à poluição do ar. Secador de leito fluidizado p a r a pigmentos. Misturador dispersor. ... TERMO...

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Transcript of à poluição do ar. Secador de leito fluidizado p a r a pigmentos. Misturador dispersor. ... TERMO...

SEMINÁRIOS

111 Seminário de Polimeros

111 SEMPOL Brasil-Alemanha

Realizou-se no período de 20 a 25 desetembro o lU Seminário de PoIímeros- lU Polymer Seminar, por iniciativado IMA-Instituto de Macromoléculas,no seu próprio Auditório, na CidadeUniversitária da Ilha do Fundão, Riode Janeiro (UFRJ).

Este s€minário efetuou-se sob aosauspícios do Conselho Nacional deDesenvolvimento Científico e Tecno-

lógico (CNPq), Deutsche Forschungs-gemainschaft (DFG) e Academia Bra-sileira de Ciências (ABC).

Foram coordenadores a ProfessoraEloisa Biasotto Mano, diretora doIMA, e Professor Ernst G. Klesper,Lehrstuhl fúer Makromolekulare Che-

mie, Reinschel\ Westfalischen Tech-nischen Hochschule, Aachen, BRD.

Anteriormente, realizaram-se reu-niões semelhantes nos EU A (1978) e naR. Argentina (1980).

lU SEMPOL contou com participa-ção especial de cientistas da Argentina,do Chile e do Japão.

Durante a realização do lU SEM-POL esteve reunida a Banca Interna-cional para julgamento dos candidatosao Prêmio C.S. Marvel, instituído peloIMA, que tem por objetivo incentivar erevelar novos valores da pesquisa depolímeros no Brasil.

Exposição e seminário sobreequipamentos laser e eletro-ópticos

despertam interesse

. Com o objetivo de promover um in-tercâmbio cultural e científico e de re-forçar os vínculos de amizade entre oBrasil e os EUA, o United States TradeCenter de São Paulo realizou no perío-do de 05 a 08 de outubro, a LASERELECTRO-OPTICS - Exposição deEquipamentos Laser e Eletro-Ópticos,na Av. Paulista, 2439 - Térreo, quan-do um selecionado grupo de empresasnorte-americanas do setor exibiu va-

riada e moderna mostra destes equipa-mentos.

Cientistas e pesquisadores de reno-me, universidades e instituições brasi-leiras também foram convidadas a par-ticipar do evento, fato que, sem dú-vida, propiciou maior integração deidéias, informações e experiências en-tre os profissionais dos dois países.

A cerimônia de abertura, marcadapará às 18:00 horas do dia 05 deoutubro, teve como Convidado de

Honra o Prof. Dr. Rogério CerqueiraLeite. Diretor do Instituto de Física da

EXPOSIÇÕES

UNICAMP - Universidade Estadual

de Campinas, bem como destacadaspersonalidades do setor empresarial eautoridades governamentais, especial-mente convidadas para a solenidade.

Um SEMINÁRIO TÉCNICO, mar-cado para o dia 06, acontecimentoparalelo à Exposição, teve como Mode-rador o Prof. Dimitrios George Bozi-nis, do Setor de Física da UNICAMP, eestá atraindo a atenção dos profissio-nais ligados à área. Na oportunidade,reconhecidos especialistas proferirampalestras, abordando temas de grandeinterêsse, como:

"A Comunicação Óptica: Sua Im-portância para o DesenvolvimentoBrasileiro com Interação de Tecnolo-gia Estrangeira" - José Ellis RipperFilho, da UNICAMP - UniversidadeEstadual de Campinas;

"Aplicações industriais de Lasers" e"Fibras Ópticas na 'Área de Comunica-ções" - Carl Lambrecht, da CRL/Lau-rei Industries; "Lasers de Centros deCor" - Spero P. Morato, do IPEN-

Instituto de Pesquisas Energéticas eNucleares;

"Analisador Óptico de Multicanal:Uma Ferramenta para os Espectrosco-pistas" - Hugo Vasconcellos, daEG&G Instrumentos Ltda.;

"Aplicações de Laser em Metrolo-gia" - Walter Link, do IPT - Insti-tuto de Pesquisas Tecnológicas do Es-tado de São Paulo;

"Lasers de Ultra- Violeta: RecentesDesenvolvimentos e Aplicações emPesquisa e Tecnologia" - Hans PeterGrieneisen, do CT A - Centro Técni-co Aeroespacial;

E "Aplicações de Laser em Teleco-municações" - Benjamin Grossman,da TELEBRÃS/Campinas - Teleco-municações Brasileiras S.A.

Maiores informações sobre a LASERELETRO-OPTICS e o Seminário po-derão ser obtidas nos escritórios doU.S. Trade Center, na Av. Paulista,2439 - 1<?andar - São Paulo/SP ou

pelo telefone (011) 853-2011, no ho-rário comercial.

FEIRAS

11 Feira Nacional da Habitaçãorealizada entre 28.8 e 3.9 deste ano

A Divisão Química da Rhodia S.A.tem' contribuído muito para o desen-volvimento da indústria de ConstruçãoCivil no Brasil. Os seus produtos são

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básicos na formulação de tintas combase de água, e de grande utilização noacabamento das construções.

Com a linha Rhodopás a Rhodiamostrou que o grande segredo de umaobra de mestre está no acabamento,traduzido por limpeza, perfeição e fa-

REVISTADE QUíMICAINDUSTRIAL

cilidade de mão-de-obra na aplicaçãode azulejos e pisos cerâmicos com Rho-dopás 508-D, na aplicação de tacos eparquetes com Rhodopás 501-D e adi-tivo de argamassa com Rhodopás012-D.

Foi apresentado o "Rhodiastic", agrande novidade em selante, 100%borracha de silicone com grandes apli-cações na Construção Civil, em juntasde dilatação e em vedações.

Outubrode 1982- 290

EQUIPAMENTOS PARA INDÚSTRIADE- TINTAS -

Coletores de pó TORIT para combateà poluição do ar.

Secador de leitofluidizado p a r apigmentos.

Misturadordispersor.

Moinho de bolas.

EquipamentosTORRANCE

Agitadores H o I m e s -Speedy para latas.

.

Moinho de esfe-ras ATTRITORpara tintas.

I-'

Peneira giratória

Secador cone du-Enchedor pneumá-

I

pIo a vácuo paratico de pistão para pigmentos com

Reator para resinas. Ilatas até 5 litros. solvente.

Lavador ocular deemergência.

Tacho a fogo dire-to para vernizes.

Misturador sigma.

Misturadores disperso-res hidráulicos.Misturadores hidráuli-licos para pastas.Moinhos de bolas emf e r r o ou revestidos.

Moinhos de mó para Moinhos de 1 e 3 rolos. circulação forçada ou

empastamento. O t . t a vácuo.u ros eqUlpa-men os.

Moinho Microflow para C h u v e i r o s de S e c a d o r e s de artintas de impressão ou emergência. comprimido.mimeógrafo. Estufas de secagem, de

Misturador de ca-çamba rotativa.

Moinho de disco decarborundum.

TREU S. A. máquinas e equipamentosAv. Brasil, 21 00021510 RIO DE JANEIRO - RJTel.: (021)359.4040 - Telex: (021)21089Telegramas: Termomatic

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MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

,. Caldeiras de Johnston Boiler Co.agora fabricadas no Brasil pela Jaraguá

AJARAGUÁ S.A. - Indústrias Me-cânicas irá fabricar caldeiras daJohns-ton Boiler Co. para geração de vaporcom queima de combustível em leitofluidizado.

A caldeira em questão permite aqueima de diversos combustíveis (óleo,carvão mineral, restos industriais, ca-

vaco, etc.) praticamente isenta de par-ticulados e gases de enxofre, tendo seuuso sido aprovado em diversas cidadesamericanas pela EPA, Agência Federalde Controle do Meio Ambiente daque-le país.

As capacidades variam de 1 t/h a 25t/h de vapor e pressões até 21 kg/cm2,

REVISTADE QUíMICAINDUSTRIAL4

podendo os combustíveis ser utilizadosindividualmente ou simultaneamente.

Baixas temperaturas de combustão,devido à transferência do calor às su-

perfícies de troca dentro do leito, per-mitem uma redução no tamanho dafornalha, além de isentar a caldeira demateriais refratários, o que reduz subs-tancialmente os custos de manutenção.

Turbo secador paraprodutos quimicos

São cada vez maiores no Brasil as

aplicações do TURBO-SECADOR, pa-ra produtos químicos;

As vantagens oferecidas por estanova Tecnologia de Secagem, são:

1) Mínimo gasto energético, pela al-ta turbulência que se consegue no Se-cador de leito fluido horizontal TUR-BO-DRYER. O gasto energético por li-tro de água evaporada é de ordem de800-1000 IIKcal, menor portanto quequalquer outra técnica de secagem.

2) Ampla flexibilidade. É a únicatecnologia que pode processar matériacom qualquer teor de umidade na en-trada (líquida, cake,sólida, úmida, etc.),descarregando o produto final com oteor desejado, evaporando inclusive asúltimas frações de água.

3) Equipamentos COMPACTOS ede grande potencialidade.

Os equipamentos TURBO-DRYERocupam o mínimo espaço, são entre-gues completos e prontos para funcio-nar e conseguem evaporar grandesquantidades de água ou solventes, mo-delos Standard de 300 IIh, 500 l/h,1000 IIh, adaptando-se, portanto, aosprocessos químicos primários e secun-dários.

Equipamentos no campo docalor industrial

A tradicional empresa Ind. Com. deMáquinas e Equipamentos Ltda., ope-rando -no ramo de fornos, estufas,queimadores, ventiladores e váriosaparelhos e equipamentos que empre-gam calor, está à disposição das indús-trias para os serviços de fabricação ereforma.

Sua experiência anterior advinda demais de 20 anos de trabalho no fabricode forQos e estufas contínuas ou inter-mitentes para os mais variados tipos detratamento térmicos, forjamento, fu-são de metais ferrosos e não ferrosos,

(Cont. na pág. 8)

Outubro de 1982 - 292

Engelab lança Cabine de Fluxo Laminar.Quem realmente entende de laboratórios, conhece osprodutos que a Engelab fabrica. São laboratórioscompletos, capelas, bancadas, uma série enorme deequipamentos indispensáveis ao trabalho da indús-tria.A mesma qualidade dos Laboratórios e Capelas En-gelab está agora à sua disposição nas Cabines Enge-lab de Fluxo Laminar. Próprias para trabalhos naárea biológica (bacteriologia, imunologia, patolo-gia, etc.), as Cabines Engelab de Fluxo Laminar sãofomecidas nos tipos horizontal e vertical, equipadascom filtros H.E.P.A., de alta eficiência.As Cabines Engelab de Fluxo Laminar já se encon-tram instaladas em alguns dos mais importantes la-boratórios brasileiros como, por exemplo, o da Em-brapa, na cidade de Concórdia, SC, que.pesquisa suí-nos e aves, e no laboratório da Superágua, na cidadede Caxambu, MO.Para maiores detalhes técnicos, consulte nosso De-partamento de Marketing.

~ Engelab- Equipamentosde LaboratóriosLtda. 15Umaempresado GrupoConvex \?

Fábrica: Rio (021)371-5040;Filial: SP (011)222-4115;Associadas: Salvador (071)226-3278e (071)226-1276,Brasília(061)223-0975,Porto Alegre(051)222-4381.Representantesem Pará, Maranhão, Ceará, RioGrandedo Norte,Paraíba, Pemambuco,MinasGe-rais, Mato Grossodo Sule ParaÍlá. .

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AV. DR. CARDOSO DE MELLO, 240FONE: 61-2118

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Universidade F&de'ai rIORir; de ,J~~~"'~.~ ..

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE QUÍMICA

Carta da ABQ

A Associação Brasileira de Química participa ativamentede trabalhos de interêsse da química. Dois destes merecemum destaque especial: a elaboração dos documentos "Ava-liação 'e Perspectivas 1982" referentes a Química e En-genharia Química e os estudos sobre o ensino de graduaçãoem Química.

O primeiro trabalho versa sobre o estado da pesquisafundamental e formação de recursos humanos no País.Apresenta uma avaliação do período 1978-1981 e as pers-pectivas para os próximos anos.

A elaboração periódica deste tipo de documento por par-te do Conselho Na:cional de Desenvolvimento Científico eTecnológico (CNPq) implica na mobilização de grande nú-mero de professores e pesquisadorc:;s e resulta em valiosossubsídios para a atuação das demais entidades que atuam naárea.

Os documentos merecem uma profunda análise por parteda comunidade de Químicos, cabendo à ABQ e suas co-ir-mãs a sua ampla divulgação e discussão. A parte explicatóriabem como as conclusões e recomendações são publicadasmais adiante, ficando o detalhamento do corpo do do-cumento para os números subseqüentes desta REVISTA.

No caso das atividades referentes à melhoria do ensino, aABQ,juntamente com a Associação Brasileira de Engenha-ria Química: (ABEQ), a Associação Brasileira da IndústriaQuímica e Produtos Derivados (ABIQUIM) e da SociedadeBrasileira de Química (SBQ), participa de um grupo de tra-balho patrocinado pelo Conselho Federal de Química(CFQ) e a Secretaria de Ensino Superior do Ministério daEducação e Cultura (SESU/MEC), e que conta com o apoiodo CNPq..

Neste caso, a Associação está envolvida nos trabalhos apartir de sua recepção, colaborando em todas as etapas. Ogrupo de trabalho, cujos objetivos e metas são transcritosabaixo, está em fase de definição da metodologia a ser ado-tada na elaboração e discussão de propostas.

Solicitamos que os Associados interessados em contribuirpara este trabalho se manifestem através de suas SecçõesRegionais.

Contamos com a sua participação.

Cordialmente,

PETER R. SEIDLPresidente ABQ

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TERMO DE REFERÊNCIA PARA FUNCIONAMENTODO

GRUPO DE TRABALHO DO ENSINODA QUÍMICA - GTEQ

1 - OBJETIVOS

1.1. - Apresentação de uma proposta de caracterização doscursos de Química com a fixação de seus currículos mínimose sua duração.

1.2. - Elaboração de um programa visando a melhoria dequalidade do ensino da Química no país.

Para que os objetivos sejam elaborados, o GT estabeleceuas seguintes metas.

