A produção de variabilidade comportamental e sua extensão

para outras tarefas em crianças com desenvolvimento

atípico.

São Paulo, 2009. Dissertação de Mestrado. PUC/SP.

Juliana Palma de Godoi Fialho

Orientação de Nilza Micheletto.

Esta palestra tem como objetivo apresentar dados científicos relevantes para o desenvolvimento de

estratégias de intervenção comportamental com crianças autistas. Este estudo objetivou reforçar a

variabilidade comportamental em respostas de 4 crianças diagnosticadas com autismo durante um jogo de

computador. Objetivou-se, ainda, testar a extensão da variabilidade para outros dois jogos de computador

não submetidos ao reforçamento direto do variar, sendo um com topografia semelhante e outro com

topografia diferente da tarefa experimental. Após a linha de base dos três jogos, reforçou-se o variar no Jogo

1 (tarefa experimental) com aumento gradual da exigência de variabilidade. Em seguida, testou-se a

extensão da variabilidade adquirida para o Jogo 2 (tarefa com topografia semelhante) e para o Jogo 3 (tarefa

com topografia diferente). O último nível do treino de variabilidade foi feito novamente, desta vez com

acúmulo dos dados de uma sessão para outra, o que torna a contingência mais exigente. Os testes de

extensão da variabilidade também foram repetidos. Um dos participantes apresentou variabilidade alta na

linha de base com a tarefa experimental, esta foi reduzida pelo reforçamento contínuo e recuperada pelo

reforçamento direto do variar. Os demais participantes tiveram aumento nos índices de variabilidade após o

reforçamento direto. Houve extensão da variabilidade para as tarefas não submetidas ao treino,

principalmente para a tarefa topograficamente semelhante à experimental. O reforçamento do variar pode

contribuir para o ensino de crianças com dificuldades de aprendizagem, já que resulta na ampliação do

repertório comportamental onde respostas adaptativas podem ser selecionadas mais facilmente.