A Reforma e o Trabalho

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Boa tarde Bereiano! Sexta-feira, 15 de maio de 2015

0 A Reforma e o Trabalho

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Por Rev. Hermisten Maia

Trabalho pode ser definido como o esforço físico ou intelectual, com vistas a um determinado fim. Overbo "trabalhar" é proveniente do latim vulgar tripaliar : torturar com o tripalium. Este é derivadode tripalis, cujo nome é proveniente da sua prpria constituiç!o gramatical: tres & palus pau, madeira,lenho#, $ue significava o instrumento de tortura de tr%s paus. & idéia de tortura evoluiu, tomando osentido de "esforçar'se", "laborar", "obrar"()*

Etimologia + parte, devemos observar, $ue o trabalho, apresenta as seguintes características:

a# Envolve o uso de energia destinado a vencer a resist%ncia oferecida pelo objeto $ue se $uertransformar intencionalidade.b# O trabalho se prop-e sempre a uma transformaç!o.

c# Todo o trabalho est ligado a uma necessidade, e/terna ou interna.

d# Todo trabalho tra0 como pressuposto fundamental, o conceito de $ue o objeto, sobre o $ual trabalha,é de algum modo aperfeiçovel, mediante o emprego de determinada energia esforço e perseverança.

1a 2dade 3édia, h de certa forma, um retorno + idéia grega, considerando o trabalho no sentidomanual, banausi/a# banausia#, "arte mec4nica", como sendo algo degradante para o ser humano,(5* einferior + sxolh#scholê#, ao cio, descanso, repouso, + vida contemplativa e ociosa sxola/zw#scholazõ#, por um lado, e + atividade militar pelo outro. 1a vis!o de 6!o Toms de &$uino )557')589#,o trabalho era no m/imo, considerado "eticamente neutro".(* 6egundo a igreja romana, "a finalidadedo trabalho n!o é enri$uecer, mas conservar'se na condiç!o em $ue cada um nasceu, até $ue desta vidamortal, passe + vida eterna. & ren;ncia do monge é o ideal a $ue toda a sociedade deve aspirar. <rocurarri$ue0a é cair no pecado da avare0a. & pobre0a é de origem divina e de ordem providencial," interpreta<irenne.(9*

&inda na 2dade 3édia, a posiç!o ocupada pelo trabalho era regida pela divis!o gradativa de import4nciasocial: Oradores eclesisticos#, =efensores guerreiros# e >avradores agricultores#. =esta forma, oseclesisticos, no seu cio e abstraç-es "teolgicas" é $ue tinham a prioridade, ocupando um lugarproeminente. ?iéler comenta: @O trabalho, especialmente o trabalho criador de bens e ri$ue0a, otrabalho manual, se n!o decaíra mais até o nível do trabalho servil da &ntiguidade, foi, todavia,considerado como uma necessidade temporal despre0ível com relaç!o aos e/ercícios da piedade. Ea$ueles $ue se dedicavam +s atividades econAmicas e financeiras, os negociantes e ban$ueiros, eramparticularmente desconsiderados.B(7*

1!o nos cabe a$ui analisar a histria da filosofia do trabalho, contudo, devemos mencionar, $ue aCeforma resgatou o conceito crist!o de trabalho.

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1a ética do trabalho, >utero )9D')79# e Falvino )7GH')79# estavam acordes $uanto +responsabilidade do homem de cumprir a sua vocaç!o através do trabalho. 1!o h lugar para ociosidade.Fom isto, n!o se $uer di0er $ue o homem deva ser um ativista, mas sim, $ue o trabalho é uma "b%nç!ode =eus". >utero teve uma influ%ncia decisiva, $uando tradu0iu para o alem!o o 1ovo Testamento)755#, empregando a palavra "beruf " para trabalho, em lugar de "arbeit ". "Beruf ", acentua mais oaspecto da vocaç!o do $ue o do trabalho propriamente dito. &s traduç-es posteriores, inglesas e

francesas, tenderam a seguir o e/emplo de >utero. & ideia $ue se fortaleceu, é a de $ue o trabalho éuma vocaç!o divina.(* Falvino, di0: @6e seguirmos fielmente nosso chamamento divino, receberemos oconsolo de saber $ue n!o h trabalho insignificante ou nojento $ue n!o seja verdadeiramente respeitadoe importante ante os olhos de =eus.B(8*

