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Estágio Interno – 239

Marisa Soares

A memória institucional como instrumento de legitimação

Laura Goldim1

Junho/2012

Resumo

O resgate histórico é uma tendência nas organizações brasileiras, portanto as

instituições de ensino devem usá-lo a seu favor. A legitimação dada pelos ex-alunos,

agora profissionais atuantes na área, é um diferencial na tomada de decisão dos

potenciais alunos da instituição. A Famecos busca trazer a memória da faculdade à tona

para uma melhor divulgação da marca e reconhecimento dos públicos de interesse. Tal

atividade busca atingir objetivos específicos da Famecos e da PUCRS, e se bem feita,

pode gerar muitos lucros.

Palavras-chaves

Famecos – Relações Públicas – história – memória institucional – ex-alunos

1 Estudante da graduação de Comunicação Social – habilitação em Relações Públicas na PUCRS. Contato:

laura.goldim@acad.pucrs.br

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Por que resgatar?

Cada vez mais as pessoas buscam se identificar com as organizações com as

quais mantêm relações. O excesso de concorrência faz com que o produto em si não seja

mais o fator determinante na escolha. No caso do ensino superior, os futuros calouros

são “bombardeados” por diversas instituições, muitas com cursos semelhantes, e cada

uma com suas vantagens. Eis que surge o problema: como escolher uma dentre tantas?

É a partir dessa questão que se levam em consideração elementos subjetivos,

como a simpatia das pessoas que atendem na universidade, a infraestrutura do campus,

o paisagismo, e principalmente a história do local. Esta, não se resume à data de

fundação, mas ao que foi conquistado e ao resultado dos ex-alunos no mercado de

trabalho.

A presença de uma forte tradição determina o que ocorrerá no futuro. No campo

acadêmico, é um grande diferencial ser a instituição que formou profissionais de

sucesso reconhecidos em suas áreas, pois indica que o mesmo pode vir a ser o resultado

profissional dos futuros calouros.

As faculdades de comunicação social, em especial a Famecos, que estão

constantemente aderindo a novas tecnologias para a melhor formação de relações

públicas, publicitários e jornalistas, necessitam prezar pela sua memória institucional.

Utilizando a metáfora do deus romano Jano, que era representado com duas faces, para

que pudesse olhar para frente e para trás, à medida que se avança tecnologicamente, é

preciso valorizar o passado.

Aluna hoje, exemplo amanhã.

Um dos diferenciais da Famecos é a interação proposta com profissionais da

área em diversas disciplinas dos cursos de Comunicação Social. Essa experiência é

bastante valorizada pelos alunos, pois podem esclarecer questões e visualizar suas

possíveis inserções no mercado.

Para um ex-aluno, poder auxiliar na formação de futuros profissionais,

compartilhando sua própria experiência é muito realizador, como afirma Aline Flores,

graduada em Comunicação Social – habilitação em Relações Públicas, em 2007:

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“[...] Me marcou ver um relações públicas atuando, porque a gente

tem muitas dúvidas durante a faculdade. E hoje eu sou essa

palestrante. Sou convidada a ir relatar as minhas atividades para os

alunos, e vou com bastante frequência. Cada vez é mais gratificante,

mais enriquecedor”.

O reconhecimento da marca e sua valorização na área profissional é um fator

determinante na escolha, “[estudar na] Famecos te abre portas. [...] Escolhi pela

tradição”, diz Aline. O objetivo é captar cada vez mais alunos e qualificá-los para

legitimar a instituição em longo prazo. Portanto, a construção de uma boa rede de

relacionamentos é sempre muito importante para os docentes e discentes.

Ter ex-alunos que se orgulhem de serem graduados na faculdade é indispensável

para a construção do orgulho institucional. Eles potencializam a visibilidade da própria

PUCRS. Sendo assim, devem ser usados como ferramentas para legitimação da

organização.

Referências

GOLDIM, Laura. Resenha da obra “Relações públicas na construção da responsabilidade

histórica e no resgate da memória institucional das organizações”. Porto Alegre: 2012.

NASSAR, Paulo. Relações públicas na construção da responsabilidade histórica e no

resgate da memória institucional das organizações. 2 ed. São Caetano do Sul: Difusão, 2008.

206 p.

FLORES, Aline. Entrevista sobre a Famecos [26 jun. 2012]. Entrevistadora: Laura Goldim.

Porto Alegre PUCRS, 2012. 1 arquivo digital (5min41s).