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A RESIDÊNCIA SÉNIOR DE VILA FERNANDO CELEBROU 10 ANOS N.º 3 IV série Ano XX Mai/Jun 2016 www.cofre.org PVP €1,00 cofre Revista do Cofre de Previdência dos Funcionários e Agentes do Estado

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a residência séniorde vila fernandocelebrou 10 anos

N.º 3IV sérieAno XX

Mai/Jun 2016www.cofre.org

PVP €1,00

cofreRevista do Cofre de Previdência dos Funcionários e Agentes do Estado

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FICHA TÉCNICAPRESIDENTE: Tomé Jardim • [email protected] | DIRECTORA: Luísa Paiva Boléo • [email protected]ÇÃO: Cofre de Previdência | CONSELHO REDACTORIAL: Tomé Jardim, Elder Fernandes, Manuela Charrua, Catarina Santos, Vitor Luz, Susana Inácio, Sónia Ferreira, Norberto Severino | EDITOR: Francisco Pinteus • [email protected] | IMAGEM DE CAPA: Cláudia Peres | FOTOGRAFIA: Cláudia Peres | DIRECÇÃO CRIATIVA E DESIGN: Jorge Guimarães | PUBLICIDADE: Sara Ferreira | SECRETÁRIA: Sara Ferreira | COLABORADORES DESTE NÚMERO: Máximo Ferreira, Rui Bebiano, Ana Alves, Belén, Barbara, Gonçalo Carmo, Fernando Silva, João Gaspar, Emílio Quintal, Armando Jesus, Mário Agostinho, Joaquim Branco, Filipe RodriguesCONTACTOS DO COFRE: Rua do Arsenal, Letra E, 1112-8O3 - Lisboa e Rua dos Sapateiros, 58, 11OO-579- -LisboaTelefone: 213 241 O6O | Fax: 213 47O 476 • [email protected] | NIF: 5OO969442 | IMPRESSÃO: MULTIPONTO, S.A.ISSN 2182-1437 | DEPÓSITO LEGAL: 324664/11 | REGISTO ERC: 119146 | PERIODICIDADE: Bimestral | TIRAGEM: 44.0OOPVP: 1,OO€ | *A redacção da revista Cofre não obedece ao novo Acordo Ortográfico

1 EdIToRIAl | A PAlAvRA do PREsIdENTE

5 CARTAs dos lEIToREs

6 CoNsulTóRIo juRídICo | REgImE dE bENs No CAsAmENTo Antes que cases vê o que fazes

8 REPoRTAgEm | o lAdo INvIsívEl dos CAsAmENTos dE sANTo ANTóNIo

10 quEm É quEm | RECuRsos HumANos

11 o quE Há dE Novo | CARTA dE CoNdução PoR PoNTos

14 CIêNCIA | ColuNA dE AsTRoNomIA Chuva de estrelas neste Verão

16 dIA dos musEus | musEu do FAdo De Alfama para o Mundo

19 RECEITA | sARdINHAs AlbARdAdAs

20 HIsTóRIA | CoRPo dE dEus A procissão no tempo de D. João V

22 EFEmÉRIdEs | PoRTugAl 23 mEdAlHAs olímPICAs

24 REsIdêNCIAs uNIvERsITáRIAs| lIsboA E PoRTo

26 REsIdêNCIAs sÉNIoR | PAssEIos E mANgERICos

28 TEATRo | quINTA dE sANTA IRIA O Principezinho foi à Quinta... e os Mosqueteiros foram com ele.

29 REsIdêNCIAs sÉNIoR | vIlA FERNANdo Celebrar uma década de vivência

35 oFERTAs Ao CoFRE | lIvRos Cara ou coroa? Pequena história da moeda

37 NoTíCIAs | uNIvERsIdAdE sÉNIoR dE PAços dE FERREIRA

38 quEsTIoNáRIo

42 ColAboRAção dos sóCIos

44 PAssEIos do CoFRE

sumáRIo

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editorial dA PAlAvRAdo PREsIdENTETomé jardim

No dia 29 de Abril do ano em curso fui contactado pela jornalista Sandra Felgueiras, coordenado-ra do programa “Sexta

às 9”, para lhe conceder uma entrevis-ta tendo como base um “favorecimen-to ao juiz Carlos Alexandre relativo a um empréstimo concedido pelo Cofre, no qual eu tive intervenção”. Respon-di-lhe via SMS, “só quem não conhece o Senhor juiz pode pensar em favore-cimento”, tendo a Senhora respondi-do, “tudo bem mas gostava de falar pessoalmente com o Senhor”, disse-lhe “que não lhe concedia nenhuma entrevista por existir um processo em curso no DIAP e todo o assunto se en-contrar em segredo de justiça, excepto o divulgado no sítio da Inspecção Ge-ral de Finanças, fá-lo-ia depois de tudo terminado em termos judiciais, agora apenas a elucidava a cerca das datas do referido abono reembolsável”. E, só o fazia, atendendo ao facto de a Se-nhora ter vivido com a mãe aquilo que tem estado a acontecer comigo - as in-vestigações da Polícia Judiciária e do DIAP- depois de ter passado pela Ad-ministração Tributária 40 anos sem qualquer mácula. Recebi a Senhora no dia 4 de Maio às 16 horas. Depois dos cumprimentos habituais a Senhora disse: “O Sr. Presidente desculpar-me-á, mas eu não estou aqui pelo Senhor que ninguém conhece, mas sim pelo Juiz Carlos Alexandre que é uma figu-ra pública a quem o Senhor concedeu um abono reembolsável em tempo re-corde.” Depois de analisar o docu-mento, disse-lhe: “deverá ter em aten-ção as datas, o documento entrou no dia 6 de Junho e o abono solicitado foi transferido para a conta do referido Senhor no dia 5 de Julho. A minha in-tervenção no processo é feita no dia 2 e 3 de Julho. Acontece com todos os abonos depois de despachados, a transferência do dinheiro é sempre cé-

lere para todos sem excepção, a não ser quando falta a declaração de dívi-da do peticionário.” Na peça emitida no aludido programa foi omitida a qualidade de sócio do Juiz Carlos Ale-xandre, a data da recepção 6 de Junho efectuada no Atendimento Público, e do registo de entrada do documento na mesma data, leia-se Atendimento Público, referindo apenas as 72 horas da decisão. Todavia não se fica pela omissão, mas pela inverdade quando refere não ter passado aquele docu-mento pela Secretaria. E de ter segui-do de imediato para o gabinete do pre-sidente Américo Tomé Jardim. Em momento algum da nossa conversa a Senhora me questionou acerca da Se-cretaria ou de ter seguido de imediato para o meu gabinete, mas sim quanto aos seguintes factos: O porquê de eu ter despachado o documento tão rapi-damente e da razão de o ter mandado colocar no cofre da tesouraria. Res-pondi-lhe dizendo: “repare nas datas, nomeadamente a da recepção, eu só tive intervenção no processo um mês depois da sua entrada nos Serviços, o documento deu entrada no dia 6 de Junho, os meus despachos são de 2 e 3 de Julho de 2012 e a transferência faz-se no dia 5”. A razão de ter determina-do em despacho escrito e assinado ao Sr. Coordenador de Secção do Depar-tamento de Gestão de Associados e Património Sr. César Silva para o en-viar ao CA ficando à sua guarda pes-soal e o entregar, depois da sua con-clusão administrativa, em mão ao então Director de Serviços/Coordena-dor Geral João Paulo Alves Malheiro para o arquivar no cofre da Tesoura-ria. A classificação de urgente e confi-dencial teve a ver com a minha preo-cupação em procurar manter o sigilo para este tipo de processos no âmbito que os abonos reembolsáveis têm no Cofre. Neste caso particular aliado ao facto do Senhor juiz se encontrar no

