A-OBRA-DE-MARX-
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← NOTAS INTRODUTÓRIAS SOBRE A PUBLICAÇÃO DAS
OBRAS DE MARX E ENGELS
←
← Pedro Leão da Costa Neto (UTP)
←
← O objetivo do presente artigo é expor, em linhas gerais, a
história da edição das obras de Karl Marx e Friedrich Engels, tentando
revelar os obstáculos, de diferente natureza, com a qual se deparou e os
problemas teóricos que suscitou; a reconstrução desta trajetória nos
permitirá compreender importantes aspectos associados a difusão e o
destino da obra dos dois autores. Para compreendermos esta história, é
necessário observar, que esta esteve marcada desde o seu início, por duas
diferentes questões, a primeira associada aos seus efeitos práticos na
história social e política dos séculos XIX e XX e em segundo lugar, as
questões teóricas por ela suscitada.
← No caso do legado de Marx, é importante destacar que a
grande maioria de seus escritos permaneceram inéditos durante a sua
vida, mesmo parte daqueles que tiveram uma grande importância para a
formação da tradição marxista posterior foram publicados apenas
postumamente.1 Ao lado de algumas obras publicadas durante a sua vida
(dentre as quais podemos destacar A Sagrada Família (redigida em
conjunto com Engels), Miséria da Filosofia, Manifesto do Partido
Comunista, Contribuição à Critica da Economia Política e Livro I de O
Capital, entre outros), Marx, além de uma extenso número de artigos
publicados em jornais e revistas, nos deixou um grande número de
escritos em diferentes graus de elaboração, desde apontamentos de leitura
até rascunhos em um estado avançado de elaboração, alem de uma
extensa correspondência. Engels, por sua vez, publicou durante a sua
vida, entre outras obras, A Situação da Classe Operária na Inglaterra,
Anti-Dühring, Ludwig Feuerbach e o fim da Filosofia Clássica Alemã2 e
A Origem da Família da Propriedade Privada e do Estado3,
permanecendo inédito entre outros o importante manuscrito publicado
sobre a Dialética da Natureza.4
1 HOBSBAWM, E. J. A fortuna das edições de Marx e Engels. In: HOBSBAWM, E. J. História do Marxismo 1 O Marxismo no tempo de Marx. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980, pp. 424 ss.2 Engels observa no Prefácio que antes da publicação, ele retornou a consultar os manuscritos, que serão publicados postumamente, da primeira parte da Ideologia Alemã – Feuerbach – e das Teses sobre Feuerbach que foram reproduzidas em apêndice.3 Para a sua redação, Engels se utilizou amplamente dos extratos de leitura de A Sociedade Antiga de L. H. Morgan escritos por Marx, e publicados postumamente.4 É importante aqui lembrar, como observa o marxista inglês Gareth Stedman Jones, que foi um livro polêmico de Engels, decisivo para a formação da tradição marxista: “A difusão em escala mundial do marxismo com o caráter de socialismo sistemático e científico não se iniciou, realmente, nem com o Manifesto do Partido Comunista nem com O Capital, e sim com a publicação do Anti-Dühring de Engels”. JONES, G. S. Retrato de Engels. In: HOBSBAWM, op. cit., p. 381.
← Podemos afirmar, que desde as primeiras tentativas, a
publicação das obras de Marx (e de Engels) esteve associada a
importância da figura de Marx e a posterior difusão do marxismo no
interior do movimento operário e socialista. As primeiras tentativas de
publicação das obras de Marx remontam ainda a vida do autor.5 A
primeira delas Gesammelte Aufsätze von Karl Marx, por iniciativa de
Hermann Becker – membro do Comitê Central da Liga dos Comunistas;
ainda no início dos anos 1850, portanto logo após a revolução européia de
1848-1849. Dos dois volumes previstos de 25 cadernos cada um, foi
publicado apenas o primeiro caderno, contendo dois artigos da Gazeta
Renana, é provável que esta edição, por motivos políticos, nem mesmo
chegou, a ser comercializada. Após a publicação de O Capital em 1867,
retornou-se a idéia da publicação dos escritos de Marx, porém estas novas
tentativas, por diferentes motivos não tiveram igualmente sucesso.
← É entretanto, apenas após a sua morte, em 1883, que se inicia
a publicação, de forma sistemática, da obra de Marx. Esboçamos abaixo
os principais momentos desta história.6
←
← I- Engels como editor de Marx (1883-1895).
