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A PERCEPÇÃO DO CONTADOR EM RELAÇÃO AO COMPORTAMENTO DOS GESTORES DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS COMO VIABILIZADOR NA ADOÇÃO DO CPC PME NO BRASIL 1. INTRODUÇÃO Com a globalização, no mundo corporativo se faz necessário que a comunicação seja de forma clara, com confiabilidade e credibilidade, através de relatórios contábeis que possam ser analisados e comparados, sem que se faça adequações à legislação ou a normas contábeis de cada país (Caríssimo e Pinheiro, 2012). O Internacional Accounting Standard Board (IASB) tem grande importância no processo de harmonização, promovendo a convergência das normas contábeis a nível internacional (LEMES; SILVA, 2007). Desse modo, o IASB apresenta-se com a função normatizadora, emitindo normas internacionais de contabilidade através do padrão IFRS - International Financial Reporting Standards (Calixto, 2010). A convergência às normas internacionais iniciou no Brasil com a Resolução nº 1055/05 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), criando o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Este comitê tem como função a emissão de pronunciamentos técnicos de contabilidade no Brasil, visando a centralização e uniformização considerando a convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais (Cella et al., 2011). As normas internacionais de contabilidade apesar de abordarem procedimentos robustos envolvendo transações complexas em empresas de grande porte, principalmente, embora também se direcionam para os demais tipos de empresas com o IFRS for Small and Medium- sized Entities (SMEs). No Brasil, o Pronunciamento Técnico CPC para Pequenas e Médias Empresas (PT CPC PMEs) é a norma correlata ao IFRS for SMEs, devendo ser aplicada apenas

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A PERCEPÇÃO DO CONTADOR EM RELAÇÃO AO COMPORTAMENTO DOS

GESTORES DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS COMO VIABILIZADOR NA

ADOÇÃO DO CPC PME NO BRASIL

1. INTRODUÇÃO

Com a globalização, no mundo corporativo se faz necessário que a comunicação seja de

forma clara, com confiabilidade e credibilidade, através de relatórios contábeis que possam ser

analisados e comparados, sem que se faça adequações à legislação ou a normas contábeis de

cada país (Caríssimo e Pinheiro, 2012).

O Internacional Accounting Standard Board (IASB) tem grande importância no

processo de harmonização, promovendo a convergência das normas contábeis a nível

internacional (LEMES; SILVA, 2007). Desse modo, o IASB apresenta-se com a função

normatizadora, emitindo normas internacionais de contabilidade através do padrão IFRS -

International Financial Reporting Standards (Calixto, 2010).

A convergência às normas internacionais iniciou no Brasil com a Resolução nº 1055/05

do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), criando o Comitê de Pronunciamentos Contábeis

(CPC). Este comitê tem como função a emissão de pronunciamentos técnicos de contabilidade

no Brasil, visando a centralização e uniformização considerando a convergência da

contabilidade brasileira aos padrões internacionais (Cella et al., 2011).

As normas internacionais de contabilidade apesar de abordarem procedimentos robustos

envolvendo transações complexas em empresas de grande porte, principalmente, embora

também se direcionam para os demais tipos de empresas com o IFRS for Small and Medium-

sized Entities (SMEs). No Brasil, o Pronunciamento Técnico CPC para Pequenas e Médias

Empresas (PT CPC PMEs) é a norma correlata ao IFRS for SMEs, devendo ser aplicada apenas

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por empresas que não têm obrigação de publicar suas demonstrações contábeis,

independentemente de sua forma jurídica (CPC, 2009).

As pequenas e médias empresas (PMEs) apresentam um papel relevante no cenário

econômico mundial. Atuam fortemente participando no desenvolvimento regional, sendo

consideradas como partes importantes para o avanço econômico e criação de empregos,

alterando, inovando políticas e estimulando a competividade (Neto et al., 2005).

As PMEs podem ser consideradas como o motor do desenvolvimento das economias,

tanto em países desenvolvidos como países em desenvolvimento, pois estas empresas

representam em diversos países a principal fonte de emprego, de empreendedorismo e da

inovação, gerando competitividade e emprego (Alves, 2013).