Tribunal de Investigação Criminal de Lisboa tendo na sua pendência proces-sos de investigação mediáticos como era do conhecimento público e o cui-dado a ter com o seu processo salva-guardando-o de olhares indiscretos”. Dizendo-lhe finalmente, mas como vê, a Senhora é minha testemunha, ape-sar de todos estes cuidados o processo está na sua mão”. E para além do es-clarecimento atrás mencionado, fala-mos ainda do seguinte: “Das obras realizadas, do património do Cofre, do adquirido na nossa gestão, de ter sido a única gestão a não vender qual-quer património nos 5 anos que leva de mandato, das providências cautela-res colocadas sobre a compra de um edifício da Rua das Laranjeiras em Lisboa por 1 milhão e 850 mil euros e a venda do edifício da Rua dos Sapa-teiros, por 2 milhões, das propostas de venda para o da Rua da Prata por 3 milhões e 600 mil euros; da razão do investimento nos activos dada a baixa significativa dos juros de depósitos a prazo; da empresa de construção onde a informei dos anos, vinte, a trabalhar para o Cofre; do aumento do pessoal, dizendo-lhe por um lado o Cofre cres-ceu imenso, novas valências como as residências Universitárias, bolsas de estudo, a população residente nos La-res ficou mais dependente o que obri-ga por lei à contratação de um maior número de trabalhadores e finalmente ao facto de quando se denunciou o contrato da Quinta de Stª. Iria e res-cindiu o do Vau, o Cofre ficou com os trabalhadores ali colocados; do Pro-cesso que o antigo prestador de servi-ços do Vau, Sr. Joaquim Silva colocou contra o Cofre e onde as testemunhas foram o trabalhador do Cofre e ex-di-retor de Serviços/Coordenador-Geral, Dr. João Paulo Alves Malheiro e o ex-Vogal Eng.º Carlos Galrão e o traba-lhador já aposentado Sr. Beiroco, cujos testemunhos foram essenciais para “o

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EdIToRIAl dA PAlAvRAdo PREsIdENTE

apuramento da verdade” como está dito na sentença e onde os Advogados são os mesmos para a defesa de um privado-Joaquim Silva, do trabalha-dor Paulo Malheiro ou das providên-cias cautelares do associado Ferraz. Dizendo-lhe por último da razão do Dr. Paulo Malheiro não ter tido a sua comissão de serviço no cargo renova-da por o ocupar há 18 anos, quando a lei (doc.2) só permite 10 anos”. Voltan-do à Secretaria, não existe no Cofre Secretaria propriamente dita, mas sim Atendimento Público onde os docu-mentos entregues pessoalmente são recepcionados. Neste caso em análise, o pedido de abono do Sr. Juiz, foi o trabalhador João Máximo que o re-cepcionou e enviou para o registo de entradas onde foi registado, colocado o número de sócio pelo trabalhador Eduardo Coelho, que dado o seu as-sunto, o remeteu para o Departamen-to de Gestão de Associados e Patrimó-nio para análise e decisão - e não para o meu gabinete - salvo os casos excep-cionais de que falaremos de seguida. (doc. 1)Existindo por parte, quer do interlocutor ou entrevistado escondi-do - todos sabemos quem é apesar da distorção da voz - e da Sra. Jornalista Sandra Felgueiras uma intenção deli-berada de adulterar e confundir a ver-dade dos factos quando, para além de saber pelo Signatário, o próprio Entre-vistado sabe, que o documento tem todos estes elementos de informação. Acrescentando a Senhora Jornalista, “ter sido o abono concedido à revelia dos Estatutos”, quando as regras refe-rentes aos abonos estão contidas no Regulamento de Abonos Reembolsá-veis, mais adiante junto. A falta de ri-gor no seu relato é chocante e ofende violentamente o número 1 do seu Có-digo Deontológico. Como prova da confusão anexa-se um e-mail de uma Associada ali identificada a questionar se o Juiz Carlos Alexandre é sócio.

(doc.2 ). Como foi o caso dos trabalha-dores admitidos de que também falei com a Sra. Jornalista, onde o interlo-cutor refere existir sempre uma rela-ção de amizade entre o Signatário ou alguém do Cofre. Em relação à amiza-de com alguém do Cofre sempre assim foi como o caso de um dos Interlocuto-res nomeadamente o Sr. Beiroco, há trinta e muitos anos, filho de uma tra-balhadora e de outros. Na nossa ges-tão foi constituída uma bolsa de em-prego no Cofre onde estão os currículos dos pretendentes a um em-prego. Todos os trabalhadores admiti-dos ao longo destes 5 anos, familiares dos trabalhadores do Cofre, amigos ou não, foram entrevistados quer pelo Coordenador/a que necessitava dele ou dela quer pela responsável dos Re-cursos Humanos e, quando tinha dis-ponibilidade, pelo Signatário e nestes últimos três anos por uma psicóloga. Existe no processo individual desses trabalhadores uma acta da entrevista. Os candidatos se tinham competência para o lugar eram aceites se não, inde-pendentemente da amizade por al-guém, eram excluídos (doc.3). Nas es-pecialidades técnicas como a contabilidade, social ou saúde, como a enfermagem e a coordenação de La-res, estava presente um dos médicos ou a responsável pelo Departamento de Gestão Financeira. As remunera-ções, ao contrário do referido na peça pelo interlocutor disfarçado, com ex-cepção da enfermagem a que corres-ponde a categoria de Técnica Superior, não eram 800€, mas sim 1 218€ ilíqui-dos, as demais independentemente do seu grau académico eram de 710€ ilí-quidos para categoria de Assistentes Técnicos. E só ao fim de dois anos efectivos na função passam a Técnicos Superiores e passam a exercer outras funções se existir vaga no quadro do Cofre referente aos técnicos superio-res, onde nem todos os graus académi-

cos estão contemplados. Só ali estão os relacionados com a actividade do Cofre. (doc.4). Assim como na afirma-ção produzida pelo mesmo interlocu-tor escondido, relativamente ao em-préstimo identificado como o de um Associado a trabalhar na Polícia Judi-ciária: aqui o interlocutor disfarçado e a Sra. Jornalista confundiram os teles-pectadores intencionalmente ao não fazer a separação entre o Regulamen-to de Abonos Reembolsáveis e os em-préstimos para obras e habitação con-sagrados estatutariamente. Dizem os Estatutos na Secção II com a epígrafe “CASAS DE HABITAÇÃO PARA SÓ-CIOS” No artigo 26.º - Na aquisição ou construção de habitação para resi-dência própria e permanente dos As-sociados o CA fixará a verba máxima a atribuir a cada sócio. No artigo 29.º - As casas de habitação só podem ser adquiridas livres de ónus e encargos. Na Secção III “OBRAS DE BENEFI-CIAÇÃO NAS CASAS DOS SÓCIOS” No artigo 59.º A utilização de fundos em obras de beneficiação destinam-se a habitação própria e permanente. Foi o que aconteceu com o processo acom-panhado pela jurista do Cofre Dra. Sandra Domingos, no acto de licitação da compra. Não existindo, como foi dito na peça pelo referido interlocutor, “uma mão cheia de nada”. Trata-se de mais uma inverdade dita com o bene-plácito da Sra. Jornalista, pois o Cofre através da referida Dra. Sandra salva-guardou os seus interesses. (doc.5) Re-lativamente aos Abonos Reembolsá-veis, diz o seu Regulamento acessível no sítio do Cofre: Artigo 1.º - O Cofre concede aos seus Associados, com pelo menos um ano de via associativa um abono reembolsável para satisfa-ção das suas necessidades de ordem económica, cultural ou social. O mon-tante actual é de 5 mil €, todavia há excepções para a saúde e outros fins, números 2 e 3 do artigo 3.º do aludido

