A PRODUÇÃO DO PROGRAMA DE TELEVISÃO DIÁLOGO … · A entrevista é um instrumento de coleta de...
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CENTRO UNIVERSITRIO DE BRASLIA FACULDADE DE CINCIAS SOCIAIS APLICADAS FASA CURSO: PUBLICIDADE E PROPAGANDA DISCIPLINA: MONOGRAFIA ACADMICA PROFESSOR ORIENTADOR: RICO DA SILVEIRA
A PRODUO DO PROGRAMA DE TELEVISO
DILOGO BRASIL
ROGRIO BRANDO DE CARVALHO MATRCULA N 20172171
Braslia/DF, Junho de 2005
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ROGRIO BRANDO DE CARVALHO
A PRODUO DO PROGRAMA DE TELEVISO DILOGO BRASIL
Monografia apresentada como requisito
para a concluso do curso de bacharelado
em Comunicao Social, Habilitao em
Publicidade e Propaganda do UniCEUB
Centro Universitrio de Braslia
Prof orientador: rico da Silveira
Braslia/DF, Junho de 2005
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CENTRO UNIVERSITRIO DE BRASLIA FACULDADE DE CINCIAS SOCIAIS APLICADAS FASA CURSO: PUBLICIDADE E PROPAGANDA SUPERVISO DE MONOGRAFIA ACADMICA
MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA
MEMBROS DA BANCA ASSINATURA 1. COORDENADOR (A) DO CURSO Prof.: Maria Glucia Magalhes
2. SUPERVISOR (A) DE MONOGRAFIA ACADMICA
Prof.:
3. PROFESSOR ORIENTADOR Prof.: rico da Silveira
4. PROFESSOR (A) CONVIDADO (A) Prof.:
5. PROFESSOR (A) CONVIDADO (A) Prof.:
MENO FINAL:
Braslia/DF, ....... de....................... de 2005
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A televiso um invento que permite que
voc seja entretido na sala por pessoas
que voc no deixaria entrar em sua casa.
Davis Frost
I
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A Deus pela presena constante.
Aos meus pais, irmos, familiares
e amigos por acreditarem em mim.
II
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Agradecimentos,
A todas as pessoas que me ajudaram ao
longo do curso, especialmente o Digenes
pela boa vontade de ensinar e a equipe do
programa Dilogo Brasil.
Ao professor orientador rico da Silveira
por sua competncia e a professora
Elis Regina pelo apoio.
III
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SUMRIO Resumo......................................................................................................................V
Introduo...............................................................................................................
Definio do objeto de estudo...................................................................................04
Objetivos...................................................................................................................05
Metodologia...............................................................................................................06
1. Telejornalismo........................................................................................................08
2. A equipe do telejornal e o fluxo de sua produo..................................................12
3. A produo audiovisual..........................................................................................25
3.1. Pr-produo e seus componentes....................................................................25
3.2. Ps-produo e seus componentes ...................................................................26
4. Concepo do programa de televiso....................................................................33
5. Dilogo Brasil.........................................................................................................43
5.1. Preparando o programa......................................................................................44
5.2. Produo de chamadas......................................................................................51
6. Entrevista na televiso...........................................................................................53
6.1. Entrevista............................................................................................................55
Concluso..................................................................................................................62
Referncias Bibliogrficas..........................................................................................66
Anexos........................................................................................................................69
IV
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RESUMO
Analisando a produo do programa de televiso Dilogo Brasil, um programa da TV Nacional de Braslia, em parceria com a TV Cultura de So Paulo e a TVE Rede Brasil do Rio de Janeiro que discute os temas mais relevantes do cenrio nacional, com a participao de especialistas e convidados em Braslia, Rio de Janeiro e So Paulo. O estudo pretende mostrar a contextualizao, suas inovaes, a produo diria e o seu novo formato. Examina ainda a concepo de como produzir um programa de televiso, os estgios de produo, as subdivises das equipes, os integrantes responsveis, com respectivas funes. Alm disso, tem o propsito de mostrar um breve histrico do telejornalismo, sua estrutura, e o dia-a-dia na redao. Autores como Guilherme Jorge Rezende, Harris Watts, Isabel Travancas, Olga Curado, Pedro Maciel, Valter Bonasio, entre outros, forneceram contribuies bibliogrficas de grande importncia a realizao desta anlise. E por fim, uma entrevista com o mediador Florestan Fernandes Jnior, a diretora Lize Bainy e o presidente da Radiobrs, Eugnio Bucci, que mostram as suas concepes sobre o programa Dilogo Brasil. Ao longo deste trabalho, pode-se concluir o seu modo de produo do referido programa de televiso.
V
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INTRODUO
Este trabalho uma anlise do processo de produo do programa
Dilogo Brasil, produzido pela TV Nacional de Braslia, em parceria com a
TV Cultura de So Paulo e a TVE Rede Brasil do Rio de Janeiro e transmitem ao
vivo em 20 canais que formam a Rede Pblica de Televiso para 822 pontos em
todo o pas. O Dilogo Brasil exibido ao vivo nas quartas-feiras, s 22h30 com
durao de uma hora e reapresentado aos sbados s 22h, somente nas emissoras
TV Nacional e TV Nacional Brasil - NBR.
O programa Dilogo Brasil se caracteriza pela diversidade de temas que
funcionam como um intercmbio de idias, esclarecimentos e conhecimentos com o
propsito de integrar seus convidados e os telespectadores. O objetivo principal
manter o pblico bem informado sobre os acontecimentos no cenrio nacional, por
meio do dilogo aberto. A importncia de reservar um espao para informaes
divulgadas e acompanhadas pelo Dilogo Brasil a cada semana, uma forma de
mostrar como est estruturado o programa. (anexo VII).
O assunto escolhido se deve ao grande interesse e curiosidade sobre
determinados mecanismos de produo e ps-produo de um programa de
televiso. Por isso, importante estudar algumas tcnicas utilizadas pelos
produtores, diretores e jornalistas.
A pesquisa est dividida em quatro captulos: O primeiro situa o leitor, com
um breve histrico do telejornalismo, seus integrantes, com respectivas funes, e o
dia-a-dia na redao de um telejornal. O segundo captulo dedicado
contextualizao do Dilogo Brasil. Explica o surgimento, suas inovaes, a
produo diria, e o seu novo formato. Alm de mostrar a importncia das equipes
de pr e ps-produo, no processo da construo de um programa de televiso.
No terceiro captulo trata da concepo de como produzir um programa de
televiso, os estgios da produo, as subdivises das equipes, os integrantes
responsveis, com respectivas funes. E o quarto e ltimo captulo uma entrevista
com o mediador Florestan Fernandes Jnior, a diretora Lize Bainy e o presidente da
Radiobrs Eugnio Bucci, que mostram as suas concepes sobre o programa
Dilogo Brasil.
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Desta forma, o programa poder ser compreendido tanto como um produto de
telejornalismo, como um programa de televiso.
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DEFINIO DO OBJETO DE ESTUDO
Compe o corpo deste trabalho compreender o processo de produo de um
programa de televiso desde sua idia inicial, ou seja, do processo de pr-produo at
a finalizao na ps-produo. E no campo da literatura especializada, estudar as
tcnicas de produo audiovisual e de telejornalismo.
Essa pesquisa, parte do estudo de caso da produo do programa semanal
Dilogo Brasil que discute os temas mais relevantes do cenrio nacional, com a
participao de especialistas e convidados em Braslia, Rio de Janeiro e So Paulo.
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OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho observar o programa Dilogo Brasil, verificando sua
produo diria, o processo de pr e ps-produo, a sua rotina de trabalho. Adquirir
conhecimentos sobre a parte tcnica, entender a estrutura de roteiro, a linguagem,
a pauta e todos os aspectos que importam na realizao de um programa de televiso.
Estudar as teorias e os conceitos de especialistas em telejornalismo, funciona
como auxilio para o entendimento de termos tcnicos provenientes da linguagem
jornalstica de televiso, alm de entender como o funcionamento da produo
diria de um telejornal e sua estrutura formada por duas partes: produo e edio.
Observar em campo a produo diria do Dilogo Brasil; facilita a compreenso
das etapas de como produzir um programa de debate e o papel dos integrantes
envolvidos nas equipes de pr e ps-produo com suas respectivas funes. Esse
convvio mais prximo com o objeto de estudo, funciona como anlise entre o seu modo
de produo e a teoria dos especialistas em produo audiovisual.
Para isso, interessa, ao seu final, compreender como se faz um programa de
televiso, com enfoque jornalstico, que discute os temas mais relevantes do cenrio
nacional, com a participao de especialistas e convidados em Braslia, Rio de Janeiro
e So Paulo.
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METODOLOGIA
Este trabalho consiste em uma pesquisa de abordagem explicativa, que busca
esclarecer que fatores contribuem, de alguma forma, para o desenvolvimento do
programa, realizada sob a forma de estudo de caso, referente ao Dilogo Brasil.
Segundo Antonio Gil: o estudo de caso uma modalidade de pesquisa que
consiste no estudo profundo e exaustivo de poucos objetos, de maneira que permita
seu amplo e detalhado conhecimento.
A observao em campo o estudo mais adequado para a investigao do
processo de produo do programa semanal Dilogo Brasil. Esse mtodo facilita a
compreenso de tcnicas utilizadas pelos produtores, diretores e jornalistas. Para isso,
o convvio com esses profissionais de televiso so necessrios para a eliminao das
dvidas e apreenso de novas tcnicas.
A pesquisa bibliogrfica, como qualquer outra modalidade de pesquisa, inicia-se
com a escolha de um tema. Essa escolha constitui importante passo na elaborao de
uma pesquisa bibliogrfica, que finaliza com a formulao de um problema ou
sugesto.
