A MOEDA ISLÂMICA NO AL ANDALUZ Origens, …-m.-telles... · Apogeu do poder almóada na Península...
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Miguel Telles Antunes
A MOEDA ISLMICA NO AL-ANDALUZ.
Origens, desenvolvimentos,
importncia econmica
ACADEMIA DAS CINCIAS DE LISBOA
FICHA TCNICA
TITULO
A MOEDA ISLMICA NO AL-ANDALUZ. Origens, desenvolvimentos, importncia econmica
AUTOR
MIGUEL TELLES ANTUNES
EDITOR
ACADEMIA DAS CINCIAS DE LISBOA
EDIO
DIANA SARAIVA DE CARVALHO
ISBN
978-972-623-332-9
ORGANIZAO
Academia das Cincias de Lisboa
R. Academia das Cincias, 19
1249-122 LISBOA
Telefone: 213219730
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A MOEDA ISLMICA NO AL-ANDALUZ
Origens, desenvolvimentos, importncia econmica
Miguel Telles Antunes
(Scio Efectivo da Academia das Cincias de Lisboa;
Director do Museu Maynense)
Nota preambular
O sucesso do ciclo Testemunhos da presena islmica em Portugal, no mbito
do Curso do Instituto de Estudos Acadmicos Adriano Moreira, da Academia das
Cincias de Lisboa, traduz o interesse crescente do pblico por uma temtica rica. Com
efeito, eram muito limitados os conhecimentos acerca da presena secular dos mouros
na rea onde hoje Portugal. Parte da parte islmica da Pennsula, por eles denominada
Al-Andaluz.
Mas, porqu abordar a numismtica? Razo essencial porque fornece
informao particularmente valiosa. Poder e propaganda, religiosa e poltica, valor,
flutuaes da economia e do comrcio, crises tudo aparece, ou pode aparecer,
espelhado na moeda. No caso do ouro, a denominao fundamental era o dinar, nome
que deriva afinal do latim denarius aureus. De incio, mais no foram do que
adaptaes sensivelmente do mesmo valor da moeda do Imprio romano tardio e
continuada no Imprio bizantino, o solidus. A proibio da usura pelo Coro resultava
em que, excepo de graves crises, a moeda islmica era melhor em ttulo que a
moeda de estados cristos, e circulava nestes.
Quanto prata, a denominao fundamental era o dirhem, nome derivado de
dracma, espcie monetria grega adoptada pelos Samnidas do Iro e continuada aps o
advento do Islo.
Enfim, havia divisores de cobre, os fuls (plural), felce no singular, nome que
nada mais do que o da moeda bizantina, o follis. Foroso concluir que o advento da
moeda islmica representou de certo modo uma continuidade com o passado e no uma
transformao radical.
Episdios de empobrecimento? Quando o dinheiro abunda, at possvel aos
governantes fazer uns floreados. A demagogia tambm tem o seu papel. Se falta a
riqueza, acaba por no se enganar mais o respeitvel pblico. As desvalorizaes
acontecem, e at pode advir a bancarrota.
Faz sentido recordar alguns factos fundamentais. Primeiro, o denominador
comum, a predominncia poltica de aderentes ao Islamismo, mas estes no devem ser
vistos de modo simplista. Dos pontos de vista tnico e religioso, a par de rabes
nobres da Sria e de outros do Sul, como os iemenitas, havia grande nmero de
berberes, e variadssimos de outras origens. Coexistiam com descendentes islamizados
de populaes de origem latina, ou germnica, a par de imigrantes originariamente
cristos, como os numerosos eslavos que integraram como mercenrios os exrcitos
peninsulares. Tudo isto alm de populaes que permaneceram crists, e de judeus
sefrdicos.
Do ponto de vista religioso, o Islamismo no era monoltico. Na maioria
seguiam a tradio. Tal como hoje, eram sunitas, ainda que enquadrados por diversas
distines quanto a escolas de pensamento.
