A Musica e o Canto Na Liturgia

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7/26/2019 A Musica e o Canto Na Liturgia http://slidepdf.com/reader/full/a-musica-e-o-canto-na-liturgia 1/7 A MÚSICA E O CANTO NA LITURGIA Para todos os povos a música religiosa sempre teve grande importância. Isto pode ser observado no estudo dos povos primitivos ou nos povos mais avançados em estágios culturais. O povo judeu, onde tem origem a nossa religião, já se tinha em grande honra os Cânticos e os almos de Israel, !ue eram "amosos em todo o Oriente, tanto !ue, durante a escravidão babil#nica at$ os "eitores, suplicavam aos prisioneiros hebreus !ue cantassem os seus Cânticos de ião %almo &'(). O canto dos salmos era acompanhado por instrumentos musicais %c*tara, salt$rio, pandeiros) e todo o  povo tomava parte, repetindo um re"rão ou uma invocação. +amb$m esus e seus disc*pulos cantavam os almos, o !ue mais tarde a Igreja nascente assumiu como um precioso patrim#nio de oração, introdu-indoos largamente na /issa e na 0iturgia em geral. Os cristãos e os judeus cantavam, nas sinagogas e nas casas, os salmos e tamb$m vários outros hinos !ue reconhecemos em todo o 1ntigo +estamento. +amb$m hinos e cânticos são criaç2es originais da 3ova 1liança e em todo o 3ovo +estamento encontramos a con"irmação do !ue e4pomos5 6" 7,&8 Ct ',&9 +g 7,&' :Cor &;,:9 1p 7,8&< 1p &:, '7. 6m 0ucas &,9=(8 0c &,;977 :,:8': estão os tr>s Cantos 6vang$licos %Cântico de ?acarias, Cântico de /aria, Cântico de imeão).  3o ano &&: da era cristã, um autor latino, Pl*nio, o ovem, em sua "amosa Carta ao Imperador +rajano, assim se e4pressava a respeito dos cristãos5  Eles se reúnem antes do amanhecer e cantam a Cristo, a quem consideram como Deus . O testemunho deste pagão nos dá a certe-a de !ue a celebração cristã da "$, enrai-ada na e4peri>ncia litúrgica do povo da 1ntiga 1liança, desde as primeiras comunidades já continha, na sua liturgia, rituais repletos de música, de um povo !ue vibra e canta, e leva adiante o seu projeto de vida. %@OC (8 1 música litúrgica no Arasil C3AA 8(). O canto dos almos, !ue tanto anima o povo judeu, tamb$m entusiasma o povo cristão !ue a ele se entregava alegremente. Buando a Igreja obteve a liberdade de culto, o canto alcançou grande desenvolvimento tanto !ue, em certo tempo, "oi preciso organi-álo. "rente desta organi-ação esteve ão DregErio /agno %s$culos FI FII). Com ele nasceu o canto Gregoriano, !ue at$ hoje $ uma das "ormas mais admiradas de música sacra. 1 re"orma litúrgica desejada pelo Concilio re!uer uma participação do povo %assembl$ia) de uma "orma cada ve- mais ativa nas celebraç2es litúrgicas. O canto constitui, depois da comunhão, o principal meio para favorecer tal participação.  Portanto, diante da renovação conciliar não se podem conceber os corais !ue Gcantam para o povoG. 3as Igrejas onde e4istem corais, $ importante !ue cantem cantos com o  povo. 6 $ ade!uado e salutar !ue se tenha, nas celebraç2es e nas comunidades, um grupo !ue sustente e anime os cantos litúrgicos, !ue treine o canto e a participação do povo nas aclamaç2es, "a-endo ensaios  pr$vios !ue "açam a assembl$ia cantar e assumir a participação na G"am*lia de @eusG. O canto é a forma normal de oração, e é um elemento fundamental do culto cristão e da iturgia renovada pelo Conc!lio. 1 C no seu número &&: di- !ue G1 "inalidade da 0iturgia $ a glEria de @eus e a santi"icação dos "i$isG. Portanto, a música será tanto mais santa !uanto mais intimamente estiver ligada H ação litúrgica, !uer e4primindo mais suavemente a oração, !uer "avorecendo a unanimidade, !uer, en"im, dando maior solenidade aos ritos sagrados. 1 Igreja aprova e admite no culto divino todas as "ormas de verdadeira arte, portanto, as mani"estaç2es da cultura popular e art*stica t>m espaço dentro de nossas liturgias %ritmo, harmonia, dança, etc.). Buanto aos instrumentos musicais, não e4iste um mais ou menos litúrgico. +odos são bem vindos Hs celebraç2es. 6ntretanto, devese observar !ue nada su"stitua a vo# humana e por isso os instrumentos musicais $amais deverão a"afar a vo# da assem"léia. @evese ter em conta !ue alguns momentos, especialmente nas partes "i4as das celebraç2es, o canto deve ser H capela em outros não se use instrumentos de percussão. O canto e a música são elementos important*ssimos para uma celebração eucar*stica "rutuosa, pois a 6ucaristia $ a e4pressão má4ima de um povo em "esta, comemorando a salvação por Cristo e dela  participando. e prestamos bastante atenção ao !ue en"ocamos at$ a!ui, já percebemos !ue não se pode cantar !ual!uer coisa numa /issa, na Celebração da Palavra, num Aati-ado, num Casamento, e tamb$m nos diversos momentos dessas celebraç2es. Cada tempo litúrgico, cada "esta, cada solenidade comemora um &

