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A Meteorologia e a Propagação dos Incêndios Florestais: 25 anos de Colaboração Por Domingos Xavier Viegas CEIF/ADAI – DEM Universidade de Coimbra Comemoração dos 64 Anos do SMN – Lisboa, IM

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A Meteorologia e a Propagação dos Incêndios Florestais: 25 anos de Colaboração

Por

Domingos Xavier ViegasCEIF/ADAI – DEM

Universidade de Coimbra

Comemoração dos 64 Anos do SMN – Lisboa, IM

Esquema

1. Introdução

2. Breve historial da Colaboração entre o IM e a ADAI

3. Estudos sobre o Índice de Risco4. Características de combustíveis florestais5. Investigação sobre a Propagação do

Fogo6. Conclusão

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Incêndios

Introdução

• É manifestamente reconhecido que o clima e a meteorologia desempenham um papel fundamental na ocorrência e propagação dos incêndios florestais.

• Desde o início da nossa investigação sobre este tema – em 1985 – conscientes deste facto, procurámos o apoio do IM (então INMG) para melhorarmos os nossos conhecimentos sobre o papel do clima e da meteorologia e para fomentar a colaboração entre as nossas instituições.

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Incêndios

• Pretendíamos também aumentar a sensibilização das entidades operacionais para a importância da meteorologia na prevenção e no combate dos IF.

• Devo reconhecer que não foi um percurso fácil, que encontrou apoios – além de resistências –dentro e fora do IM.

• Felizmente os tempos mudaram e houve uma evolução muito positiva nesta área.

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Historial da Colaboração entre o IM e a ADAI

• Começo por recordar o apoio de alguns dos antigos Presidentes do IM, com quem iniciámos esta colaboração: o Dr. Mendes Vítor e o Eng.ºEspírito Santo. Presentemente o Dr. Adérito Serrão.

• O IM esteve presente nas duas primeiras iniciativas que tivemos na área dos incêndios florestais e, desde então tem-nos acompanhado sempre.

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Incêndios

Seminário sobreIncêndios Florestais

Out. de 1986

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• Organizámos diversos Cursos sobre “Meteorologia Aplicada aos Incêndios Florestais ”, realizados em 1987, em 1998 e em 2001, com a colaboração, entre outros, do Dr. Anthímio de Azevedo, Dr. Costa Malheiro, Dr. Casimiro, Dr. Costa Alves, Dr. Zorro Gonçalves, Dra. Ilda Novo, Dr. Prista, Dr. Calado, Dr. Mata Reis, Dr. Palma e da Dra. Teresa Abrantes.

• Estabelecemos em 1988 um Acordo de Colaboração na temática dos incêndios florestais.

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• Realizámos a experiência de deslocar Meteorologistas para apoio directo às operações na Lousã (1990).

• Aquisição de um sistema de acesso a dados do sistema NOAHH na Lousã,

• Projecto do Túnel Aerodinâmico do IM (1990).

• Colaboração mútua no estudo e investigação de temas de interesse comum.

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• Participação em acções de formação ou de divulgação por técnicos do IM e da ADAI

– VIEGAS DX, 1988. O papel da meteorologia na prevenção e combate dos incêndios florestais. Conferência apresentada no Instituto de Meteorologia e Geofísica, Lisboa, 19 de Outubro de 1988.

– ILDA NOVO, 2008. Meteorologia e Riscos naturais. Aula no curso de Mestrado em Dinâmicas Sociais e Riscos Naturais. Univ. Coimbra.

– TERESA ABRANTES, 2010. O Papel da Meteorologia na Gestão de Riscos Naturais. Aula no curso de Mestrado em Dinâmicas Sociais e Riscos Naturais. Univ. Coimbra.

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• Estabelecemos um Protocolo de Colaboração formal em 2004.

• Desde há alguns meses integramos um Consórcio de RISCOS, liderado pelo LNEC, o qual, embora aprovado, ainda não saiu das boas intenções.

• Nesse Consórcio participamos na Área Temática dos Incêndios Florestais, que tenho a honra de coordenar.

