sua pena engenhosa e idealista.
7 - TUDO TEM UMA RAZO DE SER
Como quer que encaremos este nosso mundo, vemo-lo cheio de imperfeies; nada intil na natureza, nem
mesmo as inutilidades. Nada existe que no tenha sua
aplicao. (p. 131 do vol. III) As imperfeies que existem se devem prpria condio
humana, uma vez que a Natureza perfeita no seu
funcionamento, onde cada pea tem uma utilidade determinada
e imprescindvel no conjunto. O equilbrio ecolgico depende de
todos os seres, dos mais evoludos e dos menos evoludos dentre
as espcies. At dos seres inanimados, que compem o conjunto
e so essenciais para a vida.
As aparentes inutilidades tm tambm uma finalidade
maior, que, nem sempre, conseguimos entender, justamente
pela nossa viso limitada do conjunto, pelo relativo e reduzido
conhecimento que temos das Leis que regem a Natureza.
Tudo contribui para a harmonia universal.
Jean-Baptiste Lamarck, o famoso naturalista francs,
afirmava que vigora na Natureza o sistema da cooperao e enquanto que o da competio foi preconizado por Charles Darwin. Todavia, at a competio tem sua utilidade, somente
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sendo de lamentar-se que seja desenfreada e desumana, a qual,
muitas vezes, aparece nos ambientes humanos, quando se
esquece a caridade e priorizam-se a fora e a astcia.
No h razo para a luta de classes, a disputa acirrada
entre pessoas por situaes de privilgios, o distanciamento dos
indivduos e a desconsiderao pelos seres inferiores da
Natureza, pois uns necessitam dos outros, perptua e
inexoravelmente.
8 - A SABEDORIA DE SCRATES
Perguntai a Alexandre o que sabe fazer. Dir: subjugar o mundo. Indagai o mesmo de Scrates e responder:
viver a vida humana de acordo com as condies
estabelecidas pela natureza. Cincia bem mais vasta, mas
pesada e mais digna. (p. 146 do vol. III) O progresso simplesmente material levou a humanidade
ao vazio existencial, gerando problemas como o medo, a solido,
a ansiedade e a rotina.
As pessoas se desenvolveram intelectualmente, passando a
ter mais tempo para refletir, mas o interior da maioria est
despreparado para o exerccio do autoconhecimento. Assim,
muitos sentem os efeitos da depresso, produto da
inconsistncia interior, que acabar por faz-los partir para o
autoconhecimento.
Quando se diz que devemos viver de acordo com as
condies estabelecidas pela natureza deve-se entender a natureza humana, para tanto sendo necessrio o autoconhecimento, que sinaliza para o auto aprimoramento
intelecto-moral.
Sem esse investimento, a vida fica sem sentido, pois
simplesmente possuir bens materiais gera o desencanto e no
possu-los produz a revolta.
O caminho o autoconhecimento.
9 - OS PRAZERES
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A filosofia no se ope aos prazeres naturais, conquanto no se abuse deles. Recomenda a moderao e no a
fuga. E seus esforos visam desviar-nos dos que no so
naturais ou que, embora vindos da natureza, se
deturpam. Diz que o esprito no deve intervir com o fim
de aumentar nossas necessidades fsicas, adverte-nos com
razo da inconvenincia de excitar nossa fome com
excessos, aconselha-nos a no nos empanturrarmos em
lugar de nos alimentarmos, bem como a evitarmos tudo o
que desperte nossos apetites. No que concerne ao amor,
convida-nos a somente satisfazermos as solicitaes da
carne, sem que a alma se perturbe, porque a coisa no
lhe diz respeito e lhe cumpre apenas assistir o corpo.
Creio, portanto, estar certo quando observo que esses
preceitos (que considero entretanto algo excessivos)
visam um corpo em estado de desempenhar seu papel.
Quanto a um corpo debilitado, parece-me intil tentar
aquec-lo e anim-lo mediante processos artificiais, ou
recorrendo imaginao a fim de lhe devolver o apetite e
a alegria que j no possui. (pp. 205/206 do vol. III) Montaigne imaginou duas situaes diferentes: aqueles
que tinham ainda uma disposio, digamos, juvenil e aqueles
outros que viviam um estgio de maiores limitaes fsicas.
No primeiro caso, aconselhava a moderao; no segundo,
a serenidade.
Hoje em dia, muito mais do que naquela poca, muita
gente procura retardar o envelhecimento e alguns at o
rejuvenescimento.
muito justo recorrer-se aos meios que propiciam a
longevidade, todavia h recursos que nenhum efeito colateral
produzem e outros que realmente prejudicam a sade.
Um grande problema atual so as cirurgias plsticas que
visam apenas satisfazer a vaidade doentia, tratamentos
agressivos para manter viva a sexualidade, anabolizantes e
outras formas de forar o organismo a situaes antinaturais.
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10 - VIAJAR ADQUIRIR CULTURA
... viajar afigura-se-me um exerccio proveitoso, pois o esprito vive ento continuamente solicitado a observar
coisas novas e desconhecidas; e, como digo amide, no
sei de melhor escola do que essa que lhe mostra a grande
diversidade da existncia, ideias e usos entre os homens,
bem como a contnua variedade de formas da natureza. (p. 259 do vol. III)
Em cada localidade que visitamos vemos pessoas com
costumes diferentes, estilos de vida que sequer imaginamos e
aprendemos a respeitar a diversidade.
Bairrismo uma verso do facciosismo, que sempre
acarreta desunio e demonstra um egosmo condenvel.
Devemos abrir a mente e o corao para as coletividades
que no sejam a nossa, assim como ensinava Scrates, que se
dizia cidado do mundo.
11 - ESTENDER A ALEGRIA
Estendamos a alegria e restrinjamos a tristeza. (p. 263 do vol. III)
Propagar a alegria transforma o panorama interior das
pessoas e muda para melhor a paisagem exterior do mundo.
A tristeza uma doena que corri a alma das pessoas
pessimistas, as quais no valorizam, como deveriam, a luz do
Sol, o ar, a Natureza em geral, o benefcio da sade, a amizade,
o lar, os amigos e todas as benesses que felicitam nossa vida.
Cabe, porm, a cada um contribuir para o prprio bem e o
bem geral para merecer gozar a bno da alegria de viver.
12 - O EXEMPLO DE SCRATES
Os discursos de Scrates, cuja forma e sentido nos foram transmitidos por seus discpulos, s tm a nossa
aprovao em consequncia do respeito que devotamos
opinio pblica. Se um homem desse porte nascesse
agora, muito poucos o louvariam. S apreciamos as
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graas picantes e artificiais; as que se escondem sob a
simplicidade e a sinceridade no as percebe nossa viso
grosseira. (p. 301 do vol. III) Scrates no tinha inteno alguma de complicar o que
simples. Ensinava que a fonte do Conhecimento est na
Natureza, criao de Deus, cujas Leis devem ser observadas.
Sua personalidade luminosa no estava sujeita fora
rebaixante do orgulho, do egosmo ou da vaidade, que amarram
o ser humano ao primitivismo e limitam seu desenvolvimento
interior.
Por isso, poucos estavam preparados para seguirem sua
proposta do autoconhecimento, que s inferior de Jesus, que
lhe foi alm.
Infelizmente, seus prprios discpulos mais eminentes
estavam muito abaixo dele, pois influenciados ainda por algum
dos trs defeitos morais.
O que eles repassaram posteridade da ideologia do
mestre deve ser uma plida informao, prejudicada inclusive
pelas dificuldades lingusticas e tradues, chegando at ns de
forma insatisfatria.
Scrates, como Jesus, no se preocupou em escrever, mas
sim em marcar a fogo as almas que lhe cruzaram o caminho.
13 - SCRATES
Scrates exprimia-se de um modo natural e simples; assim fala um campnio, assim fala uma mulher. Refere-
se continuamente a cocheiros, carpinteiros, sapateiros,
pedreiros; suas indues e suas analogias so tiradas das
aes mais vulgares do homem; todos entendem o que ele
diz. Sob to pobre roupagem no teramos jamais
compreendido a nobreza e o esplendor de suas admirveis
concepes, pois julgamos mesquinhas as que a erudio
no reala e s percebemos a riqueza pelo aparato. Nosso
mundo feito de ostentao; os homens incham-se de
vento e andam aos saltos como os bales. Scrates no
procura fazer que prevaleam ideias quimricas, seu
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objetivo prover-nos de fatos e preceitos de imediata
aplicao na vida: controlar suas aes, observar a lei do dever, obedecer natureza. Sempre foi igual e fiel a si mesmo; e no se ergueu por impulsos at perfeio,
mas pelo seu carter. Ou melhor, no se elevou e sim
abaixou o homem para aproxim-lo de sua origem, da
natureza, a que subordinou as aspiraes, as desiluses e
as dificuldades da vida. (p. 302 do vol. III) As trs metas expostas acima representam o esforo de
uma vida inteira: controlar suas aes, observar a lei do dever, obedecer natureza. Infelizmente, a maioria dos filsofos tem pecado pela falta de humildade, pela falta de reverncia a Deus
e, com isso, perdem o fio da meada, que conduz ao conhecimento da Verdade.