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A MÚSICA E O CANTO NA LITURGIA

Para todos os povos a música religiosa sempre teve grande importância. Isto pode ser observado noestudo dos povos primitivos ou nos povos mais avançados em estágios culturais.

O povo judeu, onde tem origem a nossa religião, já se tinha em grande honra os Cânticos e os almosde Israel, !ue eram "amosos em todo o Oriente, tanto !ue, durante a escravidão babil#nica at$ os "eitores,

suplicavam aos prisioneiros hebreus !ue cantassem os seus Cânticos de ião %almo &'().O canto dos salmos era acompanhado por instrumentos musicais %c*tara, salt$rio, pandeiros) e todo o povo tomava parte, repetindo um re"rão ou uma invocação.

+amb$m esus e seus disc*pulos cantavam os almos, o !ue mais tarde a Igreja nascente assumiucomo um precioso patrim#nio de oração, introdu-indoos largamente na /issa e na 0iturgia em geral.

Os cristãos e os judeus cantavam, nas sinagogas e nas casas, os salmos e tamb$m vários outros hinos!ue reconhecemos em todo o 1ntigo +estamento. +amb$m hinos e cânticos são criaç2es originais da 3ova1liança e em todo o 3ovo +estamento encontramos a con"irmação do !ue e4pomos5 6" 7,&8 Ct ',&9 +g7,&' :Cor &;,:9 1p 7,8&< 1p &:, '7. 6m 0ucas &,9=(8 0c &,;977 :,:8': estão os tr>s Cantos6vang$licos %Cântico de ?acarias, Cântico de /aria, Cântico de imeão).

 3o ano &&: da era cristã, um autor latino, Pl*nio, o ovem, em sua "amosa Carta ao Imperador 

+rajano, assim se e4pressava a respeito dos cristãos5 Eles se reúnem antes do amanhecer e cantam a Cristo,a quem consideram como Deus. O testemunho deste pagão nos dá a certe-a de !ue a celebração cristã da "$,enrai-ada na e4peri>ncia litúrgica do povo da 1ntiga 1liança, desde as primeiras comunidades já continha,na sua liturgia, rituais repletos de música, de um povo !ue vibra e canta, e leva adiante o seu projeto de vida.%@OC (8 1 música litúrgica no Arasil C3AA 8().

O canto dos almos, !ue tanto anima o povo judeu, tamb$m entusiasma o povo cristão !ue a ele seentregava alegremente. Buando a Igreja obteve a liberdade de culto, o canto alcançou grandedesenvolvimento tanto !ue, em certo tempo, "oi preciso organi-álo. "rente desta organi-ação esteve ãoDregErio /agno %s$culos FI FII). Com ele nasceu o canto Gregoriano, !ue at$ hoje $ uma das "ormasmais admiradas de música sacra.

1 re"orma litúrgica desejada pelo Concilio re!uer uma participação do povo %assembl$ia) de uma"orma cada ve- mais ativa nas celebraç2es litúrgicas. O canto constitui, depois da comunhão, o principal 

meio para favorecer tal participação. Portanto, diante da renovação conciliar não se podem conceber oscorais !ue Gcantam para o povoG. 3as Igrejas onde e4istem corais, $ importante !ue cantem cantos com o

 povo. 6 $ ade!uado e salutar !ue se tenha, nas celebraç2es e nas comunidades, um grupo !ue sustente eanime os cantos litúrgicos, !ue treine o canto e a participação do povo nas aclamaç2es, "a-endo ensaios

 pr$vios !ue "açam a assembl$ia cantar e assumir a participação na G"am*lia de @eusG. O canto é a forma

normal de oração, e é um elemento fundamental do culto cristão e da iturgia renovada pelo Conc!lio.