Para realizar este estudo, foi necessria uma pesquisa bibliogrfica referente aos
assuntos como produo audiovisual e as tcnicas utilizadas no telejornalismo. A
importncia das obras de especialistas como Harris Watts e Valter Bonasio
complementam a forma de como produzir um programa de televiso. Alm disso, a
contribuio de jornalistas que atuam no telejornalismo, tais como Alfredo Jnior,
Guilherme Jorge Rezende, Herdoto Barbeiro, Isabel Travancas, Nilson Lage, Olga
Curado, Paulo Rodolfo de Lima, Pedro Maciel e Vera ris Paternostro, contribuem para
o exerccio de anlise do programa Dilogo Brasil.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. So Paulo. Atlas, 1996. p.57 Idem p.60.
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Aps delimitar o objeto de estudo, aplicam-se as teorias de especialistas que
trabalham com televiso para complementar a pesquisa. Com isso, ser possvel
verificar que a equipe de produo do Dilogo Brasil adota algumas teorias baseadas
nos conceitos de como fazer televiso.
Segundo Marco Antonio da Costa: no estudo de campo, o pesquisador realiza a
maior parte do trabalho pessoalmente, pois enfatizada importncia de o pesquisador
ter tido ele mesmo uma experincia direta com a situao de estudo.
O interesse em realizar um estudo de campo, provm da observao direta das
etapas de produo e de focalizar o grupo de entrevistados - integrantes do Dilogo
Brasil com o objetivo de captar explicaes sobre mtodos, tcnicas, curiosidades, de
como produzir um programa de debate.
A entrevista um instrumento de coleta de dados, aplicado quando se quer
atingir um nmero restrito de indivduos. Sua grande vantagem a interao entre o
pesquisador e o entrevistado.
Considerada uma boa prtica de coleta de dados, a entrevista de forma
aberta e no estruturada, na qual no h um formulrio de entrevista; assim, as
perguntas so feitas medida que a conversa vai transcorrendo com os principais
integrantes na formao do Dilogo Brasil, a diretora Lize Bainy, o mediador, Florestan
Fernandes Jnior e o presidente da Radiobrs, Eugnio Bucci, que relatam as suas
concepes sobre o programa, suas tcnicas e a importncia do programa para a
sociedade e na programao da rede pblica de televiso. Para isso, a finalidade da
entrevista, neste trabalho, compreender o processo de produo do programa.
COSTA, Marco Antnio da. BARROZO, Maria de Ftima. Metodologia da pesquisa: conceitos e tcnicas. Intercincia. Rio de Janeiro, 2001. p.39. Idem.
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1. TELEJORNALISMO
A televiso faz parte da vida de milhares de brasileiros, que buscam
entretenimento, cultura e informao por meio de programas que fazem parte da
programao de uma emissora.
A televiso brasileira foi inaugurada oficialmente no dia 18 de setembro de 1950,
em estdios precariamente instalados em So Paulo, com o pioneirismo do jornalista
Assis Chateaubriand.
Segundo Srgio Mattos: ao contrrio da televiso norte-americana, que se
desenvolveu apoiando-se na forte indstria cinematogrfica, a brasileira teve de se
submeter influncia do rdio, utilizando sua estrutura e o mesmo formato de
programao.
Os veculos de comunicao de massa, principalmente o rdio e a televiso,
foram utilizados pelos militares para promover a nova ordem social e desenvolvimento.
O regime utilizou a mdia eletrnica a fim de construir o esprito nacional, baseado na
preservao das crenas, culturas e valores. Foi tambm, por meio da mdia que as
aspiraes e conceitos de desenvolvimento, paz e integridade do regime de exceo
foram impostos populao brasileira. A fim de que suas mensagens atingissem a
populao inteira e que esta prova de modernidade, a televiso, pudesse se expandir
no territrio nacional, os governos militares investiram no melhoramento das condies
tcnicas e operacionais das telecomunicaes. Alm isso, a televiso se tornou o meio
de maior penetrao da sociedade e, conseqentemente, recebe a maior parte dos
investimentos publicitrios.
Segundo Alfredo Eurico Jnior: pode-se entender o telejornal como o meio mais
simples, cmodo, econmico e acessvel para conhecer e compreender tudo o que
acontece na realidade e como se transforma a sociedade. A definio, aparentemente
simples, esconde uma complexidade. O pressuposto de que a informao televisiva
seja um bem pblico.
MATTOS, Srgio. Histria da Televiso Brasileira. 2 edio. Editora Vozes. So Paulo, 2002. p.49. JNIOR, Alfredo. Decidindo o que notcia - Os bastidores do telejornalismo. Porto Alegre: Coleo comunicao 2, 2000. p.88.
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No cenrio que envolve a produo jornalstica no pas, o telejornalismo cumpre
uma funo social e poltica to relevante porque atinge uma grande parte do pblico
iletrado, no habituado leitura, desinteressado pela notcia, mas que tem de v-la,
enquanto espera a novela. Enquanto nos meios impressos acontece o contrrio: o leitor
s l o que lhe interessa. justamente por causa desse telespectador passivo que o
telejornalismo torna-se mais importante do que se imagina, a ponto de representar a
principal forma de democratizar a informao, apesar de serem produzidos
precariamente e carecem de um nvel mnimo de qualidade. As falhas se originavam
tanto das grandes deficincias tcnicas quanto da inexperincia dos primeiros
profissionais, a maioria procedente das emissoras de rdio. Por causa dos obstculos
que impediam as coberturas externas, o jornalismo direto do estdio, ao vivo,
ocupava-se quase todo o tempo dos noticirios.
O uso da cmera de filmar de 16 milmetros, sem som direto, principal inovao
tcnica disposio do telejornalismo brasileiro na dcada de 1950, no bastou para
atenuar a influncia da linguagem radiofnica sobre os telejornais e caracterizava-se
pelo aproveitamento insatisfatrio de seu potencial informativo mais expressivo: a
imagem.
Segundo Walter Sampaio, 1971: a televiso opera, com uma intensidade maior
do que qualquer outro veiculo, uma relao direta e imediata com o vivenciado. Dessa
maneira, cumpre ao extremo das possibilidades a funo referencial prpria da
narrativa jornalstica, ao transportar para a casa do telespectador as imagens do
acontecimento acompanhadas dos comentrios verbais que as esclarecem.
Tendo como uma das caractersticas principais da televiso, a linguagem
coloquial apresenta um estilo bem prximo da linguagem cotidiana. Por isso, utilizada
por profissionais de televiso, como exemplo, o jornalista, sempre que for escrever para
a televiso ou apresentar, deve lembrar que est contando uma histria para algum,
de forma clara, objetiva, direta, informativa, simples e pausada e esse fato deve ser
assimilado por milhes de telespectadores.
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Segundo Vera ris Paternostro:
No telejornalismo, existem trs elementos bsicos: a imagem, a informao e a emoo. Grande parte da preocupao fazer com que texto e imagem caminhem juntos, sem um competir com o outro: ou o texto tem a ver com o que est sendo mostrado. importante ressaltar, que a imagem parte da natureza da televiso, e em telejornalismo preciso casar imagem e informao.
A linguagem jornalstica na televiso tem um trao especfico que a distingue: a
imagem. A fora da mensagem icnica to grande que, para muitas pessoas, o que a
tela mostra a realidade. Por isso, a televiso ocupa um status to elevado, que faz
com que os telespectadores, especialmente os poucos dotados de senso crtico, lhe
dem crdito total, considerando-a incapaz de mentir para milhes de pessoas. No
jornalismo de TV, a cmera pode enfatizar ou revelar novos significados que ajudam a
esclarecer uma informao. A subjetividade com que a imagem feita economiza muito
texto, d apoio a uma informao.
O telejornal faz parte da programao brasileira cumprindo uma determinao
legal. O decreto lei 52.795 de 31.10.1963, o regulamento dos servios de
radiodifuso, que estipula que as emissoras dediquem cinco por cento do horrio da
programao diria ao servio noticioso. Esse programa de notcias tem o intuito de
oferecer ao pblico, informao sobre os fatos da semana, do dia, da hora, do
momento.
Segundo Olga Curado: a notcia a informao a servio do pblico. Ela revela
como determinados fatos se passaram, identifica personagens, localiza
geograficamente onde ocorrem ou ainda esto acontecendo, descreve as suas
circunstncias, e os situa, num contexto histrico para dar-lhes perspectiva e noes da
sua amplitude e dos seus significados.
PATERNOSTRO, Vera ris. O texto na TV- Manual de telejornalismo. 12 edio, Rio de Janeiro: Campus, 1999. p. 72-73. CURADO, Olga. A notcia na TV- O dia-a-dia de quem faz telejornalismo. So Paulo: Alegro, 2002. p.24.
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A informao deve colaborar para produzir em ns telespectadores, um
sentimento de incluso social ou poltica, aumentando a nossa conscincia do que
acontece no pas e no mundo. Essa misso do telejornal, do programa de notcias e
do noticirio que est no ar: oferecer esclarecimentos sobre os fatos contribuindo para
o aperfeioamento democrtico da sociedade.
Segundo Herdoto Barbeiro: o telejornal o resultado da ao de jornalistas
sobre o aparente caos onde jazem os acontecimentos transformados em notcias. Ele
se estrutura de forma semelhante em todos os lugares do mundo enfocando tomadas
de primeiro plano de pessoas que falam diretamente para a cmera, sejam reprteres
ou entrevistados.
Em linhas gerais, esta a linguagem do jornalismo na televiso. Suas
caractersticas e objetivos conforme a bibliografia consultada.
BARBEIRO, Herdoto. LIMA, Paulo Rodolfo de. Manual de Telejornalismo: Os segredos da notcia na TV. Campus. Rio de Janeiro, 2002. p.26.
