A Massa Janeiro/2016

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ano de 2015 foi marcado por inten- sa crise política e econômica no Brasil, causando grande instabilidade à vida dos trabalhadores e trabalha- doras de todo país. Mas, apesar dos transtornos, nosso Sindicato foi firme e lutou, juntamente com a categoria, conquistando reajustes salariais acima da inflação do período nas negociações dos Acordos Coletivos e na Convenção Coletiva de Trabalho, questão que ou- tras categorias do mesmo porte e até maior que a nossa, infelizmente, não conseguiram. Nossa categoria viveu momentos de dificuldades durante as Campanhas Salariais realizadas no ano passado no ABC (com data base em 1º de Junho) e em São Paulo (com data base em 1º de Novembro). Durante as duas Campa- nhas o discurso dos patrões eram os mesmos: a crise econômica é grave e o setor não tem condições de atender nossas reivindicações. repassando, mais uma vez, o ônus da crise para os trabalhadores, principais vítimas dessa caótica situação do país. Para Chiquinho Pereira, presidente do nosso Sindicato, é inaceitável que os patrões transfiram a crise para os trabalhadores: “O governo não tem condições de administrar a economia do país, gasta mais do que deve, adota uma política econômica que só benefi- cia o grande capital financeiro, causa o descontrole da inflação, desemprego, alto custo de vida e quem paga a conta são os trabalhadores brasileiros? Não, nunca aceitaremos essa situação e, portanto, a luta é o nosso único cami- nho.” Afirmou Chiquinho Pereira. E essa foi a política adotada pelo nosso Sindicato nas negociações com os patrões nas duas Campanhas Sa- lariais: não aceitar qualquer perda de direitos ou reajustes abaixo da inflação, além de garantir as conquistas anterio- res. Com a categoria mobilizada e cons- ciente da necessidade de avançar e preservar os direitos, o nosso Sindicato conseguiu importantes vitórias, mesmo diante da intransigência dos patrões e da ofensiva do governo que tem retirado direitos históricos dos trabalhadores e trabalhadoras do país. Leia na página 3 algumas de nossas conquistas no ABC e em São Paulo. São Paulo: 462 anos! FOTOS: PAULO ROGéRIO “NEGUITA” Janeiro - 2016 O EM ASSEMBLEIA, TRABALHADORES APROVAM REAJUSTE SALARIAL Assembleias da Campanha Salarial 2015, realizadas na Sede do nosso Sindicato e na Panco 2015: APESAR DA GRANDE CRISE, NOSSA CATEGORIA TEVE MUITA LUTA E CONQUISTAS! Somos a categoria que saúda, logo cedo, todos os outros trabalhadores que saem para construir esta cidade. Isso muito nos orgulha. Parabéns, São Paulo! Você e sua população lutadora dão exemplo para o Brasil. Chiquinho Pereira presidente Uma homenagem do Sindicato dos Padeiros de São Paulo

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Page 1: A Massa Janeiro/2016

1Janeiro - 2016

ano de 2015 foi marcado por inten-sa crise política e econômica no

Brasil, causando grande instabilidade à vida dos trabalhadores e trabalha-doras de todo país. Mas, apesar dos transtornos, nosso Sindicato foi firme e lutou, juntamente com a categoria, conquistando reajustes salariais acima da inflação do período nas negociações dos Acordos Coletivos e na Convenção Coletiva de Trabalho, questão que ou-tras categorias do mesmo porte e até maior que a nossa, infelizmente, não conseguiram.

Nossa categoria viveu momentos de dificuldades durante as Campanhas Salariais realizadas no ano passado no ABC (com data base em 1º de Junho) e

em São Paulo (com data base em 1º de Novembro). Durante as duas Campa-nhas o discurso dos patrões eram os mesmos: a crise econômica é grave e o setor não tem condições de atender nossas reivindicações. repassando, mais uma vez, o ônus da crise para os trabalhadores, principais vítimas dessa caótica situação do país.

Para Chiquinho Pereira, presidente do nosso Sindicato, é inaceitável que os patrões transfiram a crise para os trabalhadores: “O governo não tem condições de administrar a economia do país, gasta mais do que deve, adota uma política econômica que só benefi-cia o grande capital financeiro, causa o descontrole da inflação, desemprego,

alto custo de vida e quem paga a conta são os trabalhadores brasileiros? Não, nunca aceitaremos essa situação e, portanto, a luta é o nosso único cami-nho.” Afirmou Chiquinho Pereira.

E essa foi a política adotada pelo nosso Sindicato nas negociações com os patrões nas duas Campanhas Sa-lariais: não aceitar qualquer perda de direitos ou reajustes abaixo da inflação, além de garantir as conquistas anterio-

res. Com a categoria mobilizada e cons-ciente da necessidade de avançar e preservar os direitos, o nosso Sindicato conseguiu importantes vitórias, mesmo diante da intransigência dos patrões e da ofensiva do governo que tem retirado direitos históricos dos trabalhadores e trabalhadoras do país.

Leia na página 3 algumas de nossas conquistas no ABC e em São Paulo.