1 C no seu número &&: di- !ue G1 "inalidade da 0iturgia $ a glEria de @eus e a santi"icação dos"i$isG. Portanto, a música será tanto mais santa !uanto mais intimamente estiver ligada H ação litúrgica, !uer e4primindo mais suavemente a oração, !uer "avorecendo a unanimidade, !uer, en"im, dando maior 

solenidade aos ritos sagrados.1 Igreja aprova e admite no culto divino todas as "ormas de verdadeira arte, portanto, asmani"estaç2es da cultura popular e art*stica t>m espaço dentro de nossas liturgias %ritmo, harmonia, dança,etc.).

Buanto aos instrumentos musicais, não e4iste um mais ou menos litúrgico. +odos são bem vindos Hscelebraç2es. 6ntretanto, devese observar !ue nada su"stitua a vo# humana  e por isso os instrumentos

musicais $amais deverão a"afar a vo# da assem"léia. @evese ter em conta !ue alguns momentos,especialmente nas partes "i4as das celebraç2es, o canto deve ser H capela em outros não se use instrumentosde percussão.

O canto e a música são elementos important*ssimos para uma celebração eucar*stica "rutuosa, pois a6ucaristia $ a e4pressão má4ima de um povo em "esta, comemorando a salvação por Cristo e dela

 participando.e prestamos bastante atenção ao !ue en"ocamos at$ a!ui, já percebemos !ue não se pode cantar !ual!uer coisa numa /issa, na Celebração da Palavra, num Aati-ado, num Casamento, e tamb$m nosdiversos momentos dessas celebraç2es. Cada tempo litúrgico, cada "esta, cada solenidade comemora um

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determinado aspecto do /ist$rio Pascal de esus Cristo. 1ssim, o 1dvento proclama a vinda gloriosa deCristo e prepara sua vinda no /ist$rio do 3atal. @o 3atal at$ a 6pi"ania comemoramos a mani"estação doenhor. 1 Buaresma leva a Igreja a viver mais intensamente a penit>ncia em atitude de conversão. O CicloPascal, !ue culmina com a Celebração da Pai4ão, /orte e Jessurreição do enhor e na Fig*lia Pascal,irrompe o grito de 1leluia, !ue ressoa durante os cin!Kenta dias da alegria pascal. Pentecostes tem umcaráter prEprio. Os domingos do +empo Comum, !ue apro"undam os mist$rios celebrados nos di"erentesciclos, nos ajudam a cantar o Jeino !ue já está entre nEs nele temos tamb$m as "estas do enhor, de /aria e

dos antos.+amb$m na Celebração dos di"erentes sacramentos %/atrim#nio, Aatismo, Penit>ncia, Lnção dos6n"ermos) o canto, as músicas podem contribuir para edi"icação dos cristãos e a bele-a da celebração.

CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DE CANTOS NA LITURGIA

Pela bele-a e ri!ue-a !ue tem a agrada 0iturgia, vamos observando !ue não $ !ual!uer canto !ue seescolhe para as Celebraç2es, seja Celebração 6ucar*stica ou na Celebração da Palavra. @eve haver umcrit$rio para a escolha.

 3Es encontramos H nossa disposição uma diversidade enorme de cantos de cunho religioso5 cantos

mensagens, cantoscate!u$ticos para encontros pastorais, encontros de con"raterni-ação, cursos,assembl$ias, estudos, recreação, etc. Buando tivermos !ue escolher um Canto itúrgico, devemos observar as suas caracter*sticas5 • Características do Canto Litr!ico"

- O seu conteúdo $ b*blico- e na letra não houver "rases b*blicas, pelo menos deve ser composta por inspiração em determinada

 passagem b*blica- Lm salmo sempre será um canto litúrgico- 1 música deve ter melodia "ácil para a assembl$ia assimilar e cantar.

+oda a assembl$ia deve participar dos cantos, das oraç2es e dos gestos.

• Características do Gr#$o de Canto"- +er consci>ncia de !ue está a serviço da assembl$ia celebrante- +er a preocupação de cantar com a assembl$ia e não  para a assembl$ia- 6star em sintonia com a e!uipe !ue preparou a celebração %0iturgia, Padre)- Auscar "ormação litúrgica.