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Regulamento. Assim, como se verifi-ca, a concessão do abono acima do li-mite de 5 mil euros, está consagrada no Regulamento. A frase da Senhora Jornalista de que o “Regulamento li-mita a concessão a 5 mil euros-” e como as excepções referenciadas nos números 2 e 3 estão imediatamente anteriores onde andou com o seu dedo a acompanhar o texto do número 4 do referido art.º 3.º, quando abordou o caso do abono do Sr. juiz, a regula-mentar a classificação dos pedidos por ordem da data de entrada. A Sra. Jor-nalista revela uma intenção delibera-da de esconder as excepções aos teles-pectadores, para aumentar o impacto sensacionalista da notícia. Quanto ao contencioso referido, o Associado, se-gundo informação da Consultadoria Jurídica, está a efectuar os pagamen-tos acordados com aquela Consultado-ria que acompanha o processo. Quan-to às afirmações do associado Carlos Galrão e dos demais serão tratadas em sede própria. O jornalismo de investi-gação, efectuado por quem já teve um caso na família, a sua mãe, com todos os contornos conhecidos, e experiên-cia, deveria ter uma atenção especial, uma maior responsabilidade por parte de quem o coordena e lhe dá voz na divulgação de factos sobretudo quan-do, neste caso, o Signatário lhe disse e a avisou para a questão das datas de recepção, do registo de entrada, dos despachos e dos nomes dos envolvidos nesta saga, que eram os 3 homens for-tes da lista B, opositora à actual Admi-nistração nas eleições de 2013/2017, onde obtiveram, apesar das ilegalida-des cometidas na sua divulgação, e de todo o agora repetido 24,5% contra os nossos 74,5%.A investigação jornalís-tica, assim como qualquer outra, deve-rá ser equacionada para um todo. De-ver-se-á investigar igualmente o lado da denúncia e a sua seriedade, anali-sar e difundir com toda a honestidade

nomeadamente a intelectual e princi-palmente quando todos ou quase to-dos os factos se reportam ao ano de 2012 e nunca, com uma série de As-sembleias Gerais realizadas ou em qualquer imprensa se referiu qualquer facto anómalo relativo ao Cofre ou aos seus Órgãos Sociais, excepto em Julho de 2015 denunciado pelos refe-ridos interlocutores, ao MP e à Inspec-ção Geral de Finanças. Foram aqueles os interlocutores da Senhora Jornalis-ta na reportagem os quais, com excep-ção dos associados Carlos Galrão e Jorge Ferraz que apareceram nas ima-gens, mantiveram-se no anonimato distorcendo todos eles a verdade com o beneplácito da Senhora Jornalista e de um programa da RTP1 ofendendo, mais uma vez, o referido número 1 do seu Código Deontológico. Não falou do estado degradado dos edifícios, nem quando o seu interlocutor Carlos Galrão lhe disse da mudança de umas janelas com ironia, quando as mesmas janelas, como bem sabia por o Signa-tário - o então vogal Carlos Galrão es-teve na deliberação da Direcção onde foi decidido a realização daquela e de outras obras no seu mandato – (doc.6), lhe ter dito foram todas as caixilharias de vidro simples por caixilharias de vidro duplo no Centro de Lazer do Vau num total de 212 janelas; das fo-tocópias das actas do CA onde o então vogal Carlos Galrão não esteve pre-sente, porque quando esteve mandou tirar, à revelia, durante dois anos sem as pagar. Deixou de ser convocado por ter mostrado falta de personalidade e ética, estava num Conselho de Admi-nistração, e andava, como o Senhor disse publicamente, a formar a referi-da lista B para concorrer às eleições. As fotocópias a que o Senhor se refe-riu são uma resposta ao seu pedido de certidão contendo as actas certificadas das reuniões do CA, e naturalmente sujeitas ao pagamento de emolumen-

tos no montante de 401,84€, dos quais ninguém está isento (doc.7). O seu comportamento externo ao afirmar quando se encontrava no atendimento público para levantar a certidão e ao saber o preço disse: “eu não pago isso e se viu rodeado de trabalhadores sen-tindo-se ameaçado, referindo encon-trar-se ali em frente ou na proximida-de de uma esquadra da polícia”, quando sabe não corresponder à ver-dade a história contada, versão dife-rente escreveu no Livro de Reclama-ções onde o Senhor anotou o seu protesto (doc.4) em relação ao custo da certidão e foi o sucedido, segundo o testemunho dos trabalhadores que ali se encontravam de serviço, o traba-lhador Ricardo e da D. Alexandra Santos, com aquela afirmação pública o seu comportamento externo foi in-tencional na criação de um clima de medo no Cofre quando sabe não cor-responder à verdade o facto relatado no mencionado programa, revelando ao mesmo tempo de uma enorme falta de respeito para com os funcionários ali em serviço e os Associados em ge-ral. Ou quando referiu: “as mensalida-des dos utentes das Residências Senio-res são inferiores ao que se paga ao pessoal”. É verdade o objecto do Co-fre é social, as aposentações da maior parte dos funcionários públicos são baixas, por isso criámos uma bolsa sé-nior para suprir essa dificuldade. Os resultados positivos nas Residências Sénior são difíceis de conseguir, dado o anteriormente referido. Procuramos colmatá-los nas outras actividades do Cofre. Teria sido esta a resposta se a Sra. Jornalista nos tem dado o direito contraditório. Ou quando o referido ex-vogal da Direcção disse: “no fundo o que se está a fazer é uma transferên-cia de fundos de uma Organização, leia-se o Cofre, que podia ter grande liquidez, para um construtor que tra-balha muito, mas vai ficando com es-

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ses dividendos.” É uma afirmação gra-ve, muito grave da qual a Sra. Jornalista sabia, por o Signatário a ter informado de que quando chegamos ao governo do Cofre já a empresa tra-balhava para a Instituição há muitos anos – com a confiança dos meus ante-cessores, como disseram ao Signatário - também sabia das obras realizadas em todos os espaços do Cofre - como se pode constatar nos diversos locais ou através dos respectivos registos contabilísticos - onde não se fazia ma-nutenção há anos e nada disse - nem sequer questionou o seu interlocutor sobre aquela afirmação grave, ou quando a voz em off da associada Pie-dade falou dos prejuízos acumulados nos Centros de Lazer Quinta de Santa Iria e Vau nos últimos 5 anos não ou-viu as partes com interesses atendí-veis; recolheu um parecer oral de um Senhor revisor oficial de contas de nome Justino Romão, sobre as contas do Cofre. Este Senhor deveria, para além da informação transmitida: “[…]os novos trabalhadores não trouxe-ram nada de novo ao Cofre” não teve uma informação técnica não falou, por exemplo, dos rácios. E, por uma ques-tão de ética e deontológica, deveria ter acrescentado da existência nas contas de um parecer do seu colega Revisor Oficial de contas Dr. Gabriel Alves, que as auditou, ou a própria Jornalista o ter confrontado com este facto pelo menos na peça nada é referido quanto a este aspecto. Ou do Associado de nome Ferraz, entrevistado no aludido programa, ao referir a existência de uma pré-falência no Cofre nada lhe foi questionado quanto à sua competên-cia para produzir tal afirmação, ao que se sabe não é economista, contabi-lista ou gestor.

Mais uma vez a Senhora Jorna-lista não ouviu as partes com inte-resses atendíveis no caso. Mas aqui, para além da sua falta grave, tornou

-a muito mais grave, quando emite um juízo de valor ao referir “estão em causa expectativas de uma vida inteira com consequências graves para o erário público.” E como todos vimos e ouvimos não fez, como diz o seu Código Deontológico, a distin-ção clara entre notícia e opinião.