Diviso fundamental resulta do massacre, em Damasco, na Sria, da Dinastia
Califal dos Omadas, quase inteiramente exterminados pelos Abcidas, vindos, segundo
eles, para restabelecer a justia. Transfeririam a sede do Califado para Bagdad.
Porm, um nico Omada consegue fugir: Abd-er-Rahman, o emigrante, que
fundaria um Amirado no Al-Andaluz, eliminando a o regime de Governadores
dependentes do Califa oriental. O Amirado originou o Califado com capital em
Crdova, rival do que tinha sede em Bagdad. Da a existncia simultnea de dois
Califas, o que no obliterou a presena de islmicos minoritrios mas de fortes
convices at hoje! , os xiitas. Veneram em especial o 4. Califa, Ali, casado
com Ftima, filha do Profeta. Ali foi derrotado, destitudo, assassinado. Mas os seus
adeptos jamais desistiram. No surpreende que, onde quer que ganhassem fora, se
constitussem aparte. Da resultou um terceiro Califado, o dos Fatimitas, com alguma
influncia no Al-Andaluz. Pude recuperar moedas fatmidas em achados ocorridos em
Pinhel e Mrtola.
Entretanto surgiram novas correntes religiosas e polticas com influncia do
Al-Andaluz. Assim, no houve uma invaso rabe, houve vrias alm das iniciais.
Alm de perodos correspondentes ao Amirado e ao Califado Omada sedeado em
Crdova, houve eventos revolucionrios de que resultou o colapso do poder central e a
fragmentao em reinos dissidentes, as taifas. Da decadncia destes resultaram a
progresso dos cristos do Norte e outra grande invaso, a dos Almorvidas ou
eremitas, os consagrados a Deus, que haviam constitudo um grande Imprio na frica
do Norte. Decadncia dos almorvidas resultou em novas taifas, a que sucedeu a grande
invaso dos Almadas, os unitrios, ferrenhos defensores de um Islo radical. Tanto
Almorvidas como Almadas introduziram sistemas monetrios baseados no ouro e
prata, de tipologia diferente mas de boa qualidade. Os Almorvidas, a par dos dinares e
raros dirhems, cunharam pequenas moedas de prata, os quirates e fraces. Quanto aos
Almadas, introduziram dinares e fraces de tipologia diferente, com quadrado
preenchido por inscries, e moedas de prata quadradas, muito tpicas.
Da queda dos Almadas resultaram novas taifas, a ltima das quais, a de
Granada, seria conquistada em 1492 pelos Reis Catlicos. Assim terminou a histria
dos Estados Islmicos peninsulares. Em frica, o Imprio almada cindiu-se em trs
partes, a dos Hfsidas aproximadamente no que hoje a Tunsia, Zinidas na Arglia,
e Mernidas em Marrocos. A estes, aliados a Granada, se deve uma derradeira invaso
de grandes propores para reconquistar terreno, saldada pela sua derrota na Batalha do
Salado.
A moeda islmica evoluiu e relacionou-se de modos vrios com as moedas
crists. Basicamente houve cunhagens de ouro; de prata s vezes adulterada para bilho,
ou seja, liga com mais de 50% de cobre; e de cobre.
Tambm de notar caractersticas de legendas, em que frequentemente
acentuada a Profisso de F. Mas, tambm nisso, h antecedentes ante-islmicos.
Enfim, com excepes, evitada a representao da figura humana, ou de outras.
No entanto, de sublinhar que, muitas vezes, houve a preocupao em produzir
moedas do mesmo valor, ou de valor facilmente cambivel em moedas de Estados,
sobretudo de Estados cristos, o que, afinal, facilitava o comrcio. A conquista crist do
Algarve no impediu que os excelentes figos secos, as amndoas e o mel no
continuassem a ser comprados por mercadores islmicos.
Houve mesmo a registar a tentativa de penetrao comercial a partir das praas
portuguesas em Marrocos, com o lanamento de fuls em nome de Manl, sultn
Bortqal.