2-METAS'

Quanto à proposta curncular:

2.1. ,- Propor currículos mínimos de Bacharelado emQuímica e Química Industrial, observando-se a sistemáticajá adotada pelo Conselho Federal de Educação em cursossemelhantes, a fim de serem evitados procedimentos confli-tantes com normas existentes, e partindo-se de um troncocomum de matérias básicas.

Na elaboração dos currículos deverá ser observado .que,assim como a Engenharia Química enfatiza projetos, a Quí-mica Industrial enfatiza processos e o Bacharelado o conhe-cimento científico, sendo que todos os profissionais da Quí-mica se intercomplementam na atividade produtiva.

2.2. - A estruturação dos currículos mínimos deve ser talque haja reserva para a autonomia curricular das própriasinstituições de ensino, de modo que estas possam fixar o seucurrículo pleno pela inclusão de matéria variada que, alíonde aconselhável, contenha aspectos regionais da indústriaou atividade exercida no campo da Química.

Quanto ao programa de melhoria da qualidade d/t ensino:

2.3. - Coligir dados, no contexto das instituições de ensino,que possam levar ao julgamento e avaliação da qualidade doensino da Química. Também coligir dados no contextoexterno às instituições de ensino (entidades oficiais e asso-ciações de classe), com a mesma finalidade.

2.4. - Estabelecer um Convênio entre o Ministério de Edu-

cação e Cultura, o CNPq, o Conselho Federal de Química eas associações de classe dos Químicos para melhorar oensino superior na área da Química e a ser executado pelasentidades e associações de classe.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL Outubro de 1982 - 294

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE QUÍMICA

2.5. - Estabelecer mecanismos de ação para avaliação pe-riódica de ensino, desde o primeiro e segundo graus até oensino superior, na área da Química, bem como para aavaliação da pesquisa e da extensão.

Rio de Janeiro, 23 de julho de 1982.

AVALIAÇÃO E PERSPECTIVAS - 1981

1. Introdução

o presente relatório tem por finalidade avaliar a situaçãoda pesquisa química no país, baseado principalmente emdados referentes ao quadriênio 1978-1981. Ademais, pro-curará mostrar as perspectivas de evolução desta sub-áreado conhecimento, até o fim da década de 1980.

O Comitê Assessor de Química do CNPq, por ocasião daelaboração do documento, era assim constituído:Antonio Celso Spinola CostaInstituto de Química, UFBa.

José Manuel RiverosInstituto de Química, USP

Eucler Bento PaniagoDepartamento de Química - ICEx, UFMG.

Warner Bruce KoverInstituto de Química, UFRJ

Afrânio Aragão CraveiroDepartamehto de Química Orgânica e Inorgânica, UFCe.

Serviu como relator:Walter Baptist MorsNúcleo de Pesquisas de Produtos Naturais, UFRJ

que se fez assessorar pelos seguintes:'Fernando GalembeckInstituto de Química, UNICAMP

Carlos Alberto Lombardi FilgueirasDepartamento de Química -lCEx, UFMG

Eliezer Jesus de Lacerda BarreiroDepartamento de Química, UFSCar

Antonio Jorge Ribeiro da SilvaNúcleo de Pesquisas de Produtos Naturais, UFRJ.

Os dados utilizados na feitura deste documeQto foramfornecidos pelo CNPq, pela CAPES e pelas próprias Insti-tuições selecionadas. Na avaliação das sub-áreas específicascontou-se com a colaboração das seguintes pessoas:

Heloisa Ribeiro Schor, Departamento de Química -ICEx, UFMG; Alfredo Mayall Simas, PUC-RJ; GeraldoGeI:son Bezerra de Souza, Instituto de Química, UFRJ;Johannes Lechat, Instituto de Física e Química da USP-S.

Carlos; Ailton de Souza Gomes, Instituto de Macromolé-culas, UFRJ; Joseph Miller, Instituto de Química, UNI-CAMP; J. J. Eduardo Humeres, Departamento de Química,UFSC; Marco Aurélio de Paoli, Instituto de Química,UNICAMP; Henrique E. Toma, Instituto de Química, USP;Kenneth Collins, Institt1to de Química, UNICAMP; AécioPereira Chaves, Instituto de Química, UNICAMP; ClaudioAiroldi, Instituto de Química, UNICAMP; Martin Schmal,ç:;OPPE, UF~; Ernesto Rafael Gonzalez, Instituto de Físicae Química, USP-S. Carlos; UlfSchuchardt, Instituto de Quí-mica, UNICAMP; Rubem Braga, ç:ETEC, MG; e AntonioHorácio Miguel. Departamento de Química, PUC-RJ.

Foram considerados no presente documento 19 progra-mas de pesquisa e pós-graduação em universidades e oitoprogramas de pesquisa em instituições de ensino superiorsem atividade de pós-graduação. Foi igualmente levada emconsideração a pesquisa química desenvolvida em centrosde outras áreas, notadamente no Departamento de Física eFaculdade de Farmácia da Universidade Federal de Per-nambuco e no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. Onúmero de Tabelas, que era de 14 no documento de 1979,foi reduzido a cinco, redução esta compensada por umsubstancial aumento do texto.

As Tabelas se encontram na parte final do documento e sereferem à situação em 1981. São elas:

Tabela I ~ Instituições mais relevantes de pesquisa e cursosde pós-graduação em Química.

Tabela 11- Instituições de ensino superior e pesquisa, sematividade de pós-graduação.

Tabela 111 - Número de pesquisadores nas instituições,por nível e regime de trabalho.

Tabela IV - Corpo discente: demanda e atendimento.

Tabela V - Índices comparativos dos cursos de pós-gra-duação ativos.

Tabela VI - Participação da Química em auxílios à pesqui-sa concedidos de 1976 a 1981.

Atendendo as diretrizes traçadas para a elaboração dodocumento pela Presidência e Diretoria do CNPq, foi feitauma avaliação crítica do desempenho da sub-área, tanto noque se refere à produção de recursos humanos como nageração de conhecimentos.

Da visão daí resultante foram derivadas as perspectivas daevolução para os próximos anos e proposições de ações quese façam desejáveis, ou necessárias, em cada setor especí-fico. Igualmente de acordo com a orientação recebida, odocumento foi declarado em termos mais .qualitativos doque quantitativos, dando ênfase a uma reflçxão analítica ecrítica do papel da atividade científica na área em exame,seus objetivos e métodos para atingí-los.

Outubro de 1982 - 295 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 7

(Continuação da pág, 4)

recuperadores de calor, aqueçimento,secagens, geradores de ar quente,queimadores, res.i!!(tências elétricas,ventoinhas para ar de combustão, bemcomo reformas e modificações, traba-lhando com óleo, gás, eletricidade, car-vão ou vapor.

Solicita a firma aos interessados queentrem em contato com ela, façamconsultas para que ela possa oferecer a

solução desejada para o seu problemadesde aumento de produção, melhoriade produto, expansão ou mesmo paraum novo produto que irá pretenderfabricar.

Vasos de pressão da Marshpara a Cia. de Gás

A Marsh Engenharia Ltda. acaba devencer a concorrência da Cia. Estadual

de Gás do Rio de Janeiro - CEG, para

a fabricação de vasos de pressão com 8m de diâmetro e 25 m de comprimen-to, pesando 100 t (cada).

Estes equipamentos serão instaladosna Estação de Piauí, Engenho de Den-tro - Rj, para servir como regulado-res de distribuição de gás canalizado(gasômetros) para a região suburbanada cidade.

Marsh Engenharia Ltda. faz partedo Grupo Marsh do Brasil Indústria 'eComércio Ltda.

A.,M.Ohanian

INDÚSTRIA QUíMICA NO BRASIL

Inaugurada fábrica de vitaminasda BASF em Guaratinguetá

A BASFbrasileira inaugurou suafábrica de vitaminas A, D3e E, desti-nadas à alimentação animal, emagosto último.

A nova unidade, instalada em Gua-ratinguetá (SP), absorveu investi-mentos da ordem de 5,5 milhões demarcos (cerca de Cr$ 400 milhões aocâmbio atual) e tem capacidade deprodução de 1,5 mi. toneladas porano.

Estas vitaminas são fornecidas àsindústrias de rações e laboratóriosveterinários e entram na composiçãode rações animais, blocos de salmineral vitaminizados e suplementosvitamínicos, e vinham sendo impor-tadas até õ momento.

As vendas da Aracruzatingiram 210 000 t de

celulose no 1~ semestre

A Aracruz está equilibrando o de-clínio dos preços da celulose nomercado internacional por meio deum maior volume de vendas. De ja-neiroa junho deste ano, a empresaexportou 157 mil toneladas, ficandoo mercado interno com 53 miltonela-das, representando um aumento devendas em 18 por cento, e 27 porcento, respectivamente, em relaçãoao mesmo período do ano passado.

.No primeiro semestre deste ano, aAracruz vendeu 94 milhões de dóla-res, enquanto o faturamento do mes-mo período, em 1891, foi de 82 mi-

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Ihões. Assim, a variação percentualapresentou este ano um crescimentode 15 por cento.

Esse desempenho levou a Aracruza comercializar, nos primeiros seismeses de 1982, mais da metade desua produção prevista para o ano,que é da ordem de 403200 tonela-das. Estima-se que as exportaçõespoderão atingir cerca de 292 mil to-neladas este ano, enquanto que omercado interno deverá absorver 110mil.

De janeiro a junho último, comoconsequência da sua política de am-pliação de mercados, a Aracruz au-mentou, de forma expressiva, as ex-portações para os Estados Unidos daAmérica, países da América Latina eÁsia, em comparação a igual períododo ano passado, além de ter realiza-do o primeiro embarque para as Fili-pinas. Os maiores compradores dosemestre foram: EUA, RFA e ReinoUnido.

Atualmente tem continuidade otrabalho da abertura de novos mer-cados, notando-se boa receptividadejunto a esses possíveis futuros com-pradores. O decréscimo do preço dacelulose no mercado internacionaldeve-se basicamente aos grandes es-toques existentes na Europa, Canadáe Estados Unidos, em função de umaretração de procura, determin~da pe-la recessão das economias dos paí-ses desenvolvidos. Para 1983, a pre-visão é que a curva de preços doproduto será ascendente, devido àdiminuição dos estoques interna-cionais.

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL

Cresce a exportaçaode ácido oxálico

Com o objetivo de aumentar suacapacidade de produção de ácidooxálico em mais 100 toneladas/mês,a Expio está ampliando sua fábricade Lorena~SP, com um investimentoda ordem de um milhão de dólares.

Fabricante exclusiva deste produ-to em toda aAmérica Latina, a empre-sa, produz atualmente 450 t/mês deácido oxálico, das quais, 350 são ex-portadas, principalmente para o Mé-xico, Estados Unidos 'da América eCanadá.

O atual plano de expansão permi-tirá, a curto prazo, maior oferta doprQduto aos mercados interno e ex-terno.

O ácido oxálico ou Mantoxal é umpoderoso r:edutor, de larga aplicaçãoindustrial. É muito utilizado no ramotêxtil, como alvejante, e na indústriado cou.ro, onde age como decorante,além de dar proteção contra a putre-fação.

Outras aplicações: remove ferru-gens, limpa radiadores e é agenteredutor nas artes fotográficas.

Fábrica de "tufordon" da Dowem Franco da Rocha

A construção da fábrica de Tufor-don* no Complexo Industrial da Dowem Franco da Rocha, São Paulo, foicaracterizada por três fatores princi-pais: o alto índice de nacionalizaçãodos equipamentos, o curto pr:azo demontagem e o pioneirismo de ser aúnica unidade de prodúção dedefen-sivos fIowableda companhia em todoo hemisfério sul.

(Cont. na pág. 31)

Outubro de 1982 - 296

'Revista deQuímica IndustrialREDATOR PRINCIPAL: JAYME STA. ROSA

ANO 51 NÚM. 606OUTUBRO DE 1981

Que formas de energiapodem mover o nosso mundo?

Usando uma figura da analogia, podemos dizer quejá nos encontramos no cume da mõntanha que repre-senta a escala das formas de energia.

O sopé é a lenha, tirada do mato próximo. Durantetempos sem contafoi ela o combustível pronto e geral.A madeira, cortada e destilada a seco nos balões oumedas, dá um combustível de maior poder calorífico, emais cômodo, embora se percam, nos gases, váriosprodutos químicos de algum interesse industrial.

Subindo a ladeira representativa, passamos pelocarvão mineral, fóssil, que foi saudado como o com-bustível das grandes indústrias, dos transportes alongas distâncias e das potências imperiais.

Depois, mais em cima, encontramos o petróleo, quepossibilitou a criação de novos tipos de transporte,para os tempos de paz e para as conquistas da guerra.

Este rei poderoso destronou reis menores, desman-telou impérios de produção industrial, modificou esti-los de existência.

Criou a petroquímica, que aluiu os fundamentos daindústria clássica alicerçada pelo aperfeiçoamentocontínuo e pelos estudos que, todavia, ficaram semvalidade nas circunstâncias. Surgiram novas matériasprimas, novos produtos para satisfazer as necessida-des que antes não existiam.

E com as chamas de sua força econômica passou avarrer o mundo, na ânsia de alterar o modo de vidaestável, as indústrias, o comércio, os transportes.

.Desorganizou a economia da sociedade e, quandonão podia mais reinar, despejou na rua milhões decolaboradores, que ficaram sem empregos.

Com seu preço baixo a princípio, o petróleo destruiuaos poucos os empreendimentos que havia. Com seupreço alto no final, destruiu as empresas levantadassob a égide da Nova Economia.

Foi arma perigosa em mãos inábeis ou impiedosasdos que não se importavam com a secagem dos poçosmais cedo ou mais tarde e só queriam ver o presente.

O petróleo é bem precioso da natureza. Ainda está emtempo de ser dirigido com sabedoria. Já dizia um sábiodo século passado. Mendeléyev, conhecido de todos osquímicos e que tinha a visão do futuro: "o óleo é muitovalioso para ser desperdiçado como combustível".

Deixem de utilizar quanto antes os derivados depetróleo como combustível, e o reservem como maté-ria prima da indústria química.

Olhando para trás, para o caminho percorrido,vemos as dificuldades e os enganos. Olhando para afrente, as perspectivas não se apresentam, nem podemser claras e fáceis, como é natural.