Para além desta grave ofensa ao referido número 1 do seu Código Deontológico, ofendeu gravemente o número 2, fazendo crer ou dando a intenção de existir um estado de falência. Não combateu o sensacio-nalismo que a notícia pode causar, antes pelo contrário com a entoação da sua voz procurou-o sem olhar ao prejuízo que pode causar à Institui-ção Cofre. Quando se serviu do Re-latório da Inspecção - Geral de Fi-nanças para falar de crimes de burla e da prática de actos contrários aos Estatutos nomeadamente os emprés-timos, não usou a informação na sua posse fornecida pelo Signatário e que a Senhora referiu já conhecer por a ter solicitado ao Banco de Portugal, onde se refere da legitimidade do Cofre na concessão de empréstimos para os Sócios para as suas necessida-des económicas, obras e aquisição de habitação própria. Ofendendo mais uma vez o seu Código Deontológico no número 7, não salvaguardando a presunção da inocência do arguido no processo de inquérito que corre termos no Departamento de Investi-gação e Acção Penal. Para além de que todo o relatado no aludido pro-grama se encontra naquele processo de inquérito, como o Signatário lhe disse. É esta a análise feita, consubs-tanciada em documentos probató-rios, aqui referidos como documen-tos números 1, 2 e assim em diante entre parêntesis, que acompanharam este documento que serviu de base às participações dirigidas a todas as Instituições que superintendem na

imprensa e aos órgãos judiciais. No próximo número da nossa revista fa-lar-vos-ei da análise ao aludido pro-grama do dia 20 de Maio.

Agora vamos falar dos restantes conteúdos da nossa revista. O relevo de hoje vai naturalmente para Vila Fernando e o seu 10º aniversário; uma reportagem muito interessante feita nos bastidores dos Casamentos de Santo António, o Consultório Ju-rídico do Dr. Norberto fala-nos de ca-samento e o regime de bens; a gastro-nomia debruça-se sobre sardinhas; o historiador Doutor Rui Bebiano, pro-fessor da Universidade de Coimbra, relembra a procissão do Corpo de Deus; o conselheiro Francisco Pinteus fala-nos de uma original exposição no Museu do Fado. Temos cartas, poe-mas de associados ou de residentes de Loures sénior e dois alunos finalistas da RUL; a Quinta de Santa Iria, agora com as novas piscinas mais espaço e conforto, finalmente dizemos, depois do mau tempo de Maio que nos impe-diu de tudo estar pronto ainda naque-le mês e em Julho vai estar mais ani-mada com música e cantigas ao vivo; as efemérides relembram os nossos atletas olímpicos nas vésperas da partida para o Brasil; a nossa equipa dos Recursos Humanos na rubrica do “Quem é Quem”; mais um artigo do Professor Máximo Ferreira sobre os astros e o universo. Como tem vindo a acontecer são cada vez mais os só-cios a colaborarem connosco; os livros oferecidos ao Cofre hoje mostramos o «Cara ou Coroa» de Ricardo Henri-ques, editor da revista Cofre durante 4 anos; viagens e, para o fim do Ve-rão as vindimas em datas a anunciar. Não se esqueçam do nosso Facebook e do sítio do Cofre; para os mais pe-quenos, criámos o clube jovem com as suas mascotes os “Cofrinhos” e muito mais para ler. Boas férias. Com consi-deração pessoal. •

EdIToRIAl dA PAlAvRAdo PREsIdENTE

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cartas dosleitoresA revista Cofre reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os textos não solicitados e não prestará informação postal sobre eles. Os textos publicados são da inteira responsabilidade dos autores.

Rua do Arsenal, Letra E1112-803 Lisboa

[email protected] facebook.com/cofredeprevidenciafae

❱❱ Faz vários anos que sou asso-ciado do Cofre e, esporadicamen-te tenho recorrido aos serviços deste nomeadamente no campo do lazer. Recentemente estive de baixa, devido a uma lesão. Nunca desejei ter que o vir a fazer, pois seria sinal que a minha saúde está em boas condições, mas, após três meses em casa, quando regressei ao serviço, entreguei o pedido de abono de vencimento perdido por doença. Tanto no atendimento te-lefónico para as dúvidas, como no atendimento presencial, quando entreguei os papéis, encontrei mui-ta simpatia e trabalhadores muito atenciosos e competentes. Da mes-ma forma, o processamento do pe-dido e pagamento do abono foram extremamente céleres, o que me deixou agradavelmente muito sur-preendido.

O meu muito obrigado aos traba-lhadores e à Direção do Cofre.

Miguel Lobato

❱❱ Sr. Presidente da Direcção do Co-fre de Previdência:

Por este meio, gostaria de lhe dar a conhecer “como um fim-de-sema-na prolongado se tornou inesquecí-vel na Quinta de Santa Iria”.

Eu, além de sócio do Cofre de Previdência há mais de 48 anos, também sou aluno e organizador de eventos culturais da Universida-de Sénior de Paços de Ferreira. Foi nesta qualidade, que decidi organi-zar, no fim-de-semana prolongado de 10, 11 e 12 de Junho findo, uma visita tendo como “pano de fundo” algumas das Aldeias Históricas de

Portugal e os muitos museus da re-gião. (ver reportagem na página 37)

Com os melhores cumprimentos

Mário Pedrosa Casaleiro Agostinho, Sócio n.º 47458

❱❱ Gostei muito da revista Cofre de Mar/Abril de 2016 e envio este poema.

Quando tinha tenra idadeTinha fome de crescerChagar à maioridade E independente viver!

Mas tão depressa chegouA tão desejada idadeNas minhas costas ficouTrabalho, responsabilidade!

Ano, após ano voava,Sonhos voavam também,Eu sou aquela pessoaQue só quer o que não tem!

Hoje só o que dá gozoÉ o mundo da lembrançaComo canta Rui Veloso«Crescer muito também cansa»!

À terceira idade chegarTem somente um galhardete,No comboio pode pagarApenas meio bilhete.

Noémia de Sousa, Sócia nº 37605

Carta dirigida ao nosso parceiro Agência Abreu, no âmbito do programa Cruzeiro no Mediterrâneo

❱❱ Serve a presente para louvar os vossos excelentes colaborado-

res Sr. Filipe e D. Vânia que nos acompanharam no cruzeiro do Costa Diadema nos dias 6 a 13 de Junho, organizado pelo Co-fre, pela excelente competência profissional, aliada a uma amabi-lidade pessoal, sempre presente, mesmo quado não era necessário, colaborando e ajudando em tudo o que lhes era solicitado. Bem ha-jam por colaboradores assim.Maria Manuel Santos, Sócia n.º 82185

ERRÁMOS

❱❱ Recebemos por correio elec-trónico uma carta do senhor João Manuel Alves Nunes, associado nº 41034, manifestando o seu desa-grado por, no resumo da Assem-bleia Geral Ordinária de 28 de Abril passado, publicado na revis-ta n.º 2, IV série, ano XX de Mar/Abril, se terem cometido algumas imprecisões nomeadamente no seu apelido, na hora do início da referida Assembleia e no número de requerimentos que apresentou à Mesa. Estas imprecisões devem-se ao facto de o resumo se basear apenas em apontamentos e não na gravação que, na altura ainda não estava disponibilizada (a revis-ta entrou na gráfica escassos dias depois). A aludida carta foi reme-tida para o presidente da Mesa em exercício e ao Senhor Presidente do C.A. A seu tempo o texto da Assembleia Geral Ordinária estará disponibilizado. Pela nossa parte apresentamos ao Associado as nos-sas desculpas pelos lapsos.

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Antes que cases vê o que fazes

CoNsulTóRIojuRídICo

REgImE dE bENsNo CAsAmENToTexto Norberto severino, jurista

Q uando duas pessoas ca-sam ou decidem unir-se de facto, iniciam uma vida em comum que passa a ter implicações

de natureza económica e legal. Economicamente os casados/unidos

de facto passam a poder fazer econo-mias de escala. Relativamente ao es-paço de habitação, passam, em regra, a viver numa só habitação podendo fazer cessar o arrendamento da outra habitação que antes um dos nubentes utilizava ou arrendar uma das habita-ções e auferir o respectivo rendimento.