São Paulo: 462 anos!

fOTOS: PAuLO ROgéRiO “NEguiTA”

Janeiro - 2016

O

EM ASSEMBLEIA, TRABALHADORES APROVAM REAJUSTE SALARIAL

Assembleias da Campanha Salarial 2015, realizadas na Sede do nosso Sindicato e na Panco

2015: APESAR DA GRANDE CRISE, NOSSA CATEGORIA TEVE

MUITA LUTA E CONQUISTAS!

Somos a categoria que saúda, logo cedo, todos os outrostrabalhadores que saem para construir esta cidade. Isso muito nos orgulha. Parabéns, São Paulo! Você e sua população lutadora dão exemplo para o Brasil.

Chiquinho Pereirapresidente

Uma homenagem do Sindicato dos Padeiros

de São Paulo

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2 Janeiro - 2016

CHIqUInHO PEREIRA, presidente do Sindicato e Secretário de Organização e Políticas

Sindicais da União Geral dos Trabalhadores - UGT

Mas, qual é a origeM dessa

crise? É lógico que essa situação

é consequência da grave crise do sistema capitalista em todo o mundo. Todos se lembram da sua origem em 2008 quando a economia dos Estados Unidos entrou em colapso provocando recessão e desemprego, princi-palmente nos países europeus como Espanha, Portugal, Itália e Grécia, sem falar da situação dos bancos americanos que receberam do governo daquele país importante ajuda financeira para não quebrarem. Porém, a situação econômica do Brasil não se originou apenas dessa crise sistêmica do capital.

Muitos são os motivos que levaram a essa situação econô-mica. O primeiro deles foi, em 2008, o governo tratar a crise que se originou nos Estados Unidos como uma “marola” e, portanto, quando chegasse aqui no Brasil ela iria apenas dar uma cha-coalhada na nossa economia. O segundo é a total falta de

Crise econômica brasi-leira tem causado muitas

preocupações principalmente para a população que depende do seu trabalho para garantir seu sustento. Essa situação provoca insegurança e vem fazendo com que empresários adiem investimentos e novos empreendedores aguardem momentos menos incertos para

iniciar seus projetos.Apesar de o governo

tentar, a todo o momento, mascarar a crise com interpretações conve-nientes ignorando, inclu-sive, os dados alertados pelas consultorias eco-nômicas, instituições de classe e até das próprias agências e órgãos governamen-tais os números não deixam dúvidas so-bre a gravidade da situação econômi-ca do país.

Segundo al-guns economis-tas a situação

econômica do Brasil é tecnica-mente de estagnação e alertam que a crise atingirá, em cheio, o ano de 2016. Não se trata apenas de uma hipótese, mas, de um fato onde o governo não poderá tratar a crise econômica apenas como uma “marola”, pois isso seria negar a realida-de crítica da nossa economia e jogar o país no fracasso total.

planejamento estratégico de longo prazo para o país e sua economia, onde o governo vem trabalhando apenas com uma estratégia de reação aos fatos, tomando medidas emergenciais para tratar problemas que seriam facilmente resolvidos se houves-se um planejamento macro. Ou seja, uma verdadeira operação tapa buracos na economia bra-sileira.

Outro motivo é a total falta de investimento em infraestrutura o que tem levado o país a perder competitividade tanto no am-biente interno quanto no externo. A crise de credibilidade gerada nas entranhas do próprio governo causou uma das maiores crises políticas da história e tem levado os investidores à desconfiança econômica no país.

Por fim, talvez o maior e mais importante motivo sejam os escândalos de corrupção que se instalaram no Brasil atin-gindo os poderes constituídos: o executivo, o legislativo e até mesmo o judiciário. Todos os dias são inúmeros fatos sobre

esse tema que tem provocado revolta, vergonha e insatisfação em toda sociedade.

É verdade que o fato de vivermos em uma democracia contribuiu para uma política de transparência e investigação dos abusos praticados contra o Bem Público, porém, é assustador o número de prática de corrupção envolvendo tantos e diferentes setores do governo, da câmara dos deputados e empresas es-tatais como a Petrobrás.

São senadores, deputados, ministros, empresários, dirigen-tes partidários envolvidos no maior escândalo de corrupção já apurado na história do Brasil. A impressão que temos é a de que vivemos em um país que se encontra a deriva, sem rumo e com um monte de carniceiros prontos para arrancar até o últi-mo pedaço dessa nação que foi construída com o sangue e o suor dos trabalhadores e do povo bra-sileiro. Essa situação nos causa indignação e revolta e, portanto, é urgente mudar essa realidade econômica do Brasil.

A

A criSe econômicA do BrASil e SuAS PerSPectivAS

O TRAbALhADOR DEVE TER CONSCIêNCIA DA IMPORTâNCIA DO SINDICATO

Campanha de SindiCalização

editorial

nosso Sindicato tem como objetivo principal a defesa dos interesses econômi-cos, profissionais, sociais e políticos dos trabalhadores. E como todos sabem

conquistas só se alcançam com muita luta, unidade, força e mobilização. Tudo que conquistamos ao longo da história do Sindicato foi fruto da participação dos companhei-ros e companheiras, que se mobilizaram e foram à luta para defender nossos direitos.