• Características do Gr#$o de Instr#%entistas"- +er consci>ncia de !ue está a serviço da assembl$ia celebrante-

+er a preocupação de tocar para acompanhar o canto da assem"léia  e não para "a-er umaapresentação- aber em !ual momento o seu instrumento deve ou não acompanhar o canto-  %dequar o volume de seu instrumento, para não a"afar a vo# humana.

• Características do Ani%ador de Canto"- +er a consci>ncia de !ue está assumindo uma "unção litúrgica em "unção da assembl$ia celebrante- &er formação litúrgica- +er o conhecimento necessário de música e canto- +er conhecimento pr$vio dos cantos e do roteiro da celebração- /anter um bom relacionamento com as e!uipes de Celebração e, se poss*vel, "a-er parte de uma

delas- 6star atento e unido H presid>ncia da Celebração.

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1gora !ue já temos as caracter*sticas para identi"icar o canto litúrgico e as caracter*sticas dos ministros !ueassumem o compromisso de "a->lo acontecer de "orma ministerial nas celebraç2es, conv$m lembrar !ue hádois tipos de cantos na 0iturgia5 cantos !ue são JI+O e cantos !ue são P1J1 1CO/P13M1J JI+O.

• Cantos &#e s'o Ritos"- 1to Penitencial- Mino de 0ouvor

- Canto do almo- Canto de 1clamação- Canto das e!K>ncias- Canto do Creio- Canto do Pre"ácio- Canto do anto- Canto da @o4ologia- Canto do Pai3osso- 1braço da Pa-- Cordeiro de @eus

• Cantos $ara aco%$an(ar Ritos"- Canto de 6ntrada- Canto para 1presentação das O"erendas- Canto de Comunhão- Canto de @ispersão

Lma ve- !ue sabemos as caracter*sticas do canto litúrgico, vamos ver agora o !ue caracteri-a cada um doscantos !ue são ritos e os !ue são para acompanhar ritos.

)* CANTOS +UE S,O RITOS

ATO PENITENCIAL@eve e4pressar a con"iança na misericErdia de @eus. 'ão é um pedido de perdão. Deve engrandecer 

a "ondade de (esus ao mesmo tempo em que e)pressa o reconhecimento de nossa fraque#a. %ver /issalJomano nN :8'<, pág. '=).

1 "Ermula litúrgica para o Jito Penitencial dividese em tr>s partes distintas5&. 1 oração Con"esso a @eus +odoPoderoso e a vEs, irmãos...:. 1bsolvição5 @eus +odopoderoso tenha compai4ão de nEs, perdoe os nossos pecados...'. QRrie5 enhor, tende piedade de nEs. Cristo, tende piedade de nEs. enhor....

6ntão, para !ue possamos cantar o *ito +enitencial, devemos observar a se!K>ncia, con"orme aseguir5- e cantarmos um canto de perdão no lugar do Con"esso..., logo apEs teremos a absolvição e, em

seguida, o QRrie, ainda !ue re-ado 64.5 O canto Convite gentil pede o QRrie apEs a absolvição.- e optarmos por cantar um QRrie, devemos primeiro re-ar a oração Con"esso..., aguardar a

absolvição para, somente então, cantar o enhor, tende piedade de nEs...- e o canto !ue escolhermos contiver uma "Ermula penitencial e o QRrie, "icará assim completo. 1pEs

ele, somente a absolvição. 64.5 enhor, !ue viestes salvar os coraç2es arrependidos... ou Buantasve-es....0etra5 deve e4pressar os sentimentos con"iança na bondade e misericErdia do Pai. %/J '8<'8=)./úsica5 lenta, !ue leve a introspecção e !ue seja cantada com piedade. 'ão deve ser acompanhada

de instrumento de percussão %e4ceto no caso de celebração em rito a"ro).

Obs.5 Cantos como Jenovame ou +oca, enhor não são cantos para o momento do rito penitencial. Podem ser usados nos encontros de oração.

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1 "Ermula para o Jito Penitencial pode ser substitu*da, !uando "or oportuno, pelo Jito da 1spersão.%Minário 0itúrgico pp. ='=8).

