A Opinião Pública Walter Lippman (1)

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A Opinião Pública Walter Lippmann Anderson Lopes Renata Caleffi

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A Opinião Pública Walter Lippmann

Anderson LopesRenata Caleffi

Parte I. IntroduçãoO mundo exterior e a imagem em nossas cabeças.A “ficção como não-mentira e representação”: parte

importante do maquinário da comunicação.Imaginário individual, coletivo e construção de pseudo-

ambientes.

Ser público e ser régio, ser humano e ser privado (criação de personagens e personalidade simbólica).

Os símbolos da opinião pública nunca organizam a totalidade da emoção de um grupo (exceção: fase intermediária da guerra: medo, espírito de luta e ódio).

Vivência e “sensação” de vivência de eventos pela imagem mental/simbólica produzida. Modo de pensar => Modo de agir.

Parte I. IntroduçãoComportamentos e consequências com efeito no mundo

“real”. Causas e motivações advindas do “pseudo-ambiente”.

O analista da opinião pública analisa o “pseudo-ambiente” e a relação triangular entre: a cena da ação, a imagem humana acerca da ação e a resposta à esta imagem humana produzida.

“Os fatos que ‘já’ se sabem. A ficção é tomada como verdadeira porque a ficção é um mal necessário”.

Ações políticas, comandos e rumos tomados a partir da “ficção”.

Imprevisibilidade na construção dos pseudo-ambientes (ou segunda realidade): “natureza humana”, “culturalismo”, “condições e contextos”.

Os esforços e esperanças do homem versus suas realizações e resultados.

Parte I. IntroduçãoOpinião Pública (com maiúsculas) versus opinião(ões)

pública (s).

Aquelas imagens que são feitas por grupos ou por pessoas agindo em nome do grupo

Aquelas imagens, interesses e particularidades de nossa ficção: imagem de si mesmo, do outro, das necessidades...

Opiniões públicas precisam ser organizadas para a imprensa e não por ela.

A responsável pela organização seria a Ciência Política.

Parte IV. InteressesPersonalização de quantidades e dramatização de

relações no recrutamento de interesses.“O mais profundo estereótipo é o estereótipo humano

que imputa a natureza humana à coisas inanimadas e coletivas”.

A popularização de assuntos públicos: temos interesse por coisas “que vemos”: decisões práticas > valores táteis e visuais> imagens comungadas por um grupo.

Refletir sobre: o papel do cinema na construção “distorcida” de fatos (Sidney Leite, 2003).

“Precisamos respirar na alegoria a respiração de nossa vida”.

Parte IV. InteressesOs conceitos de projeção e identificação: as imagens

passam a “ser nossas” quando algo de nós é tocado. A audiência exercitada pela imagem.

Pensar acerca de: a imaginação melodramática como organização do mundo político, de seus personagens e de ações na dita linha do tempo (Peter Brooks, 1996). Imagens avistadas E sentidas.

O embate, o amor da luta, da vitória e do “suspense”: tomar partido.

“A fórmula funciona quando a ficção pública se emaranha da urgência da vida privada” > a necessidade de manutenção do ego e o estereótipo original.

Parte IV. InteressesO interesse próprio reconsideradoQuanto mais mista for a audiência, maior será a

variação na resposta [às motivações do pseudo-ambiente]: a perda do controle original e a transferência de marcas pessoais (persona).

A conveniência do caráter: adaptação ao tempo, às circunstâncias e demandas próprias.

Egos múltiplos e engajamento: um mesmo corpo, diferente homem, múltiplas imagens. Ex.: a legitimação da violência e do ódio em momentos de guerra.

“Guerra moderna”, sociedade civil e estrutura política: preparação de caráter e educação moralizante e teleológica.

Crítica ao socialismo: a inobservância da busca de interesses próprios e o problema do determinismo econômico.

Parte V. A criação do Interesse em comumTransferência do interesse: “Como as noções de propósito

nacional, desejo do povo e opinião pública cristalizam-se a partir de imagens casuais e passageiras?”

Refletir sobre a formação do “zeitgeist” [o espírito do tempo].

Líder de opiniões heterogêneas e a conquista do voto homogêneo.

McCombs (2009): transferência de “saliência” do objeto de uma agenda à outra (possível leitura: maior aproximação do objeto agendado – qualidades que nos interessam).

Simbolização do mundo e significação elástica – proximidade e aprofundamento por líderes de opinião.

Quem avaliza o conhecimento do especialista?

Parte V. A criação do Interesse em comumImpressões do mundo e “sugestões de leitura”

nas notícias. Bernard Cohen (1963): a imprensa pode não nos dizer o que pensar, mas tem êxito em nos dizer “como” pensar acerca dos “fatos”.

Lideres e liderados – os simbolos como conservacao da unidade, como solidariedade e exploracao.

Manipulacao das massas a partir de simbolos.Dominacao – uma opiniao dominante errada e

preferivel a duas opinioes conflitantes e potencialmente corretas= a pluralidade finda a unidade como estrategia de lideranca.