A MOEDA ISLÂMICA NO AL ANDALUZ Origens, …-m.-telles... · Apogeu do poder almóada na Península...

43
Miguel Telles Antunes A MOEDA ISLÂMICA NO AL-ANDALUZ. Origens, desenvolvimentos, importância económica ACADEMIA DAS CIÊNCIAS DE LISBOA

Transcript of A MOEDA ISLÂMICA NO AL ANDALUZ Origens, …-m.-telles... · Apogeu do poder almóada na Península...

Miguel Telles Antunes

A MOEDA ISLMICA NO AL-ANDALUZ.

Origens, desenvolvimentos,

importncia econmica

ACADEMIA DAS CINCIAS DE LISBOA

FICHA TCNICA

TITULO

A MOEDA ISLMICA NO AL-ANDALUZ. Origens, desenvolvimentos, importncia econmica

AUTOR

MIGUEL TELLES ANTUNES

EDITOR

ACADEMIA DAS CINCIAS DE LISBOA

EDIO

DIANA SARAIVA DE CARVALHO

ISBN

978-972-623-332-9

ORGANIZAO

Academia das Cincias de Lisboa

R. Academia das Cincias, 19

1249-122 LISBOA

Telefone: 213219730

Correio Eletrnico: [email protected]

Internet: www.acad-ciencias.pt

Copyright Academia das Cincias de Lisboa (ACL), 2017

Proibida a reproduo, no todo ou em parte, por qualquer meio, sem autorizao do Editor

A MOEDA ISLMICA NO AL-ANDALUZ

Origens, desenvolvimentos, importncia econmica

Miguel Telles Antunes

(Scio Efectivo da Academia das Cincias de Lisboa;

Director do Museu Maynense)

Nota preambular

O sucesso do ciclo Testemunhos da presena islmica em Portugal, no mbito

do Curso do Instituto de Estudos Acadmicos Adriano Moreira, da Academia das

Cincias de Lisboa, traduz o interesse crescente do pblico por uma temtica rica. Com

efeito, eram muito limitados os conhecimentos acerca da presena secular dos mouros

na rea onde hoje Portugal. Parte da parte islmica da Pennsula, por eles denominada

Al-Andaluz.

Mas, porqu abordar a numismtica? Razo essencial porque fornece

informao particularmente valiosa. Poder e propaganda, religiosa e poltica, valor,

flutuaes da economia e do comrcio, crises tudo aparece, ou pode aparecer,

espelhado na moeda. No caso do ouro, a denominao fundamental era o dinar, nome

que deriva afinal do latim denarius aureus. De incio, mais no foram do que

adaptaes sensivelmente do mesmo valor da moeda do Imprio romano tardio e

continuada no Imprio bizantino, o solidus. A proibio da usura pelo Coro resultava

em que, excepo de graves crises, a moeda islmica era melhor em ttulo que a

moeda de estados cristos, e circulava nestes.

Quanto prata, a denominao fundamental era o dirhem, nome derivado de

dracma, espcie monetria grega adoptada pelos Samnidas do Iro e continuada aps o

advento do Islo.

Enfim, havia divisores de cobre, os fuls (plural), felce no singular, nome que

nada mais do que o da moeda bizantina, o follis. Foroso concluir que o advento da

moeda islmica representou de certo modo uma continuidade com o passado e no uma

transformao radical.

Episdios de empobrecimento? Quando o dinheiro abunda, at possvel aos

governantes fazer uns floreados. A demagogia tambm tem o seu papel. Se falta a

riqueza, acaba por no se enganar mais o respeitvel pblico. As desvalorizaes

acontecem, e at pode advir a bancarrota.

Faz sentido recordar alguns factos fundamentais. Primeiro, o denominador

comum, a predominncia poltica de aderentes ao Islamismo, mas estes no devem ser

vistos de modo simplista. Dos pontos de vista tnico e religioso, a par de rabes

nobres da Sria e de outros do Sul, como os iemenitas, havia grande nmero de

berberes, e variadssimos de outras origens. Coexistiam com descendentes islamizados

de populaes de origem latina, ou germnica, a par de imigrantes originariamente

cristos, como os numerosos eslavos que integraram como mercenrios os exrcitos

peninsulares. Tudo isto alm de populaes que permaneceram crists, e de judeus

sefrdicos.