O papel do nosso Sindicato é organizar e fortalecer nossa categoria, que tem a consciência da importância das greves e das manifestações voltadas para melhoria salarial e das condições de trabalho. no entanto, nosso papel vai muito além: lutamos para garantir uma vida digna para os trabalhadores e suas famílias, por justiça social, por salários justos, por um país sem desigualdades.

Talvez muitos companheiros por serem jovens não recordem o quanto temos conquistado nas diversas lutas que travamos. São inúmeros benefícios para a nossa categoria como, por exemplo, aumentos salariais, do valor da PLR, do salário norma-tivo, da cesta básica, do abono do Dia do Padeiro todos sempre acima da Convenção Coletiva. Ou seja, todos os reajustes com valores bem acima da inflação, conquistas que muitas categorias não conseguiram.

no entanto, para o trabalhador tomar consciência do papel e da importância do nosso Sindicato é necessário acompanhar a nossa luta do dia a dia. Conhecer, além das lutas por melhores salários e condições de trabalho, os benefícios que oferecemos, como atendimento médico, odontológico, jurídico, colônia de férias, convênios em faculdades, entre outros. Sindicato é pra lutar. Venha para o seu Sindicato!

O

ATEnDIMEnTO ODOnTOLóGICO DE SEGUnDA A SExTA, DAS 8 àS 17:30H ATEnDIMEnTO MéDICO DE SEGUnDA

A SExTA, DAS 8 àS 17:30H

DEPTO. JURíDICO DO SInDICATO COM ATEnDIMEnTO

DE SEGUnDA A SExTA

Endereço do Sindicato: Rua Major Diogo, 126 – Bela VistaSão Paulo/SP - Fones: 3116.7272 – 3242.2355

www.PaDEiRoS.oRg.BR

Colônia DE FéRiaS Informações sobre

valores das diárias e regulamento pelo

tel.: (11) 3106-5543, r. 230

Publicação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação e Confeitaria de São Paulo.Diretor responsável: Francisco Pereira de Sousa Filho

Presidente: Francisco Pereira de Sousa Filho (Chiquinho)

Vice-presidente: Pedro Pereira de Sousa

Secretário-geral: Valter da Silva Rocha (Alemão)

Secretário adjunto: Geraldo Pereira de Sousa

Secretário de finanças: Benedito Pedro Gomes

Secretário adjunto de finanças: Fernando Antonio da Silva

Secretário de assuntos jurídicos:José Alves de Santana

Secretário para cultura, formação e educação: Ângelo Gabriel Victonte

Secretário de comunicação e imprensa: José Francisco Simões

Sede - Rua Major Diogo, 126, Bela Vista, São Paulo/SP - CEP: 01324-000Telefone: 3116.7272 - Fax: 3242-1746

Subsede Santo André - Travessa São João, 68Telefone: 4436-4791

Subsede São Miguel - Av. Nordestina, 95Telefone: 2956-0327

Subsede Osasco - Rua Mariano J. M. Ferraz, 545Telefone: 3683-3332

E x P E D I E N T E

Subsede Santo Amaro - Rua Brasílio Luz, 159Telefone: 5686-4959

Edição e redação: Suely Torres (MTb - 21472)

Edição de arte e diagramação: R. Simons

Fotografia: Paulo Rogério “Neguita”

Produção de vídeo: Zhe Souza

Tiragem: 50 mil exemplares

Impressão: UNISIND

www.padeiros.org.br - [email protected]

fOTOS: PAuLO ROgéRiO “NEguiTA”

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3Janeiro - 2016

ASSEMBLEIAS DA CAMPAnHA SALARIAL 2015 - SãO PAULO E ABC

vida dos trabalhadores e do povo brasileiro em 2015 não

foi nada fácil: inúmeras perdas de direitos, inflação, aumento do custo de vida, da violência, do desempre-go, escândalos e mais escândalos de corrupção envolvendo setores públicos e empresas. A crise política se prolonga, arrastando o país no aprofundamento da crise econômi-ca, com consequências sociais sem precedentes.

O governo Dilma para amenizar os impactos provocados pela crise

A

Nos Acordos realizados em separa-do com várias empresas mais de 15 mil trabalhadores conquistaram reajustes que vão de 10,50% a 12%, refletidos nos salários, PLR, cesta básica, dia do padeiro, entre outros. Essa é uma prova inequívoca que o sindicato pa-tronal estava o tempo todo alardeando inverdades sobre as dificuldades das empresas, e chegou a apresentar uma proposta de reajuste inferior a inflação e ainda queria pagar em várias parcelas.

No entanto, os trabalhadores souberam dar a resposta. Mobiliza-ção, unidade e muita luta foram os ingredientes fundamentais para a importante conquista dos companheiros e companheiras de várias indústrias de Panificação e Confeitarias nesta Campanha Salarial. Os reajustes foram acima da inflação, com aumento real nos salários.

O nosso Sindicato realizou várias

INDúSTRIAS DE PANIFICAçãO E CONFEITARIAS: ACORDOS NAS EMPRESAS GARANTEM REAjUSTES QUE VãO DE 10,50% A 12%!

reuniões de negociações com as empre-sas do setor e sempre deixou claro que não aceitaria que os trabalhadores fos-sem prejudicados por causa da situação econômica do país. “É verdade que com essa drástica situação todos perdem, porém, sempre é o trabalhador o maior prejudicado e isso é inaceitável”, afirma Chiquinho Pereira, presidente.

