A Prevenção de Drogas a Luz Da Ciência e Doutrina Espírita Rosa Maria Silvestre Santos

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    A PREVENO DE DROGAS LUZ DA CINCIA E DA DOUTRINA ESPRITA

    REFLEXES PARA JOVENS E EDUCADORESRosa Maria Silvestre Santos

    INTRODUOALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES

    1. Drogas Psicotrpicas2. Dependncia3. Tolerncia4. Escalada5. Sndrome de Abstinncia6. Overdose7. Drogas lcitas e ilcitas8. Uso e Abuso

    CLASSIFICAO DE DROGASALGUMAS DROGAS MAIS USADAS NO BRASIL1. lcool - Perguntas e Respostas sobre o lcool2. Tabaco3. Inalantes4. Medicamentos5. Maconha6. Cocana7. Crack8. Merla

    9. EcstasyA DROGA E O JOVEMA DROGA NO CONTEXTO FAMILIARA POLMICA SOBRE MACONHA X CIGARROPREVENO DE DROGA NA ESCOLAPREVENO DE DROGA NA FAMLIAPERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE DROGASRELATO DE UMA EXPERINCIASELEO DE TEXTOS DE LIVROS E MENSAGENSBIBLIOGRAFIAAUTORIA

    INTRODUO

    A humanidade trocou os valores de amor e verdade pela frivolidadee prazer imediato, ngelis (1994). Assistimos e lamentamos a difuso dedrogas alucingenas entre crianas, jovens e adultos. Constatamos queinfelizmente o xito das conquistas tecnolgicas no conseguiupreencher as lacunas da existncia humana. O homem moderno ficoudeslumbrado com a comodidade e o prazer, ficou acostumado s

    sensaes fortes dos sentidos e tem dificuldade de voltar-se para dentrode si e encontrar a plenitude ntima e a realizao transcendente.

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    Afirma o psiquiatra Andr Gaiarsa, no livro Famlia e Espiritismo,(Carvalho, 1994): "a droga a sada dos que no tem sada", como se,num quarto fechado, a pessoa pintasse uma paisagem e fingisse seruma janela. A iluso da droga assim, finge que est tudo maravilhoso.

    O uso de drogas pode ser um fato passageiro na vida dos jovens e,muitas vezes, no vai alm da experimentao porque percebe que adroga no tem muito a ver consigo mesmo, opta por outras formas de seobter prazer na vida.

    Em outros casos, o consumo de drogas tende a se intensificar,levando o adolescente a desenvolver uma forte dependncia do produto.Quando isso acontece, revela-se pessoa insatisfeita consigo mesma,com a vida em geral, com as relaes familiares e sociais. A droga entrana vida do jovem como uma possibilidade de fuga das dificuldades

    internas e objetivas, o que far com que consuma cada vez mais. Noentanto, o uso de droga causa uma satisfao ilusria e passageira, poiso prazer que a droga oferece (depois de alguns anos) tende adesaparecer, dando lugar a sensaes desprazerosas e,conseqentemente, ao sofrimento. O jovem ento a utilizar no porcausa do prazer, mas porque precisa evitar o desprazer de ficar sem ela.Deixa de ser um usurio recreativo e intensifica seu vnculo dedependncia.O usurio recreativo, por sua vez, pode parar de consumir, desde quepasse por uma abordagem construtiva (uma interveno familiar e/ou

    profissional) que lhe mostre os perigos da tolerncia e dependncia epermita-lhe investigar o que est por "trs" desta forma de obter prazer,tendo em vista sua dimenso espiritual (qual sua tarefa nestaencarnao, para que veio aqui?) e suas carncias afetivas.

    ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES

    1- Drogas Psicotrpicas

    Drogas psicotrpicas so substncias que, quando administradas noorganismo, provocam alteraes no funcionamento do Sistema NervosoCentral (SNC) e levam a uma modificao no estado psquico e fsico doindivduo.

    2- DependnciaA dependncia, antes diferenciada em fsica e psquica, foi

    recentemente includa pela Organizao Mundial de Sade (OMS) dentrode um contexto maior, isto , no apenas a quantidade e freqncia douso que pode determin-la, mas se o seu consumo levar a pelo menostrs dos seguintes sintomas ou sinais ao longo dos ltimos doze meses:

    * forte desejo ou compulso de consumi-las;

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    * conscincia subjetiva de dificuldade na capacidade de controlar aingesto delas;* uso de substncias psicoativas para atenuar sintomas deabstinncia, tendo conscincia da efetividade desta estratgia;

    * estado fisiolgico de abstinncia;* evidncia de tolerncia, usando doses crescentes da substnciarequerida para alcanar os efeitos originalmente produzidos;* estreitamento do repertrio pessoal de consumo, passando, porexemplo, a consumir em ambientes no propcios, a qualquer hora,etc.;* negligncia progressiva de prazeres e interesses em favor dasdrogas;* persistncia do uso, a despeito de clara evidncia de manifestaesdanosas;

    * evidncias de que o retorno ao uso da substncia, aps um perodode abstinncia, leva a uma reinstalao do quadro anterior. (Carlini,1990, p.3)Dependncia, de modo geral, este impulso que leva a pessoa a usar

    uma droga periodicamente ou constantemente, em resumo, significa afalta de controle do consumo.

    3- TolernciaTolerncia o resultado de um processo de adaptao biolgica

    droga, de tal forma que, para se obter aqueles efeitos iniciais esperados,

    o indivduo tem que consumir quantidades cada vez maiores.4- EscaladaA escalada, como o prprio termo indica, refere-se a um aumento no

    consumo de drogas. Pode ocorrer de duas maneiras:* pela passagem de um consumo ocasional para um consumo maisintenso (toxicomanaco), em funo da tolerncia desenvolvida;* [CMA1][CMA2][CMA3]pela passagem de uma droga "leve" paraoutra considerada mais "pesada", em funo da natureza dos efeitosprocurados.5- Sndrome de AbstinnciaSndrome de Abstinncia um quadro de alteraes fsicas,

    ocasionadas pela falta da droga no organismo. Estas alteraes variamde acordo com o tipo de droga, com a freqncia do uso, com aquantidade utilizada e com o estado fsico do usurio. Por exemplo, oalcoolista, quando privado do lcool, apresentar um quadro de sndromecom tremores e sudoreses, nuseas e vmitos, podendo chegar, emcasos mais graves at a delirium tremuns, coma ou morte.

    6- OverdoseO termo overdose significa superdose ou dose excessiva de droga

    capaz de provocar falncia dos rgos vitais, e at mesmo a morte doindivduo. O usurio perde o controle das doses em busca de maiores

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    efeitos e pode morrer acidentalmente. Geralmente est consciente dorisco que corre. Caso a pessoa seja socorrida a tempo, podersobreviver. Um grande nmero de mortes por overdose poderia serevitado se o indivduo recebesse o socorro adequado.

    Como adverte Ldia Aratangy, o usurio em crise por overdose devereceber imediatamente um atendimento especializado. Os amigos que oencaminharem ao hospital esto protegidos pelo anonimato, no corremo risco de serem delatados. Na realidade, tem ocorrido mais acidentes doque a imprensa gosta escandalosamente de anunciar. Assim tambmcomo, a maioria das mortes por overdose no chega aos noticiriosporque so ocultadas pelas famlias, atribuindo-as a uma paradarespiratria de origem desconhecida.

    7- Drogas lcitas e ilcitasH uma polmica sobre o conceito de drogas lcitas ou legais e ilcitas

    ou ilegais, visto que, em ambas h substncias capazes de induzir dependncia. As drogas lcitas, aceitas social e culturalmente, sempreficam em primeiro lugar nas pesquisas referentes ao consumo, tantoentre jovens quanto entre os adultos.

    Levantamentos feitos em hospitais psiquitricos detectaram que94,8% dos pacientes eram dependentes do lcool e 5,2% das demaisdrogas, entre elas a maconha e cocana. Segundo Beatriz Carlini, apreocupao da sociedade em relao s drogas ilcitas revela ser umgrande equvoco, uma vez que o consumo de drogas lcitas (lcool,tabaco e medicamentos) supera de longe o de drogas ilcitas.

    O alcoolismo um dos mais srios problemas de sade pblica. 10%dos brasileiros acima de 15 anos possuem problemas ligados ao lcool. a terceira causa de aposentadoria por invalidez, ocupa o segundo lugarentre as doenas mentais, a maior causa de perda do trabalho, deacidentes de trnsito, de conflitos familiares, violncia, etc.

    8- Uso e AbusoEm nossa sociedade, o uso de drogas algo comum e, em geral,

    quase todas as pessoas bebem socialmente, outras fumam ou utilizamalgum medicamento sem prescrio mdica. No entanto, o envolvimentocom estas ou com outras drogas, pode ocorrer em graus bem diferentes.Encontramos tanto usurios leves, como usurios pesados, isto ,aqueles que usam e aqueles que abusam de diferentes drogas. Aquelesque usam experimentalmente e recreativamente e aqueles que usamhabitualmente, no entanto, qualquer que seja o uso, mesmo que sejaexperimental, pode produzir danos sade da pessoa.

    possvel usar drogas sem abusar, sejam elas lcitas ou ilcitas,principalmente se levarmos em conta apenas a freqncia do consumo ea quantidade utilizada. Mas quando se trata de drogas ilcitas, todo usocorresponde a transgresso, uma vez que a intervm o aspecto da

    ilegalidade do produto.

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    Falar de drogas remete-nos a questes polmicas e exige muitorealismo. Partimos do princpio de que o uso de drogas sempre serefeito e no causa.

    Decididamente, podemos constatar que no existem sociedades,escolas ou aglomerado humano sem drogas.

    Desejar uma sociedade com um consumo reduzido de drogas poderdeixar de ser uma utopia e se tornar realidade quando a humanidadeprogredir em trs aspectos:

    * Espiritual: a conscincia tica, a certeza da centelha divina noscoraes humanos, a compreenso da finalidade da vida e o esforoindividual para a reforma ntima e a evoluo espiritual.* Educacional: a crena no poder e alcance da Educao,entendida dentro de uma concepo educativa de preveno nosentido amplo. Educar para formar e no apenas informar.

    * Poltico/Social:requer mudanas nas polticas pblicas paramelhoria da qualidade de vida da populao quanto moradia, sade,educao, infra-estrutura, salrios dignos, transporte, lazer, atividadesesportivas, culturais e artsticas, tica, direitos humanos....

    CLASSIFICAO DE DROGAS

    Drogas psicotrpicas nada mais so que substncias qumicas

    capazes de modificar o funcionamento do organismo, a ao se d nocrebro e tem efeito especial sobre o SNC, promovendo alteraes daspercepes, das sensaes e do humor. Por exemplo: o lcool,depressor do SNC, promove, em pequenas doses, euforia e desinibioe, em doses maiores, depresso.