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2. A EQUIPE DO TELEJORNAL E O FLUXO DE SUA PRODUO
O telejornalismo tem uma estrutura formada por duas partes: uma a produo,
que envolve reprteres, pauteiros e produtores. Essa diviso, chefiada pelo Chefe de
Reportagem, tem a funo de abastecer o veculo de notcias e reportagens. Outra
parte a edio, que envolve editores de texto e de imagens. Chefiada pelo Chefe de
Redao, esta diviso tem a funo de fazer a finalizao, editar as notcias e
reportagens trazidas pelos reprteres, dando a elas a forma com que sero entregues
aos telespectadores. Essa estrutura ordena os processos de produo e finalizao de
notcias na rotina de uma emissora de televiso. Entretanto, no se faz jornalismo em
televiso sem o cumprimento de todas as tarefas relacionadas e a correta distribuio
de responsabilidades. (anexo II).
Os integrantes responsveis pela produo de um telejornal so:
Diretor de Jornalismo pela emissora o responsvel pela linha editorial da emissora. Geralmente tem o cargo de diretor ou gerente de jornalismo e participa,
juntamente com gerentes e diretores de outras reas, da direo da empresa. A chefia
faz a ponte do jornalismo com os outros departamentos da empresa, define
oramentos, critrios de contratao e de promoo funcional junto com a rea de
recursos humanos. O chefe de jornalismo procura conciliar a liberdade de expresso e
os interesses econmicos e polticos da empresa. Alm disso, participa do processo de
produo das notcias, discute a pauta, sugere entrevistados, conversa com reprteres
e ncoras sobre as matrias que vo para o ar.
Editor-Chefe de Jornalismo responsvel direto do telejornal. ele quem escolhe as reportagens que vo ao ar e, em ltima anlise, responde pelos erros e
acertos do programa.
Segundo Herdoto Barbeiro: a novidade a alma de um bom programa
jornalstico. Este profissional tem um papel ativo na produo do programa e no
aprimoramento do telejornal, alm de buscar as melhores notcias junto com a equipe
aparecendo apenas quando se trata de cobrar possveis falhas muitas delas duvidosas.
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Diretor Executivo ou Chefe de Redao o ponto de equilbrio da redao.
Acompanha de perto o trabalho da chefia de reportagem, dos editores e dos reprteres.
D orientaes precisas pauta e produo. Esse profissional possui uma viso geral
dos assuntos que esto sendo investigados e estabelece a prioridade com que devem
ser feitos. Repassa as instrues do chefe do departamento chefia de reportagem a
aos editores. o ponto de consulta imediata para dvidas editoriais.
Chefe de Reportagem a base operacional do telejornalismo. Tem o completo controle e conhecimento de todos os meios materiais disposio da reportagem: o
que os editores querem, que reprteres, cinegrafistas esto disponveis para serem
escalados, (distribui as pautas entre os dois profissionais) e equipamentos (cmeras,
carros, recursos financeiros que podem ser usados para a reportagem). Mantm-se
informado a respeito de alteraes na pauta; conhece o enfoque que os editores
esperam da reportagem e recebe diretamente da chefia de redao a orientao
editorial.
Chefe ou Supervisor de Operaes faz a conexo entre as reas tcnicas
prestadoras de servio para o departamento de jornalismo. Verifica as condies dos
equipamentos a serem utilizados numa reportagem pr-gravada ou para as
transmisses ao vivo. Aponta aspectos positivos e negativos numa edio de imagens.
Para fazer esse juzo compara o que foi editado com o que foi rejeitado pelos editores.
Faz o controle do trfego de fitas de vt.
Apurador o plantonista da notcia. Esse profissional faz o acompanhamento dos casos usuais da madrugada: violncia, acidentes. Os meios de apurao so
compostos por rdio (noticirios), agncias de notcias, rdio-escuta (sistema de
captura da comunicao entre os carros de polcia, atravs da sintonia de um rdio na
redao). Assim, realiza o contato de primeiro grau da notcia com a redao. Ele
trabalha em profunda sintonia com o conjunto da redao. Colabora para complementar
informaes para a equipe que est na rua; faz a conferncia de dados para editores
que esto fechando o jornal; supre a chefia de reportagem com informaes
BARBEIRO, Herdoto. LIMA, Paulo Rodolfo de. Manual de Telejornalismo: Os segredos da notcia na TV. Campus. Rio de Janeiro, 2002. p.55.
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14
atualizadas sobre eventos que esto se desdobrando e que esto descobertos pela
reportagem.
Pauteiro aquele que na imensido dos acontecimentos na sociedade capta o que pode ser transformado em reportagem. Realiza pauta, sendo esta um conjunto de
dados que do partida a uma reportagem. O texto tem que ser informativo, sucinto, com
lead (abertura da matria) e sublead (desenvolvimento da notcia, com informaes
adicionais), uma vez que serve de roteiro para o reprter.
Segundo Luciana Bistane: a funo do pauteiro marcar entrevistas, pedir
autorizao para a gravao de imagens, levantar dados por telefone, organizar essas
informaes e fazer um roteiro de trabalho para a equipe de reportagem.
A pauta enxerga de longe a notcia, antes que se torne visvel para a maioria.
Numa pequena nota de jornal ou revista, pode estar uma pista para uma grande
reportagem. Esse profissional deve se guiar pelo interesse jornalstico e social do
contedo das pautas sugeridas.
Produtor de Pauta d o primeiro passo para a materializao da pauta. A pauta passada produo na forma de um texto conciso, direto e claro. A pauta antes de
ser produzida ter sido discutida pela equipe na reunio de editores que debatem a sua
abordagem. O produtor oferece o eixo da matria. Marca entrevistas, identifica as
fontes de imagens, rene o arquivo sobre o assunto, roteiriza a pauta, propondo a
forma como a matria deve ser estruturada e, finalmente, encaminha essa produo ao
reprter. Esse profissional deve conseguir autorizaes para que o reprter possa
entrar no interior de locais pblicos e privados com antecedncia, sob o risco de o
reprter no conseguir desenvolver sua reportagem.
Reprter discute as necessidades do trabalho em campo, rene informaes, faz as entrevistas e apronta o texto da reportagem. Este profissional d o formato final
reportagem, embora a regra geral na maior parte das emissoras seja a diviso desse
trabalho com o editor de texto. O reprter pode ser: 01) Local faz reportagens que sero
exibidas na rea de cobertura de uma emissora local. 02) Regional o trabalho do
BISTANE, Luciana. BACELLAR, Luciane. Jornalismo na TV. Editora Contexto. So Paulo, 2005.p.135.
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15
reprter aparece em vrias emissoras que retransmitem o programa. As reportagens
so um pouco mais elaboradas com temtica de interesse mais abrangente. 03) Rede
Nacional uma denominao que abrange ao grupo de profissionais que atendem a
uma audincia mais numerosa e diversificada. Esse profissional tem a capacidade de
executar uma reportagem que reflete autoridade, discernimento e equilbrio.
04) Correspondente Internacional o profissional que possui mritos adquiridos pelo
aprendizado contnuo, e que acumula experincias e compreenso do exerccio do
jornalismo, alm de possuir formao cultural acima da mdia do grupo. 05) Passagem
na reportagem televisiva a entrada do reprter em algum ponto da narrativa contando,
em on - em vdeo -, parte da matria. Ele aparece ao fim da reportagem geralmente
com o objetivo de projetar as conseqncias de terminado fato. 06) Cinematogrfico o
olho do telespectador. Tem a curiosidade do reprter e a sensibilidade do artista
fotogrfico. O profissional capta as imagens que iro ao ar. Procura compreender o
contexto e o enfoque da matria. Ao encaminhar a fita para a edio, o cinegrafista
conversa com o reprter e com os editores de imagem e de texto sobre as cenas que
fez e opina sobre o uso de algumas delas.
importante ressaltar que a reportagem a principal fonte de matrias
exclusivas do telejornalismo. O reprter pode contar uma histria que no
necessariamente apresentada nesta ordem da estrutura narrativa: comeo, meio e
fim. No entanto, deve assegurar sempre de que a matria tenha comunicabilidade e
preserve as exigncias bsicas de clareza, objetividade e preciso. Alm disso, as
reportagens feitas para telejornais dirios, possuem normalmente um tempo de 1:05 e
1:30; assim sendo: o texto do locutor, cerca de 15 que encaminha ou chama a
reportagem; o texto em off, narrado pelo reprter, entre 20 e 30; sonora ou fala de
entrevistado, entre 10 e 15; participao de vdeo do reprter entre 15 e 20; sonora
entrevista ou fala de uma ou mais pessoas, entre 12 e 20; narrao final em off, do
reprter: entre 10 e 15. Esse tipo de reportagem tende a seguir esse padro.
A entrevista a maior fonte de informao jornalstica. uma expanso da
consulta s fontes, objetivando, a coleta de interpretaes e a reconstituio de fatos,
propiciando uma relao dinmica com a autoridade informativa, que pode esclarecer
sobre a natureza e a mecnica dos acontecimentos. De todos os gneros jornalsticos,
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a entrevista a que mais se utiliza do estilo coloquial, mais prximo da linguagem
popular. Ela pode acontecer a partir do momento em que: 01) Definir o assunto pautado
(a informao que se deseja obter ou que precisa aclarar); 02) Identificar a pessoa
credenciada a falar sobre o assunto ( a autoridade, tem o conhecimento ou a
delegao institucional para informar); 03) Pesquisar a respeito do tema e do
entrevistado (levantamento de materiais publicados a respeito) 04) Planejar as
perguntas (trata-se de uma ordenao de questes que vo ajudar a introduzir como
entrevistador e a fazer uma ponte com o entrevistado). Esse carter espontneo e
improvisado de sua produo, fortalecido pela circunstncia dialogal com que se
manifesta, tpico do estado de oralidade da lngua.