←
5 As informações seguintes estão baseadas em: MARKS, K. E ENGELS, F. Dziela, 1. Varsóvia: Ksiazka i Wiedza, 1976: Od redakcji przekladu polskiego (Da redação da tradução polonesa), pp. VIss. BONGIOVANNI, B. Posfazione - 8. Per una storia della Gesamtausgabe. In: MARX, K., ENGELS, F. Manifesto del Partito Comunista. Torino: Einaudi, 1998, pp. 174-175.6 Para o período entre 1883 e 1935, nos baseamos em ZAPATA, R. La publication dês oeuvres de Marx après sa mort: 1883-1935. In: LABICA, G. 1883 – 1893 L’oeuvre de Marx Un siècle après. Paris: PUF, 1985, pp. 31-40. Cf. igualmente MARKS ENGELS Dziela, op. cit. pp. VIII-XII e HOBSBAWM, A fortuna das edições de Marx e Engels, op. cit., pp.425-427 e MOULFI, M. Engels, éditeur de Marx. In: LABICA, G., DELBRACCIO, M. Friedrich Engels, savant et révolutionnaire. Paris: PUF Actuel Marx Confrontations, 1997, pp. 341-348.
← Sem dúvida alguma, o trabalho de maior importância
realizado por F. Engels e que lhe custou extraordinários esforços, foi a
decifração dos manuscritos, seleção e preparação para a publicação dos
Livros II e III de O Capital. As principais etapas deste empreendimento
foram:
← 1883- Publicação da terceira edição do Livro I de O Capital;
← 1885- Publicação do Livro II de O Capital;
← 1887- Colabora com a tradução da tradução inglesa do Livro
I de O Capital;
← 1890- Publicação da quarta edição do Livro I de O Capital;
← 1894- Publicação do Livro III de O Capital.
← É importante aqui destacar que o trabalho organizativo de
Engels, independente de sua importância histórica decisiva, foi objeto de
sucessivas apreciações e críticas. Já no início dos anos 1920, o incansável
editor das obras de Marx e Engels, David Riazanov interrogava:
←
← Dos manuscritos que formavam o esboço do Livro II de O Capital, ou seja oito, Engels somente dois foram utilizados plenamente. (...) Nos chegamos portanto a uma questão de grande importância. Todos os marxistas russos que se ocupavam do Livro II de O Capital não podiam abandonar a seguinte idéia: não seria possível obter este Livro II sob a forma original, tal qual foi estabelecida por Marx?7
←
7 RIAZANOV, D. Communication sur l’ heritage littéraire de Marx et Engels. In: L’ Homme et la Société, nº 7 janeiro-Março de 1968, p. 262. O artigo é um importante testemunho, sobre o destino dos arquivos de Marx e Engels, após a morte deste último em 1885, cf. pp. 255-268.
← Esta intrigante questão continuou a sendo repetida desde
então. Em 1968, o marxólogo Maximilien Rubel retornará a esta questão
por ocasião da publicação do segundo tomo de sua organização das obras
de Marx, publicará uma versão ligeiramente diferente dos Livros II e III.
Rubel afirma:
←
← Nós podemos dizer que Engels fez, ao mesmo tempo, muito, dando a aparência de uma obra definitiva; e muito pouco, afastando de sua seleção os manuscritos cuja publicação integral revelaria aspectos importantes da empresa científica de Marx, na medida que ela melhor indicaria as razões de seu inacabamento.8
←
← Esta questão só será definitivamente solucionada, como
veremos, com a publicação definitiva do conjunto dos manuscritos de
Marx, na Marx – Engels Gesamtausgabe (MEGA 2).9
← Independente do caráter polêmico da edição engelsiana de O
Capital, é importante lembrar aqui alguns aspectos importantes deste
empreendimento: ao lado de contribuir para constituir o corpus da obra
de Marx, não sem importância foi a sua contribuição no terreno
filológico, assim como de deciframento da grafia quase ilegível de Marx,
“fornecendo desta maneira diretamente para amigos e companheiros, e
indiretamente as gerações sucessivas, modelos e técnicas de leitura e
transcrição”.10
8 MARX, K. Oeuvres Économie II (org. Rubel M.), Paris: Gallimard – Bibliothéque de la Plêiade, 1968, p. 502.9 Cf. a este respeito: HECKER, R. Engels editore del Capitale. In: CINGOLI, M. Friedrich Engels cent’ anni dopo Ipotesi per un bilancio critico. Milano: Teti, 1998, pp. 312-323 e CAIRE, G. L’ édition dês livres II et III du Capital: Problèmes et controverses. In: LABICA, DELBRACCIO, Friedrich Engels..., op. cit. pp. 349-362.10 BONGIOVANNI, B. Posfazione, op. cit., p. 176.