Do ponto de vista religioso, o Islamismo no era monoltico. Na maioria

seguiam a tradio. Tal como hoje, eram sunitas, ainda que enquadrados por diversas

distines quanto a escolas de pensamento.

Diviso fundamental resulta do massacre, em Damasco, na Sria, da Dinastia

Califal dos Omadas, quase inteiramente exterminados pelos Abcidas, vindos, segundo

eles, para restabelecer a justia. Transfeririam a sede do Califado para Bagdad.

Porm, um nico Omada consegue fugir: Abd-er-Rahman, o emigrante, que

fundaria um Amirado no Al-Andaluz, eliminando a o regime de Governadores

dependentes do Califa oriental. O Amirado originou o Califado com capital em

Crdova, rival do que tinha sede em Bagdad. Da a existncia simultnea de dois

Califas, o que no obliterou a presena de islmicos minoritrios mas de fortes

convices at hoje! , os xiitas. Veneram em especial o 4. Califa, Ali, casado

com Ftima, filha do Profeta. Ali foi derrotado, destitudo, assassinado. Mas os seus

adeptos jamais desistiram. No surpreende que, onde quer que ganhassem fora, se

constitussem aparte. Da resultou um terceiro Califado, o dos Fatimitas, com alguma

influncia no Al-Andaluz. Pude recuperar moedas fatmidas em achados ocorridos em

Pinhel e Mrtola.

Entretanto surgiram novas correntes religiosas e polticas com influncia do

Al-Andaluz. Assim, no houve uma invaso rabe, houve vrias alm das iniciais.

Alm de perodos correspondentes ao Amirado e ao Califado Omada sedeado em

Crdova, houve eventos revolucionrios de que resultou o colapso do poder central e a

fragmentao em reinos dissidentes, as taifas. Da decadncia destes resultaram a

progresso dos cristos do Norte e outra grande invaso, a dos Almorvidas ou

eremitas, os consagrados a Deus, que haviam constitudo um grande Imprio na frica

do Norte. Decadncia dos almorvidas resultou em novas taifas, a que sucedeu a grande

invaso dos Almadas, os unitrios, ferrenhos defensores de um Islo radical. Tanto

Almorvidas como Almadas introduziram sistemas monetrios baseados no ouro e

prata, de tipologia diferente mas de boa qualidade. Os Almorvidas, a par dos dinares e

raros dirhems, cunharam pequenas moedas de prata, os quirates e fraces. Quanto aos

Almadas, introduziram dinares e fraces de tipologia diferente, com quadrado

preenchido por inscries, e moedas de prata quadradas, muito tpicas.

Da queda dos Almadas resultaram novas taifas, a ltima das quais, a de

Granada, seria conquistada em 1492 pelos Reis Catlicos. Assim terminou a histria

dos Estados Islmicos peninsulares. Em frica, o Imprio almada cindiu-se em trs

partes, a dos Hfsidas aproximadamente no que hoje a Tunsia, Zinidas na Arglia,

e Mernidas em Marrocos. A estes, aliados a Granada, se deve uma derradeira invaso

de grandes propores para reconquistar terreno, saldada pela sua derrota na Batalha do

Salado.

A moeda islmica evoluiu e relacionou-se de modos vrios com as moedas

crists. Basicamente houve cunhagens de ouro; de prata s vezes adulterada para bilho,

ou seja, liga com mais de 50% de cobre; e de cobre.

Tambm de notar caractersticas de legendas, em que frequentemente

acentuada a Profisso de F. Mas, tambm nisso, h antecedentes ante-islmicos.

Enfim, com excepes, evitada a representao da figura humana, ou de outras.