Falvino defendeu tr%s princípios éticos fundamentais: Trabalho, <oupança e Irugalidade.(D* 1ote'se $uea poupança deveria ter sempre o sentido social.(H* Fomentando 5Fo D.)7, di0: @3oisés admoesta o povo$ue por algum tempo fora alimentado com o man, para $ue soubesse $ue o ser humano n!o éalimentado por meio de sua prpria ind;stria e labor, sen!o pela b%nç!o de =eus. &ssim, no man vemosclaramente como se ele fosse, num espelho, a imagem do p!o ordinrio $ue comemos. ...# O 6enhorn!o nos prescreveu um Amer ou $ual$uer outra medida para o alimento $ue temos cada dia, mas ele nosrecomendou a frugalidade e a temperança, e proibiu $ue o homem e/ceda por causa da sua abund4ncia.()G* <or isso, a$ueles $ue t%m ri$ue0as, seja por herança ou por con$uista de sua prpria ind;stria elabor, devem lembrar'se de $ue o e/cedente n!o deve ser usado para intemperança ou lu/;ria, mas para

aliviar as necessidades dos irm!os. ...# &ssim como o man, $ue era acumulado como e/cesso degan4ncia ou falta de fé, ficava imediatamente putrificado, assim também n!o devemos alimentar d;vidasde $ue as ri$ue0as $ue s!o acumuladas + e/pensa de nossos irm!os s!o malditas, e logo perecer!o, eseu possuidor ser arruinado juntamente com elas, de modo $ue n!o conseguimos imaginar $ue a formade um rico crescer seja fa0endo provis-es para um futuro distante e defraudando os nossos irm!ospobres da$uela ajuda $ue a eles é devida.B())*

<ara Falvino a ri$ue0a residia em n!o desejar mais do $ue se tem e a pobre0a, o oposto.()5* <or suave0, também entendia $ue a prosperidade poderia ser uma armadilha para a nossa vida espiritual:

 @1ossa prosperidade é semelhante + embriague0 $ue adormece as almas.B()* @&$ueles $ue se aferram+ a$uisiç!o de dinheiro e $ue usam a piedade para granjearem lucros, tornam'se culpados desacrilégio.B()9* =aí $ue, para o nosso bem, o 6enhor nos ensina através de vrias liç-es a vaidade dessae/ist%ncia.()7* Fomentando o 6almo 5.)G, di0: @<Ar o coraç!o nas ri$ue0as significa mais $uesimplesmente cobiçar a posse delas. 2mplica ser arrebatado por elas a nutrir uma falsa confiança. ...# Jinvariavelmente observado $ue a prosperidade e a abund4ncia engendram um espírito altivo, levandoprontamente os homens a nutrirem presunç!o em seu procedimento diante de =eus, e a se precipitaremem lançar inj;ria contra seus semelhantes. 3as, na verdade o pior efeito a ser temido de um espíritocego e desgovernado desse g%nero é $ue, na into/icaç!o da grande0a e/terna, somos levados a ignorar$u!o frgeis somos, e $u!o soberba e insolentemente nos e/altamos contra =eus.B()* Em outro lugar:

 @Kuanto mais liberalmente =eus trate alguém, mais prudentemente deve ele vigiar para n!o ser presoem tais malhas.B()8* @Kuando depositamos nossa confiança nas ri$ue0as, na verdade estamostransferindo para elas as prerrogativas $ue pertencem e/clusivamente a =eus.B()D* & nossa ri$ue0a estem =eus, &$uele $ue soberanamente nos abençoa.()H* <ortanto, @.... é uma tentaç!o muito grave, ouseja, avaliar alguém o amor e o favor divinos segundo a medida da prosperidade terrena $ue elealcança.B(5G* Kuanto ao dinheiro, como tudo $ue temos provém de =eus, @o dinheiro em minha m!o étido como meu credor, sendo eu, como de fato sou, seu devedor.B(5)* 6omos sempre e integralmentedependentes de =eus: @Lm verdadeiro crist!o n!o dever atribuir nenhuma prosperidade + sua prpriadilig%ncia, trabalho ou boa sorte, mas antes ter sempre presente $ue =eus é $uem prospera eabençoa.B(55*

3a/ Meber )D9')H5G# ao analisar o progresso econAmico protestante, n!o conseguiu captar esteaspecto fundamental no protestantismo, $ue enfati0e o trabalho, n!o simplesmente pelo dever ouvocaç!o, conforme Meber entendeu, mas sim, para a glria de =eusN este é o fator preponderante, $ueescapou + sua compreens!o.(5*

&s Escrituras nos ensinam $ue =eus nos criou para o trabalho n 5.D,)7#. O trabalho, portanto, fa0parte do propsito de =eus para o ser humano, sendo objeto de satisfaç!o humana: @Em vindo o sol,(...) sai o homem para o seu trabalho, e para o seu encargo até tardeB 6l )G9.55'5#. 1a concepç!ocrist!, o trabalho dignifica o homem, devendo o crist!o estar motivado a despeito do seu bai/o salrio oudo reconhecimento humanoN embora as Escrituras também observem $ue o trabalhador é digno do seusalrio >c )G.8#. 6eu trabalho deve ser entendido como uma prenda feita a =eus, independentementedos senhores terrenosN deste modo, o $ue de fato importa, n!o é o trabalho em si, mas sim o espíritocom o $ual ele é feitoN a dignidade deve permear todas as nossas obras, visto $ue as reali0amos para o

6enhor. & prestaç!o de contas de nosso trabalho dever ser feita a =eusN é Ele com o seu escrutínioperfeito e eterno Kuem julgar as obras de nossas m!os, daí a recomendaç!o do &pstolo <aulo:

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 @E tudo o !ue fizerdes, se"a em palavra, se"a em a#$o, fazei%o em nome do enhor 'esus, dando por elegra#as a eus (...). ervos, obedecei em tudo aos vossos senhores segundo a carne, n$o servindoapenas sob vigilncia, visando t$o%s* agradar homens, mas em singeleza de cora#$o, temendo aoenhor. +udo !uanto fizerdes, fazei%o de todo o cora#$o, como para o enhor, e n$o para homens,cientes de !ue recebereis do enhor a recompensa da heran#a. -risto, o enhor, é !ue estaisservindo pois a!uele !ue faz in"usti#a receber/ em troco a in"usti#a feita e nisto n$o h/ acep#$o de

 pessoas. enhores, tratai aos servos com "usti#a e com e!0idade, certos de !ue também v*s tendes

enhor no céuB Fl .)8,55'9.)#Pd. Ef .7'H#.

<ortanto, n!o h desculpas para a fuga do trabalho, mesmo em nome de um motivo supostamentereligioso )Ts 9.H')5QEf 9.5DN )Tm 7.))')#.

Lm comentarista bíblico, resume bem o espírito crist!o do trabalho, afirmando: @O trabalhador devefa0%'lo como se fosse para Fristo. 1s n!o trabalhamos pelo pagamento, nem por ambiç!o, nem parasatisfa0er a um amo terreno. Trabalhamos de tal maneira $ue possamos tomar cada trabalho e oferec%'lo a Fristo.B(59* Pd. )Tm .)'5#.

>amentavelmente, o conceito <rotestante do trabalho, no pensamento moderno, foi seculari0ado,abandonando aos poucos a concepç!o religiosa $ue lhe dera suporte, tornando'se agora apenas uma$uest!o de racionalidade, n!o necessariamente de "vocaç!o" ou de "glorificaç!o a =eus". <erdeu'se a

 @infra'estruturaB, ficou'se apenas com a @superestrutura.B(57*

O homem é um ser $ue trabalha. & sua m!o é uma arma "politécnica", instrumento e/clusivo,incomparvel de construç!o, reconstruç!o e transformaç!o. Ia0 parte da ess%ncia do homem trabalhar. Ohomem é um artífice $ue constri, transforma, modificaN a sua vida é um eterno devir, $ue se reali0a nofa0er como e/press!o do seu ser... O ser como n!o pode se limitar ao simples fa0er, est sempre +procura de novas criaç-es, $ue envolvem trabalho. &contece, $ue se o homem é o $ue é, o seu trabalhorevela parte da sua ess%ncia. & "originalidade" do seu trabalho ser uma decorr%ncia natural da suaautenticidade. O homem autentica'se no seu ato construtivo. O trabalho deve ser visto primariamentecomo um privilégio, um compartilhar de =eus com o homem na preservaç!o da Friaç!o n 5.)7#. <orisso, nunca poderemos ter como meta da sociedade, a aus%ncia do trabalho. =ei/ar de trabalhar,significa dei/ar de utili0ar parte da sua pot%ncia, e$uivale a dei/ar parcialmente de ser homemN emoutras palavras, seria uma desumanidade.

Algumas conclusões:

Todos somos vocacionados ao trabalho. 6abemos $ue no cumprimento de nossa vocaç!o estamosservindo primeiramente a =eus. Fontudo, isso n!o nos deve tornar presas ing%nuas de manipulaç-es ee/ploraç-es. =evemos trabalhar dignamente e lutar pelos nossos direitos dentro do $ue permite a lei,desde $ue esta n!o fira as Escrituras. ?uscar um lugar melhor onde pudemos reali0ar de modo maiseficiente o nosso trabalho e, termos remuneraç!o compatível, n!o entra em conflito com as EscriturasNno entanto, o n!o reconhecimento de nosso trabalho nunca poder servir de prete/to para a nossa bai/a$ualidade. Estamos sempre servindo a =eus.

<ara ns Ceformados, o trabalho é uma das b%nç!os de =eus. 1um país como nosso com alta ta/a dedesemprego, devemos de forma ainda mais veemente agradecer a =eus pelo trabalho $ue temos.

& maneira como trabalhamos reflete a nossa vida espiritual Ef .7'8#. >embremo'nos também, de $ue aguarda do @sbadoB é precedida por seis dias de trabalho E/ 5G.H#. O descanso é para $uem trabalha.

<or sua ve0, os patr-es e chefes crist!os $ue vivem no Espírito, por certo, n!o se aproveitam da suaautoridade para pressionar os $ue est!o sob as suas ordens, valendo'se do fato de $ue h mais procurado $ue oferta de emprego, a fim de ameaç'los, menospre0'los ou trat'los indignamente como sefossem apenas uma ferramenta humana descartvel. & justiça divina 2s 9.# deve ser a tAnica darelaç!o patr!o'empregado e empregado'patr!o. & base para este relacionamento, é a certe0a de $ue,$uer sejamos empregados, $uer sejamos patr-es, todos temos o mesmo 6enhor no céu Ef .HN Fl 9.)#.& possibilidade real desta prtica est no fato de sermos guiados e capacitados pelo Espírito 6anto.

 ____________ 1otas:()*Ff. Trabalho: 2n: Rosé <edro 3achado, icion/rio Etimol*gico da 12ngua 3ortuguesa,>isboa, Fonflu%ncia, )H7, 22, p. 5GHDN Trabalhar: 2n: &urélio ?.S. Ierreira, 4ovoicion/rio da 12ngua 3ortuguesa, 5 ed. rev. aum. Cio de Raneiro, 1ova Ironteira, )HD,

p. )H7N &ntAnio eraldo da Funha, icion/rio Etimol*gico 4ova 5ronteira da 12ngua3ortuguesa, 5 ed. Cio de Raneiro, 1ova Ironteira, )HH), p. 88HN Trabajar: 2n: R.Forominas, iccion/rio -r2tico Etimol*gico de la lengua -astellana, 3adrid, Editorial

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redos, )H79#, Pol. 9, p. 75G'75)N Trabalho: 2n: &ntonio Souaiss, ed.Enciclopédia6irador 7nternacional , 6!o <aulo, EncUclopaedia ?ritannica do ?rasil, )HD8, Pol. )H, p.)GH')GH9.(5* banausi/a banausia#, est associada + @vida e hbitos de um mec4nicoBNmetaforicamente é aplicada + @mau gostoB e @vulgaridadeB. Pd. >iddell V 6cott, 8ree9%English 1e:icon, O/ford, Flarendon <ress, )H7, p. )5Db#.

(*Pd. 3a/ Meber,  ;tica 3rotestante e o Esp2rito do -apitalismo, 6!o <aulo, <ioneira,)H8, p. 75ss.(9*S. <irenne, <ist*ria Econ=mica e ocial da 7dade 6édia, ed. 6!o <aulo, 3estre Rou,)HD5, p. )H.(7* &ndré ?iéler,  5or#a >culta dos 3rotestantes, 6!o <aulo, Editora Fultura Frist!,)HHH, p. ))D. Pd. Rac$ues >e off, 6ercadores e Ban!ueiros da 7dade 6édia, 6!o <aulo,3artins Iontes, )HH), passim.(* Pejam'se, 3a/ Meber,  ;tica 3rotestante e o Esp2rito do -apitalismo, p. 75 e notascorrespondentes#N &ndré ?iéler, > 3ensamento Econ=mico e ocial de -alvino, 6!o <aulo,Fasa Editora <resbiteriana, )HHG, p. 5DN 6érgio ?uar$ue de Solanda, ?a2zes do Brasil ,5) ed. Cio de Raneiro, Rosé OlUmpio Editora, )HDH, p. ))9.(8* Ro!o Falvino,  @erdadeira @ida -rist$, 6!o <aulo, 1ovo 6éculo, 5GGG, p. 88.

(D*J interessante notar $ue em )7), 1. 3a$uiavel )9H')758#, na sua obra O <ríncipe,dedicada a >oren0o di 3edicis, di0: @... um príncipe deve gastar pouco para n!o serobrigado a roubar seus s;ditosN para poder defender'seN para n!o se empobrecer,tornando'se despre0ívelN para n!o ser forçado a tornar'se rapaceN e pouco cuidado lhe d%a pecha de miservelN pois esse é um dos defeitos $ue lhe d!o a possibilidade de bemreinar.B (1. 3a$uiavel, > 3r2ncipe, 6!o <aulo, &bril Fultural, Os <ensadores, Pol. 2W#,)H8, p. 85*. grifos meus#.(H* Pd. por e/emplo, R. Falvino, s 7nstitutas, 222.8.7'N 222.)G.9'7N 2dem., E:posi#$o deA -or2ntios, 6!o <aulo, <aracletos, )HH7, 5 Fo D#, p. )7ss.N &ndré ?iéler, > 3ensamentoEcon=mico e ocial de -alvino, p. 9. Peja'se, também, Sermisten 3.<. Fosta, suestões ociais e a +eologia -ontempornea, 6!o <aulo, )HD. Kuando + aç!o prticados conceitos de Falvino em enebra, Pd. &lderi 6ou0a de 3atos, Ro!o Falvino e o

=iaconato em enebra: 2n: 5ides ?eformata, 5Q5 )HH8#, p. )'DN Conald 6. Mallace,Falvin, 8eneva and the ?eformation, rand Capids, 3ichigan, ?aXer?OOY  SouseQ6cottish &cademic <ress, )HHG, passim.()G*Per: Ro!o Falvino,  @erdadeira @ida -rist$, p. , 87N Ro!o Falvino, s 3astorais,6!o <aulo, <aracletos, )HHD, )Tm .D#, p. )HN Ro!o Falvino,  s 7nstitutas, 222.)G.9.())* Ro!o Falvino, E:posi#$o de A -or2ntios, 5 Fo D.)7#, p. )88. Pd. também, Ro!oFalvino, > 1ivro dos almos, 6!o <aulo, <aracletos, )HHH, Pol. ), p. 97. Fomentando o6almo D, Falvino observa $ue o =eus da glria é também o =eus misericordiosoN emseguida observa a atitude pecaminosa comum aos homens: @eralmente distribuímosnossas atenç-es onde esperamos nos sejam elas retribuídas. =amos prefer%ncia aposiç!o e esplendor, e despre0amos ou negligenciamos os pobres.B (Ro!o Falvino, > 1ivrodos almos, 6!o <aulo, <aracletos, )HHH,6!o <aulo, <aracletos, )HHH, Pol. 5, 6l D.9'#,p. 97*.()5* @Fonfesso, deveras, $ue n!o sou pobreN pois n!o desejo mais além da$uilo $uepossuo.B Ro!o Falvino, > 1ivro dos almos, Pol. ), p. 9#. @1ossa cobiça é um abismoinsacivel, a menos $ue seja ela restringidaN e a melhor forma de mant%'la sob controleé n!o desejarmos nada além do necessrio imposto pela presente vidaN pois a ra0!o pela$ual n!o aceitamos esse limite est no fato de nossa ansiedade abarcar mil e umae/ist%ncias, as $uais debalde sonhamos s para ns.B (Ro!o Falvino, &s <astorais, )Tm.8#, p. )D*.()* Ruan Falvino, El Lso &decuado de la &fliccion: 2n: ermones obre 'ob, 'enison,3ichigan, T.E.>.>., )HDD, 6ermon nZ )H#, p. 558. Per também: Ro!o Falvino, > 1ivro dosalmos, Pol. ), 6l G.#, p. )N s 3astorais, )Tm .)8#, p. )D).()9*Ro!o Falvino, s 3astorais, )Tm .#, p. )D. @Todos $uantos t%m como seuambicioso alvo a a$uisiç!o de ri$ue0as se entregam ao cativeiro do diaboB (Ro!o

Falvino, s 3astorais, )Tm .D#, p. )H*.()7* Pd. Ro!o Falvino,  @erdadeira @ida -rist$, p. G.()* Ro!o Falvino, > 1ivro dos almos, 6!o <aulo, <aracletos, Pol. 5, 6l 5.)G#, p. 7DG.

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()8* Ro!o Falvino, > 1ivro dos almos, Pol. ), 6l G.#, p. .()D* Ro!o Falvino, s 3astorais, 6!o <aulo, <aracletos, )HHD )Tm .)8#, p. )D5.()H* @.... a glria de =eus deve resplandecer sempre e nitidamente em todos os donscom os $uais porventura =eus se agrade em abençoar'nos e em adornar'nos. =e sorte$ue podemos considerar'nos ricos e feli0es nele, e em nenhuma outra fonte.B (Ro!oFalvino, > 1ivro dos almos, Pol. 5, 6l 9D.#, p. 7*.

(5G* Ro!o Falvino, > 1ivro dos almos, Pol. ), 6l )8.)9#, p. 9.(5)* Ro!o Falvino, > 1ivro dos almos, Pol. 5, 6l 7.)5#, p. 7G9.(55*Ro!o Falvino,  @erdadeira @ida -rist$, p. 95.(5* Pd. Fhristopher Sill, > Eleito de eusC >liver -romDell e a ?evolu#$o 7nglesa, 6!o<aulo, Fompanhia das >etras, )HDD, p. )H7ss.(59*Milliam ?arclaU, El 4uevo +estamento -omentado, ?uenos &ires, >a &urora, )H8,Pol. )), p. )8.(57* ?iéler fa0 uma constataç!o relevante: @& íntima interpenetraç!o da Ceforma e daCenascença contribuiu amplamente para a sua promoç!o no Ocidente. 3as omaterialismo e as ideologias substitutivas engendradas pela seculari0aç!o dopensamento, no decurso dos séculos subse$[entes, acabaram por fa0er crer $ue umacivili0aç!o arrancada de suas raí0es espirituais conseguiria produ0ir espontaneamente

todos esses valores. Essas ideologias substitutivas proliferaram. ...# Todas essasideologias, $ue tomaram o lugar da fé crist!, transformaram'se em crenças $ue, uma ve0dissipadas, dei/aram no Ocidente e no mundo atual um vcuo espiritual, e muitas ve0esum desespero, $ue se mostram propícios a toda sorte de novidades inflamadas dademagogia religiosa, filosfica ou política.B &ndré ?iéler,  5or#a >culta dos 3rotestantes,p. 79'77#.

\\\Sobre o autor: Cev. Sermisten 3aia <ereira da Fosta, pastor au/iliar )Z 2.< de 6!o?ernardo do Fampo, 6< e <rofessor de Teologia 6istemtica e Iilosofia no 6eminrio<resbiteriano Cev. Rosé 3anoel da Fonceiç!o, 6!o <aulo, Fapital.