← Ao lado deste imenso trabalho dedicado a publicação de O
Capital, Engels reunirá e publicará ainda um conjunto de obras de Marx,
entre os quais podemos enumerar: a primeira edição alemã de A Miséria
da Filosofia, a 2ª edição de O 18 Brumário de Luis Bonaparte e as
edições de Critica ao Programa de Gotha, Trabalho Assalariado e
Capital e Luta de Classes na França (os dois últimos acompanhados de
importantes introduções). Particularmente importante para a história
posterior do marxismo, será a Introdução a As Lutas de Classes na
França 1848-1850, na qual Engels discutirá o envelhecimento da tática
da luta de barricadas, típicas da primeira metade do século XIX, e a
partir da experiência da Social Democracia alemã, a importância do
sufrágio e da luta eleitoral na transição ao socialismo.11
← Apos a morte de Engels, o legado literário e a biblioteca de
Karl Marx e Friedrich Engels deveriam ser transmitidos a Social
Democracia Alemã; uma vez que a legislação alemã não permitia a
herança a Instituições partidárias, ela foi encabeçada a duas grandes
personagens da social-democracia alemã, August Bebel e Eduard
Bernstein (que nos anos seguintes se transformará no “pai do
revisionismo”) e a filha mais nova de Marx Eleanor Marx. Desta maneira
se inicia o segundo período da história da publicação do legado de Marx e
Engels que se prolongará até a vitória da Revolução Russa.12
←
← II- Edições de Marx e Engels entre 1895-1917.
←
11 ENGELS, F. Introducción a la edición de 1895. In: MARX, K. Las Luchas de Clases en Francia de 1848 a 1850. Buenos Aires: Luxemburg, 2005, pp. 99-121.12 Para a reconstrução das questões referentes a publicação da obra de Marx e Engels entre 1895-1917, foram particularmente importantes os artigos de D. Riazanov, Communication sur l’ heritage littéraire de Marx e Engels, op. cit., e R. Zapata, La publication dês oeuvres de Marx après sa mort, op.cit., e LEFEBVRE, J-P. Presentation du corpus. In: LABICA, G. 1883 – 1893 L’oeuvre de Marx, op. cit. p. 25-26.
← Se por um lado, os problemas hereditários e de reunião do
legado de Marx e Engels apresentaram dificuldades; foram sem dúvida
alguma, questões de ordem política e ideológicas que levou a um certo
abandono e que ofereceram as maiores dificuldades a organização e
publicação dos escritos dos dois autores clássicos. Aliás, como veremos
ao longo deste escrito, problemas desta natureza acompanharam a
realização da publicação do corpus de Marx e Engels praticamente até
finais do século XX.
← Problemas desta natureza se iniciam já com os debates que
envolveram a social-democracia alemã, desde o final dos anos 1890. O
Debate sobre o Revisionismo, aberto com a publicação do livro de
Bernstein Os Pressupostos do Socialismo e as Tarefas da Social-
Democracia publicado em 1899, é um dos primeiros exemplos como
debates teóricos influenciaram em uma utilização instrumental deste
legado.
← Hobsbawm observa sobre a publicação das obras de Marx e
Engels pela social democracia alemã:
←
← O Partido Social-Democrata Alemão, que possuía o Nachlass dos fundadores, não fez nenhuma tentativa de publicar suas obras completas; e é mesmo possível que julgasse contraproducente a publicação ou a reedição de algumas de suas observações mais virulentas e ofensivas, ou de escritos políticos que conservavam um interesse puramente contingente.13
←
13 HOBSBAWM, A fortuna das edições de Marx e Engels, op. cit., pp. 428-429.
← Ao lado da publicação de inúmeros textos, entre os quais, a
edição realizada por Kautski, da célebre Introdução à Critica da
Economia Política, fragmentos de A Ideologia Alemã e de diferentes
fragmentos da correspondência podemos aqui enumerar as seguintes
edições realizadas neste período:
← 1902- Franz Mehring publuca em 4 volumes Gesammelte
Schriften K. Marx’s und F. Engels 1841 bis 1850 – Aus dem literarischen
Nachlass von K. Marx, F. Engels und F. Lassale, que ao lado dos três
primeiros dedicado as obras do período entre 1841-1848 – incluído a
Dissertação de doutoramento de Marx, o quarto volume estava dedicado a
correspondência de Lassale com Marx e Engels. 14
← 1905-1910- Kautski publica Teoria das Mais Valia, o Livro
IV de O Capital.15
← 1913- Bebel e Bernstein publicam em quatro volumes a
correspondência entre Marx e Engels: Der Briefwechsel zwischen F.
Engels und K. Marx 1844 bis 1883.16
← Era esta em linhas gerais a situação da edição das obras de
Marx e Engels, até as vésperas do grande conflito, que marcará a história
da Europa e também do marxismo no século XX. Como bem observa, o
historiador inglês Eric Hobsbawm, no artigo anteriormente citado:
←
14 É importante lembrar que Lassale era considerado um pai da social-democracia alemã ao lado de Marx e Engels.15 Como é sabido esta edição de Kautski das Teorias da Mais Valia apresentavam uma série de problemas, devido a uma organização arbitrária dos Cadernos de Marx. A este respeito cf. BADIA, G. Avant-Propos. In: MARX, K. Théories sur la Plus-Value (Livre IV du “Capital”) Vol. 1. Paris: Editions Sociales, 1974, p. 14-17. Em 1956 na RDA, foi publicada uma nova edição, mais rigorosa, das Teorias da Mais Valia. 16 Esta edição entretanto de mais de 1380 cartas, apresenta entretanto inúmeras lacunas, muitas vezes devido a censura, muitas vezes associadas a questões políticas e pessoais vinculadas a social-democracia alemã.