Da mesma forma, as PMEs no Brasil têm importância fundamental na economia do país,

principalmente nos aspectos econômicos e sociais, tendo em vista que essas representam a

maioria das empresas brasileiras e empregam boa parte dos trabalhadores. Estas empresas se

evidenciam pela frequente promoção de negócios a um nível onde os investidores estrangeiros

precisam de informações contábeis, em que as mesmas possam atender as necessidades de

comparabilidade e entendimento na realização de negócios e tomada de decisões (Carrísimo,

2012).

Com a adoção no Brasil do PT CPC PME espera-se uma clareza maior às informações

contábeis (Riva e Salotti, 2015). Para que as empresas brasileiras alcancem sucesso na

implantação das normas internacionais, algumas ferramentas e estratégias podem servir de

apoio aos empresários, diretores financeiros, executivos, comitês de auditoria e conselhos de

administração.

Neste sentido, para as PMEs, os aspectos fiscais ainda permeiam de sobre a demanda

de informação contábil dos gestores destas empresas, o que pode influenciar na adoção das

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normas interacionais de contabilidade para as PMEs (Iudícibus e Marion, 2002; Iudicibus et al.,

2010; Niyama, 2010; Rosa, 2013).

Neste contexto, o objetivo deste estudo foi verificar a percepção do contador em relação

ao comportamento dos gestores de pequenas e médias empresas como viabilizador na adoção

do PT CPC PME no Brasil. Para tanto, contadores das 27 unidades da federação brasileira foram

questionados sobre a percepção destes quanto: a organização dos gestores de PMEs para

atendimento das solicitações da contabilidade; como que estes gestores utilizam a contabilidade

para a tomada de decisão; a expertise dos gestores na administração das PMEs; e, os

comportamentos destes gestores que podem limitar a adoção do PT CPC PME.

Este assunto apresenta-se relevante, pois o Brasil ainda está passando por um momento

de alterações das normas contábeis, o que influência na melhor forma para adoção do CPC

PME. Diante desse fato, este estudo diferencia-se pela análise do comportamento do cliente da

contabilidade sob a óptica do contador, com a aplicação da norma como ferramenta

multiplicadora de conhecimento. Outro ponto a ser avaliado é o relacionamento dos gestores de

PMEs e as suas demandas por informações junto aos contadores contabilidade pelo

empreendedor, sob o ponto de vista do contador para adoção do PT CPC PME.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Aplicação do PT CPC PME

A contabilidade, em se tratando de uma ciência social, sofre grande influência cultural,

social e econômica, sugestionando as práticas contábeis e o desenvolvimento econômico de um

país (Niyama e Silva, 2013). Questões como a tributação, cultura, ambiente econômico,

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treinamento de profissionais de contabilidade, ambiente político e social e o mercado de capitais

podem influenciar normas de contabilidade (Niyama, 2010).

Para Menezes et al. (2014), a interferência da legislação fiscal no Brasil demanda uma

contabilidade fortemente voltada ao fisco. Niyama (2013) ressalta que influencia excessiva de

órgãos governamentais na contabilidade dificulta a geração de informação contábil útil para

uma ampla gama de usuários.

É comum, as médias e pequenas empresas deixarem de cumprir as normas contábeis,

pois a limitação ao cumprimento dessas informações se dá a necessidade de prestar informações

ao fisco, e isso pode ser considerado um embaraço no decurso da convergência aos padrões

internacionais, pois exigem do profissional contábil maior esforço intelectual para efetuar

julgamentos (Iudicibus et al., 2010).

Girotto (2010) verificou que em geral grande parte dos profissionais de contabilidade

está sem qualificação para aplicação das IFRS PMEs, delimitando-se a preparar guias de

impostos. Assim sendo, torna-se desnecessário a informação contábil para à permanência das

PME’s.

Para Ferreira (2012), é crescente a necessidade do profissional de contabilidade se

capacitar, ofertando informações precisas, possibilitando condições ao gestor para gestão do

negócio. Para que se atenda o pressuposto da continuidade da empresa, se faz necessário que a

atividade econômica financeira da empresa seja analisada tempestivamente.