Os orgulhosos, os egostas e os vaidosos no tm a
conexo necessria para receber a Inspirao Divina, que
Montaigne apresenta como nica forma da pobre razo
humana superar seus estreitos limites.
Scrates s inteligvel para quem j trilha o caminho da
humildade e da procura sincera pelo auto aperfeioamento
moral.
14 - CINCIA SEM AMOR
No precisamos de muita cincia para vivermos satisfeitos, e Scrates nos ensina que aquilo de que
necessitamos trazemo-lo em ns mesmos; e oferece-nos o
mtodo de explor-lo e aproveit-lo. Toda cincia, fora da
que nos vem da natureza, v e suprflua; e podemos
considerar-nos felizes se no nos pesa e embaraa mais
do que nos serve: No preciso saber muito para ser sbio. (p. 303 do vol. III)
A inteligncia sem o correspondente Amor no muda a
essncia da sociedade nem das pessoas individualmente: apenas
as torna mais arrogantes.
Toda cincia s realmente til se melhora o ser humano
no trato consigo prprio e com seu semelhante.
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Atulhar os crebros com informaes que no mudam a
essncia humana o que as escolas e os lares tm procurado
fazer atualmente. O resultado so muitos transtornos
psicolgicos: pessoas imaturas moralmente passam a no saber
o que fazer com tanta bagagem cultural, tombando na
depresso ou nos despautrios, quando no na criminalidade.
15 - A MORTE
Por que haveria a natureza de inspirar-nos horror morte, se de to grande utilidade esta na sucesso das
vicissitudes de suas obras? No concerto universal, a
morte antes favorece o nascimento e o crescimento das
criaturas do que sua perda e runa: Assim se renovam as coisas. (p. 315 do vol. III)
A nica expectativa infalvel na vida de cada um a morte.
Todavia, por desinformao, muitos so levados a tem-la
como sendo o fim da vida, quando, na verdade, as prprias
religies ensinam que se trata apenas da perda do corpo fsico,
continuando viva a alma no mundo espiritual. No existe uma
religio sequer que pregue o contrrio. Alis, a crena na
imortalidade da alma instintiva mesmo nos povos primitivos
do nvel pr-histrico.
A f deficiente, oscilante, pouco consistente, que
proporciona campo para a dvida quanto continuidade da
vida aps a morte.
Para os que no acreditam na reencarnao a vida aps a
morte continuaria perpetuamente no plano espiritual, variando
quanto a alguns detalhes. Para os que creem na reencarnao,
as almas viveriam alternadamente como encarnadas e
desencarnadas, evoluindo intelecto-moralmente rumo
Perfeio Relativa.
16 - A MESTRA NATUREZA
... adotei o preceito antigo de que sempre acertaremos seguindo a natureza, e entendo que submeter-se a ela
regra soberana. (p. 318 do vol. III)
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Scrates pregava a observao da Natureza, seguindo-se
seus referenciais.
A Natureza representa a Criao Divina, que,
naturalmente, se rege por Leis Perfeitas e Benvolas.
Contrari-la s traz maus resultados, provenientes dos
vcios e do desrespeito Ecologia.
Os homens e mulheres da nossa poca, confiantes demais
na prpria inteligncia e poder criador, tm violado as regras da
Natureza, incidindo nos piores resultados, como sejam certas
doenas orgnicas degenerativas e mentais.
preciso refletir sobre o assunto e procurar viver
sabiamente.
Jean-Baptiste Lamarck afirmava que a Natureza funciona
em regime de colaborao, enquanto que Charles Darwin,
posteriormente, enfatizou a competio.
Cada um opta por uma ou outra corrente, colhendo para si
mesmo os frutos da prpria escolha, vivendo feliz e
solidariamente ou estando sempre em p de guerra.
Quer se adote uma corrente, quer outra, no se deve temer
a passagem para o mundo espiritual, pois a vida continua
sempre e nunca se extingue.
Somos espritos e no corpos e existiremos por toda a
eternidade.
17 - AS LEIS
A natureza cria sempre leis melhores do que as nossas. (p. 322 do vol. III)
Montaigne, que exerceu o cargo de juiz durante muitos
anos e terminou por exonerar-se espontaneamente, desenvolveu
uma opinio desfavorvel em relao s leis do seu pas, no que
tinha razo, pois estavam, na sua maioria, aqum do ideal da
verdadeira justia.
Adepto por inteiro das ideias filosficas de Scrates, o qual
colocava a Natureza como paradigma para a vida humana,
entendia que nunca seriam realmente boas as leis humanas que
contradissessem aquela, no que tambm estava certo.
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As leis humanas, infelizmente at hoje, dificultam a
concretizao da Igualdade, no incrementam a Fraternidade e
costumam fazem da Liberdade mera palavra sem sentido.
Considerando-se-a sob a aspecto macroscpico, observa-se
que na Natureza vigora a cooperao (conforme identificou Jean-Baptiste Lamarck) e no a competio (tese defendida por Charles Darwin). Nesse contexto os seres atuam de forma
programada e todos vivem da melhor forma possvel para a
funo que cada um ali desempenha.
Especificamente no Reino Animal, os instintos levam os
seres a interagir com utilidade geral, observando-se que at as
agresses entre as espcies, que chocam nossa sensibilidade, se
limitam ao indispensvel sobrevivncia.
Somente nas coletividades humanas ocorrem excessos, por conta dos defeitos morais, representados pelo orgulho,
egosmo e vaidade, que nos impulsionam colocar os interesses
pessoais em desacordo com os interesses da coletividade. Nossa
inteligncia ainda no conseguiu auto impor-se uma tica
Superior, segundo a qual cada ser deve autolimitar-se para no
lesar os direitos alheios.
Caminhamos para um futuro onde tal acontecer, tendo
como paradigma a mxima do amor ao prximo como a si mesmo.
As Leis da Natureza so adequadas ao nvel de
aperfeioamento das espcies: para os humanos a referncia
aquela referncia do Cristo.
Sem uma compreenso clara nesse sentido, estaremos
vivendo em permanente conflito com os demais membros da
coletividade e com a prpria conscincia.
18 - OS PRAZERES SAUDVEIS E OS NOCIVOS
... to absurdo repelir os prazeres que a natureza nos oferece como se apegar demasiado a eles. (p. 352 do vol. III)
-
23
importante distinguir os prazeres que a Natureza nos
oferece, que so saudveis, daqueles criados pelas pessoas cujo
padro tico-moral deixa muito a desejar.
O bom senso que vai ajudar a distinguir uns dos outros.
19 - A NATUREZA COMO MODELO
A grandeza dalma consiste menos em se elevar e avanar do que em ordenar e se circunscrever. Grande
tudo o que suficiente; e h mais elevao em amar as
coisas comuns do que as eminentes. Nada to legtimo e
belo como desempenhar o papel de homem em todos os
seus aspectos. No h cincia mais rdua do que a de
saber viver naturalmente... (p. 355 do vol. III) A mais importante obra que algum pode realizar
aprender a viver de acordo com a Natureza, ou seja, as Leis de
Deus.
No importam os detalhes exteriores: o importante que o
ser humano se adeque a esse modelo.
Invenes, tecnologia, conforto, construes, leis, polticas
governamentais, economia tudo til se obedece s Leis Divinas e prejudicial se est em descompasso com elas.
20 - OS PRAZERES DO CORPO E OS DO ESPRITO
Scrates, mestre desses sbios e nosso, no diz o mesmo. Aceita, como deve, o prazer fsico; mas prefere o do
esprito, que julga mais rico, forte, variado e digno. Este
ltimo porm no deve isolar-se Scrates no um sonhador mas to-somente controlar o outro; deve atentar para a moderao e no apresentar-se como
adversrio. A natureza um guia amvel, mas no qual a
prudncia e a justia superam a doura: preciso penetrar a natureza das coisas e ver exatamente o que ela
exige. (p. 357 do vol. III) O bom senso e o nvel tico-moral de cada um que
mostram o espao que cada prazer deve ter na nossa vida.
-
24
Alguns se sentem bem com as sensaes mais primitivas,
enquanto que outros se extasiam com a sensibilidade espiritual
mais pura. Entre esses dois extremos se coloca a humanidade,
com a liberdade que cada um tem de escolher seus caminhos.