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• Classicamente consideram-se os seguintes três conjuntos de factores como sendo determinantes na origem e propagação do fogo:

– Meteorologia– Vegetação– Topografia.

• Embora este conceito não esteja rigorosamente correcto e apesar de estes factores não serem independentes entre si, vou basear-me nesta trilogia para prosseguir a minha exposição.

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Estudos sobre o Índice de Risco

• A avaliação do Índice de Risco associado a factores meteorológicos constitui um elemento básico de qualquer sistema de prevenção e combate aos incêndios.

• Em 1987 o IM utilizava o Índice de Nesterov modificado.

• A divulgação deste índice junto das entidades deixava muito a desejar; a aplicação do mesmo era ainda mais duvidosa.

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Incêndios

Carta de Risco

7-Jun-1988

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• Colocação dos primeiros telex e telefax na Lousã (1988).

• Em 1990 realizámos, no âmbito de um projecto Europeu (MINERVE), um estudo comparativo de sistemas de indexação do risco adoptados em diversos países.

• Desse estudo, que foi apoiado e acompanhado de perto pelo IM, resultou a conclusão de que o Índice Canadiano tinha um desempenho superior a todos os outros.

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• Em resultado deste estudo recomendámos que, a nível Europeu, o índice Canadiano fosse adoptado como standard e aplicado nos diversos países.

• Portugal, através do IM, foi dos primeiros países a fazê-lo.

• Não podemos esquecer as resistências que houve nesta transição.

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• Tive o gosto de colaborar com o Dr. Mata Reis num trabalho que consistiu na calibração do FWI para cada um dos distritos de Portugal Continental.

– VIEGAS DX, Reis RM, Cruz MG & Viegas MT, 2004. Calibração do Sistema Canadiano de Perigo de Incêndio para aplicação em Portugal. Silva Lusitana. Vol. 12, nº1, Junho 2004.

• Este estudo contribuiu para um melhor acerto do Índice e para a sua melhor aceitação.

• Mesmo assim persistiram tentativas de voltar atrás e de impor outros sistemas e metodologias.6-10-2010

Meteorologia e Propagação de Incêndios

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• Tive oportunidade de orientar diversos estudos de pós-graduação em que se aplicou o índice Canadiano a dados de vários países e regiões, com muito bons resultados.

• SAMPAIO OB, 1999. Análise da Eficiência de Quatro Índices, na Previsão de Incêndios Florestais para a Região de Agudos-SP”, Tese de Doutoramento, Universidade Federal do Paraná, Curitiba 1999.

• MANTA NOLASCO MI, 2004. Estudio de la Estructura y Funcionamento de Dos Indices de Peligro Meteorologico de Incendios Forestales. Aplicacion a Tres Zonas Climáticas de España Peninsular, Tese de Doutoramento, Universidad Politécnica de Madrid, Madrid 2004.

• OLIVERAS MENOR I, 2006. Number of Fires, Large Forest Fires and Prescribed Burning in Mediterranean Ecosystems, Tese de Doutoramento, Universitat Autònoma de Barcelona, Setembro 2006.

• GABBAN A. 2007. Assessment of Forest Fire Risk in European Mediterranean Region:Comparison of satellite-derived and meteorological indices. Univ. de Coimbra, 22 de Janeiro de 2007.

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• Como sabemos o Sistema Canadiano foi adoptado, desde há anos, pela Comunidade Europeia.

• Hoje em dia podemos dizer que o FWI constitui uma linguagem comum na comunidade científica e operacional internacional.

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Relação entre a área ardida em Portugal e a precipitaçãonos meses de Janeiro a Abril (Coimbra)

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1975-2000

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0 50 100 150 200 250 300 350 400

A

kHa

R'2 mm

Relação entre a área ardida em Portugal e a precipitação

nos meses de Junho a Setembro (Coimbra)

Características de combustíveis florestais

• Embora saibamos que qualquer vegetal possa servir de suporte a uma reacção de combustão, no estudo dos incêndios florestais prestamos uma particular atenção aos chamados combustíveis finos e, em especial da manta morta.

