A prática educacional do pedagogo

20
A PRÁTICA EDUCACIONAL DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS FORMAIS E NÃO-FORMAIS Nathália Ferreira - http://amigadapedagogia.blogspot.com/

Transcript of A prática educacional do pedagogo

Page 1: A prática educacional do pedagogo

A PRÁTICA

EDUCACIONAL DO

PEDAGOGO EM

ESPAÇOS FORMAIS E

NÃO-FORMAIS

Nathália Ferreira - http://amigadapedagogia.blogspot.com/

Page 2: A prática educacional do pedagogo

Ser Pedagogo não é apenas ser Professora, Mestre, Tia, Coordenadora, Supervisora, Orientadora, Dona

de escola. É mais do que issoÉ ser Responsável.

Ser Pedagogo é ter coragem de enfrentar uma sociedade deturpada, equivocada sem valores

morais nem princípios.Ser Pedagogo é ser valente, pois sabemos das dificuldades que temos em nossa profissão em

nosso dia a dia.Ser Pedagogo é saber conhecer seu caminho, sua

meta, e saber atingir seus objetivos.Ser Pedagogo é saber lidar com o diferente, sem preconceitos, sem distinção de cor, raça, sexo ou

religião.Ser Pedagogo é ter uma responsabilidade muito

grandenas mãos.

Talvez até mesmo o futuro...Nas mãos de um Pedagogo concentra- se o futuro de

muitos médicos, dentistas, farmacêuticos, engenheiros, advogados, jornalistas, publicitários ou

qualquer outra profissão...Ser Pedagogo é ser responsável pela vida, pelo

caminho de cada um destes profissionais que hoje na faculdade e na sociedade nem se quer lembram que um dia passaram pelas mãos de um Pedagogo.

Ser Pedagogo é ser mais que profissional, é ser alguém que acredita na sociedade, no mundo, na

vida.

Ser Pedagogo não é fácil, requer dedicação, confiança e perseverança. Hoje em dia ser Pedagogo

em uma sociedade tão competitiva e consumistanão torna-se uma profissão muito atraente, e

realmente não é. Pois os valores, as crenças, os princípios, os desejos

estão aquém do intelecto humano.Hoje a sociedade globalizada está muito voltada

para a vida materialista.As pessoas perderam- se no caminho da dignidade e

optaram pelo atalho da competitividade, é triste pensar assim, muito triste

pois este é o mundo dos nossos filhoscrianças que irão crescer e tornar- se adultos.

Adultos em um mundo muito poluído de idéias e sentimentos sem razão.

Adultos que não sabem o que realmente sãoAlienados, com interesses voltados apenas pelo Ter

e não pelo Ser.Ser Pedagogo é ter a missão de mudar não uma

Educação retorcida, mas ser capaz de transformar a sociedade que ainda está por vir.

Pode ser ideologia pensar assim, mas como Pedagogos temos a capacidade de plantar hoje

nesta sociedade tão carente de valores, sementes que um dia irão florescer.

E quem sabe essa mesma sociedade que hoje é tão infértil possa colher os frutos que só a Pedagogia

pode dar.

Vanessa B. de Carvalho, 2007.

Ser Pedagogo

Page 3: A prática educacional do pedagogo

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

A sociedade atual dita grandes transformações

que exigem mudanças nas formas de organização

da produção, do trabalho e nas relações

profissionais;

Nesse contexto de mudanças, que tem afetado

a todos os trabalhadores, inclusive o pedagogo,

nota-se que essa área vem sofrendo grandes

impactos de medidas governamentais, resultantes

da legislação federal aprovada a partir da década

de 1990 São elas...São elas...

Page 4: A prática educacional do pedagogo

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Profissionais do Magistério

DECRETOS Nº

3.276/99 e nº

3.554/2000

FUNDEF (Lei Nº

9.424/96)

LDB

(Lei Nº 9.394/9

6)

RESOLUÇÕES CNE/CP nº 01/2002 e CNE/CP nº 01/2006

Medidas governamentais

Page 5: A prática educacional do pedagogo

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Kuenzer (1999, p. 182) alerta para problemas na

concepção de professor que vem se desenhando

a partir de um quadro no qual:

...“qualquer um pode ser professor, desde que domine meia dúzia de técnicas pedagógicas”;...“qualquer um pode ser professor, desde que domine meia dúzia de técnicas pedagógicas”;

...destruição da possibilidade de construção de um professor qualificado para atender às novas demandas, o que justifica baixos salários, condições precárias de trabalho e ausência de políticas de formação continuada articuladas;

...destruição da possibilidade de construção de um professor qualificado para atender às novas demandas, o que justifica baixos salários, condições precárias de trabalho e ausência de políticas de formação continuada articuladas;

... as atuais políticas de formação apontam para a construção da identidade de um professor sobrante.