Porm, se a sementeira livre a colheita obrigatria.
COMENTRIO: Michel de Montaigne era um discpulo
tardio de Scrates e, por isso, os leitores podero ver sempre
referncias forma socrtica de pensar. Para o grande mestre
da Filosofia, que foi Scrates, tudo que o ser humano
consegue fazer de melhor seguir o grande modelo que a
Natureza.
Realmente, a Natureza funciona conforme as Leis de
Deus, pois, tirante os seres humanos, que conseguem
contrari-la, por conta do seu livre arbtrio, os demais, ou
sejam, os que ainda no chegaram a essa fase evolutiva,
seguem-na risca e, portanto, nunca erram.
Em O Livro dos Espritos, no tpico intitulado As Leis Morais, encontram elencadas as Leis da Natureza no s humana, mas tambm aplicveis a toda a Criao.
Como essas Leis interessam ao nosso estudo,
transcrevemos o livro intitulado As Leis Morais em item especfico, logo adiante.
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25
2 A FORMAO DA TERRA
Nenhuma obra esprita esclarece melhor este tema do
que A Caminho da Luz, de Emmanuel, psicografada por Francisco Cndido Xavier:
I
A Gnese planetria
A COMUNIDADE DOS ESPRITOS PUROS
Rezam as tradies do mundo espiritual que na direo
de todos os fenmenos, do nosso sistema, existe uma
Comunidade de Espritos Puros e Eleitos pelo Senhor
Supremo do Universo, em cujas mos se conservam as
rdeas diretoras da vida de todas as coletividades
planetrias.
Essa Comunidade de seres anglicos e perfeitos, da qual
Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado
saber, apenas j se reuniu, nas proximidades da Terra,
para a soluo de problemas decisivos da organizao e
da direo do nosso planeta, por duas vezes no curso dos
milnios conhecidos.
A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se
desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lanassem,
no Tempo e no Espao, as balizas do nosso sistema
cosmognico e os prdromos da vida na matria em
ignio, do planeta, e a segunda, quando se decidia a
vinda do Senhor face da Terra, trazendo famlia
humana a lio imortal do seu Evangelho de amor e
redeno.
A CINCIA DE TODOS OS TEMPOS
-
26
No nosso propsito trazer considerao dos
estudiosos uma nova teoria da formao do mundo. A
Cincia de todos os sculos est cheia de apstolos e
missionrios. Todos eles foram inspirados ao seu tempo,
refletindo a claridade das Alturas, que as experincias do
Infinito lhes imprimiram na memria espiritual, e
exteriorizando os defeitos e concepes da poca em que
viveram, na feio humana de sua personalidade.
Na sua condio de operrios do progresso universal,
foram portadores de revelaes gradativas, no domnio
dos conhecimentos superiores da Humanidade.
Inspirados de Deus nos penosos esforos da verdadeira
civilizao, as suas ideias e trabalhos merecem o respeito
de todas as geraes da Terra, ainda que as novas
expresses evolutivas do plano cultural das sociedades
mundanas tenham sido obrigadas a proscrever as suas
teorias e antigas frmulas.
Lembrando-nos, porm, mais detidamente, de quantos
souberam receber a intuio da realidade nas
perquiries do Infinito, busquemos recordar o globo
terrqueo nos seus primeiros dias.
OS PRIMEIROS TEMPOS DO ORBE TERRESTRE
Que fora sobre-humana pde manter o equilbrio da
nebulosa terrestre, destacada do ncleo central do
sistema, conferindo-lhe um conjunto de leis matemticas,
dentro das quais se iam manifestar todos os fenmenos
inteligentes e harmnicos de sua vida, por milnios de
milnios? Distando do Sol cerca de 149.600.000
quilmetros e deslocando-se no espao com a velocidade
diria de 2.500.000 quilmetros, em torno do grande
astro do dia, imaginemos a sua composio nos primeiros
tempos de existncia, como planeta.
Laboratrio de matrias ignescentes, o conflito das foras
telricas e das energias fsico-qumicas opera as
grandiosas construes do teatro da vida, no imenso
cadinho onde a temperatura se eleva, por vezes, a 2.000
graus de calor, como se a matria colocada num forno,
incandescente, estivesse sendo submetida aos mais
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27
diversos ensaios, para examinar-se a sua qualidade e
possibilidades na edificao da nova escola dos seres. As
descargas eltricas, em propores jamais vistas da
Humanidade, despertam estranhas comoes no grande
organismo planetrio, cuja formao se processa nas
oficinas do Infinito.
A CRIAO DA LUA
Nessa computao de valores csmicos em que laboram
os operrios da espiritualidade sob a orientao
misericordiosa do Cristo, delibera-se a formao do
satlite terrestre.
O programa de trabalhos a realizar-se no mundo requeria
o concurso da Lua, nos seus mais ntimos detalhes. Ela
seria a ncora do equilbrio terrestre nos movimentos de
translao que o globo efetuaria em torno da sede do
sistema; o manancial de foras ordenadoras da
estabilidade planetria e, sobretudo, o orbe nascente
necessitaria da sua luz polarizada, cujo suave
magnetismo atuaria decisivamente no drama infinito da
criao e da reproduo de todas as espcies, nos
variados remos da Natureza.
A SOLIDIFICAO DA MATRIA
Na grande oficina surge, ento, a diferenciao da
matria pondervel, dando origem ao hidrognio.
As vastides atmosfricas so amplo repositrio de
energias eltricas e de vapores que trabalham as
substncias torturadas no orbe terrestre. O frio dos
espaos atua, porm, sobre esse laboratrio de energias
incandescentes e a condensao dos metais verifica-se
com a leve formao da crosta solidificada.
o primeiro descanso das tumultuosas comoes
geolgicas do globo. Formam-se os primitivos oceanos,
onde a gua tpida sofre presso difcil de descrever-se. A
atmosfera est carregada de vapores aquosos e as
grandes tempestades varrem, em todas as direes, a
superfcie do planeta, mas sobre a Terra o caos fica
dominado como por encanto. As paisagens aclaram-se,
-
28
fixando a luz solar que se projeta nesse novo teatro de
evoluo e vida.
As mos de Jesus haviam descansado, aps o longo
perodo de confuso dos elementos fsicos da organizao
planetria.
O DIVINO ESCULTOR
Sim, Ele havia vencido todos os pavores das energias
desencadeadas; com as suas legies de trabalhadores
divinos, lanou o escopro da sua misericrdia sobre o
bloco de matria informe, que a Sabedoria do Pai
deslocara do Sol para as suas mos augustas e
compassivas. Operou a escultura geolgica do orbe
terreno, talhando a escola abenoada e grandiosa, na
qual o seu corao haveria de expandir-se em amor,
claridade e justia. Com os seus exrcitos de
trabalhadores devotados, estatuiu os regulamentos dos
fenmenos fsicos da Terra, organizando-lhes o equilbrio
futuro na base dos corpos simples de matria, cuja
unidade substancial os espectroscpios terrenos puderam
identificar por toda a parte no universo galxico.
Organizou o cenrio da vida, criando, sob as vistas de
Deus, o indispensvel existncia dos seres do porvir.
Fez a presso atmosfrica adequada ao homem,
antecipando-se ao seu nascimento no mundo, no curso
dos milnios; estabeleceu os grandes centros de fora da
ionosfera e da estratosfera, onde se harmonizam os
fenmenos eltricos da existncia planetria, e edificou
as usinas de ozone a 40 e 60 quilmetros de altitude, para
que filtrassem convenientemente os raios solares,
manipulando-lhes a composio precisa manuteno da
vida organizada no orbe. Definiu todas as linhas de
progresso da humanidade futura, engendrando a
harmonia de todas as foras fsicas que presidem ao ciclo
das atividades planetrias.
O VERBO NA CRIAO TERRESTRE
A cincia do mundo no lhe viu as mos augustas e
sbias na intimidade das energias que vitalizam o
organismo do Globo. Substituram-lhe a providncia com
-
29
a palavra "natureza", em todos os seus estudos e anlises
da existncia, mas o seu amor foi o Verbo da criao do
princpio, como e ser a coroa gloriosa dos seres
terrestres na imortalidade sem fim.
E quando serenaram os elementos do mundo nascente,
quando a luz do Sol beijava, em silncio, a beleza
melanclica dos continentes e dos mares primitivos, Jesus
reuniu nas Alturas os intrpretes divinos do seu
pensamento. Viu-se, ento, descer sobre a Terra, das
amplides dos espaos ilimitados, uma nuvem de foras
csmicas, que envolveu o imenso laboratrio planetrio
em repouso.
Da a algum tempo, na crosta solidificada do planeta,
como no fundo dos oceanos, podia-se observar a
existncia de um elemento viscoso que cobria toda a
Terra.