← A disponibilidade dos escritos dos clássicos, em 1914, talvez seja indicada do melhor modo possível pela bibliografia colocada como apêndice ao artigo Karl Marx do Dicionário Enciclopédio Granat, escrito por Lênin naquele ano. Se um texto de Marx e Engels não era conhecido pelos marxistas russos, os mais assíduos estudiosos dos escritos dos clássicos, pode-se deduzir que ele não estava a disposição do movimento internacional. 17
←
← Podemos considerar como a conclusão deste período da
história da publicação das obras de Marx e Engels, o volume organizado
por David Riazanov Gesammelte Schriften von Karl Marx und Friedrich
Engels, 1852 bis 1862, publicado em Stutgart e que reuniam grande parte
dos escritos os dois autores sobre acontecimentos da história da Europa,
entre 1852-1857, e traduzidos do inglês por Louise Kautski.
← Com a vitória da Revolução Russa de Outubro de 1917, se
abre um novo período da história da publicação das obras de Marx e
Engels.
←
←
← III- Edições de Marx e Engels entre 1917-1939/1941.
←
← A revolução de outubro promoveu uma profunda mudança
na história da publicação das obras de Marx e Engels. Esta mudança
representou, além de uma simples mudança geográfica, representou
igualmente uma mudança política a possibilidade a partir de agora poder
contar com o apoio de uma estrutura estatal; por fim, a sua publicação
passou para “uma geração de responsáveis que jamais tivera relações
17 HOBSBAWM, A fortuna das edições de Marx e Engels, op. cit. p. 429. Cf. LENINE, V. I. Karl Marx. In: LENINE, V. I. Oeuvres Tome 21. Paris: Editions Sociales / Moscou: Editions du Progrès, 1976, Bibliographie, pp. 75-80.
pessoais com Marx, nem – como freqüentemente ocorrera – com o velho
Engels.”18
← O grande personagem deste período será David Borisovitch
Riazanov.19 Desde a consolidação da vitória da Revolução foi criado, em
1921, a nível institucional uma Comissão especial para a publicação e
difusão das obras de Marx. Por sua vez, 1921 é criado o Instituto Marx-
Engels que será dirigido por Riazanov, a partir de 1923 fotocopiará
grande parte do Arquivo Marx Engels de posse da social-democracia
alemã. A partir de 1924, o IME dirigido por Riazanov com o apoio do
Partido Social democrata alemão e com a participação do Instituto de
Pesquisas Social de Frankfurt20 se concretiza a idéia da publicação da
Marx Engels Gesamtausgabe (MEGA).21
18 HOBSBAWM, A fortuna das edições de Marx e Engels, op. cit. p. 430.19 Destacado intelectual e militante comunista russo, foi desde o início do século, um importante pesquisador da obra de Marx e de Engels e da história da Internacional; de passado menchevique adere a Revolução e tornasse o diretor do Instituto Marx – Engels de Moscou e o responsável pela publicação das obras completas. Será preso em 1931 e fuzilado em 1938 por ocasião dos grandes expurgos. Possuindo uma extensa rede de contatos e relações que incluía membros da social-democracia alemã e até exilados mencheviques, entre os quais Boris Nicolaievski, autor de uma importante biografia sobre a vida de Marx, que será representante na Europa Ocidental do Instituto Marx-Engels e anos após se envolverá no episódio da venda dos “Arquivos Marx e Engels”. Riazanov desenvolveu também a organização da publicação de inúmeras obras da tradição marxista, do pensamento materialista francês do século XVIII e de Hegel. Riazanov consultar, o artigo anteriomente citado, Communications sur l’ heritage littéraire de Marx e Engels, op. cit., pp.254-268. 20 Sobre a participação do Institut für Sozialforschung, fundado em 1924, na publicação da MEGA, cf.WIGGERSHAUS, R. L’ Ecole de Francfort histoire, développement, signification. Paris: PUF, 1993, pp. 33-34 e MALINOWSKI, A. Szkola Frankfurcka a marksizm. Varsóvia: PWN, 1979, pp. 28-30. É importante lembrar que o artigo, anteriormente citado de Riazanov, foi publicado originalmente em 1925, na então Revista do Instituto: “Archiv für die Geschichte des Szialismus und der Arbeiterbewegung”, 21 Sobre a publicação da MEGA, cf. J-P. LEFEBVRE, J-P. Presentation du corpus, e R. Zapata, La publication dês oeuvres de Marx après sa mort, In: op.cit., LABICA, G. 1883 – 1893 L’oeuvre de Marx.