É fundamental ressaltar que essa foi uma importante conquista para os trabalhadores dessas empresas, pois, diante da grave crise política

e econômica que o país atravessa a maioria das categorias profissionais, inclusive as de grande porte como a nossa não tiveram nem a reposição da inflação. Muitas travaram verdadeiras batalhas para preservar as conquistas anteriores. É bom lembrar que os rea-justes do Acordo Coletivo de Trabalho e da Convenção Coletiva de Trabalho são a partir de 1º de Novembro de 2015, e devem ser pagos, sem multa para os patrões, até o 5º dia útil de janeiro de 2016.

ARyzTA OfnER PULLMAn

tira direitos dos trabalhadores, através de Medida Provisórias ou com programas nefastos como o Plano de Proteção ao Emprego. Os patrões, para variar, dificultam as relações de trabalho para garantir seus lucros. Ou seja, os trabalhado-res e o povo pagam, mais uma vez na história, o preço da perversidade da disputa pelo poder de alguns e pela ganância de outros. Nesse cenário, realizamos nossa campanha salarial.

Nossa categoria, que nunca se deixou abalar diante de tempos de

crises, foi à luta e conseguiu con-quistar reajustes acima da inflação. Foram meses de negociações, as-sembleias, reuniões e muita unidade de ação. Nosso Sindicato, firme no propósito de lutar para ampliar e manter os direitos da categoria, não vacilou em nenhum momento.

“Nossos direitos são sagrados. Trabalhamos dia e noite, damos o melhor no exercício das nossas funções. Não vamos pagar por uma crise que não provocamos e não aceitamos que tirem nossos

A LUTA é O úNICO CAMINhO PARA GARANTIR NOSSOS DIREITOS

PAnCO

direitos e conquistas. Produzimos e sustentamos as riquezas desse país, por isso, nós e nossos filhos merecemos uma vida digna, uma pátria soberana, democrática e justa. Merecemos um Brasil desen-volvido e que valorize o trabalho. Merecemos um governo que atenda os interesses dos Brasileiros”. Diz Chiquinho Pereira, presidente do nosso Sindicato.

Infelizmente, o ano que se inicia não será muito diferente. A luta é o único caminho para preservarmos

e ampliarmos nossos direitos e conquistas, e assim será. Nos próximos meses vamos começar nossa Campanha Salarial de 2016. Nosso propósito é o mesmo: con-versar com os trabalhadores e tra-balhadoras, dando as informações necessárias para construir a cons-ciência de que a luta, a unidade e o fortalecimento do nosso Sindicato são essenciais para preservar o nosso passado, garantir o nosso presente e construir um futuro promissor para todos nós!

CAMPANhA SALARIAL DE 2015: VEjA ALGUMAS CONQUISTAS DOS TRAbALhADORES NO AbC E EM SãO PAULO

• REAJUSTE SALARIAL: 10,33% (inflação do período: 10,33%)• PISO SALARIAL NAS EMPRESAS ATÉ 60 FUNCIONÁRIOS: R$ 1.197,93• PISO SALARIAL NAS EMPRESAS ACIMA DE 60 FUNCIONÁRIOS: R$ 1.293,72• PLR NAS EMPRESAS COM ATÉ 20 EMPREGADOS: R$ 241,17• PLR NAS EMPRESAS COM 21 ATÉ 35 EMPREGADOS: R$ 346,69• PLR NAS EMPRESAS ACIMA DE 35 EMPREGADOS: R$ 459,72• DIA DO PADEIRO: R$ 89,37• CESTA BÁSICA NAS EMPRESAS ATÉ 45 FUNCIONÁRIOS: R$ 44,09• CESTA BÁSICA NAS EMPRESAS ACIMA DE 45 FUNCIONÁRIOS: R$ 61,96• MANUTENÇÃO DAS CLAUSULAS ANTERIORES.

• REAJUSTE SALARIAL: 9,5% (inflação do período: 8,89%)• PISO SALARIAL NAS EMPRESAS ATÉ 60 FUNCIONÁRIOS: R$ 1.163,76 em 01/06/2015 e R$ 1.180,00 em 01/11/2015 - Reajuste total de 10.28%• PISO SALARIAL NAS EMPRESAS ACIMA DE 60 FUNCIONÁRIOS: R$ 1.250,74 em 01/06/2015 e R$ 1.270,00 em 01/11/2015 - Reajuste total de 10.43%• DIA DO PADEIRO: R$ 160,00• ABONO SALARIAL - EMPRESAS COM ATÉ 15 FUNCIONÁRIOS: R$ 215,00• ABONO SALARIAL - EMPRESAS COM 16 A 40 FUNCIONÁRIOS: R$ 390,00• ABONO SALARIAL - EMPRESAS COM + DE 40 FUNCIONÁRIOS: R$ 570,00• UMA FOLGA MENSAL AOS DOMINGOS• CESTA BÁSICA: EM PRODUTOS ALIMENTíCIOS• MANUTENÇÃO DAS CLAUSULAS ANTERIORES.