Estavam dados os primeiros passos no caminho da vida
organizada.
Com essa massa gelatinosa, nascia no orbe o protoplasma
e, com ele, lanara Jesus superfcie do mundo o germe
sagrado dos primeiros homens.
II
A vida organizada
AS CONSTRUES CELULARES
Sob a orientao misericordiosa e sbia do Cristo,
laboravam na Terra numerosas assembleias de operrios
espirituais.
Como a engenharia moderna, que constri um edifcio
prevendo os menores requisitos de sua finalidade, os
artistas da espiritualidade edificavam o mundo das
clulas iniciando, nos dias primevos, a construo das
formas organizadas e inteligentes dos sculos
porvindouros.
O ideal da beleza foi a sua preocupao dos primeiros
momentos, no que se referia s edificaes celulares das
origens.
-
30
por isso que, em todos os tempos, a beleza, junto
ordem, constituiu um dos traos indelveis de toda a
criao.
As formas de todos os remos da natureza terrestre foram
estudadas e previstas. Os fluidos da vida foram
manipulados de modo a se adaptarem s condies fsicas
do planeta, encenando-se as construes celulares
segundo as possibilidades do ambiente terrestre, tudo
obedecendo a um plano preestabelecido pela
misericordiosa sabedoria do Cristo, consideradas as leis
do princpio e do desenvolvimento geral.
OS PRIMEIROS HABITANTES DA TERRA
Dizamos que uma camada de matria gelatinosa
envolvera o orbe terreno em seus mais ntimos contornos.
Essa matria, amorfa e viscosa, era o celeiro sagrado das
sementes da vida. O protoplasma foi o embrio de todas
as organizaes do globo terrestre, e, se essa matria, sem
forma definida, cobria a crosta solidificada do planeta,
em breve a condensao da massa dava origem ao
surgimento do ncleo, iniciando-se as primeiras
manifestaes dos seres vivos.
Os primeiros habitantes da Terra, no plano material, so
as clulas albuminoides, as amebas e todas as
organizaes unicelulares, isoladas e livres, que se
multiplicam prodigiosamente na temperatura tpida dos
oceanos.
Com o escoar incessante do tempo, esses seres
primordiais se movem ao longo das guas, onde
encontram o oxignio necessrio ao entretenimento da
vida, elemento que a terra firme no possua ainda em
propores de manter a existncia animal, antes das
grandes vegetaes; esses seres rudimentares somente
revelam um sentido - o do tato, que deu origem a todos os
outros, em funo de aperfeioamento dos organismos
superiores.
A ELABORAO PACIENTE DAS FORMAS
Decorrido muito tempo, eis que as amebas primitivas se
associam para a vida celular em comum, formando-se as
-
31
colnias de infusrios, de polipeiros, em obedincia aos
planos da construo definitiva do porvir, emanados do
mundo espiritual onde todo o progresso da Terra tem a
sua gnese.
Os reinos vegetal e animal parecem confundidos nas
profundidades ocenicas. No existem formas definidas
nem expresso individual nessas sociedades de
infusrios; mas, desses conjuntos singulares, formam-se
ensaios de vida que j apresentam caracteres e
rudimentos dos organismos superiores.
Milhares de anos foram precisos aos operrios de Jesus,
nos servios da elaborao paciente das formas.
A princpio, coordenam os elementos da nutrio e da
conservao da existncia. O corao e os brnquios so
conquistados e, aps eles, formam-se os prdromos
celulares do sistema nervoso e dos rgos da procriao,
que se aperfeioam, definindo-se nos seres.
AS FORMAS INTERMEDIRIAS DA NATUREZA
A atmosfera est ainda saturada de umidade e vapores, e
a terra slida est coberta de lodo e pntanos
inimaginveis.
Todavia, as derradeiras convulses interiores do orbe
localizam os calores centrais do planeta, restringindo a
zona das influncias telricas necessrias manuteno
da vida animal.
Esses fenmenos geolgicos estabelecem os contornos
geogrficos do globo, delineando os continentes e fixando
a posio dos oceanos, surgindo, desse modo, as grandes
extenses de terra firme, aptas a receber as sementes
prolficas da vida.
Os primeiros crustceos terrestres so um prolongamento
dos crustceos marinhos. Seguindo-lhes as pegadas,
aparecem os batrquios, que trocam as guas pelas
regies lodosas e firmes.
Nessa fase evolutiva do planeta, todo o globo se veste de
vegetao luxuriante, prodigiosa, de cujas florestas
opulentas e desmesuradas as minas carbonferas dos
tempos modernos so os petrificados vestgios.
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32
OS ENSAIOS ASSOMBROSOS
Nessa altura, os artistas da criao inauguram novos
perodos evolutivos, no plano das formas.
A Natureza torna-se uma grande oficina de ensaios
monstruosos.
Aps os rpteis, surgem os animais horrendos das eras
primitivas.
Os trabalhadores do Cristo, como os alquimistas que
estudam a combinao das substncias, na retorta de
acuradas observaes, analisavam, igualmente, a
combinao prodigiosa dos complexos celulares, cuja
formao eles prprios haviam delineado, executando,
com as suas experincias, uma justa aferio de valores,
prevendo todas as possibilidades e necessidades do porvir.
Todas as arestas foram eliminadas. Aplainaram-se
dificuldades e realizaram-se novas conquistas. A
mquina celular foi aperfeioada, no limite do possvel,
em face das leis fsicas do globo. Os tipos adequados
Terra foram consumados em todos os reinos da Natureza,
eliminando-se os frutos teratolgicos e estranhos, do
laboratrio de suas perseverantes experincias. A prova
da interveno das foras espirituais, nesse vasto campo
de operaes, que, enquanto o escorpio, gmeo dos
crustceos marinhos, conserva at hoje, de modo geral, a
forma primitiva, os animais monstruosos das pocas
remotas, que lhe foram posteriores, desapareceram para
sempre da fauna terrestre, guardando os museus do
mundo as interessantes reminiscncias de suas formas
atormentadas.
OS ANTEPASSADOS DO HOMEM
O reino animal experimenta as mais estranhas transies
no perodo tercirio, sob as influncias do meio e em face
dos imperativos da lei de seleo.
Mas, o nosso raciocnio ansioso procura os legtimos
antepassados das criaturas humanas, nessa imensa
vastido do proscnio da evoluo anmica.
Onde est Ado com a sua queda do paraso? Debalde
nossos olhos procuram, aflitos, essas figuras legendrias,
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33
com o propsito de localiz-las no Espao e no Tempo.
Compreendemos, afinal, que Ado e Eva constituem uma
lembrana dos Espritos degredados ria paisagem
obscura da Terra, como Caim e Abel so dois smbolos
para a personalidade das criaturas.
Examinada, porm, a questo nos seus prismas reais,
vamos encontrar os primeiros antepassados do homem
sofrendo os processos de aperfeioamento da Natureza.
No perodo tercirio a que nos reportamos, sob a
orientao das esferas espirituais notavam-se algumas
raas de antropoides, no Plioceno inferior. Esses
antropoides, antepassados do homem terrestre, e os
ascendentes dos smios que ainda existem no mundo,
tiveram a sua evoluo em pontos convergentes, e da os
parentescos sorolgicos entre o organismo do homem
moderno e o do chimpanz da atualidade.
Reportando-nos, todavia, aos eminentes naturalistas dos
ltimos tempos, que examinaram meticulosamente os
transcendentes assuntos do evolucionismo, somos
compelidos a esclarecer que no houve propriamente
uma "descida da rvore", no incio da evoluo humana.
As foras espirituais que dirigem os fenmenos terrestres,
sob a orientao do Cristo, estabeleceram, na poca da
grande maleabilidade dos elementos materiais, uma
linhagem definitiva para todas as espcies, dentro das
quais o princpio espiritual encontraria o processo de seu
acrisolamento, em marcha para a racionalidade.
Os peixes, os rpteis, os mamferos, tiveram suas
linhagens fixas de desenvolvimento e o homem no
escaparia a essa regra geral.
A GRANDE TRANSIO
Os antropoides das cavernas espalharam-se, ento, aos
grupos, pela superfcie do globo, no curso vagaroso dos
sculos, sofrendo as influncias do meio e formando os
prdromos das raas futuras em seus tipos diversificados;
a realidade, porm, que as entidades espirituais
auxiliaram o homem do slex, imprimindo-lhe novas
expresses biolgicas.
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34
Extraordinrias experincias foram realizadas pelos
mensageiros do invisvel. As pesquisas recentes da
Cincia sobre o tipo de Neanderthal, reconhecendo nele
uma espcie de homem bestializado, e outras descobertas
interessantes da Paleontologia, quanto ao homem fssil,
so um atestado dos experimentos biolgicos a que
procederam os prepostos de Jesus, at fixarem no
"primata" os caractersticos aproximados do homem
futuro.