Mais tarde, resolvido o abastecimento de ouro obtido, sobretudo, na feitoria de
Arguim, o Portugal de Afonso V lanou moeda de ouro com projeco internacional, o
cruzado. Mas, afinal, o cruzado tinha valor correspondente ao dos florins e sequins de
Veneza, Arago e outros Estados, a par do dinar dos sultes mamelucos do Egipto.
Ainda mais tarde e tratando de boa e grande moeda de prata, cerca de uma ona, o
thaler de territrios germnicos veio a ter a concorrncia dos reales de a ocho do
Imprio espanhol, dos meticais do grande rei de Marrocos Mohammed III, dos dlares
norte-americanos e ingleses, e at dos dlares do Imprio Otomano.
Religies aparte, as relaes econmicas foram-se desenvolvendo. Assim foi. E
continua...
Ano
AD
Ano
Hgira
Governao em territrios
islmicos
Eventos referncias/
data
711 92 CALIFADO OMADA (Damasco)
GOVERNADORES califais no
Al-Andaluz
1. INVASO ISLMICA
Batalha de Guadalete
Colapso do Estado visigtico
750 132 Califado Abcida, mantendo-se em
funes no Al-Andaluz o LTIMO
GOVERNADOR OMADA
Massacre dos Omadas e fuga de
Abd-r-Rahman, da Sria frica
do Norte e da ao Al A n d a l u z
756 138 Advento de Abd-r-Rahman I e
instaurao do EMIRADO
(Omada) de A l - A n d a l u z
Imigrao de numerosos rabes
do Norte (Sria, etc.), do Sul
(Imen, etc.), iranianos, berberes e
eslavos
Tempos islmicos na Pennsula Ibrica
929 316 O Emir Abd-r-Rahman III
proclama-se Califa; instaurao do
CALIFADO DE CRDOVA,
correspondendo tambm a
competio sunita contra o
Califado F a t m i d a, x i i t a
Prestgio do Califado com
Abd-r-Rahman III e seu filho
Al-Hakem II; sucede-lhe o inepto
Hixam II, dominado por
Almansor; apogeu poltico-militar
com base em foras berberes
1009 399 Revoluo (FITNA): - Hixam II
forado a abdicar.
At 422, 14 reinados efmeros de
califas Omadas (7) e Hammdidas
(3); pelo menos 6 foram
assassinados, os outros f u g i r a m
Anarquia e guerra civil, com
apoios dos estados cristos. Os
governadores das provncias
assumem poder real, s vezes
invocando um Califa
desaparecido ou indeterminado
1031 422 Fim do Califado de Crdova, com
retirada de Hixam III; prossegue a
fragmentao em Reinos
dissidentes, as 1.as TAIFAS.
Decadncia econmica, com
desvalorizao da moeda, nuns
casos devido a tributos pagos ao R
e i n o de L e o e C a s t e l a
Principais taifas com territrio
hoje portugus:
-B a da j o z (Dinastia Alaftcida)
e
-S e v i l h a (Dinastia Abbdida).
Avano da reconquista crist
CHRISTIAN
KINGDOM
0 150 Km
Taifas do Califado
1057 448 Surge novo poder na frica do
Norte, o
IMPRIO A L M O R V I D A
Reis de taifas pedem socorro
aos almorvidas
2. INVASO ISLMICA
(a l m o r v i d a )
1086- 479- Os almorvidas invadem o
Al-Andaluz (479)
Derrotam Afonso VI na batalha
de Zalaca, 479/1086, submetem
taifas e recuperam ante os cristos
1145 539 Enfraquecidos pela sublevao dos
almadas em frica a partir de
524/1130, os almorvidas entram
em decadncia e desaparecem
(execuo do ltimo Amir em
541/1146). Revoltas no Al-Andaluz,
entre as quais a de Ibn Qasi.
2.as TAIFAS, perodo do maior
interesse para territrio hoje no Sul
de Portugal.