Delineiam-se, entretanto, na linha do horizontenovas formas de energia, umas que já se acham maisdefinidas, servidas de bastante experimentação, outrasainda um tanto nebulosas, à espera de estudos.

Aparecem com a força de possível utilização aenergia solar, a do hidrogênio, a dos álcoois, como ometanol e o etanol, em casos especiais a hidráulica e ada biomassa, e outras que começam a ser conside-radas.

Estão sendo levadas em conta, não apenas emfunção de seu poder energético, mas também sob osaspectos de assegurarem vida segura e tranquila.

Jayme Sta. Rosa

Outubro de 1982 - 297 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 9

OS SÁBIOS DO PASSADO

Berthelot e as lavadeiras

Notável foi a contribuição deBerthelot à Química. -

Dentre as inúmeras realizaçõesdescobriu: as leis da termoquí-mica, o acetileno (resinas viníli-cas), o estireno (resinas de polies-tireno), a epicloridrina (resinasepóxi), a lei de Berthelot-Jung-fleisch (lei da partilha ou da par-tição ou da distribuição).

Estudando a preparação doacetato de etila a partir do álcoole ácido acético Berthelot & SaintGilles descobriram a primeira rea-ção reversível.

Berthelot & Saint Gilles estuda-ram a reação durante 15 anos.

O processo de Boulay que pas-sou a diferençar processo de ba-telada e processo contínuo foi

LUIZ RIBEIRO GUIMARÃES, L.D., D.Se.INSTITUTO DE QUíMICA - UFRJ

INSTITUTO DE NUTRiÇÃO - UFRJ

adaptado pelos autores à prepa-ração do éster acético.

Berthelot & Saint Gilles verifi-caram que, quando se faz uso de1 moi de álcool e 1 moi de ácido, oequilíbrio é alcançado quando67% do éster são obtidos, qual-quer de seja a temperatura: o ren-dimento não muda.

A velocidade para alcançar oequilíbrio é que depende da tem-peratu ra.

Portanto, o tempo é que varia.Na temperatura ambiente pre-

cisa-se de 15 anos para que oequilíbrio seja atingido.

Mostraram, ainda, que paradeslocarmos o equilíbrio e me-lhorarmos o rendimento, deve-mos aumentar a concentração doálcool ou a do ácido.

Lendo os trabalhos de Berthe-lot & Saint Gilles, Guldberg &Waage chegaram à lei da açãodas massas.

A importância do acetato de eti-Ia é enorme: tinta para pistola(indústria automobilística), vernizde unhas, aromatizante, flavori-zante, sínteses de Claisen, etc.

Paquerando lavadeiras numdaqueles rios da França, Berthe-lot aprendeu a lavar roupa. Ob-servou que se lava muitas vezescom pouca água e, não o vice-versa. Traduziu a observação,matematicamente, na lei de Ber-thelot-Jungfleisch, que se aplicaà extração descontí nua e à lava-gem de precipitados (gravi-metria). {!

PETROQuíMICA

Devemos expandir a indústria petroquímica?(Continuação dos números de junho, julho e agosto)

7. EXISTEM PRODUTOS SINTÉTICOS NOCIVOSOUINÚTEIS? QUAL A SUA INFLUÊNCIA SOBRE A

ECOLOGIA?

Ao lado das grandes vantagens apresentadaspelos produtos sintéticos ou artificiais nos diversosramos de atividade humana, e que trazem grandesbenefícios face ao seu baixo custo e facilidade desubstituição, existem algumas desvantagens quedevem ser levadas em consideração.

Existem produtos acabados oriundos das indús-trias petroquímicas, indispensáveis à atividade hu-

10

NILTON EMíLlO BOHRERINSTITUTO DE TECNOLOGIA APROPRIADASAO HOMEM

VINCULADO AOINSTITUTO DE PESQUISA E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA

mana, que se -não existissem, teriam que ser inven-tados. Isto quer dizer, em termos técnicos, que osprodutos sintéticos, em grande parte, não sãomeros substitutos de produtos naturais ou de outraorigem, mas sim, têm aplicações novas que nãoseriam possíveis com os produtos antes existentes.Por exemplo, na indústria têxtil, a grande revoluçãofoi baseada na substituição quase totai das fibrasnaturais (algodão, linho, seda, juta, cânhamo, etc.)pelas fibras artificiais ou sintéticas, como o rayonviscose, rayon acetato, fibras acrílicas, de nylon,poliéster e outras.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL Outubro de 1982 - 298

Essa modificação no mundo das fibras influen-ciou de tal forma os costumes relacionados aovestuário, que a propaganda fazia questão deanunciar ser o tecido fabricado exclusivamentecom material artificial ou sintético, como por exem-plo: tecido 100% fibra de nylon, acrílicas, poliéster,pOliúretano (Iycra), etc.

Realmente, os tecidos confeccionados com fibrasartificiais ou sintéticas possuem, em geral, maiorresistência mecãnica, a~pecto visual bastanteatraente, admitem tingimentos persistentes, imitan-do perfeitamente os tecidos de fibras naturais oumesmo melhorando sua apresentação.

O custo das confecções com base de fibrasartificiais apresentou-se mais baixo do que o seusimilar natural. Isto caracterizou um consumomaior, devido a atingir uma classe social bemampla, estreitando assim a faixa de comercializaçãodos produtos naturais.

Essa fase, que du rou praticamente desde 1960até1974 (produção de acima de 2800000 toneladasnos (EUA), sofreu posteriormente muitas variaçõescom uma tendência a estabilizar ou mesmo decres-cer percentualmente após 1985.

Com o aumento excessivo do custo do petróleo(que a maioria dos países importa), acrescido dapossibilidade da escassez (dentro de 40 a 50 anos),lentamente está havendo uma modificação na por-centagem de produção de fibras artificiais ousintéticas e na de fibras naturais.

No Brasil, por exemplo, a produção de fibrasartificiais e sintéticas totalizava em 1965 cerca de9,1% do consumo, e já em 1970evoluiu para 18,4%e, finalmente, em 1974, para 24,7%.No total doproduto sintético (fibras) o aumento foi mais signifi-cativo, de 2,9% em 1965,passou para 9,5% em 1970e em 1974 foi de 18,4%.

O consumo brasileiro em 1974, no tocante àsfibras era de 8,5 kgjhabitante, bastante baixo emcomparação aos outros países mais desenvolvidos.

Contudo, conforme estatística que apresentamosmais adiante, a produção de fibras sintéticas man-tem-se muito baixa, cerca de 158000 toneladas em1975 (em 1965foi de 15000 toneladas) em compara-ção com as fibras naturais, cuja produção foigrande em 1965 (454000 toneladas), continuouaumentando e em 1974 atingiu cerca de 669000toneladas, com um aumento, portanto, de 47,3%.(Fig. 26 e 27).

FIG.26 Consumo Brasileiro de FibrasEm mil toneladas

FONTE: IPCEA, CDI-GSV, PETROQUISA.NOTAS: (1) Inclui algodão, lã, linho, rami e seda.

(2) Inclui juta, sisal, guaxima, màlva. tucum. caroá.

FIG.27 Projeção do ConsumoBrasileiro de FibrasEm mil toneladas

Outubro de 1982 - 299 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 11

FIBRAS NATURAIS FIBRAS ARTIFICIAIS FIBRAS SINTÉTICAS Total deAno Moles(1) Duras(2) Total Viscosa Acetato Total Nylon 6.6 Nylon 6 Poliester Acrílicas Poliolefinas Total Fibras

1965 308 146 454 35 7 42 11 4 - 15 5111966 309 132 441 38 8 47 14 6 1 21 5091967 329 133 452 42 10 48 14 5 1 20 5331968 340 128 469 43 10 56 23 10 4 37 5621969 350 130 480 41 11 49 22 14 3 1 40 5691970 361 137 498 42 12 52 31 20 5 2 58 6081971 338 174 517 « 13 57 30 27 5 4 66 6351972 366 210 576 45 15 60 35 43 9 4 91 7271973 423 211 634 47 13 60 25 25 63 12 13 138 8321974 48 241 669 39 17 56 26 24 76 17 21 164 8991975 35 15 50 30 23 72 12 21 158

FIBRAS ARTIFICIAIS FIBRAS SINTÉTICASANO FIBRAS NATURAIS TOTAL

Viscosa Acetato TOTAL Nylon 6.6. Nylon6 Poliester Acrílica Poliolefina TOTAL

1976 640 37 15 52 32 32 97 16 11 188 8801977 655 40 14 54 35 36 111 18 12 212 9211978 669 42 13 55 39 39 128 20 14 240 9641979 679 44 13 57 43 43 148 23 16 273 1.009

.1980 684 47 12 59 47 47 171 28 19 312 1.0551981 695 47 12 59 51 51 197 30 21 350 1.1041982 698 47 12 59 56 56 227 34 25 308 1.155

Não se pode dizer, ainda, que o custo do petróleo,e uma possível escassez, venham influir a curto oumédio prazo, na estagnação ou diminuição daprodução de fibras sintéticas, pois a participaçãopetroquímica atinge, atualmente, apena~ 7 a 8%.

Assim sendo, mesmo que haja uma elevação docusto do petróleo importado, que tende a ter seupreço mais estável, existe no Brasil a possibilidadedo aumento de nossa produção petrolífera, ao ladoda substituição de alguns de seus derivados porprodutos alternativos renováveis, como o etanol(para substituir a gasolina e na indústria petroquími-ca), o que indica a continuidade da produção dasfibras sintéticas.

A volta gradativa que está havendo das fibrasnaturais (algodão, juta, rami, e mesmo o linho) édevida mais a necessidade de produção de produtosmais nobres, que proporcionem maior conforto aosusuários (roupas íntimas), do que pela substituiçãopura e simples dos produtos sintéticos pelos natu-rais.

Sabemos que as fibras naturais, face à sua atualsituação estável mas com mão-de-obra ainda cara,não podem ter a mesma penetração nas camadassociais menos privilegiadas. O advento das fibrassintéticas e mesmo das artificiais(rayonviscose erayon acetato) fez com que o vestuário em geralatingisse maior porcentagem da população, tendoassim uma função socializante.

É v~rdade que está provado que os tecidos combase de fibras naturais ou mesclas convenientescom fibras sintéticas ou artificiais trazem, além deconfo~, a vantagem de permitirem melhortranspi-ração, evitando assim problemas de saúde, inclusi-ve alérgicos.

Por exemplo, várias indústrias têxteis anunciamagora, através da publicidade e inclusive nas etique-tas, que o tecido é1 00% algodão, na confecção deblusas, camisetas, conjuntos, camisas esporte, ca-misolas, piLamas, macacões infantis, cuecas, calci-nhas, etc., principalmente para uso infantil oufeminino, e ainda mesclas como:

- 85% algodão e 15% poliamida (conjuntos eblusas)

- 75% algodão e 25% poliéster (camisas)- 50% algodão e 50% poliéster (camisas)- 45% algodão e 55% viscose (capas para

almofadas).

Nylonforrado com algodão (acolchoados), etc.ficando clara a condição de melhor\ qualidade doproduto quando maior for a porcentagem de produ-tos naturais. Seria extremamente benéfico ao con-sumidor que em todas as confecções as etiquetastrouxessem a composição têxtil do artigo.

Np campo dos materiais de construção, a partici-pação de produtos plásticos tais como o PVC,resinas fenólicas, resinas alquídicas, poliestireno,poliéster, polietileno, acríljcos, epoxi e muitos

outros, aumenta dia-a-dia face a seu relativo baixocusto em comparação com os materiais naturais.Esses produtos plásticos são empregados paradecoração', cobertura de paredes, aglomerados demadeira, luminárias, cobertura de pisos, proteçãoao assoaltlo, tintas, etc.

Contudo, em que pese o baixo custo relativodestes materiais, acrescido do fato de possuiremmenor peso por metro quadrado, existem sériosproblemas quanto ao perigo que oferecem quandoentram em combustão. Em geral os gases produzi-dos na combustão de diversos materiais plásticossão mais intensos e mais venenosos do que amesma quantidade de materiais combustíveis natu-rais e outros.

Além disso, em certos materiais, a combustão émais rápida e o plástico fundido pelo calor podeprovocar queimaduras sérias em vítimas de sinis-tros.

Um exemplo bastante significativo desse proble-ma é citado na revista francesaplastiques Moderneset Élastomeres de maio de 1973,quando se refere aouso de .materiais plásticos na construção e osperigos de incêndio. Cita a revista que num grandeincêndio 110Magazine INNOem Bruxelas, morrerammais de 300 pessoas.

Esses acidentes, muitas vezes com um grandesaldo de mortos, são mais freqüentes, segundo asestatísticas, em centros populacionais de paísesmais desenvolvidos, ou mais industrializados.Comum nível de vida em geral mais elevado, há uminevitável acréscimo de bens de consumo, e osinteriores dos edifícios são mais elaborados, osserviços coletivos mais numerosos nos imóveis enos escritórios com aquecimento central, ar condi-cionado, comunkações múltiplas entre os diversospavimentos, etc.

De outro lado, as grandes lojas ditas de departa-mentos, possuem grandes estoques de produtospara venda e entre estes grande parte confecciona-do com produtos plásticos.

E, finalmente, na vida moderna, há freqüênciamaiorde público em salasde espetáculos (cinemas,teatros, boates, discotecas, etc.), grandes magazi-nes, halls de exposições, boutiques, supermércados,onde se encontram sistemas de iluminação artifi-cial, ar condicionado, forrações, com uma concen-tração razoável de produtos plásticos e onde seesquecem, na maioria dos casos, os princípiosbásicos de segurança contra incêndio.

É verdade que não se pode atribuir toda a culpaou responsabilidade de acidentes por incêndio aouso de materiais plásticos. O que se deve levar emconta é, muitas vezes, o emprego exagerado e inde-vido de certos materiais plásticos em locais nãoapropriados como os que citamos acima.