Os sculos correram o seu velrio de experincias
penosas sobre a fronte dessas criaturas de braos
alongados e de pelos densos, at que um dia as hostes do
invisvel operaram uma definitiva transio no corpo
perispiritual preexistente, dos homens primitivos, nas
regies siderais e em certos intervalos de suas
reencarnaes.
Surgem os primeiros selvagens de compleio melhorada,
tendendo elegncia dos tempos do porvir.
Uma transformao visceral verificara-se na estrutura
dos antepassados das raas humanas.
Como poderia operar-se semelhante transio?
Perguntar o vosso critrio cientfico.
Muito naturalmente.
Tambm as crianas tm os defeitos da infncia
corrigidos pelos pais, que as preparam em face da vida,
sem que, na maioridade, elas se lembrem disso.
COMENTRIO: Enquanto cientistas materialistas procuram
o origem do Universo no acaso, porque no querem falar em Deus, apresentando teorias que vigoram por um tempo,
cedo ou tarde sendo substitudas por outras, que tambm
caem, um dia, em descrdito, a verdade vem se patentear aos
olhos e coraes dos humildes na palavra clara e induvidosa
de Emmanuel, atribuindo a formao da Terra e sua
evoluo, bem como o surgimento da vida neste planeta ao
trabalho de Jesus e Seus assessores, todos, inclusive o Divino
Mestre, cientistas de altssima competncia.
-
35
Assim se esclarece todo o mistrio das origens, todavia, necessrio ser pobre de esprito para algum conseguir aceitar essa verdade.
Os orgulhosos e os impenitentes, que no sabem crer e
chorar nos seus arroubos de f e gratido a Deus, duvidam de
tudo que no venha do seu prprio intelecto intoxicado pelo
personalismo.
Nas palavras de Emmanuel encontra-se, afinal, a
verdade da formao do planeta Terra e do que ocorreu nos
primeiros tempos do globo terrqueo.
Eis a a Terra, planeta que se formou para se constituir
em mais uma das inmeras moradas a que Jesus se referiu: Na Casa do Meu Pai h muitas moradas.
lamentvel algum pensar que o Universo se formaria
simplesmente para permanecer vazio, quando, na verdade,
no h ponto sequer nele onde no palpite a vida, sob
variadssimas formas, inclusive as dimenses, que coexistem e
no se entrechocam: quantos Universos existiro, sobrepostos,
construindo-se em diferentes dimenses?
preciso abrirmos a mente para a realidade espiritual e
no estarmos a raciocinar apenas em funo do que
capacitam os cinco sentidos e do que a pobre razo
horizontalista entende lgico e admissvel. Jesus disse:
Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertar. Como Deus a Perfeio, no ter criado um Universo, do qual fazem
parte todas as Suas criaturas, na figura de uma pobre
moradia, uma verdadeira choupana, mas sim uma verdadeira
megalpole com todos os recursos para atender a todas as
necessidades dos Seus filhos e filhas: o mnimo que se pode
conceber acerca do Infinito Amor do Pai.
Compete, contudo, a estes ltimos procurar conhecer
quais so os diversos recantos dessa imensa cidade, como
funciona cada item e tudo que seja importante para bem viver
nesse ambiente abenoado pelos recursos os mais variados,
-
36
sendo que podemos chamar tais recursos de Me Natureza ou outro nome que lhes queiramos dar.
As disputas por causa de nomenclaturas, classificao,
definies etc. tm provocado muita perda de tempo e esforo,
quando o realmente importante so as ideias, uma vez que o importante invisvel, perceptvel apenas pela mente sintonizada no Bem e, normalmente, as palavras so
insuficientes para traduzi-las.
-
37
3 GAIA
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Gaia_%28mitologia%29)
Gaia, Geia, Gea ou G a deusa da Terra, a Me Terra,
como elemento primordial e latente de uma
potencialidade geradora quase absurda. Segundo
Hesodo, no princpio surge o Caos, e do Caos nascem
Gaia, Trtaro, Eros (o amor), rebo e Nix (a noite).
Gaia gera sozinha Urano, Ponto e as reas (as
montanhas). Ela gerou Urano, seu igual, com o desejo de
ter algum que a cobrisse completamente, e para que
houvesse um lar eterno para os deuses "bem-
aventurados".
Com Urano, Gaia gerou os 12 Tits: Oceano, Cos, Crio,
Hiperio, Jpeto, Teia, Reia, Tmis, Mnemosine, a
coroada de ouro Febe e a amada Ttis; por fim nasceu
Cronos, o mais novo e mais terrvel dos seus filhos, que
odiava a luxria do seu pai.
Aps, Urano e Gaia geraram os Ciclopes e os
Hecatnquiros (Gigantes de Cem Mos e Cinquenta
Cabeas). Sendo Urano capaz de prever o futuro, temeu o
poder de filhos to grandes e poderosos e os encerrou
novamente no tero de Gaia. Ela, que gemia com dores
atrozes sem poder parir, chamou seus filhos Tits e pediu
auxlio para libertar os irmos e se vingar do pai.
Somente Cronos aceitou. Gaia ento tirou do peito o ao
e fez a foice dentada. Colocou-a na mo de Cronos e os
escondeu, para que, quando viesse Urano, durante a
-
38
noite no percebesse sua presena. Ao descer, Urano,
para se unir mais uma vez com a esposa, foi surpreendido
por Cronos, que atacou-o e castrou-o, separando assim o
Cu e a Terra. Cronos lanou os testculos de Urano ao
mar, mas algumas gotas caram sobre a terra,
fecundando-a. Do sangue de Urano derramado sobre
Gaia, nasceram os Gigantes, as Ernias as Melades.
Aps a queda de Urano, Cronos subiu ao trono do mundo
e libertou os irmos. Mas vendo o quanto eram
poderosos, tambm os temia e os aprisionou mais uma
vez. Gaia, revoltada com o ato de tirania e intolerncia do
filho, tramou uma nova vingana.
Quando Cronos se casou com Reia e passou a reger todo
o universo, Urano lhe anunciou que um de seus filhos o
destronaria. Ele ento passou a devorar cada recm
nascido por conselhos do pai. Mas Gaia ajudou Reia a
salvar o filho que viria a ser Zeus. Reia ento, em vez de
entregar seu filho para Cronos devorar entregou-lhe uma
pedra, e escondeu seu filho em uma caverna.
J adulto, Zeus declarou guerra ao pai e aos demais Tits
com a ajuda de Gaia. E durante cem anos nenhum dos
lados chegava ao triunfo. Gaia ento foi at Zeus e
prometeu que ele venceria e se tornaria rei do universo se
descesse ao Trtaro e libertasse os trs Ciclopes e os trs
Hecatnquiros.
Ouvindo os conselhos de Gaia, Zeus venceu Cronos, com
a ajuda dos filhos libertos da Terra e se tornou o novo
soberano do Universo. Zeus realizou um acordo com os
Hecatnquiros para que estes vigiassem os Tits no fundo
do Trtaro. Gaia pela terceira vez se revoltou e lanou
mo de todas as suas armas para destronar Zeus.
Num primeiro momento, ela pariu os incontveis
Andrginos, seres com quatro pernas e quatro braos que
se ligavam por meio da coluna terminado em duas
cabeas, alm de possuir os rgos genitais femininos e
-
39
masculinos. Os Andrginos surgiam do cho em todos os
quadrantes e escalavam o Olimpo com a inteno de
destruir Zeus, mas, por conselhos de Tmis, ele e os
demais deuses deveriam acertar os Andrginos na
coluna, de modo a dividi-los exatamente ao meio. Assim
feito, Zeus venceu.
Em uma outra oportunidade, Gaia produziu uma planta
que ao ser comida poderia dar imortalidade aos Gigantes;
todavia a planta necessitava de luz para crescer. Mas ao
saber disto Zeus ordenou que Hlio, Selene, Eos e as
Estrelas no subissem ao cu, e escondido nos vus de
Nix, ele encontrou a planta e a destruiu. Mesmo assim
Gaia incitou os Gigantes a colocarem as montanhas
umas sobre as outras na inteno de subir o cu e invadir
o Olimpo. Mas Zeus e os outros deuses venceram
novamente.
Como ltima alternativa, enviou seu filho mais novo e o
mais horrendo, Tifo para dar cabo dos deuses e seus
aliados, mas os deuses se uniram contra a terrvel
criatura e depois de uma terrvel e sangrenta batalha, eles
conseguem vencer o ltimo filho de Gaia.