... as atuais políticas de formação apontam para a construção da identidade de um professor sobrante.

Page 6: A prática educacional do pedagogo

FUNÇÃO DO

PEDAGOGO

FUNÇÃO DO

PEDAGOGO

Page 7: A prática educacional do pedagogo

FUNÇÃO DO PEDAGOGO

FUNÇÃO DO PEDAGOGO

Predomínio da função de professor: o elevado

percentual de pedagogos que trabalham como

professores reafirma a perspectiva das Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia

(Parecer CNE/CP nº 05/2005), quando determinam que:

O Curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação profissional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos.

O Curso de Licenciatura em Pedagogia destina-se à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação profissional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos.

Page 8: A prática educacional do pedagogo

PROBLEMAS NA FUNÇÃO DO PEDAGOGO

PROBLEMAS NA FUNÇÃO DO PEDAGOGO

Um ponto real e que é conhecido de todos:

desvalorização, principalmente dos que atuam nos anos

iniciais da educação básica;

Gatti (1997, p.59), comenta que essa condição

desprestigiada dever-se a vários fatores entre eles:

“ as condições de formação oferecidas pelos

cursos em si, as condições em que seu

exercício se dá e pelas condições salariais”.

“ as condições de formação oferecidas pelos

cursos em si, as condições em que seu

exercício se dá e pelas condições salariais”.

REMUNERAÇÃO

Page 9: A prática educacional do pedagogo

PROBLEMAS NA FUNÇÃO DO PEDAGOGO

PROBLEMAS NA FUNÇÃO DO PEDAGOGO

“Em contrapartida, os discursos sobre a

valorização do magistério têm aumentado

nos últimos tempos, sobretudo no decorrer

das décadas de 80 e 90; esta última,

inclusive, instituída como ‘década da

educação’ na Conferência Mundial de

Educação para Todos (Jontiem, 1990). Esta

preocupação tem se manifestado na

retórica governista, mas infelizmente a falta

de políticas que resultem em mudanças

significativas persiste até os dias atuais.

“Em contrapartida, os discursos sobre a

valorização do magistério têm aumentado

nos últimos tempos, sobretudo no decorrer

das décadas de 80 e 90; esta última,

inclusive, instituída como ‘década da

educação’ na Conferência Mundial de

Educação para Todos (Jontiem, 1990). Esta

preocupação tem se manifestado na

retórica governista, mas infelizmente a falta

de políticas que resultem em mudanças

significativas persiste até os dias atuais.

Page 10: A prática educacional do pedagogo

PROBLEMAS NA IDENTIDADE DO PEDAGOGO

PROBLEMAS NA IDENTIDADE DO PEDAGOGO

Em especial na situação do professor: a crise de

identidade profissional está associada a uma política de

desvalorização que o considera como um mero técnico

reprodutor de conhecimentos, um profissional

desqualificado, um “semiprofissional” (Sarmento, 1994,

p. 39);

IDENTIDADE

Page 11: A prática educacional do pedagogo

PROBLEMAS NA IDENTIDADE DO PEDAGOGO

PROBLEMAS NA IDENTIDADE DO PEDAGOGO

IDENTIDADE

“A crescente desprofissionalização do docente

pode ser interpretada também como

conseqüência dos baixos salários, articulados

ao déficit de professores, em algumas regiões,

facilitando o ingresso de profissionais de

outras áreas para exercer a docência (Pinto,

1998, p. 343).

“A crescente desprofissionalização do docente

pode ser interpretada também como

conseqüência dos baixos salários, articulados

ao déficit de professores, em algumas regiões,

facilitando o ingresso de profissionais de

outras áreas para exercer a docência (Pinto,

1998, p. 343).

