A percepcao dos_gestores

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A percepção dos gestores (lideres) do projeto de implantação do BSC sobre a sua institucionalização e uso em uma grande concessionária de saneamento básico brasileira Autores: Paschoal Tadeu Russo, Msc. Cláudio Parisi, Dr. Apresentador: Paschoal Tadeu Russo, Msc.

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A percepção dos gestores (lideres) do projeto de implantação do BSC sobre a sua

institucionalização e uso em uma grande concessionária de saneamento básico

brasileira

Autores: Paschoal Tadeu Russo, Msc. Cláudio Parisi, Dr.

Apresentador: Paschoal Tadeu Russo, Msc.

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Agenda

• Contextualização; • Questão de pesquisa; • Objetivo da pesquisa; • Contribuições; • Revisão Teórica:

– Teoria Institucional • Nova Sociologia Institucional – NIS; • Institucionalização; • Forças causais críticas;

– Balanced Scorecard;

• Metodologia; • Análise de conteúdo; • Conclusões • Principal contribuição • Contatos

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Contextualização (1)

• BSC : consistência conceitual, muitos usuários, porém muitas dificuldades com implementação;

• Teoria Institucional: análise das motivações pelas mudanças em Contabilidade Gerencial;

• A total institucionalização como meio de obtenção plena dos benefícios dos artefatos da Contabilidade Gerencia.

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Contextualização (2)

• A organização estudada:

– Concessionária de serviços públicos de saneamento básico e tratamento de água;

– Grande porte

– Iniciou o processo de implementação do BSC em 2005;

– Pesquisa de campo realizada entre outubro e dezembro de 2010.

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Questão da Pesquisa

• Qual é o estágio de institucionalização do BSC na empresa de saneamento básico estudada?

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Objetivo da pesquisa

• Esta pesquisa se propôs a conhecer a percepção dos gestores lideres do projeto de implantação do BSC numa concessionária de serviços públicos sobre o estágio de institucionalização desse artefato naquela organização.

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Contribuições

• Aplicar empiricamente a Teoria Institucional (NIS) em análise de mensuração de artefatos de Contabilidade Gerencial;

• Conhecer o BSC, relevante artefato da contabilidade gerencial, sob a ótica da NIS;

• Mensurar o BSC e conhecer seu estágio de institucionalização na organização estudada.

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Nova Sociologia Institucional (New Institutional Sociology – NIS)

• Estudo das macroinstituições;

• Analisa as relações entre: as organizações, o ambiente em que estas são inseridas e o comportamento dos atores institucionais em suas decisões no sentido de aumentar sua legitimidade;

• Está diretamente associada ao surgimento de elementos institucionais tais como: orçamento, custeio baseado em atividade (ABC), BSC, entre outros.

• Temas relevantes: estímulos externos, papel dos atores, isomorfismo, legitimidade, institucionalização e desinstitucionalização.

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Institucionalização

Figura 01: Forças causais críticas inerentes à institucionalização

Fonte: Tolbert e Zucker (1999, p. 207)

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Forças causais criticas e suas consequências na Institucionalização

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O Balanced Scorecard

• Kaplan e Norton (2001) generalizam o uso dos princípios do uso do BSC para todas as empresas adotantes deste artefato. São eles:

– traduzir a estratégia em termos operacionais;

– alinhar a organização à estratégia;

– transformar a estratégia em tarefa de todos;

– converter a estratégia em processo contínuo;

– mobilizar a mudança por meio da liderança executiva.

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Metodologia

• Pesquisa descritiva e qualitativa; • Revisão bibliográfica inicial para identificar elementos

da NIS e do BSC relevantes para a pesquisa; • Análise de conteúdo (Bardin, 2009)de entrevista

transcritas (4 gestores líderes do projeto de implantação do BSC): – Fase de pré-análise: resultado questões investigativas; – Fase de codificação: regras de recorte; – Fase de categorização: identificação das evidências nas

entrevistas transcritas; – Fase de inferência: inferir sobre o estágio de

institucionalização do BSC.

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Análise de Conteúdo: Pré-análise

Categorias Algumas Questões Investigativas Respostas

Esperadas Algumas Referência Bibliográfica

Processos

Quais foram os conceitos utilizados na implantação do BSC da Concessionária e quais ainda existem em sua modelagem final?

Qual foi processo histórico de implantação (de onde partir, para onde foi e as principais etapas)?

Habitualização, Objetificação e Sedimentação

Otley (1999), Malina e Selto (2001), Bourne e Neely (2002), Paranjape, Rossiter e Pantano (2006), Atkinson (2006), Herzner (2006),; Kaplan e Norton (1997; 2001; 2004

Característica dos adotantes

Há uma correlação entre o sucesso de uma prática, ou o tipo de solução encontrada, com um dado grupo?

Homogêneos, Heterogêneos

Meyer e Rowan (1977), DiMaggio e Powel (1983), Tolbert e Zucker (19831988, 1999).