Enfim, Gaia cedeu e acordou com Zeus que jamais
voltaria a tramar contra seu governo. Dessa forma, ela
foi recebida como uma deusa Olmpica.
COMENTRIO: A Mitologia uma forma de ensinar-se a
Verdade tal como Jesus fez atravs de parbolas, recobrindo
a essncia com camadas de arte e sonhos. Todavia, quem tem
olhos de ver e ouvidos de ouvir extrai dela a Verdade. Veja-se na figura de Gaia Jesus e Sua equipe de cientistas,
apenas que representados em uma personalidade feminina,
como homenagem aos Espritos tendencialmente maternos.
Naqueles tempos recuados da Histria no seria
compreendido que expusesse a Verdade como Emmanuel a
fez, tanto quanto daqui a dois milnios, por exemplo,
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parecero pueris nossas verdades cientficas, religiosas, artsticas e filosficas.
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4 A ME TERRA, DO XAMANISMO
Segue, abaixo, um texto de Rosane Volpatto
(http://www.xamanismo.com.br/Consciencia/SubConsci
encia1191766640It003):
Gaia - A Me Terra
Antes do homem ser criado, s havia terra e ar e antes
mesmo de existir o ar e a terra, se necessitava de um
lugar para estes se manifestarem. Este lugar era o Caos:
que era o lugar onde existia s a possibilidade de ser. No
sonho do Caos s existia o Pensamento, que crescia e
palpitava e este Pensamento estabeleceu a Ordem. To
poderoso e eficaz foi este Pensamento que chamou a si
mesmo de Eros, e ao pronunciar aquele nome, o Caos se
transformou no Momento. Do Caos e Eros surgiram a
obscuridade chamada Nyx e o movimento chamado
Boreas, o vento. Em sua primeira dana csmica, Nyx e
Boreas, giraram em movimento arrebatado e frentico at
que tudo que era denso e pesado descendeu, e tudo que
era leve ascendeu. A matria densa era Gaia e de sua
chuva e de sua semente proveu sua descendncia.
A princpio, de Gaia nasceu Urano ou o Cu, que uniu-se
a ela gerando os Tits, os Titnides, incluindo Cronos, o
Devorador Pai do Tempo. Entretanto, Urano tomou-se de
averso a todos os seus filhos: desde que nasciam,
encerrava-os em um abismo e no os deixava ver o dia.
Tal atitude motivou uma grande revolta e acabou, com o
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consentimento de Gaia, castrado pelo seu filho Cronos. O
sangue de Urano jorrou sobre a terra gerando outros
Deuses, como as Ernias (Frias), as Meliae (ninfas do
esprito das rvores) e os Gigantes. Cheio de mgoa e em
consequncia da mutilao de que fora vtima, Urano
morreu.
As representaes de Cronos que se seguiram no so
muito consistentes; de um lado, dizem que seu reino
constituiu a Idade do Ouro da inocncia e da pureza, e,
por outro lado, ele qualificado como um monstro, que
devorava os prprios filhos. Em grego Cronos quer dizer
o Tempo. Este Deus que devora os filhos , diz Ccero, o
Tempo, o Tempo que no sacia dos anos e que consome
todos aqueles que passam.
Da unio de Gaia e Urano nasceram tambm: Hiprion,
Japeto, Ria ou Cibele, Temis, Febe, Tetis, Brontes,
Steropes, Argeu, Coto, Briareu, Giges.
Dizia-se que o homem nascera da terra molhada
aquecida pelos raios de Sol. Deste modo, a sua natureza
participa e todos os elementos e quando morre, sua me
venervel o recolhe e o guarda em seu seio.
A Terra, s vezes tomada pela Natureza, tinha vrios
nomes: Titia, Ops, Vesta e mesmo Cibele.
Algumas vezes a Terra representada pela figura de uma
mulher sentada em um rochedo. As alegorias moderna
descrevem-na sob traos de uma venervel matrona,
sentada sobre um globo, coroada de torres, empunhando
uma cornucpia cheia de frutos. Outras vezes aparece
coroada de flores, tendo ao seu lado um boi que lavra a
terra, o carneiro que se ceva e o mesmo leo que est aos
ps de Cibele. Em um quadro de Lebrum, a Terra
personificada por uma mulher que faz jorrar o leite de
seus seios, enquanto se desembaraa do seu manto, e do
manto surge uma nuvem de pssaros que revoa nos ares.
Gaia foi tambm, a profetiza original do centro de
adivinhao da Grcia Antiga: o Orculo de Delfos. O
Orculo, considerado o umbigo da Terra, situava-se onde
a sabedoria da terra e da humanidade se encontravam.
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Gaia o ser primordial de onde todos os outros Deuses se
originaram, mas sua adorao entrou em declnio e foi
suplantada mais tarde por outros deuses. Na mitologia
romana conhecida como Tellus. Gaia a energia da
prpria vida, Deusa pr-histrica da Me Terra,
smbolo da unidade de toda a vida na natureza. Seu poder
encontrado na gua e na pedra, no tmulo e na
caverna, nos animais terrestres e nos pssaros, nas
serpentes e nos peixes, nas montanhas e nas rvores.
ARQUTIPO DA TERRA
Quando falamos do arqutipo da Terra, estamos tambm
inevitavelmente nos referindo ao arqutipo do Cu, e
relao entre os dois. s depois que separamos o que
est aqui embaixo com o que est l em cima, que
entenderemos o simbolismo do que est acima que leve,
claro, masculino e ativo, e a Terra, que est abaixo e
pesada, escura, feminina e passiva.
A humanidade como um todo reunida em torno do
arqutipo Terra est associada tanto a este mundo que
corpreo, tangvel, material e esttico, quando ao seu
simbolismo oposto do Cu que est ligado ao outro
mundo, incorpreo, intangvel, espiritual e dinmico.
Para entendermos o arqutipo da Terra e da Deusa Me
Terra, devemos entrar em contato com as contradies
Cu e Terra, Esprito e Natureza.
A imagem patriarcal crist da Terra, durante a Idade
Mdia, era sem nenhuma ambiguidade, negativa, ao
passo que o arqutipo positivo do Cu era dominante. A
parte decada inferior da alma pertencia ao mundo da
Terra, enquanto que sua verdadeira essncia que o
"esprito", se originava no lado celestial masculino de
"Deus", ou do Mundo Superior. O lado terreno ento,
deveria ser sacrificado em nome do Cu, porque a Terra
era feminina, pertencendo ao mundo dos instintos,
representada pela sexualidade, seduo e o pecado.
Esta autonegao do homem, desperta em ns no
apenas espanto, mas horror, em virtude da natureza
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humana terrena, ser considerada repulsiva e m.
Depreciao da Terra, hostilidade para com a Terra, que
nos alimenta e protege, so expresso de uma conscincia
patriarcal fraca, que no reconhece outro modo de
ajudar a si mesma a no ser fugir violentamente do
domnio fascinante e avassalador do terreno.
Foi somente a partir da Renascena que a Terra libertou-
se desta maldio, tornando-se Natureza e um mundo a
ser descoberto que aparece com toda a sua riqueza de
criatura viva, que j no estava em oposio com um
Esprito Cu da divindade, mas na qual a essncia divina
se manifesta. O esprito que de agora em diante ser
buscado esprito da Terra e da humanidade.
RECONHECENDO A DEUSA
As imagens mitolgicas da Grande Me, Criadora do
Universo, so numerosas, como numerosos so estgios
da revelao do ser dela, mas a forma mais difundida e
conhecida de sua manifestao, a forma que define sua
essncia a de Terra Me.
Reverenciar os princpios femininos e a conscincia da
Deusa Gaia, nos ajuda a nos colocar em contato com a
beleza e a magia da natureza e todas as suas criaturas.
Reconhecer esta Deusa da Natureza, como nossa Me
Terra amorosa, ajuda a expandir nosso respeito ao meio
ambiente e nossa busca do equilbrio entre as energias
masculinas e femininas, para que, em lugar de competir,
trabalhemos juntos, para o bem individual e coletivo.
A maioria das mulheres j lanam mo da sabedoria da
Deusa, para ocupar seu espao na terra e no presente
milnio.
Vamos deixar que a Deusa renasa e se expresse em
nossas intenes, vontades e desejos, para que possamos
extrair de nosso corpo os movimentos sagrados de sua
dana e deixar que embale nossos sonhos.