HINO DE LOU-OR .CANTO DO GL/RIA0S  um hino no Ganti!K*ssimo e venerávelG %/J) pelo !ual a Igreja glori"ica a @eus Pai por esus

Cristo, Cordeiro de @eus, na unidade do 6sp*rito anto. O Cordeiro é o glorificado, não constitui uma

aclamação trinitria %@oc. ;' 1nimação da Fida 0itúrgica no Arasil C3AA nT :7( e /J nN '& pág. '=).

Portanto, para este momento, não $ !ual!uer canto !ue "ale em louvor !ue $ ade!uado para se cantar.O canto 0ouvado seja não $ um canto de glEria. S preciso !ue a letra esteja em sintonia com este te4to daIgreja UUDlEria a @eus nas alturas e....

1 C3AA prop#s uma letra para todos os cantos de glEria, !ue devemos procurar seguir5 -Glria a

 Deus nos altos céus, pa# na terra a seus amados, a vs louvam reis celestes e os que foram li"ertados/ Deus

e +ai, ns vos louvamos, adoramos, "endi#emos...0. 1 música deve ter ritmo vibrante, cantada por toda aassembl$ia e acompanhada por todos os instrumentos musicais, sinos, e o !ue mais "or da cultural local.

6ste hino deve ser cantado nos domingos, "estas e solenidades. 3ão $ cantado durante a Buaresma e1dvento. 3o +empo Comum sE será cantado durante a semana se houver alguma Vesta ou olenidade%Corpus Christi, Vestas de 3ossa enhora, etc.).

CANTO DO SALMOO almo está dentro da 0iturgia da Palavra e tem a "unção de responder a Palavra de @eus

 proclamada %$ a palavra de @eus, respondendo H Palavra de @eus).+odos os almos "oram "eitos para serem cantados e não re-ados. @a*, se houver di"iculdade para o

seu canto, !ue pelo menos o re"rão seja cantado. Má muitos tons para o canto do almo Jesponsorial. Osalmista pode aprender recorrendo ao O"icio @ivino das Comunidades e aos Minários 0itúrgicos da C3AA.+emos ainda o livro de partituras da Paulus, anos 1, A e C, com os respectivos cdWs, !ue possuem melodiaade!uada para todos os salmos.

@eve ser cantado da /esa da Palavra. Por$m, se o salmista "or o instrumentista ou o pu4ador decanto do dia, neste caso poderá ser cantado do mesmo local onde canta o grupo. 1!ui entra o bom senso, de

 buscarse sempre a harmonia da celebração como um todo, evitandose andar de um lado para outro, tirandoassim a concentração da assembl$ia.

O almo Jesponsorial tem uma ligação pro"unda com a leitura proclamada, portanto não podemosalterar ou modi"icar de acordo com o gosto das pessoas. O salmo jamais deverá ser cantado por inteiro pelosalmista ou pela assembl$ia. S oportuno !ue se bus!ue, com criatividade, tornar este canto o mais alternado

 poss*vel. O acompanhamento com instrumento musical deve ser discreto. 6m alguns casos, $ melhor não ter.

CANTO DE ACLAMA1,OCom a e4ceção da Buaresma, em todos os outros tempos litúrgicos o canto de aclamação deve ter 

1060LI1. 1leluia !uer di-er @eus seja louvadoX. @eve ser um canto !ue tenha "orte re"er>ncia aomomento. S um convite H assembl$ia para ouvir o anúncio da Aoa 3ova de esus !ue está vivo entre nEs.

@eve ser um canto curto, um Ghiphip hurraG para o 6vangelho. O ritmo deve ser vibrante, alegre, "estivo eacolhedor. 3ada impede !ue este canto seja retomado apEs a proclamação, acompanhado de todos osinstrumentos.

Os lecionários o"erecem já prontas algumas aclamaç2es !ue estão dentro da temática dos te4tos dodia, bastando adaptar algumas melodias conhecidas. S parte da 0iturgia da Palavra e por isso pode ser entoada da /esa da Palavra ou pelo grupo de canto.

CANTO DAS SE+23NCIAS1s se!K>ncias são "acultativas e4ceto nos dias da Páscoa e de Pentecostes. /as, na medida do

 poss*vel, em outras solenidades, conv$m procurar cantálas, pois são bel*ssimas e ajudam a penetrar nomist$rio celebrado. /elodia re"le4iva cantada por um solista, alternada com a assembl$ia.