    As drogas podem ser extradas de plantas (naturais) ou produzidasem laboratrios (artificiais). preciso esclarecer que droga de origemnatural no tem nada de benfica, nem de menos prejudicial, bastalembrar os inmeros venenos de origem vegetal. As de origem artificialtanto podem ser medicamentos de uso desviado e automedicados, comoas elaboradas na clandestinidade, sem nenhum controle e inspeo.

    Dependendo das drogas, elas podem estimular o Sistema NervosoCentral: aumentam a atividade mental, o crebro funciona maisacelerado, so as estimulantes. Outras podem deprimir: diminuem aatividade mental, diminuem ateno, concentrao, tenso emocional ecapacidade intelectual, so as depressoras; e outras podem causar umasrie de perturbaes: alteram a percepo, provocam distrbios nofuncionamento do crebro que passa a trabalhar desordenadamente, soas perturbadoras.

    Quadro geral de classificao dos diferentes tipos de drogas:

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    ESTIMULANTESnaturais:

    cocanacafena

    nicotinasintticos:anfetaminas

    DEPRESSORASnaturais:

    lcoolopiceos

    sintticos:sedativosansiolticosantidepressivosinalantes

    PERTURBADORASnaturais:

    maconhaayauascacogumelo

    sintticos:LSDesctasy

    ALGUMAS DROGAS MAIS USADAS NO BRASIL

    1 - lcoolA cerveja e o vinho foram as primeiras bebidas alcolicas

    fermentadas, surge o vinho, atravs da fermentao da uva e acerveja, atravs de gros de cereais. Na Idade Mdia surge o processode destilao e aparecem o usque, rum conhaque etc., com umaconcentrao de lcool 40 a 50 % maior que a cerveja (4%) e o vinho(12%). Com essa inovao os problemas relativos ao lcool seaprofundaram.

    O lcool contido nas bebidas utilizadas pelo homem o etanol(lcool etlico), substncia psicoativa com capacidade de produziralteraes no funcionamento do SNC, podendo modificar ocomportamento dos indivduos, causar prazer e, em decorrncia douso continuado, a dependncia e a tolerncia.

    A OMS (Organizao Mundial de Sade) define a dependncia ao

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    lcool como:"Estado psquico e tambm geralmente fsico, resultante da

    ingesto de lcool, caracterizado por reaes de comportamento eoutras que sempre incluem uma compulso para ingerir lcool demodo contnuo ou peridico, a fim de experimentar seus efeitospsquicos e, por vezes, evitar o desconforto de sua falta; a tolernciaao mesmo podendo ou no estar presente." (Ramos, 1990, p.17)

    Detectar o limite existente entre o beber normal e a sndrome dedependncia leve nem sempre fcil e tem sido motivo de muitascontrovrsias e polmicas.

    O alcoolismo considerado um dos maiores problemas da sadepblica, alm de ser comprovadamente porta de entrada para outrasdrogas.

    Os autores do livro "O Revlver que sempre dispara" comparam o

    uso das primeiras doses de bebida alcolica ou o uso de alguma outradroga, como a mesma coisa que entrar numa roleta russa. O jovemcoloca uma nica bala no revlver, gira o tambor, aponta para aprpria cabea e puxa o gatilho. Se a bala no estiver no ponto dodisparo, ele no morre, ou melhor, no fica dependente do lcool, setiver....

    Ningum sabe, de antemo, se vai desenvolver uma dependnciaqumica ou no, porque existem outros fatores orgnicos, psicolgicose sociais que precisam estar condicionados, porm sabemos que 15%da populao j tem esta doena e se beber ou usar drogas, ela se

    desenvolver. uma doena incurvel e a nica sada no tomar oprimeiro gole, viver o dia de hoje em abstinncia, de acordo com ossbios princpios do AA (Alcolicos Annimos).

    A corrente do grupo AA, explica que os dependentes de lcool ououtras drogas j possuem um defeito orgnico semelhante aodiabtico, eles no processam a substncia, assim como no diabticoo organismo no lida com o acar, eles no lidam com o lcool ouqualquer outra droga.

    Os alcoolistas so doentes assim como os diabticos, ou os quesofrem de enfisema pulmonar ou hipertenso arterial. Infelizmente opreconceito est tambm na classe mdica, que atende diferente umenfartado de um alcoolista, condenando-o por fraqueza, vcio ou sem-vergonhice.

    O fato que uma pessoa no se torna alcoolista porque bebeudemais, ele bebe demais porque alcoolista. A doena preexiste aoato de beber. Experimentos cientficos conduziram um grupo debebedores a tomarem duas doses de sua bebida predileta todos osdias como se fossem remdios, nem uma dose a mais, nem a menos.O resultado foi de que alguns bebedores no conseguiram controlar o

    resultado das doses dirias, estes eram alcoolistas.A psicologia e a psiquiatria tem realizado estudos tentando vincular

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    alguns tipos de personalidade a uma predisposio para a doena econcluram que no se pode afirmar com segurana se uma pessoavai desenvolver o alcoolismo ou no, mas estudando os que jdesenvolveram a doena, concluram que possuem:

    * Baixa tolerncia frustrao* Baixa resistncia tenso ou ansiedade* Sensao de isolamento* Sensibilidade acentuada* Tendncia a atos impulsivos* Tendncia auto-punio* Narcisismo e exibicionismo* Mudanas de humor* Hipocondria* Rebeldia e hostilidade incondicional

    * Imaturidade emocional* Conflitos sexuais incgnitos* Mes superprotetoras* Antecedentes familiares de alcoolismo* Tentativa de vencer inseguranas sexuais (o lcool depressor,anestsico e apresenta falsa desinibio porque relaxa a censura)

    De acordo com os autores Vespucci (1999), no caso do alcoolismo,a partir dos primeiros goles, as pessoas acabam se encaminhandopara 3 grupos de comportamento:

    1.A maioria segue bebendo com moderao (socialmente),

    marcado por alguns episdios de excesso de consumo, criandoproblemas com acidentes de carro, brigas, desentendimentos, etc.2.Uma pequena parcela no sente o menor atrativo e se tornaabstmia.3.Outra pequena parcela, 12 a 15% da populao, desenvolve umarelao toda especial e permanente com o lcool, possuempredisposio para a bebida, a doena do alcoolismo.Uma tese de doutorado da psicloga Denise De Micheli, no

    Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de So Paulo

    (Unifesp) concluiu que a bebida est chegando muito mais cedo navida do jovem, a primeira dose consumida aos 12 anos, outrosdependentes graves iniciaram aos 9 anos. Outras drogas tambmapareceram em seguida, a maconha aos 14 anos, uns mais graves ataos 12 anos, os inalantes aos 11, xaropes aos 13, cocana aos 15 eestimulantes aos 17.

    Os especialistas esto perplexos com este quadro porque oorganismo do adolescente no est preparado para fazer ometabolismo do lcool, que fica mais tempo no corpo, porque o fgadodo adolescente demora para eliminar as toxinas, estas circulam por

    mais tempo, por isso que o jovem se embriaga mais rapidamente,assim como o idoso tambm, pois as suas funes hepticas so

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    lentas.O casamento adolescncia e drogas muito perigoso, porque o

    jovem est num perodo de testar limites, de correr riscos e o lcoolpotencializa estes riscos, tem o poder de diminuir a autocrtica e oautocontrole, tornando-os mais destemidos e, portanto, mais expostosa riscos como brigas e acidentes de carro.

    Cerca de 35% dos acidentes de trnsito com vtimas so causadospelo lcool, segundo a Associao Brasileira de Acidentes e Medicinade Trfegos e 75% dos acidentes tem relao direta com embriaguez.

    A grosso modo 1 em cada 10 pessoas so alcoolistas. Na cidade deSo Paulo existe 1 milho de pessoas de ambos os sexos, todas asclasses sociais e credos religiosos que so alcoolistas. Enquanto searrecada 2,4% do PIB para produo e comercializao, gasta-se coma doena 5,5%. Quem tem executado um trabalho pioneiro e eficaz

    tem sido o grupo do AA.Perguntas e Respostas Sobre o Alcoolismo

    Como prevenir o alcoolismo?Atravs de um diagnstico precoce, muito dificultado pelo

    mecanismo mais usado pelo alcoolista e famlia chamado "negao".A sociedade e a famlia so permissivas e condescendentes quanto aolcool. Fica difcil assumir que possuem algum da famlia com oalcoolismo, este diagnstico sempre vem com um forte peso moral,visto que desconhecem que o alcoolista possui uma doena.

    Como detectar os primeiros sinais da doena?Exige um preparo profissional e uma ao integrada de mdicos,

    enfermeiros, recursos humanos, assistentes sociais, chefes de seo...ou outros profissionais que possam distinguir as repetidas queixas dediarria, gastrite, dor de cabea, nervosismo, constantes abusos,etc.

    Qual a diferena entre alcoolismo masculino e feminino?Alcoolismo uma doena progressiva, mais lenta no homem

    (aparece depois de uns 20 a 25 anos de uso) e mais rpido na mulher

    (aparece aps 5 a 10 anos de uso). Isto porque a mulher tem maisclulas gordurosas do que o homem, este tem mais massa muscular.A gordura atrai e retm mais lquidos e fica exposto mais tempo ssubstncias nocivas do lcool. H 15 anos atrs a porcentagem era de1 mulher para 20 homens, hoje de 1 mulher para 6 homens

    Como diferenciar o bebedor social do bebedor abusivo?O comportamento de ambos bem semelhante, ambos podem ou

    no serem alcoolistas, mesmo que consigam ficar algum tempo sembeber. A quantidade e a freqncia tambm pode ser semelhante, maspara os autores Vespucci (1999), a diferena est na ressaca. O

    bebedor no alcolico cuida da ressaca, toma gua, alivia a dor decabea e do estmago, evita com repulsa a bebida. No permite que a

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    bebida interfira no seu modo de beber. O alcoolista perdeprogressivamente o controle sobre o lcool, sutilmente suas aespassam a girar em torno da bebida, nem ele, nem a famlia se doconta. Ele procura curar a ressaca, quando as tem, bebendo um poucomais. Depois do porre, o dia seguinte um novo namoro, podetambm ficar perodos prolongados de abstinncia, semanas oumeses, mas quando ingere, mata aquela "saudade", funciona comomuleta, a bebida alivia, tranqiliza...

    Existe cura?No h cura, o portador do alcoolismo pode deter a doena, mas

    primeiro precisa aceitar que ela existe, depois conscientizar-se doproblema e praticar abstinncia completa.

    Quais as fases da doena?