• São eles que suportam a ignição inicial e a propagação do fogo pelo que importa conhecer as suas propriedades.

6-10-2010 28Meteorologia e Propagação de

Incêndios

• Entre essas propriedades avulta o teor de humidade, que definimos por:

– Mv é a massa verde ou inicial do combustível– Ms é a massa seca do combustível.

• O conhecimento do teor de humidade e a sua relação com os factores meteorológicos é da maior importância para a gestão dos incêndios.

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s

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MMm

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Mesa de Combustibilidade

Determinação de Ro

Meteorologia e Propagação de Incêndios

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Leito de agulhas de Pinheiro Bravo(1 kg/m2)

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Carqueja

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SecoVerde

Meteorologia e Propagação de Incêndios

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Câmara climática

Meteorologia e Propagação de Incêndios

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Portugal (1987-1997)

0

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200

0 5 10 15 20 25 30 35 40

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Ann

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60 70 80 90 100FFMC

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Valores de DC para Coimbra, desde 1 de Janeiro (médias de dez dias)

0

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1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27

Decades

DC

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Portugal (1987-97)

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150

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DC (June-Sept.)

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Ha)

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Incêndios43

Teor de humidade de folhas de arbustos em função do DC

0

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0 200 400 600 800 1000 1200DC

mf % Calluna

Chama

Ulex

Significado do DC

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Ensaios de campo (Vegetação arbustiva)

0

1

2

3

4

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6

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0 2 4 6 8 10 12

ISI

R (

m/m

in)

Significado do ISI

Investigação sobre a Propagação do Fogo

• Historicamente o nosso programa de investigação foi iniciado em 1985, e foi despoletado pelo acidente ocorrido em Armamar, a 8 de Setembro, no qual perderam a vida 14 Bombeiros daquela Corporação.

• Propusemo-nos contribuir para compreender melhor o papel do vento e da topografia no comportamento do fogo, com vista a melhorar a segurança das pessoas.

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Incêndios

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Acidente de Armamar (8 de Setembro de 1985)Local onde morreram os três Irmãos Carvalheira, de entre as 14 vítimas do acidente

• A nossa resposta a este problema consistiu em procurar aprofundar a compreensão destes fenómenos, com vista a ajudar as pessoas no terreno.

• Cientes da dificuldade e complexidade do problema, procurámos desde o início, a ajuda de especialistas de outras especialidades, entre os quais, naturalmente, os Meteorologistas.

6-10-2010 47Meteorologia e Propagação de

Incêndios

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2004

Lousã

Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais

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Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais

2008

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Combustion Wind TunnelLousã - Portugal

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Joint effects of slope and wind

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Dihedral Combustion Table

8x4 m2

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Campo de ensaios da Gestosa

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Gestosa 200231st May 2002

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Fundão, 30 July 2003

Observation of real fires and case studies

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21:23 h

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Mesa de declive

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Foco pontual numa encosta

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Simulação laboratorial de fogo num desfiladeiro

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R/R

o

R'in

R'med

R'fin

δ=40º

Foco pontualnum desfiladeiro

δ=40º

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Incêndios

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Área (m2)

Perímetro (m)

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O Triângulo dos Factores do Fogo

Com

bust

ível

Topografia

Meteorologia

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Topografia

Tem

poVeg

etaç

ão

Meteorologia

O Quadrado do Fogo:

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Mapa topográfico

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2 Vítimas

5-8-03

Acidente de Freixo-de-Espada-à-Cinta

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Accident

Start of blow-up

Start of Fire

Meteo station

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Estação Meteorológica

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Freixo E C 5 Aug 03

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Tem

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Temperatura do ar

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Rumo do vento

0

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0:00 3:00 6:00 9:00 12:00 15:00 18:00 21:00 0:00

Direcção do vento

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Wind velocity

0

10

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0:00 3:00 6:00 9:00 12:00 15:00 18:00 21:00 0:00

Velocidade média e máxima

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Formação de Bombeiros e outros Técnicos, em colaboração com a Escola Nacional de Bombeiros

Meteorologia e Propagação de Incêndios

Focos secundários

• Este é um problema muito complexo que tem, pelo menos, as seguintes componentes:

– Emissão de partículas– Transporte de partículas pelo fogo e pelo vento– Combustão da partícula durante a trajectória– Ignição potencial do leito florestal.