Por exemplo: em certos tipos de construçõescivis, o uso de materiais plásticos é bastante

12 REVISTA DE QUiMICA INDUSTRIAL Outubro de 1982 - 300

recomendável. não só pelo seu baixo custo; menor A esse respeito citamos um trabalho publicadopeso, facilidade de aplicação e efeito decorativo, pelo Institute of Applied Techonology - Buildingcomo também pela sua grande durabilidade. Research Division of National Bureau of Standards

Salientamos entre estes materiais, as coberturas - Washington D.C., em fevereiro de 1969, sob ode pisos, tintas plásticas, painéis divisórios e além título "Smoke and gases produced by burningdisso, tubos de canalização de água, tubos para aircraft interior materiais" pelos doutores D. Gross,condutores elétricos, chaves de luz, caixas d'água, J.J. Loftus, T.G. Lee, V.E. Gray.etc. Nesse trabalho constam as aplicações de mate-

Um dos pontos importantes a observar é com riais plásticos, inclusive tecidos feitos com fibrasrelação ao poder calorífico dos materiais plásticos sintéticas, empregados no interior de aeronaves.em geral. comparados com materiais de construção Entre eles são citados materiais utilizados comotradicionais. Assim, por exemplo, enquanto que o tecidos em gerql, estofamento, assoalhos, tapetes,poder calonfico dos materiais plásticos vai de 4500 lâminas divisórias, armações para janelas, guarni-a 11000 calorias, os materiais tradicionais em geral. ções de assentos, tetos, utensílios de cozinha, etc.não chegam a 5 000 calorias, com exceç.ão.apenas Grande parte desses materiais é confeccionadado betume e da borracha que podem atmglr 9 500 com fibras chamadas "modacrílicas" (constituídascalorias. Como exemplo mais específico, citamos o de 35 a 85% de fibras acrílicas e o restante de fibrasA.B.S. (acrilo.ni~~ila- butadieno:- .estireno) .mu~to de P.V.C.), fibras modacrílicas/nylon/algodão, fi-usado em pamels para uso domestico, na aVlaçao, bras modacrílicas/acrílicas, painéisdeP.V.A./A.B.S.etc. c.ujo poder calorífico osci~aentre 7 300 a 9100 (poliacetato de vinila com acrilonitrila-butadieno-calo nas, enquant? que a madeira c?~.um ou.contra- estireno), assoalhos de plásticos modacrílicos/acrí-placado de madeira, ou mesmo pamels de fibras ou licos, etc. Enfim, praticamente todo o interior dede partículas aglomeradas, varia apenas entre 3000 uma aeronave moderna, conforme o mesmo traba-a 4.600 calorias. lho e também um trabalho por nós realizado e

Um ponto a se destacar é que a maioria dos publicado na Revista de Química Industrial, de se-plásticos quando incinerados, desprende uma tembro de 1973, as fibras acrílicas e mesmo asgrande quantidade de gases tóxicos. Esta queima, modacrílicas na sua combustão, ainda que imcom-com a conseqüênte produção de gases tóxicos, pleta, provocam a formação de grande quantidadeocorre diariamente nos depósitos de lixo, e nos de ácido cianídrico, gás altamente tóxico e veneno-incineradores de grandes edifícios. so que pode provocar a morte em poucos in~tantes,

Não podemos, evidentemente, escolher um mate- principalmente em ambientes fechados. Também.rial de construção baseados somente no seu poder os materiais com base de poliuretano produzemcalorífico. Devemos levar em conta que, em virtude pequenas quantidades de ácido cianídrico. Aindada maior resistência mecânica de um material no referido trabalho foi verificado que algunsplástico, com relação aos materiais tradicionais, tecidos ou plásticos, com basede fibras de modacrí-utilizam-se espessuras bem menores dos primeiros, licas/acrílicas, chegavam a produzir uma concen-o que resulta num débito de poder calorífico menor. tração de gases contendo cerca de 110ppm de HCN

Ultimamente constata-se uma tendência de se (ácido cianídrico), mais do que suficiente paraempregar materiais plásticos associados a estrutu- provocar uma paralisíia nervosa, e portanto, aras não combustíveis, como a lã de vidro, ou a lã de imobilização, que é a maior responsável pela morterocha, amianto, etc., o que elimina consideravel- nos incêndios propagados por matérias plásticas.

~e~te .0 perigo de propagação da chama de um No que concerne aos inconvenientes apresenta-mcendlo. dos pelo uso intenso e indiscriminado dos moder-

Em resumo, pode-se afirmar que, em face das nos produtos sintéticos, citaremos o mais importan-exigências impostas pelas normas de segurança, é te deles, qual seja o da poluição ambiente, em todospossível encontrarmos materiais plásticos empre- os meios (gasoso, sólido e líquido), isto é, nogados no campo de materiais de construção que ambiente constituído pela camada gasosa quesatisfaçam aquelas exigências tão bem como os envolve a crosta terrestre (poluição do ar), no solomateriais tradicionais. (superfície terrestre), e no meio líquido (rios, mares,

O incêndio do "Cinq-sept", no qual morreram 150 lagos, etc.), com conseqüências as mais graves, nãopessoas, demonstrou que houve um mau emprego só para a vida humana como para a vida animal emde materiais de construção. Existem, portanto, os geral e mesmo a vegetal.bons e os mau materiais, assim como eles podem No mundo todo, e também no Brasil, há intensaser bem ou mal empregados. movimentação e campanhas visando a preservação

No campo da aplicação dos materiais plásticos do meio ambiente, severamente ameaçado. Bons(inclusive produtos têxteis), que têm merecido resultados vêm sendo obtidos em todos os campos,maior atenção dos técnicos e da própria indústria, e já existem leis severas e punitivas contra assalientamos o da indústria da construção aeronáu- indústrias, entidades e pessoas, responsáveis pelatica. poluição ambiente...

Outubrode t982 - 301 REVISTADEQUíMICAINDUSTRIAL! tNnlTlJT.~~.-(;;;;m .

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Aqualidade de vida em algumas regiões do Brasil,como na área da baixada santista (mais especifica-mente junto à cidade de Cubatão) atingiu um nívelbastante crítico. Grande parte da responsabilidadepor esse tato, cabe ao desenvolvimento do PoloPetroquímico de São Paulo, concentrado naquelaregião, sem falar em centros industriais como SãoBernardo, Santo André, São Caetano, Mauá eoutros.

"De um lado, há os que pretendem fazer da ciên-cia e da tecnologia o instrumento de um mundo arti-ficial mais feliz, onde a máquina se torna mais im-portante do que o homem, e o lucro financeiro seja oalvo máximoa atingir,pensando ser assima melhormedida para os valores humanos". (palavras deJosé Reis "Os cientisas e os místicos da ecologia",Folha de São Paulo, 27.03.77).

"Esses confundem desenvolvimentocom cresci-. mento econômico, e julgam que o progresso eco-nômico é a única saída para o progresso políticoesocial."

"De outro lado, existe o radicalismodos que in-vestem contra a Ciência e a Tecnologia,insistindona volta ao passado, contestando a atual civili-zação" .

Nemumae nemoutra das posições mencionadasnos levam ao interesse geral da comunidade, ouseja, a melhoriado bem viver.

Nem só o progresso exagerado à custa do des-conforto e insalubridade do ambiente e nem a es-tagnação ou volta ao passado, o que seria umaopção irrealizável.

No ãmbitoda petroquímica, responsável pelafabricação em grande escala de fertilizantes,deter-gentes .não biodegradáveis, pesticidas, etc., todossintéticos, contamos com a contaminação pelosdespejos próprios dos processos de fabricação e,comefeitosindiretos,a eutroficação(*) de lagos erepresas, formação de espumas e a conseqüente li-beração de substâncias tóxicas para o meioanimale vegetal, com o aumento na demanda de bioquí-mica de oxigêniodas águas, ou seja o DBO.Éclaroque um controle mais racional, uma conscientiza-ção mais efetivados responsáveis por este tipo depoluição, determinaria uma diminuiçãosensíveldoproblema, embora não se possa pensar em umaeliminação total do mesmo.

Osdespejos de gases poluidoresna atmosfera,deprodutos químicos e residuais no solo e nas águassempre existiram, mas sem entretanto chegarem acomprometer seriamente o meioambiente.

Em São Paulo, como exemplo, a CETESBvem de-senvolvendo um grande esforço no sentido de for-necer o necessário apoio tecnológico às ações deco~trole da poluição e defesa do meio ambiente, ao

(*) Excesso de substâncias nutritivas em uma deter-minada massa d'água.

lado de um extenso programa de conscientizaçãogeral da comunidade.

Em quase todos os demais Estados da nação exis-tem órgãos oficiais e mesmo entidades particularesque procuram minimizar o sério problema da polui-ção ambiente agravado nos últimos 20 anos, pelogrande desenvolvimento da indústria petroquímicae outras.

Um outro fato, responsável pela poluição ambien-te causada pelo exagerado USI.de produtos pe-troquímicos na área dos plásticos, é a sua altaresistência à degradação. .

Os sacos plásticos, copos, frascos, brinquedos,etc., confeccionados com polietileno, poliestireno,PVC e outros, praticamente não se deterioram eassim dificilmente são absorvidos pelo solo. Dooutro lado, causam entupimentos nas canalizações,e ao contrário de papéis e certos tecidos, resistemao contínuo contacto com a água, nem que sejatratada com produtos alcalinos, ácidos ou dissol-ventes usados para limpeza das referidas canaliza-ções. Atualmente estão sendo desenvolvidos pro-cessos de reciclagem dos plásticos, diminuindo atécerto ponto, este tipo de poluição do solo.

Ultimamente já começaram a aparecer no merca-do de plásticos certos produtos autodegradáveispor fotossensibilização. Esses produtos, como opolietileno, contêm micro-partículas de ferro, inter-caladas nas macromoléculas. Pela ação da luzsolar, após alguns meses, o ferro começa a separar-se da massa plástica, por oxidação, facilitando a suafotodegeneração. Este processo pode variar de al-guns meses a alguns anos, dependendo da quanti-dade de ferro, ou outro aditivo empregado naconfecção do mesmo.

Dessa forma, desde 1973, quando foi anunciadaesta descoberta, muitos outros plásticos já estãosendo tratados da mesma forma para facilitár suaautodegeneração.

Portanto, a tecnologia que produz materiais po-luidores, deve ser posta a serviço do meio ambiente,Colaborando mais uma vez com o berr. estar dohomem.

Uma outra área que está merecendo atenção dostécnicos e peritos em poluição ambiente é a dospesticidas como o DDT e BHC e outros, que sedesenvolveram durante a fase áurea da era petro-química. A intensa ação desenvolvida por estesperitos em todo o mundo alertou as autoridades dediversos países, chegando-se ao ponto da proibiçãoquase que total do uso destes pesticidas. Por estemotivo, as modernas composições de pesticidasencerram, em muitos casos, os produtos naturais,muito usados até a década de 40, ou seja, as piretri-nas, a rotenona e outros,. eficientes como pestici-das, mas não prejudiciais ao homem.

Com relação aos detergentes sintéticos, produtosda moderna petroquímica. também em defesa domeio ambiente, os técnicos estão procurando a

14 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL Outubrode 1982- 302

gradual substituição dos produtos sintéticos porprodutos naturais ou então, procurando modificar aestrutura daqueles produtos.

O emprego de detergentes sintéticos no Brasil-teve início na década de 60, e...usavamatéria-primaimportada. Apesar do consumo de detergentes sin-téticos em nosso país ter crescido rapidamente, asua participação na demanda total de produtos delimpeza não ultrapassou 35% em 1977.A tendênciaatual é de um crescimento bem mais moderado facenão só ao custo elevado do petróleo, mas tambémpela proibição de se utilizar produtos não biode-gradáveis.

Com a crescente participação dos detergentessintéticos chamados do "tipo duro" (não biodegra-dáveis) no consumo também dos produtos delimpeza, começaram a surgir problemas de polui-ção intensa nas águas apesar das temperaturasmédias brasileiras facilitarem a biç>degradação.Poresse motivo, a partir de 1975, iniciaram-se estudospara dotar a legislação de meios reguladores sobrea matéria.

Fato lamentável que vem ocorrendo no Brasil éque a estrutura nacional de produção de detergen-tes não biodegradáveis (dodecilbenzeno) é domi-nada pela ação das multinacionais. Naquase totali-dade dos países do globo vigoram leis que proibema fabricação destes produtos, tão nocivos ao ho-mem e ao meio-ambiente. No Brasil, a muito custoelaborou-se uma lei que disciplina a produção deprodutos não biodegradáveis, mas por força das in-

FIG.28

dústrias produtoras, o prazo de início de vigência foiprorrogado.

A solução que esta lei apresenta é a futurafabricação no Brasil de detergentes biodegradáveisa partir do alcoilbenzeno linear sintético. Sendo osóleos vegetais e mesmo os óleos animais constituí-dos de estruturas lineares, é de se esperar que aindústria recorra a estas fontes de matérias-primaspara a fabricação de detergentes biodegradáveis.

Observamos que o sebo, óleo de coco de babaçue outros, são empregados na fabricação de váriostipos de sabão (de toalete, de lavar, etc.) sendoprodutos naturais, são perfeitamente biodegra-dáveis.

No Brasil; este problema de substituição dosprodutos artificiais por naturais, parece não ter amesma gravidade que em outros centros mais de-senvolvidos, onde a participação do detergentesintético atinge cifras maiores do que 80%. Apopulação brasileira ainda consome em grande~scata os produtos naturais, embora haja um cres-cimento substancial na utilização dos produtossintéticos, principalmente os não biodegradáveis.Portanto, faz-se necessária e urgente a vigência deuma lei aplicável às indústrias de detergentes,coibindo abusos, defendendo o consumidor e omeio ambiente da poluição desmedida provocadapela fabricação e utilização de produtos maisnocivos do que propriamente úteis ao homem.

Os quadros que seguem dão uma idéia da situa-ção presente e futura da produção e consumo dos,mesmos (Figs. 28 a 34).

Consumo de Sabões Detergentes no Brasil1965/75

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Outubro de 1982 - 303 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL ,.~15, i

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SABÕES E DETERGENTES %ANOS DETERGENTES SINTÉTICOS DETERGENTES

1.000 tia 1.000 tia SINTÉTICOS

1965 268 32 11,91966 322 41 12,71967 352 62 17,61968 374 82 21,91969 404 109 27,01970 437 99 22,71971 452 116 25,71972 502 146 29,11973 573 173 30,21974 612 207 33,81975 650 234 36,0

FIG.29 Consumo Aparente de Princípios Ativos no Brasil1965/75

NOTAS: (1) Basicamente DDBS (dodecilbenzenossulfonato de sódio) exceto em 1975 onde está incluído um consumo aparente de. 3.S00 t de LABS.