De acordo com Menezes et al. (2014), a adoção das normas de contabilidade para as

PMEs retrata um momento ímpar, pois o desempenho das atividades atribuídas a atender

somente ao fisco passa a ser inquiridas, tendo em vista à necessidade de produzir informações

que tenham maior proveito a usuários distintos. Nascimento et al. (2014), ressalta que o Brasil

por ter abordagem fiscal à contabilidade societária, aponta mudanças, como por exemplo, os

problemas educacionais que demandam estudos específicos. Assim, é oportuno que os

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profissionais da contabilidade sejam preparados para apresentar resultados ao novo cenário

contábil, contribuindo com o progresso do Brasil e ter bom resultado na profissão (Pocetti,

2013).

Ferreira et al. (2013), salienta que a harmonização das normas contábeis impõe

modificações nas atribuições do contabilista e remete a várias alterações no papel do

profissional contábil, almejando-se que o exercício destes, assuma parcerias de negócios e

agentes de mudanças, aspirando-se além do mais, o prestígio da classe contábil entre as PMEs,

interrompendo a visão de que o profissional contábil é apenas para apuração e recolhimento de

impostos, passando a ser visto como gerenciador de informações essenciais e aproveitáveis

pelos gestores.

As micro e pequenas empresas, possuem características de informalidade e tendem a

centralização, haja vista esse tipo de negócio não possuir as particularidades características de

uma organização burocrática. Como há uma centralização, o sucesso ou insucesso das tomadas

de decisão se convergem exclusivamente na pessoa do gestor (Amorim e Silva, 2012).

Menezes et al.(2014), analisou a percepção dos contabilistas sobre a convergência das

normas internacionais de contabilidade nas pequenas e médias empresas. Concluiu-se que os

respondentes não desconhecem totalmente o processo de convergência da contabilidade

brasileira às normas internacionais, não obstante ainda sejam percebidas dificuldades quanto a

aplicação e evidenciação adequada as normativas vigentes.

É necessário, portanto, apoio para a mudança do entendimento de que a contabilidade

como simplesmente obrigação fiscal, pois esta visão amplifica a vulnerabilidade das empresas

devida a pequena correlação entre aspectos tecnológicos e administrativos, referentes ao

sistema de informações gerenciais ou às estratégias desenvolvidas (Kassai, 1997).

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2.3 A utilização da informação contábil pelos gestores

Segundo Yamamoto e Salotti (2006) a informação contábil pode ser considerada

entendida como aquela que altera o estado da arte do conhecimento de seu usuário em relação

à empresa, sendo utiliza na solução de problemas, como econômico-financeira, física e de

produtividade.

Para Henrique (2008), empreendedores de pequenas e médias empresas que assumem a

função de administradores financeiros, desenvolvem práticas de análises financeiras para

identificar o desempenho de sua empresa em relação ao passado, e em relação à concorrência,

visando as decisões convenientes, desde que detenha informações sobre o estado de seu

patrimônio, baseadas por análises financeiras fornecidas por relatórios contábeis.

Contudo, nas PMEs a tomada de decisão não se baseia em informações gerenciais sobre

o negócio, sendo muitas vezes baseada em aspectos sentimentais dos gestores (Kassai, 1997).

Considerando a relevância da informação contábil, percebe-se que a necessidade para essas

empresas, é de atender requisitos legais. O entendimento, é que os relatórios produzidos são um

peso para as PME’s, e que o profissional de contabilidade não tem o devido reconhecimento. O

profissional contábil é tido pelo empresário, como mais um custo, fato esse que dificulta a

contratação dos serviços contábeis e de gestão das PME’s (Ferreira, 2012).

Costa e Yoshitake (2004) afirma que os empresários associam a contabilidade ao

cumprimento fiscal e assim, relacionam o contador a questões tributárias, como artimanhas para

escapar da tributação, deixando de lado o planejamento, a organização, o controle, e outras

atribuições básicas da função administrativa.

Para Santos et al (2016) os gestores de pequenas empresas atribuem à contabilidade o

excesso de burocracia e a arrecadação de tributos, levando aos contadores a especializarem-se

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principalmente nos aspectos fiscais que impactam estas empresas, deixando de fornecer

informações que poderiam contribuir para a gestão dessas.