As pessoas que casam podem es-colher um de entre os regimes de bens do casamento previstos no Có-digo Civil ou estabelecer um regime diferente. Mas com alguns limites legalmente impostos. De facto, nem sempre a lei permite uma escolha tão livre. Na hipótese de ambos os nu-bentes ou um deles ter filhos de an-terior casamento ou união de facto, o regime de separação de bens passa a ser obrigatório em novo casamento.

Vejamos, porém, que regimes de bens põe o Código Civil à disposi-ção dos nubentes.

São três esses regimes: ❱ comunhão geral de bens;

❱ comunhão de bens adquiridos na constância do casamento;

❱ separação de bens1.

No regime de comunhão geral são comuns de ambos os cônjuges tanto

os bens adquiridos na constância do casamento como os adquiridos antes do casamento. Este era o regime regra – supletivo, na ausência de convenção antenupcial – até 1967, data da entra-da em vigor do Código Civil actual, que veio a consagrar como regime su-pletivo o regime de bens adquiridos.

No regime de comunhão de bens adquiridos são comuns de ambos os cônjuges os bens adquiridos por am-bos ou por qualquer deles na cons-tância do casamento. Mantêm-se fora da comunhão os adquiridos a título gratuito (bens herdados e bens doa-dos a um dos cônjuges com exclusão do outro) ou os bens substitutos, ad-quiridos com o produto da venda de bens adquiridos antes do casamento ou com dinheiro de um dos cônjuges trazido de solteiro. Mas se um imóvel de um dos cônjuges foi adquirido an-tes do casamento com um empréstimo hipotecário cujo pagamento é feito na constância do casamento, ele só ficará fora da comunhão se o cônjuge que o comprou pagou, antes do casamento, mais de metade do respetivo preço e na constância do casamento tiver pago o que faltava. De contrário, se o mesmo cônjuge pagou antes do ca-samento menos de metade do preço, o bem por ele comprado entra na co-munhão.

No regime de separação de bens cada um dos cônjuges mantém como seus todos os bens por si adquiridos quer antes do casamento quer na sua constância, tendo contas separadas e gerindo os seus bens e rendimentos como entende. Como já deixámos

dito acima, este regime é imperativo em determinadas circunstâncias: ❱ quando o(s) cônjuge(s) tenha(m)

filho(s) de anterior casamento ou relação de facto;

❱ quando os nubentes sejam maiores de 60 anos se do sexo masculino ou de 50 anos se do sexo feminino;

❱ quando o casamento tenha sido celebrado sem precedência do processo de publicações.

Como escolher e adoptar um dos re-gimes descritos.

É óbvio que a escolha do regime de bens a consagrar no nosso futuro ca-samento depende da vontade de cada um, harmonizada com a vontade do outro. Se os nubentes não se põem de acordo quanto ao regime de bens, provavelmente não chegam a casar.

Por outro lado, não ignoremos que há situações em que o acordo é des-necessário dado que um dos regimes – o de separação – é obrigatório.

O problema da escolha põe-se fun-damentalmente quando não há um regime imperativo. Há então que de-cidir sobre a escolha do regime mais adequado aos nubentes. Tenhamos em conta que o regime de comunhão de adquiridos é o regime supletivo. Pelo que, se os nubentes não fizerem convenção antenupcial, o regime que se aplica ao seu casamento é o de comunhão de adquiridos.

Em regra, nubentes jovens não se preocupam com o regime de bens a adoptar. Também é verdade que este tipo de nubentes ainda não teve tem-po de fazer grandes poupanças e por isso, a escolha do regime de bens ain-da não constitui problema. Em geral, são os nubentes acima dos trinta e aqueles que já foram casados, que co-meçam a ponderar se não será melhor escolher um regime diferente do su-

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pletivo. Porque já passaram por uma experiência de partilha pós divórcio e viram que o romantismo do anterior casamento não acautelou minima-mente os seus interesses económicos.

Se me perguntassem qual o regime que melhor defende interesses insta-lados eu diria que é o de separação de bens. Porque se o casamento for bem-sucedido e duradoiro, o cônjuge menos rico, se sobreviver ao outro, pode ser compensado com o direito à herança. Na verdade, os cônjuges são herdeiros legitimários, como os des-cendentes e os ascendentes. E gozam, além disso, do apanágio do cônjuge sobrevivo2: se carecerem de alimen-tos, a herança pode ser responsabili-zada pela prestação dos mesmos.

De resto, penso que o regime su-pletivo da ausência de declaração de vontade dos cônjuges – o de comu-nhão de adquiridos – é um regime equilibrado que defende os interes-ses de ambos os cônjuges. Na verda-

de, os nubentes sabem que na pen-dência do casamento o que ambos ganham é comum. Se se divorciarem sabem que terão de partilhar o que forem bens ou poupanças comuns. E se um sobreviver ao outro, o cônjuge sobrevivo é herdeiro legitimário do outro. E também ele pode gozar do apanágio do cônjuge sobrevivo. •

1 – Na versão do Código Civil de 1967 havia um quarto regime, o regime dotal que era regulado nos artigos de 1738º a 1752º, que foram revogados pelo Dec. Lei 496/77, de 25-11.

2 – Artigo 2018.º (do Código Civil):Falecendo um dos cônjuges, o viúvo tem direito a ser alimentado pelos rendimentos dos bens deixados pelo falecido.São obrigados, neste caso, à prestação dos alimentos os herdeiros ou legatários a quem tenham sido transmitidos os bens, segundo a proporção do respectivo valor.O apanágio deve ser registado, quando onere coisas imóveis, ou coisas móveis sujeitas a registo.

Se os nubentes

não fizerem convenção

antenupcial, o regime

que se aplica ao seu casamento é o de comunhão de adquiridos.

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REPoRTAgEm o lAdo INvIsívEl dos CAsAmENTos dE sANTo ANTóNIoTEXTO sónia Ferreira e susana InácioFOTOS sónia Ferreira

O essencial é invisível aos olhos

Saint-Exupéry

Os Casamentos de Santo António, sur-gidos em 1958, vão na 20ª edição. Inter-rompidos em 1974,

ressurgem trinta anos depois, no mandato do Dr. João Soares, anti-

go Presidente da Câmara Munici-pal de Lisboa (CML).

Com Maria do Carmo Rosa (Di-rectora de Marca e Comunica-ção da CML) e a sua equipa que coordena ao pormenor toda a or-ganização da iniciativa, Luís Mo-

reira, um dos muitos rostos que constroem este evento, mantendo viva a tradição, comenta que “ao longo dos anos, os Casamentos foram evoluindo assim como a so-ciedade civil que acompanha este evento”.

Durante a semana que antece-deu o dia 12 de Junho, fomos des-cortinar os bastidores que, entre parceiros, entidades públicas e voluntários, envolve centenas de pessoas que tornam este momento possível e memorável para os 16 casais seleccionados. Este ano, fo-ram cerca de 84 os patrocinadores envolvidos que asseguraram todo o evento. •

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dIA 1Maquilhagem e penteados

dIA 2Barba e cabelo

Terça-feira, foi noite de ensaio geral dos penteados das noivas na sede do Clube Artístico dos

Cabeleireiros de Portugal (CAPC). Coordenados por Patrícia Marques Batalha e Eugénio Violante, cabelei-reiros e maquilhadores, todos volun-tários, testam pela última vez o pen-teado e maquilhagem da noiva a seu cargo, atribuída por sorteio. Ainda que maioritariamente da grande Lis-boa, conta com profissionais de todo o país como Sandra, que vem proposita-damente de Viana do Castelo.

Patrícia Lopes diz-nos que a ma-quilhagem deve ser discreta e equi-librada, adequada à televisão e às fo-tografias, e resistente aos momentos mais emotivos, dado não serem pos-síveis retoques durante o dia. Sobre a relação com a noiva diz sorrindo: “é tudo uma questão de química”.