(2) Principalmente nonil fenol etoxilado; os valores referentes a importação são estimados, visto não haver classificação es-pecífica na TAB para esses produtos. Inclui-se etoxilados para outras utilizações.

(3) Valores estimados, devido ínexistência de classificação específica.

FIG.30 Consumo de DDB - Brasil1965/75

Em mil toneladas

FIG.31 Empresas Produtoras de Detergentes no Brasil

16 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL Outubro de 1982- 304

DISCRIMINAÇÃO 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975

Anatômicos (1)Produção 4,5 12,0 14,0 17,S 21,8 2.1,4, 24,4 32,2 39,0 4S,5 43,5Importação - - - - - - 0,1 .0,2 - 0,7 2,2Consumo aparente 4,5 12,0 14,0 17,5 21,8 21,4 24,5 32,4 39,0 46,2 45,7

Não lônicos (2)Produção - - - - - - - - - 0,8 7,8Importação - - - - - - 1,0 2,0 6,3 1,2 0,8Exportação - - - - - - - - 0,1 0,4 -Consumo aparente - - - - - - 1,0 2,0 6,1 1,6 8,6

Outros (3)Consumo aparente - - - - - - - 0,5 1,0 1,0 1,5

DISCRIMINAÇÃO 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975

*DDBProdução - - 2,7 7,9 11,9 16,0 17,5 19,8 23,6 28,1 31,4Importação 3,5 9,2 8,1 5,6 3,7 0,6 1,3 3,8 5,8 6,2 2,4Exportação - - - 0,7 0,3 0,1 0,1 0,3 0,5 0,6 0,2Consumo aparente 3,S 9,2 10,8 12,8 15,3 16,5 18,7 23,3 28,9 33,7 33,6

Equivalente em DDBS 4,7 12,3 14,4 17,1 20,4 22,0 24,9 31,1 38,S «,8 «,5

* DDB: dodecilbenzeno não bíodegradável.

CAPACIDADE (tia)EMPRESA ATUAL FUTURA (*)

Aniõnicos 79.090 119.990

Base - Dodecilbenzenossulfonato de Sódio 71.190 112.090Alimonda Irmãos S.A. 4.000 4.000BASF - Brasileira S.A. Inds. Químicas 4.000 4.000

Inds. Gessy-Lever Ltda. 26.300 46.000 (1977)Henkel do Brasil SA Ind. Química 14.400 34.400 (1977)Hoechst do Brasil Quim. e Farmac. S.A. 4.800 6.000 (1977)Orequim SA Inds. Químicas 770 770Orniex SA 12.160 12.160Química Nacional Químinasa SA 960 960Brillndústria e Comércio 3.800 3.800

Base -Alcoilbenzenossulfonato de Sódio Linear 7.900 7.900

Spuma Ind. Quimica de Manaus 7.900 7.900

Não lônicos Etoxilados 24.500 24.500Atlas Inds. Químicas SA 8.000 8.000Diamond Shamrock do Brasillnd. e Com. Ltda. 7.500 7.500Henkel do Brasil SA Ind. Química 6.000 6.000Hoechst do Brasil Quim. e Farmac. S.A. 3.000 3.000

(*) As ampliações, provavelmente, serão feitas para sulfonação de LAB.

Empresas Produtoras de Intermediários no Brasil1976

tFIG.32

Projeção do Consumo de Sabões e Detergentes - Brasil1976/82

FIG.33

Projeção. de Consumo de Princípios Ativos - Brasil. 1976/82

Em mil toneladas

FIG.34

Em conclusão,o uso de detergentessintéticosnão biodegradáveis deverá diminuir enquanto que ode detergentes biodegradáveis deverá aumentar apartir de 1980.

Entretanto, a participação dos sabões e deter-gentes de origem natural continuará aumentando edificilmente será igualado mesmo até 1985 ou maistarde ainda. -tI

Outubro de 1982 - 305 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 17

CAPACIDADE (tia)EMPRESA PRODUTO ATUAL FUTURA

Empresa Carioca de ProdutosQuímicos S.A Dodecilbenzeno 42.000 42.000Atlas Inds. Químicas Nonilfenol 3.000 6.000Hoechst do Brasil Quím. e Farm. S.A. Nonilfenol 840 840Diamond Shamrock do Brasil Nonilfenol 600 600

SABÕES E O/o DETERGENTES PRINCíPIOANOS DETERGENTES DETERGENTES SINTÉTICOS ATIVO

1.000 tia SINTÉTICOS 1.000 tia 1.000 tia

1976 689 38 260 571977 730 40 290 641978 774 42 323 711979 820 44 359 791980 870 46 399 881981 922 48 444 981982 977 50 495 109

DISCRIMINAÇÃO 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982

Aniônicos 47 52 56 62 68 74 82DDBS 43 46 48 39 21 27 35LABS 4 6 8 23 47 47 47

Não lônicos 8 10 12 14 17 20 22Catíônicos 2 2 3 3 4 5 6

ENGENHARIA MECÂNICA

Nova fábrica de engenharia pesadaBaseada em avançada concepção, permite

acelerar a produção industrial

Investimentos no valor de muitosmilh6es de libras esterlinas numafábrica e em novas máquinas-ferramentas reduzem os custos e

o tempo necessário para o fabri-co de equipamento para instala-ções petroquímicas, petrolíferas,nucleares e industriais em geral.

Uma das maiores e melhorequipadas metalomecânicas pe-sadas da Europa, que entrou empleno funcionamento em julho de1981após um investimento de 16milhões de libras esterlinas, estáagora fabricando enorme varie-dade de artigos de alta qualidadepara as indústrias nuclear, quími-

.ca, petroquímica e de engenha-ria.

A fábrica, situada em Renfrew,na Escócia, alcançou já uma re-dução de 25% nos custos defabrico, um aumento de 30% naprodutividade e reduziu à metadeos prazos de entrega aos seusproprietários.

São eles Babcock Power Ltda,de Renfrew, E:scócia, fabricantesde instalações geradoras de va-por que obtiveram recentementeuma encomenda de 220 milhõesde libras esterlinas para equipar acentral geradora de Castle PeakB, em Hong Kong, e também umaencomenda semelhante para oZimbabwe, no valor de 36 milhõesde libras esterlinas.

No novo edifício dividido emtrês setores, o setor de maquini-zação (ver Fig. 1)mede 30 por 185metros e contém algumas dasmais avançadas' máquinas-ferra-mentas, ferramentas e equipa-mento para movimentação demateriais provenientes de Ale-manha, Suécia e Grã-Bretanha.

18

EIBIS INTERNATIONALLONDRES

Das 64 máquinas-ferramentas, 30são novas e 13 foram renovadas.

O sistema de controle númeri-co por computador (CNC) co-manda 20 das novas máquinas e éresponsável por dois terços dotrabalho agora produzido, e pre-sentemente os índices de aumen-to de produtividade obtidos comas máquinas de controle numéri-co por computador variam entre 2e 4: 1, com casos individuais queatingem valores tão elevados co-mo 6: 1.

A capacidade de trabalho demaquinização aumentou em20%, enquanto o número total demáquinas-ferramentas e a áreaocupada na oficina foram reduzi-das em 40% em relação à antigafábrica.

A organização de controle dequalidade foi estabeleci da parasatisfazer, tanto às normas britã-nicas, como às normas interna-cionais, incluindo as ASME QA42, etc.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

As melhorias, tanto de qualida-de, como de produtividade, são oresultado, simultaneamente, dosnovos investimentos e da totalcooperação dos trabalhaClores.Está-se obtendo um aumento derendimento da ordem de 30%com 10% menos de mão-de-obradireta e 40% menos de mão-de-obra indireta nas oficinas.

A disposição .geral da oficina demaquinização consiste no agru-pamento de máquinas capazesde executar todas as operaçõesde produção em famílias de com-ponentes. com um só encarrega-do responsável pelo trabalho, doprincipio ao fim.

A escala de tempo para o forne-cimento de informações a produ-ção foi reduzida a metade pormeio da utilização do planeja-mento de processos de fabricocom auxílio de computador.

Ciclos de produção e datas deentrega precisos são fornecidospor meio do controle de produ-

Outubrode 1982- 306

ção computerizado usando ter-minais vídeo (VDUs)nas oficinas.

ção de contratos de fabrico oumontagem de equipamentosprincipais para instalações quími-cas e industriais. Aomesmotem-po, aumentou enormemente a ga-ma de componentes que podemser produzidos no setor de ma-

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

Contratos de grande importância

Os novos setores de fabricaçãoforam concebidos para a execu-

Outubro de 1982- 307

quinagem. Umdos novos disposi-tivos mais notáveis neste setor é oconjunto de maquinização deShiess-Froriep (ver Fig. 2) avalia-do em 1,68 milhão de libras ester-linas.

Este conjunto inclui máquinavertical de tornear, frezar, mandri-lar e furar, com capacidade paratrabalhar peças até 7 metros dediâmetro e 5 metros de altura, epesando 125 toneladas. Incluitambém máquina horizontal tipoprensa para mandrilar, furar e fre-zar, com um curso vertical, de 4,5metros e um curso horizontal de13 metros.

Dois sistemas de controle nu-mérico por computador Kongs-berg 2000 comandam o funcio-namento em oito eixos.

Algumas das outras novas má-quinas principais de controle nu-mérico por computador incluemum conjunto de maquinização dotipo ponte Kolb KBNG 85, cujamesa tem capacidade de carga de18 toneladas; uma máquina defrezar Butler Elgamill HNC comuma mesa de 5 metros de compri-mento; dois tornos-revólveresverticais Giddings e Lewis-Frasercom diâmetro de.1 ,32 e 1,525metros; duas máquinas de frezarverticais e três máquinas de fre-zar horizontais Fritz Werner; eseis tornos Swedturn de váriostipos com controle numérico porcomputador.

Noutras áreas da fábrica deRerífrew, novos investimentosadicionais incluem aparelhagemcomo máquina de oxi-corte dedois eixos e de controle numéricopor computador Hancock, quepode cortar simultaneamenteduas chapas de 2,5 metros por 8metros de comprimento, e comuma espessura máxima de 250mm.

A Fig. 3 mostra um geradorGleason de engrenagem cónicahelicoidal, e a Fig. 4 apresenta umequipamento de soldagem paraintervalos estreitos.

As bandas e os outros dadosexigidos pelas máquinas de con-trole numérico por computadorsão fornecidos por um centro de

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programação Konsberg PC 200,executado com apoio do Compu-ter Aided Design Centre (Centrode Desenho com Auxílio de Com-putador), de Cambridge, na Ingla-terra.

Um dispositivo de gráficos inte-rativos acelera a preparação dedados de entrada (input) e contri-bui para assegurar que uma ele-vada percentagem das bandasestá correta logo pela primeiravez. Está-se criando, um softwareque fornecerá uma entrada diretade dados a partir de equipamen-tos computorizados.

"Braços biOnicos"

Para permitir aos operadoresdas máquinas a execução degrande parte da movimentaçãoque Ihes compete nas peças atrabalhar, muitas máquinas sãoassistidas pelos chamados "bra-ços biônicos", além das pontesrolantes e dos guindastes con-vencionais. Uma das oficinas-se-tores tem 20 destes guindastes deequilíbrio hidráulico, que pos-suem comando par botoneira pa-ra cargas e descargas e cuja

capacidade varia entre 125e 500kgm.

As cargas pesadas podem sertransportada~ entre setores e pa-ra zonas fóra do alcance dosganchos e garras dos guindastespor meio de duas plat;iformasRolair de controle remoto assen-tes numa películade ar, cada umadas quais com 3 metros quadra-dos e com uma capacidade deelevação de carga de 40 tonela-das.

As duas unidades podem serencostadas e ligadas para dupli-car a sua área e a sua capacidadede carga sempre que necessário.

Entre outros desenvolvimentosno campo do manuseamento decargas e materiais que estão pre-sentemente, sendo estudados,contam-se um veículo pneumáti-co para transportes para dentro efora da câmara de raios X daoficina, e suspensão pneumáticapara a ponte rolante num dossetores de montagem. {I

Informações adicionais poderãoser obtidas de:BABCOCK POWER LlMITEDFrench Street RenfrewEscócia - Grã BretanhaTelefone: 041 8864141Telex: 778731

CELULOSE E PAPEL

Lixívia de digestão da madeiraNovo processo de recuperação

o CTP está conduzindo para aSecretaria de Tecnologia Indus-trial (STI) do Ministério da Indús-tria e Comércio (MIC),a primeirafase de um projeto de recupera-ção da energia contida e dos saisminerais da lixívia negra ("blackliquor") resultantes do processode produção da celulose.

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CENTRO DE TECNOLOGIA PROMON

RIO DE JANEIRO

Este projeto faz parte do pro-grama de apoio tecnológico eeconômico previsto no protocoloassinado entr~ o MICe a ANFPC- Associação Nacional dos Fa-bricantes de Papel e Celulose. Aprimeira fase contempla os estu-dos e ensaios experimentais delaboratório, que visam determi-

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

nar a viabilidade técnica prelimi-nar de uma concepção de proces-so para recuperação de lixívia.

O objetivo final dos trabalhos éa definição de uma tecnologia,incluindo o processo e os equipa-mentos, que permita a recupera-ção econômica da energia e/oudos sais minerais da lixívia,negra

Outubro de 1982 - 308

em indústrias de produção decelulose de pequena capacidade(menor que 100 toneladas/dia),e/ou que possa reduzir os investi-mentos nas indústrias de grandeporte.

O enfoque será concentrado natecnologia de leito fluidizado.

O processo Kraft, que utiliza osulfato de sódio, requer a recupe~ração dos sais minerais em cal-deira de recuperação para a via-bilização econômica das indús-trias de grande porte (com produ-ção superior a 200 toneladas/dia).

Os investimentos necessáriossão muito elevados, somente acaldeira de recuperação equiva-lendo a 30-35% do investimentototal na instalação.

No Brasil, cerca de 90% da pro-dução de celulose são provenien-tes do processo sulfato, com 50%das unidades instaladas no País.Destas, 70% possuem caldeira derecuperação.

Portanto, existe um número re-lativamente elevado de indústriasna faixa de capacidade que nãosuporta o investimento na recu-péração da lixívia, utilizando astecnologias atualmente dispo-níveis.