Nos telejornais, os tipos de entrevistas mais usadas so: 01) de estdio
(obedece a uma pauta e deve estar circunscrita ao tema. As perguntas so pr-
formuladas e o ponto eletrnico pelo qual fala o editor-chefe d retorno sobre a
conduo da entrevista); 02) Ao vivo, da rua (o produtor ao vivo tem a incumbncia de
manter os curiosos a uma distncia segura do reprter e entrevistado. Alm disso,
tranqilidade que conquistada quando o jornalista tem domnio da informao, o bom
senso e capacidade de improvisar).
Assistente / Operador so responsveis pela manuteno do sistema de udio e iluminao. Uma cobertura importante no pode ser comprometida pela m qualidade
de udio captado ou pela falta de definio de imagens provocada por iluminao
inadequada. No estdio o operador planeja o ponto eletrnico, um fone encaixado no
ouvido do apresentador e conectado por cabo ou rdio sala de controle onde est a
direo do programa. O editor-chefe comunica-se diretamente com o apresentador por
meio do ponto, mas o retorno do apresentador s pode ser feito utilizando-se do
microfone da mesa.
Operador de Vdeo ajuda o diretor a alcanar efeitos visuais especiais. Monitoriza o teleprompter, o que permite o apresentador ler o texto em on, ou seja, a
cabea ou o p de uma reportagem, ou uma nota diante das cmeras, no estdio
sem desviar os olhos da objetiva. Este um equipamento tico que reproduz a folha do
script, em tamanho maior, diante da lente da cmera.
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Coordenador de vivo o responsvel pela coordenao da participao ao
vivo do reprter. Como instrumento de trabalho, se utiliza um pequeno monitor
(aparelho de televiso) que mostra as imagens que esto indo ao ar. O uso do monitor
d mais segurana operao de entrada ao vivo. Alm de recursos de comunicao
com retorno auditivo permite que o reprter acompanhe a emisso do programa e que
oua o apresentador, assim dispensando a presena de um coordenador. As entradas
ao vivo dos reprteres tm como finalidade atualizar a notcia, mostrando imagens do
local presente. A inteno do editor-chefe jogar com os ao vivo no telejornal para
cobrir uma eventual falta de tempo ou mesmo quando uma matria prevista acaba
caindo, porque no deu tempo para realiz-la ou por falta de tempo.
Produtor de Campo precisa ser gil e focado. Localiza personagens que sero entrevistados pelo reprter. Profissional requisitado nas coberturas locais de tumulto ou
de difcil acesso e naquelas situaes em que vrios fatos concorrentes se
desenvolvem. preciso que tenha grande sintonia com a equipe, capacidade de
sntese para lidar com variadas informaes e bastante objetividade.
Editor de Texto/ Editor de notcias avalia os dados da reportagem como um todo: imagens e informaes e d formato junto com o reprter ao texto final da matria
pr-gravada. Escreve o texto que lido pelo locutor apresentador ou prope textos para
o ncora do programa (apresentador/editor).
Segundo Luciana Bistane: o editor de texto o jornalista que faz a ponte entre a
redao e o reprter. Troca idias com a equipe que est na rua, ajuda a na apurao,
e monta a matria na ilha de edio, junto o editor de imagem.
Portanto, este profissional verifica a qualidade do material trazido da rua pela
equipe de reportagem e orienta a equipe de reportagem, a respeito do enfoque da
cobertura. a ponte entre a reportagem e o telespectador.
Produtor/Editor so responsveis pelas condies materiais e do contedo do telejornal. Funcionam como elo entre jornalistas e tcnicos e acompanha a edio do
programa desde o incio. Concretiza a pauta, em alguns casos faz a apurao bsica
dos dados para reportagem, a pesquisa, o histrico e o contexto; identifica a avalia
BISTANE, Luciana. BACELLAR, Luciane. Jornalismo na TV. Editora Contexto. So Paulo, 2005.p.135.
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entrevistados, roteiriza a reportagem, acompanha a equipe de filmagem, faz as
entrevistas, escreve o texto final, as cabeas, e ps de matrias que so lidas pelo
apresentador e d o gancho ao assunto, e notas que compem o script do telejornal e o
edita, isto , seleciona palavras e imagens e deixa a reportagem pronta para a exibio.
Tem a habilidade para lidar com todo o processo que envolve a produo jornalstica
para TV: da coleta de dados at a edio fazendo inclusive a locuo de reportagem.
Devem ficar atentos ao enfoque do noticirio de outras emissoras. Esses profissionais
ficam responsveis por escrever o espelho, as informaes levantadas em tpicos pela
apurao e pela produo das matrias. Alm disso, faz o script, sendo o planejamento
e a estrutura de um telejornal em blocos, a ordem das matrias que iro ao ar, bem
como dos intervalos comerciais, das chamadas e do encerramento, apresentado de
forma concisa, sendo distribudo a todos os profissionais participantes da operao do
programa. A linguagem a mais coloquial possvel, como se o narrador estivesse
conversando com o telespectador, e o texto deve permitir que quem esteja assistindo
tenha compreenso perfeita do que est acontecendo. (anexo X).
Editor de Arte trabalha junto com o editor de texto e o reprter, oferecendo solues criativas para ilustrar a notcia com poucos elementos visuais. A arte bem
coordenada com o texto um elemento importante para dar clareza informao.
Esse profissional tambm cria e implanta os cenrios dos telejornais, misturando
imagens e utilizando os recursos da computao grfica.
Editor de Imagens esse profissional trabalha sob a superviso do editor de texto ou produtor/ editor. responsvel pela montagem das imagens a partir de um roteiro
estabelecido. Como rotina de trabalho, recebe a fita com todas as imagens feitas pelo
reprter cinematogrfico, faz a decupagem, selecionando aquelas que estejam
adequadas ao texto do reprter e do editor de texto. Ter entendimento do papel da
msica na sonorizao de matrias, domnio dos recursos tcnicos dos equipamentos e
criatividade so requisitos bsicos para o desempenho do editor de imagens.
ncora o apresentador do programa que acumula essa atividade com a de editor-chefe ou editor-executivo. Acompanha e participa do processo de confeco do
telejornal em todas as suas etapas. Nele se apia a identidade editorial do programa, a
identidade visual e d a cara ao telejornal e as diretrizes que sero seguidas pela
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produo. Geralmente pode ser um editor, um produtor, um pauteiro, um apurador ou
um reprter. Para se tornar um ncora preciso associar as virtudes intrnsecas do
bom jornalista, como possuir empatia, segurana, autoridade do reprter de vdeo,
associadas grande capacidade gerencial, ou seja, contribuir para - ou faz dele prprio,
a identidade do jornal.
Um aspecto interessante a ressaltar na trajetria do telejornalismo no Brasil, em
meados de 1983, foi o surgimento do primeiro jornalista a atuar como ncora na
televiso brasileira, incorporado por Joelmir Beting. O ncora cumpriu a incumbncia
durante a metade da dcada de 1980, conduzindo, o Jornal da Bandeirantes.
Paralelamente s experincias que ocorriam na tcnica de apresentao, o noticirio
repercutia a efervescncia das mudanas polticas.
Locutor de Cabine um locutor em off, no aparece diante das cmeras. L textos para os programas que so gravados e editados.
Coordenador de Jornal confere as pginas do script do programa e as distribui
a todos que esto diretamente envolvidos na operao de colocar o programa no ar.
Tambm verifica se as fitas das reportagens foram entregues aos operadores das
mquinas que vo ser acionadas para a exibio.
Cmera de Estdio um cinegrafista que opera a cmera de estdio que na maioria das vezes fixa, podendo, em alguns casos, filmar com cmera no ombro.
Obedece a um plano de enquadramento preestabelecido e seqncia do script.
Recebe instrues por meio de um fone passadas pela direo do programa.
Diretor de TV faz os cortes da exibio do jornal. Cortar o jornal significa passar de uma cmera para outra e para os videoteipes ou vivos. Trabalha ao lado do editor-
chefe do programa para a eventualidade de alguma alterao na seqncia do script.
Operador de VT revisa as fitas para verificar a qualidade tcnica de udio e de vdeo. Posiciona nas mquinas as fitas para exibio.
Operador de udio/ Sonoplasta abre o som dos microfones e os modula para a
exibio. Todo material gravado modulado no momento da exibio e a captao do
udio ao vivo testada minutos antes da entrada.
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Assistente de Estdio o elo entre o estdio e a sala de controle. Recebe
informaes por meio de um ponto eletrnico e uma espcie de fiscal do cumprimento
do script.
Segundo Herdoto Barbeiro: o script a lauda do telejornalismo. Possui
caractersticas especiais e espaos que devem ser obedecidos na operao do
telejornal. Em emissoras informatizadas, o mesmo formato de script foi criado nos
terminais para serem escritos textos e matrias.
Esse profissional sinaliza gesticulando para o apresentador os segundos que
faltam para a entrada do programa no ar, ou quando est preste a terminar. Alm disso,
indica a que cmera o apresentador ou ncora deve se dirigir.
Pode-se perceber que no departamento de telejornalismo essa estrutura ordena
os processos de produo e finalizao de notcias da emissora.
Segundo Isabel Travancas: para o jornalista, a redao o centro vivo do jornal,
ou melhor, seu corao que bate e pulsa. Esta associao pertinente na medida em
que o espao que funciona 24 horas por dia e no qual se encontra a razo da
existncia do jornal: a produo da informao. Pois a notcia se encontra na rua, sua
elaborao feita na redao.
A rotina de produo em televiso comea, geralmente, no dia anterior com o
trabalho do pauteiro, profissional encarregado de relacionar os assuntos previstos para
o dia seguinte, criar matrias e dar a elas um encaminhamento editorial. Esses
assuntos no podem deixar de receber cobertura no dia seguinte, pelos produtores, que
fazem contatos, levantam informaes adicionais e marcam as entrevistas necessrias.