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CANTO DO CREIO1pEs ouvir a Palavra de @eus a assembl$ia proclama a sua "$. Buando cantado, deve o ser por todo o

 povo, seja inteiro, seja alternadamente. 3ão $ !ual!uer canto !ue "ale em "$ ou creio !ue $ ade!uado, mas aletra deve conter o resumo da nossa "$ %*mbolo dos 1pEstolos) %/J nT ;';;, pág. ;&).

CANTO DO PRE45CIO .6ENDITOS POPULARES0S o diálogo entre o presidente %ou o ministro) e a assembl$ia. S um convite a louvar e bendi-er a

@eus Pai. 1 letra tra- em si o motivo ou o aspecto do /ist$rio Celebrado. 3ão deve em hipEtese alguma ser acompanhado de instrumentos musicais. Cantase do altar. Pode ser cantado tamb$m nas Celebraç2es daPalavra. %/J nN 77).

CANTO DO SANTOS o proclamar !ue Deus é tr1s ve#es 2anto %antidade Per"eita). 1 letra deve ser compat*vel com a

oração5 -2anto, 2anto, 2anto... o céu e a terra proclamam... 3osana nas alturas, "endito o que vem...0. Sum canto vibrante pela sua nature-a. 3ingu$m e4clama5 Mosana, hosana, hosana, se não estiver com esp*ritoalegre. 1liás, $ oportuno lembrar !ue os cantos "icam mais vibrantes !uando a gente acredita no !ue estácantando. @eve ser acompanhado de todos os instrumentos e o !ue mais houver na cultura local %/J nN 77).

DO7OLOGIAS o GPor Cristo, com Cristo e em Cristo.... O am$m da @o4ologia $ o am$m mais importante da

missa e, portanto deve ser cantado, obviamente, por todo o povo. e o presidente cantar a do4ologia, melhor ainda se não cantar, a e!uipe combina e ensaia para cantar o 1m$m.

CANTO DO PAI8NOSSOPor ser a GOJ1YZO !ue o enhor nos ensinouG não deve nunca ser substitu*da por outro canto

 para"raseando o Pai3osso %!ue poderão ser cantados em outros momentos5 cursos, encontros, etc.). Outrarecomendação $ !ue se cantem todos juntos, evitandose o !ue se v> por a*5 gente solando, gente "a-endocoro, recitativo, etc. %/J nN 79, pág. ;;)G. @evese ter o cuidado de não utili-ar melodias pro"anas para aletra do Pai3osso, como se v> "re!uentemente.

A6RA1O DA PA9S um canto facultativo, podendo ser reservado para ocasi2es especiais ou trans"erido para o "inal da

missa. 3ão pode aba"ar o Cordeiro de @eus, !ue tem a pre"er>ncia durante o rito da "ração do pão. %C3AA(8, 1 música litúrgica no Arasil, '::). 1 sua "unção $ apenas acompanhar o gesto de saudação e, por isso,deverá ser o menor canto da celebração. 3ada mais desagradável do !ue um canto desta nature-a !ue parecenão ter "im. %/J nT 79, pág.;7). 1tenção para as músicas pro"anas nesta hora. Inadmiss*vel, por e4emplo,cantarse 6u !uero ter um milhão de amigos... como canto de pa-.

1inda sobre o momento da pa-, durante o *nodo dos Aispos "oi sublinhada a conveni>ncia demoderar este gesto, !ue pode assumir e4press2es e4cessivas, suscitando um pouco de con"usão na

assembl$ia precisamente antes da comunhão. S bom lembrar !ue nada tira ao alto valor do gesto asobriedade necessária para se manter um clima apropriado H celebração, limitando, por e4emplo, a saudaçãoda pa- a !uem está mais prE4imo.. %64ortação 1postElica acramentum Caritatis, &7<, Papa Aento [FI).

CORDEIRO DE DEUSS o rito do partir o pão. Buem inicia este canto $ o animador de canto, ministro ou assembl$ia toda e

não o presidente.Cantase o Cordeiro com uma melodia não muito rápida. S um rito prEprio da Celebração

6ucar*stica. @eve conter a letra prEpria da oração5 Cordeiro de @eus, !ue tirais o pecado....

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:* CANTOS PARA ACOMPANHAR RITOS

@eve "icar claro para nEs !ue estes cantos embele-am o momento celebrativo, mas o rito !ue estáacontecendo $ o mais importante ão os cantos da procissão de entrada, da apresentação das o"erendas, da

 procissão da comunhão e da dispersão da assembl$ia.