O planejamento das atividadesem andamento, nesta primeirafase de 6 (seis) meses do contratofirmado com a STI, prevê os se-guintes ítens:

1. Caracterização da lixívia -foram levantadas as proprieda-des físico-ql:Jímicas das amostras

da lixívia selecionada para os en-saios, como viscosidade em fun-ção da concentração e tempera-tura, poder calorífico, composi-ção elementar, etc.

Estão sendo realizadas análi-ses termogravimétricas (TG) eanálises térmico-diferenciais(TOA), em atmosferas inerte e am-biente, para caracterização térmi-ca da lixívia e de seus sais.

Algumas misturas de lixíviacom outros materiais, esp~cial-mente combustíveis, estão sendoensaiadas, para aumentar o po-der calorlfico e a consistência,tendo em vista a sua uti Iização emlarga escala, nos reatores de leitofluidizado.

2. Visitas às indústrias de celu-lose no Brasil - algumas indús-trias de celulose, típicas, foramvisitadas, para obtenção de da-dos operacionais relevantes darecuperação da lixívia.

3. Analise preliminar de viabi-lidade econômico-financeira -estão em desenvolvimento os es-tudos que buscam definir as mar-gens de investimentos e custosoperacionais compatíveis com arecuperação da energia e/ousais minerais da lixívia, em in-dústrias de menor porte, com autilização da tecnologia de leitofluidizado, a ser desenvolvida.

4. Cinética global de gaseifica-ção da lixívia em leito fluidizado- os ensaios em termobalança,em progresso, visam determinar

a viabilidade técnica da gaseifi-cação da lixívia, para sua utiliza-ção em leito fluidizado.

O c"onhecimento do tempo deresidência da Iixívia no'reator é degrande importância, a fim de es-pecificar o tamanho do reator eos mecanismos de sua alimenta-ção ao leito e da retirada dascinzas.

Será determinado o poder calo-rífico do gás resultante, com oauxílio de cromatografia gasosa.

5. Ensaios de gaseificação dalixívia em reator-piloto - serãoconduzidos ensaios utilizando"pellets" de lixívia misturada aoutro combustível (sólido). Serãoobtidos os dados que permitirãouma concepção preliminar, emescala, de recuperação da lixívia.

6. Concepção preliminar deprocesso - com os resultadosdos ensaios experimentais, serádefinido um fluxograma prelimi-nar do processo de aproveita-mento da lixívia, em desenvolvi-mento, e apresentados os respec-tivos balanços de massa eenergia.

Neste projeto, o CTP colaboracom a STI no desenvolvimento detecnologia brasileira para o setorpapel e celulose. A experiência ea capacitação do CTP têm sidousadas neste setor recentemente,na busca desoluções energéticasbaseadas em florestas e na tec-nologia de queima da lenha, parageração de vapor e de eletrici-dade. ~

POLUiÇÃO

Poluição atmosférica pelos metaisNa área do Grande Recife - PE

ADAUCTO DA SILVA TEIXEIRAENGENHEIRO QUIMICO

CHEFE DA DIVISAo DE ESTUDOSE PESQUISAS DA CIA.

PERNAMB. DE CONTR. DA POLUIÇAO

A poluição é o assunto da atualidade, que preo- Além da preocupação consigo mesmo, seuscupa intensamente o homem "civilizado", e princi- cuidados estendem-se à Biotécnica, na prevençãopai mente o que reside nos centros urbanos. de sua própria subsistência.

Outubro de 1982- 309 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 21

Eno dizerdo PresidenteLyndonB.Johnson~ "Apoluição atmosférica é fruto inevitável da negli-gência. A poluição pode ser controlada, e serácontrolada no momento em que os homens, atravésde seus representantes ~Ieitos, exigirem o direito aoar que eles e seus filhos possam respirar semmedo".

Vários são os poluentes da atmosfera, que cau-sam mal à saúde do homem e, entre estes, citam-seos metais.

O primeiro Seminário sobre a poluição por metaispesados promovido pela SEMA, em Brasília, nosdias 20 e 21 de novembro de 1979, foi uma louváveliniciativa, que congregou técnicos de várias institui-ções nacionais de controle da poluição, com mani-festo interesse pela poluição causada pelos metaispesados.

Em função de seus números atômicos, conside-ram-se metais I-evesos de número atômico inferior a30, e metais médios os de número atômico com-preendido entre 30 e 60, designando-se por metaispesados os de número atômico superior a 60.

A ocorrênciR de poluição por metais e seuscompostos é mais freqüente nos solos e nas águas,como resultante principalmente de despejos deprocessamentos tecnológicos e aplicações de de-fensivos agrícolas.

Na atmosfera, entretanto, sua presença é maisdifícil, sendo maior nas proximidades de determina-das indústrias, com formação de micro-zonas depoluição.

Entretanto, o estudo dos metais e seus compos-tos, que possam ocorrer na atmosfera, torna-seimportante, dada a relativa toxicidade que elesapresentam principalmente para a saúde do homeme dos animais.

Sua origem na atmosfera pode resultar de ema-nações industriais, queima de combustíveis e fontesdiversas, apresentando-se sob forma de poeiras,como organo-metais e compostos outros, ou mate-rial particulado.

Suas concentrações são normalmente maioresnos centros urbanos e distritos industriais.

Em Pernambuco, os estudos sobre este tipo depoluentes atmosféricos não foram despresados.

A CPRH, órgão encarregado do estudo e docontrole da poluição no Estado de Pernambuco,através de análises de poeiras sedimentadas, temidentificado e quantificado sua presença e emalguns casos determinado sua origem.

Em estudos anteriores que resultaram em traba-lhos apresentados ao IX Congresso Brasileiro deEngenharia Sanitária, XX Congresso Brasileiro deQuímica e Revistas Técnicas, concluimos que aorigem do chumbo em nossa atmosfera resulta daqueima da gasolina pelos veículos.

22

O cobre tem sua presumível origem, principal-mente, no desgaste das fitas de freio dos ônibus ecaminhões.

Os metais por nós detectados foram: chumbo(Pb), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn) e zin-co (Zn).

Nos quadros a seguir apresentamos os metais pornós detectados nas poeiras sedimentadas na at-mosfera metropolitana do Recife, nos anQSde 1977a 1981,em g/m2/30 dias.

Para um melhor estudo comparativo de ocorrên-cia dos metais e interpretação dos resultadosapresentados, resumimos, no último dos quadros,os teores médios destes metais nos anos de 1977a:98 1,com indicação de seus locais de ocorrência.

ZONAS OCUPACIONAIS E LOCALIZAÇÃODAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM

- Zona PortuáriaEstação 1.02 - Em frente à Praça Rio

Branco - Ao lado da Asso-ciação Comercial de Per-nambuco.

11 - Zona ComercialEstação 1.11 - Av. Conde da Boa Vista-

em frente ao ITEPEstação 1.23 -:- Largo da Paz- em frente

à Farmácia.

111 - Zona Residencial - ComercialEstação 1.04 - Av. Conselheiro Aguiar-

em frente ao mercado deBoa Viagem.

Estação 1.09 - Av. Caxangá-próximoaoHospital Barão de Lucena

Estação 1.13 - Cidade Universitária - Av.Morais Rego - próximo àSUDENE.

Estação 1.22 - Av. Boa Viagem-Pina, emfrente à Clínica VeterináriaDaniel Domingues.

Estação 5.34 - Município de Paulista -em frente à Prefeitura.

IV - Zona Industrial - ResidencialEstação 1.05 - Imbiribeira - centro da

Av. Mascarenhas de Mo-rais, entre a Pibigás e Mo-veterras.

Estação 1.29 - Rua da Glória - Boa Vista. (posten'!07/047),na parte

posterior da Refinaria deAçúcar Estrela.

Estação 1.33 - Av. Beberibe, em frente aoCafé Avenida.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL Outubro de 1982 - 310

v - Zona Aeroporto GuararapesEstação 1.30 - Aeroporto Internacional

dos Guararapes, pátio in-terno da estação de passa-gei ros.

VI - Zona ResidencialEstação 1.12 - Praça do Derby (poste n<?

1/244), nas proximidadesdo quartel da PM-pe.

Estação 1.18 - Rua da Hora (poste (n<?164/113), Espinheiro.

Estação 1.26"':"- San Martin - no terminaldos ônibus

Estação 3.32 - Olinda - em frente à Pre-feitura Municipal.

VII - Zona IndustrialEstação 2.21 - Estação de Tratamento

d'água de Tapacurá, em

Curado (na estrada deacesso à Estação).

VIII- Zona RodoviáriaEstação 1.15 - No inícioda estrada para

Aldeia (posto n<? 03/06), .próximo ao posto fiscal deCamaragibe.

Estação 2.25 - Av.Gal. Manoel Rabelo-próximo ao Hospital Geralde Jaboatão.

Estação 2.52 - Jaboatão - em frente aocinema do 14<?BIMTZ.

IX - Zona Rural- IndustrialEstação 8.20 - Município de São Louren-

ço da Mata - no cruza-mento da PE1com a linhaFérreada UsinaTiúma.

POLUiÇÃO ATMOSFERICA CAUSADA PELOS METAISNA AREA DO GRANDE RECIFE

Zona I - Portuária

Teores em g/m2/30 diasComponentes

1977 1978 1979 1980 1981 Médias

Chumbo (Pb) 0,0033 0,0083 0,0123 0,0037 0,0060 0,0067

Cobre (Cu) 0,0025 0,0047 0,0082 0,0029 0,0040 0,0045

Ferro (Fe203) 0,0212 0,1160 0,3201 0,0815 0,1480 0,1374

Manganês (MnO) 0,0088 0,0051 0,0299 0,0250 0,0230 0,0184

Zinco (Zn) 0,0189 0,0114 0,0661 0,0248 0,0280 0,0336

Zona 11- Comercial

Teores em g/m2/30 diasComponentes

1977 1978 1979 1980 1981 Médias

Chumbo (Pb) 0,0143 0,0260 0,0061 0,0082 0,0040 0,0117

Cobre (Cu) 0,0273 0,0175 0,0151 0,0165 0,0140 0,0181

Ferro (Fep3) 0,0510 0,0767 0,1648 0,1920 0,1590 0,0187

Manganês (MnO) 0,0028 0,0102 0,0052 0,0415 0,0030 0,0125

Zinco (Zn) 0,0243 0,0232 0,0337 0,0184 0,0210 0,0241

Outubrode 1982- 311 REVISTADE QUíMICAINDUSTRIAL 23

24 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL Outubro de 1982 - 312

POLUiÇÃO ATMOSFERICA CAUSADA PELOS METAISNA ÃREA DO GRANDE RECIFE

Zona 111- Residencial/Comercial

Teores em g/m2/30 diasComponentes

1977 1978 1979 1980 1981 Médias

Chumbo (Pb) 0,0063 0,0056 0,0061 0,0141 0,002 0,0068

Cobre {Cu) 0,0072 0,0047 0,0058 0,0075 0,004 0,0058

Ferro (Fep3) 0,0549 0,0853 0,1568 0,1498 0,138 0,1169

Manganês (MnO) 0,0134 0,0111 0,0033 0,0067 0,003 0,0075

Zinco (Zn) 0,0054 0,0017 0,0239 0,0251 0,050 0,0212

Zona IV- Industrial/Residencial

Teores em g/m2/30 diasComponentes

1977 1978 1979 1980 1981 Médias

Chumbo (Pb) 0,0051 0,0048 0,0053 0,0153 0,0080 0,0077

Cobre (Cu) 0,0025 0,0052 0,0052 0,0043 0,0030 0,0040

Ferro (Fe203) 0,0364 0,0667 0,1205 0,1564 0,1220 0,1004

Manganês (MnO) 0,0019 0,0021 0,0094 0,0036 0,0030 0,0039

Zinco (Zn) 0,0110 0,0055 0,0116 0,0102 0,0150 0,0107

Zona V - Aeroporto Guararapes

Teores em g/m2/30 diasComponentes

1977 1978 1979 1980 1981 Médias

Chumbo (Pb) - 0,0028 0,0014 0,0019 0,000 0,0015

Cobre (Cu) - 0,0018 0,0016 0,0018 0,002 0,0018

Ferro (Fe203) - 0,0203 0,0515 0,0524 0,114 0,0595

Manganês (MnO) - 0,003 0,0013 0,0021 0,002 0,0014

Zinco (Zn) - 0,0018 0,0065 0,0049 0,008 0,0053

Zona VIII- Rodoviária

Outubro de 1982 - 313

Componentes

Chumbo (Pb)

Cobre (Cu)

Ferro (Fe203)

Manganês (MnO)

Zinco (Zn)