Ibn Qasi tentou aliana com Afonso
Henriques; foi assassinado em
Silves
Ibn Qasi funda (539) um Estado
com sede em Mrtola. Tem
pretenses ao domnio (ou
alianas) com Ibn Wazir de
vora, Abu Talib em Beja, e
outros; Hamdin proclamado rei
em Crdova, mas destitudo, no
sem ter sido acatado por Ibn
Wazir, que chegou a
proclamar-se rei.
Cunhagens em Mrtola, Beja e
Silves
1147 541 Foram constitudos o IMPRIO e
CALIFADO ALMADA.
Entram na Pennsula (542) e
progressivamente, at ca. de
600, submetem as taifas
anti-almorvidas
3. INVASO ISLMICA
(A l m a d a s).
Submisso de taifas; eliminao
de Ibn Qasi e adeso de Ibn Wazir
(548 / 1154). O 2. Califa, Abu
Yacub Yusuf, ferido ao atacar
Santarm, sem sucesso, falecendo
(581 / 1186)
1184-
1199
580-595 Reinado do 3. Califa. Apogeu
do poder almada na Pennsula
O 3. Califa, Abu Yusuf Yacub, o
Vitorioso (Al-Mansur), recupera
terreno at Almada (586 / 1191)
e derrota os castelhanos na
batalha de A l a r c o s (591 / 1195)
1212 609 Viragem decisiva e decadncia do
poder almada na Pennsula e em
frica, onde o Imprio se cinde em
3 reinos: interessa em especial o
dos M e r n i d a s (em Marrocos)
O 4. Califa, Abu Abd Allah
Muhammad al-Nasir, derrotado
na batalha das Navas de Tolosa
(609 / 1212)
1228 625 Comeo das 3.as TAIFAS.
Reinos de:
Mrcia (625 /1228 - 668/ 1269) e
Granada (629 / 1232-897 / 1492).
Interesse para o Algarve
O ltimo Amir do Algarve,
Mussa ben Muhammad ben
Nosair ben Mahfuz, derrubado
(conquista completa do Algarve,
1249)
Cunhagens
1340 740 SOBERANIA PORTUGUESA em
todo o territrio.
4. INVASO ISLMICA
(M e r n i d a s).
Importantes foras tentam, em
associao com Granada,
recuperar territrio aos cristos,
mas so derrotadas na batalha do
Salado (740 / 1340), com
participao do exrcito
portugus comandado por Afonso
IV
1415 - 817 Conquista de Ceuta, expanso em
Marrocos e a feitoria de Arguim.
Descobertas. O ciclo do ouro da
ndia. A mata atlntica e o pau
Brasil. O ciclo do ouro do Brasil.
Relaes nem sempre conflituosas,
com intercmbio comercial.
Afluxo de ouro de territrios ao
Sul do Sahara e profundas
consequncias na economia
portuguesa. Etc.
Metal
Nomes
em rabe
Nome Origem do nome
Cu
pl.
Fals, Felce
pl. Fuls
De follis, , tipo monetrio do Baixo Imprio romano,
ps - 294 AD, reinando D i o c l e c i a n o.
Mantido no Imprio Bizantino
Ag
(ou bolho)
pl.
Dirham, Direme
pl. Darhim
Foram emitidos duplos e fraes
(1/2, 1/4)
De dracma, , pl. dracmai, , moeda do I m p r i o
S a s s n i d a (Iro), adoptada inicialmente pelos rabes.