Page 12: A prática educacional do pedagogo

PROBLEMAS NA IDENTIDADE DO PEDAGOGO

PROBLEMAS NA IDENTIDADE DO PEDAGOGO

Inexistência de um conselho federal e regional que se

empenhe em assegurar benefícios, espaços profissionais

e, principalmente, a regulamentação do exercício da

profissão por trabalhadores efetivamente habilitados,

como é o caso da OAB, Crea e ABO (Veiga, 2001, p.30).

OUTRO AGRAVANTE

Page 13: A prática educacional do pedagogo

IDENTIDADE DO PEDAGOGO

IDENTIDADE DO PEDAGOGO

Referente a função do Pedagogo definida pela

Comissão de Especialistas de Ensino de Pedagogia

(1999), é definido o seguinte perfil para o

pedagogo:Um profissional habilitado a atuar no ensino,

na organização e gestão de sistemas, unidade

e projetos educacionais e na produção e

difusão do conhecimento, em diversas áreas

da educação, tendo a docência como base

obrigatória de sua formação e identidade

profissionais.

Um profissional habilitado a atuar no ensino,

na organização e gestão de sistemas, unidade

e projetos educacionais e na produção e

difusão do conhecimento, em diversas áreas

da educação, tendo a docência como base

obrigatória de sua formação e identidade

profissionais.

Page 14: A prática educacional do pedagogo

IDENTIDADE DO PEDAGOGO

IDENTIDADE DO PEDAGOGO

Libâneo e Pimenta (2002), enfatizam a importância da

formação de profissionais de educação para atuar em

contextos escolares e não-escolares;

A diversidade de atuação demonstra novas

perspectivas para o campo de trabalho do pedagogo, já

que historicamente, era concebido apenas como

“professor” ou “técnico da educação”;

A concepção abrangente do exercício do pedagogo

abre portas para atuação em outras instituições,

incluindo empresas.

NOVASPERSPECTIVAS

Page 15: A prática educacional do pedagogo

ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NAS EMPRESAS

ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NAS EMPRESAS

Page 16: A prática educacional do pedagogo

ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NAS EMPRESAS

ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NAS EMPRESAS

Ampliação no debate acerca do reconhecimento da

importância da Pedagogia em diversos estágios não-

escolares, a partir de 1990;

A atuação como docentes ou especialistas da educação

(direção, supervisão, coordenação e orientação

educacional, entre outras atividades específicas da escola)

tem-se modificado ao longo do tempo, apontando espaços

que extrapolam os “muros das escolas” e das instituições

de ensino.

Page 17: A prática educacional do pedagogo

ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NAS EMPRESAS

ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NAS EMPRESAS

A função do pedagogo assume um caráter

multidisciplinar no contexto empresarial, exigindo a

racionalidade de múltiplos olhares sobre as situações

vivenciadas na intervenção pedagógica, identificando e

interpretando as diversas facetas que se apresentam no

seu cotidiano (Therrien, 2006).

Page 18: A prática educacional do pedagogo

ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NAS EMPRESAS

ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NAS EMPRESAS

A intervenção pedagógica no campo empresarial,

também implica em um profissional criativo, que saiba

planejar e elaborar projetos, com capacidades

para assessoria na administração

das empresas e principalmente,

para transmitir conhecimentos.

Page 19: A prática educacional do pedagogo

Na condição de profissional preparado prioritariamente para atuar no campo escolar, o pedagogo depare-se com muitos problemas inscritos na realidade do magistério, como salário reduzido, além de uma atuação ainda restrita e desvalorizada;

A função do pedagogo, nesse contexto, e mesmo em meio às discussões existentes revela, ainda, muitas contradições no que diz respeito a função educativa e o risco de um “enquadramento” na empresa capitalista.

CONSIDERAÇÕESCONSIDERAÇÕES

Page 20: A prática educacional do pedagogo

CAVALCANTE, Maria Dias; FERREIRA, Eveline

Andrade; CARNEIRO, Isabel Ma;gda Said Pierre. A

prática educacional do pedagogo em

espaços formais e não formais. Revista

Brasileira de Estudos Pedagógicos. mai/ago 2006.

v.87. nº 216. p. 188-196.

REFERÊNCIAREFERÊNCIA