CANTO DE ENTRADA

1companha a procissão de entrada, apresenta o tema do mistério cele"rado, unindo os coraç2es da1ssembl$ia e dispondoos para uma celebração proveitosa. @eve ser um canto processional de ritmo alegre,!ue "ale do mist$rio de um @eus amoroso !ue convoca, por amor, seu povo.  Deve terminar assim que o

Cele"rante se posicione no altar , para o in*cio da celebração.0etra5 deve ser um convite H celebração, deve "alar do motivo da celebração, deve conter o mistério

que ser cele"rado na liturgia do dia %um @eus Lno e +rino !ue nos convoca por amor e um povo !ueresponde ao amor, aceitando o convite). Cantos como Jeunidos a!ui ou e acontecer um barulho pertode voc>... não são cantos de entrada. Podem ser cantados em encontros, retiros, cursos.

/úsica5 de ritmo alegre, "estivo, !ue e4presse a abertura da celebração, o grande 6ncontro da "am*liade @eus. Cantase em todas as celebraç2es.

CANTO PARA APRESENTA1,O DAS O4ERENDASS um canto "acultativo na celebração. Isto !uer di-er !ue pode ou não ser cantado. Vica a crit$rio da

e!uipe de 0iturgia decidir e combinar com o padre, para !ue ele possa re-ar as oraç2es em vo- alta com a participação da assembl$ia, se a e!uipe optar por não cantar. s ve-es, "ica muito bonito um "undo musical,um solo com um dos instrumentos, um canto solado por um dos membros do grupo de canto, desde !ue sejamúsica ao vivo.

0etra5 não $ necessário !ue "ale de pão e vinho. Pode ser um canto de livre escolha, !ue seja suave ede ritmo moderado. S um momento de descontração, de descanso, em !ue a assembl$ia está assentada. Por ser um rito de passagem, podese retomar o tema do evangelho, ou de uma das leituras para apro"undamento.

/úsica5 de pre"er>ncia uma melodia calma, suave mesmo, com um te4to coerente, solene e m*stico.@evemos estar atentos a esta harmonia.

CANTO DA COMUNH,OS um canto !ue e4prime a alegria da participação na Ceia do enhor. S um canto processional, isto $,

 para se cantar andando. S um momento !ue, por tradição, todos cantam e há cantos lind*ssimos.+eologicamente $ a evocação do Povo de @eus em marcha, apro4imandose da Vonte da Fida, para !ue, sealimentando do Corpo e angue do enhor, continue a sua marcha at$ a +erra Prometida. @evese cuidar !uenão seja muito estrepitoso, barulhento, nem !ue ocupe todo o tempo da procissão de comunhão.  (amais

dever continuar aps terminar a distri"uição da Comunhão. 3este momento deve entrar o sil>ncio, para!ue os "i$is entrem em comunhão com @eus e com os irmãos.

0etra5 deve ter sintonia com o 6vangelho e com o /ist$rio da 6ucaristia.

/úsica5 toada, balada !ue se possa cantar caminhando, como uma dança litúrgica.O6SER-A1,O

 'unca houve no esquema da Cele"ração Eucar!stica, da +alavra ou de um 2acramento o Canto de

 %ção de Graças. % Oração Eucar!stica na 4issa e o momento de louvação na Cele"ração da +alavra é o

lugar da verdadeira %ção de Graças.

O que se pode fa#er, neste momento, é cantar um pequeno refrão orante, que este$a de acordo com o

momento cele"rativo. 4as que isto não se torne um costume, e, sim, um melhor aproveitamento daquele

momento espec!fico.

CANTO DE DISPERS,O

 3ão $ canto "inal, mas um canto para acompanhar a dispersão da assembl$ia, a!uele povo amado, convocado por @eus Pai, !ue aceitou o convite, !ue ouviu a Palavra, !ue participou da comunhão e !ue agora $ enviadoem missão. 6ste canto $ curto, vibrante e possivelmente sE será cantado pelo grupo de canto apEs a b>nção e

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7/26/2019 A Musica e o Canto Na Liturgia

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a despedida. Pode ser oportuno um canto de envio ou canto a 3ossa enhora, ou outro de acordo com otempo ou a "esta litúrgica.

Concluindo...6 agora, diante do !ue vimos at$ a!ui, algu$m poderá di-er !ue $ di"*cil encontrar o canto litúrgico

ade!uado\ Podemos indicar uma "onte segura, bem preparada, de "ácil acesso, !ue são os Minários0itúrgicos preparados pela C3AA. ão !uatro volumes5

- &N  Vasc*culo5 %capa rosa) Ciclo do 3atal %1dvento, 3atal, +empo do 3atal, 6pi"ania e Aatismo doenhor). 1companha, al$m da partitura, ; "itas ](.