Foram emitidos subdivisores
Ag Quirt, Quirate Mltiplo: duplo quirate < >
dirhem. Submltiplos :
1/2, 1/4, 1/8, 1/16
Pequenas moedas, importantes na numria dos Almorvidas
e taifas subsequentes, as 2as. Peso de 1 quilate
Au
(s vezes
degradado
Dnar, Dinar H mltiplos e fraes:
1/2, 1/3, 1/4
De denarius [aureus], a moeda de ouro romana, substituda no B a
i x o I m p r i o pelo solidus, mantido durante o
I m p r io B i z a n t i n o. Foram emitidos subdivisores
Em muitas moedas islmicas, a legenda descritiva da data e local da oficina de cunhagem
comea pela evocao de tributos de Deus, que alis j constam da Bblia: Em nome de Deus Clemente e Compassivo, a mesma frase que inicia todos os Sura do Coro:
Em nome de Deus = ...
MOEDAS DE OURO
D i n a r e s primitivos, espessos mas de mdulo reduzido como os
s o l i d i bizantinos da frica do Norte:
- O 1. com a profisso de F mas legendas perifricas em letras latinas;
- outro, de liga baixa com prata (electro, esverdeado), onde a legenda em
letras latinas cerca uma estrela.
D i n a r de tipo omada.
S o l i d i bizantinos de peso correto e mdulo reduzido, cunhados na frica do
Norte (Imperador H e r c l i o; Herclio + Herclio Constantino).
S o l i d u s ( direita) normal, de Constantinopla, tambm em nome de
Herclio + Herclio Constantino .
MOEDAS DE PRATA
- D r a c m a de tipo sassnida ( direita) com palavras em rabe, modelo dos d i r h
e m e s;
- M i l l i a r e s i o n bizantino com cruz potenciada, tipo semelhante ao dos d i r h
e m e s
- D i r h e m e s do Amirado de Al-Andaluz; caligrafia cfica, tipo omada.
F e l c e s (Pl. F u l u s e s), moedas de cobre muito comuns no
Al-Andaluz em tempos dos Governadores em nome dos Califas do
Oriente, antes do Amirado
Califado de Al-Andaluz: d i n a r e s de dimetro crescente emitidos em nome do 1.
Califa Omada, Abd al-Raman al-Nir li-Dn Allh (Abderramo III, 300-350 H)
Califado F a t m i d a (Xiita, referindo com destaque o 4. Califa, Ali; Mahgrebe
e Siclia) D i n a r tpico, com legendas concntricas, ladeado por d i r h e m s
semelhantes, exemplares encontrados em Portugal (Pinhel,
o dinar; Mrtola, os dirhemes)
D I N A R E S: RABE E IMITAES PELOS CRUZADOS
D i n a r e s (da direita para a esquerda): S A L A D I N O (Egipto, etc.) e imitaes
da P a l e s t i n a , sucessivamente mais afastadas do modelo original , com escrita
muito deficiente, com erros ou ilegvel; o ltimo ( esquerda) com uma cruz
D i n a r e s do Al-Andaluz [C r d o v a, esquerda];
e do Mahgreb / F e z, Marrocos [ direita]
em nome do Califa Omada
H i a m a l M u a y a d b i l l h (366 399 H; 2. reinado,
400 - 403 H ), pouco antes da revoluo (F i t n a) de 399 H.
Pesos (g), dimenses (mm) e n de moedas de ouro, vrias emisses
LIGAS E TEORES DE OURO (da esquerda para a direita)
Califado (O m a d a e H a m m u d i d a) de AlAndalus;
primeiras T a i f a s; Califado F a t m i d a,
Reino N o r m a n d o (Siclia); Imprio A l m o r v i d a
T A I F A DE S E V I L H A (A b b d i d a s)
D i n a r e Quarto de D i n a r
A b b a d a l - M u t a i d, 1042 - 1069
TAIFA DE SEVILHA (A b b a d i d a s)
M u h a m m a d a l M u t a i d (1069-1091),
D i n a r e s e fraco de D i n a r
TAIFA DE SEVILHA (Abbadidas)
M u h a m m a d a l - M u t a i d : d i n a r;
fraco de d i n a r (AV) ; d i r h e m (AE)
TAIFA DE BADAJOZ (Alaftcidas)
B a n u a l - A f a s, fraces de d i n a r,
AV e AV degradado ( direita)
TAIFA DE TOLEDO (Dul Nnidas)
A l - f i r (1); A l M a m n (2 a 4) (nome em rabe)
; Al Q d i r (5, direita e em baixo).