No entanto, de sublinhar que, muitas vezes, houve a preocupao em produzir

moedas do mesmo valor, ou de valor facilmente cambivel em moedas de Estados,

sobretudo de Estados cristos, o que, afinal, facilitava o comrcio. A conquista crist do

Algarve no impediu que os excelentes figos secos, as amndoas e o mel no

continuassem a ser comprados por mercadores islmicos.

Houve mesmo a registar a tentativa de penetrao comercial a partir das praas

portuguesas em Marrocos, com o lanamento de fuls em nome de Manl, sultn

Bortqal.

Mais tarde, resolvido o abastecimento de ouro obtido, sobretudo, na feitoria de

Arguim, o Portugal de Afonso V lanou moeda de ouro com projeco internacional, o

cruzado. Mas, afinal, o cruzado tinha valor correspondente ao dos florins e sequins de

Veneza, Arago e outros Estados, a par do dinar dos sultes mamelucos do Egipto.

Ainda mais tarde e tratando de boa e grande moeda de prata, cerca de uma ona, o

thaler de territrios germnicos veio a ter a concorrncia dos reales de a ocho do

Imprio espanhol, dos meticais do grande rei de Marrocos Mohammed III, dos dlares

norte-americanos e ingleses, e at dos dlares do Imprio Otomano.

Religies aparte, as relaes econmicas foram-se desenvolvendo. Assim foi. E

continua...

Ano

AD

Ano

Hgira

Governao em territrios

islmicos

Eventos referncias/

data

711 92 CALIFADO OMADA (Damasco)

GOVERNADORES califais no

Al-Andaluz

1. INVASO ISLMICA

Batalha de Guadalete

Colapso do Estado visigtico

750 132 Califado Abcida, mantendo-se em

funes no Al-Andaluz o LTIMO

GOVERNADOR OMADA

Massacre dos Omadas e fuga de

Abd-r-Rahman, da Sria frica

do Norte e da ao Al A n d a l u z

756 138 Advento de Abd-r-Rahman I e

instaurao do EMIRADO

(Omada) de A l - A n d a l u z

Imigrao de numerosos rabes

do Norte (Sria, etc.), do Sul

(Imen, etc.), iranianos, berberes e

eslavos

Tempos islmicos na Pennsula Ibrica

929 316 O Emir Abd-r-Rahman III

proclama-se Califa; instaurao do

CALIFADO DE CRDOVA,

correspondendo tambm a

competio sunita contra o

Califado F a t m i d a, x i i t a

Prestgio do Califado com

Abd-r-Rahman III e seu filho

Al-Hakem II; sucede-lhe o inepto

Hixam II, dominado por

Almansor; apogeu poltico-militar

com base em foras berberes

1009 399 Revoluo (FITNA): - Hixam II

forado a abdicar.

At 422, 14 reinados efmeros de

califas Omadas (7) e Hammdidas

(3); pelo menos 6 foram

assassinados, os outros f u g i r a m

Anarquia e guerra civil, com

apoios dos estados cristos. Os

governadores das provncias

assumem poder real, s vezes

invocando um Califa

desaparecido ou indeterminado

1031 422 Fim do Califado de Crdova, com

retirada de Hixam III; prossegue a

fragmentao em Reinos

dissidentes, as 1.as TAIFAS.

Decadncia econmica, com

desvalorizao da moeda, nuns

casos devido a tributos pagos ao R

e i n o de L e o e C a s t e l a

Principais taifas com territrio

hoje portugus:

-B a da j o z (Dinastia Alaftcida)

e

-S e v i l h a (Dinastia Abbdida).

Avano da reconquista crist

CHRISTIAN

KINGDOM

0 150 Km

Taifas do Califado

1057 448 Surge novo poder na frica do

Norte, o

IMPRIO A L M O R V I D A

Reis de taifas pedem socorro

aos almorvidas

2. INVASO ISLMICA

(a l m o r v i d a )

1086- 479- Os almorvidas invadem o

Al-Andaluz (479)

Derrotam Afonso VI na batalha

de Zalaca, 479/1086, submetem

taifas e recuperam ante os cristos

1145 539 Enfraquecidos pela sublevao dos

almadas em frica a partir de

524/1130, os almorvidas entram

em decadncia e desaparecem

(execuo do ltimo Amir em

541/1146). Revoltas no Al-Andaluz,

entre as quais a de Ibn Qasi.