O editor chefe comea a organizar o jornal, a preparar o espelho. Troca
informaes com a subchefia de reportagem, referentes s matrias que j esto
disposio para serem utilizadas de outros telejornais que no foram usadas e as
realizadas noite. Enquanto os editores esto nas ilhas de edio realizando seu
trabalho, o editor-chefe verifica o espelho do jornal, faz modificaes, e em seguida
BARBEIRO, Herdoto. LIMA, Paulo Rodolfo de. Manual de Telejornalismo: Os segredos da notcia na TV. Campus. Rio de Janeiro, 2002. p.197. TRAVANCAS, Isabel Siqueira. O mundo dos jornalistas. 3 edio, vol 43. So Paulo: Summus editorial,1993. p.23.
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passa do terminal para o coordenador, que vai controlar o tempo das matrias, faz o
somatrio dos tempos para evitar que o jornal estoure seu tempo de produo e
distribui os scripts. Esses profissionais esto sempre em contato e acompanham at o
fim da produo, dando apoio na execuo operacional da parte tcnica do telejornal.
As informaes levantadas pelo pauteiro e pela equipe de produo vo municiar
o reprter, quando for desenvolver a matria, junto com o cinegrafista, a partir das
orientaes da pauta e de uma conversa com o chefe de reportagem.
De volta redao, finalizada a pauta, o reprter passa ao editor a fita com a
matria e informaes adicionais, que sejam teis, sobre os entrevistados e a matria.
Em seguida, discute com o editor a ordenao do material gravado.
Com o material gravado na rua pela equipe de reportagem, o editor de texto faz
a edio, recontextualiza, ordenando boletins, sonoras, as imagens que vo cobrir os
offs e redige a cabea da matria, enquanto o reprter escreve a reportagem logo que
terminar a decupagem da fita bruta. Finalizando esse processo, a matria est pronta
para ir ao ar dentro do telejornal no qual destinado. Duas horas antes de o jornal
entrar no ar, os editores esto elaborando suas matrias, enquanto e o editor-chefe vai
organizando o jornal.
No final de cada expediente, a redao fica mais movimentada. Comea a
chegar as matrias produzidas da rua e os editores tm que ir dando conta do trabalho,
o mais rpido possvel, para que o material dos reprteres seja editado a tempo de
entrar no jornal. medida que vai se aproximando a hora de entrar o jornal esta tenso
aumenta e os editores s voltam a ficar tranqilos ao encerramento do jornal.
Terminada essa fase da edio, os editores voltam para a redao, redigem
suas matrias, e fazem um breve relato sobre o assunto editado para o editor-chefe,
que revisa, podendo aprovar imediatamente, ou ento fazer algumas alteraes no
texto ou at propor que o editor redija uma nova pgina, caso no tenha mencionado o
solicitado. Aprovada a pgina, a matria dada como pronta, s aguardando o
momento de entrar no telejornal.
Esse material aprovado repassado para o apresentador do telejornal que pode
acrescentar novas informaes as chamadas do jornal que tambm so revisadas pelo
editor-chefe. O apresentador deve chegar no incio do expediente, j que se maquia
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para apresentar o jornal e acompanha no terminal da redao as notcias que vo
entrando pelas agncias de notcias.
constante o entra e sai na redao. O editor-chefe procura administrar o corre-
corre. Verifica com o apresentador se o VT- previso do tempo j foi gravado. Confere
os tempos do noticirio com o coordenador do jornal, explicando as alteraes feitas
no espelho. Enquanto isso, o coordenador toma as providncias imediatas para ir
acertando os detalhes tcnicos, imprime os scripts e entrega a todas as pessoas
envolvidas na operao do telejornal: cmeras, operadores de udio, de VT, gerador de
caracteres, diretor de TV, entre outros. este roteiro que vai guiar os procedimentos
de cada integrante no decorrer do telejornal.
Com todo o processo de produo finalizado, o apresentador vai para o estdio
com o script do jornal na mo, acompanhado do coordenador do jornal, e do editor
que acompanham ao vivo o telejornal. Enquanto o editor-chefe entra no switcher, lugar
onde est o controle de uma unidade de produo, normalmente composta por um
estdio, cmeras, vdeos, geradores de caracteres, monitores de TV e sonoplastia.
Segundo Luciane Bistane: o switcher a sala de controle com mesa de corte.
de onde o diretor de TV e o editor-chefe coordenam as entradas das matrias, dos links
e o movimento das cmeras do estdio.
No switcher trabalha o editor de TV, que comanda a mesa de cortes e o
andamento do telejornal, de acordo com o script e o espelho. importante ressaltar que
todos os tcnicos responsveis por colocar o jornal no ar, devem estar com o script na
mo, pois este o roteiro que vai guiar os procedimentos de cada funo no decorrer
do telejornal.
O espelho a previso do que ser o jornal, com a ordem de entrada das
matrias e o tempo estipulado para cada uma delas. Ajuda a equipe a visualizar o
conjunto da obra e o editor-chefe a no estourar o tempo previsto para o jornal.
BISTANE, Luciana. BACELLAR, Luciane. Jornalismo na TV. Editora Contexto. So Paulo, 2005.p.137. Idem. p.135.
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Um pouco antes do telejornal entrar no ar, o diretor de TV confere as pginas do
script com toda a equipe sob seu comando com o editor-chefe e o coordenador.
Qualquer erro pode comprometer toda a operao do jornal. Enquanto isso, o
apresentador l as primeiras pginas do script, faz os primeiros testes de udio, vdeo,
posicionamento do teleprompter, que permite ler um roteiro e, ao mesmo tempo, manter
um contato visual com o telespectador, por meio de uma cmera de circuito fechado.
O diretor de TV avisa que vai comear o telejornal. O clima de expectativa. O
noticirio televisivo est no ar. O apresentador l as pginas, os vts se sucedem,
sucedem-se os blocos, e o jornal chega ao fim.
Aps o fim do noticirio televisivo, os editores juntamente com o editor-chefe,
produtores e chefe de reportagem renem-se para uma rpida avaliao do jornal e j
do incio aos preparativos para o do outro dia. Terminam as atividades. Para a equipe
de produo uma sensao de dever cumprido.
importante ressaltar, que os assuntos abordados no telejornal so resultado de
reunies entre o pauteiro, editores, chefe de reportagem, chefe de redao e diretor de
jornalismo. As questes como a ordem, a durao e a diviso dos blocos das
reportagens que vo ao ar, compem o espelho do jornal, e costuma ser resultado de
nova reunio entre o editor-chefe, o chefe de reportagem, o chefe de redao e o
diretor de telejornalismo. Por isso, os telejornais se estruturam ao redor na figura do
editor-chefe, capaz no s de buscar a notcia, mas de editar o material gravado e
apresent-lo se for necessrio.
O reprter solicitado a se envolver com a edio do material produzido na
externa. Assim, mesmo no sendo tcnico, precisa conhecer os equipamentos que usa
no dia-a-dia para fazer um trabalho com mais qualidade.
Com a tecnologia nos meios de produo no jornalismo de televiso, a utilizao
das modernas camcorder, cmeras portteis com um gravador de videocassete
embutido, facilita o sinal de vdeo e permitem a gravao das imagens e do som,
eliminando a necessidade de um profissional especifico para operar o gravador de
videotape. Essa funo atribuda equipe de reportagem resumida ao reprter e ao
cinegrafista, que este assume uma responsabilidade maior no processo de produo de
informao.
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Portanto, o ritmo do trabalho em televiso rpido, intenso e a cada dia com
novos desafios. O noticirio televisivo est associado ao fato da televiso estar
organizada e apresentada no tempo. A finalizao do material produzido no pode
atrasar porque os telejornais seguem horrios rigorosos e a reportagem tem de ficar
pronta. Por isso o jornalista deve tomar as medidas que possam representar facilidade
de edio e ganho de tempo na redao. A tendncia nas redaes que os reprteres
no se limitem mais a reportagem. Esto passando a fazer tambm a produo e a
edio, pois qualquer operao errada na rua vai significar problemas para eles
mesmos quando tiverem de editar a matria na redao.
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3. A PRODUO AUDIOVISUAL
Produzir um programa de televiso exige muita interao entre as pessoas
envolvidas na produo. preciso compreender as etapas de realizao a partir do
universo da produo audiovisual, sendo composta por duas equipes: de pr-produo
e ps-produo. Para isso, a importncia de obras de especialistas como Harris Wattis
e Valter Bonasio complementam a forma de como produzir um programa de televiso.
3.1. Pr-produo e seus componentes
A equipe de pr-produo formada por pessoas cujas funes so
consideradas criativas, como produtor considerado o dono do programa, que desenvolve o conceito, o roteiro do programa, supervisiona e coordena toda a pr-
produo, sendo responsvel pelos aspectos criativo, tcnico e comercial; diretor geral
supervisiona todas as atividades de produo, aprova as mudanas que aparecem de
ltima hora, e assiste a todos os ensaios, como se fosse um telespectador). Com isso,
anota todas as mudanas necessrias para melhorar os resultados; roteirista trabalha com o produtor e o diretor no desenvolvimento do roteiro ou formato e revisa o roteiro
at a aprovao; assistente de direo ajuda o diretor a planejar o mtodo de produo; produtor executivo d assistncia ao diretor no que for necessrio; redator desenvolve o roteiro junto com o produtor e diretor do programa, acompanha as
gravaes para reescrever possveis alteraes; gerente de palco responsvel por todas as atividades no palco ou no cho do estdio; tcnico de udio planeja o mtodo de produo do udio e as facilidades de udio necessrias; cengrafo consulta o diretor/produtor e iluminador/diretor de fotografia sobre a concepo e o desenho geral;
iluminador desenvolve o mtodo de iluminao e prepara a planta de iluminao para a produo; artista grfico desenha e prepara grficos mecnicos e eletrnicos; operador de cmera opera a cmera durante os ensaios e o operador de vdeo ajuda o diretor a alcanar efeitos visuais especiais, como exemplo, o teleprompter.