    A doena tem fases evolutivas:1- Fase da adaptao: o organismo aprende a "funcionar a lcool"2- Fase da tolerncia: o organismo pede doses crescentes para

    sentir os mesmos efeitos3- Fase da dependncia qumica

    Alguns autores classificam os alcoolistas, na fase da dependnciaqumica, de acordo com seu grau de envolvimento com o lcool:

    * Bebedor peridico: bebe grandes quantidades em pouco tempo edepois passam meses sem beber.

    * Bebedor discreto e silencioso: bebe quase diariamente,regularmente e quantidade relativamente pequena.* Bebedor assumido: bebe sempre, muito e constantemente.* Bebedor camuflado: bebe sempre, quantidade pequena, mdia ougrande, mas raramente se embriaga.

    Quais as etapas progressivas da doena?1.Etapa do "beber social" cotidiano e noturno, mesmo um pequenodrinque, uma lata de cerveja diria, prenncio de que o organismoest dependente, precisa relaxar antes de dormir.

    2.Etapa do "beber social" ao apagamento - bebe antes, durante edepois do evento social, quando excede promete a si e aos outrosque vai se controlar. Comea a ter os primeiros apagamentos,amnsias que o impede de lembrar o que fez na noite anterior.3.Etapa intermediria: agravamento dos sintomas, buscaambientes desconhecidos para beber sem fiscalizao. Chega emcasa bbado, com acentuado nervosismo, no sabe administrar asemoes, usa da mentira com freqncia para evitar crticas.Comea a tremer as mos pela manh, deteriorar as relaesprofissionais e familiares e freqentemente no consegue ir ao

    trabalho s segundas-feiras.4.Etapa final: morte, loucura ou recuperao. Sofre terrveis

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    sndromes de abstinncia se ficar sem a bebida, sofre taquicardia,sudoreses, convulses, delirium tremuns... fica em desnutrio, caicom freqncia, no tem higiene... entra em degradao fsica,mental e emocional.

    Onde termina o beber normal e comea o alcoolismo?Esta uma questo intrigante, saber onde termina o beber normal e

    comea o alcoolismo.Como afirma Jandira Masur, tentar responder a isso o mesmo que

    distinguir entre o rosa inicial at se transformar no vermelho, difcil adistino do momento em que o rosa no mais rosa. Existem sinaisbvios para se saber quando o vermelho: a pessoa perdeu oemprego, a relao com a famlia est pssima, bebe pela manh,complicaes orgnicas comeam a surgir: gastrite alcolica,tremedeira nas mos etc.

    Descobrir quando o rosa no mais rosa bem mais difcil. Certoscritrios so aceitos por alguns autores, como: a quantidade e afreqncia do lcool ingerido; se a pessoa bebe diariamente; se bebesozinho; se bebe a ponto de sofrer prejuzos fsicos ou se chegou aperder a liberdade sobre o ato de beber em detrimento de outrascoisas na vida familiar ou profissional.

    O processo de transio de um estado moderado para adependncia longo, leva anos. Ningum dorme bebendonormalmente e acorda alcoolista . Utilizamos o termo alcoolista, ao

    invs de alcolatra, seguindo a mesma orientao dos autores de"Alcoolismo Hoje", acreditamos que o dependente de lcool , usa-o pornecessidade e no por ador-lo, visto que o sufixo "latra" indicaadorao.

    O que leva ao alcoolismo?O alcoolista comea a beber pelas mesmas razes que o no

    alcoolista, isto , pelo prazer que a bebida oferece. Porm uns bebemmoderadamente a vida toda, no se excedem e nem se embriagam,devido, segundo alguns autores, ao prprio organismo que impelimites. Outros no sentem atrativo nenhum pela bebida. Existemaqueles que ficam fascinados pelo prazer de beber, permanecembebendo longos anos, at que a dependncia se instala e problemassrios comeam a surgir.

    Qual a ao do lcool do ponto de vista mdico?De acordo com os mdicos Dr. Otto Wolff e Dr. Walther Bhler,

    observa-se no lcool 2 tipos de efeitos: um negativo e outro "positivo".Sendo o lcool uma droga, capaz de provocar srios danos,

    inclusive a morte, caso seja ingerido em excesso.O fgado o rgo mais lesado, pesquisas revelaram que "aps a

    ingesto de pequenas quantidades de lcool, mesmo um fgado sadioapresenta leses celulares... A ingesto de quantidades maiores de

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    lcool (80-160 g. ou seja 1-2 litros diariamente, inevitavelmente produzgrave leso do fgado aps algum tempo" Wolff, Bulher (1987).

    Os danos tambm podem se dirigir arterioesclerose coronrio(riscos de infarto do miorcdio), neurites, etc. leses que, no mnimo,encurtam a vida humana e provocam molstias crnicas.

    Quanto ao efeito "positivo", muitos apreciam a sensao psquicaagradvel, a sensao de calor que estimula e ativa, a sensao deuma acelerao do metabolismo e da circulao, o esquecimento daspreocupaes. Aps mais doses, esclarece os Drs. Wolff e Bulheraparece o aumento da eloquncia, do bom humor, mais uma dose, oestado de alegria se transforma em excitao, diminui a capacidade dopensamento, viso dupla, vertigens e embriaguez.

    Qual o efeito espiritual do lcool?Em poucas palavras, resumem os Drs. Wolff e Bulher, "o homem

    perde-se a si mesmo". "A estimulao, a alegria, o esquecimento daspreocupaes so acompanhados por uma "crescente perda decritrio": a censura desligada, a pessoa desinibe-se, faz e fala coisasque no faria ou falaria se estivesse sbria, ocorre um"desencadeamento irrefreado de tendncias inferiores e vis". Narealidade a pessoa no passa a beber para criar coragem, mas paraperder o controle de si, para deixar transparecer sua "natureza baixa".

    Mesmo em pequenas doses ocorre uma diminuio da conscinciae uma incapacidade do esprito de agir no corpo. Diz Rudolf Steiner

    que "o lcool isola o homem de tudo o que espiritual, luta contra aatividade de nosso EU espiritual"No podemos subestimar o problema do alcoolismo, uma doena

    grave progressiva e incurvel, cuja nica sada ser o tratamento e aabstinncia total. Precisamos compreender que os danos fsicos noso to eminentes, a no ser aps a ingesto regular de quantidadesmaiores, mas os efeitos sobre a estrutura espiritual e a personalidadedo ser humano so intensos, mesmo ingerindo-se pequenasquantidades, o homem se desconecta do aspecto espiritual, perde-sede si mesmo e provoca a decadncia fsica e psquica da sua

    personalidade.O uso do lcool na Antigidade diferente do uso atual?O lcool to antigo quanto a humanidade, mas existem diferenas

    fundamentais entre o passado e o presente. Antigamente as bebidastinham baixo teor alcolico, os tempos eram outros, a estrutura dohomem antigo totalmente diferente do moderno, dizia Drs. Wolff eBlher que o lcool era at um fator positivo, dava o "peso terreno" quefaltavam aos antigos.

    Afirmam eles que "do ponto de vista da humanidade, a misso dolcool era retirar o homem de seu estado de conscincia clarividente e

    atavstico, e cortar-lhe a ligao direta e instintiva com as foras danatureza e com o mundo espiritual. Este desligamento devia tornar o

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    homem mais terreno e promover a formao da personalidade. Hoje,no entanto, a ligao do homem com a terra no somente suficiente,mas, s vezes, excessiva, fato que se traduz no aparecimento decertas doenas. Se esta tendncia for reforada constantemente pelaingesto de lcool (mesmo em quantidade pequena), teremos duasconseqncias: a promoo da predisposio a certas doenas e oimpedimento de um passo decisivo na evoluo da humanidade. Ohomem precisa hoje reconquistar a ligao perdida com o mundoespiritual. O lcool impossibilita esta reatao. O lcool , hoje, uminimigo da humanidade. O consumo regular do lcool um herana dopassado, que precisa ser abandonada em prol do desenvolvimento doeu humano em direo individualidade criadora e livre".(Wolff eBlher, ob. cit.,p. 7)

    Quais as conseqncias do alcoolismo?

    O consumo de bebidas alcolicas um trao comum na nossasociedade. bastante contraditrio porque, se de um lado, traz aaproximao fraterna entre as pessoas, de outro, provoca a destruiodo indivduo e daqueles que o cercam, quando levado ao excesso.

    As conseqncias fsicas na evoluo do alcoolismo, mesmoquando o indivduo possui uma dieta normal, acarretam sriascomplicaes orgnicas e mesmo desnutrio, porque existe um mauaproveitamento dos alimentos ingeridos, alm de problemasdigestivos, neurolgicos, cardiovasculares, entre outros.

    Alm destas complicaes fsicas mencionadas acima, aparecem

    pela ordem de freqncia, respectivamente, os seguintes problemassociais: no trabalho; na famlia (cnjuge e filhos); financeiro; violncia;habitacionais; com amigos; previdencirios e legais.

    De acordo com os Drs. Otto Wolff e Walther Blher (1987) estasconseqncias do alcoolismo independem do grau de envolvimentocom o lcool: "entre as seqelas do alcoolismo crnico temosalteraes nervosas e doenas psquicas muito variadas...sabemoshoje que o consumo regular do lcool provoca alteraes daconcepo espiritual, da ateno, da memria, retardamento dopensar, perda da capacidade de crtica e juzo, assim como

    irritabilidade, tristeza e estreitamento do campo de interesses... Estasalteraes psquicas so devidas em parte a autnticas lesescerebrais. So manifestaes das leses nervosas em geral,produzidas pelo lcool, e que muitas vezes incluem tambm paralisiase inflamaes nervosas; Progredindo o alcoolismo, surgem finalmentealucinaes, isto , iluses sensoriais patolgicas, e o "deliriumtremuns" quadro grave que requer tratamento em clnica psiquitrica eque se caracteriza principalmente pela desorientao, 7 a 8% dosalcolicos apresentam, alis, crises epilticas, que desaparecem coma "cura" do alcoolismo.

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    2 - Tabaco

    O tabaco era inicialmente usado pelos nativos do Novo Mundo,atravs do fumo, mastigao das folhas ou ungentos. Acreditava-se que

    alguns tipos antigos de tabaco fossem mais potentes e comconcentraes maiores de substncias psicoativas, o que levava obteno de experincias msticas. Dessa forma, seu uso fazia parte dosrituais de oferenda aos deuses.

    Aps as exploraes de Colombo, o tabaco foi levado para o VelhoMundo e espalhou-se pela Europa, frica e sia; seu uso inicialmente, foicombatido pelas autoridades governamentais por ser considerado umhbito de brbaros. Contudo, seu consumo popularizou-se com a difusoda crena de que a fumaa inalada possua poderes milagrosos.

    A partir de 1870, surgiram as primeiras mquinas para o fabrico de

    cigarros de papel. Tal fato, associado propagao de um hbitosocialmente aceito e estimulado, contribuiu para o rpido aumento deseu consumo.