← O plano de Riazanov previa a publicação de 42 volumes e
estava dividida em 3 partes: a primeira parte previa a publicação do
conjunto dos escritos de Marx e Engels, na segunda parte seriam
publicados o conjunto dos manuscritos de Marx, associado ao projeto de
Critica da Economia Política a partir de 1957 e por fim a terceira parte
reuniria o conjunto da correspondência de Marx e Engels. Riazanov
dirigirá a publicação até fevereiro de 1931 quando será preso e
substituído por Vladimir Adoratski na direção da MEGA.22 Da totalidade
dos volumes previstos foram publicados somente 7 volumes da primeira
parte (o primeiro em dois tomos), que reuniam as obras escritas entre
1843 e 1848, entre as quais cabe destacar as importantes manuscritos da
juventude de Marx (Introdução a Critica do Direito de Hegel e os
Manuscritos Econômico-Filosóficos de 1844) e a Ideologia Alemã de
Marx e Engels. Da terceira parte foram publicados apenas 4 volumes que
reuniam a correspondência entre Marx e Engels. Por fim, em 1935, será
publicado um volume dedicado as obras de Engels, reunindo o Anti-
Dühring e os seus manuscritos científicos sob o titulo Dialética da
Natureza.
22 R. Zapata, op. cit., pp. 37-38.
← A consolidação de Stalin no poder, a prisão de Riazanov e a
ascensão de Hitler ao poder levará ao fim desta primeira tentativa de
publicação MEGA.23 Alem da importância de Riazanov como editor das
obras de Marx Engels, foi igualmente, nos anos 1920, redator dos dois
números da revista do IME Marx Engels Archiv, na qual apareceram
importante escritos inéditos de Marx e Engels, e inúmeros importantes
textos; de grande importância igualmente são o conjunto de introduções
que escreveu para os volumes por ele publicados da MEGA, que
constituem uma rica fonte de informações para os estudos da obra dos
dois autores.24
← Ao lado deste importante empreendimento teórico é
importante ainda destacar, algumas importantes edições que apareceram
no período e que exerceram uma significativa influência na posterior
história do pensamento marxista.
23 A consolidação de Stalin no poder vem acompanhada de uma série de transformações no plano teórico e filosófico, O debate filosófico, entre dialéticos e mecanicista que tinha iniciado em 1924/1925, se conclui com a vitória dos dialéticos, entretanto uma série de medidas político-administrativas, levará a consolidação de um novo grupo ideológico que procurava a “bolchevização da filosofia marxista” e a um afastamento dos dialéticos de cena. Cf. a este respeito: LABICA, G. Dopo il marxismo leninismo (tra ieri e domani) Roma: Edizioni Associate, 1992, em particular os capítulos: III – La filosofia prestaliniana, pp. 79-84 e V La filosofia staliniana, pp. 91-97. Como observa R. Zapata, em seu artigo anteriormente citado, a partir de 1931 o estudo de O Capital, que entre 1925 e 1930, ocupava um lugar importante no ensino do Instituto dos Professores Vermelhos vem substituído por textos policos e a partir de 1934/1935 o lugar central no ensino passará a ser dos diferentes manuais de materialismo dialético, materialismo histórico e economia política. Cf. ZAPATA, La publication dês oeuvres de Marx après sa mort, op. cit., p. 39. 24 É importante destacar, a publicação por Riazanov, dos escritos dedicados a questão russa, a qual Marx dedicou uma grande atenção durante a sua vida. Estes escritos tiveram uma curiosa sorte, por exemplo a importante correspondência do Marx Tardio, em particular a Carta à Redação de “Otietchestviennie Zapiski” e os Rascunhos e Carta a Vera Zasulitch, que trazem importantes conseqüências para uma leitura não determinista e não linear da concepção materialista da história, foi silenciada por Plekhanov e Zasulitch uma vez que poderiam apresentar obstáculos na critica aos populistas. Cf. MARX, K. e ENGELS, F. Escritos sobre Rusia II: El Porvenir de la comuna Rural Rusa, Mexico: Siglo XXI, 1980. Outro exemplo será a publicação dos escritos de Marx críticos a Rússia tzarista, que depois de editados por Riazanov, não serão publicados nas obras completas de Marx em russo durante o período stalinista. Cf. MARX, K. e ENGELS, F. Escritos sobre Rusia I:Historia Diplomática secreta del Siglo XVIII, Mexico: Siglo XXI, 1980.
← No ano de 1932 é publicado pelas edições Kröner em
Leipzig, em dois volumes, a coletânea de escritos de Karl Marx Der
Historische Materialismus. Die Frühschriften, organizada por S.
Landshut e J-P Mayer, que reunia importantes textos de Marx de 1937 até
a publicação de O Manifesto Comunista de 1848. Esta edição das “obras
de juventude” de Marx vinham acompanhada de uma introdução aonde os
organizadores sublinhavam a importância decisiva deste período da obra
de Marx.25
← Em 1939/1941, coincidindo portanto com o início da II
Guerra Mundial, são publicados em Moscou pelo Instituto Marx – Engels
e Lênin (resultado da fusão do IME e do Instituto Lênin em 1931 após a
expulsão de Riazanov): Karl Marx Grundrisse der Kritik der politischen
Ökonomie. Rohentwurf, 1857-1858.