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NUTRI TEU AMOR PELA TERRA
Reverenciar Gaia no requer nenhuma f, a simples
conscincia das manifestaes da natureza que ocorrem a
nossa volta, j o bastante para absorvermos sua
energia. Nos conectarmos com Gaia mais simples
ainda:
Caminhe descalos na terra, areia ou grama, a sensao
deliciosa;
Em uma praa ou jardim, feche os olhos e tente
identificar o cheiro das flores;
Coma seu alimento de cada dia consciente que tudo
presente de nossa Me Terra;
Abrace um beb e admire conscientemente o milagre da
vida;
Sente-se na grama e observe as formigas trabalhadeiras
em seu dirio trabalho de sobrevivncia;
Coloque os ps descalos na terra e brinque de rvore,
enraizando-se e sugando a seiva da Terra;
Voc mesma pode inventar seu ritual, desde que esteja em
contato com a Natureza, tudo vlido.
COMENTRIO: Novamente a valorizao dos Espritos
femininos, vendo-se Gaia recebendo uma outra denominao:
Me Terra. Entenda-se a essncia da simbologia, sendo importante, ao final de tudo, que se aprenda a dar valor
sintonia com as foras da Natureza, que proporcionam a evoluo intelecto-moral, a cura, a paz e tudo o mais que
representa a Felicidade.
No se deve entender que apenas uma das vrias opes
filosficas ou religiosas esgota todo o Conhecimento, uma vez
que cada uma focaliza mais alguns pontos do que outros e,
somadas todas, tem-se a Verdade. Deus no d toda a
Verdade a uns filhos, mas divide-a entre todos: assim,
completam-se o Hindusmo, o Budismo, o Xamanismo, as
vrias correntes do Cristianismo, o Islamismo, o Judasmo, a
Antroposofia, a Teosofia, o Taosmo, a Logosofia etc. etc.
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Mencionamos apenas duas correntes fora da Doutrina
Esprita, mas com a inteno de exemplificar, mas nunca
defender uma superioridade de uma corrente em detrimento
das demais, pois o que vale o Amor Universal que cada
criatura j consiga viver e no sua forma de crer em Deus.
Por isso Jesus disse: Reconhecereis Meus verdadeiros discpulos pelo muito Amor que manifestarem.
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5 O CRIADOR: PAI OU ME?
Jesus chama Deus de Pai: Eu trabalho e Meu Pai tambm trabalha.
No Tao Te King, Lao Ts afirma que se trata da Me:
O Tao sobre o qual se pode discorrer no o eterno Tao; o Nome que pode ser dito no o eterno Nome; o
no-ser nomeia a origem do cu e da terra. O ser nomeia
a me das dez-mil-coisas. Por isto, no no-ser contempla-
se o deslumbramento; no ser contempla-se sua
delimitao. Ambos, o mesmo com nomes diversos, o
mesmo diz-se mistrio. Mistrio dos mistrios, portal de
todo deslumbramento.
Pode-se notar que Deus, atravs das Suas Leis,
estabeleceu a existncia dos aparentes opostos. Poderia ter deliberado de forma diferente, mas, se assim o fez, porque
pretende a aproximao compulsria entre as criaturas, o que
no ocorreria se se sentissem autossuficientes.
Deus est acima de qualquer dualidade: portanto, no se
Lhe aplica qualquer classificao.
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6 OS ESPRITOS INFLUENTES NA NATUREZA
A prpria narrativa de Emmanuel, acima transcrita,
mostra a atuao dos Espritos cientistas na formao da
Terra.
Pergunta-se: - Cientistas desencarnados param de
trabalhar? evidente que continuam no mister que sua
especialidade e, assim, atuam nos fenmenos geolgicos,
biolgicos etc.
H Espritos de vrios nveis de evoluo especializados
em cada rea, evidentemente.
Veremos, a seguir, algo mais a respeito desse tema.
H quem tenha dificuldade de aceitar a ideia da
existncia dos chamados elementais, que outros chamam de gnomos, duendes etc.
O receio de reconhecer certas verdades ainda impede
muita gente de abrir a mente para novos conhecimentos, o
que lhes tornaria a vida muito mais feliz.
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6.1 ESPRITOS CIENTISTAS
O nmero de encarnados pesquisadores nos vrios
setores da Cincia quase incalculvel: basta ver o que se
realiza nas universidades mais avanadas do mundo inteiro.
Esses cientistas continuam, naturalmente, estudando no
mundo espiritual e contribuem para melhorar a qualidade de
vida da humanidade.
Assim, no de espantar que as revelaes do mundo
espiritual aos encarnados sempre se ampliem, apesar de,
infelizmente, muita coisa ficar restrita a um pequeno nmero
de pessoas, porque a maioria no acredita em muitas
verdades, principalmente porque ou descrente da realidade
espiritual ou, como si acontecer, s confia em si prprio e
no acredita em nada que venha dos outros.
Quando Chico Xavier recebeu os livros da srie Nosso Lar, muitos disseram que ele estava obsidiado, pois no
mundo espiritual no poderia haver rios, fbricas,
laboratrios, hospitais, universidades, moradias, banheiros
etc.
O prprio Andr Luiz um cientista, cujo nome da
ltima reencarnao ainda objeto de controvrsias.
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6.1.1 CIENTISTAS TERRESTRES
Albert Einstein um Esprito terrestre? E Leonardo da
Vinci e Isaac Newton?
Cada Esprito se especializa em determinada rea do
Conhecimento, que tem, basicamente, quatro vertentes:
Cincia, Filosofia, Arte e Religio.
Os cientistas se subdividem em vrias especialidades,
havendo aqueles encarregados de aperfeioar as espcies,
outros dedicados aos fenmenos geolgicos e assim por diante,
como evidente.
A Natureza, no caso do planeta Terra, o conjunto de
seres que aqui vivem, inclusive os chamados minerais, que tm, sim, vida. Quando os prezados leitores lerem o item A experincia de Chico Xavier (7.1.1) entendero melhor esta afirmativa.
No apenas os cientistas tm acesso aos chamados
segredos da Natureza, mas qualquer pessoa que resolva investir nesse estudo, principalmente os mdiuns, cuja
percepo espiritual mais apurada e lhes possibilita
vivenciar experincias inusitadas quando visam realizar o
Bem, a Caridade, a Fraternidade.
Chico Xavier e Yvonne do Amaral Pereira, por exemplo,
divulgaram alguns fenmenos incomuns com o cuidado de
no falarem tudo que viram e viveram para no serem tidos
como alucinados, neuropatas ou coisa semelhante. Divaldo
Pereira Franco outra fonte inesgotvel de informaes desse
tipo.
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6.1.2 CIENTISTAS EXTRATERRESTRES
Devido desinformao e, at, um certo medo,
proveniente das vivncias na Idade Mdia europeia, em que
toda e qualquer ideia mais avanada era punida pelos
temveis Tribunais do Santo Ofcio, muita gente se sente
perturbada com a ideia de que h outros planetas habitados e,
por via de consequncia, que Espritos de outros planetas
venham ajudar na evoluo da Terra.
Assim, at muitos espritas ficaram alarmados quando
Divaldo Pereira Franco falou nas crianas ndigo, que so Espritos muito intelectualizados provenientes de outro
planeta, os quais reencarnaram na Terra principalmente para
aperfeioar os genes terrestres a fim de, daqui a algum tempo,
reencarnarem aqui Espritos de alta hierarquia.
Tudo isso parece meio surrealista para alguns, mas a
pura realidade, alis, correspondente ao que Jesus disse h
dois milnios: Na Casa de Meu Pai h muitas moradas.
Yvonne do Amaral Pereira, a mdium extraordinria,
dizia que Wolfgang Amadeus Mozart um Esprito habitante
de um planeta muito superior Terra e reencarnou aqui para
impulsionar a Arte da Msica.
Na atualidade, por exemplo, h uma falange de Espritos
trabalhando pela evoluo da Terra aqui acampados,
conforme afirma Manoel Philomeno de Miranda, no seu livro
Amanhecer de uma Nova Era, psicografado por Divaldo Pereira Franco.
Estamos vivendo a era em que todas as verdades
necessrias esto sendo reveladas, a fim de que a transio da
Terra para mundo de regenerao ocorra, estando as
criaturas humanas conscientizadas do que so, do que tm
condies de ser e do futuro maravilhoso que as espera,
somente dependente da sua vontade de aprenderem o Amor
Universal. Afinal, Jesus disse: Vs sois deuses; vs podeis fazer tudo que Eu fao e muito mais ainda.
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6.2 - ELEMENTAIS
O que so os elementais seno Espritos que esto
vivendo a transio para a fase da humanidade? Por que a
estranheza quanto ao assunto? Ou se acredita na evoluo ou
no se acredita nela?
Andr Luiz fala, em Evoluo em Dois Mundos, que entre o vrus ou a bactria e o ser iniciante na fase humana h
um intervalo temporal de cerca de um bilho e meio de anos:
ento, isso serve para convencer algum que tenha dvidas
quanto aos elementais?