    Aps a Primeira Guerra Mundial, verificou-se um crescimentoconsidervel na porcentagem de fumantes. A partir da dcada de 70,iniciou-se uma forte campanha antifumo, baseada nos prejuzos sade,o que provocou uma diminuio do consumo, mas na dcada de 90 areao dos no fumantes criou a averso ao cigarro e leis surgiram paraimpedir seu uso em ambientes pblicos. Prato feito para a necessidadede transgresso do jovem, a partir da assistimos a uma adeso

    avassaladora da populao jovem ao cigarro.Dados encontrados no jornal Correio Brasiliense (31/05/96) afirmam

    que existem um bilho de fumantes no mundo, no Brasil 35 milhes,destes 2,8 milhes so jovens entre 5 e 19 anos.

    Efeitos do tabacoNas culturas ocidentais, a nicotina ingerida primariamente atravs

    do fumo ou da mastigao das folhas de tabaco.

    Fumar significa inalar 4.720 substncias txicas, incluindo xidos denitrognio, amnia e aldedos, alm da nicotina, alcatro e monxido de

    carbono, que constituem os trs principais componentes do tabaco:* O alcatro (TPM) contm aminas aromticas possivelmentecausadoras de cncer.* O monxido de carbono (CO) acarreta uma reduo na capacidadedo sangue de transportar oxignio e, conseqentemente, um aumentono nmero de hemcias (policitemia); provavelmente o responsvelpelo desenvolvimento de doenas cardacas.* A nicotina, indiscutivelmente, considerada a maior (embora noseja a nica) produtora de reforo para instalar a dependncia edesenvolver a tolerncia, associada tambm a fatores psicolgicos,

    que talvez expliquem, em parte, a dificuldade dos fumantes pararemde fumar.

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    Uma tragada de fumaa resulta em nveis mensurveis de nicotina nocrebro dentro de segundos. Um cigarro mdio sem filtro contm 1,5 a2,5 mg de nicotina; com filtro ocorre uma leve diminuio desse ndice.Os cigarros com "baixo teor de alcatro" possuem, em compensao,nveis aumentados de monxidos de carbono (trata-se da mesmasubstncia que sai do escapamento dos automveis).

    Comprovadamente a nicotina, quando consumida em pequenasdoses, altera o funcionamento do SNC, atravs de um aumento doestado de alerta, seguido por uma sensao de calma. Tambm observada maior clareza de pensamento e aumento da concentrao.

    A pouco tempo, os jornais noticiaram a informao de um cientistaque trabalhava numa indstrias de cigarro e comprovou a manipulaoda nicotina, este caso trouxe srias repercusses sociais e foi tema dofilme "O Informante".

    No nvel fsico, o uso de tabaco provoca uma diminuio do apetite,relacionado ao decrscimo na fora das contraes estomacais, bemcomo nuseas e vmitos, por causa de um efeito direto sobre o SNC,ocasionando tambm lceras no estmago.

    No aparelho respiratrio, comum ocorrer irritao local e o depsitode substncias carcinognicas (responsveis pelo cncer).

    O uso intenso provoca um aumento no ritmo cardaco, na pressosangnea e na fora das contraes cardacas, predispondo ao enfarto,derrame cerebral e doenas dos vasos sangneos.

    Motivaes para o hbito de fumar

    De modo geral, o hbito de fumar atende a presses sociais, bemcomo a necessidades psicolgicas.

    Os jovens, muitas vezes, comeam a fumar por imitao, para serematraentes, adquirirem segurana, expressarem sua independncia ourebeldia (reflexo das propagandas que exploram uma ligao tipo:cigarro, maturidade, independncia e estilo de vida).

    Dentre as motivaes para o uso, incluem-se:* prazer de fumar, de executar todo o ritual at soltar a fumaa eobservar os desenhos no ar, descontraidamente;

    * a necessidade de fumar para aliviar tenses, enfrentar situaesadversas, dominar sentimentos de medo, nervosismo, acanhamento,vergonha, etc.

    Constata-se, contudo, uma carncia de estudos e pesquisasrelacionadas s motivaes para o uso do tabaco (o mesmo acontece,talvez em menor escala, para o alcoolismo), quando comparadosqueles referentes s drogas ilcitas.

    Conseqncias do tabacoA mdio e a longo prazo, podem-se identificar conseqncias do uso

    de tabaco a nveis clnicos, ecolgicos e econmicos.

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    Do ponto de vista clnico, observa-se um elevado ndice de cncer nospulmes, boca, faringe, laringe e esfago, principalmente quandoassociado ao consumo de lcool. Apresenta, ainda, riscos de cncer nabexiga, pncreas, rins e tero.

    Outras conseqncias importantes so: derrames, ataques cardacos,angina, bronquite, enfisema pulmonar, alm dos riscos aumentados delceras e arteriosclerose.

    O fumo pode antecipar a menopausa, envelhecendo prematuramentea mulher. A nicotina favorece a formao de rugas, causa palidez, obstruios poros, resseca a pele das mos, mancha os dentes, envelheceprematuramente as gengivas e irrita as cordas vocais, dando ao fumanteuma "voz rouca".

    Ainda em relao s mulheres, o risco de enfarto cardaco maiorquando associado ao uso de plulas anticoncepcionais.

    Quando uma gestante fuma, as substncias txicas do cigarroatravessam a placenta, afetando diretamente o feto. Os efeitos malficosdo fumo em mulheres grvidas que fazem uso de cigarro (um mao pordia) so:

    * o feto pode nascer com baixo peso e menor tamanho;* aumento do risco de aborto espontneo;* maior probabilidade de ocorrer a Sndrome de Morte Sbita Infantil;* aumento do risco de nascimento de crianas com defeitoscongnitos. Caso a mulher grvida pare de fumar e no se exponha poluio tabgica, esses riscos diminuem e se tornam semelhantes

    aos das mulheres que nunca fumaram.Quanto aos problemas ecolgicos (folheto do Ministrio da Sade),podem-se citar:* a utilizao de fornos lenha para a secagem das folhas de tabaco,contribuindo para a devastao de florestas. Cada trezentos cigarrosproduzidos utilizam uma rvore, ou seja, o fumante de um mao decigarros por dia consome uma rvore a cada 15 dias.* a plantao de fumo emprega grande quantidade de agrotxicos,intoxicando os plantadores, poluindo o solo, a gua e o ar.

    * a terra onde se planta o tabaco fica empobrecida, no servindo maispara o cultivo de alimentos.* os grande incndios que ocorrem na zona urbana e rural, porcigarros acesos, jogados inadvertidamente em locais secos.

    Do ponto de vista econmico, o recolhimento de impostos de cigarrono cobre os gastos decorrentes de seu consumo, tais como, doenas,faltas no trabalho, etc. e nem os prejuzos ecolgicos, citadosanteriormente.

    Em nvel particular, sabe-se do sacrifcio econmico de muitasfamlias, que chegam a prejudicar a alimentao dos filhos para sustentarsua dependncia.

    Dificuldades de parar de fumar

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    Quando um dependente do fumo resolve parar de fumar, ele passapor uma Sndrome de Abstinncia, com sintomas leves de intensidadevarivel para cada pessoa.

    Os sintomas iniciam-se algumas horas aps a interrupo do uso eaumentam durante as doze primeiras horas, piorando durante oanoitecer. Dentre os mais freqentes, observam-se: irritabilidade;ansiedade; dificuldade de concentrao; agitao; sonolncia; insnia;sentimento de hostilidade; cefalia, etc., tudo indicando umadependncia da nicotina. Pode acontecer, ainda, constipao, diarria eum ganho significativo de peso (uns cinco quilos ou mais). No entanto,estas alteraes podem cessar em um ms, enquanto os sintomaspsicolgicos de compulso pelo fumo podem persistir durante muitosmeses.

    Foi comprovado que a abstinncia lenta ou gradual pode resultar em

    sintomas de compulso ainda mais intensos do que a interrupo bruscae pode ser ineficiente para o objetivo de parar de fumar.Cientistas procuram explicar (Folha So Paulo, 22/02/96) por que

    fumantes criam dependncia em relao aos cigarros. Emboraresponsabilizem a nicotina, descobriram que outras substncias como aMAO-B e a dopamina tambm poderiam estar associadas. Esclarecemque para melhor encontrarem modos de ajudar as pessoas acombaterem suas dependncias, precisam desenvolver uma melhorcompreenso do "porqu" as pessoas fumam.

    Cerca de 95% dos fumantes abandonam o tabaco por conta prpria.

    Existem algumas terapias alternativas como injees de clonidina,hipnose, emplastro ou adesivo de nicotina, chicletes especiais,acupuntura, auriculoterapia, laserterapia, tratamento psicolgicocomplementar, etc. Contudo, acredita-se que o melhor mtodo, ainda,seja a fora de vontade.

    3 - InalantesInalantes so substncias volteis, vendidas legalmente e utilizadas

    indevidamente como drogas de abuso. Tais substncias so encontradasem produtos de uso domstico e industrial como: aerosol, gasolina, colade sapateiro, solventes de pintura, tintas, ter, clorofrmio, laqu,esmalte de unha etc. Existem ainda preparados conhecidos como o"cheirinho-da-lol" e o "lana-perfume". Este ltimo surgiu dcadas atrs,de forma liberada, e era usado principalmente por adultos no carnaval eem comemoraes. Seu uso foi proibido durante o governo de JnioQuadros, e estudos posteriores provaram sua nocividade.

    De acordo com os autores Jandira Masur e E. A. Carlini, os efeitosmais agudos da intoxicao com solventes podem ser descritos em

    quatro fases:

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    * 1 fase: excitao com sintomas de euforia, tonturas, perturbaesauditivas e visuais etc. So estes efeitos que atraem os jovens.Podem tambm ocorrer sintomas no desejados: nuseas, espirros,tosses etc.;* 2 fase : depresso inicial do SNC, com confuso mental, visoembaada, clicas, dor de cabea, desorientao,etc.;* 3 fase : depresso mdia do SNC, com reflexos deprimidos, falapastosa e incoordenao motora, semelhante da embriaguezalcolica;* 4 fase : depresso profunda de SNC, com diminuio acentuada daateno, inconscincia e convulses.

    Os inalantes provocam inmeras conseqncias como: alteraesneurolgicas (astenia, anorexia, cefalia), amnsia, sangramento donariz, fotofobia, taquicardia, nuseas, diarrias, fraqueza muscular,

    leses nos rins, fgado e pulmo, hepatite, agravamento de sintomaspsicticos, convulses, parada cardaca ou respiratria, dependncia etolerncia neurolgica. Provocam ainda acidentes atravs da explosode produtos inflamveis.