Para Kassai (1997), por não terem entendimento e dominar a contabilidade, os

empreendedores entendem que os relatórios financeiros preparados pelo contador são para

simples cumprimento de uma obrigação legal, ao invés de munir o empreendedor de

informações para ajudá-lo na tomada de decisões.

Para Lima et al (2004) a maioria dos gestores não utiliza as informações contábeis na

administração do negócio, movidos principalmente pela não compreensão dos benefícios que

poderiam trazer na gestão da empresa e, devido a esse fato, considera a contabilidade apenas

como uma despesa a mais e que não agrega valor ao empreendimento.

Stroeher e Freitas (2008) complementam que devido ao pequeno empresário, na maioria

dos casos, não possuir a compreensão suficiente da contabilidade, por vezes, não conseguem

classificar a sua importância. Segundo os autores, os empresários estão mais preocupados com

as informações de ordem tributária produzidas pela contabilidade, relacionando o contador a

questões tributárias, como mecanismos para escapar da tributação, deixando de lado o

planejamento, a organização, o controle, e outras atribuições básicas da função administrativa.

Albuquerque (2004) aponta ainda um grave problema no processo de gerenciamento

das PME’s, analisando que boa parte das decisões é tomada com base na intuição e experiência

do gestor, e não de uma análise pormenorizada das informações financeiras e mercadológicas.

Assim, caberia ao contador estreitar uma aproximação, participar e conhecer mais a vida

empresarial de seus clientes e demonstrar com asseveração a relevância da contabilidade para

uma conveniente gestão empresarial.

3. PROCEDIMENTOS DE PESQUISA

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O presente estudo caracteriza como uma pesquisa exploratória. Segundo Gil (1999), um

trabalho é de natureza exploratória quando envolver levantamento bibliográfico, entrevista com

pessoas que tiveram (ou tem) experiências práticas com o problema pesquisado e análise de

exemplos que estimulem a compreensão. Possui ainda a finalidade básica de desenvolver,

esclarecer e modificar conceitos e ideias para a formulação de abordagens posteriores. Dessa

forma, a pesquisa exploratória proporciona maior conhecimento para o pesquisador acerca do

assunto, a fim de que esse possa formular problemas mais precisos ou criar hipóteses que

possam ser pesquisadas por estudos posteriores.

A população do estudo são os profissionais contábeis que atuam nos escritórios de

contabilidade das unidades da federação brasileira (os 26 Estados e o Distrito Federal). A coleta

de dados foi realizada por meio de questionário aplicado a estes profissionais, tendo sido

obtidos 75 questionários válidos.

O questionário aplicado era composto de 7 seções, totalizando 26 perguntas, contendo

questões fechadas do tipo escala Likert, conforme sintetizado no quadro 1.

Quadro 1: Estrutura do questionário utilizado na coleta de dados

Seção Quantidade

de questões

Objetivo da seção

Características dos respondentes 6 Capturar as informações demográficas dos

respondentes do questionário

Características do escritório de

contabilidade 7

Capturar as características predominantes do escritório

de contabilidade na qual o respondente trabalha

Características dos gestores de PMEs

atendidos 5

Capturar as características dos gestores de PMEs

percebidas pelos respondentes

Organização dos gestores de PMEs 3

Capturar a percepção dos respondentes quanto à

organização dos gestores de PMEs para atendimento

das solicitações da contabilidade

Utilização das informações contábeis

pelos gestores de PMEs 1

Capturar a percepção dos respondentes sobre a forma

como os gestores PMES utilizam as

informações contábeis para a tomada de decisão

Expertise dos gestores de PMEs 1

Capturar a percepção dos respondentes quanto a

expertise dos gestores de PMEs para a gestão do

negócio

Comportamentos dos gestores que

podem limitar a atuação da

contabilidade

3

Capturar a percepção dos respondentes quanto ao

comportamento dos gestores de PMEs que podem

limitar a adoção do PT CPC PME

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

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4.1.1 Características dos respondentes

A primeira questão do questionário buscou conhecer acerca das informações gerais dos

respondentes buscou conhecer a localização, a faixa etária do respondente, qual o gênero dos

respondentes, qual a escolaridade dos respondentes, qual o tempo de atuação do profissional

contábil na área e qual a área de atuação na contabilidade. A maioria dos respondentes possuem

seus escritórios localizados no Distrito Federal (41,33%); seguidos pelo estado do Goiás (16%);

Minas Gerais (12%); São Paulo (9,3%); Maranhão (4%); Paraná, Rio Grande do Norte e Santa

Catarina (2,67%) cada um, e por fim, Bahia; Ceará; Mato Grosso; Paraíba; Piauí; Rio de Janeiro

e Rio Grande do Sul (1,3%).