← Entretanto, entre 1935 e 1951 o maior esforço do IMEL foi
a publicação das Obras de Marx e Engels em língua russa (Sotchinenia),
sob a organização inicial de V. Adoratski, dos quais foram publicados 28
volumes entre 1931 e 1951.
← Por fim, à ascensão dos nazistas ao poder na Alemanha no
final de janeiro 1933, esta associado outro importante episódio, o de
salvar os manuscritos de Marx e Engels, que se encontravam até então em
posse da social-democracia alemã. Primeiramente o arquivo, ainda na
primeira metade é enviado a Copenhaguem aonde seráposto em um lugar
seguro pelo Partido Social-democrata Norueguês. Enfim entre 1934 e
1938 se desenvolve um período de intensas negociações sobre a compra
dos arquivos que envolvia alem da delegação exterior da social-
democracia alemã , a União Soviética e o Internationaal Instituut voor
25 ? LANDSHUT, S., MAYER, J-P., Introduction – Importance, pour une intelligence nouvelle de Marx, de se Oeuvres de Jeunesse. In: MARX, K. (org. MOLITOR, J.) Oeuvres Philosophiques, Vol. I, Paris: Champ Libre, 1981, pp. 347-368. Esta edição é uma re-impressão da tradução francesa das obras de Marx, traduzidas por Jean Molitor e publicadas na França pelas Editions Costes antes da II Guerra Mundial.
Sociale Geschiedenis (IISG) criado em Amsterdam em 1933, que enfim
se tornará o proprietário dos arquivos. 26
←
← IV – A PUBLICAÇÃO DAS OBRAS DE MARX ENTRE
1950 - 1989/1991.
← O final da II Guerra Mundial, e a expansão do socialismo
para o conjunto de paises do leste europeu, incluindo a República
Democrática Alemã, trará mudanças a
← Questão da publicação das obras de Marx e Engels. Ao IMEL de
Moscou, se acrescerá a partir de agora o Instituto Marxismo – Leninismo
de Berlin, na tarefa da publicação das obras completas dos dois autores.
← Em 1956 os Institutos de Moscou e Berlin iniciam a
publicação as obras reunidas de Marx e Engels na chamada Marx Engels
Werk, que mesmo não reunindo a integralidade das obras e escritos dos
dois autores, alguns textos se encontram omitidos por motivos políticos, e
fortemente marcados por um aparelho de introduções e notas que
espelhavam a concepção do marxismo – leninismo então em voga nos
paises do leste europeu. Entre 1956 e 1968 serão publicados 39 volumes
mais apêndices e índices. Apesar destes aspectos deficientes a MEW se
constituiu um importante instrumento de referência e trabalho para os
estudos especializados, como serviu tambem de base para as futuras
traduções das obras de Marx e Engels, para diferentes línguas da Europa
Oriental e para as edições italiana e inglesa.
26 Para uma informação detalhada do destino dos manuscritos de Marx e Engels depois da chegada de Hitler ao poder, e a posterior venda dos arquivos ao IISG, cf. HUNINK, M. Le carte della rivoluzione L’ Istituto Internazionale di Storia Sociale di Amsterdam nascita e sviluppo dal 1935 al 1947. Milano: Pantarei, 1988, pp. 52-70.
← Outro importante acontecimento na história das edições da
obra de Marx foi o projeto dirigido, pelo destacado marxólogo
Maximilien Rubel27 (1905-1996), para a prestigiosa coleção Bibliothèque
de La Pléiade28, publicada pelas edições Gallimard. Rubel publicará
quatro grossos volumes de mais de 1800 páginas cada um, acompanhados
de introduções e notas, são respectivamente:
← Oeuvres Economie I (1965): que reúne os escritos
econômicos de Marx publicados durante a sua vida.
← Oeuvres Economie II (1968): reunindo as obras econômicas
de Marx que permaneceram inéditas durante a sua vida. Cabe aqui
destacar que Rubel proporá uma edição que difere-se das organizadas por
Engels para os livros II e III de O Capital.
← Oeuvres Philosophie (1982): reunindo sobre este titulo
grande parte dos escritos de Marx dos anos 1835-1847.
← Oeuvres Politique I (1994): que reúne um grande numero de
escritos políticos das décadas de 1840-1850.
← A edição de Rubel se distinguia das edições publicadas na
URSS e na RDA, por restringir a publicação das obras unicamente aos
escritos de Marx e por se opor a tradição ideológica do marxismo – que
atribuía a Engels a sua fundação - e a tradição marxismo-leninismo.
Novamente, aqui estão entrecruzam as opções ideológicas e as tarefas do
organizador.