    No caso de intoxicao aguda, as reaes mais comuns so:* arritmias cardacas, podendo levar perda da conscincia e mortesbita;* Sndrome Cerebral Orgnica (SCO), podendo resultar em lesocerebral;

    * complicaes clnicas, tais como, hepatite, insuficincia renal,perturbaes gastrointestinais e estomacais etc...

    4 - MedicamentosOs medicamentos podem ser depressores ou estimulantes e so

    vendidos sob prescrio mdica com objetivos teraputicos, mas setornam "drogas" devido ao seu uso desviado. Provocam dependncia etolerncia.

    No grupo de medicamentos depressores do SNC, os maisimportantes so os hipnticos (usados para eliminar insnia, induzindo osono), os ansiolticos (para acalmar ou tranqilizar) e o grupo dosnarcticos (derivados do pio, so os xaropes e alguns analgsicos).

    Estes medicamentos, quando ingeridos em doses maiores, causamentorpecimento da fala, da memria e da razo, diminuio dos reflexos,sonolncia contnua e estupor.

    No grupo dos medicamentos estimulantes do SNC, os maisconsumidos so as anfetaminas e os aneroxgenos (moderadores deapetite).

    Estes medicamentos produzem os mesmos efeitos que a cocana,tanto do ponto de vista fsico quanto psquico.

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    Dirigir depois de fumar um "baseado" to perigoso quanto dirigirbbado, pois a maconha reduz o tempo de reao dos reflexos, torna apessoa distrada, esquecida e dificulta o pensamento e a concentrao.

    Doses altas dessa substncia provocam perturbaes da memria edo pensamento, medo generalizado, ansiedade, sensao de estarsendo observado e mal-estar difuso. A pessoa tem a sensao de estarenlouquecendo ou que est em desdobramento.

    Sintomas fsicos tais como: taquicardia; hiperemia conjuntival (olhosavermelhados); boca seca; larica (sensao de fome); tremores discretosnas mos; incoordenao motora; diminuio da fora muscular;sonolncia e apatia so comuns.

    A maconha provoca, a longo prazo, uma reduo das defesasimunolgicas, deixando o organismo sujeito a infeces de todos ostipos.

    As conseqncias do uso continuado da maconha podem atingir ocrebro, aparelho cardiovascular e pulmes, alm de precipitarconvulses em epilpticos e diminuio acentuada de espermatozidenos homens, devido queda da testosterona. Estas alteraes foramencontradas no homem e confirmadas em pesquisas com animais. Taissintomas so reversveis, voltando aos ndices normais aps ainterrupo do uso.

    Outras conseqncias do uso continuado so a dificuldade noaprendizado, a diminuio do rendimento escolar e no trabalho, dada adiminuio dos reflexos e da capacidade de concentrao.

    Usurios assduos de maconha mostram-se muito desmotivados,chegando a perder o interesse pela famlia, amigos, escola, trabalho elazer e demonstram falta de objetivos de vida mais elaborados.

    Do ponto de vista psquico, podem ocorrer alucinaes e delrios(dependendo da quantidade de THC consumida e da sensibilidade dousurio) e desencadear um quadro psiquitrico clnico, semelhante esquizofrenia, em pessoas com predisposio latente.

    Muitos jovens acreditam que o lcool e o fumo so mais malficos doque a maconha. Segundo Carlini, trata-se de uma falsa argumentao,

    pois ainda no existem estudos epidemiolgicos que possam constatartal afirmativa. Alm disso, qualquer comparao entre essas substnciass poderia ser vlida se tratasse de nveis idnticos de consumo.Dificilmente um indivduo consome a mesma quantidade de "baseado"que um usurio de tabaco ou um bebedor com substncia alcolica .Logo esta afirmao no tem fundamento cientfico e nada ajuda naresoluo do problema.

    Nenhum jovem interrompeu seus estudos, foi reprovado, teve surtopsictico, alteraes hormonais durante o uso, alteraes daspercepes, perda do referencial tempo/espao, memria e

    concentrao prejudicadas, complicaes com a polcia, afastou-se de

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    famlia, amigos ou namorado(a) por causa do cigarro, o mesmo nopodemos dizer em relao ao lcool e maconha.

    6- CocanaA cocana uma substncia extrada da planta da coca (eythroxylon

    coca), nativa dos Andes. Entre os povos andinos, o hbito de mascarfolhas de coca faz parte de uma tradio antiga.

    A cocana apresenta-se sob a forma de um p branco, muitas vezesmisturado com outras substncias. Pode ser aspirada (via nasal) oudiluda em gua e injetada na veia (via intravenosa) popularizada como"pico" e fumada sob a forma de crack ou merla (via pulmonar).

    Os efeitos iniciais da cocana so sensao de euforia, bem-estar,alta produtividade, pois os usurios no sentem sono, fome ou fadiga.

    Ocorre um prejuzo na capacidade de avaliao e julgamento darealidade. Com o aumento da dose e um uso continuado (consumocrnico), podem ocorrer reaes de pnico, sensaes de perseguies,alucinaes. Com o comprometimento do SNC, pode haver alteraesdas percepes das cores, ruptura com a realidade (psicoses) oumanifestaes de paranides agudas.

    Doses mais altas (no caso de intoxicao aguda) provocam confusomental, discurso incoerente e comportamentos estranhos. Podemocorrer, tambm, infarto no miocrdio (independente de problemascardacos prvios), arritmias, sangramentos cerebrais (diante de ms

    formaes vasculares existentes e desconhecidas pelo usurio), bemcomo convulses generalizadas que levam morte por paradarespiratria.

    As conseqncias dependem da forma de uso:* Com o uso nasal, surgem a perda da sensibilidade olfativa, rinitecrnica, sinusite, necrose, perfurao do septo nasal, periodontite comqueda dos dentes.* Com o uso endovenoso, ocorrem dois tipos de complicaes: noinfecciosas e infecciosas. As no infecciosas so provenientes de

    impurezas que acompanham o p da cocana. Na injeo podemsurgir reaes alrgicas que vo de uma irritao local at uma flebite.As complicaes infecciosas so as causadas pelo uso comum nopreparo e aplicao de injeo, com agulhas, seringas, potes ecolheres contaminadas. Entre as doenas mais comuns temos:hepatite, doena de Chagas, sfilis, septicemias e AIDS.* Com o uso pulmonar, atravs do crack e da merla, aparecemcomplicaes pulmonares graves, ataques cardacos, derramecerebral, problemas respiratrios, tosses, expectorao de mucosnegros, queima dos lbios, lngua e garganta, emagrecimento rpido e

    desnutrio profunda.

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    O Ministrio da Sade (Folha de So Paulo, 22/12/94) conclui que asdrogas injetveis so a principal causa de transmisso de AIDS entrejovens brasileiros. O usurio de drogas serve como plo contaminador dogrupo de heterossexuais jovens atravs do contato sexual, repercutindona contaminao da populao infantil, atravs das mes infectadas. Onmero de infectados por ano cresceu 18 vezes de 1986 para 1994 entreos jovens de 13 a 19 anos.

    Quando o vrus da AIDS (HIV) se aloja no organismo, a pessoa podeou no ficar doente, mas, estando infectado, torna-se transmissora dovrus, seja por via sangnea ou via sexual. O aparecimento dossintomas pode demorar at 15 anos depois da infeco. Geralmente osprimeiros sintomas so gnglios aumentados, febres, freqncia deinfeces, aumento do fgado e bao, entre outros.

    7- CrackCrack uma droga devastadora, a cocana solidificada e fumada

    na forma de cristais. O nome crack derivado do barulho peculiar ao serfumado. Os efeitos so parecidos com os da cocana, certa sensao deeuforia (alguns segundos) seguidos com a mesma intensidade dedepresso, o que leva compulso de fumar novamente (fissura).

    8- MerlaMerla considerada a prima pobre do crack. obtida atravs da

    mistura de folhas de coca com produtos qumicos co-cancergenos como:querosene, acetona, clorofrmio, benzina e cido sulfrico. A merla subproduto da cocana, a espuma que desprende no processo defermentao posta a secar e se transforma em uma pasta amarela.Esta pasta consumida com cigarro comum, de bally ou maconha.

    Tanto a merla, como o crack so altamente perigosos, causamdependncia fsica e psquica, aps um perodo de uso relativamentecurto e provocam danos irreversveis no organismo. O uso continuadopode levar morte. O efeito semelhante ao da cocana, mas de curtadurao, seguido de uma depresso, uma parania de perseguio (por

    isto alguns usurios usam o termo "nia"). Estas drogas passam acontrolar o usurio, que se descuidam da aparncia, da higiene pessoal,roubam, matam e se prostituem para conseguirem a droga.

    9- EctasyO ecstasy uma droga estimulante criada em laboratrio na

    Inglaterra em 1989. conhecida na Europa e EUA como "droga doamor". uma mistura de estimulantes e alucingenos que aumentaconsideravelmente a serotonina e leva a pessoa a sentir-se muito bem

    disposta, consegue danar a noite inteira sem cansar, pode passar oitohoras extasiada.

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    * seguir os colegas;* ficar na moda;* expandir a conscincia - transcender;* buscar o auto-conhecimento;* atingir o prazer imediato; etc.

    O jovem usurio de drogas tem dificuldade de formar um "eu" adultoe fica sempre com uma sensao de incompletude, a droga age comoum cimento nas fendas da parede que completa seu "eu", aconhecida fase do "estgio do espelho quebrado" em que Olieveinstein(1991, apud Bergeret & Leblansc) diferencia o usurio do toxicmano.As carncias constitudas na primeira infncia acarretam esta "falta" ou"incompletude" e a droga vem para completar.

    O incio do uso de drogas uma lua de mel. Os pais ficam longosanos desconhecendo que o filho as utiliza. Depois da lua de mel vem o

    desconforto de estar sem o produto, aumenta a "tolerncia"(necessidade de mais doses para o mesmo efeito) e a "dependncia"(dificuldade de controlar o consumo).

    Geralmente, encontramos jovens que usam drogas legais e ilegaisnos shows e festinhas, mas no se consideram dependentes delas."Brincam com fogo" e desprezam toda informao cientfica que alertasobre os perigos da "tolerncia" e da "dependncia".

    A experincia internacional (Carlini,Carlini-Cotrim & Silva-Filho,1990), constata a existncia de trs fatores que, juntos,favorecem o desenvolvimento da "toxicomania" ou "dependnciaqumica", so eles: a droga, o jovem e sua personalidade e o momentodele dentro da famlia e sociedade.

    O que leva o jovem a fazer uso de droga a busca do prazer, daalegria e da emoo. No entanto, este prazer solitrio, restrito aoprprio corpo, cujo preo a autodestruio. Tudo isto faz esquecer avida real e se afundar num mar de sonhos e fantasias. Esta umaopo individual, se bem que, muito condicionada ao papel do grupo.

    "O uso de drogas pode ser uma tentativa de amenizar sentimentosde solido, de inadequao, baixa auto-estima ou falta de confiana."