F r a e s d e d i n a r, bvia e espectacular degradao da
liga de ouro
IMPRIO ALMORVIDA
Revoluo monetria nas moedas de prata: anversos
de Q u i r a t e, meio Q u i r a t e e quarto de Q u i r a t e, este em
nome de A l b e n Y s u f (1106 - 1143)
TAIFAS ALMORVIDAS (segundas Taifas)
Quirate de A h m a d b e n Q a s [3. linha]
A b d / A l l a h Mrtula [4. linha] / Mrtola
TAIFAS ALMORVIDAS
Quirate em nome do rei de vora,
I b n W a z i r [linha em baixo]
CUNHAGENS DE CRISTOS
esquerda, d e n r i o semelhante aos do arcebispo de Kln,
D i e t r i c h von H e i n s b e r g (ca. 1204), perdido por um cruzado
em 1217 na conquista de Alccer do Sal; d i n h e i r o de bolho, id.;
d i n h e i r o de A f o n s o H e n r i q u e s, de bolho, com pentalfa semelhante ao
de moedas almorvidas
GNESE DO MORABITINO
D i n a r e s :
- direita, A l b e n Y s u f (Almorvida) , Sigilmessa (Marrocos);
- Taifa almorvida de Mrcia, A m a d b e n H d, Mrcia 540 H;
- D i n a r c r i s t o de A l f o n s o VII, Toledo;
- esquerda, M o r a b i t i n o de S a n c h o I, Coimbra?, Portugal
esquerda, d i n a r c r i s t o de Toledo, de Alfonso VIII de Leo e
Castela (1158 - 1214), em rabe excepto ALF; a meio, i d. Alfonso IX de Leo
(1188-1230), letras latinas; em baixo, m o r a b i t i n o de Sancho I (1185 -
1211). direita, morabitino de Sancho I, anverso e reverso.
D i n a r c r i s t o de A l f o n s o V I I de Leo e Castela, Anverso (
esquerda) e explicao da legenda central
ALMADAS
R e v o l u o monetria
- d i n a r ( direita) e
- d i n a r ( dobra ) , ambos com quadrados inscritos;
- d i r h e m inicial , circular mas com quadrado inscrito;
- moedas de prata quadradas: duplo d i r h e m (rarssimo,
talvez usado como amuleto);
- d i r h e m; - d i r h e m; e - d i r h e m.
TAIFAS ALMADAS
D i r h e m e quadrado de
M s b e n M o a m m a d b e n N u a r b e n M a f z
ltimo Emir do Algarve; invoca como pontfice um Califa do Oriente indefinido,
Abssida; deixou de reconhecer o califa Almada.
E no h vencedor seno Deus D i n a r n a s s r i d a, Reino de Granada
LTIMA TAIFA
Patio de los leones ( esquerda) e
Sala de las dos hermanas
Alhambra, Granada
MOEDAS em uso, essencialmente na 2. metade do sc. XV
C r u z a d o, Afonso V, Portugal; F l o r i m de Florena; G e n o v i n o de
Gnova; ao centro, D u c a d o de Veneza; em baixo, esquerda , D i n a r de B a
r s b a y, Sulto mameluco do Egipto.
Segundo F. A. Costa Magro, 1986: 206,
Ceitis, Ed. Instituto de Sintra (modificado)
Um f e l c e de D. Manuel I, o c e i t i l a r b i c o da literatura.
Exemplar encontrado no Castelo de Alccer do Sal ca. de 1952.
Segundo M. Telles Antunes, 1989,
O Arquelogo Portugus, sr. IV,
6/7: 298
(Comunicao apresentada no Instituto de Estudos Acadmicos para Seniores, no ciclo de conferncias
A moeda conta a histria, a 15 de maro de 2017)