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importante ressaltar que essa fase a mais importante e mais repleta de
atividades para o produtor, quando o conceito do programa desenvolvido e o mtodo
de produo planejado e organizado.
3.2. Ps-produo e seus componentes
A ps-produo responsvel pela verso final da edio (por um sistema no-
linear sendo feita por um computador pessoal equipado com hardware e software que
permite digitalizar o udio e o vdeo e o armazenamento em disk, provendo o editor de
acesso quase imediato a todo material gravado, avalia cada exibio, para saber se o
programa est atingindo todos os objetivos. Alm disso, coordena juntamente com a
divulgao da emissora a promoo e publicidade. importante ressaltar que a equipe
da ps-produo reduzida, porm exerce algumas funes da pr-produo, com
atividades diferenciadas. Os integrantes responsveis so: produtor aprova a verso final editada, avaliando o programa para verificar se alcanou o objetivo proposto;
diretor supervisiona a edio; assistente de direo ajuda o diretor na direo, monitorando o tempo, durante a edio; diretor de imagens opera o switcher-
transies livres de problemas, mudando entre fontes de vdeo no intervalo vertical em
dois campos entrelaados do vdeo, durante a ps-produo; tcnico de udio opera a mesa de udio durante a ps - produo e melhora a qualidade do udio; artista grfico providencia grfico eletrnico para serem adicionados durante a edio. Essas atividades incluem a aprovao da verso final da fita editada do programa, o trabalho
com a promoo e a publicidade, para atrair a maior audincia possvel e avaliar a
reao do pblico em relao ao programa.
Segundo Valter Bonasio: o processo de produo 60% de organizao e 40%
de criatividade. Isso quer dizer que sem habilidade organizacional existe muito pouca
chance de conseguir transformar um conceito criativo em um programa de sucesso.
BONASIO, Valter. Televiso: Manual de Produo & Direo. Editora Leitura. Belo Horizonte. 2002.p.60.
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A esttica aplicada na mdia eletrnica um fator essencial no processo de
produo; afinal, televiso uma forma de arte que representa a realidade por meio da
viso e da audio. A esttica um guia para o produtor e o diretor manipularem
imagens para reapresentar a realidade ou criar uma nova. A vinheta do programa foi
criada com o objetivo de englobar as variedades dos temas que seriam discutidos, de
interesse pessoal e social, por meio de vrios quadros com imagens de pessoas,
Braslia, trnsito, dinheiro, meio ambiente e o Congresso Nacional. Os meios utilizados
pelos designers Abimael Jnior e Saulo Morete na composio da vinheta, foram o
Sofware 3D Max usado para modelar os monitores que percorrem o cenrio da
abertura; e o photoshop, para a criao do plano de fundo. O uso das cores azul
(fundo) e branco (tipografia), foi pensado pelo sentido que nos remete: clareza,
objetividade e credibilidade. A escolha da trilha foi perfeita sintonia do udio com o
movimento das imagens.
Todo o processo comunicacional da televiso deve ser feito com os conceitos da
dimenso do vdeo e a dimenso do udio. As dimenses do vdeo e udio constroem
um tom apropriado, estabelecem o ambiente desejado e complementam os objetivos do
programa; afinal, o objetivo bsico de qualquer programa comunicar idias e
mensagens audincia com sucesso. Esse uso efetivo das dimenses de vdeo e de
udio permite tirar o mximo de vantagem das muitas capacidades que a mdia de
televiso oferece.
O editor de imagem tem uma grande influncia na comunicao e na qualidade
final de um programa. A edio se tornou um elemento to essencial no processo de
produo, pelo resultado do recurso que a edio oferece. As imagens so escolhidas
pelo prprio editor, mas o editor de texto, geralmente sugere algumas imagens para
montar o programa, a matria ou a notcia televisiva. Alm disso, a importncia da
imagem tanto no telejornalismo quanto em um programa, ressaltada pelos editores de
textos e pelo editor-chefe sendo associada necessidade que a informao televisiva
tem de representar de forma sinttica, breve, visualmente coerente e significativa o
objeto do assunto.
A televiso uma mdia audiovisual, por isso o som nas suas variadas
manifestaes (dilogos, msica e efeitos sonoros) considerado uma parte primria e
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integrante desse meio. O som instrumento que d informao mais precisa do que a
imagem, por isso a utilizao do microfone, sendo um meio de captao feito para
servir situao de udio especfica. O sistema de udio usado na produo do
Dilogo Brasil, atravs do microfone de lapela, que permite liberdade de movimentos,
captao de udio com qualidade, no exige profissionais para operar e no causa
problemas de iluminao que o boom (microfones montados em suportes que ficam
fora do alcance das cmeras, captando todos os sons da posio onde ele est) causa
em produo, so imperceptveis quando presos gravata ou na lapela do palet.
Cores, pisos, colunas, mveis, cortinas, paredes so compostos de maneira
prpria que constituem o cenrio do programa. A montagem se refere a como esses
elementos so desenhados, arrumados e integrados no estdio, criando um ambiente
fsico para a ao. Os cenrios e a montagem so elementos visuais importantes que
contribuem para a dimenso do vdeo, proporcionando as oportunidades suficientes
para o diretor explorar os ngulos de cmera e ainda estabelece o ambiente necessrio
para aguar a percepo do telespectador. O diretor trabalha com trs elementos
visuais relacionados: 01) ngulo da cmera se divide em dois ngulos: baixo e alto. O
primeiro sugere um sujeito forte, dominante, enquanto, que o segundo, faz um sujeito
parecer menos forte e fisicamente menor. Em programas de televiso com enfoque
jornalstico no muito utilizado o ngulo baixo. 02) Tamanho e contedo da tomada
ajudam a estabelecer a nfase visual. As tomadas abertas apresentam elementos
visuais em relacionamento, o que transmite os motivos do impacto emocional nos
limites da moldura visual. A nfase est diretamente relacionada ao tamanho do sujeito
na tomada. 03) Movimento da cmera ou do sujeito classificam em trs principais tipos
de movimentos: Primrio (sempre ocorre na frente da cmera, tipo de movimento do
apresentador), Secundrio (so aqueles em que a cmera ou a lente se movimenta,
como ex: zoom) Tercirio (conseguido na edio, atravs do uso de cortes ou fuses).
Esses trs elementos so utilizados para a produo do Dilogo Brasil. Sua estrutura
composta por 4 cmeras, sendo uma conversvel, mais leve, prtica, que pode ser
utilizada na sua configurao porttil, podendo ser conectada sua unidade de controle
de cmera e operada como qualquer cmera de estdio. No programa, o cinegrafista
responsvel por captar ngulos diferenciados no momento em que o apresentador est
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mais prximo do entrevistado e as demais, na verso estdio sendo fixas, montadas
em pedestais, sustentadas por um trip que permitem ao operador mov-las atravs do
estdio, e adaptadas ao monitor de teleprompter no qual os nveis de vdeo so
regulados por um tcnico de vdeo durante a produo. Pelo fato de ser um programa
de debate, esse monitor utilizado pelo apresentador, apenas na abertura.
As cores utilizadas em um cenrio apresentam quatro tcnicas que so de
extrema importncia para o ambiente do programa. Ela pode informar podendo distinguir objetos, apresentando um valor simblico, que parte da funo de informao
que ela tem na composio de um ambiente; compor trazer energia em alguns elementos e a balancear em outros, harmonizando composies; expressar faz com que ns sintamos de determinada forma o que nos apresentado; dimensionar uma cor escura contra um fundo brilhante parece menor do que na realidade, enquanto as
cores quentes, parecem ser maiores e estar fisicamente mais prximas que cores frias;
balancear separar as cores neutras que no vo interferir com os nveis de cor. preciso evitar cores saturadas, pois parecem visualmente mais pesadas e mais slidas.
importante ressaltar que as cores devem variar no s em matiz e saturao como
tambm em relao aos diferentes valores de brilho. Outro aspecto que merece
destaque a ruim combinao do vermelho com o azul, pois essas cores tm diferentes
tamanhos de ondas, e o olho humano rapidamente se cansa, deixando o telespectador
com um sentimento de irritao psicologicamente fundado.
No programa Dilogo Brasil, o cenrio branco, com 8 colunas, sendo utilizadas
nas pontas, na vertical, lmpadas florescentes de non lils, para dar um efeito,
alterando na esttica visual. (anexo VI).
A intensidade de suas cores e de seus movimentos atinge aspectos estticos e
psicolgicos, conseguindo reaes desejadas. Por isso, a finalidade da iluminao de
manipular e articular a percepo do ambiente, pois a imagem da televiso
processada atravs da luz. A tcnica de iluminao triangular utiliza instrumentos em
trs posies de iluminao bsicos: a primeira a luz-chave sendo uma fonte principal de iluminao para uma cena, posicionada, em frente ao apresentador, um
pouco para o lado e num ngulo elevado. Essa tcnica apresenta duas caractersticas:
desmotivadas: quando no h necessidade de considerar a direo exata da luz, como
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exemplo, o programas realizados em estdio de televiso. Enquanto a motivada
posicionada de forma que a iluminao provenha da direo ou fonte determinada pela
cena ou roteiro; a segunda a luz de trs utilizada para jogar a luz em volta da cabea e dos ombros, separando o sujeito do fundo e aumentando-lhe a definio; e por fim,
a luz difusa ou de preenchimento uma luz complementar usada para clarear ou
reduzir sombras causadas por fontes de luz mais duras ou ampliar o alcance de
contraste. A intensidade da luz pode ser medida por meio de um instrumento
denominado Light Meter. Esse medidor foi feito para medir a quantidade de luz que vem
de uma fonte especfica ou de diversas fontes juntas. A tcnica para a medio de luz
mais usada nas produes televisivas a leitura de luz incidental. Essa tcnica incidental tem a vantagem de ser relativamente simples, dando uma leitura-padro da
iluminao do cenrio, permitindo ao diretor de iluminao medir o nvel de luz antes
dos atores chegarem ao cenrio. A iluminao do Dilogo Brasil no robotizada,
sendo controlada por um controle de luz, tanto na sua intensidade como na sua
distribuio. O controle se d atravs de telas, difusores, potncia e distncia da
lmpada, tipo de aparelho e refletores. Adicionada pelo computador, que tem sido muito
til para os iluminadores e diretores de fotografia, permite montar e controlar uma
complexa operao de iluminao. Esse sistema define a capacidade da luz, de
acordo com o cenrio, pois em cada pgina gravada a controle de iluminao de
todos os programas.