Com relação à faixa etária, verifica-se que o público maior está concentrado na faixa de

30 a 40 anos, representando 49,30% dos respondentes; verificando-se também que 25,30%

estão entre 40 a 50 anos; 10,67% entre 20 a 30 e 50 a 60 anos; e apenas 4,00% estão acima de

60 anos de idade.

Os dados da pesquisa demonstram quanto ao sexo dos respondentes, que se percebe uma

predominância do sexo masculino, tendo em vista que dos 75 participantes da pesquisa, 54,67%

são do sexo masculino, contra 45,33% do sexo feminino.

A escolaridade dos respondentes, visa conhecer como está o aprimoramento dos

profissionais, procurando saber das diversas formações. A pesquisa trouxe o índice de 14,67%

daqueles que possuem curso técnico, já 49,33% dos respondentes são graduados, a

especialização apareceu com 32,0%, e o mestrado com apenas 4,00%, podendo então notar que

são poucos os profissionais mestrados. O nível de doutorado de acordo com a pesquisa, nenhum

profissional possui essa extensão, concluindo que os profissionais que estão no mercado se

preocupam em concluir pelo menos algum curso de especialização, galgando uma boa formação

acadêmica.

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As duas últimas questões desta seção buscaram conhecer acerca do tempo e área de

atuação do profissional contábil. Dos respondentes do questionário, 38,7% atuam entre 05 a 10

anos na profissão; e 18,67% dos respondentes atuam a mais de 20 anos. Quanto a área de

atuação, 33,33% dos respondentes atuam na área de análise e gestão; 24%, trabalham com

planejamento tributário; e 4%, nas áreas de auditoria e fiscalização.

4.1.2 Características do escritório contábil

Os respondentes do questionário trabalham majoritariamente em escritórios contábeis

que atendem clientes (gestores) nos ramos de comércio, prestação de serviços e indústria. Sendo

que 64% destes gestores eram de microempreendedores individuais.

Os respondentes do questionário trabalham em sua maioria em escritórios de

contabilidade que possuem até 4 funcionários, e um baixo percentual declarou ter mais de 30

funcionários.

Em relação ao regime de tributação predominante entre as empresas atendidas pelo

escritório contábil, o simples nacional representou 86,67% das respostas. Este regime de

tributação simplificado é o que mais enquadra as PMEs no Brasil. Os regimes de tributação

mais complexos, lucro presumido e lucro real, representavam 8% e 5,33%, respectivamente dos

a clientes atendidos pelos escritórios de contabilidade no qual os respondentes trabalhavam.

Os respondentes foram questionados se os escritórios que trabalhavam promoviam

algum treinamento/orientação aos funcionários sobre o PT CPC PME. Para 82,67% dos

respondentes, os escritórios de contabilidade não ofereciam nenhuma forma de treinamento ou

orientação aos funcionários sobre o PT CPC PME.

Em relação ao nível de adoção do PT CPC PME pelos escritórios de contabilidade, 24%

dos contadores respondentes afirmaram que sempre adotam o referido pronunciamento na

elaboração das demonstrações contábeis das PMEs; 21,33%, afirmaram quase sempre utilizar;

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17,33% declararam que usam as vezes; e 37,33% responderam que raramente ou nunca usam o

PT CPC PME.

4.1.3 Características do cliente do escritório contábil

Nesta seção do questionário, os respondentes foram questionados sobre as

características dos gestores de PMEs quando se relacionavam com o escritório de contabilidade.

As questões tratavam sobre: os interesses destes gestores pelas informações contábeis; as

informações que demandavam; a contratação voluntária de serviço contábeis; a procura do

contador para esclarecimento de dúvidas; e a importância do contador para a gestão e a tomada

de decisão.