    Silveira, 1999.Alm do prazer, a droga pode funcionar como uma forma de oadolescente afirmar-se como igual dentro de seu grupo. Existemregras no grupo que so aceitas e valorizadas por seus membros, taiscomo: o uso de certas roupas, o corte de cabelo, a parada em certoslocais e a utilizao de drogas.

    no grupo que o jovem busca a sua identidade, faz a transionecessria para alcanar a sua individualizao adulta. Porm, ojovem tem o livre-arbtrio na escolha de seu grupo de companheiros. Otipo de grupo com o qual ele se identifica tem tudo a ver com sua

    personalidade.Outra motivao forte para o jovem buscar a droga a

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    transgresso. Transgredir contestar, ser contra a famlia, contra asociedade e seus valores. Uma certa dose de transgresso naadolescncia at normal, mas quando ela excede com drogas,representa a desiluso e o desencanto.

    Os jovens, muitas vezes, utilizam determinada droga para apontar aincoerncia do mundo adulto que usa e abusa das drogas legais comolcool, cigarro e medicamentos. Acreditam que os adultos deveriamser um "porto-seguro", um referencial da lei e dos limites. No entanto,muitos adultos no pararam para refletir sobre isso.

    A "onipotncia juvenil" uma caracterstica da adolescncia que fazcom que o jovem acredite que nada vai acontecer. Pode transar semcamisinha e no vai engravidar ou pegar AIDS ou DST, pode usardrogas e no vai se tornar dependente. No entanto, ainda maior orisco de dependncia, no jovem quando:

    * possui dificuldade de desligar-se da situao de dependnciafamiliar;* existem falhas na capacidade de reconhecer-se como indivduoadulto, capaz e separado dos outros;* possui dificuldades de lidar com figuras de autoridade, desafia etransgride compulsivamente.

    Os adolescentes sofrem influncias de modismos e de subculturas,so contestadores, sofrem conflitos entre a dependncia e aindependncia, tm uma forte tendncia grupal, um desprazer com a

    vida urbana rotinizada e uma grande ausncia de criatividade. Algunsadolescentes fazem a descoberta do valor da vida em confronto com amorte, atravs de esportes violentos, pegas de carros, roleta russa,anorexia nervosa, suicdio e drogas.

    A primeira onda de socializao da droga surgiu nos anos 60.Muitas pessoas comearam a questionar a realidade social e procuraruma cura psquica na natureza, j que o mundo urbano no ofereciaalternativas. Aprenderam a usar certas plantas para modificar apercepo consciente, era a poca dos hippies.

    Hoje, depois de 30 anos conhecemos o grande equvoco,

    definitivamente todas as drogas causam dependncia e esta "falsa"sensao divina acaba anestesiando a realidade individual de no sesentir "bom o bastante".

    Segundo Griscom, o desejo de drogas sempre a busca de algomais. Os pais transmitem isso aos filhos quando eles prprios ingeremdroga e os seus filhos acabam fazendo a mesma coisa. Isso explicado geneticamente, j existe no equilbrio bioqumico umapredisposio.

    "O uso de drogas ativa a expanso para a dimenso astral, fazendoa pessoa entrar em realidades que podem ser muito sedutoras,

    atraentes e abrangentes; por isso as drogas ofereciam uma sada, umescape da realidade linear e da luta para conseguir um lugar no

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    mundo" Griscom, (1991, p.71).A sociedade atual tem pouco a oferecer para o jovem antes que

    sejam considerados adultos produtivos, suas vidas esto semsignificado e seus modelos so os heris intocveis da TV. Os jovenssabem que nunca sero estes heris e sentem necessidade de sedescobrir e responder a questo "Quem sou eu?"

    "Os jovens procuram encontrar-se utilizando drogas. Tentameliminar a dor, a limitao, sacudir-se do desconforto de serempequenos demais. Fazem isso por meio de drogas porque foramcriados num modo de vida quase passivo. Hoje a juventude acumulaeletricidade esttica que no deixa uma marca, no encontra um canalpara escoar. A agitao grande demais para o Sistema Nervoso que estimulado em excesso e no possui um canal de reao. Assim osjovens simplesmente utilizam vrios tipos de drogas para sintonizar-se

    e livrar-se do desconforto que sentem no corpo, nas emoes e namente." Griscom (1991, p72 e 73). to difcil para o jovem ser ele mesmo que acaba representando

    vrios papis, um em casa, outro com os colegas, outro na escola,indefinidamente espera ser levado em conta. Chegar aos 18 anos, denada alivia porque o processo educativo prolongado, a adolescnciatambm prolongada e fica muito longe a chegada idade adulta, naqual a sociedade o aceitar e aprovar seus conceitos, pensamentos ecriatividade.

    Os pais no sabem o que fazer com a catica energia do jovem e a

    escola muito menos. O jovem vive uma realidade tensa com as notas,provas, semestres... sem que se perceba como um sentido real defora e valor. Esta separao emocional e intelectual acabaprovocando o "aluno desistente". Desistir de estudar sedutor, umadefesa contra um mundo hostil. As drogas aliviam o desconforto social,funcionam como uma cortina de fumaa para disfarar a sensao devazio. (Griscom,o. cit.)

    "Muitas pessoas comeam a utilizar drogas como um meio dealcanar o seu prprio eu divino, mas pagam um alto preo por isso. Aaglutinao do ncleo da nossa percepo consciente fica

    enfraquecido pelas drogas. Quando tomamos alguma droga que nosleva dimenso do altral, sempre ocorre um afrouxamento do controledo ego, que diz: "Tenha cuidado! Cuidado com isso". isso mesmo,libertamos o ego que nos aborrecia, mas quando entramos nadimenso do astral perdemos tambm a nossa essncia!" Griscom(1991, p. 77).

    Nosso caminho evolutivo acaba sendo atrasado por esta opo quetanto ilude e prejudica nossa essncia e nossa capacidade dediscernimento.

    O que acontece que as drogas trazem uma percepo derealidade passiva. Podem at ser um caminho para a expanso dapercepo consciente, porm um caminho passivo, de fora para

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    dentro, artificial e causa dependncia. A dimenso do astral no passiva, exige ao intencional, prticas de respirao, meditao erecolhimento interior.

    "A maconha uma das drogas que criam uma modificaopermanente no crebro. A maconha deposita nas sinapses nervosasum resduo viscoso que parecido com o piche e no pode serretirado. Esse resduo retarda nossa capacidade de entrar em outrasoitavas de percepo consciente porque as sinapses, que transportammensagens, perdem a faculdade de entregar os dados que recebem.As pessoas que optam por essa forma de alterar a percepoconsciente esto de fato diminuindo suas prprias vibraes."Griscom, 1991, p.78

    Se quisermos entrar em contato com a Espiritualidade Maior, emoutras dimenses, no podemos danificar nosso campo

    eletromagntico, somos sistemas energticos. Quando utilizamosdrogas criamos buracos no campo de nossa aura.Quando os jovens conhecem sua finalidade na vida, reconhecem a

    fora no seu corao e na sua intuio, no sentem necessidade derecorrer s drogas como meio de fuga. Podem compartilhar a ligaocom o Eu Superior e sentir a energia criativa que emanam atravs daspalavras, imagens, quadros ou msica.

    As principais recomendaes de Divaldo Franco para o jovens soessas:

    1.A pretexto de comemoraes, festas, no se comprometa com ovcio; apenas um pouquinho pode ser uma picada de veneno letalque mesmo em pequenas doses pode ser fatal;2.Se est feliz, fique feliz lcido;3.Se est sofrendo, enfrente a dor abstmio e forte;4.Para qualquer situao recorra prece.

    A DROGA NO CONTEXTO FAMILIAR

    Se os pais suspeitam e descobrem que o filho est usando drogasprecisam primeiramente escutar o que o filho tem a dizer para depoiscompreenderem o que est acontecendo.

    Este uso pode ser devido a uma oportunidade que surgiu e nosignifica que ele j um dependente. Todo cuidado pouco, umaabordagem inicial desastrosa pode se tornar mais perigosa do que o usode drogas em si. De nada adianta a agresso, a violncia e o desespero,cabe o dilogo e o esclarecimento dos riscos de acordo com asinformaes cientficas, sem terrorismo, porque exagerar riscos pode ser

    um estmulo para o uso, pode ser uma forma de testar limites.

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    medicamentos, excessos de automedicao, bito precoce de um dospais, condutas de suicdio, distrbios mentais, sintomatologias neurticasgraves, estados depressivos, etc.

    Quando constatada a dependncia do filho s drogas, percebem-seintensos conflitos porque, ao mesmo tempo que o filho rejeita o sistemade valores dos pais, permanece em uma situao de dependnciainfantil, revelando falhas na capacidade de reconhecer-se como indivduoadulto e capaz.

    Existe um tempo de latncia longo entre a descoberta pela famlia(cegueira familiar) e o uso de drogas pelo jovem. Jovens dependentespodem viver anos como crianas dceis e afetuosas, sem seremdescobertos pelos pais. A revelao do uso incomoda os pais e perturbao usurio na lua de mel com as drogas.

    O jovem geralmente demonstra extrema dificuldade de

    relacionamento com a figura de "autoridade", desafiando e transgredindocompulsivamente. A realidade fica insuportvel, os nicos momentosdignos de serem vividos so quando vive o imaginrio, alucina o real edescobre no corpo sua fonte de prazer.

    Antes que a dependncia se instale, a famlia precisa reverter oprocesso, deve assumir sua parte da responsabilidade, procurandoorientao, quando necessrio, e compreendendo que o jovem usurio portador de um sintoma que inclui o familiar, e cada qual deve procurar osignificado desse sintoma. Metacomunicar a respeito da histria familiarno significa culpabilizar os pais. Todos os membros da famlia so

    vtimas de um sintoma, cuja modificao ir alterar a homeostasefamiliar.No existem culpados, a famlia parte do problema e, como tal,

    parte da soluo.A famlia se depara com o problema com extrema perplexidade e

    despreparo sobre o assunto, procurando encontrar solues mgicas eimediatas. Sternschuss e Angel analisam a famlia do toxicmano econcluem que a primeira reao da famlia ao saber do uso de drogaspor um de seus membros de total desconhecimento, seguida de"cegueira familiar" e, quando realmente constata, eclode a crise familiar.

    Pesquisas realizadas no Centro Monceau, presidido por C.Oliveinstein, que atende centenas de famlias de heroinmanos,comprovaram a existncia de mitos familiares (conceito elaborado porFerreira e J.Byng-Hall, apud Bergeret e Leblansc, 1991). Seus estudosanalisam trs tipos de "mitos familiares": o da "boa convivncia"; o do"perdo, da expiao e da salvao" e o mito da "loucura na famlia".