O trabalho desses Espritos compatvel com suas
possibilidades. Se Jesus disse: "Eu trabalho e Meu Pai tambm
trabalha esses Espritos estaro isentos de dever de trabalhar, se at os animais, vegetais e minerais trabalham,
cada um sua moda?
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7 OS QUATRO ELEMENTOS
Os chamados quatro elementos, na verdade, representam os trs estados da matria (slido, lquido e gasoso), passando de um ao outro, nessa sequncia, por
induo do calor, que provm do fogo. Assim se encadeiam os
quatro elementos: terra, gua, ar e fogo.
O surgimento dessa ideia no se deve ignorncia dos
seres humanos de milnios atrs, mas do conhecimento que
lhes foi revelado pela Espiritualidade Superior.
Quem pensa que a Cincia somente comeou a realizar
grandes descobertas depois da inveno de complicados
aparelhos, como o computador e outros que o antecederam,
est enganado, pois, acima de qualquer equipamento material
est a mediunidade, que possibilita o conhecimento direto das
realidades do mundo espiritual, de onde promanam todas as
informaes realmente importantes para a evoluo humana.
Estudemos, portanto, este tema com o respeito que
merece e no considerando-o como crendice de pocas
remotas.
Agradeamos aos Orientadores Espirituais de todos os
tempos, pois eles encaminham o progresso individual e
coletivo dos habitantes do planeta Terra, Governado pelo
Esprito Puro que Jesus Cristo, a quem rendemos
homenagens e a quem servimos, em prol da evoluo humana!
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7.1 TERRA
A faixa de terreno onde se erguem as civilizaes desde
pocas imemoriais representa uma bno divina, pois o
suporte para a vivncia de todas as experincias societrias,
de inter-relacionamento humano, bem como o contato com os
demais seres, durante as reencarnaes.
No importa que sejamos ricos ou pobres, intelectuais ou
analfabetos, saudveis ou doentes, o simples fato de termos a
oportunidade de estarmos periodicamente reencarnados j ,
por si s, um grande benefcio, pois no mundo dos
encarnados que consolidamos nossas virtudes e o
conhecimento das Grandes Verdades aprendidas no mundo
espiritual: como o aluno que tem de submeter-se a exames
peridicos, a fim de avaliar o quanto aprendeu e o que ainda
precisa assimilar.
O terreno slido o palco dessas vivncias, onde
aparecemos um sem nmero de vezes, aprendendo e
ensinando uns com os outros, visando, ao final, assimilar, em
definitivo, o Amor Universal, que o smbolo da perfeio
relativa, que apenas Jesus alcanou em grau elevado e que
mostrou em cada minuto da Sua encarnao na Terra.
A reflexo que temos a oferecer neste tpico sobre a
gratido a Deus e ao Divino Governador da Terra por conta
das oportunidades que nos so dadas neste planeta, formado
como se constri uma casa, a fim de albergar os filhos muito
queridos, que tambm uma escola, um hospital, um presdio,
conforme nossa opo de vida.
Mas, sempre, a inteno do Pai Celestial e do Sublime
Governador de que a construo seja uma casa, no sentido
mais amoroso da palavra.
Graas!
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7.1.1 A EXPERINCIA DE CHICO XAVIER
Certa feita Chico Xavier estava caminhando pelo quintal
da sua casa, sentindo na alma uma angstia muito grande,
quando, ento, lhe aconteceu uma situao surpreendente:
comeou a ouvir, pela acstica espiritual, os sons
inarticulados da Terra. A partir da nunca mais a angstia o
atingiu, porque entendeu no estar sozinho.
Para quem j atingiu um grau de Amor Universal como
Chico Xavier e Francisco de Assis, a percepo da presena
de todas as criaturas de Deus ao seu redor, vibrando e
permutando energia, umas sustentando as outras, nunca
existe solido, depresso, tristeza intransponvel, dio,
averso, frieza moral e, portanto, razo para pensamentos,
sentimentos e atitudes negativas.
Veja-se porque se afirma que h vida em todos os pontos
do Universo: tudo tem vida, tudo vibra, tudo irradia energia,
tudo se comunica, tudo importante para merecer ateno,
contanto que se tenha olhos de ver e ouvidos de ouvir.
necessrio abrir o corao e a mente para a Criao, a
qual transmite a Voz de Deus para cada alma! Deus se
comunica com umas criaturas atravs das outras, porque Ele,
como Bom Pai, quer que uns filhos valorizem os outros. A
parbola do servo infiel mostra claramente isso.
Ouvir os sons inarticulados da Terra: nonilhes ou mais
de molculas, que, na verdade, so conjuntos de tomos, que
nada mais so que energia pulsante, vibrante, tudo isso emite
sons perceptveis para os Espritos Superiores, que interagem
com essas energias vivas.
Jesus disse: Vs sois deuses; vs podeis fazer tudo que Eu fao e muito mais ainda.: procuremos conhecer a Me Natureza e, gradativamente, penetraremos, com a percepo espiritual, essas correntes invisveis de energia e
interagiremos com elas.
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7.2 GUA
Sem necessidade de repetir que a maior parte da
superfcie terrestre coberta pela gua dos oceanos e que
cerca de 65% do corpo humano composto de gua, ela
mais importante para a vida dos seres humanos que o prprio
ar, pois que j habitamos o seio dos oceanos, onde
respirvamos a gua.
A vida dos seres terrestres comeou no seio dos oceanos,
como se sabe: a importncia da gua vital.
Sua simbologia valorizada desde tempos imemoriais,
inclusive podendo-se destacar o prprio batismo de Jesus com gua.
Tanto quanto a energia que se irradia dos elementos
slidos do solo, a potncia energtica que pode ser veiculada
pela gua incalculvel.
Jesus poderia ter simplesmente pego um pouco de terra e
esfregado nos olhos do cego, para cur-lo, mas acrescentou a
gua contida na Sua saliva.
Outras consideraes teceremos adiante sobre a gua, a
qual existe, inclusive, no mundo espiritual, conforme se pode
ver no livro Nosso Lar, de Andr Luiz.
Aprendamos a utilizar a gua com conhecimento do que
ela representa e no como um mero lquido para ser ingerido
nos momentos de sede, para lavar os objetos ou o prprio
corpo e outras finalidades puramente materiais.
No meio esprita utiliza-se a gua fluidificada como potente meio de cura, o que, por si s, j um indicativo do
quanto ela importante.
Conhecer os variados recursos da gua representa o
estudo de uma vida inteira e, assim mesmo, chega-se mesma
concluso de Scrates: S sei que nada sei.
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7.2.1 CORRENTES MARTIMAS
Por que existem as correntes martimas? O que as
provoca? Qual sua utilidade? Nada no planeta intil e, quando lemos as informaes de Emmanuel sobre a formao
da Terra, podemos ter certeza de que tudo foi planejado nos
mnimos detalhes.
Por isso, devemos agradecer pelas benesses da vida como
encarnados, sejam quais forem as condies externas em que
vivamos, pois s de algum estar encarnado j tem por que
agradecer.
A fila dos candidatos reencarnao grande, sabendo-
se que o nmero de desencarnados cerca de dez vezes maior
que a dos encarnados.
Pensemos, tambm, que, por trs dos fenmenos da
Natureza, h trabalhadores invisveis dos mais variados graus
evolutivos e que tais fenmenos no se processam ao acaso,
aleatoriamente. Respeitemos, portanto, a Natureza, pois ela
segue os melhores e mais teis referenciais.
Apenas para fazermos um pouco de humor, lembremos a
jocosa historieta de Monteiro Lobato intitulada O Reformador do Mundo, que, insatisfeito e arrogante, fez a abboda nascer em rvores altas e acabou recebendo uma
terrvel pancada quando uma delas caiu em sua cabea...
Valorizemos a Natureza como ela e sigamos seus ciclos
e, assim, viveremos felizes, como Scrates ensinava.
Graas!
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7.2.2 CHUVA
A bno que a chuva representa entendida por todos
aqueles que rezam sua espera, vitimados pela estiagem.
Enquanto h quem se aborrea porque prefere um dia
ensolarado h outros que danam na chuva, rindo e cantando
de alegria.
Agradecer preciso pela chuva que a Espiritualidade
Superior providencia, inclusive utilizando o trabalho dos
elementais, pois as chuvas representam o trabalho de seres
especialistas e no mero fenmeno mecnico da Natureza.
Graas!
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7.2.3 OS CURSOS DGUA
Tanto quanto necessrio que haja guardas de trnsito e
policiais nas ruas das nossas cidades, preciso que os cursos
dgua tenham seus cuidadores, bem como todas as demais utilidades.
Graas igualmente!
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7.2.4 BANHO
Andr Luiz informa sobre a bno que o banho
representa para a limpeza da aura e no apenas para a
higienizao