Em relação ao interesse dos gestores de PMEs pelas informações contábeis, os

respondentes percebem um baixo interesse destes gestores, pois somente 13,34% dos

respondentes afirmaram que os gestores sempre e quase sempre manifestam interesse pelas

informações contábeis. Enquanto isso, 61,33% dos respondentes afirmaram que os gestores

parecem indiferentes quanto ao uso de informações contábeis. Outros 25,33% dos respondentes

afirmaram que as vezes os gestores se interessam por tais informações.

Quanto à solicitação das demonstrações contábeis, 45,33% dos respondentes, afirmaram

que nunca ou raramente os gestores de PMEs já solicitaram alguma demonstração contábil ao

escritório de contabilidade, enquanto apenas 17,33% dos respondentes disseram que sempre ou

quase sempre os gestores demandaram tais demonstrações. Para outros 37,33% dos

respondentes, as vezes os gestores requeriam as demonstrações contábeis.

Quando questionados sobre a contratação voluntária de serviço contábeis, 61,33% dos

respondentes acreditavam que nunca ou raramente os gestores de PMEs contratariam os

serviços contábeis caso estes não fossem obrigados, enquanto para 12% dos respondentes, os

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gestores quase sempre ou sempre contratariam estes serviços. Outros 26,67% dos respondentes

consideram que os gestores as vezes contratariam serviços contábeis.

Quanto à procura dos contadores pelos dos gestores de PMEs para esclarecimento de

dúvidas, os respondentes foram questionados se os gestores visitavam o escritório de

contabilidade para tais elucidações. Para 36% dos respondentes, os gestores nunca ou raramente

costumam visitar o escritório para esclarecimento de dúvidas; enquanto 33,33% as vezes

procuram os contadores; e 30,67% quase sempre ou sempre visitam o escritório para a

explicação de dúvidas.

Quando questionados sobre se os gestores de PMEs percebem a importância do contador

para a gestão negócio e a tomada de decisão, 33,33% dos respondentes afirmaram que nunca

ou raramente sentem que os gestores atribuem valor aos serviços prestados pelo contador;

enquanto 53,33%, consideram que as vezes os gestores valorizam o trabalho do contador na

gestão empresa. Por outro lado, apenas 13,34% dos respondentes percebem que os gestores de

PMEs sempre ou quase sempre dão importância aos serviços contábeis na gestão e tomada de

decisão.

Estes resultados sugerem que os contadores que responderam à pesquisa consideram

que os gestores pouco valorizam ou entendem as informações geradas pela contabilidade, pois

poucos gestores de PMEs utilizam das demonstrações contábeis para tomada de decisão e

procuram o escritório de contabilidade para esclarecimento de dúvidas.

Para Dalbello (1999), o gestor das pequenas empresas não devem tomar suas decisões

ancoradas em aventuras, arriscam-se aos acontecimentos futuros sem o mínimo de

planejamento e controle financeiro, pois são necessários julgamentos constantes sobre os

investimentos da empresa visando uma contínua atualização de suas estratégias para adequar-

se as novas mudanças em que a empresa está inserida. A informação realiza função essencial

no processo de tomada de decisões, quando o gestor, resguardado por dados seguros e

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atualizados, direciona a organização rumo à execução do planejamento estratégico

estabelecido.

4.1.4 Organização do cliente para atendimento das solicitações da contabilidade

Nesta seção buscou-se identificar a percepção dos respondentes quanto à organização

dos gestores de PMEs para o atendimento das solicitações da contabilidade. Segundo os

respondentes, ficou demonstrado que é difícil os clientes disponibilizarem a documentação

necessária para a elaboração dos livros obrigatórios de acordo com a legislação vigente,

fortalecendo, o pressuposto que os gestores de PMEs não se interessam em utilizar das

demonstrações contábeis para gerir a sua empresa. Para 78,66% dos respondentes, os gestores

difícil, muito difícil ou simplesmente não fornecem os documentos necessários à elaboração

dos livros obrigatórios.