POLUIÇAO ATMOSFERICA CAUSADA PELOS METAISNA ÁREA DO GRANDE RECIFE

ZonaVI - Residencial

Teores em g/m2/30 diasComponentes

1977 1978 1979 1980 1981 Médias

Chumbo (Pb) 0,0036 0,0027 0,0017 0,0019 0,001 0,0022

Cobre (Cu) 0,0011 0,0021 0,0058 0,0057 0,006 0,0041

Ferro (Fe.p3) 0,0207 0,0448 0,0783 0,1170 0,076 0,0674

Manganês (MnO) 0,0061 0,0033 0,0021 0,0032 0,002 0,0033

Zinco (Zn) 0,0012 0,0025 0,0097 0,0103 0,007 0,0061

Zona VII - Industrial

Teores em g/m2/30 diasComponentes

1977 1978 1979 1980 1981 Médias

Chumbo (Pb) 0,0004 0,0030 0,0035 0,0043 0,005 0,0032

Cobre (Cu) 0,0003 0,0028 0,0023 0,0014 0,002 0,0018

Ferro (Fe203) 0,0025 0,0736 O,1945 0,0756 0,141 0,0974

Manganês (MnO) 0,0117 0,0129 0,0267 0,0100 0,017 0,0137

Zinco (Zn) 0,0026 0,0026 0,0205 0,0165 0,013 0,0110

Teores em g/m2/30 dias

1977 1978 1979 198O 1981 Médias

0,0027 0,0024 0,0022 0,0020 0,002 0,0023

0,0024 0,0014 0,0030 0,0061 0,004 0,0034

0,0285 0,0493 0,1603 0,1551 0,142 0,1070

0,0076 0,0018 0,0039 0,0047 0,004 0,0044

0,0019 0,0078 0,0087 0,0109 0,051 0,0177

REVISTA DE QUíMICAINDUSTRIAL 11NSTITlITO DE flUIMICA 15BIBLIOTECA

Unjvr";íd"ú f ,".,j.'11 Rio de J1H111ire--

OCORRENCIA DE METAIS SEDIMENTAVEIS NAS DIFERENTESZONAS OCUPACIONAIS DO GRANDE RECIFE

MEDIAS DOS ANOS DE 1977 A 1981 EM g/m2/30 DIAS

POLUIÇÃO ATOSFERICA CAUSADA PELOS METAISNA AREA DO GRANDE RECIFE

Zona IX - Rural/Industrial

Teores em g/m2/30 diasComponentes

1977 1978 1979 1980 1981 Médias

Chumbo (Pb) 0,0034 0,0026 0,0022 0,0026 0,002 0,0026

Cobre (Cu) 0,0078 0,0659 0,0091 0,0042 0,003 0,0180

Ferro (Fe203) 0,0590 0,0900 0,2400 0,1839 0,135 0,1416

Manganês (MnO) 0,0152 0,0190 0,0071 0,0081 0,007 0,0113

Zinco (Zn) 0,0064 0,0033 0,0315 .0,0264 0,012 0,0242

Metais em g/m2/30 diasZonas

Ocupacionais Chumbo Cobre Ferro Manganês Zinco

Zona I 0,0067 0,0045 0,1374 0,0184 0,0336Portuária

Zona 11 0,0117 0,01810,1872 0,0125 0,0241Comercial

Zona 111 0,0068 0,0058 0,1169 0,0075 0,0212Resid./Comercial

Zona IV 0,0077 0,0040 0,1004 0,0039 0,0107Ind./Residencial

Zona V 0,0015 0,0018 0,059E) 0,0014 0,0053

Aeroporto Guararapes

Zona VI 0,0022 0,0041 0,0674 0,0033 0,0061Residencial

Zona VII 0,0032 0,0018 0,0974 0,0137 0,0110Industrial

Zona VIII 0,0023 0,0034 0,1070 0,0044 0,0177Rodoviária

Zona IX 0,0026 0,0180 0,1416 0,0113 0,0242Rural/Industrial

Totais 0,0447 0,0615 1,0148 0,0764 0,1539

Médias dos 5 anos 0,0050 0,0068 O,i 127 0,0085 0,0171

26 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL Outubrode 1982- 314

ÁCIDO SULFÚRICO

Reciclagem de efluente ácidoProtege o ambiente

Em sua fábrica situada em Wes-seling, próximo de Colônia, RFA,Degussa AG instalou uma unida-de de ácido sulfúrico por contatopelo processo de dupla absorção.

O efluente ácido provenienteda fabricação de metacrilato demetila, que contém, não só ácidosulfúrico e sulfato de amônio,mas também impurezas orgâni-cas, é aqui craqueado, purificadoe reconvertido a ácido sulfúrico.

Em adição, são queimadas assubstâncias orgânicas combustí-

CORPO TÉCNICO DEDEGUSSA AG.

R.FA

veis altamente voláteis, da fábricade produção de metacrilato demetila, e deixam escapar gases elíquidos ou produtos residuaisgasosos que contêm enxofre pro-veniente da produção de mercáp-tan e metionina.

A velha instalação previamenteusada para esse fim datava de1963, e agora foi posta fora deação.

O emprego de um processo dedupla absorção na nova instala-

ção capacitou o contato comple-to de grande interêsse.

Isto reduz o teor de 502 do gásexausto, ajudado pela purifica-ção com peróxido de hidrogênio.

Os ácidos dilUídos que ocor-rem no gás de purificação sãodesviados para a secção de ab-sorção da instalação como .dilu-entes, de modo que não possamconstituir uma carga para o am-biente. {!

Outubro de 1982- 315

A nova fábrica de ácido sulfúrico por contato, nas instalações de Wesseling, da Degussa.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 27

ENERGIA

Energia elétrica no BrasilPredominância da energia de origem hidráulica

A produção bruta de energiaelétrica em 1981 totalizou140 588 GWh, sendo 91,6% deorigem hidráulica, equivalente a757 000 barris7dia de petróleo.

O consumo nacional atingiu124 393 GWh e o consumo percapita chegou a 1 011 kWh. Acapacidade geradora instaladapassou de 31. 735 MW para37 281 MW,com um incrementode 5 546 MW.

Deste acréscimo, 3 630 MWcorrespondem a novas unidadesinstaladas e 1 916 MW a umareavaliação da capacidade insta-lada dos autoprodutores.

Acham-se em fase de constru-ção, complemantação ou amplia-ção, centrais geradoras com umacapacidade total de 26 685 MW(incluída metade dâ capacidadegeradora de Itaipu), que repre-sentam 71,5% da atual capacida-de instalada no país.

A situação conjuntural da eco-nomia brasileira no exercício de1981 refletiu-se no Setor de Ener-gia Elétrica, acarretando uma ta-xa de crescimento do consumode 3,2%, enquanto que, nos últi-mos dez anos, a taxa média anualfoi de 11,2%.

A região Sudeste, com cresci-mento de apenas 1,7%,foi a maisafetada. Nessa região, o consumoindustrial foi 1,1% inferior ao doano anterior; consequentemente,o crescimento do consumo in-dustrial do país, positivo nas de-mais regiões, alcançou somente0,3%.

Esta situação, aliada à condi-ção de um período de hidraulici-dade bastante favorável, propi-ciou o aparecimento de exceden-te de capacidade produtora deenergia elétrica.

Com o objetivo de adequar estenovo quadro e procurando elevar

28

o consumo de energia elétrica, oGoverno Federal, através de le-gislação específica, estabeleceucondições especiais de venda deenergia elétrica, especialmentepara substituição de derivados depetróleo, bem como para seu usomais intensivo nas atividadesagrícolas e na produção de bense equipamentos destinados a ex-portação.

A remuneração média dos in-vestimentos das concessionáriasde energia elétrica, em 1981, si-tou-se em 7,4% apesar da redu-ção da taxa de crescimento doconsumo em decorrência de au-mentos tarifários da ordem de11,% em termos reais.

Conforme decisão do GovernoBrasileiro, será dada continuida-de à política de aumentos tarifá-rios reais; assim, em 1982, astarifas de energia elétrica terãoum aumento mínimo de 3% acimado índice Nacional de Preços aoConsumidor (INPC)e, a partir de1983, este aumento mínimo seráde 5% sobre o mesmo índice.

Em decorrência da situaçãoeconômica do país em 1981e dasperspectivas para os próximosanos, a ELETROBRÁS teve deproceder auma reformulaçãodos programas de expansão dosetor de energia elétrica. Nestesentido, a ELETROBRÁS,com aparticipação de outros órgãos doGoverno, elaborou o "Plano deSuprimento aos Requisitos deEnergia Elétrica até o ano 2000"(Plano 2000), onde são estabele-cidos os novos programas deobras hidrelétricas, termelétricasa carvão e nuclelétricas, assimcomo os principais sistemas detransmissão, compatíveis com asprevisões mais recentes do mer-cado de energia elétrica.

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL

DO RELATÓRIODA ELETROBRÁS, DE 1981

No programa de obras em an-damento, cabe destacar, em1981, a efetivação da interligaçãoelétrica Norte-Nordeste, atravésde uma linha de transmissão alonga distãncia, em 500/230 kV,cobrindo 1 774 km, desde a hi-drelétrica de Sobradinho, no rioSão Francisco (Bahia), passandopor Imperatriz (Maranhão), Tu-curuí (Pará) e chegando a Belémdo Pará.

A economia de combustíveisproporcionada por esta interliga-ção está estimada em 8 000 barrisde derivados de petóleo por dia, oque corresponde a uma econo-mia de divinas equivalentes aUS$ 8 milhões mensais.

Merece ser consignado, igual-mente, o desvio do rio Tocantins,fato primordial no desenvol-vimento das obras da usina hidre-létrica de Tucu ruí, que vêm sendorealizadas dentro do programa.

Convém ressaltar, também,.que o cronograma de obras da \

usina hidrelétrica de Itaipu, que oBrasilconstroi em conjunto como Paraguai, vem sendo rigorosa-mente cumprido.

Ptosseguindo .as negociaçõesiniciadas em 1980, com vistas àtransferência, para o Estado deSão Paulo, do subsistema LlGTH-São Paulo, foi assinado, no dia 26de março de 1981, convênio entreo Estado de são Paulo e a ELE-TROPAULO - Eletricidade deSão Paulo S.A. e a LlGTH,com ainterveniência do Ministério dasMinas e Energia, da EI-ETRO-BRÁS e do Departamento Nacio-nal de Águas e Energia Elétrica-DNAEE,transferindo, por venda,o subsistema paulista da LlGTHpara a ELETROPAULO,conces-sionária de energia elétrica cria-

IDda pelo Estado de São Paulo.

Outubro de 1982 - 316

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CAT ALISADORES

A Katalistiks dos EUA

Constituiu-se nos EUA recente-mente a Katalistiks USA, de queparticipam a EKA, deBohus, Sué-cia, Catalyst Recovery Inc., de Bal-timore, Maryland, e China ClaysLtd., da Inglaterra.

A firma recém-criada planejouconstruir uma fábrica em Sa-

vannah, Georgia, que tenha capaci-dade produtora de 50 000 t/ano decatalisadores para craqueamento

fluido, estabelecimento que deveter começado a ser construído em

março último e deverá funcionar a

partir de meados de 1983. *

ETILENO

Obtido a partir d~ meta na em processo do HRI

Foi estudado e desenvolvido peloHydrocarbon Research Institute,da University of Southern Califor-nia, EUA, um processo pelo qual seproduz etileno a partir de metana,de modo econômico, e que temcondições de ser utilizado indus-trialmente.

Ele emprega metana como maté-ria prima fundamental, combinada

com cloro, Obtem-se etileno comoprincipal produto.

Consegue-se também cloreto dehidrogênio, que é transformadoem cloro, para ser reciclado no sis-tema.

A registrar ainda assinatura, nodia 27 de março de 1981, deProtocolo entre a ELETROBRÁSe a NUCLEBRÁS - Empresas.Nucleares Brasileiras SA trans-ferindo à NUCLEBRÁS Constru-tora de Centrais Nucleares SA-NUCON a responsabilidade pelaconstrução das Unidades IIe 111daCentral Nuclear Almirante ÁlvaroAlberto, anteriormente a cargo deFURNAS - Centrais ElétricasSA e regulando as condiçõestécnicas e financeiras dessatransferência.

ELETROBRÁS Centrais Elétri-cas Brasileiras SA tem as se-guintes Controladas e Coligadas.

ControladasFURNAS - Centrais ElétricasSACHESF - Companhia Hidro Elé-trica do São FranciscoELETROSUL - Centrais Elétri-cas do Sul do Brasil SA

Outubro de 1982- 317

ELETRONOR - Centrais Elétri-cas do Norte do Brasil SALlGHT - Serviços de EletricidadeSAESCELSA - Espírito Santo Cen-trais Elétricas SA

COLIGADASCESP - Companhia Energéticade São PauloCEMIG Centrais Elétricas de Mi-nas Gerais SACPFL - Companhia Paulista deForça e LuzCERJ Companhia de Eletrici<;iadedo Estado do Rio de JaneiroITAIPU BINACIONAL

Nota da RedaçãoGWh = (Gigawatts-hora) 1 milmilhões = 109

MW = (Megawatts) 1 milhão= 106

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

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29

BIOMASSA LIGNOCELULÓSICA

Processo para fracioná-Ia emcelulose, pentose e lignina

Os vegetais, embora venhamsendo destruí dos há séculos emmuitas partes do mundo, aindaconstituem grandes reservas dematérias-primas.

Com os processos de refloresta-mento que se estão empregando,vastas extensões de terra, agorasem o revestimento florístico (daflora), podem ser utilizadas paraculturas de plantas.

De outra parte, inúmeras planta-ções existentes em atividade deprodução, para alimentos e maté-rias-primas, dão resíduos vegetaisde grande utilidade. Assim, é pos-sível dispor de abundante biomas-sa lignocelulósica.

Recentemente se estudou na Eu-

ropa um processo econômico, depouca necessidade de capital e debaixo consumo de energia, tudoisso de modo relativo, para fracio-nar a lignocelulose em seus princi-pais constituintes, a saber, celulose,pentose e lignina.

Foi o grupo Battelle, que estásituado em Genebra, Suíça, quedesenvolveu este processo. Espera-se que ele seja experimentado emfábrica-piloto, a fim de estabelece-rem suas características e se condu-zi-Io em escala industrial.

As partes concernentes às rea-cões químicas e aos equipamentos

A MonsantQ anunciou há algumtempo que começou a fúncionarcom êxito o primeiro sistema naEuropá de recuperação de hidro-gênio que empFega a tecnologia damembrana de fibra oca da com-

panhia.

A unid~de de separação, quecustou 1,5 milhão de marcos ale-mães, utiliza separadores Prism pa-ra recuperar hidrogênio de gasesdestinados a purificação, proveni-entes de uma fábrica de amoníaco

30

foram estudadas e se encontram

praticamente resolvidas.Assim, o fracionamento da bio-

massa se efetua pelo emprego deum solvente para a lignina, o qualse compõe essencialmente de águae fenol, contendo pequenos teoresde outras substâncias.

O rendimento dos produtos con-seguidos depende do material queconstitui a matéria prima, isto é, oponto de partida da fabricação.

A característica do processo éobter maior rendimento dos pro-dutos fracionados, em comparaçãocom os processo.s usuais de obten-ção de celulose.

São da ordem de 90% a 95% osrendimentos de celulose e pentose.

Os tratamentos feitos não exi-gem equipamento dispendioso.Empregam-se aparelhos comuns,como os empregados para diges-tão do material e recuperação doIsolvente.

No processo foram evitadas ins-talações dispendiosas para evapo-ração de componentes em estadolíquido, bem como para recupera-ção de produtos químicos usadosno processo.

Igualmente não se cogita de rea-provei tal' energia, por que é muitobaixo o seu consumo, não sendo ocaso de recuperação,

Não há evaporação no sistema defracionamento. A lignina é obtidadissolvida na fase orgânica.

Usando-se resíduo lignocelulósi-co, como bagaço de cana ou palharesultante de explotações agrícolas,obtem-se celulose de qualidade in-ferior que diretamente pode serhidrolisada, dando glicose, que temvalor comercial.