2.as TAIFAS, perodo do maior

interesse para territrio hoje no Sul

de Portugal.

Ibn Qasi tentou aliana com Afonso

Henriques; foi assassinado em

Silves

Ibn Qasi funda (539) um Estado

com sede em Mrtola. Tem

pretenses ao domnio (ou

alianas) com Ibn Wazir de

vora, Abu Talib em Beja, e

outros; Hamdin proclamado rei

em Crdova, mas destitudo, no

sem ter sido acatado por Ibn

Wazir, que chegou a

proclamar-se rei.

Cunhagens em Mrtola, Beja e

Silves

1147 541 Foram constitudos o IMPRIO e

CALIFADO ALMADA.

Entram na Pennsula (542) e

progressivamente, at ca. de

600, submetem as taifas

anti-almorvidas

3. INVASO ISLMICA

(A l m a d a s).

Submisso de taifas; eliminao

de Ibn Qasi e adeso de Ibn Wazir

(548 / 1154). O 2. Califa, Abu

Yacub Yusuf, ferido ao atacar

Santarm, sem sucesso, falecendo

(581 / 1186)

1184-

1199

580-595 Reinado do 3. Califa. Apogeu

do poder almada na Pennsula

O 3. Califa, Abu Yusuf Yacub, o

Vitorioso (Al-Mansur), recupera

terreno at Almada (586 / 1191)

e derrota os castelhanos na

batalha de A l a r c o s (591 / 1195)

1212 609 Viragem decisiva e decadncia do

poder almada na Pennsula e em

frica, onde o Imprio se cinde em

3 reinos: interessa em especial o

dos M e r n i d a s (em Marrocos)

O 4. Califa, Abu Abd Allah

Muhammad al-Nasir, derrotado

na batalha das Navas de Tolosa

(609 / 1212)

1228 625 Comeo das 3.as TAIFAS.

Reinos de:

Mrcia (625 /1228 - 668/ 1269) e

Granada (629 / 1232-897 / 1492).

Interesse para o Algarve

O ltimo Amir do Algarve,

Mussa ben Muhammad ben

Nosair ben Mahfuz, derrubado

(conquista completa do Algarve,

1249)

Cunhagens

1340 740 SOBERANIA PORTUGUESA em

todo o territrio.

4. INVASO ISLMICA

(M e r n i d a s).

Importantes foras tentam, em

associao com Granada,

recuperar territrio aos cristos,

mas so derrotadas na batalha do

Salado (740 / 1340), com

participao do exrcito

portugus comandado por Afonso

IV

1415 - 817 Conquista de Ceuta, expanso em

Marrocos e a feitoria de Arguim.

Descobertas. O ciclo do ouro da

ndia. A mata atlntica e o pau

Brasil. O ciclo do ouro do Brasil.

Relaes nem sempre conflituosas,

com intercmbio comercial.

Afluxo de ouro de territrios ao

Sul do Sahara e profundas

consequncias na economia

portuguesa. Etc.

Metal

Nomes

em rabe

Nome Origem do nome

Cu

pl.

Fals, Felce

pl. Fuls

De follis, , tipo monetrio do Baixo Imprio romano,

ps - 294 AD, reinando D i o c l e c i a n o.

Mantido no Imprio Bizantino

Ag

(ou bolho)

pl.

Dirham, Direme

pl. Darhim

Foram emitidos duplos e fraes

(1/2, 1/4)

De dracma, , pl. dracmai, , moeda do I m p r i o

S a s s n i d a (Iro), adoptada inicialmente pelos rabes.

