A Moreninha

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COMUNICÃÇÃO SOCIAL PRODUÇÃO EDITORIAL Andrei Lopes, Ângela Madalozzo, Izabelli Oliveira, Juliana Farias e Yuri Weber

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Um projeto criado pela professora Dra. Rosane Rosa, no quarto semestre do Curso de Produção Editorial da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), propunha aos alunos ministrar três aulas de literatura no Cursinho Pré-Vestibular Alternativa. Neste encontros os alunos deveriam ensinar e explicar uma obra de literatura, a qual fosse leitura obrigatória para o vestibular 2013, desta Universidade. Desta maneira, os alunos deveriam criar um produto final como conclusão deste trabalho. A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, foi a obra escolhida pelo grupo de alunos. A seguir estão as duas produções realizadas pelos acadêmicos de Produção Editorial. (Ângela Madalozzo, Andrei Lopes, Izabelli Oliveira e Juliana Farias)

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COMUNICÃÇÃO SOCIAL

PRODUÇÃO EDITORIAL

Andrei Lopes, Ângela Madalozzo, Izabelli Oliveira, Juliana Farias e Yuri Weber

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• Alguém já leu o livro

A Moreninha?

• Alguém viu o filme?

• Sabem quem são as personagens?

• Quem é o autor do livro?

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Joaquim Manuel de Macedo

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Foi jornalista, professor, romancista, poeta, teatrólogo e memorialista; Foi professor de História e Geografia do Brasil no Colégio Pedro II; Era muito ligado à Família Imperial, tendo sido professor dos filhos da Princesa Isabel.

• Nasceu no Rio de Janeiro em 1820;

• 1844 formou-se em Medicina no Rio de Janeiro, e no mesmo ano estreou na literatura, com a

publicação daquele que viria a ser seu romance mais conhecido, A MORENINHA, a qual

lhe deu fama instantânea e constituiu uma pequena revolução literária, inaugurando

a voga do romance nacional.

Joaquim Manuel de Macedo:

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Publicada originalmente sob a forma de FOLHETIM, a obra é considerada o

primeiro romance da Literatura brasileira.

Alcançou de imediato grande popularidade junto aos leitores.

A MORENINHA

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A FORMAÇÃO DE UM PÚBLICO LEITOR

Primeira metade do séc. XIX: crescia o número de leitores no Brasil, verificando-se o surgimento de uma vida cultural na Corte brasileira.

Isso acontecia, pois as cidades estavam se desenvolvendo, em especial o RJ.

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Consequência: surgiram na capital do Império vários jornais, trazendo o FOLHETIM, que já era sucesso

nas grandes cidades europeias.

Este processo iniciou em 1808 com a vinda de D. João e da Família Real Portuguesa

ao Brasil;

Consolidou-se após a Proclamação da Independência,

em 1822.

Atenção!!!

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FOLHETIM: Todos os dias jornais publicavam em espaços determinados,

histórias de leitura rápida e descompromissada. Sempre que o enredo alcançava um momento culminante, o texto era

interrompido propositadamente. Caso o leitor quisesse saber o desfecho da história, precisava comprar a edição do dia seguinte,

quando sairia publicada a continuação.

Inicialmente configurado como uma simples técnica de publicação de histórias, o folhetim alterou profundamente as

características do romance enquanto gênero-literário.

Atenção!!!

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Características:

• Possui espírito romântico

(final feliz);

• Nostalgia medievalista (indianismo);

• Idealismo;

• Culto à natureza;

• Cristianismo (Festa de San’t Ana);

• Sentimentalismo;

• Liberdade criadora;

• Narrada em 3ª pessoa.

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PARA LEMBRAR:

A Moreninha segue a

estrutura típica do romance romântico:

O herói supera todos os

problemas para conseguir, ao final, concretizar

seu grande amor.

Nesse caso, tal esquema é acrescido de um recurso literário relativamente incomum para a época:

O uso da METALINGUAGEM.

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Personagens Principais :

D. Carolina

É muito jovem , tinha apenas 14

anos , "moreninha" e também travessa, inteligente, astuta

e persistente na obtenção de seus intentos.

Carolina encarna a jovem índia

Ahy, que espera incansavelmente por seu amado Aoitin –

uma antiga história da ilha que D. Ana conta a Augusto.

No final ela revela para Augusto que era a menina para quem lhe

prometera casamento.

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Augusto

Resume um certo tipo de estudante

de medicina, alegre, jovial, inteligente e namorador.

Dotado de sólidos princípios

morais, fez no início daadolescência um juramento amoroso que

retardará a concretização de seu amor por Carolina.

Esse impedimento de ordem moral

permitirá o desenvolvimento de várias ações até que, ao final da história, Carolina revelará ser ela mesma a menina a quem o jovem

Augusto jurara amor eterno.

Personagens Principais :

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ANOTE!

Carolina tem um lastro poético indianista refletindo a preocupação fundamental da literatura de

época em criar e valorizar elementos culturais da jovem nação brasileira.

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O Enredo:

Quatro estudantes de Medicina, da cidade do RJ, do fim da primeira metade do séc. XIX, Filipe, Augusto, Fabrício e Leopoldo vão passar o dia de Sant’Anna na casa da avó de Filipe D. Ana, na Ilha de Paquetá; Na casa de D. Ana, também estariam duas primas e a irmã de Filipe, Carolina, mais conhecida como “Moreninha”; Augusto é tido pelos amigos como namorador incorrigível; ele garante aos amigos ser incapaz de amar uma mulher por mais de três dias; os amigos fazem uma aposta: se a partir daquele final de semana Augusto se envolver sentimentalmente com uma mulher por no mínimo 15 dias, deverá escrever um romance, no qual contará a história de seu primeiro amor duradouro; Ao chegar a Ilha Augusto começa a se envolver com Carolina, porém, ele se sente perturbado e acaba por confessar a Dona Ana, avó de Carolina, que enquanto criança teria se apaixonado por uma garota que sem se identificar desapareceu da sua vida, então jurou não se apaixonar por mais ninguém durante toda vida. Porém, ao conhecer a moreninha, ele foi dominado por um sentimento altamente contagiante que superava o vivido em seu passado e que ele não conseguia controlar; Carolina revela a Augusto que ela era a garota por quem ele teria se apaixonado no passado. Os dois terminam felizes e Augusto acaba por pagar a aposta escrevendo o romance de sua vida, sob o título de A Moreninha.

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Cenário:

Toda a ação de A Moreninha concentra-se basicamente na paradisíaca Ilha onde vivem D. Ana e sua neta Carolina. O início e o fim do romance incluem cenas que se passam

na cidade onde moram Augusto e seus amigos.

Tanto a Ilha como a cidade não são nomeadas, embora sejam, respectivamente, a Ilha de

Paquetá e a cidade do Rio de Janeiro.

A ocultação dos nomes é um típico procedimento romântico. Visa esconder os dados reais, em busca de uma certa

indeterminação com o objetivo de excitar a Imaginação do leitor.

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A narrativa e a ação dos personagens se dão em tempo linear, trinta dias.

Os eventos narrados desenrolam-se durante os trinta dias pelos quais a aposta era válida. A aposta foi feita em 20 de

julho de 1844 uma segunda-feira, e termina no dia do pedido de casamento, 20 de agosto do mesmo ano.

Existe um recuo ao passado (flashback).

Quando a história se inicia, Augusto está no quinto ano de Medicina e conquistara, entre os amigos, a fama de incerta. Nos capítulos, o autor conta-nos a origem da instabilidade

amorosa do herói. Tudo começara há oito anos, quando Augusto contava 13, e Carolina 7 anos de idade.

Tempo: