A Qualidade Da Água Tratada No Município de Israelândia-Goiás

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE IPORÁ DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA JOÃO CARLOS RODRIGUES DE MORAES A QUALIDADE DA ÁGUA TRATADA NO MUCICÍPIO DE ISRAELÂNDIA-GOIÁS Iporá 2010

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Transcript of A Qualidade Da Água Tratada No Município de Israelândia-Goiás

  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS

    UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

    JOO CARLOS RODRIGUES DE MORAES

    A QUALIDADE DA GUA TRATADA NO MUCICPIO DE ISRAEL NDIA-GOIS

    Ipor

    2010

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    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIS

    UNIDADE UNIVERSITRIA DE IPOR

    DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

    A QUALIDADE DA GUA TRATADA NO MUCICPIO DE ISRAEL NDIA.

    Monografia apresentada como exigncia para obteno do grau de Licenciado do Curso de Geografia da Universidade Estadual de Gois, Unidade Universitria de Ipor.

    Orientador Esp.: Gilmar Pereira da Silva

    Ipor-Gois

    2010

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    JOO CARLOS RODRIGUES DE MORAES

    A qualidade da gua Tratada do municpio de Israelndia-GO

    Monografia apresentada como exigncia para obteno do grau de licenciado (a) no curso de Geografia da Universidade Estadual de Gois Unidade Universitria de Ipor.

    Ipor, ___ de novembro de 2010

    Banca examinadora

    _______________________________________________________

    Nome

    _______________________________________________________

    Nome

    ________________________________________________________

    Nome

  • 3

    Dedico este trabalho aos meus amigos que sempre

    me incentivaram e me apoiram, amigos verdadeiros

    se tornam um pedacinho de ns mesmos, logo, levo

    cada um onde quer que v.

  • 4

    AGRADECIMENTO

    Agradeo a minha irm Maria Abadia por existir e ter me criado suprindo

    todas as ausncias e necessidades, pelo amor incondicional que h.

  • 5

    gua que nasce na fonte Serena do mundo

    E que abre um Profundo groto

    gua que faz inocente Riacho e desgua

    Na corrente do ribeiro...

    Guilherme Arantes

  • 6

    RESUMO

    A presente proposta de pesquisa pretende discorrer sobre a qualidade da gua tratada no municpio de Israelndia-GO, com a finalidade de levantar dados referentes ao tratamento dado mesma para o consumo da populao israelandense. Tal inteno se justifica pelo objetivo de contribuir com o estudo da importncia da gua tratada, e dos elementos que a compe. Isso ser feito atravs de pesquisa bibliogrfica para que se obtenha conhecimentos tericos relativos gua, o que prope a legislao, atravs de pesquisa campo para que se conhea o manancial, identificando suas caractersticas, localizao, coordenadas geogrficas, como ocorre o processo de captao, conhecer o funcionamento da estao de tratamento, os equipamentos, reconhecer mtodos utilizados, as substncias, acompanhar o monitoramento das fases do tratamento dado gua na cidade, averiguar se so condizentes com as normas propostas pelo Ministrio da Sade e outros rgos que fazem a fiscalizao para atingir o IQA (ndice de Qualidade da gua). Diante de toda a coleta de dados, ocorre o processo de anlise e discusso para verificar os percentuais demonstrados em tabelas, chegando ao entendimento de que todos os processos executados contribuem para com a qualidade da gua oferecida para o consumo, contribuindo diretamente para a qualidade de vida da populao beneficiada.

    PALAVRAS-CHAVES: gua Tratada. Consumo. Tratamento.

  • 7

    ABSTRACT

    This research proposal aims to discuss the quality of treated water in the city of Israelndia-GO, in order to collect data pertaining to the treatment given it to the consumption of the Israeli population. That intention is justified by the goal to contribute to the study of the importance of clean water, and the elements that compose it. This will be done through literature search in order to obtain theoretical knowledge relating to water, which proposes legislation, through field research for knowing the source, identifying their characteristics, location, geographical coordinates, as the process of capturing, know the functioning of the treatment plant, equipment, methods used to recognize the substances, track monitoring phases of treatment of the water in the city, to ascertain whether they are consistent with the rules proposed by the Ministry of Health and other agencies that make surveillance to achieve the WQI (Water Quality Index). Before any data collection, there is a process of analysis and discussion to determine the percentages presented in charts, reaching the understanding that all processes run contribute to the quality of water being provided to the consumer, directly contributing to the quality of life of the beneficiary population.

    KEYWORDS: Treated Water. Consumption.Treatment.

  • 8

    LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 01 MICRORREGIO DE IPOR ........................................................................ 27

    FIGURA 02 MAPA DO ESTADO DE GOIS .................................................................... 28

    FIGURA 03 CAPTAO DA GUA NO RIO CLARO .................................................... 30

    FIGURA 04 COLORMETRO ............................................................................................ 32

    FIGURA 05 PHAGMETRO ............................................................................................. 33

    FIGURA 06 FLUORMETRO ............................................................................................. 34

    FIGURA 07 RESERVATRIO DE FLOR ...................................................................... 34

    FIGURA 08 DOSADORA DE FLOR ............................................................................... 35

    FIGURA 09 DOSADORA DE SULFATO E CAL ............................................................. 36

    FIGURA 10 TINA DE SULFATO E CAL - RESERVATRIO ......................................... 36

    FIGURA 11 DOSADORA DE CLORO .............................................................................. 37

    FIGURA 12 FLOCO DECANTADOR VISTA FRONTAL ............................................... 38

    FIGURA 13 FLOCO DECANTADOR VISTA SUPERIOR .............................................. 38

  • 9

    LISTA DE TABELAS

    TABELA 01 GUA BRUTA/DADOS REFERENTES COLETA DE AMOSTRAS

    PARA EXAME EM LABORATRIO ................................................................................... 39

    TABELA 02 GUA TRATADA/DADOS REFERENTE COLETA DE AMOSTRAS

    PARA EXAME EM LABORATRIO ................................................................................... 40

    TABELA 03 COMPARAO DAS VARIAES SOFRIDAS NOS MESES SECOS E

    CHUVOSOS ............................................................................................................................. 41

  • 10

    LISTA DE QUADROS

    QUADRO 01 - ANLISE FSICO-QUMICA SEGUNDO A RESOLUO DO CONAMA

    .................................................................................................................................................. 22

  • 11

    LISTA DE GRFICOS

    GRFICO 01 - REFERENTE INTERPRETAO DOS DADOS COLETADOS NA

    TABELA 04 ............................................................................................................................ 41

  • 12

    SUMRIO

    INTRODUO ........................................................................................................................ 13

    CAPTULO 1. FUNDAMENTAO TERICA ................................................................... 14

    1.1 PRESERVAO DOS MANANCIAIS ........................................................................... 15

    1.2 POLUIO ....................................................................................................................... 16

    1.3 TRATAMENTO ................................................................................................................. 18

    1.4 ANLISES FSICO-QUMICAS. ..................................................................................... 20

    1.5 PADRES DE QUALIDADE .......................................................................................... 23

    CAPTULO 2. LEGISLAO E FISCALIZAO .............................................................. 25

    2.1 RGO FISCALIZADOR ............................................................................................... 26

    CAPTULO 3. O SISTEMA DE TRATAMENTO DA GUA EM ISRAELNDIA .......... 27

    3.1 HISTRIA DO MUNICPIO ............................................................................................ 28

    3.2 SANEAMENTO NA CIDADE ...................................................................................... 29

    3.3 LOCAL DE COLETA (CAPTAO) ............................................................................. 30

    3.4 LOCAL DE TRATAMENTO ........................................................................................... 31

    3.5 APARELHOS, FILTROS E SUBSTNCIAS .................................................................. 31

    CAPTULO 4 RESULTADOS E DISCUSSES. ................................................................... 39

    CONSIDERAES FINAIS .................................................................................................. 43

    REFRENCIAS ...................................................................................................................... 44

  • 13

    INTRODUO

    O homem sempre agiu de forma irresponsvel com relao ao meio ambiente, tem

    destrudo a fauna, a flora, o solo, a gua, subsolo, a atmosfera, ocorrendo desequilbrios

    ecolgicos decorrentes dos impactos das atitudes do homem, o que demonstra a decadncia e

    escassez de recursos indispensveis vida.

    No que diz respeito gua, alm do grave problema do desperdcio desencadeado

    pelo uso desordenado por parte dos indivduos, a poluio um fator preocupante, pois, a

    carga elevada de lixo que a sociedade despeja em rios e lagos, a destruio das matas ciliares

    que cercam os mananciais que so usados para a captao para o abastecimento, acabam

    contribuindo para com a poluio das guas tornando-as sem qualidade.

    O objetivo dessa pesquisa o de mostrar que a gua tratada deve ser valorizada, e

    identificar como ocorre o tratamento - as anlises feitas, os equipamentos utilizados, mtodos,

    produtos qumicos, pois, a populao que beneficiada pelo tratamento da gua desconhece

    todos os procedimentos realizados e todo o cuidado e rigor aplicado no processo.

    O presente trabalho demonstra quais so os procedimentos usados para se

    fornecer gua de qualidade para o abastecimento do municpio de Israelndia-GO, quais os

    processos, como estes se desenvolvem; os critrios e padres de excelncia adotados;

    objetiva-se tambm desencadear a conscientizao da necessidade de se preservar o

    manancial onde se capta a gua, evitando os desmatamentos, as queimadas e a poluio da

    gua por meio do lixo, preservando assim o meio.

    A abordagem desse assunto e a utilizao da reviso bibliogrfica sua

    importncia se justifica por ser um instrumento inerente pesquisa, a reviso com nfase na

    leitura analtica um mtodo que proporciona uma fundamentao terica e posterior

    compreenso do tema permitindo a atribuio de significados aos elementos pesquisados.

    Foram feitas entrevistas com profissionais que fazem esse trabalho, coleta de dados na estao

    de tratamento, visita captao e anlises laboratoriais.

  • 14

    CAPTULO 1. A GUA

    A gua um bem de fundamental importncia e de maior abundncia no planeta,

    alm de ser imprescindvel para a sobrevivncia de tudo quanto ser vivente, se faz

    necessria s diversas atividades gerao de energia, fabricao de ao, de papel, etc.

    GRAFF, 2000 e FREITAS, 2000 afirmam que:

    A qualidade da gua uma medida que diagnostica o estado de conservao do ambiente como um todo, j que por meio de sua anlise se verifica o grau de eroso do solo, os lanamentos orgnicos, a poluio por esgotos e, inclusive, a poluio atmosfrica. No por outra razo, as bacias hidrogrficas vm sendo utilizadas como unidades de planejamento de gesto ambiental.

    Em alguns locais do mundo a gua encontrada com grande quantidade e em

    outros, se torna quase inacessvel, fator que decorrente tanto dos impactos da ao humana

    sobre o ambiente como um todo, quanto pelas prprias caractersitcas fsicas naturais.

    Da gua dependem todos os organismos tanto vegetais quanto animais, um

    suporte que d sustentabilidade para todos que dependem dela. Sabe-se que 75% da

    superfcie do planeta terra coberto por gua que circula por oceanos, rios lagos e mares

    (ALLAIAS 1992 p. 250) tem-se, portanto, uma enorme quantidade de gua, contudo, deste

    percentual, o total de gua disponvel para o consumo humano limitado.

    Durante um longo perodo de tempo a gua foi utilizada como um recurso natural

    ilimitado do qual os indivduos faziam o uso indiscriminado sem o mnimo de preocupao

    com a sua escassez, gerando o desperdcio.

    A gua representa da superfcie da Terra e est presente no interior ou no

    exterior de qualquer clula, sendo que, de toda gua existente em nosso planeta, apenas 2,7%

    so de gua doce. (LATUF, 2004).

    Allaias (1992 p. 250) salienta que da gua doce existente no mundo so

    utilizados 73% na agricultura, 21% na indstria e 6% como gua potvel. A gua utilizada na

    agricultura grandemente desperdiada, pois quase 60% de seu volume total se perdem antes

    de atingir a planta.

    Pelo percentual acima citado, facilmente perceptvel o quanto a gua enquanto

    recurso hdrico mal utilizado, uma vez que os indivduos gastam grandes quantidades sem

    ter a preocupao de economiz-la. Somando-se ao seu mau uso no mbito da agricultura, nas

  • 15

    irrigaes, das indstrias, bem como o seu uso cotidiano domstico, importante salientar que

    a poluio outro fator preocupante, alm disso, o desmatamento de encostas e das matas

    ciliares, do uso inadequado dos solos, vem contribuindo para a diminuio da quantidade e da

    qualidade da gua, o que afirma (CARVALHO, 2004).

    Existem fatores que incidem de forma direta sobre a questo da quantidade de

    gua utilizada em nvel mundial e podem ser assim enumeradas - crescimento acelerado das

    cidades e conseqente aumento da populao, diminuio da capacidade de infiltrao das

    guas da chuva causada pela impermeabilidade do solo, at a vasta produo de lixo e esgoto

    que d origem poluio surtindo efeitos extremamente negativos afetando a todos os que se

    inserem no contexto da regio afetada comprometendo o ciclo de vida animal e vegetal que ali

    se encontra.

    A gua um recurso estratgico para a humanidade, pois mantm a vida no planeta terra, sustenta a biodiversidade, a produo de alimentos e suporta todos os ciclos naturais. As grandes civilizaes do passado e do presente, bem como as do futuro, dependem e dependero da gua para sua sobrevivncia econmica, biolgica e para o desenvolvimento econmico e cultural (TUNDISI, 2005 apud OLIVEIRA, 2005).

    Durante o ciclo hdrico, a gua sofre alteraes em sua qualidade. Isso ocorre nas

    condies naturais, em razo das inter-relaes dos componentes do sistema de meio

    ambiente, quando os recursos hdricos so influenciados devido ao uso para suprimento das

    demandas dos ncleos urbanos, das indstrias, da agricultura e as alteraes do solo, urbana

    rural (SETTI, et al. 2001).

    1.1 Preservao dos mananciais

    Onde h a escassez da gua por meio do comprometimento dos mananciais quer

    seja pelo desmatamento, das queimadas, da poluio, inmeras discusses apontam a

    degradao dos recursos hdricos colocando a necessidade de se proteger as guas. Nesse

    sentido, a Legislao Brasileira, atravs da Lei Nacional das guas ou Lei n. 9.433/97

    (MMA Ministrio do Meio Ambiente) salienta que:

    Devem-se proteger as guas contra possveis degradaes causadas tanto por fenmenos naturais como pelo mau uso e abusos do prprio homem, no intuito de garantir que o correto uso da mesma venha a contribuir para com o desenvolvimento auto-sustentvel das comunidades, ou seja, das cidades em geral e, conseqentemente, de toda uma nao.

  • 16

    preciso que se estabelea uma aliana entre sociedade e governo como forma de

    se criar aes sistematizadas de educao social, conforme Camilo (2005, p. 30) refora:

    Devido importncia de se preservar a gua como um bem econmico em detrimento do no desperdcio da mesma (...) se faz imprescindvel sobretudo nos dias atuais em meio ao processo de globalizao, a participao de todas as camadas da sociedade: as trs esferas do governo (federal, estadual e municipal), a participao das entidades no-governamentais, assim como o meio universitrio (...), atuando como formadores de opinio e da populao de maneira geral. Todos imbudos nessa difcil, mas necessria, misso de utilizarmos melhor, ou seja, de maneira racional esse lquido que nos to precioso.

    A prpria mdia tem se ocupado de inculcar na mente dos indivduos que preciso

    zelar pela gua, o que falta o desejo e o querer prprio que deveria ser intrnseco a cada um,

    existe tambm a problemtica da falta de planejamento poltico no que diz respeito

    fiscalizao da utilizao dos recursos hdricos. A finalidade da fiscalizao seria a de

    estabelecer os limites necessrios e impor aes com vistas a evitar os inmeros desastres

    ambientais. Existem leis de proteo do meio ambiente que a sociedade no respeita e que o

    poder pblico no fiscaliza na ntegra a aplicabilidade destas, e se no h fiscalizao tambm

    no h punio, dando vazo para que a sociedade faa o que quiser e da forma que quiser.

    1.2 Poluio

    A poluio da gua se consubstancia em um problema de carter global que afeta

    todos os pases do mundo tanto os desenvolvidos quanto os subdesenvolvidos. Movidos por

    ideologias capitalistas e consumistas o homem se apropriado dos recursos naturais de maneira

    irresponsvel e em conseqncia modifica o espao natural, desencadeado a extino da vida

    atravs dos danos causados aos ecossistemas e dos desequilbrios ecolgicos oriundos destes

    danos.

    No que diz respeito ao meio, o homem sempre agiu de modo errado, e foi com o

    processo de industrializao que esta prtica de se jogar dejetos na gua que isso se

    intensificou, a quantidade de resduos lanadas nos cursos dgua se tornou to grande que a

    capacidade que os rios tm de purificao prpria da gua passou a ser mnima,

    comprometendo desta forma a sua sanidade.

  • 17

    Com a poluio, a gua perde sua qualidade fazendo com que uma ou mais de sua

    utilizao fiquem prejudicada e tem como fato gerador a presena de resduos originrios de

    vrios mbitos, conforme classifica a Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT

    (1987, p. 1) estes resduos podem ter tem origem: industrial, domstica, hospitalar, comercial,

    agrcola, de servios e de varrio.

    A grande quantidade de lixo lanado dentro dos rios e lagos desencadeiam a

    contaminao. Na maioria das vezes, o lixo compe-se de elementos que a natureza no

    decompe, a exemplo, o plstico, juntamente detergente e pesticida - que so produtos

    altamente perigosos, tudo isso, contribui para a diminuio da capacidade da gua de manter

    o nvel padro de oxignio.

    Os efeitos da poluio impactam de forma direta na qualidade de vida dos

    organismos, interrompendo e danificando seu ciclo natural, dentre os principais efeitos,

    destacam-se:

    A morte de diversos organismos como peixes e algas, etc.;

    A extino das espcies que habitam nas guas;

    Poluio qumica;

    Contaminao da gua por vrus e bactrias;

    Transmisso e propagao de doenas;

    Dificuldades no tratamento.

    Todo organismo vivo que depende da gua para sobrevivncia, automaticamente

    se v sujeito aos malefcios do uso de uma gua poluda.

  • 18

    1.3 Tratamento

    As preocupaes com relao ao tratamento da gua remetem ao sculo passado e

    surgiram em virtude de necessidade de promover melhores padres de qualidade para os que

    consomem.

    A prestao de servios no setor saneamento - entenda-se saneamento como sistemas de abastecimento de gua e sistemas de coleta e tratamento de esgotos sanitrios - na dcada de 30, era feito por empresas privadas. Para fixar idias e um melhor esclarecimento do que vem a ser saneamento, bom que coloquemos o fato de haver, at bem pouco tempo, na prpria rea, isto , entre os profissionais do setor saneamento, o conceito, de que este se refere aos sistemas de abastecimento de gua e sistemas de esgotos sanitrios e, no mximo englobaria os sistemas de resduos slidos. Essas empresas foram, paulatinamente, sendo substitudas por organismos governamentais, tanto no mbito federal quanto estadual e municipal. Disponvel em: http://www.eps.ufsc.br/disserta98/bezerra/cap3.htm.

    O tratamento da gua se consubstancia em um conjunto de processos que tem a

    finalidade precpua de torn-la potvel. E deve ser feito aps o diagnstico da necessidade

    desse tratamento uma vez que a mesma deve ser submetida a anlises que ir demonstrar se

    precisa ou no ser tratada e at que ponto.

    Para se fazer a captao de gua de um determinado manancial, desenvolve-se

    processos de pesquisas e anlises sistemticas diretamente na fonte e so mediante estas

    pesquisas que se chega classificao do tipo da gua, dos padres de pureza e impureza, da

    presena de coliformes, de bactrias, etc.

    Diante da identificao de resqucios de impureza, dos nveis de contaminao por

    resduos, dejetos qumico-industriais e por agrotxicos utilizados nas lavouras e que chega at

    a gua dos rios levados pela chuva, conclui-se que esses fatores influenciam na qualidade da

    gua tornando-a imprpria para o consumo, o que remete necessidade de se submet-la s

    etapas especficas de purificao para remover os diversos microorganismos presentes, bem

    como para corrigir o odor, o sabor e a cor.

    Nessa perspectiva, Netto (1987, 10) sinaliza os processos essenciais de

    purificao:

    - Aerao por gravidade, por asperso, por outros processos (difuso de ar e aerao forada);

    - Sedimentao ou decantao simples; aps coagulao;

  • 19

    - Coagulao - aplicao de coagulantes (sulfato de alumnio ou compostos de ferro) e substncias auxiliares;

    - Filtrao lenta, rpida, em leito de contato, superfiltrao;

    - Tratamento por contato leitos de coque, de pedra ou de pedriscos para remoo de odor e sabor;

    - Correo da dureza processos de cal-carbonato d sdio e dos zelitos (troca inica);

    - Desinfeco cloro e seus e seus compostos (hipocloritos, cal clorada), ozona, raios ultravioletas e outros processos;

    - Sabor e odor uso do carvo ativado; substituio do processo de clorao (emprego da amnio-clorao, do bixido de cloro e cloroo ao break-point);

    - controle de corroso cal, carbonato de sdio, metafosfato, silicato e outros.

    A gua quando submetida a esses processos chega a um nvel satisfatrio de

    qualidade, o que a torna mais propcia para fim em especfico o consumo, sem risco de

    contaminao e contgio.

    A gua que se destina ao abastecimento domstico passa basicamente por dois

    rigorosos processos de aplicaes fsico-qumicas com vistas em garantir a sua potabilidade.

    Nessa perspectiva, as estaes de tratamento direto da gua voltam o foco para a coagulao e

    floculao e para a decantao.

    No que diz respeito ao processo qumico Campos et al, (1987), ressalta que:

    A finalidade da coagulao transformar impurezas que se encontram em suspenso fina, em estado coloidal ou em soluo, bactrias, protozorios e/ou plncton, em partculas maiores (flocos) para que possam ser removidas por sedimentao e/ou filtrao ou, em alguns casos, por flotao. A coagulao e a floculao constituem a parte mais delicada do tratamento convencional de gua para abastecimento, pois qualquer falha nessa fase pode acarretar grandes prejuzos na qualidade e no custo do produto distribudo populao.

    J com relao ao processo fsico decantao, Netto (1987) o conceitua como:

    um processo dinmico de separao de partculas slidas suspensas nas guas. Essas

    partculas, sendo mais pesadas do que a gua, tendero a cair para o fundo com certa

    velocidade (velocidade de sedimentao). Nessa perspectiva, permeada nas impurezas, ocorre

    a presena de partculas do nvel coloidal.

  • 20

    1.4 Anlises fsico-qumicas da gua

    As caractersticas fsicas e a composio qumica das guas naturais so

    influenciadas por fatores geolgicos, climticos, hidrolgicos e biolgicos. A qualidade das

    guas est diretamente relacionada ao aporte de materiais que podem receber dos

    ecossistemas adjacentes. Sedimentos, detritos vegetais e dejetos de animais silvestres,

    aquticos e terrestres aumentam naturalmente o nvel de aporte alctone dos cursos dgua.

    Entretanto, a maior parte da contaminao resulta de atividades agrcolas, urbanas e

    industriais em grande escala (Tundisi, 1993). Tratar-se-, portanto da anlise dos elementos

    que implicam na caracterizao fsico-qumica da gua.

    Segundo o CETESB (2008):

    A temperatura um fator que influencia a grande maioria dos processos fsicos, qumicos e biolgicos na gua, assim como, outros processos como a solubidade dos gases dissolvidos. Uma elevada temperatura faz diminuir a solubidade dos gases, por exemplo, o oxignio dissolvido dos corpos de guas naturais apresenta variaes sazonais e dirias de temperatura, bem como estratificao vertaica. Tais variaes de temperatura so grande parte de regime climtico normal.

    Nesse sentido, a temperatura um elemento que permeia quase todos os processos

    pelos quais a gua passa influenciando-a de forma direta, ocupando assim, um papel

    imprescindvel no controle e no condicionamento fsico-qumico.

    No que diz respeito cor o CETESB (2008) salienta que:

    A cor da gua est associada ao grau de reduo de intensidade que a luz sofre ao atravess-la (e esta reduo d-se por absoro de parte da radiao eletromagntica), devido presena de slidos dissolvidos, principalmente material em estado coloidal orgnico e inorgnico. Dentre os colides orgnicos, podem-se mencionar os cidos hmico e flvico, substncias naturais resultantes da decomposio parcial de compostos orgnicos presentes em folhas, dentre outros substratos. H tambm compostos inorgnicos capazes de possuir as propriedades e provocar os efeitos de matria em estado coloidal. Os principais so os xidos de ferro e mangans, que so abundantes em diversos tipos de solo. Alguns outros metais presentes em efluentes industriais conferem-lhes cor, mas, em geral, ons dissolvidos pouco ou quase nada interferem na passagem da luz. O problema maior de cor na gua, em geral, o esttico, j que causa um efeito repulsivo aos consumidores.

    A cor da gua est diretamente relacionada tanto ao aspecto da reduo da

    iluminao quanto ao do material orgnico e inorgnico que so despejados nela.

    A transparncia da coluna dgua sofre variaes, Esteves (1998) ressalta que:

    A transparncia da coluna dgua varia em funo da profundidade da gua. Ela est associada ao grau de reduo de intensidade que a luz sofre ao atravessar a gua (e

  • 21

    esta reduo d-se por absoro de parte da radiao eletromagntica), devido presena de slidos dissolvidos, principalmente material coloidal orgnico.

    A transparncia, portanto, diz respeito absoro da luz pela gua e se diversifica

    conforme a profundidade.

    Com relao aos slidos o CETESB (2008) expe:

    Slidos nas guas correspondem a toda matria que permanece como resduo, aps evaporao, secagem ou calcinao da amostra a uma temperatura pr-estabelecida durante um tempo fixado. Em linhas gerais, as operaes de secagem, calcinao e filtrao so as que definem as diversas fraes de slidos presentes na gua (slidos totais, em suspenso, dissolvidos, fixos e volteis). Os mtodos empregados para a determinao de slidos so gravimtricos (utilizando-se balana analtica ou de preciso.

    As impurezas existentes na gua contribuem para o percentual de slidos que por

    sua vez podem se classificar em orgnicos ou inorgnicos dependendo de suas caractersticas

    fsicas ou qumicas.

    CETESB (2008) conceitua a turbidez como:

    O grau de atenuao de intensidade que um feixe de luz sofre ao atravess-la (esta reduo d-se por absoro e espalhamento, uma vez que as partculas que provocam turbidez nas guas so maiores que o comprimento de onda da luz branca), devido presena de slidos em suspenso, tais como partculas inorgnicas (areia, silte, argila) e de detritos orgnicos, algas e bactrias, plncton em geral, etc. A eroso das margens dos rios em estaes chuvosas um exemplo de fenmeno que resulta em aumento da turbidez das guas e que exigem manobras operacionais, como alteraes nas dosagens de coagulantes e auxiliares, nas estaes de tratamento de guas.

    Nessa perspectiva, o fato da gua ser turva reflete tambm a questo da veemncia

    da iluminao as partculas que provocam a turbidez so em maiores quantidades que o

    comprimento da luz branca. Desta forma, a eroso se mostra como um elemento que gera a

    turbidez, gerando a necessidade de se evit-la para que se possa ter maior controle da

    turbidez.

    O pH (Potencial Hidrogeninico) utilizado para exprimir com que veemncia

    ou potencialidade de acidez ou alcalinidade possui uma soluo.

    A gua contm determinadas impurezas de natureza mineral, dentre estas, existem

    as que possuem a capacidade de reagir atravs de cidos chegando a neutraliz-los, esse

    processo denominado alcalinidade. Tal caracterstica decorrente da existncia de

    hidrxidos, carbonatos e bicarbonatos.

    Quanto ao flor, determinadas guas naturais o possuem em nveis elevados, este

    fato remete necessidade de se fazer a remoo do excesso para que a mesma se adqe aos

  • 22

    padres requeridos para o consumo humano. Contudo, para as guas com baixo teor de flor,

    adiciona-se a quantidade necessria. A necessidade do flor na gua se justifica medida em

    que prevenir as cries dentrias.

    Os valores abaixo sinalizados se fundamentam na resoluo do CONAMA

    (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE) N 20 publicada no Dirio Oficial da

    Unio aos 18 dias do ms de junho de 1986, com o intuito de classificar as guas, bem como

    de orientar as suas diversas destinaes.

    QUADRO 1 - ANLISE FSICO-QUMICA SEGUNDO A RESOLU O DO

    CONAMA

    Anlise Resultado Valor Mximo Permitido Unidade

    Classe I Classe II Classe III Classe IV

    Turbidez 2.54 40,0 100,0 100,0 NR uT

    Cor Aparente 1 - 75,0 75,0 NR uH

    PH 7,11 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 -

    Cloretos 10 250,0 250,0 250,0 NR mg/L CI

    Oxignio

    Dissolvido

    - 6,0* 5,0* 4,0* 2,0* mg/L O2

    DBO 5 Dias A

    20C

    - 3,0 5,0 10,0 NR mg/L O2

    Ferro Solvel 0,21 0,3 0,3 5,0 NR mg/L Fe

    Sl. Totais

    Dissolvidos

    - 500,0 500,0 500,0 NR mg/L

    Fsforo Total - 0,025 0,025 0,025 NR mg/L P

    Nitrato - 10,0 10,0 10,0 NR mg/L N-NO3

    Nitrito - 1,0 1,0 1,0 NR mg/L N-NO2

    Nitrognio

    Amoniacal

    - NR NR 1,0 NR mg/L N-NH3

    Slidos

    Sedimentveis

    - 0,1 NR NR NR mg/L

    Alumnio 0 NR 0,1 0,1 NR mg/L AL

    Alcalinidade Total 80 NR NR NR NR mg/L CA CO3

    Alcalinidade HCO3 80 NR NR NR NR mg/L CA CO3

    Alcalinidade CO3 0,0 NR NR NR NR mg/L CA CO3

    Dureza Total 52 NR NR NR NR mg/L CA CO3

    Matria Orgnica 4,7 NR NR NR NR mg/L O2

  • 23

    Gs Carbnico - NR NR NR NR mg/L CO2

    Condutividade - NR NR NR NR uS/cm

    leos e Graxas - Virtualmente ausente - mg/L

    Fenis - 0,001 0,001 0,3 1,0 mg/L C6 H6

    OH

    Quadro 1 CONAMA/1986

    Partindo das classificaes descritas, se torna possvel a realizao de diversas

    anlises da gua para se chegar sua real caracterizao.

    Cada critrio acima sinalizado demonstra os valores permitidos no momento em

    que se realiza a anlise para averiguar as caractersticas da gua quando esta captada no

    manancial.

    1.5 Padres de qualidade

    Os padres de qualidade, de acordo com a ABNT (NBR 9896/87), so constitudos

    por um conjunto de parmetros e respectivos limites, como por exemplo, concentraes de

    poluentes, em relao aos quais os resultados dos exames de uma amostra de gua so

    comparadas, aquilatando-se a qualidade da gua para um determinado fim. Os padres so

    estabelecidos com base em critrios cientficos que avaliam o risco para uma dada vtima e o

    dano causado pela exposio a uma dose conhecida de um determinado poluente.

    Os teores mximos de impurezas permitidos na gua so estabelecidos em funo dos

    seus usos. Tais teores constituem os padres de qualidade, os quais so fixados por entidades

    pblicas com o objetivo de garantir que a gua a ser utilizada para um determinado fim no

    contenha impurezas que venham a prejudic-lo.

    Os padres de qualidade da gua variam para cada tipo de uso. Assim, os padres de

    potabilidade (gua destinada ao abastecimento humano) so diferentes dos de balneabilidade

    (gua para fins de recreao de contato primrio), os quais, por sua vez, no so iguais aos

    estabelecidos para gua de irrigao ou destinada ao uso industrial. Mesmo entre as indstrias,

    existem requisitos variveis de qualidade, dependendo do tipo de processamento dos produtos

    das mesmas.

  • 24

    Destaca-se como exemplo de rgo fiscalizador a AGR (Agncia Goiana de

    Regulao e fiscalizao de rgos pblicos) que faz com que se cumpram as normas

    definidas pelo Ministrio da Sade, com isso, os municpios tm que se enquadrar o seu IQA

    (ndice de Qualidade da gua) com boletins mensais de cada cidade, e suas respectivas notas.

  • 25

    CAPTULO 2. LEGISLAO E FISCALIZAO

    Todo o processo de captao, tratamento e distribuio da gua respeita aos

    princpios, s normas e diretrizes da Legislao, ao que apregoa o Cdigo das guas

    promulgado no ano de 1934 com a finalidade de equilibrar a utilizao das guas em suas

    mais diversificadas formas.

    medida que foi decretado o Cdigo das guas, foram ocorrendo mudanas

    significativas no que diz respeito sua caracterizao, ao controle de qualidade, instituio

    dos padres de potabilidade, aos procedimentos utilizados pelo centro de abastecimento.

    Desta forma, h uma sucesso cronolgica de Leis que so marcadas por avanos que visaram

    regulamentar e normatizar o uso da gua enquanto recurso hdrico.

    LEIS FEDERAIS: - LEI N 9.984, de 17 de Julho de 2000 Dispe sobre a criao da Agncia Nacional de guas - ANA, entidade federal de implementao da Poltica Nacional de Recursos Hdricos e de coordenao do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos, e d outras providncias. LEI N. 6.050 de 24 de Maio de 1974Dispe sobre a fluoretao da gua em sistemas de abastecimento. DECRETOS FEDERAIS: - DECRETO N 24.643, de 10 de Julho de 1934 - Decreta o Cdigo de guas; DECRETO-LEI N 852, de 11 de novembro de 1938 que mantm, com modificaes, o Decreto N 24.643, de 10 de julho de 1934, e d outras providncias. DECRETO N 76.872, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1975 que regulamenta a Lei n 6.050, de 24 de maio de 1974, que dispe sobre a fluoretao da gua em sistemas pblicos e abastecimento. DECRETO N 79.367, DE 9 DE MARO DE 1977 que dispe sobre normas e o padro de potabilidade de gua e d outras providncias. E DECRETO N 5.440, de 4 de Maio de 2005 que estabelece definies e procedimentos sobre o controle de qualidade da gua de sistemas de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para divulgao de informao ao consumidor sobre a qualidade da gua para consumo humano. PORTARIAS FEDERAIS - PORTARIA N 518, de 25 de Maro de 2004 que estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilncia da qualidade da gua para consumo humano e seu padro de potabilidade, e d outras providncias. SANEAGO, 2010, Disponvel em: http://www.saneago.com.br/.

    Inmeros so os critrios e ressalvas esboados em Lei e tem o objetivo de

    regulamentar e normatizar todas as aes que incidem sobre a gua. relevante destacar os

    esboos contidos no Art. 1 da Lei 9.433 de janeiro de 1997 que intitula - Poltica Nacional

    de Recursos Hdricos, estabelece fundamentos que devem ser de modo primrio, respeitado:

    I - a gua um bem de domnio pblico; II - a gua um recurso natural limitado, dotado de valor econmico; III - em situaes de escassez, o uso prioritrio dos recursos hdricos o consumo humano e a dessedentao de animais; IV - a gesto dos recursos hdricos deve sempre proporcionar o uso mltiplo das guas; V - a bacia hidrogrfica a unidade territorial para implementao da Poltica Nacional de

  • 26

    Recursos Hdricos e atuao do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos; VI - a gesto dos recursos hdricos deve ser descentralizada e contar com a participao do Poder Pblico, dos usurios e das comunidades. LEI N 9.433, DE 8 de janeiro de 1997, Disponvel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9433.htm

    Estes so os parmetros jurdicos e legais que se norteiam e conduzem os

    processo de gesto da gua, devendo portanto serem respeitados e cumpridos por toda e

    qualquer instncia que se dedique a fazer uso deste bem para o abastecimento. Alm da

    fundamentao vale ressaltar que dentre as determinaes da Lei 9.433, existem outros

    elementos que so relevantes serem destacados como a determinao de instrumentos

    essenciais expostos no Art. 5 da Poltica Nacional de Recursos Hdricos:

    I - Os Planos de Recursos Hdricos; II - o enquadramento dos corpos de gua em classes, segundo os usos preponderantes da gua, III - a outorga dos direitos de uso de recursos hdricos; IV - a cobrana pelo uso de recursos hdricos; V - a compensao a municpios; VI - o Sistema de Informaes sobre Recursos Hdricos. Disponvel em: http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaTextoIntegral.action?id=

    Diante das proposies citadas, verifica-se que vrias foram as leis criadas com a

    finalidade exclusiva de proteger a gua e para o controle do uso desta tanto no aspecto

    qualitato quanto quantitavo, haja vista que um recurso limitado. Compete, portanto a

    aplicabilidade coerente e tica destas leis respeitando o mbito jurdico.

    2.1 rgo fiscalizador

    Compete AGR (Agncia Goiana de Regulao, o Controle e Fiscalizao de

    Servios Pblicos) coordenar a fiscalizao dos procedimentos executados na ETA - Estao

    de Tratamento de gua.

    um rgo que tem por finalidade, garantir de modo sustentvel o uso das guas,

    a adequao do saneamento bsico/Recursos Hdricos s necessidade dos consumidores e a

    qualidade dos servios firmando-se em uma poltica justa e equitativa, fazendo cumprir o

    direito que todos tem acesso gua livre de riscos que causem danos sua sade fsica e

    mental.

  • 27

    CAPTULO 3. O SISTEMA DE TRATAMENTO DA GUA EM ISRA ELNDIA

    Israelndia, pertence mesorregio do Centro goiano e microrregio de Ipor,

    limita-se com os municpios de Ipor, Jaupaci, Fazenda Nova, Moipor e Ivolndia. Possui

    uma rea de 577, 480Km2. (Ver localizao no mapa).

  • 28

    3.1 Histria do municpio

    Israelndia, assim como outros municpios circunvizinhos, surgiu por meio da

    atividade garimpeira, o que Carvalho (1996 p. 11) relata:

    s margens do Rio Claro, num lugar bem prximo Israelndia, surgiu em 1926, um garimpo que atraiu famlias e que causou o surgimento da Currutela Maria Antnia. Nessa poca, um Senhor de nome Odorico Caetano Telles era o grande fazendeiro que possua todas as terras, desde o Rio Claro at as proximidades do lugar onde surgiria mais tarde Ipor. Esse rico fazendeiro acolhia bem os garimpeiros e estimulava o povoamento daquele serto. Em meio a essa vasta propriedade, a Currutela da Maria Antnia foi o garimpo de abundante proveito e que mais tarde ficou conhecido como Currutela Velha. Naquele tempo, transitando entre um garimpo e outro, existiam os compradores de diamantes. Israel de Amorim era um deles. Tem-se notcia dele comprando diamantes em 1926 na Currutela Maria Antnia. Israel permaneceu oito anos nessa currutela. Algum tempo depois as atenes da garimpagem se voltaram para o Garimpo da Luzia, nome que veio para especificar um garimpo das redondezas e que assim era chamado pois uma senhora com esse nome l habitou e conquistou o respeito dos garimpeiros. Israel de Amorim, o comprador de diamantes que sempre aparecia, esteve mais presente neste povoado, inclusive tomou a iniciativa de fazer a encanao da gua para o lugar. No final da dcada de 40, apareceu com muita fama um garimpo na cidade de Aurilndia. Naquele tempo, a aquela cidade era chamada de Santa Luzia. Para l foram os garimpeiros da cidade de Israelndia. A regio que margeia o Rio Claro e e onde futuramente seria edificada a cidade de Israelndia ficou despovoada. Algum tempo depois os fazendeiros de Santa Luzia atrotaram com os garimpeiros que danificavam terras e faziam e os fizeram partir. A opo desse pessoal obstinado na procura de diamantes foi voltar para o local de antes, ou seja, para Israelndia. Em 1942, o garimpeiro Fernandinho Martins Marquez, descobriu ouro e diamantes na localidade e resolveu ali estabelecer com sua famlia. Fernandinho era lder entre os garimpeiros, homem nascido no Comrcio Velho, outro garimpo de outrora tambm

  • 29

    nas margens do Rio Claro, Fernandinho Marquez descendida de casal oriundo de Uberlndia, Minas Gerais. Com a chegada dele, surgiu ento o Garimpo do Moncho do Vaz, uma atividade extrativista no Crrego afluente do Rio Claro que hoje margeia a urbe. [...] Israel de Amorim levou para aquele local duzentos garimpeiros.

    Foi ento, a partir da, que as pedras preciosas encontradas se tornaram o grande

    atrativo e muitas famlias foram chegando para o local formando um povoado, desencadeando

    assim, o incio definitivo da cidade pela construo casas rstica. Em razo do grande

    desenvolvimento alcanado, aps a chegada de aventureiros, em 19 de setembro de 1953,

    atravs da lei municipal de n 54, foi criado o Distrito do Moncho do Vaz, situado dentro do

    municpio de Ipor. (CARVALHO, 1996 p. 15).

    Graas ao desenvolvimento e progresso que marcou a regio em 14 de novembro

    de 1958, foi criada a Lei Estadual 2.114, Moncho do Vaz foi emancipado recebendo o nome

    de Israelndia-Gois. O nome uma homenagem a Israel de Amorim benfeitor da

    localidade e articulador da emancipao. (CARVALHO, 1996 p. 17). Como houve o

    aumento progressivo do povoado gerou-se diretamente a necessidade da implantao de infra-

    estrutura, instalaes de rede eltrica e de saneamento para garantir a qualidade de vida da

    populao que ali habitava, foi onde o povoado passou a receber diversas melhorias. A

    evoluo do campo poltico foi muito relevante nesse aspecto por ter buscado parcerias e ter

    conseguido obras para beneficiar a populao.

    3.2 Saneamento na cidade

    Com uma populao de 2.876 habitantes a cidade conta com 90,8% das

    residncias da populao beneficiada pelo sistema de gua tratada que teve como incio o ano

    de 1986. So 916 ligaes o que totaliza 2.876 consumidores. Portanto, praticamente toda a

    cidade faz uso de gua tratada. O foco das aes desenvolvidas na Estao se firma no

    propsito de oferecer aos moradores de Israelndia uma gua tratada de forma qualitativa,

    para isso, conta com a disponibilidade de diversos recursos e equipamentos.

  • 30

    3.3 Local de coleta (captao)

    A captao da gua para o abastecimento e conseqente consumo realizada no

    Rio Claro em virtude da ausncia de crregos, pelo volume de gua do Rio, bem como em

    funo da excelente qualidade tcnica (livre de resduos domsticos e urbanos), pois, no

    passa em nenhuma rea urbana da nascente at o centro de captao. Como podemos observar

    na figura 01:

    Figura 01 - Captao da gua no Rio Claro. MORAES, Israelndia-Gois 10/10/2010.

    O Rio Claro possui uma extenso que compreende de 186 a 195 Km, faz parte da

    Bacia do Araguaia que formada por 49 municpios e composta por rios que desembocam no

    Araguaia. O Rio Claro nasce no municpio de Parana-Gois e se localiza mediante as

    coordenadas geogrficas 16.954516 latitude Sul, 50.795288 longitude W. um Rio

    caudaloso, rico em diversas espcies de peixes, foi durante longos anos explorado por

    diversos garimpeiros, donde estes retiravam ouro e pedras preciosas, o que comprometeu a

    qualidade da gua, haja vista que, para a prtica do garimpo, houveram desmatamentos, a

    destruio da mata ciliar, a contaminao da gua pelo mercrio, danificando o meio e

    comprometendo a vida e o consumo da gua.

  • 31

    3.4 Local de tratamento

    A ETA (Estao de Tratamento de gua) tem a finalidade de tratar a gua

    captada, para isso, possui todos os equipamentos necessrios para a realizao de anlises

    qumico-fsicas. Para o desencadeamento do processo dispe de funcionrios capacitados.

    Localiza-se no centro da cidade de Israelndia-Gois mediante as coordenadas 16.317537

    latitude sul, 50.905334 longitude W.

    3.5 Aparelhos, filtros e substncias

    A gua quando captada diretamente no manancial possui diversos tipos de

    propriedades e so tais propriedades que determinaro os processos pelos quais iro passar,

    bem como os equipamentos, mtodos e substncias cabveis a cada um. Procurar-se- mostrar

    os equipamentos utilizados para os procedimentos de dosagem, medio e aplicao de

    substancia na gua.

    Colormetro

    Utilizado para medir a cor - o princpio do mtodo fundamenta-se a identificao

    das caractersticas de tonalidade de amostra pela transmisso da luz atravs de

    espectrofotometria.

  • 32

    Figura 02 - MORAES, Estao de Tratamento, Israelndia-Gois 10/10/2010

    Phagmetro

    Aparelho utilizado para medir o Ph - o mtodo potenciomtrico consiste em mergulhar

    um eletrodo especfico para o on de hidrognio numa dada amostra, cuja amostra

    corresponde ao aparecimento de um determinado potencial eltrico consecutivamente

    variao da concentrao do on H+ na amostra.

  • 33

    Figura 03 - MORAES, Estao de Tratamento, Israelndia-Gois 10/10/2010

    Fluormetro

    Aparelho de anlise de Cloro e de anlise de Flor se embasa na reao entre os

    fluoretos e uma laca de zircnio alizarina. O Fluoreto reage com a laca colorida, dissociando

    uma parte dela para dar um nion complexo incolor (Zr F6)2 e o corante. Ao aumentar o

    contedo de fluoreto a cor produzida torna-se progressivamente mais clara ou com diferente

    tonalidade dependendo do reativo corante utilizado, definindo a presena deste on.

  • 34

    Figura 04 - MORAES, Estao de Tratamento, Israelndia-Gois 10/10/2010

    Reservatrio de Flor

    Figura 05 - MORAES, Estao de Tratamento, Israelndia-Gois 10/10/2010

  • 35

    Dosadora de flor

    Figura 06 - MORAES, Estao de Tratamento, Israelndia-Gois 10/10/2010

    Dosadora de sulfato e de Cal

    O Sulfato de alumnio usado para a coagulao das partculas, de modo a separar as impurezas da gua.

  • 36

    Figura 07 - MORAES, Estao de Tratamento, Israelndia-Gois 10/10/2010

    Tina de sulfato e de cal Reservatrio

    Figura 08 - MORAES, Estao de Tratamento, Israelndia-Gois 10/10/2010

  • 37

    Dosadora de Cloro

    Utizada para adicionar o cloro na gua o mtodo da ortotodina (OTA) reage

    com o cloro existente na amostra por oxidao, formando um complexo colorido, cuja

    colarao varia desde amarelo claro at vemelho alaranjado dependendo do pH e da

    concentrao de Cloro residual, podendo inclusive formar um precipitado de cor vermelha se

    a concentrao de Cloro for muito elevada.

    Figura 09 - MORAES, Estao de Tratamento, Israelndia-Gois 10/10/2010

    Floco Decantador Vista Frontal

    Contribui para com o tratamento da gua nos lugares em que agua mais

    difcil de se tratar, por isso utizado no processo de decantao. um equipamento que

    auxlia muito no tratamento.

  • 38

    Figura 10 - MORAES, Estao de Tratamento, Israelndia-Gois 10/10/2010

    Floco Decantador Vista Superior

    Figura 11 - MORAES, Estao de Tratamento, Israelndia-Gois 10/10/2010

  • 39

    CAPTULO 4. RESULTADOS E DISCUSSES

    Amostra de gua bruta do municpio de Israelndia esta tabela usada para o

    rastreamento da gua bruta para verificar e analisar as substncias presentes, uma vez que

    podem sofrer variaes peridicas, a partir dessa caracterizao se determina os

    procedimentos pelos quais a gua deve passar para que se torne prpria para o consumo.

    Tabela 01 gua Bruta/Dados referentes coleta de amostras para exame em laboratrio

    Substncias Valores 01 - Flor - 02 - Turbidez 14,5 03 Cor aparente 3,54 04 pH (Potenciomtrico) 8,56 05 Alcalinidade Total 8,56 06 Alcalinidade a HCO2 25,0 07- Alcalinidade CO2 25,0 08 Ferro total 0 09 - Alumnio 10 Dureza Total 11 Matria Orgnica (Oxig. Cons.) 1,5 12 - Cloretos 0 13 Gs carbnico 14 Ferro Solvel 15 Slidos T. Dissolvidos 29,5 16 Fsforo Total 17 - Nitrato 18 - Nitrito 0,00 19 Amnia (Nit. Amoniacal) 20 - Clcio 21 - Magnsio 22 - Condutividade 53,65 23 - 24 Oxignio Dissolvido 25 - DBO 26 - Slidos 27 Carb. Organofosfatorados totais. CL 28 Cont. Bact. Placa BVB 29 ndice Coliforme total 24,00 EC/T 30 -ndice Coliforme

    Termotolerantes

    E. Coli 31 ndice de E. Coli 24,00 SANEAGO, data da coleta 10/09/2010

  • 40

    Amostra de gua tratada - a tabela feita semanalmente para verificar se valores esto

    dentro do que se estipulam os percentuais permitidos segundo o CONAMA/1986 (Ver quadro

    1) em funo de se manter a qualidade da gua e verificar se esta se enquadrar no IQA (ndice

    de Qualidade da gua).

    Tabela 02 gua Tratada/Dados referente coleta de amostras para exame em laboratrio

    Produtos Valores 01 - Flor 0,785 02 - Turbidez 0,25 03 Cor aparente 0,2 04 pH (Potenciomtrico) 7,55 05 Alcalinidade Total 10,00 06 Alcalinidade a HCO2 10,00 07- Alcalinidade CO2 0.00 08 Ferro total 0.01 09 - Alumnio 0,23 10 Dureza Total 11 Matria Orgnica (Oxig. Cons.) 0,5 12 - Cloretos 13 Gs carbnico 14 Ferro Solvel 15 Slidos T. Dissolvidos 16 Fsforo Total 17 - Nitrato 18 - Nitrito 19 Amnia (Nit. Amoniacal) 20 - Clcio 21 - Magnsio 22 - Condutividade 54,79 23 - 24 Oxignio Dissolvido 25 - DBO 26 - Slidos 27 Carb. Organofosfatorados totais. CL 28 Cont. Bact Placa 0

    BVB 29 ndice Coliforme

    total

    0

    EC/T 30 - ndice Coliforme

    Termotolerantes

    0

    E. Coli 31 ndice de E. Coli

    SANEAGO, data 10/09/2010

  • 41

    A gua do Rio Claro durante os meses secos e chuvosos sobre variaes no que diz

    respeito ao pH e turbidez:

    Tabela 03 Comparao das variaes sofridas nos meses secos e chuvosos

    Meses PH Turbidez

    Janeiro 5,8 360,86

    Fevereiro 5,4 355,21

    Maro 6 340,15

    Abril 6,2 286

    Maio 6,76 20,6

    Junho 6,99 11,21

    Julho 6,95 8,75

    Agosto 6,93 6,03

    Setembro 6,66 7,57 MORAES, data 14/10/2010

    Grfico 01 - referente interpretao dos dados coletados na tabela 04

    MORAES, data 14/10/2010

    Mediante a tabela apresentada e a anlise do grfico, tm-se a seguinte realidade -

    ambas evidenciam as variaes sofridas pela gua durante os meses chuvosos e os meses

    Janeiro Fevereiro Maro Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    400

    PHTurbidez

  • 42

    secos, as variaes aqui sinalizadas mostram claramente as mais elementares e que mais se

    modificam desencadeando alteraes na gua que so o pH e a turbidez ambos esto

    diretamente correlacionados. Os dois fatores so os que mais interferem no tratamento e em

    conseqncia na qualidade do produto, principalmente porque o Rio Claro e a prpria regio

    no possui agricultura pesada, ou seja, s a agricultura de subsistncia, e isso facilita o

    processo de tratamento da gua. S possvel obter um pH adequado, ou seja, 6.0 fazendo

    uso da introduo do cal no perodo chuvoso que compreende entre os meses de outubro a

    abril.

    Mediante a anlise de dados coletados verifica-se que a qualidade da gua

    coletada no manancial - Rio Claro resultado de vrios determinantes a ocupao do solo,

    agricultura de subsistncia, baixa presena de poluio por lixo txico e /qumico.

    Portanto, a presente pesquisa mostrou que a gua no municpio de Israelndia de

    boa qualidade, respeitando os padres exigidos pelos rgos que realizam a fiscalizao e

    regulamentao, todo o tratamento feito na Estao se mostra eficiente.

  • 43

    CONSIDERAES FINAIS

    Ao desencadear um olhar minucioso sobre toda a pesquisa, chega-se a concluso

    de que existem diversos critrios que so relevantes para determinarem a qualidade da gua, e

    o municpio de Israelndia privilegiado em diversos aspectos, por um lado, a qualidade da

    gua bruta do Rio Claro em virtude deste ao longo de seu curso no ter em suas proximidades

    explorao de agricultura e do garimpo j ter se extinguido, por outro, todos os processos

    realizados so monitorados e controlados, os equipamentos tm boa funcionabilidade e os

    responsveis tm a competncia necessria para a realizao do tratamento, esses fatores

    facilitam o tratamento da gua.

    Alm disso, imprescindvel ressaltar que so realizados de forma contnua

    mensais e semanais, exames laboratoriais como os fsicos e qumicos com a finalidade de

    identificar as caractersticas da gua e se realizar a aplicao das substncias necessrias para

    que a gua chegue ao excelente padro de qualidade para o consumo.

    A realizao do tratamento da gua para a populao israelandense propiciou a

    mudana na qualidade de vida, ao passo que trouxe maior segurana com relao ao fator

    sade. No h dvidas de que o fator que determina a qualidade do produto ocorre em funo

    de um conjunto de aes de rgos fiscalizadores responsveis por enquadrar o produto na

    potabilidade, bem como todo o cuidado existente na captao e gesto dos processos de

    tratamento.

    Para que se mantenha essa qualidade da gua do Rio Claro necessrio que a

    populao preserve esse recurso de suma importncia. Nessa perspectiva, cabe populao

    promover a proteo das matas ciliares, pois esta tem o papel de desencadear uma relao

    estvel entre a fauna e a flora, evitar os desmatamentos, as queimadas, manter o controle da

    poluio evitando jogar lixo domstico no leito, evitar o cultivo da agricultura, s assim, ser

    possvel garantir futuramente o abastecimento.

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    REFERNCIAS

    ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas - Poluio das guas: Terminologia - NBR 9896. Rio de Janeiro, 1987. ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Resduos slidos; classificao NBR 10004. So Paulo, 1987. CAMPOS, J. P.; POVINELLI, J. Coagulao e floculao: tcnicas de abastecimentoe tratamento de gua. So Paulo: CETESB, 1987. p. 91-120. ALLAIS, Catlerine. O estado do planeta em alguns nmeros. In: Barrere, Martine (org.), Terra, patrimnio comum, So Paulo, Nobel, 1992.

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