Alm disso, na pr-produo h um espao reservado para a monitorao do
jornalismo, conhecida como switcher onde rene uma srie de profissionais. A diretora
do Dilogo Brasil, acompanha o programa pelo script e espelho; controla o tempo; faz
uma comunicao direta pelo sistema de intercom que estabelece uma
intercomunicao pelo microfone que fica na mesa de operaes e facilita que Lize
Bainy possa orientar os operadores de cmera no posicionamento dos planos e
enquadramentos; o mediador Florestan Fernandes Jnior no estdio, por meio do ponto
eletrnico, sendo este um receptor de udio colocado dentro do ouvido do apresentador
com o intuito de alertar a entrada do convidado no programa; expor novas perguntas,
de acordo com as respostas dos seus convidados e a equipe de palco, atravs do alto-
falante no estdio.
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Segundo Valter Bonasio: uma vez que tudo acontece to rapidamente durante a
produo, o diretor deve se comunicar com sua equipe de forma precisa, rpida e
eficiente, por isso foi criada uma nomenclatura que simplificasse e agilizasse a
comunicao entre diretor e os operadores de cmera.
Dessa forma, a comunicao passa a ser simultnea com todos os membros do
elenco e da equipe que no esto usando os fones de ouvido. Enquanto, o operador de
udio faz os pr-ajustes na mesa de udio e dos microfones de todos os integrantes; o
assistente de operao responsvel pela montagem de todos os crditos do vdeo,
que incluem os telejornais e o Dilogo Brasil. Esses crditos so de responsabilidade
das pessoas envolvidas na produo, como forma de reconhecimento, mostrados no
incio ou final do programa. Cada um desses comandos se refere s operaes de
produo especificas e so seguidos pela equipe durante o ensaio e a produo.
A interao das equipes de ps e pr- produo so fundamentais para a
execuo de um telejornal ou um programa de televiso. Vrias pessoas fazem parte
desta estrutura. O trabalho em equipe facilita a integrao entre os integrantes e
contribui para o desenvolvimento do programa.
As rotinas de trabalho desses profissionais comeam com muita antecedncia.
O processo comea antes e depois do programa. Duas horas antes de entrar no ar
com transmisso ao vivo, toda a estrutura do programa montada: cenrios, palco,
iluminao, ngulos das cmeras, sistema de udio, e o monitor de televiso,
teleprompter.
Por ter uma estrutura ampla, uma parte do estdio compartilhada com o
telejornal Reprter Nacional, edio da noite, que reserva um espao para realizar um
link entre o apresentador e o jornalista Florestan Fernandes Jnior, que ao vivo, relata
os assuntos que sero debatidos no Dilogo Brasil.
Quando finaliza o programa Dilogo Brasil, os trabalhos no estdio no param.
Exatamente 20 minutos depois da apresentao, os cenrios comeam a ser
desmontados. O gerente de palco embala os objetos de decorao. Vrios ambientes
BONASIO, Valter. Televiso: Manual de Produo & Direo. Editora Leitura. Belo Horizonte. 2002.p.86.
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so desmontados ao mesmo tempo, e levados para o almoxarifado. Em seguida, so
levados e montados os novos cenrios, e adereos do primeiro telejornal do dia, o
Reprter Nacional, edio da manh. Essa a rotina do dia a dia dos programas de
televiso, que no tm uma estrutura prpria e separada.
Portanto, entender televiso conhecer suas capacidades e limitaes, tcnicas
e equipamentos. Esse meio de comunicao uma mistura de arte com cincia, e
todos os profissionais integrados tm um componente de criatividade a ser aplicado por
intermdio dos equipamentos ou de suas reas.
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4. CONCEPO DO PROGRAMA DE TELEVISO
A idia de produzir um programa de televiso requer uma equipe de profissionais
com conhecimentos tcnicos e que estejam envolvidos para atuar no processo de
produo. A cada edio, um novo tema, uma nova maneira de se comunicar com seu
pblico.
Segundo Valter Bonasio: a televiso depende da integrao de muitas funes,
que devem ser executadas e coordenadas perfeitamente. No importa se o diretor
competente, talentoso e experiente; se ele no tiver uma equipe igualmente competente
e principalmente bem entrosada, dificilmente o programa sair bom.
Por isso, so necessrios muitos profissionais para se fazer um programa de
televiso, como tcnicos, operadores, supervisores, colaboradores, alm de dois
integrantes fundamentais para a execuo do processo de produo: o produtor e o
diretor. importante ressaltar que o diretor trabalha do inicio at o trmino da
realizao do programa.
Segundo o artigo 221 estabelecido na Constituio Federal de 1988, a produo
e a programao das emissoras de rdio e televiso atendero os seguintes princpios:
I - preferncia a finalidades educativas, artsticas, culturais e informativas; II - promoo
da cultura nacional e regional e estmulo produo independente que objetive a sua
divulgao; III - regionalizao da produo cultural, artstica e jornalstica, conforme
percentuais estabelecidos em Lei; IV - respeito aos valores ticos e sociais da pessoa e
da famlia.
Esse controle social de produzir um programa que atenda os requisitos
presentes no artigo 221, uma forma de evitar que as emissoras fiquem limitadas pela
disputa de patrocinadores, no se importando com a qualidade do que veiculado na
programao. No entanto, a televiso um servio pblico, que tem a finalidade de
atender aos interesses da sociedade brasileira.
BONASIO, Valter. Televiso: Manual de Produo & Direo. Editora Leitura. Belo Horizonte. 2002. p.23.
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A produo de televiso se opera em quatro estgios: 01) Pr-produo: h
uma reunio com os membros-chave da equipe de produo, com o produtor, diretor,
iluminador, cengrafo, diretor tcnico, tcnico de udio, para desenvolver todo o
conceito de produo, que inclui objetivos, mtodos, formato e organizao.
02) Montagem e ensaios: a montagem do estdio, realizada em etapas: construo do
cenrio, afixao e ajuste de luz, montagem de udio e preparao de inserts. Segundo
Pedro Maciel: os inserts so imagens ou sons colocados em pontos de corte na
matria editada para permitir uma transio suave, sem pulos de imagem, ou para
acrescentar uma informao sem interferir no resto da matria. Alm disso, so
preparados para a produo e todos os elementos do programa so ensaiados e
coordenados como exemplo posicionamento das cmeras. 03) Produo: fundamental para o programa gravado ou ao vivo. O procedimento de gravao pode
ser direto ou em segmentos com cada cmera alimentando separadamente o gravador.
04) Ps-produo: Toda edio feita quando o programa gravado.
A equipe pode ser dividida em dois grupos: 01) Equipe de produo que inclui produtor, diretor, assistente de direo, diretor de iluminao ou diretor de fotografia,
cengrafo e assistentes de produo. 02)Equipe tcnica inclui diretor de imagens ou televiso, sonoplasta, operadores de udio, vdeo, cmera; gerente de palco e o
restante da equipe tcnica e operacional. A ps-produo conta tambm com o
complexo de um estdio de televiso composto por duas reas definidas pela sala de
switcher. O centro de comando do programa coordenado pelo diretor e todos os
elementos que compem o cho de estdio, onde acontece a produo.
Os integrantes responsveis pela equipe de produo, com suas respectivas
funes so:
Produtor Executivo o dono do programa, desenvolve o conceito e o roteiro com o redator, aprova as mudanas que aparecem de ltima hora, e as escolhas do
diretor em relao luz, ao cenrio, assiste todos os ensaios, como se fosse o mais
exigente telespectador. Sendo responsvel pela viabilizao do programa, avalia a
MACIEL, Pedro. Jornalismo na televiso. Sagra. Porto Alegre,1995. p.109.
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cada exibio, se o programa est atingindo todos os objetivos e aprova a verso final
da edio.
Produtor supervisiona e coordena todas as fases de produo, do roteiro e da ps-produo. Decide juntamente com o diretor do programa e produtor executivo o
oramento e a logstica necessria para a realizao do programa. Aprova mtodo do
diretor, a iluminao e o cenrio. Nos programas ao vivo, ajuda o diretor quando
necessrio, enquanto, nos programas gravados, decide com o diretor qual as tomadas
sero utilizadas, pois esta uma imagem continua e uma necessidade bsica de
comunicao para conduzir a nossa mensagem e qual o plano de enquadramento usar.
Na produo de televiso, a fase de pr-produo considerada a mais
importante para o produtor, pois quando o conceito do programa desenvolvido e o
mtodo de produo planejado e organizado.
Assistente de Produo responsvel pela realizao das tarefas do produtor, providencia mudanas solicitadas pelo diretor e pelo produtor executivo.
Diretor responsvel pela esttica do programa. Participa de todas as reunies de pr-produo, trabalha com o produtor executivo, produtor e roteirista no
desenvolvimento do mesmo. O trabalho de direo exige a habilidade de coordenar
diversas reas simultaneamente, executando a produo e supervisionando a edio.