    * O "mito da boa convivncia" faz com que a famlia no reconheanenhuma necessidade de mudana na sua dinmica, culpa oscolegas e traficantes e a frase tpica : "tudo comeou depois que

    meu filho ficou amigo de fulano".

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    * O "mito do perdo, da expiao e da salvao" tpico do caso dojovem que depositrio da culpa da famlia inteira, o bodeexpiatrio. Se um dia ele sair dessa situao, outro membro aparecepara o equilbrio do sistema familiar.* O "mito da loucura na famlia", pressupe que a loucura circuladentro da famlia, quando um membro se recupera, outro apresentaum sintoma ou uma doena como mecanismo regulador.

    O meio familiar exerce um papel importantssimo na formao doindivduo e no aprendizado da vida social.

    Alguns sinais podem alertar para um possvel uso de drogas, porm,necessariamente tambm podem indicar que h algo de errado com ofilho, alguma crise ou sofrimento que vai exigir intuio, amor eperspiccia para ajud-lo. No entanto, alguns sinais so preocupantes:troca do dia pela noite, insnia, vermelhido nos olhos, desaparecimento

    dos objetos de valor, agressividade excessiva, queda brusca dorendimento escolar, e outros.

    Como afirma Oliveinstein (1980): "Num momento como este, o nicopapel possvel consiste em dizer claramente que os adultos no tmnenhum paraso para oferecer, mas que a escolha no entre o parasoe a sociedade. Querendo ou no, j que o mundo gira, a escolha entreum futuro inserido (e que pode ser tranqilo) e a desgraa, porque nasociedade em que vivemos, e quaisquer que sejam os motivos e o valorque lhe damos, a droga leva loucura, morte ou rejeio."

    A POLMICA ENTRE MACONHA X CIGARRO

    J est virando dito popular, a famosa frase: "Maconha faz menosmal do que o cigarro" . A minha pretenso metacomunicar sobreesta afirmao, estar refletindo sobre o que est atrs desta frase

    Se continuarem usando esta ttica de minimizar os malefcios deuma droga, comparando-a com outra pior, como por exemplo "ocigarro faz menos mal do que o lcool", significa que estaro dizendopor trs disto, o seguinte: "fumem ou permaneam fumando, porqueexiste droga pior do que essa." E a fica uma tremenda confuso naminha cabea.

    O argumento do "menos mal" ingnuo ou malicioso? O que elequer comunicar? Ser que sua fala poderia ser esta: "---- Pessoal, obandido pior o cigarro, vocs ouviram dizer o que ele provoca?Agora, a "coitadinha" da perseguida maconha, inocente. Quem apersegue so preconceituosos, s porque ela ilegal, ficam nessahipocrisia."

    O desabafo acima no mentiroso, uma falsa verdade (metade

    mentira, metade verdade). Sabem por que? No podemos viver estahipocrisia das propagandas incentivadas pela mesma sociedade que

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    sofre os efeitos devastadores das drogas legais e condenapreconceituosamente as ilegais. Tambm no podemos viveradmitindo que a maconha inocente. Esta inocente,comprovadamente prejudica a ateno e a memria; porta deentrada para outras drogas; pode provocar desastres automobilsticos;geralmente est associada ao lcool; traz danos aos pulmes, causabronquite, provoca distrbios hormonais nas mulheres e pode levar osusurios esquizofrenia e aprofundar as crises.

    Agora, o pior desta realidade presenciar a desinformao contidana frase "maconha faz menos mal do que o cigarro", dentro das salasde aulas atravs dos professores do ensino mdio e superior!

    Professor precisa adotar uma conduta tica antes de qualquerconversa. No tem o direito de passar batido neste assunto. Se pensaassim, precisa explicar direito, mostrar os outros lados da questo,

    aprofundar cientificamente o tema, se no vai dar tempo deaprofundar, no jogue meias verdades. Isto um descompromissocom a sua profisso.

    Depois da capa infeliz da "Isto " (fevereiro deste ano) dizendo " AOMS adverte: maconha menos prejudicial do que o lcool e tabaco",a "Super Interessante" do ms de abril mostra um outro lado: "Chegade desinformao, novas verdades sobre a Maconha, uma drogaperigosa, sim." Percebemos neste duelo da mdia, o mesmo dueloentre os que defendem e os que no defendem o uso ou adescriminalizao da maconha.

    Discutir a descriminalizao vital, ainda vamos viver esteprocesso de descriminalizao e mais tarde de legalizao, antesporm, precisamos de condies mnimas de sade e moradiaconquistadas e, principalmente, de uma educao de qualidade, comprofessores bem preparados para trabalhar a preveno em suasvidas pessoais e profissionais.

    Precisamos desmistificar a droga, sim, mas desmistificar nosignifica minimizar, significa confrontar a verdade, sem contaminaesdo meio cultural, no confronto das informaes cientficas (que estoem processo, pesquisas sobre cigarro so mais antigas do que sobre

    maconha) e nossas dificuldades internas, sempre na busca daverdadeira ecologia humana e sade afetiva.

    Estamos a caminho do Terceiro Milnio, vivemos um novoparadigma que o despertar da conscincia holstica. A abordagemholstica prope uma viso no fragmentada da realidade, estabelecepontes sobre todas as fronteiras do conhecimento humano, resgatandoo amor essencial em cada um, a paz interior e uma verdadeiraecologia interna das pessoas, atravs de um profunda conscientizaodo significado da dimenso espiritual no esquema do universo. Nestaperspectiva futura a discusso sobre quem faz menos mal no temnenhum propsito. Nesta etapa viveremos a descriminalizao e alegalizao de drogas sem grandes prejuzos para a humanidade.

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    Enquanto isso, vamos continuar metacomunicando sobre nossasescolhas, posicionamentos e ideais de vida.

    Pensem nisso!

    PREVENO DE DROGA NA ESCOLA

    O adolescente possui um imenso potencial criativo embotado, noexplorado pela educao. Este um dos caminhos mais ricos dapreveno. Para Moreno (criador do Psicodrama), o caminho e asalvao da escola esto no treino da espontaneidade, cuja resposta acriatividade.

    Acreditamos que a escola um espao para desenvolver atividades

    educativas, visando qualidade de vida e educao para a sade.Portanto, ela tem a responsabilidade da preveno primria esecundria.

    A educao no engloba apenas transmisso de conhecimentos, muito mais que informar, educar formar, estar atento parte afetivae social da criana e do jovem.

    Todos os profissionais da escola devem estar voltados para a buscade um indivduo e de uma sociedade com sade. Nada adianta falar doproduto, sem tocar na questo fundamental da motivao, das atitudes ehbitos dos indivduos.

    Um programa de preveno deve comear com a identificao precisada populao-alvo, isto , quais as suas necessidades, valores,ideologias, questes polticas, econmicas, qual a incidncia eprevalncia do uso indevido de drogas, entre outros dados.

    Feito o diagnstico da situao e identificadas as caractersticas dapopulao-alvo, resta definir os objetivos do programa, para, em seguida,estabelecer as estratgias utilizadas, permanecendo presente em todasas etapas a avaliao. A avaliao durante o processo permite selecionaras estratgias mais efetivas e descartar as ineficazes, modificando oprograma em andamento.

    A escola que se propuser a prevenir drogas, deve faz-lo dentro deum contexto mais amplo da sociedade, como a poluio, violncia,solido, vida competitiva, sade, alimentao, medicina preventiva, eoutros. Deve elaborar um projeto, contextualizando a droga nasociedade, a sexualidade e temas atuais, criando "Centros deInteresses", que envolvam professores, diretores, especialistas e alunos.

    No trabalho com pequenos grupos, procurar-se- usar mtodos ativospara desenvolver a conscincia crtica, reduzir preconceitos, discutir osvalores e motivaes individuais e alertar sobre os riscos da dependncia

    e aspectos da tolerncia e da automedicao.

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    Significa tambm denunciar os eventuais traficantes e no caso de alunostraficantes, comunicar s famlias.

    Tiba (1994, p.59), em resposta a uma questo sobre a maneira comoa escola pode ajudar no problema das drogas, tambm confirma os

    aspectos primordiais que defendemos num programa de preveno nasescolas: "Seria ideal que a escola complementasse essa filosofia de vidafamiliar e acrescentasse em seu currculo programas que tambmpreparassem seus alunos para enfrentar no s a droga, mas a vidacomo um todo. No entanto, muitos professores nem conhecem arealidade cientfica e psicolgica das drogas, seus efeitos e suasconseqncias. freqente no saberem nem identificar um usurio dedrogas e, se identificam, no sabem o que fazer com tal descoberta, Porisso, as diretorias das escolas preferem negar as drogas em seusestabelecimentos. Mas j no possvel "tapar o sol com a peneira". As

    drogas existem, e imaginar que apenas os "outros" as usam s facilitasua propagao".Tiba atribui escola toda a sua responsabilidade. Enfatiza a

    necessidade dos professores se prepararem para a convivncia diria,realizar a preveno primria, transmitindo uma postura de vida, evitandopalestras gigantescas com grande pblico. Faz-se mister desmistificar oassunto, adotar atitude de compreenso do fenmeno e estar atento paradetectar quando seu aluno inicia o uso, j que a famlia, no seuenvolvimento emocional, vive a "cegueira psquica" e no quer enxergar.A escola tem mais condies de detectar as alteraes do

    comportamento do aluno e agir com coerncia e bom senso, sematitudes levianas e sem cometer injustias, como querer responsabilizara droga por tudo que acontea.

    O autor acima citado conclui com uma postura com a qualconcordamos: "No compete escola o tratamento contra drogas, massim o encaminhamento adequado do caso. Essas situaes so muitocomplicadas, e quanto mais pessoas estiverem envolvidas, maior aconfuso. Entretanto, mil vezes prefervel a confuso covarde omisso.Se a escola no tomar nenhuma atitude, todos perdem: a famlia, aescola, o aluno e a sociedade. Vence a droga, que assim ultrapassa a

    terceira barreira, aquela que poderia conter a destruio da pessoa pelovcio. A segunda foi a famlia, e a primeira, o usurio. Por isso, a escolatem de ser clara e honestamente firme."

    O grande dilema da escola est na sua forma de atuar. Nossaexperincia prtica tem constatado que, em geral, o profissional se vdespreparado para atuar na preveno. s vezes, participa de cursos,mas no viabiliza sua prtica e se sente impotente para se adaptar suarealidade. Muitas vezes, est solitrio dentro de sua escola, suapreocupao no atinge a direo nem a equipe escolar. Outras vezes,sente-se aterrorizado, recusa-se a pensar no tema, por sentir dificuldadepessoal de lidar com o assunto. Ou ainda, usa recreativamente a droga e

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    teme se comprometer. Com estas e tantas outras dificuldades, a escolase omite, adiando a sua atuao.