27 Sobre a obra de Rubel e a sua importante atividade como marxólogo, cf. RAGONA, Gianfranco. Maximilien Rubel (1905-1996) Ética, Marxologia e Critica del Marxismo, Milão: Franco Angeli, 2003.28 O livro anteriormente citado de G. Ragona dedica amplo espaço a edição e as polêmicas suscitadas pela edição de Rubel na Bibliothèque de La Plêiade: cf. RAGONA, op. cit. p. 121-131; 157-168; 169-172 e 177-184.
← É importante igualmente destacar que a partir das décadas de
1960- 1970, serão publicados diferentes manuscritos de Marx; entre estes
cabe lembrar a edição de The Ethnological Notebooks of Karl Marx,
organizado por Lawrence Krader e que reproduz, os importantes extratos
de leituras de obras etnográficas realizadas por Marx no último período
da sua vida, em particular do livro A Sociedade Antiga de Lewis Morgan,
nas quais Engels baseou-se para escrever seu conhecido livro A Origem
da Família da Propriedade Privada e do Estado.
← Entretanto, talvez, o mais importante empreendimento
editorial do período e de toda história da publicação das obras de Marx e
Engels, será o grande projeto de uma nova publicação, iniciado na década
de 1970, sob a responsabilidade dos Institutos de Marxismo Leninismo de
Moscou e Berlin, da Marx Engels Gesamtausgabe, que passará a ser
conhecida como MEGA 2.29 Esta nova edição previa a publicação inicial
de mais de 160 volumes, onde cada volume viria acompanhado de um
volume de aparelho critico.
← A Marx Engels Gesamtausgabe MEGA 2, estava organizada
e dividida da seguinte maneira:
← I Seção: Obras, incluindo as obras, artigos e manuscritos;
← II Seção: Obras econômicas relacionadas ao projeto de
Critica da Economia Política a partir de 1857, reunindo as diferentes
versões e manuscritos relacionados a O Capital;
← III Seção: Correspondência;
← IV Seção: Materiais diversos, que incluiria, entre outros
materiais, as notas de leitura dos dois autores.
29 Sobre a publicação da MEGA 2, alem dos já citados: LEFEBVRE, Presentation du corpus. In: LABICA, G. 1883 – 1893 L’oeuvre de Marx Un siècle après, op. cit. p. 21-25 e BONGIOVANNI, Posfazione a MARX, ENGELS. Manifesto del Partito Comunista, op. cit. p. 186ss; cf. tambem: FINESCHI, R. Karl Marx dopo l’ edizione storico-critica (MEGA 2): un nuovo oggetto di ricerca, In: Marxismo Oggi. Milano, 1999, nº 1-2, p. 199-239.
← Após, a publicação em 1972 de um Probeband, aparece em
1975 o primeiro volume da nova MEGA, tendo sido publicados até 1990
dos 164 volumes previstos, apenas 36.
← Novamente os acontecimentos políticos interferem na
publicação das obras de Marx e Engels. A “queda do muro” em 1989
seguida da anexação da RDA pela RFA e a posterior dissolução da
URSS, levou ao desaparecimento dos Institutos de Marxismo Leninismo
em Moscou e Berlin e ao desaparecimento das grandes estruturas estatais
que financiavam a publicação das obras de Marx e Engels.
←
← V – O RETORNO DA PUBLICAÇÃO DA MEGA 2.
←
← Já no ano de 1990, O Instituto de História Social de
Amsterdam (IISG), o Instituto de Marxismo Leninismo de Moscou, a
Academia de ciências de Berlim e a Karl Marx – Haus de Trier fundaram
a Internationale Marx Engels Stiftung (IMES) que a partir de então
assumirá a tarefa de organizar a continuação da publicação da MEGA
2.30 A partir de 1991, o IMEL de Moscou será substituído pelo Instituto
de Pesquisa dos Problemas Sociais e Nacionais e o arquivo será destinado
ao Centro para a Conservação e o Estudo dos Documentos para a História
Recente.
← Hoje a publicação da MEGA 2, envolve alem das
Instituições da Alemanha, Holanda e Rússia, grupos de pesquisadores de
outros inúmeros paises (Itália, França Dinamarca, EUA e Japão).
← A nova edição esta organizada da forma seguinte:
← I Seção: Obras, Artigos e Manuscritos – 31 volumes;
30 Cf. FINESCHI, Karl Marx dopo l’ edizione storico-critica (MEGA 2), op. cit., e o texto de apresentação do site da Academia de Ciências de Berlin Brandemburgo: O Projeto da Marx-Engels Gesamtausgabe. Disponível em: http://bbaw.de/bbaw/Forschung/forschungprojekte/mega/de/Ueberblick#Portug. Acesso em: 23 nov. 2006.
← II Seção: O Capital e trabalhos preparatórios – 15 volumes;
← III Seção: Correspondência – 35 volumes;
← IV Seção: Extratos, Notas e Marginalia – 32 volumes.