ABC – DATA BASE EM 1º DE JUNHO SÃO PAULO – DATA BASE EM 1º DE NOVEMBRO

fOTOS: PAuLO ROgéRiO “NEguiTA”

fOTOS: PAuLO ROgéRiO “NEguiTA”

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4 Janeiro - 2016

linha do tempo

apesar da difícil situação brasileira, em 2015 nossa categoria realizou e participou de inúmeras lutas. Milhares de trabalhadores foram às ruas para garantir conquistas históricas

que estão sendo retiradas pelo governo e contra os abusos dos patrões, que aproveitam o caos instalado na economia para dificultar as relações de trabalho. Neste cenário, nossa

categoria lutou e obteve importantes vitórias como, por exemplo, reajustes acima da inflação nas negociações dos acordos coletivos e na convenção coletiva de Trabalho.

Tivemos papel fundamental na luta em defesa da Nr 12, contra as Medidas Provisórias 664 e 665, que restringem o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários;

contra a MP 680 que dispõe sobre o Programa de Proteção ao emprego, que reduz a jornada de trabalho, com redução dos salários; contra o Projeto de lei das Privatizações,

contra a corrupção e pela construção de um país desenvolvido, soberano, democrático, com valorização do Trabalho. Foi um ano de muitas lutas e conquistas!

RetRospectiva 2015

Assembleia da Campanha Salarial 2015 com trabalhadores da Bimbo/nutrella

Assembleia da Campanha Salarial 2015 com trabalhadores da Panco

Assembleia da Campanha Salarial 2015 - SPna sede do nosso Sindicato

Manifestação das Centrais Sindicais em Defesa dos Direitos Trabalhistas

Campanha Salarial 2015: greve dos trabalhadores da Padaria Palmeiras

Assembleia da Campanha Salarial 2015 com trabalhadores da Cepan

Assembleia da Campanha Salarial 2015 com trabalhadores da freskito

Show do cantor Amado Batista na festa de Confraternização dos trabalhadores, dez/2015

Show do cantor MC GUI na festa de Confraternização dos trabalhadores, dez/2015

8ª Marcha da Classe Trabalhadora na av. Paulista Por Mais Direitos e qualidade de Vida

Campanha Salarial 2015: reunião de negociação com o Sindicato Patronal

1º de Maio: Seminário 30 anos de Redemocratização do Brasil

Momento de votação no Seminário de Planejamento e Organização do Sindicato dos Padeiros

Chiquinho Pereira, presidente do nosso Sindicato em audiência pública sobre nR12 no Senado

3º Congresso nacional da UGT, Anhembi- SP

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5Janeiro - 2016

linha do tempo

RetRospectiva 2015

Seminário de Planejamento e Organização do Sindicato dos Padeiros

Parcitipaantes do Seminário de Planejamento e Organização, em frente ao prédio da Sede do Sindicato

Assembleia da Campanha Salarial 2015 com trabalhadores da Wickbold

Assembleia da Campanha Salarial 2015 com trabalhadores da Bimbo/nutrella

Manifestação dos Trabalhadores na Luta em Defesa dos seus Direitos av. Paulista

Reunião da federação Brasileira dos Padeiros - febrapan

Manifestação das Centrais Sindicais em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores na av. Paulista

Campanha Salarial 2015: greve dos trabalhadores da Padaria Palmeiras

festa de Confraternização da “família Padeiros”: Chiquinho conversa com os trabalhadores

festa de Confraternização da “família Padeiros”,Papai noel faz a alegria da criançada

Show do cantor Tonyan do forró na festa de Confraternização dos trabalhadores, dez/2015

Show do cantor Amado Batista na festa de Confraternização dos trabalhadores, dez/2015

Participação do governador Geraldo Alckmin na 2ª Reunião Plenária da Executiva nacional da UGT

Escola de Panificação e Confeitaria: uma importante conquista patrimonial da categoria

Campanha Salarial 2015: reunião de negociação com o Sindicato Patronal

3º Congresso nacional da UGT, Anhembi- SP

fOTOS: PAuLO ROgéRiO “NEguiTA”

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6 Janeiro - 20166

Edição nº 52 – janeiro de 2016

sse é o retrato do ensino das escolas públicas brasileiras,

de acordo com o resultado da Pro-va Brasil, divulgada pelo governo federal em novembro de 2014, que avalia alunos da educação básica.

Mais de 65% dos alunos brasi-leiros no 5º ano da escola pública não sabem reconhecer um qua-drado, um triângulo ou um círculo. Cerca de 60% não conseguem localizar informações explícitas numa história de conto de fadas ou em reportagens. Entre os maiores, no 9º ano, cerca de 90% não apren-deram a converter uma medida dada em metros para centímetros, e 88% não conseguem apontar a ideia principal de uma crônica ou de um poema. Essas são algumas das habilidades mínimas espera-das nessas etapas da escola, que nossos estudantes não exibem. É o que mostram os resultados da última Prova Brasil, divulgados

E

O ensino público no brasil: RUIM, DESIGUAL E ESTAGNADO

pelo governo federal no final de novembro de 2014.