    A preveno de drogas nas escolas uma deciso poltica e conjunta.Prevenir drogas , antes de mais nada, falar de educao de filhos, deadolescncia, de relao social e convivncia afetiva.

    Um projeto de preveno nas escolas aborda um contexto amplo devalorizao da vida e inclui programas: culturais, de conscinciaecolgica e de educao afetiva.

    Os programas culturais, recreativos e educacionais oferecemalternativas sadias em substituio seduo das drogas.

    Os programas de conscincia ecolgica incentivam um estilo de vidasaudvel, em contraposio poluio ambiental, sonora, alimentar e procura excessiva de automedicao.

    Os programas de educao afetiva visam a melhorar a auto-estima, a

    resistncia presso do grupo, a ansiedade, a timidez, etc.Todos os programas acima citados esto includos nos modelos de

    "Educao Afetiva"; "Estilo de Vida Saudvel"; "Presso Positiva" e no de"Oferecimento de Alternativas", segundo Carlini, Carlini-Cotrim e Silva-Filho, 1990, cap.III, p.6-10.

    Um projeto de preveno na escola passa por trs etapas,envolvendo, respectivamente, os profissionais da escola, pais e alunos:

    * Na primeira etapa, chamada "Escola", realizam-se estudos edebates e treinamentos que envolvam o corpo tcnico-administrativo

    e o corpo docente para trabalharem o tema droga, no apenasintelectualmente, mas com todas as implicaes afetivas e sociais (oque atingido usando a metodologia psicodramtica).* A segunda etapa envolve "Pais", tem o objetivo de fortalecer mais ocontato com as famlias, promovendo encontros, reunies onde sepossam trocar experincias, informaes e orientaes, procurandoevitar alarmismos ou minimizaes das questes referentes s drogase priorizando trabalhar as dificuldades nas relaes pais e filhos.* A terceira etapa -"Alunos"- compreende diversas formas sutis deabordar o assunto, desde o espao de discusso aberta oferecido

    pela Orientao Educacional, ao espao interdisciplinar, planejado ouno no currculo escolar, com professores das diferentes disciplinas,atentos e sensveis para captarem as necessidades do seu grupo dealunos, para usarem formas criativas de trabalhar o seu contedo,correlacionando-o, quando possvel, com temas da vida prtica comoadolescncia, sexo e drogas.

    Para planejar, executar e avaliar um projeto de drogas, algumastcnicas, atitudes e atividades devem ser totalmente excludas, como porexemplo: concentrar numa s aula ou encontro todas as informaes;

    pedir pesquisas aos alunos, sem conhecer o material a ser consultado;oportunizar depoimentos de ex-drogados ou, em ltima instncia,

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    O Conde Drcula, com aquela sua beleza, fazia com que as pessoas seapaixonassem e no resistissem, mesmo sabendo que estariamcorrendo srios perigos.

    Ocorre o mesmo com jovens e adultos, porque ao entrarmos emcontato com nosso mundo interno, imaginrio e desconhecido, podemosestabelecer um vnculo muito forte com a droga, (sensao vivida pelaspessoas que "bebem socialmente" e "fumam" ou usam "medicamentos"),tendo sempre em vista que 15% da populao tem predisposiogentica, como tambm resqucios de suas vidas passadas.

    Indiscutivelmente, todos os especialistas e estudiosos dos problemasrelativos ao uso de drogas, acreditam que o melhor combate apreveno. A UNESCO, desde 1972 destacou a necessidade universalde se fazer um investimento na educao para prevenir o abuso dedrogas.

    Prevenir significa dispor com antecipao, preparar, chegar antes. Emrelao s drogas, pressupe um conjunto de medidas utilizadas paraimpedir ou, pelo menos, reduzir seu consumo abusivo.

    A maior dificuldade de um programa de preveno reside na hipocrisiados adultos, que fazem uso abusivo de drogas legais e se situam no"faa o que eu digo e no faa o que eu fao".

    Bucher (1988) afirma que a primeira postura para se falar de drogas abandonar preconceitos, tais como: "usou droga uma vez e j estirremediavelmente perdido" ou "a droga a culpada dos males dasociedade..."

    Os pais que tratam este assunto como um tabu fazem advertnciasdramticas e aterrorizantes, criam um clima de suspeita, despertando acuriosidade e afastando ainda mais os jovens dos adultos. Falar comnaturalidade e segurana de boa poltica, procurando no mistificar adroga e integrando-a dentro de outros assuntos da vida cotidiana.

    O grande dilema dos pais se refere ao que fazer para que seus filhosno comecem a usar drogas, ou para que deixem de us-la ou aindapara que no voltem a us-la.

    As drogas podem causar grandes dramas. Segundo Bucher (1989), a

    atitude mais adequada em termos preventivos, quando a famlia constatao uso de drogas pelo filho : no abafar, no castigar e no condenar;procurar saber o nvel de comprometimento, melhorar as relaes dentrode casa e procurar ajuda especializada.

    A famlia precisa repensar seu papel, suas relaes, no usar deautoritarismo nem de liberalismo, mas ser uma presena firme e flexvel,sabendo usar de sua "autoridade".

    At a famlia mais estruturada pode sofrer transgresses passageirassem danos para o futuro e pode sobreviver muito bem, j que conta commodelos familiares sadios e boas relaes entre as pessoas.

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    O trabalho preventivo no monoplio de especialistas, masresponsabilidade de toda a sociedade: pais, educadores, profissionais desade, justia, servio social, e outros.

    A concepo educativa de preveno est centralizada nos seguintesaspectos: formao do ser humano; valores; motivaes; estilo de vidaisento de drogas; alternativas no campo do lazer; esporte e artes(desenvolvimento do potencial criativo) e ampliao da conscinciaintegral (busca de transcendncia).

    Basicamente, a preveno deve concentrar-se menos nos perigos easpectos farmacolgicos (por isso a informao apenas umcomponente e sempre aparece contextualizada no cenrio educativo) eenfocar mais a fase da adolescncia, a busca da auto-afirmao, daauto-estima, o conflito dependncia e independncia, a transgresso, oconflito com a pessoa de autoridade, a dificuldade de enfrentar

    problemas e limites e a questo do prazer. A preveno alerta sobre osriscos de tolerncia e dependncia e, principalmente, focaliza aresponsabilidade pessoal pela opo a ser tomada.

    A famlia esprita tem uma compreenso mais totalizadora dofenmeno droga. Ns acreditamos que existe um componente espiritualmuito forte nesta predisposio do jovem para qualquer droga, visto quena adolescncia o jovem assume algumas tendncias de outras vidas,mas recebeu desde o planejamento de sua encarnao e deveria terrecebido na sua famlia, toda orientao para o seu aprimoramentoespiritual.

    Joanna de ngelis acredita que o antdoto para o aberrante problemados txicos est na:

    1.Educao luz do Evangelho sem disfarces nem distores, desde gestao.

    2.Conscientizao espiritual sem alardes3.Liberdade e orientao com base na responsabilidade4.Vigilncia carinhosa dos pais e mestres cautelosos

    Apesar de existir quadros desajustadores, no podemos culparapenas os pais pelo desajuste do filho, o adolescente tambm tem

    participao ativa e consciente, ele intuitivamente sabe o que suaconscincia diz, se tiver vontade firme pode exercitar seu auto-controle eauto-disciplina.

    Joanna de ngelis afirma que o adolescente faz a opo pelas drogasquando sente-se impossibilitado de auto-realizar-se, geralmente porcausa de uma famlia-provao, porque foi desprezado em casa, no foiqualificado como ser humano, vive uma desarmonia psicolgica e o seumundo interno no est bem.

    O livro Famlia e Espiritismo traz algumas orientaes aos pais:* No penses que o seu lar ser poupado;* Observa o comportamento de seu filho, fique bem atento, e se oproblema bater na sua porta: No fuja dele - saia da cegueira familiar;

  • 5/25/2018 A Preven o de Drogas a Luz Da Ci ncia e Doutrina Esp rita Rosa Maria Silvestre S...

    http:///reader/full/a-prevencao-de-drogas-a-luz-da-ciencia-e-doutrina-espirita-rosa-

    * No desespere e nem seja hostil;* Converse, esclarea, oriente;* Busque os recursos da medicina dos homens e da doutrinaesprita.

    Atitudes paternas que dificultam um programa de preveno sdrogas:* Pais que usam medicamentos na busca de equilbrio, mostram queenfrentam a realidade ingerindo produtos qumicos. (calmantes, etc.)* Pais que usam e abusam de remdios sem receita mdica, sem omenor esforo para diminuir a dor atravs dos recursos mentais eoutras tcnicas alternativas.* Pais que usam e abusam de bebidas alcolicas* Pais que fumam e usam o cigarro como bengala psicolgica.

    PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE DROGAS

    As drogas naturais so menos perigosas do que as drogasqumicas?

    No, as drogas obtidas a partir de plantas so at mesmo maisperigosas do que as produzidas em laboratrio. Existem muitosvenenos extrados das plantas.

    Qual a diferena entre drogas leves e pesadas?

    O termo correto seria uso leve e uso pesado, depende muito maisdo consumo, da maneira e circunstncia que usada do que do tipode droga ingerida. Uma pessoa pode usar o lcool, por exemplo, demodo inofensivo e ocasional (leve), enquanto outra se tornadependente e habitual (pesado).

    Qual a relao entre depresso e uso de drogas?A depresso um transtorno psiquitrico que mais se associa

    dependncia de drogas, segundo Silveira (1999) e requer umtratamento psicoteraputico especfico. Muitas vezes a falta deserotonina e o mau funcinamento do sistema lmbico do jovem so os

    responsveis pelo agravamento do quadro depressivo, associado namaioria das vezes com um processo espiritual obssessivo.

    Qual a relao do dficit de ateno com ou sem hiperatividade eo uso de drogas?

    Pesquisas recentes concluram que muitos jovens com dificuldadesde aprendizagem esto mais propensos ao uso de drogas. Como asfamlias e escolas no realizam o diagnstico correto (noencaminham a especialistas) e atribuem o insucesso escolar preguia ou indisciplina, o jovem fica marginalizado, com uma auto-

    estima baixa e sem possibilidade de desenvolver seu potencial. Seesse distrbio fosse tratado, essas conseqncias trgicas no

  • 5/25/2018 A Preven o de Drogas a Luz Da Ci ncia e Doutrina Esp rita Rosa Maria Silvestre S...

    http:///reader/full/a-prevencao-de-drogas-a-luz-da-ciencia-e-doutrina-espirita-rosa-

    aconteceriam. Diz Silveira (1999) muitos jovens que apresentavamtranstornos de ateno, depois de tratados por especialistas, pararamde consumir drogas.

    De todas as razes para o jovem usar as drogas, qual sintetiza

    mais esta opo?J lemos e ouvimos inmeras razes para o uso, mas o pano