Em referência a utilização de um bom programa comercial para a coleta e

armazenamento de dados para serem utilizados pela contabilidade, 90,67% dos respondentes

declararam que seus clientes de PME raramente, nunca e às vezes fazem a procuram tais

programas. O número elevado para a não utilização de um bom programa comercial, pode

denotar que os gestores de PME não dispõem de um bom controle e organização, dificultando

assim a gestão da empresa.

Esta observação fica confirmada quando foi perguntado aos contadores se seus clientes

de PMEs apresentam organização e controles internos adequados, facilitando com que as

informações sejam precisas para a elaboração das demonstrações contábeis. Para 88.0% dos

respondentes, os gestores de PMEs nunca, raramente ou às vezes apresentam organização e

controles internos adequados. Isso pode sugerir que tais gestores não percebem a importância

do controle interno como ferramenta de gestão, o que pode dificultar a elaboração adequada das

informações contábeis.

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4.1.5 Utilização das informações contábeis pelos gestores de PMEs

Com o objetivo de caracterizar a relevância da demanda da informação, o questionário

teve o intuito de demonstrar o grau de importância dado à utilização da informação contábil

para a tomada de decisões. Considerou-se quatro grupos de variáveis: variáveis tributárias,

variáveis relativas à captação de recursos de terceiros, suporte gerencial e participação em

licitações. Os resultados evidenciaram que em todas as variáveis raramente os gestores de PMEs

solicitam informações contábil do escritório para tomada de decisões. Os resultados indicam

ainda que os empresários/gestores das pequenas empresas, atribuem em média um grau

significativo de baixa importância à utilização da informação contábil, considerando que parte

destes nunca se utilizam das mesmas para tomada das decisões.

4.1.6 Expertise do cliente para a gestão

Os contadores foram questionados sobre de qual meio os gestores de PMEs por estes

atendidos se utilizam para tomada de decisões no processo de gerenciamento da empresa. Para

94,67% dos respondentes, os gestores nunca, raramente ou as vezes se utilizam de uma análise

pormenorizada das informações do negócio; e 5,33% responderam que sempre ou quase os

gestores se utilizam destas informações.

No que se refere a expertise do seguimento de atuação do negócio no mercado, seguiu

a mesma tendência da anterior, onde uma parte elevada dos respondentes, 54,67%, dizem que

nunca ou raramente, os gestores de PMEs contam com a expertise do segmento no mercado em

que atuam para gerenciamento e tomada de decisões do negócio. Enquanto que 45,33% dos

respondentes afirmaram que as vezes ou sempre os gestores entendem mais aprofundadamente

do negócio o qual gerenciam.

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No que se refere ao conhecimento financeiro para tomada de decisão no gerenciamento

das empresas, o panorama continuou o mesmo, onde 89,3% as respostas nunca, raramente e as

vezes, revelou que os gestores de PME não se utilizam do conhecimento financeiro para a

tomada de decisões; 10,67% afirmaram que seus clientes fazem uso do conhecimento financeiro

para tomada de decisão.

Por fim, no que se importa a questão referente a intuição, nunca, raramente e as vezes

se mantiveram em níveis elevados, com 76% das respostas. Em todos os itens questionados, o

quesito raramente e as vezes, ficaram em níveis destacados, o que vem a constatar que os

clientes de PME’s não consideram a informação contábil de relevância para a tomada de

decisões.

4.1.7 Comportamentos que podem limitar adoção do CPC PME

As PMEs apresentam características inerentes e diferentes das médias e grandes

empresas. Sendo assim, também apresentam dificuldades distintas das empresas de portes

maiores. Para verificar o comportamento do cliente que pode limitar a aplicabilidade do CPC

PME, os respondentes foram abordados sobre a consciência de seus clientes em relação a

inserção das PMEs em um cenário competitivo econômico.

Do total da amostra, 42,67% dos respondentes, afirmaram que seus clientes as vezes

têm consciência da inserção dessas empresas em um novo cenário competitivo econômico,

contra 25,33% dos entrevistados que afirmaram raramente os clientes se conscientizam da

inserção das PMEs em um cenário competitivo. A soma dos itens quase sempre e sempre,

importou em 25,33%, equiparando –se ao item raramente, e 6,67% dos informantes, dizem que

seus clientes nunca tiveram essa consciência.