Empregando-se como ponto departida um material celulósico dealta qualidade, resulta uma celulo-se de boa qualidade.

Este material poderá empregar-se como celulose química nas in-dústrias de rayon, "Cellophane",nitrocelulose, hidroxicelulose e de-rivados solúveis em água.

A pentose conseguida como fra-ção no processo constitui ponto departida para determinados produ-tos químicos, como furfural, umaindústria que é, todavia, depen-dente de haver consumo garantido.

Poderá ser a pentose valiosa ma-téria prima para a indústria deproteína de célula simples, que háanos existe e opera com outrasmatérias primas, como melaço emetanol.

A fração lignina encontrará em-prego como carga em resinas fenó-licas. Também poderá representarmatéria prima para a obtenção deprodutos químicos, como fenol.

A questão de ser construída umafábrica-piloto para ensaiar o pro-cesso será levada à solução maistarde. Espera-se que os possíveisinteressados se manifestem e de-

mostrem desejo em financiamentoou em utilizar o processo. *

HIDROGÊNIO

Recuperação pelo sistema dos separadores Prism

operada pela Erdõlchemie em Dor-magen, R.F. da Alemanha.

Prefabricada no Reino Unido,esta unidade é a sexta do sistemaPrism a entrar em funcionamento.

Informou Monsanto, no começodo ano, que havia mais 8 unidades

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

de separação para próxima en-trega.

A instalação e entrada em funcio-namento da unidade de Dormagenocorreram em 14 dias. Desde ainstalação, a unidade funciona con-tinuamente em condiçõesade-quadas. *

Outubro de 1982 - 318

Ind. Quím. Brasil

(Continuação da pág. 8)

Logo após a definição dos ensaiosde laboratório, o Departamento deOperações da Dow elaborou um es-quema inicial de como poderia ser oprocesso para produção industrialde Tufordon*. Desse esquema, par-tiu-se para um projeto detalhado emmaquete e compra de equipamentos.

Segundo Jacob Schmerling, Ge-rente do Complexo Industrial deFranco da Rocha, "houve uma preo-cupação muito grande em se utilizarao máximo equipamentos de fabrica-ção nacional. Foram importados ape-nas alguns instrumentos de labora-tório, por não termos encontradosimilares no mercado brasileiro. O ín-dice de nacionalização da fábrica ésuperior a 90%", revelou ele.

A montagem e instalação da unida-de produtiva de Tufordon* foramexecutadas em apenas oito semanas."O esforço conjugado de todos osenvolvidos diretamente entre o de-senvolvimento do produto e sua co-locação no mercado permitiu umaantecipação de dois meses no prazoprevisto. Pode-se considerar essefeito um recorde", afirmou Schmer-ling.

O processo de fabricação de fIowa-bles é um sistema de moagem contí-nua. A empresa produz fIowables emapenas três outros lugares, Inglater-ra, Itália e Austrália; porém totalmen-te diferentes, sendo o Tufordon* oúnico herbicida. Este combina doisprincípios ativos numa apresentaçãodesenvolvida especialmente para ascondições brasileiras, sem similar,com know-how próprio.

BASF Química da Bahia

Lairton Cruz assumiu a GerênciaGeral da BASF Química da Bahia,instalada no Polo Petroquímico deCamaçari, produtora de metilaminase derivados.

Lairton iniciou suas atividades noGrupo BASF em 1975, ocupando aGerência da Isonor, Indústrias dePlásticos no Recife, passando depoisa responder pela Gerência da Isopor,em São Paulo.

A BASF Química da Bahia iniciousuas operações em 1981, e contahoje' com 148 funcionários. Sua pro-dução é destinada principalmente àsindústrias de fibras acrílicas, coran-

Outubro de 1982 - 319

tes, defensivos agrícolas, solventes eaditivos para rações animais.

Expansão prevista pelaRhodia nos próximos dez anos

Dentro de 10 anos, a Rhodia pre-tende abastecer, com seus produtos,toda a América Latina, revelou no dia22 de setembro último o diretor deexportação e importação, Jean Mar-tin Sigrist. A empresa tem programaaprovado junto à Cacex para atuarnesse mercado.

Este ano venderá cerca de 9 mi-lhões de dólares para alguns paísesdo Continente.

A médio prazo, a Rhodia pretendeque suas exportações para aAméricaLatina representem 20% a 25% deseu faturamento. Suas exportaçõesglobais, em 1982, atingirão 47 mi-lhões de dólares. Suas importaçõesse situarão em 29 milhões de dólares.

Seu faturamento este ano será de800 milhões de dólares (sem contar oICM - Imposto sobre Circulação deMercadoria), contra 780 milhões dedólares registrados em 1981.

Os investimentos da Rhodia em1982, segundo o diretor-presidente,Paulo Reis de Magalhães, atingem 90milhões de dólares. Serão aplicadosna fabricação de metionina, na fábri-ca de Camaçari, Bahia. O produtoatualmente é importado, para ser adi-cionado à ração animal.

A fábrica da Poliolefinas noPólo Petroquímico de Triunfo, RS

A implantação da Fábrica de Triun-fo, no Pólo Petroquímico do RioGrande do Sul, proseguiu dentro docronograma, tendo-se alcançado, nadata de encerramento do exercício(30.6.1982), 90% da montagem ele-tro-mecânica e um avanço global doempreendimento de 93%.

O desembolso total; até a referidadata, atingiu US$102 323000,00 cor-respondendo US$ 59 123 000,00 àexecução de serviços e US$...43 200 000,00 à compra de materiais,sendo que, destes últimos 69%foramadquiridos no mercado nacional.

Conforme programado, a monta-gem da Unidade Autoclave estavaconcluída até o final de julho docorrente ano e a da Unidade Tubularem agosto, seguindo-se os trabalhosde pré-operação, podendo assim afábrica entrar em operação tão logohaja disponibilidade de etileno, oque está previsto para este mês deoutubro.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

Na área de recursos humanos pre-valeceu a preocupação em treinar opessóal que irá operar a nova fábrica,na sua quase totalidade já contrata-do, acompanhando a fase final demontagem e executando os traba-lhos de pré-operação.

Também os planos de benefíciosao pessoal da empresa, de treina-mento, segurança e o aperfeiçoa-mento da organização administrativamereceram atenção, encontrando-seem andamento diversos programasnesse sentido.

O capital social da companhiaaumentou, du.rante o período-, deCr$ 1 053873 000,00 para Cr$...3500000000,00, mediante a incor-poração de lucros e reservas de ca-pital.

A companhia detem 99,99% do ca-pital social das seguintes empresascontroladas: Colorthene Indústria eComércio Ltda., Plastintas S.A., Poli-dina Indústria e Comércio Ltda. Du-rante o exercício foram investidasnessas empresas as importâncias de:Cr$ 130400000,00 na Polidina In-dústria e Comércio Ltda., Cr$...108618000,00 na Plastintas S.A. eCr$ 7 000 000,00 na Colorthene In-dústria e Comércio Ltda.

As controladas Colorthene, Plas-tintas, POlidina e sua controlada NPUressentiram-se das condições domercado, tendo apenas a Colorthenee a Polidina apresentado resultadospositivos no exercício. .

Novas indústrias a ser instaladasno Distrito Luíz Cavalcanti,

Tabuleiro do Martins,imediações de Maceió

No período de janeiro de 1981 ajunho deste ano, a Companhia deDesenvolvimento de Alagoas - CO-DEAL - órgão vinculado à Secreta-ria da Indústria e do Comércio, con-seguiu implantar quinze novas in-dústrias no Distrito Luiz Cavalcanti,Tabuleiro do Martins.

Entre as quinze indústrias mencio-nadas, há as seguintes do ramo quí-mico:

1. Fertiliza, empresa misturadorade adubos e industrializadora de in-sumos agrícolas.

2. Artspuma, espuma de' resinassintéticas, colchões e travesseiros.

3. Proquim, sociedade de produ-tos químicos.

4. Argal, firma fabricante de pro-dutos químicos para fins industriais.

f 1NS 11íi)l ~ '~t QuIMIt;J\3:, BiBLIOTECA

Univ~rsidad€ f 00",1' ~o Rio d&Janeiro"." .'

Ferritas Magnéticas S.A. com sedena zona de Itabira, MG.

A FERMAG- Ferritas MagnéticasS.A., subsidiária da Companhia Valedo Rio Doce, e que teve concedida aautorização para abertura do seuprocesso de privatização, com sedena região de Itabira, é a principalprodutra de óxidos nobres do Esta-do, tendo alcançado no ano passadoum total aproximado de 15000 tone-ladas de óxidos com base de ferritas,destinados às indústrias de ferro-li-'gas e produtoras de aparelhos ele-troeletrônicos.

Ela foi implantada em 1977 e du-rante dois anos consecutivos mos-trou resultados negativos. A partir de1980, quando a Vale do Rio Doceampliou sua participação na empre-sa, de menos de.50% para 65%, é in-crementado um programa de melho-ria das linhas de produção, recicla-gem do layout da fábrica e ampliaçãoda manutenção preventiva de todosos equipamentos. Foi então que co-meçou a apresentar os primeiros re-sultados positivos, que podem sercomprovados com o aumento de22,6% em seus lucros, em relação aoano de 1979.

A FERMAGfoi uma empresa que,depois de estatizada, começou a darlucros. Além da CVRD,o grupo Ter-rox, da Alemanha Federal, tem parti-cipação acioná ria na empresa. Hoje,cerca de 65°k de sua produção sedestinam aos EUA,Argentina e Itália,sendo que há possibilidade de dupli-car sua produção.

A ferrita magnética é um materialcerâmico com base em óxido deferro, em conjunção com adições deoutros eleme-ntos, como o bário, ní-quel, cobalto, zinco, manganês e ou-tros. Preparada, a ferrita tem umgrande campo de propriedades mag-néticas e elétricas. Sua aplicação naindústria teve início nos anos 50,crescendo a partir de 1960, estandohoje a tecnologia de sua fabricaçãobastante avançada.

Apesar das negociações para aprivatização da FERMAG,a Compa-nhia Vale do Rio Doce deverá manter,ainda que minoritariamente, umaparticipação na empresa.

Oxy Metal adquira asaçóes da Sunbeam

A Oxy Metallndustries Brasil S.A.,do Grupo Vulcan Material Plástico

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S.A., adquiriu a totalidade das açõesda Sunbeam do Brasil Anti-Corrosi-vos S.A.

A Biogás, de MontesClaros, MG

A Bioquímica do Brasil S.A., deMontes Claros, MG, teve prejuízo lí-quido de Cr$ 152 milhões no primei-ro semestre, 6% menos. A receitacresceu 82% e o prejuízo operacio-nal 21%.

','A nova fábrica da Orionem São José dos Campos

Localizada na região industrial deSão José dos Campos, SP, a novaunidade industrial da Orion S.A. jáiniciou suas atividades com a produ-ção parcial das caixas de bateriasautomotivas e parte do setor de in-vestimentos.

A nova instalação industrial deve-rá, quando concluída dentro de apro-ximadamente dois anos, abrigar to-dos os setores da maior indústria deartefatos de borracha (transforma-ção) da América Latina, excluídospneus e solados.

Terminadas as obras civis, serão,ao todo, 65 000 metros quadradosdestinados somente ao setor indus-trial, e que chegarão aos 86 000 me-tro~ quadrados se somados ao espa-ço reservado à àrea administrativa.

Com cerca de 250 funcionários tra-balhando atualmente no local, a uni-dade de São José dos Campos daOrion já conta com refeitório ondesão servidas mais de 4 600 refeições/mês, campo de futebol, quadra poli-esportiva e condução.

Em cerca de 24000 metros quadra-dos estão plantadas aproximada-mente 1 000 seringueiras de produti-vidade e mais um jardim clonal ondeexperiências de enxerto estão em an-damento.

Outra área, de tamanho equivalen-te, foi destinada inteiramente à reser-va ecológica, e b complexo sistemade tratamento de águas e esgotos.Com dois tanques/depósitos, estáem funcionamento um sistema de re-cuperação da água pelo método ana-eróbio e aeróbio, seguido de um pe-queno lago, onde serão criados pei-xes, para atestar frequentemente aqualidade da água tratada, que emseguida será conduzida a um córre-go próximo.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

O sistema garante abastecimentopara 2500 trabalhadores, dez vezes oquadro atual da nova fábrica.

Outra das preocupações da Orionna nova fábrica foi a prevenção deincêndios. Um reservatório capaz dearmazenar cerca de 1,4 milhão delitros de água, destina 200 m3 paracombate a eventuais princípios de in-cêndio.

Fábrica de Tintas e Revestimentosda Brascoat foi inaugurada

A Brascoat, Tintas e Revestimen-,tos S.A., inaugurou no dia 28 deagosto, na Estrada do Rio do Pau,1100 - Anchieta, RJ, sua fábrica deprodutos empregados em sistemasde proteção anticorrosiva. Sua pro-dução será então multiplicada porseis e, assim, poderá já fabricar300 000 litros/mês.

Os produtos da Brascoat- empre-sa que recebe tecnologia, assistên-cia técnica e o direito do uso exclusi-vo no Brasil da marca Sigma Coa-tings, empresa holandesa que é doGrupo Petrofina (belga) - são em-pregados na indústria naval, emgrandes estruturas, em comportas ejusantes de hidroelétricas, no inte-rior de tanques e canalizações de lí-quidos e gases.

O diretor-presidente da Brascoat,Walter Escobar Silva, disse que emapenas dois anos de existência noBrasil a empresa teve de partir paraum grande aumento devido à aceita-ção de seus sistemas anticorrosiv()sque são de suma importância namanutenção de grandes equipa-mentos.

Entre as novidades produzidas pe-la Brascoat está uma tinta selfpolis-hing, utilizada em fundos de navios eque, por produzir alto polimento, fa-vorece o deslocamento de navioscom grande economia de combus-tível.

Além disto, esta tinta tem garantiade 36 meses, ao invés dos comuns12.

A Sigma Coatings é uma das duasúnicas empresas do mundo possui-dora desta tecnologia.

No dia da inauguração, no LeBuffet, a direção da Brascoat e maisPaul D'Smet, presidente, e PieterSchoen, diretor comercial da SigmaCoatings da Holanda, recepciona-ram convidados para o coquetel ofi-cial de inauguração.

Outubrode 1982- 320