Segundo Valter Bonasio: o diretor deve estabelecer um sentimento de
cooperao, de trabalho de equipe e de respeito mtuo entre todos os membros da
equipe de produo. A responsabilidade bsica do diretor supervisionar a equipe de
produo para conseguir transformar a idia, conceito ou roteiro nos elementos
audiovisuais que compem um programa.
O diretor no precisa estar presente durante a montagem do cenrio, estdio,
iluminao e equipamentos, porm devem ser checados e aprovados antes do ensaio
para que quaisquer mudanas e correes possam ser feitas a tempo.
BONASIO, Valter. Televiso: Manual de Produo & Direo. Editora Leitura. Belo Horizonte. 2002. p.113.
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Assistente de Direo colabora na integrao de toda equipe tcnica e de
produo. O assistente ajuda o diretor na edio, antecipa os problemas e sugere
solues, monitora o ritmo do programa, e o tempo durante a edio.
Diretor de Imagens trabalha como consultor do produtor e do diretor. Ensaia as
cmeras na pr-produo, opera o switcher durante a produo, e a qualidade tcnica
do programa.
Redator/Roteirista desenvolve o roteiro junto como diretor do programa e
produtor. Esse profissional acompanha as gravaes para reescrever possveis
alteraes. Trabalha com o produtor e o diretor no desenvolvimento do roteiro. Revisa o
roteiro at a aprovao.
Segundo Valter Bonasio: escrever para televiso um processo de equipe no
qual indivduos trabalham juntos para se comunicar com o telespectador. A primeira
tarefa do redator pegar a idia de um programa e transform-la em palavras, sons e
imagens.
Iluminador/Diretor de Fotografia na ps-produo, prepara o mapa de iluminao do programa.
Segundo Harris Watts: ao se falar de iluminao, no basta dizer que o trabalho
do iluminador limita-se a providenciar a luz suficiente para captar a imagem. Tambm a
uma arte, e uma arte muito prpria do operador.
O diretor de iluminao trabalha o roteiro do programa, as informaes sobre
posicionamento de cmeras, apresentador, convidados, a planta de estdio, o
inventrio dos equipamentos disponveis e desenvolve o mapa de iluminao, que
mostra os instrumentos determinados para cada funo, a posio, o balanceamento e
a intensidade, e, se houver algum efeito especial, seu funcionamento. Nos ensaios,
supervisiona toda a colocao dos projetores de luz, monta os efeitos de luz e ajustes
necessrios para obter o melhor resultado. Enquanto, em produo coordena todas as
marcaes de luz e opera o dimmer, dispositivo utilizado para variar a quantidade de
BONASIO, Valter. Televiso: Manual de Produo & Direo. Editora Leitura. Belo Horizonte. 2002. p.33. WATTS, Harris. On cmera O curso de produo de filme e vdeo da BBC. So Paulo: Summus editorial, 1990. p.195.
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energia eltrica alcanando determinado instrumento de iluminao.
Segundo Valter Bonasio: a luz o ingrediente-chave da percepo visual e a
orientao no tempo e espao, alm de afetar nossas emoes. Uma boa iluminao
uma mistura de cincia e arte, que requer domnio das tcnicas e criatividade.
A intensidade de suas cores e de seus movimentos atinge aspectos estticos e
psicolgicos, conseguindo reaes desejadas, assim como a msica, a luz pode ter um
efeito intuitivo, influenciando nossas emoes. Sem iluminao adequada, a televiso
no pode operar. A cmera no vai reproduzir uma boa imagem tcnica.
Segundo Harris Watts: a iluminao de estdio mais fcil porque costuma ter
um grande nmero de luzes disponveis (na locao o maior problema costuma no ter
luz suficiente). mais difcil porque a maior parte do trabalho num estdio feita em
seqncia contnua e assim voc no consegue fazer as mudanas de luzes
necessrias para cada tomada-de-cena.
Portanto a maior parte da iluminao de estdio tem de ser um meio-termo entre
as exigncias de cada cmera. Por isso, o cengrafo pode auxiliar na montagem do
cenrio, o posicionamento da bancada, do apresentador, do entrevistado, tendo em
vista, a noo do ponto referencial de iluminao; com o propsito de eliminar os
elementos que so possveis de causar sombras.
Cengrafo desenvolve ambientes cenogrficos e a maneira como sero construdos. Para isso, consulta o diretor, produtor, iluminador, diretor de fotografia
sobre a concepo, supervisiona o pessoal na montagem e construo de cenrios.
Os cenrios e a montagem so elementos visuais importantes que contribuem
para a dimenso do vdeo. As trs funes do cenrio so: providenciar o fundo ou
ambiente fsico onde a ao acontece; fixar a poca, o local e dar ao programa um
estilo nico que rene todos os elementos visuais; e funciona como um elemento
eficiente de produo que complementa os objetivos do programa.
BONASIO, Valter. Televiso: Manual de Produo & Direo. Editora Leitura. Belo Horizonte. 2002. p.337. WATTS, Harris. On cmera O curso de produo de filme e vdeo da BBC. So Paulo: Summus editorial, 1990. p. 198.
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As tcnicas das cores utilizadas em cenrios tm o intuito de informar: o uso
simblico da cor parte da funo de informao que ela tem na composio de um
ambiente; compor: trazer energia em alguns elementos e a balancear em outros,
harmonizando composies; expressar: a funo da cor faz com que ns sintamos de
determinada forma em relao ao que nos apresentado; dimensionar: a cor escura
parece mais forte quando posicionada contra um fundo escuro; balancear: cores
altamente saturadas parecem visualmente mais pesadas e mais slidas que pastel-
claro com pouca saturao.
Enquanto na equipe tcnica, os profissionais envolvidos na produo so:
Operador de Cmera em pr-produo prepara as cmeras para a produo. Nos ensaios e produo, opera a cmera, ensaia os movimentos e enquadramentos. O
operador de cmera tem de se preocupar enquadramentos interessantes que, s
vezes, o diretor no tenha percebido.
Segundo Harris Watts:
O aspecto mais importante sobre o enquadramento decidir qual o centro de interesse principal na imagem e, em seguida engradar de tal forma que a viso do espectador seja conduzida para ele. Seu centro principal pode estar no meio da tela, no plano de frente ou no de trs: sua correlao com as outras coisas na imagem, a angulao de cmera, a iluminao, a forma da cmera se movimentar e as coisas tambm, tudo pode ser usado para dirigir o olhar do telespectador para onde voc deseja.
A importncia do trabalho do operador de cmera resulta tambm na
imparcialidade dos fatos. Esse poder da imagem em falar o que est acontecendo.
Para isso, essa qualidade utiliza-se de meios tcnicos como iluminao, som,
angulao, movimento de cmera, posicionamento das pessoas e coisas, que
conduziro o olhar do pblico para as coisas importantes na imagem televisiva.
WATTS, Harris. On cmera O curso de produo de filme e vdeo da BBC. So Paulo: Summus editorial, 1990. p.229.
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A cmera de televiso a principal ferramenta usada na captao de imagens,
sendo o equipamento bsico para a produo de televiso. Para isso, so divididas
em duas categorias: cmeras de estdio, montada em pedestais que permitem o
operador move-las atravs do estdio; e cmeras portteis que no requerem uma
unidade de controle de cmera e alimentam o sinal de vdeo diretamente para o
videocassete e a maioria possui controles automticos de ganho que permitem ao
operador de cmera cobrir a ao sem se preocupar tanto com o nvel de vdeo.
Operador de udio em pr-produo, trabalha como consultor do diretor e
equipe. Monta o mapa de udio, seleciona materiais, como cds, que tenham trilhas
sonoras que faro parte do programa. No ensaio, responsvel pela equipe de udio,
faz todos os pr-ajustes na mesa de udio e o balano dos microfones. Em produo,
responsvel por toda a mixagem do udio do programa.
Segundo Valter Bonasio: o som um aspecto importante na televiso. Alm do
seu papel como elemento primrio na programao de entretenimento, a msica
usada para temas de abertura e encerramento, assim, como para msica de fundo para
ajudar a estabelecer o clima ou a atmosfera do programa.
Os efeitos sonoros so teis para ajudar a dar forma dimenso do udio e
destacar a imagem visual. Alm disso, a importncia da msica na abertura deve ser
selecionada para prender a ateno e preparar o clima ou tom do programa. A
utilizao da msica de fundo - BG age inconscientemente, no com o intuito de
chamar a ateno, o telespectador s percebe que a msica est presente no programa
quando presta ateno especial nela, que se torna uma referncia para o programa.
Operador de Caracteres na pr-produo, trabalha como consultor do produtor e redator. Prepara a parte grfica necessria para a produo do programa, como
definir os crditos: as cores, a velocidade, tamanho. No ensaio e produo, esse
profissional opera o gerador de caracteres. Enquanto, na ps-produo, opera o
gerador de caracteres e computador grfico para inserir caracteres e grficos na edio.
BONASIO, Valter. Televiso: Manual de Produo & Direo. Editora Leitura. Belo Horizonte. 2002. p.200.
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Operador de Vdeo o responsvel pela busca do melhor alinhamento das
cmeras. Esse profissional trabalha com o iluminador/diretor de fotografia, que resolve
todos os problemas de luminosidade que afetam a operao da cmera.
Segundo Valter Bonasio: em televiso cada vez mais voc pode criar uma
realidade completamente nova, virtual, para os telespectadores. possvel usar certas
tcnicas para produzir uma realidade na dimenso de vdeo que na verdade no
existe.
Muitos operadores de vdeo utilizam o mtodo Chroma Key, um cenrio virtual,
que facilita a construo de um novo cenrio, conforme os interess