Neste processo de embeleza-mento, os noivos não são es-quecidos. À mesma hora do

dia seguinte, o CACP tinha uma eli-te de profissionais a cuidar das bar-bas e cabelos.

Hugo, aprendeu o ofício aos 14 anos com o avô, também ele bar-beiro em Castelo Branco. “O impor-tante é o corte ser bem definido” e sob as suas tesouras, Hélder, noivo em segundas núpcias, comenta que esta experiência é “muito completa e gratificante”.

A verificar a firmeza do penteado de Sara Ribeiro, encontrava-se Fáti-ma Catarina, há 7 anos a participar nos Casamentos e para quem importa a felicidade que ajuda a construir. Em torno de Jéssica Almeida, Maria João conta que neste trabalho a emoção é grande e exige uma imensa entrega.

E as noivas? Nervosas, confiden-ciam que sentem um misto de sensa-ções difíceis de descrever.

A testar acessórios, encontrámos Cátia Ruela da Akcesora. São 96 as noivas de Santo António que já desfilaram com as suas peças e para quem é desafiante salvaguardar a identidade da noiva face ao protoco-lo que a cerimónia exige.

O CACP é parceiro da CML há 9 anos e João Semedo, Presidente do Clube, contabiliza neste currículo 320 noivas de Santo António.

Vinda de Arcos de Valdevez, Síl-via Vila Verde encarrega-se da lon-ga barba do nubente Leandro. Num ofício tradicionalmente de homens, ganhou o concurso de Challenge Barber Shop nesta categoria. Outro vencedor é Marco António Fialho que aqui apresenta a sua arte num corte “mais old school”.

Contando com 9 anos de colabora-ção no evento e sabendo que no dia os futuros maridos não terão apoio pro-fissional, Rogério num tom paternal ensina-os a moldar os penteados.

Se o bendito Santo António / este ano me casarcá voltarei para o ano / pôr flores no seu altar.

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REPoRTAgEm

dIA 3Toca a ensaiar

Este acontecimento decorre em três locais: Sé Patriarcal de Lisboa, Paços do Conce-

lho e Estufa Fria. No dia 11 houve ensaio ininterrupto dos momentos principais.

Ao lEmE PARA mAIs TARdE RECoRdAR

5 CIvIs E 11 RElIgIosos

mÚsICA mAEsTRo!

Acompanhando a agenda dos casais, ini-ciámos a jornada na Sé Patriarcal onde encontrámos José Ferreira que, desde 1999, coordena tudo o que ocorre den-tro e fora deste emblemático templo. Entre vagas de turistas que enchiam as naves desta igreja, não dava tréguas às montagens. “Os ensaios são também muito importantes devido à emissão te-levisiva”, diz apontando os técnicos que circulavam e a grande grua que se de-bruçava sobre nós. Mostra-nos depois a mesa a ser ocupada pelo padre comen-tador que relataria o evento. Encaminha-nos até aos arranjos flo-rais resguardados no deambulatório e em algumas capelas: é o trabalho das voluntárias da Sé, responsáveis por esta cenografia. E é numa predominância de flores bran-cas que surgem estas decorações. Na sacristia, conhecemos as mãos que em-belezam o cenário da cerimónia. D. Emí-lia ficou com a ornamentação das tábuas (sustentadas nas colunas), D. Maria do Céu com os arranjos das jarras e Dra. Beatriz encarregada dos tocheiros. Vo-luntárias há mais de 10 anos é uma tare-fa imensa que fazem “com muito gosto e dedicação de alma e coração”.

Quem também acompanha os passos das movimentações é a lente de Amé-rico Simas. Fotógrafo da CML, contagia-nos com o seu entusiasmo e à-vonta-de. “Há momentos muito giros, mas o mais lindo é quando entregam as flores a Nossa Senhora da Conceição. As noi-vas choram sempre!” Desvenda que a cobertura da cerimónia é complexa, com a disposição das câmaras da RTP. É uma procura constante de ângulos para captar o sorriso mais doce ou a lágrima mais sincera, sempre sem atrapalhar o trabalho dos outros. Entre risos e dicas fotográficas, diz-nos com orgulho que há 16 anos que faz a cobertura do evento e “gosta muito.”

Não sendo o celebrante da cerimónia, o pa-dre Luís Silva foi incansável nos conselhos que deu e descansa a ansiedade evidente dos noivos, lembrando que “basta um pe-queno gesto, um olhar do sacerdote, para saberem o que fazer”.O segundo acto decorre nos Paços do Con-celho. É tempo para o ensaio da cerimónia civil dos restantes cinco casais. Aqui experi-mentam-se as entradas e as saídas do salão

Para animar a cerimónia religiosa, o grupo coral junta elementos do Coro das Missas e do Coro da Catedral, am-bos da Sé. A dirigir 25 cantores e 3 músicos estava o maestro e Professor Luís Filipe Fernandes e a acompanhá-los o organista Professor António Duarte. A julgar pelo som, belíssimo e afinado do ensaio, a música certa-mente terá feito soar emoções.

nobre, escutam-se as palavras da conserva-dora e repetem-se movimentos e palavras.Num dos corredores encontramos o Sr. Oc-távio, a D. Maria e o Sr. Orlando, a equipa encarregue das decorações florais do copo-d’água, entrada da Igreja de Santo António e da Sé de Lisboa e interiores dos Paços do Concelho. Orgulhosos, falam da impor-tância da frescura das flores e assinalam os detalhes de cor que realçam os espaços.

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dIA 4O grande dia

Se num conceito quiséssemos descrever os preparativos que antecedem a saída das noivas

para as cerimónias escolheríamos “centro de um furacão”. Na manhã de Domingo cabeleireiros, maqui-lhadores, funcionários do municí-pio, assessores de imagem, fotó-grafos e os responsáveis do evento, juntam-se na CML com uma mis-são: preparar as noivas. Observam-se todos os pormenores. Depois de embelezadas, e já na sala onde se vestem, costuram-se apontamentos e quando necessário, os presentes mobilizam-se para ajudar: o impor-tante é apoiar a noiva e tornar o dia especial!

Antes da partida apressam-se as úl-timas fotografias e distribuem-se abra-ços de agradecimento e despedida.

Fica o testemunho da grande de-dicação e afecto dos vários talentos envolvidos nas mais diversas áreas que asseguram a realização dos Casamentos de Santo António, de-monstrando disponibilidade, expe-riência, rigor e paixão.

Um agradecimento a todos os que proporcionaram o acompanhamento do evento, em particular à Maria do Carmo Rosa – Directora do Depar-tamento de Marca e Comunicação e Coordenadora Geral dos Casamentos de Santo António, à Paula Cerejei-ro – Coordenadora dos Casamentos de Santo António e a Luís Moreira – Director Artístico. Foi um privilégio. Desejamos felicidades aos noivos e votos de sucesso à equipa que em Ja-neiro próximo abraçará nova edição e novos desafios.

vAlsAs E CHAmPANHE

Todos rumam à Estufa Fria. Aqui compõem-se os passos da entrada no copo-d’água, ensaia-se a apre-sentação dos casais às câmaras e os cumprimentos protocolares. Sente-se o calor e o avançar do dia já faz pesar o cansaço, mas ainda falta o momen-to da valsa e da coreografia. Sob as palavras motivadoras de Luís Moreira, que acompanha os noivos desde o iní-cio do processo, os sorrisos começam a iluminar os rostos dos debutantes tornando os movimentos mais gracio-sos e os passos mais coordenados. No final imaginam copos de champa-nhe meio cheios e mimam o brinde com que o representante da CML fin-dará o seu discurso: “Vivam os noi-vos! Viva Lisboa!”Pelo meio, elementos da organização finalizam a composição das mesas. Entre eles encontra-se Luísa Vicente. Esta veterana com 17 edições de ex-periência, dedica-nos uns momentos para uma breve troca de palavras e fala sobre a azáfama da distribuição de convidados de acordo com os pro-cedimentos protocolares. Cada casal de noivos é acompanhado por 20 con-vidados, ou seja, são 16 mesas de 20 lugares, contando ainda com os noi-vos das bodas de ouro, os seus convi-dados e os VIP’s.