A prova avalia, a cada dois anos, o desempenho de alunos do 5º e do 9º ano em português e matemática. Ela é usada para compor o principal indicador de qualidade da educação do país,

o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Os resul-tados revelam, no entanto, algo ainda mais perigoso que o baixo desempenho: a desigualdade. Enquanto em alguns Estados do Sul, como São Paulo e Santa Catarina, metade dos alunos tem

mas os conteúdos ensinados não. Não faz sentido. O governo tam-bém não tem critérios do que é um aprendizado adequado para cada série, embora todos os Estados façam a mesma “Prova Brasil”, aplicada pelo governo federal.

Se a desigualdade do ensino no Brasil é assustador, infelizmente, a dificuldade do aprendizado e assimi-lação dos conteúdos são estarrece-dores. Exemplo recente foi o tema da redação do último ENEM, “violência contra a mulher”, onde mais de 50 mil jovens tiraram zero. Não atingi-ram a capacidade de desenvolver uma linha sobre essa questão tão debatida e divulgada pela grande mídia. Infelizmente, essa é uma dura realidade da educação do nosso país que deve ser transformada, de forma urgente e imediata, se quisermos construir uma nação desenvolvida, onde os seus cidadãos tenham plenos direitos.

iMAgEM RETiRADA DA iNTERNET

DICA DE bOA LEITURA

DICA DE CINEMA

como eu erA AnteS de você

oS dez mAndAmentoSo filme

Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Além disso, trabalha como garçonete num café, um emprego que ela adora e que, apesar de não pagar muito, ajuda nas despesas. E namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe. Quando o café fecha as portas, Lou se vê obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, a ex-garçonete consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto e planeja dar um fim ao seu sofrimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.Autor: Jojo Moyes – Tradução Beatriz Horta – Preço R$ 29,90 – Páginas 320

Sinopse: com efeitos especiais grandiosos e uma história emocionante, o filme produzido pela Rede Record reconta uma das mais famosas passagens da Bíblia: a saga de Moisés, desde seu nascimento até a chegada de seu povo à Terra Prometida, passando pela fuga do Egito através do Mar Vermelho e o encontro com Deus no Monte Sinai. Livre adaptação dos livros Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, o filme cobre mais de cem anos de história, em tramas recheadas de emoção.Elenco: Guilherme Winter, Sergio Marone, Gisele Itié, Samara Felippo, Mel Lisboa, Sidnei Sam-paio, Camila Rodrigues, Petrônio Gontijo, Denise Del Vecchio, Paulo Gorgulho e Larissa MacielDireção: Alexandre AvanciniEstreia Nacional: 28 de Janeiro de 2016

DivuLgAçãO

DivuLgAçãO

aprendizado adequado em por-tuguês, Estados como Alagoas e Maranhão não chegam a ter 20%.

Ao contrário de outros países, o Brasil não tem currículo nacional. Alguns Estados e algumas grandes cidades têm seus próprios currícu-los. As questões são padronizadas,

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7Janeiro - 2016

ais um ano que acaba e com o surgimento do novo

ano renovam-se as esperanças de que tudo pode ser diferente. O ano de 2015 foi de muitas dificuldades para o Brasil que amarga a maior crise econômica e política de sua história recente. Dificuldades sentidas, especialmente, pelos trabalhadores e pela população, principais vítimas das consequên-cias provocadas por essa caótica situação brasileira.

Vivemos um momento de per-plexidade. Temos a impressão que a qualquer momento alguma coisa irá cair sobre nossas cabeças e não temos como evitar, criando uma sensação de impotência e de-sespero coletivo sem, no entanto, tomarmos iniciativas para evitar o desastre que a qualquer instante irá nos atingir. E para piorar, as notícias divulgadas pela grande mídia são sempre negativas e preocupantes.

No mundo do trabalho, por exemplo, somos surpreendidos com Medidas Provisórias que mudam as regras para solicitar o Seguro Desemprego, Pensão por Morte, Auxílio Doença; o famigerado Plano

MFALTA INDIGNAçãO

opinião

de Proteção ao Emprego (PPE) per-mite às empresas reduzir a jornada de trabalho em até 30%, com redu-ção dos salários; o Projeto de Lei da Terceirização é a precarização escancarada; alguns parlamentares querem sustar a Norma Reguladora nº 12 (NR 12), fundamental na pre-venção de acidentes de trabalho, particularmente das mutilações causadas por máquinas e equipa-mentos; o Projeto de Lei que institui o Código do Trabalho, além de ferir artigos importantes da CLT, permite que o negociado prevaleça sobre o legislado, acabando de vez com os direitos trabalhistas.

Ainda com relação ao mundo do trabalho, a crise econômica e a instabilidade política provocada pelos inúmeros escândalos de corrupção que assola os poderes constituídos, têm contribuído com o aumento do desemprego. O efeito mais perverso dessa crise econômica deve rondar o Brasil pelos próximos anos e, segundo economistas, a piora do mercado de trabalho vai acentuar e empurrar a taxa de desemprego para mais de 10% só no primeiro trimestre de 2016, atingindo principalmente a

nossa juventude.Em relação aos direitos sociais

a situação é ainda mais cruel. Na questão da saúde milhares de bra-sileiros estão condenados a morrer nas filas dos hospitais sem qual-quer direito a assistência médica e muitas mortes ocorrem por falta de diagnósticos precoces ou ações preventivas como, por exemplo, o aumento do número de pessoas que estão morrendo vítimas de câncer por não terem acesso a um diagnóstico a tempo de evitar a evolução da doença.