Visando conhecer a importância dada pelos gestores de PMEs ao controle financeiro,

foi questionado se esses empresários investem em capacitação de pessoal para trabalhar no

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financeiro dessas empresas. Para 97,34% dos respondentes, os gestores de PMEs não investem

em curso de capacitação de pessoal para o controle financeiro, demonstrando uma

informalidade nos controles internos das PMEs.

A carga tributária, constitui um custo alto para as PMEs, muitas vezes dificultando os

projetos iniciais. Ainda dentro dos comportamentos que podem limitar adoção do PT CPC

PME, foi perguntado se a preocupação dos gestores PMEs com a carga tributária poderia limitar

a adoção do CPC PME. Com a análise desse item, 85,33% dos respondentes afirmam que a

carga tributária limita muito pouco, limita pouco, ou não limita nada, ou seja, para estes

respondentes, a carga tributária não interfere diretamente na adoção do PT CPC PME. Enquanto

14,67% dos respondentes declararam que a carga tributária é um limitador de relevância na

adoção do PT CPC PME.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo buscou entender qual a percepção do contador em relação ao cliente

da contabilidade e a percepção do empresário PME em relação a contabilidade na convergência

das normas internacionais de contabilidade.

Os escritórios contábeis pesquisados não estão adotando o processo de convergência

das normas contábeis, pois ficou evidenciado na pesquisa que 82,7% dos mesmos não

ofereceram treinamento ou alguma orientação aos seus clientes, e que para a elaboração das

demonstrações contábeis, a maioria dos respondentes teve uma neutralidade ou resposta

negativa quanto ao uso do CPC PME na elaboração das demonstrações.

Para a preparação das informações contábeis, os contadores dependem de dados sobre

as transações das entidades fornecidas pelos gestores destas, para que possam se valer de

decisões acertadas e com a menor probabilidade de erro possível. Contudo, a pesquisa verificou

uma limitação que restringe esta informação, pois os gestores de PMEs não disponibilizam

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adequadamente documentos para a elaboração das demonstrações contábeis e não fazem uso

de um bom programa comercial para controle e organização do negócio.

Também, observou-se que o processo decisório nas PMEs acontece de forma simples,

haja vista que raramente se utiliza de uma análise detalhada das informações ou conhecimento

financeiro para a tomada de decisões. Por outro lado, a pesquisa diverge quando apresenta

resultados onde também demonstra que, raramente, a tomada de decisão nessas empresas é pela

expertise do seguimento de atuação do negócio ou pela intuição.

Na abordagem de estudos sobre a conscientização dos gestores de PMEs sobre a

participação em um cenário competitivo econômico, mais uma vez se verificou a negatividade

dos respondentes, identificando-se que a dos entrevistados tem a consciência da inserção das

PMEs no mercado competitivo. Um dos maiores problemas refere-se à escassez de informações

atualizadas e coerentes sobre a sua dimensão e forma de participação na economia.

Diante da percepção dos respondentes desta pesquisa, verificou-se que a preocupação

dos gestores de PMEs com a carga tributária pode limitar muito pouco a adoção do PT CPC

PME. Também, observou-se que a implantação desta norma, depende de uma melhor

motivação, preparação e aperfeiçoamento dos profissionais contábeis que atuam com as PMEs,

passando pela conscientização dos gestores de PMEs sobre o valor da informação contábil no

auxílio do gerenciamento das empresas.

A respeito desta última observação, para incutir nos empresários o potencial das

informações contábeis para a tomada de decisão, cursos de capacitação destes sobre gestão,

tomada de decisão e utilização de tais informações deveriam ser incentivados. Também, o

estabelecimento de melhor comunicação entre o contador e os empresários, de forma a alinhar

as expectativas destes com o potencial informacional da contabilidade além dos assuntos

fiscais. Ainda, políticas públicas voltadas para a educação financeira podem promover maior

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conscientização sobre a tributação e a tomada de decisão fundamentada base em informações

financeiras.

Assim, espera-se que esta pesquisa colabore com os estudos sobre a adoção das normas

internacionais de contabilidade aplicadas às pequenas e médias empresas, levantando questões

e reflexos importantes para as próximas pesquisas sobre o tema.

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