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Sónia Martins Nunes36 ANos

Ingressei no Cofre há cerca de 3 anos e faço parte da equipa de Recursos Humanos, uma secção que sempre me fascinou, dado o tipo de trabalho que ali se desenvolve. Diariamente apren-demos e superamos novos desafios. É gratificante podermos fazer o que real-mente gostamos! Tenho tido a oportu-nidade de trabalhar com pessoas que me ajudaram e ajudam neste meu per-curso e que fazem com que eu cresça todos os dias. Quero agradecer a opor-tunidade única que me ofereceram, a qual agarrei com todo o empenho e dedicação.Bem hajam!

Ana do Carmo46 ANos

Entrei para a instituição Cofre a 1 de Abril de 2014 para coordenar a secção de Recursos Humanos. Antes encontra-va-me a desempenhar funções na ADSE como Técnica Superior, e vim ao encon-tro deste repto por ser a área específica da minha formação académica.  Foi um desafio que aceitei sem hesitar. Ao lon-go destes dois anos consegui ter uma equipa fantástica, existindo   um ópti-mo   relacionamento entre todos, o que permite realizar um bom trabalho e ter muita motivação  para  trabalhar. Aproveito para agradecer ao Conselho de Administração na pessoa do Dr.   Tomé Jardim a oportunidade que me deram ao acreditarem em mim para desempenhar estas funções e crescer, tanto a nível pessoal como profissional, nesta Institui-ção que tanta importância tem revelado na defesa dos interesses dos seus asso-ciados, ao proporcionar-lhes condições de vida com mais qualidade através das regalias que lhes concede. 

Joaquim Oliveira 36 ANos

Fui admitido na instituição Cofre de Pre-vidência em Março de 2014, onde exerci funções de assistente técnico na Residên-cia Sénior de Loures. Foram dois anos de trabalho muito gratificante que me deixa-ram boas memórias e saudades de todos os colegas, utentes e familiares.De Fevereiro a Abril de 2016 integrei a Sec-ção de Aprovisionamento e Inventário, em Lisboa onde encontrei uma equipa muito dedicada e eficiente que me permitiu enca-rar a Instituição de forma mais abrangente já que fui em serviço ao Centro de Lazer da Praia do Vau (Portimão) e à Quinta de Stª Iria (Covilhã). Em Maio de 2016 fui transfe-rido para a secção de Gestão de Recursos Humanos, que me deixou muito satisfeito profissionalmente, pois foi ao encontro das minhas expectativas. Orgulho-me por per-tencer a uma grande equipa que produz um trabalho fantástico com pessoas extrema-mente dedicadas e eficientes.Bem hajam.

quEmÉ quEm

RECuRsosHumANos

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o quE Há dE Novo

CARTA dE CoNduçãoPoR PoNTos

O sistema da Carta por Pontos já entrou em vigor e vai atribuir a cada titular de carta de condução 12 pontos iniciais. Estes pontos são descontados por cada contraordenação ou crime rodoviário cometido.

Este novo sistema é aplicado apenas às infracções cometidas a partir de 1 de Junho. As infrações anteri-ores, continuam a ser punidas ao abrigo da lei actual. Registe-se no Portal de Contraordenações Rodoviáriashttp://portalcontraordenacoes.ansr.pt

Funcionamento

12 -2

-5-3

+3024

-4 -6

-6

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Todos os condutores ganham 12 pontos que serão

descontados caso haja contraordenações.

Contraordenações graves

Exemplo: excesso do limite de velocidade em 30 km/h

fora das localidades ou em 20 km/h dentro das

localidades.

Taxa igual ou superior a 0,8 g/l e inferior a 1,2 g/l.

Taxa igual ou superior a 0,5 g/l e inferior a 0,8 g/l.

Caso cumpra todas as regras e não exista infracção num período de três anos (dois

anos no caso dos condutores profissionais) são acrescen-

tados 3 pontos à carta, até ao máximo de 15.

Contraordenações muito graves

Exemplo: circular em contramão ou exceder o

limite de velocidade em 60 km/h fora das localidades ou em 40 km/h dentro das

localidades.

Crime rodoviárioExemplo: conduzir com uma taxa de alcoolemia igual ou

superior a 1,2g/l ou conduzir de forma perigosa.

Contraordenações acumuladas

Excepto nas contraordenações por condução sob influência

do álcool ou substâncias psicotrópicas, em que a

subtracção de pontos acontece em qualquer circunstância.

Quando apenas restarem 4 pontos:Acção de formação de segurança rodoviária

obrigatória para o condutor, com os respectivos custos a

seu cargo e cassação do título de condução em caso de falta.

Quando apenas restarem 2 pontos:

Obrigatório novo exame de código.

Terminados todos os pontos:Cassação da carta.

Contraordenações sob influência de álcool ou substâncias psicotrópicas (as mais graves)

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Julho e Agosto são meses em que as condições agra-dáveis para estar ao ar li-vre a olhar o céu propor-cionam oportunidades de

ver “estrelas cadentes” em número superior ao que contemplaremos nou-tras ocasiões. Na verdade, existem ocasiões em que o número de me-teoros (a designação científica para o termo comum de “estrelas cadentes”) aumenta, como resultado de a Terra atravessar regiões do espaço por onde passaram cometas. Tais corpos celes-tes são constituídos por “restos” dos materiais (poeiras e gases) que de-ram origem ao Sol, aos planetas que o circundam e a todos os corpos que constituem o Sistema Solar, mas en-contram-se, geralmente, tão longe do Sol que, ali, as temperaturas são su-ficientemente baixas para manter to-dos os materiais no estado “congela-do”. Acontece que, por vezes, alguns destes blocos de material congelado se “desequilibram” das posições que ocupam na “nuvem” de muitos mi-lhões de “blocos” que envolve a parte central do Sistema Solar (“nuvem de Oort”, que se situa a uma distância que se estima seja um pouco superior a cinquenta mil vezes a que separa a Terra do Sol) e encaminham-se para a parte central do Sistema Solar. Ao aproximarem-se do Sol (poucos mi-lhões de quilómetros!), o calor solar sublima os gases exteriores do come-ta, o que origina uma espécie de nu-vem (a cabeleira) a envolver uma par-te central (o núcleo) e uma cauda (que pode ter o comprimento de muitos mi-lhões de quilómetros) que se projecta no espaço em sentido oposto ao Sol.

Depois da passagem no periélio, o ponto da órbita do cometa mais pró-ximo do Sol, ele vai-se afastando, pelo que a temperatura diminuirá e o material voltará, quase todo, a con-centrar-se no que tornará a ser um “bloco congelado” que continuará a sua viagem para distâncias à parte exterior do Sistema Solar que podem ser suficientemente pequenas para que – ao fim de alguns anos – ele vol-te ou se encaminhe definitivamente para o espaço exterior. No entanto, nem todo o material volta a concen-trar-se no “bloco”, ficando disperso no espaço por onde o cometa passou, constituindo como que um rasto mais ou menos denso e com extensão cuja largura e comprimento poderão cor-responder a vários milhões de quiló-metros, dependendo da “juventude” do cometa e dos efeitos sobre ele pro-duzidos pela radiação solar.

Um cometa descoberto – em Julho de 1862 – por Lewis Swift e Horace Tuttle – ficou conhecido como “come-ta Swift-Tuttle” e tornar-se-ia famo-so, não só por ter deixado material que proporciona uma das mais belas “chuvas de estrelas” mas também pelas especulações que se estabelece-ram em torno do seu tamanho e dos elementos da sua órbita. Embora ir-regular, a sua forma aproxima-se da de uma “bola” com 27 quilómetros de diâmetro, o que faz admitir que – se colidisse com a Terra – produziria destruição superior à que causou a extinção dos dinossauros.