Ímpeto para difusão

Quais são os mecanismos de propagação e difusão disponíveis na Concessionária?

Imitação, Imitação /

Normatização e Normatização

DiMaggio e Powel (1983), Abrahamson (1991), Strang e Meyer (1993), Tolbert e Zucker (1999)

Atividade de teorização

Qual foi o processo de formulação teórica ocorrido na Concessionária, e se no momento da entrevista esse processo ocorria?

Nenhuma, Alta e Baixa

DiMaggio e Powel (1983), Abrahamson (1991), Strang e Meyer (1993), Tolbert e Zucker (1999)

Variância na imple-

mentação

Identificar se existem diferenças nos modelos de BSC para cada uma das unidades de negócios e/ou diretorias da Concessionária e quais as motivações que geraram tais diferenças?

Alta, Moderada e Baixa

Meyer e Rowan (1977, Tolbert e Zucker (1983, 1999), Covaleski e Dirsmith (1988)

Taxa de fracasso

estrutural

Identificar se havia o conhecimento de localidades (UNs e/ou diretorias) em que o BSC não teve ou até o momento da pesquisa.

Alta, Moderada e Baixa

Meyer e Rowan (1977, Tolbert e Zucker (1983, 1999), Covaleski e Dirsmith (1988), Lawrence, Winn e Jennings (2001)

QUADRO 2 - Classificação dos Achados . Fonte: Os autores com base em Tolbert e Zucker (1999, p. 211)

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Análise de Conteúdo: Categorização - Identificação das evidências

Categoria Exemplos de conteúdos identificados nas entrevistas

Quantidade de Diferentes

Evidências Identificadas

Resposta(s) Encontrada(s)

Processos

• esperava-se com o BSC ter a possibilidade de comunicar a estratégia, objetivos e diretrizes para as diretorias e todo o corpo funcional.

• por intermédio de benchmark, revisão bibliográfica, ajuda de consultorias, bem como da partilha dos achados iniciam a implantação;

• os indicadores são únicos; • há um plano de participação de resultados que se utiliza de indicadores que vem do

planejamento estratégico e também estão presentes no BSC; • o planejamento estratégico é atendido com base nas disponibilidades do orçamento

e não ao contrário.

183 Objetificação

Característica dos

adotantes • os grupos são heterogêneos; 12 Heterogêneos

Ímpeto para difusão

• apresentação dos conceitos e da metodologia a todas as UNs a partir de workshops e treinamentos;

• processo de aperfeiçoamento com o uso; 17 Normatização

Atividade de teorização

• utilização dos conceitos básicos do BSC (de Kaplan e Norton) por meio de um aprofundamento na literatura, bem como dos materiais disponibilizados pela área de Planejamento Estratégico e pela consultoria contratada.

18 Baixa

Variância na imple-

mentação • existe somente um tipo de BSC com diversas customizações. 11 Baixa

Taxa de fracasso

estrutural

• no momento em que o projeto estava rodando, o sucesso era total, porém, esse sucesso depende do patrocínio da corporação.

8 Moderada e Baixa

Tabela 01 - Identificação e Classificação dos Achados . Fonte: Os autores com base em Tolbert e Zucker (1999, p. 211)

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Análise de Conteúdo: Inferência

Dimensão Estágio pré-

institucional

Estágio semi-

institucional

Estágio de total

institucionalização

Processos Habitualização Objetificação Sedimentação

Característica dos

adotantes Homogêneos Heterogêneos Heterogêneos

Ímpeto para difusão Imitação Imitação /

normatização Normatização

Atividade de

teorização Nenhuma Alta Baixa

Variância na

implementação Alta Moderada Baixa

Taxa de fracasso

estrutural Alta Moderada Baixa

Tabela 2: Inferência sobre o estágio de institucionalização da Concessionária Estudada com base nas entrevistas e nas forças causais críticas e suas consequências no processo de institucionalização. Fonte: Tolbert e Zucker (1999, p. 211).

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Conclusões

• Provavelmente, o BSC da concessionária estudada, na ocasião em que as entrevistas foram realizadas, encontrava-se no estágio de semi- institucionalização em um processo de desinstitucionalização.

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Principal contribuição

• O entendimento de que os processos de institucionalização e desinstitucionalização podem ser entendidos como um mesmo processo, dependendo somente do sentido em que ocorrem;

• Institucionalização: os fatores responsáveis pela inovação estão a jusante e como consequência ocorrem todos os demais tendo a montante a sedimentação.

• O processo de desinstitucionalização ocorre de montante a jusante.

• Portanto, é possível considerar, que as dimensões comparativas propostas por Tolbert e Zucker (1999, p.211) sejam validas para os processos normais de institucionalização (de jusante a montante).

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Contatos

Paschoal Tadeu Russo Doutorando do Programa de Controladoria e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEAUSP) [email protected] Claudio Parisi Doutor em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (FEAUSP) Centro Universitário FECAP – Programa de Mestrado em Ciências Contábeis [email protected]

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