← Esta nova edição, representa por um lado, uma edição
baseada em critérios rigorosamente científicos e isenta das influências
ideológicas, que em maior ou menor grau, estiveram presentes na
organização da MEW e na publicação da MEGA até 1990, e por outro
está baseada em rigorosos critérios filológicos e nos princípios da
Integralidade, Fidelidade ao Original, Apresentação da Evolução dos
Textos e Comentário Minucioso.31
← Esta nova edição, ao mesmo tempo, que oferece novas
perspectivas ao estudo da obra de Marx e Engels, esta contribuindo de
maneira significativa para uma retomada dos estudos marxianos isento
das determinações políticas e ideológicas que marcaram a sua recepção e
edição.
REFERÊNCIAS
BADIA, G. Avant-Propos. In: MARX, K. Théories sur la Plus-Value
(Livre IV du “Capital”) Vol. 1. Paris: Editions Sociales, 1974.
BONGIOVANNI, B. Per una storia della Gesamtausgabe. In: MARX, K.,
ENGELS, F. Manifesto del Partito Comunista. Torino: Einaudi, 1998.
CAIRE, G. L’ édition dês livres II et III du Capital: Problèmes et
controverses. In: LABICA, G., DELBRACCIO, M. Friedrich Engels,
savant et révolutionnaire. Paris: PUF Actuel Marx Confrontations, 1997.
ENGELS, F. Introducción a la edición de 1895. In: MARX, K. Las
Luchas de Clases en Francia de 1848 a 1850. Buenos Aires: Luxemburg,
2005.
31 Cf. O Progeto da Marx-Engels Gesamtausgabe, op. cit.
FINESCHI, R. Karl Marx dopo l’ edizione storico-critica (MEGA 2): un
nuovo oggetto di ricerca, In: Marxismo Oggi. Milano, 1999, nº 1-2, p.
199-239.
HECKER, R. Engels editore del Capitale. In: CINGOLI, M. Friedrich
Engels cent’ anni dopo Ipotesi per un bilancio critico. Milano: Teti, 1998.
HOBSBAWM, E. J. A fortuna das edições de Marx e Engels. In:
HOBSBAWM, E. J. História do Marxismo 1 O Marxismo no tempo de
Marx. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
HUNINK, M. Le carte della rivoluzione L’ Istituto Internazionale di
Storia Sociale di Amsterdam nascita e sviluppo dal 1935 al 1947. Milano:
Pantarei, 1988.
JONES, G. S. Retrato de Engels. In: HOBSBAWM, E. J. História do
Marxismo 1: O Marxismo no tempo de Marx. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1980.
LABICA, G. Dopo il marxismo leninismo (tra ieri e domani) Roma:
Edizioni Associate, 1992.
LABICA, G. Dopo il marxismo leninismo (tra ieri e domani) Roma:
Edizioni Associate, 1992.
MALINOWSKI, A. Szkola Frankfurcka a marksizm. Varsóvia: PWN,
1979.
MARKS, K. E ENGELS, F. Dziela, 1. Varsóvia: Ksiazka i Wiedza, 1976.
LEFEBVRE, J-P. Presentation du corpus, e R. Zapata, La publication dês
oeuvres de Marx après sa mort, In: LABICA, G. 1883 – 1893 L’oeuvre de
Marx Un siècle après. Paris: PUF, 1985.
LENINE, V. I. Oeuvres Tome 21. Paris: Editions Sociales / Moscou:
Editions du Progrès, 1976.
MARX, K. Oeuvres Économie II (org. Rubel M.), Paris: Gallimard –
Bibliothéque de la Plêiade, 1968.
MOULFI, M. Engels, éditeur de Marx. In: LABICA, G., DELBRACCIO,
M. Friedrich Engels, savant et révolutionnaire. Paris: PUF Actuel Marx
Confrontations, 1997.
O Projeto da Marx-Engels Gesamtausgabe. Disponível em:
http://bbaw.de/bbaw/Forschung/forschungprojekte/mega/de/Ueberblick#
Portug. Acesso em: 23 nov. 2006.
RAGONA, G. Maximilien Rubel (1905-1996) Ética, Marxologia e Critica
del Marxismo, Milão: Franco Angeli, 2003.
RIAZANOV, D. Communication sur l’ heritage littéraire de Marx et
Engels. In: L’ Homme et la Société, nº 7 janeiro-Março de 1968.
SECCO, L. Notas para a história editorial de O Capital. In: Novos
Rumos, nº 37, Ano 17, 2002.
WIGGERSHAUS, R. L’ Ecole de Francfort histoire, développement,
signification. Paris: PUF, 1993.
ZAPATA, R. La publication dês oeuvres de Marx après sa mort: 1883-
1935. In: LABICA, G. 1883 – 1893 L’oeuvre de Marx Un siècle après.
Paris: PUF, 1985.
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