A educação ainda é um sonho para milhares de crianças brasi-leiras que continuam sem acesso a ensino básico. Nossos jovens e adolescentes lutam por uma vaga em escolas e universidades públicas, sendo condenados a trabalhar durante o dia e estudar a noite pagando verdadeiras fortunas para receber conteúdos de péssima qualidade; o direito dos brasileiros ao conhecimento é uma eterna luta e, sinceramente, não existem elementos para perspectivas em médio prazo.

A violência toma conta dos grandes centros urbanos e as

cidades vivem claramente uma espécie de guerra civil, envolvendo traficantes, ladrões e polícia com a população sendo, diariamente, vítima das balas perdidas. A vio-lência de gênero colocou o Brasil como o 5º país do mundo que mata mais mulheres, com índices assustadores: 13 mulheres são as-sassinadas diariamente em nosso país, a maioria negra. A violência contra a nossa juventude não fica atrás e milhares de jovens negros e pobres que moram nas periferias perdem suas vidas para o tráfico e para as ações da polícia ou das milícias. Muitos não chegam aos 21anos de idade.

QuE PaíS é ESSE?Nossa história é repleta de

lutas sociais e políticas. Nossos antepassados deram o sangue e muitos deram a própria vida na guerra pela independência do Bra-sil, pela libertação dos escravos, contra a ditadura getulista e, mais recente, contra a ditadura militar buscando sempre o caminho para construir um país livre, democráti-co, soberano, com desenvolvimento e justiça social.

No entanto, é fundamental res-pondermos a, pelo menos, algumas questões: por que não conseguimos interferir nesse processo brasileiro? Por que os movimentos sociais, o movimento sindical, autoridades li-gados ao parlamento, ao judiciário, setores governamentais, empre-sários e o conjunto da sociedade não reagem e tomam nas mãos

ferramentas políticas para defender o nosso país dessa crise?

A resposta não é fácil e, muito menos, existem receitas prontas para a luta política e nem para a luta de classes. É necessário estu-dar e saber interpretar a realidade conjuntural, o contexto em que ela está inserida para poder agir. Infelizmente, parece que é exata-mente isso que está faltando às organizações sociais do país. Temos a nítida impressão que a acomo-dação, provocada pelas poucas migalhas de poder que lhes são oferecidas, contribuiu para acabar com a capacidade de se indignar perante as injustiças.

Porém, esse é o nosso país e não podemos deixar que essa dura realidade tire de nós a capacidade de nos indignarmos, de lutarmos, de defendermos e construirmos alternativas que tirem o Brasil dessa situação. O movimento sindical brasileiro, assim como outras organizações sociais tem o dever de iniciar junto a sociedade um debate propositivo, com ideias e propostas concretas que tirem o Brasil dessa crise, buscando soluções que nos levem a cons-trução de uma nação soberana, desenvolvida, com justiça social. Onde os direitos dos trabalhadores sejam preservados e ampliados e onde, principalmente, nossa juventude tenha o direito de viver em um país melhor. Essa deve ser a nossa perspectiva para o ano novo que acabou de chegar. Vamos nos indignar mais e lutar mais!

iMAgENS RETiRADAS DA iNTERNET

VEjA A LISTA DAS PADARIAS FORA DA LEI QUE PRECISAM SE REGULARIZAR

OS DIREITOS TRAbALhISTAS SãO SAGRADOS. EMPRESA IRREGULAR DEVE SER DENUNCIADA. SE O PATRãO NãO REGISTRA EM CARTEIRA, NãO PAGA hORAS ExTRAS,

NãO DÁ FOLGA E SÓ LhE TIRA O COURO AVISE O SINDICATO.DE OLhO NOS

FORA DA LEI

• Panificadora Joia do Alvarenga Estrada do Alvarenga, 1.868 Jardim Ofélia – Pedreira – São Paulo/SP

• Panificadora Missionária Av. Yervant Kissajikian, 2.691 V. Constância – Cidade Ademar São Paulo/SP

• Padaria Pães e Doces Guedes & Farias Rua Giuseppe Boschi, 546 Vila Missionária – São Paulo/SP

• Panificadora Nova Original Av. Santo Amaro, 1.215 V. Nova Conceição – Itaim Bibi São Paulo/SP

• Loja Conveniência Santo Afonso Rua Santo Afonso, 35 Jardim Miriam – Cidade Ademar São Paulo/SP

• Supermercado Irmãos do Vale Rua Itingucu, 1.724/1.734 Vila Ré – Penha – São Paulo/SP

• Padaria e Pizzaria Ana Cláudia Rua Benjamin Constant, 758 Centro – Suzano/SP

• Panificadora Jardim Lisboa Rua Dr. José do Amaral, 246 Jardim Lisboa – Penha São Paulo/SP

A MASSA – AjUDE A ESCREVER O SEU jORNALosso Jornal A Massa tem como objetivo informar os trabalhadores sobre as ações do nosso Sindicato, bem como introduzir o debate sobre questões trabalhistas, políticas,

econômicas, culturais e sociais.Queremos que todo trabalhador e trabalhadora participe, sugerindo matérias sobre

temas que gostariam que fossem publicados aqui e manifestando suas opiniões sobre as

N atividades realizadas pelo nosso Sindicato. Por exemplo: o que você achou da Festa de Confraternização dos Trabalhadores, realizada no dia 12 de dezembro de 2015?