- :T Vasc*culo5 %capa amarela) Ciclo da Páscoa %Buaresma, +r*duo PascalPáscoa +empo da Páscoa 1scensão Pentecostes). 1companha partitura, cantos ci"rados para violão e 7 "itas ] (

- 'T Vasc*culo5 %capa a-ul) @omingos do +empo Comum anos 1, A e C. 1companha partitura, cantosci"rados para violão e 7 "itas ](.

- ;T Vasc*culo5 +empo Comum e Vestas do enhor, de /aria e dos antos.

1l$m disso, numa busca de uni"ormidade musical e litúrgica da Igreja no Arasil, os 6stúdios daPaulus, em parceria com a C3AA, estão gravando em cdWs os cantos do Minário 0itúrgico, e já podemosencontrar, dispon*veis para venda, os cds 0iturgia I a 0iturgia [F, divididos entre +r*duo Pascal I e II,

0iturgia da emana anta, Páscoa 1no C, Vestas 0itúrgicas, +empo Comum, entre outros, todos com partitura.

+UATRO RA9;ES DO NOSSO CANTAR 

)* Ra<'o Teo=>!ica ^ @eus, !ue se mani"esta a nEs como /ist$rio anto, inebria de tal "orma a nossae4peri>ncia e o nosso conhecimento, !ue as palavras nunca serão su"icientes para e4plicálo. 3o âmagodesta in"ância espiritual, o balbucio, o canto e a música são meios e4traordinários de se estabelecer umacomunhão com @eus.:* Ra<'o cristo=>!ica ^ O canto litúrgico brota do "undamento da "$ cristã5 o /ist$rio Pascal do enhor.1ssim como o culto do 1ntigo +estamento estava centrali-ado no _4odo e na 1liança como ação de graças ecompromisso, da mesma "orma o culto no 3ovo +estamento $ memEria viva da Páscoa de esus. @essaorigem do canto cristão brotam caracter*sticas como a dimensão pascal da vida e do cantar, em !ue a última

 palavra $ a ressurreição e a vida plena. S, portanto, um canto marcadamente esperançoso.?* Ra<'o $ne#%ato=>!ica .cantar no Es$írito0  ^ O cantar em @eus !uali"ica o nosso canto e a nossacelebração como um canto entusiasmado 5en6&hous7. Os apEstolos, na manhã de Pentecostes, pareciam

 b>bados por!ue estavam entusiasmados, ou seja, cheios do 6sp*rito anto. 1 assembl$ia !ue canta no6sp*rito "a- ressoar um canto !ue $ verdadeiro clamor !ue brota do "undo da alma, cheio de "ervor, dealegria no 6sp*rito, como "i- o 1pEstolo.@* Ra<'o ec=esio=>!ica .cantar e% co%#nidade0  1 e4pressão musical sE se reali-a plenamente noconte4to de uma comunidade e não possui sE uma "unção catártica %de al*vio, puri"icação...), catalisadora %de

est*mulo, de dinamismo, de incentivo...) e motivadora, mas $ sacramento, é sim"olismo, isto $5 o canto $ umdos elementos !ue comp2em a visibilidade, a corporeidade do simbolismo sacramental. 1trav$s deste sinalsens*vel, a Palavra cantada $ ve*culo do encontro de @eus conosco, dos "i$is em Cristo e entre si.

4ontes de Cons#=ta+JI1JC1 @icionário de 0iturgia Ferbete /úsica@oc ;' C3AA 1nimação da Fida 0itúrgica no ArasilV1AJ6+ @inâmica para as 6!uipes de 0iturgiaAL`+, Ione Celebração do @omingo ao Jedor da Palavra de @eusVIOJI, Carlo 0iturgia para o Povo de @eusA6CQM1L6J, 1lberto Celebrar a Fida CristãF1063+I/, 1nt#nio 0iturgia5 Vonte Fital da ComunidadeInstrução Deral sobre o /issal JomanoJeunidos em 3ome de Cristo %ID/J)Cadernos e 1notaç2es do CLJO @6 1+L10I?1YZO 6/ 0I+LJDI1Minário 0itúrgico@oc (8 ^ C3AA ^ 1 música litúrgica no Arasil

(