Foram emitidos subdivisores

Ag Quirt, Quirate Mltiplo: duplo quirate < >

dirhem. Submltiplos :

1/2, 1/4, 1/8, 1/16

Pequenas moedas, importantes na numria dos Almorvidas

e taifas subsequentes, as 2as. Peso de 1 quilate

Au

(s vezes

degradado

Dnar, Dinar H mltiplos e fraes:

1/2, 1/3, 1/4

De denarius [aureus], a moeda de ouro romana, substituda no B a

i x o I m p r i o pelo solidus, mantido durante o

I m p r io B i z a n t i n o. Foram emitidos subdivisores

Em muitas moedas islmicas, a legenda descritiva da data e local da oficina de cunhagem

comea pela evocao de tributos de Deus, que alis j constam da Bblia: Em nome de Deus Clemente e Compassivo, a mesma frase que inicia todos os Sura do Coro:

Em nome de Deus = ...

MOEDAS DE OURO

D i n a r e s primitivos, espessos mas de mdulo reduzido como os

s o l i d i bizantinos da frica do Norte:

- O 1. com a profisso de F mas legendas perifricas em letras latinas;

- outro, de liga baixa com prata (electro, esverdeado), onde a legenda em

letras latinas cerca uma estrela.

D i n a r de tipo omada.

S o l i d i bizantinos de peso correto e mdulo reduzido, cunhados na frica do

Norte (Imperador H e r c l i o; Herclio + Herclio Constantino).

S o l i d u s ( direita) normal, de Constantinopla, tambm em nome de

Herclio + Herclio Constantino .

MOEDAS DE PRATA

- D r a c m a de tipo sassnida ( direita) com palavras em rabe, modelo dos d i r h

e m e s;

- M i l l i a r e s i o n bizantino com cruz potenciada, tipo semelhante ao dos d i r h

e m e s

- D i r h e m e s do Amirado de Al-Andaluz; caligrafia cfica, tipo omada.

F e l c e s (Pl. F u l u s e s), moedas de cobre muito comuns no

Al-Andaluz em tempos dos Governadores em nome dos Califas do

Oriente, antes do Amirado

Califado de Al-Andaluz: d i n a r e s de dimetro crescente emitidos em nome do 1.

Califa Omada, Abd al-Raman al-Nir li-Dn Allh (Abderramo III, 300-350 H)

Califado F a t m i d a (Xiita, referindo com destaque o 4. Califa, Ali; Mahgrebe

e Siclia) D i n a r tpico, com legendas concntricas, ladeado por d i r h e m s

semelhantes, exemplares encontrados em Portugal (Pinhel,

o dinar; Mrtola, os dirhemes)

D I N A R E S: RABE E IMITAES PELOS CRUZADOS

D i n a r e s (da direita para a esquerda): S A L A D I N O (Egipto, etc.) e imitaes

da P a l e s t i n a , sucessivamente mais afastadas do modelo original , com escrita

muito deficiente, com erros ou ilegvel; o ltimo ( esquerda) com uma cruz

D i n a r e s do Al-Andaluz [C r d o v a, esquerda];

e do Mahgreb / F e z, Marrocos [ direita]

em nome do Califa Omada

H i a m a l M u a y a d b i l l h (366 399 H; 2. reinado,

400 - 403 H ), pouco antes da revoluo (F i t n a) de 399 H.

Pesos (g), dimenses (mm) e n de moedas de ouro, vrias emisses

LIGAS E TEORES DE OURO (da esquerda para a direita)

Califado (O m a d a e H a m m u d i d a) de AlAndalus;

primeiras T a i f a s; Califado F a t m i d a,

Reino N o r m a n d o (Siclia); Imprio A l m o r v i d a

T A I F A DE S E V I L H A (A b b d i d a s)

D i n a r e Quarto de D i n a r

A b b a d a l - M u t a i d, 1042 - 1069

TAIFA DE SEVILHA (A b b a d i d a s)

M u h a m m a d a l M u t a i d (1069-1091),

D i n a r e s e fraco de D i n a r

TAIFA DE SEVILHA (Abbadidas)

M u h a m m a d a l - M u t a i d : d i n a r;

fraco de d i n a r (AV) ; d i r h e m (AE)

TAIFA DE BADAJOZ (Alaftcidas)

B a n u a l - A f a s, fraces de d i n a r,

AV e AV degradado ( direita)

TAIFA DE TOLEDO (Dul Nnidas)

A l - f i r (1); A l M a m n (2 a 4) (nome em rabe)

; Al Q d i r (5, direita e em baixo).