Você pode responder esta e outras questões ou enviar suas opiniões, textos temáticos, informações sobre questões que ocorreram no seu local de trabalho através do e-mail: [email protected]. Participe contribuindo com o conteúdo do seu Jornal A Massa!

Page 8: A Massa Janeiro/2016

8 Janeiro - 2016

SãO PAULO DE TODOS NÓS

ão Paulo é o principal centro financeiro, corporativo e mercan-

til da América do Sul. Ela é a cidade brasileira mais influente no cenário global, sendo considerada a 14ª cidade mais globalizada do planeta. Não é por acaso que seu lema, presente em seu Brasão oficial é “Non ducor, duco”, frase em latim que significa “Não sou conduzido, conduzo”.

Fundada em 1554 por padres jesuítas, a cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa in-fluência nacional e internacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político. Ela possui o 10º maior PIB do mundo, representa 10,7% de todo PIB brasileiro, 36% de toda produção de bens e serviços do estado de São Paulo e é sede de 63% das multinacio-nais estabelecidas no Brasil.

São Paulo é a sétima cidade mais populosa do planeta com aproximada-mente 12 milhões de habitantes. Sua região metropolitana é a oitava maior aglomeração urbana do mundo, com cerca de 20 milhões de habitantes, e o chamado Complexo Metropolitano Expandido ultrapassa 30 milhões de habitantes, que representa, aproxi-madamente, 75% da população do estado.

S MaS, QuEM FEz E QuEM Faz tão

gRanDioSa CiDaDE?São Paulo é a cidade mais multicul-

tural do Brasil e uma das mais diversas do mundo. Desde 1870 chegaram ao estado, aproximadamente, 2,3 milhões de imigrantes vindos de todas as par-tes do mundo: italianos, portugueses, japoneses, espanhóis, libaneses e ára-bes. Com a decadência da imigração europeia e asiática após a década de 1930, passou a predominar a vinda de migrantes, em sua esmagadora maioria oriunda do nordeste.

E foram esses nordestinos que, juntamente com os imigrantes, cons-truíram o que São Paulo é hoje: essa grande metrópole. Muitos vieram fugindo da seca em busca de trabalho para sustentar suas famílias, pois já enxergavam o potencial de desenvol-vimento econômico desta cidade. Se os italianos tiveram papel preponderante na arte e conhecimento do campo, os ingleses na construção das ferrovias, os portugueses na arte de construção nas encostas e no comércio de pada-rias, os japoneses, árabes, espanhóis e libaneses na culinária e no comér-cio, os migrantes nordestinos foram fundamentais na construção civil, na

produção de bens de consumo em geral e, também, na culinária.

Nossa categoria, por exemplo, tem forte presença de nordestinos ou de descendentes. Somos mais de 70 mil padeiros, confeiteiros, balconistas, cai-xas, atendentes, auxiliares de limpeza exercendo nossas funções de atender e brindar, muitas vezes com a primeira refeição do dia, trabalhadores de ou-tras categorias que, assim como nós, na chuva, no frio, na madrugada, no calor saem para continuar construindo esta que é a cidade de todos.

São Paulo por suas particularidades, muitas vezes é mal compreendida. Al-guns dizem que ela é cinza, fria e sem alma. Outros acreditam que seus pré-dios e arranha-céus deixam as pessoas amargas e tristes. Não, definitivamente essas opiniões são equivocadas. São Paulo é como todas as cidades grandes e desenvolvidas: em cada canto, em cada espaço, praça, monumento, prédio, rua, museu, escola, parque enxergamos beleza, história, cores, emoções que só quem vive em São Paulo pode sentir. É por isso que essa cidade é tão amada e, ao mesmo tempo, tão incompreendida e criticada. Para entender essa cidade é preciso sentir, viver e se entregar à diversidade que é São Paulo.

São Paulo és chamarisco, com certeza! Filhos postiços te conhecem bem. És berço do trabalho, és fortaleza. Mas para erguer-te vêm povos d´além. E esperançosos de encontrar riqueza De todos os recantos eles vêm. Insistem na labuta com firmeza se querem conquistar algum vintém.

E o esforço em bloco é que te faz enorme. São Paulo, és a cidade que não dorme. Embora tenhas na alma um peito de aço. Na condição de irmão hospitaleiro abrigas com carinho lisonjeiro o mundo inteiro; sob teu regaço.

São PauloPoesia de Analice Feitosa de LimaPublicada no Site São Paulo minha cidade

Monumento dos Bandeirantes

Mercado MunicipalAvenida PaulistaBolsa de Valores de São Paulo (BM&f BOVESPA)

Teatro MunicipalBairro Bela VistaVista aérea da Praça da Sé

Estação Júlio Prestes (Luz)MASP - Museu de Arte de São PauloParque do Ibirapuera

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