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Propagação por focos secundários

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14

3

2

1 Geração de partículas2 Transporte3 Combustão4 Ignição do leito

CURSO DE SEGURANÇA PESSOAL E COMPORTAMENTO DE UM INCÊNDIO FLORESTAL

Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais

PropagaPropagaçção de Fogos de Copas ão de Fogos de Copas –– Alguns FactosAlguns Factos

- ??

01 02

03 04

Fotos: Pedro Palheiro (CEIF/ADAI)

Emissão de partículas durante a combustão

6-10-2010 84Meteorologia e Propagação de

Incêndios

Análise com PIV (Velocimetria de partículas)

6-10-2010 85Meteorologia e Propagação de

Incêndios

Número e dimensão das partículas Campo de velocidades

Combustion of particles in flight

6-10-2010 86Meteorologia e Propagação de

Incêndios

Oblique wind tunnel

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Incêndios87

6-10-2010Meteorologia e Propagação de

Incêndios88

Formação de um tornadonum ensaio laboratorial

6-10-2010Meteorologia e Propagação de

Incêndios89

Figure M – Photos taken at 5 seconds intervals from ignition for test with a slope α=30º.

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Figure M – Photos taken with Infra red camera at 3 seconds intervals for test with a slope α=30º. The times of the

frames are respectively: 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21 and 24 seconds after ignition.

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1

10

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Incêndios92

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Incêndios93

Os incêndios de Victoria (Austrália)

• No início do mês de Fevereiro de 2009, na sequência de um período de seca e de uma onda de calor sem precedentes, ocorreram diversos incêndios, em Victoria, no Sul da Austrália.

• No dia 7 de Fevereiro, um sábado, ao início da tarde, surgiram alguns novos incêndios que vieram agravar a situação.

• Com ventos da ordem de 60 a 90 km/h e temperaturas da ordem de 42 a 47ºC, rapidamente se tornaram em catastróficos.

6-10-2010 94Meteorologia e Propagação de

Incêndios

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Incêndios95

7 Feb 2009

Principais incêndios no dia 7 de Fevereiro

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Incêndios96

Nome Hora Área (Ha) Vítimas Casas

Bunyip (4 Fev.)

Kilmore 11:49 90.000 121 1.244

Horsham 12:26 2.200 68

Coleraine 12:36 775 1

Pomborneit 13:17 1.300

Churchill 13:33 24.500 11 247

Murrindindi 15:00 168.542 39 590

Redesdale 15:11 9.500

Narre Warren 15:32 7

Bendigo 16:34 330 1 58

Beechworth 18:09 31.000 2 29

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Gama de intensidades que não épossível combater com os recursos actuais

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Incêndio de Kilmore

Temperatura e Humidade Relativa7 Fevereiro

Velocidade e direcção do vento

7 Fevereiro

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Pine Ridge Road

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Incêndios105

Criação de um novo Nível de Perigo

6-10-2010Meteorologia e Propagação de

Incêndios106

Canberra, Janeiro de 2010

Conclusão

• Temos de estar preparados para enfrentar este tipo de situações catastróficas, que podem ocorrer em qualquer lugar.

• A Meteorologia tem um papel muito importante na previsão e pré-aviso destas situações, para ajudar a salvar vidas.

• Há no entanto um longo processo de aprendizagem a realizar.

6-10-2010 107Meteorologia e Propagação de

Incêndios

• A ADAI orgulha-se e está agradecida por poder contar com a parceria do IM no seu trabalho de investigação .

• Mantem a sua inteira disponibilidade para prestar toda a colaboração que esteja ao seu alcance para o continuar a fazer.

6-10-2010 108Meteorologia e Propagação de

Incêndios

Acidente de Gondomar, Agosto de 2010

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Incêndios109

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