F r a e s d e d i n a r, bvia e espectacular degradao da

liga de ouro

IMPRIO ALMORVIDA

Revoluo monetria nas moedas de prata: anversos

de Q u i r a t e, meio Q u i r a t e e quarto de Q u i r a t e, este em

nome de A l b e n Y s u f (1106 - 1143)

TAIFAS ALMORVIDAS (segundas Taifas)

Quirate de A h m a d b e n Q a s [3. linha]

A b d / A l l a h Mrtula [4. linha] / Mrtola

TAIFAS ALMORVIDAS

Quirate em nome do rei de vora,

I b n W a z i r [linha em baixo]

CUNHAGENS DE CRISTOS

esquerda, d e n r i o semelhante aos do arcebispo de Kln,

D i e t r i c h von H e i n s b e r g (ca. 1204), perdido por um cruzado

em 1217 na conquista de Alccer do Sal; d i n h e i r o de bolho, id.;

d i n h e i r o de A f o n s o H e n r i q u e s, de bolho, com pentalfa semelhante ao

de moedas almorvidas

GNESE DO MORABITINO

D i n a r e s :

- direita, A l b e n Y s u f (Almorvida) , Sigilmessa (Marrocos);

- Taifa almorvida de Mrcia, A m a d b e n H d, Mrcia 540 H;

- D i n a r c r i s t o de A l f o n s o VII, Toledo;

- esquerda, M o r a b i t i n o de S a n c h o I, Coimbra?, Portugal

esquerda, d i n a r c r i s t o de Toledo, de Alfonso VIII de Leo e

Castela (1158 - 1214), em rabe excepto ALF; a meio, i d. Alfonso IX de Leo

(1188-1230), letras latinas; em baixo, m o r a b i t i n o de Sancho I (1185 -

1211). direita, morabitino de Sancho I, anverso e reverso.

D i n a r c r i s t o de A l f o n s o V I I de Leo e Castela, Anverso (

esquerda) e explicao da legenda central

ALMADAS

R e v o l u o monetria

- d i n a r ( direita) e

- d i n a r ( dobra ) , ambos com quadrados inscritos;

- d i r h e m inicial , circular mas com quadrado inscrito;

- moedas de prata quadradas: duplo d i r h e m (rarssimo,

talvez usado como amuleto);

- d i r h e m; - d i r h e m; e - d i r h e m.

TAIFAS ALMADAS

D i r h e m e quadrado de

M s b e n M o a m m a d b e n N u a r b e n M a f z

ltimo Emir do Algarve; invoca como pontfice um Califa do Oriente indefinido,

Abssida; deixou de reconhecer o califa Almada.

E no h vencedor seno Deus D i n a r n a s s r i d a, Reino de Granada

LTIMA TAIFA

Patio de los leones ( esquerda) e

Sala de las dos hermanas

Alhambra, Granada

MOEDAS em uso, essencialmente na 2. metade do sc. XV

C r u z a d o, Afonso V, Portugal; F l o r i m de Florena; G e n o v i n o de

Gnova; ao centro, D u c a d o de Veneza; em baixo, esquerda , D i n a r de B a

r s b a y, Sulto mameluco do Egipto.

Segundo F. A. Costa Magro, 1986: 206,

Ceitis, Ed. Instituto de Sintra (modificado)

Um f e l c e de D. Manuel I, o c e i t i l a r b i c o da literatura.

Exemplar encontrado no Castelo de Alccer do Sal ca. de 1952.

Segundo M. Telles Antunes, 1989,

O Arquelogo Portugus, sr. IV,

6/7: 298

(Comunicao apresentada no Instituto de Estudos Acadmicos para Seniores, no ciclo de conferncias

A moeda conta a histria, a 15 de maro de 2017)