O cometa da destruiçãoO Swift-Tuttle tornou-se um come-ta periódico que passa pelo periélio

com intervalos próximos de cento e trinta anos, tendo a sua reapari-ção de 1992 permitido perceber um desfasamento de alguns dias entre a data prevista para a sua passagem pelo periélio e aquela em que, de facto aconteceu. De imediato, hou-ve quem se dedicasse a verificar se na próxima aparição de 2126 – um desfasamento idêntico não faria com que colidisse com a Terra. As pri-meiras contas pareciam indicar que sim e logo a notícia de um “fim do mundo” começou a espalhar-se. Re-feitos os cálculos, chegou-se à con-clusão do costume: ainda não será desta! Na verdade, se não estiverem a ocorrer perturbações na trajectória do Swift-Tuttle provocadas pela inte-ração gravitacional com os grandes planetas (Júpiter e Saturno) que, por serem muito pequenas, ainda não so-mos capazes de detectar – e se não vierem a ocorrer outras – talvez na aparição de 4479 o Swift-Tuttle ve-nha embater na Terra! Mas ainda fal-ta muito tempo, a órbita e os cálcu-los evoluirão e mesmo que a ameaça persista, nessa ocasião os nossos descendentes serão bem mais capa-

Chuva de estrelas neste Verão

CIêNCIA ColuNA dE AsTRoNomIATexto Prof. máximo Ferreira

O cometa Swift-Tuttle tornou-se

famoso, não só por ter deixado material

que proporciona uma das mais belas

“chuvas de estrelas” mas também pelas

especulações que se estabeleceram em

torno do seu tamanho e dos elementos

da sua órbita.

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zes do que nós de, antecipadamente, desviar a trajectória deste tipo de corpos celestes.

Entretanto, o legado de partículas que o cometa deixou no espaço con-tinua a deliciar-nos todos os anos, no Verão, entrando muitas delas na nos-sa atmosfera para produzirem traços luminosos que aos nossos antepassa-dos sugeriam tratar-se de “estrelas a cair” ou a “mudar de sítio”, embora saibamos que não há nenhum risco de nos cair uma estrela em cima. O “traço luminoso” – ou meteoro, como os astrónomos preferem dizer – é produzido não só pela combus-tão do pequeno grão rochoso mas, em grande parte, pelo efeito que o calor associado à combustão tem na atmosfera envolvente, fenómeno que é designado por “ionização” dos elementos atmosféricos, em particu-lar do oxigénio e do azoto.

Os meteoros parecem vir sempre de um ponto do céu (designado por “radiante”) e que, naturalmente, se encontrará no “território” de uma das 88 constelações em que se con-vencionou dividir o céu. A “grande chuva de meteoros de Verão” pare-

ce cair da constelação de Perseu, ra-zão por lhe é dado o nome de “Per-seidas”.

No céu, a constelação de Perseu situa-se ao lado de Cassiopeia (mãe de Andrómeda) e da própria Andró-meda e não muito longe de Cefeu, o pai de Andrómeda. No entanto, esta região da esfera celeste não é visí-vel às primeiras horas da noite, pelo que, de todas as “estrelas cadentes” que irradiam do ponto (radiante) localizado no Perseu, só serão avis-tadas as que emergem do horizon-te, a Nordeste. Será preciso esperar algumas horas até que, já depois da meia-noite, se torne visível o Perseu e, assim, se possam avistar também os meteoros que se dirigem “para baixo”, sendo a observação tanto mais interessante quanto mais ele-vado estiver Perseu, o que significa dizer, quanto mais a madrugada avançar.

No entanto, há que ter em conta que as melhores previsões indicam cerca de 50 meteoros por hora, muito longe do espectáculo de fogo-de-arti-fício de arraiais populares ou passa-gens de ano. Há que ter paciência e

contar com o facto de alguns desses meteoros previstos serem pouco lu-minosos pelo que só se avistarão em locais escuros. Para além disso, um observador verá apenas uma parte do céu e podem ocorrer meteoros nas suas costas, o que poderá contribuir para o desconforto de, no final, não se ter visto mais do que 15 ou 20.

A sugestão que sempre se repete é de que se juntem alguns amigos e – sentados ou deitados – tomem posições que permitam que, a cada um, caiba uma parte da esfera ce-leste para contabilizar. Desse modo, haverá apenas que, no final, somar os meteoros contados por cada um dos participantes.

A data de maior intensidade (a “chuva de meteoros”) é 12 de Agosto mas a Terra “entra” no rasto do Swift-Tuttle na última se-mana de Julho, pelo que um bom e salutar exercício será começar a observar “perseidas” e verificar em que medida aumenta o número dos que se vão observando até à data do “pico” (12 de Agosto) e, depois, como diminuem até aos finais do mesmo mês. •

A data de maior intensidade de chuva de meteoros é 12 de Agosto mas a Terra “entra” no rasto do Swift-Tuttle na última semana de Julho.

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De Alfama para o Mundo

dIA dosmusEus

musEu do FAdoTexto Francisco Pinteus

No passado dia 18 de Maio celebrou-se o «Dia Internacional dos Museus», cria-do pelo ICOM - Con-

selho Internacional de Museus. Aderiram à iniciativa 79 museus, monumentos e palácios de 44 conce-lhos, pelo que a escolha não se afi-gurava fácil. Decidi-me pelo Museu do Fado, até porque em 19 de Março foi sido inaugurada uma exposição de Pedro Guimarães que «partindo do desenho e da pintura para com-posições de grande arrojo, apresen-ta uma linguagem multidisciplinar, propondo múltiplas formas de ob-servar e sentir, de intuir e de pers-crutar o mundo através de uma des-concertante pluralidade de suportes, de perspectivas e de sentidos» (do catálogo). Posto isto, dirigi-me para o Largo do Chafariz de Dentro, no característico Bairro de Alfama.

A Dr.ª Sara Pereira, Directora do Museu, franqueou-nos as portas e disponibilizou uma das suas assis-tentes (Rita Oliveira) para nos aju-dar no que fosse possível. A ambas o nosso obrigado.

O museu abriu as portas ao público a 25 de Setembro de 1998, no antigo «Edifício do Recinto da Praia», como refere a sua directora, com o objecti-vo de «celebrar o valor excepcional do Fado como símbolo identificador da cidade de Lisboa, o seu enraiza-mento profundo na tradição e histó-ria cultural do País, o seu papel na afirmação da identidade cultural...» Desde então, têm convergido para

o Museu o espólio de centenas de intérpretes, autores, compositores, músicos, construtores de instrumen-tos, estudiosos, etc., e é uma ínfima parte desse espólio que poderemos ver durante a nossa visita.

O espaço tem uma exposição per-manente, mas ao entrarmos na recep-ção chama-nos logo a atenção uma enorme obra, composta por 65 guitar-ras portuguesas e 6 de acompanha-mento de Fado, bastante coloridas, de entre as quais, ao observarmos com mais atenção, sobressai a figura in-contornável de Amália Rodrigues.

É esta obra que dá rosto ao catálo-go, sendo ainda de salientar que as referidas guitarras, podem ser des-tacadas da obra e dedilháveis, dado serem verdadeiras guitarras. Não podemos ficar só a olhar para esta magnífica obra, pois temos que visi-tar todo o Museu.

Fora do Dia dos Museus, a visita é paga e o ingresso é adquirido na sim-pática loja, logo à entrada, onde se pode comprar para além de CD’s de Fado e demais música portuguesa, muita bibliografia alusiva ao Fado, bem como diversos artigos com esta temática. Aqui também são disponi-bilizados os audiofones (português, francês, espanhol e inglês) para o acompanhamento da visita, onde «somos convidados a conhecer a his-tória do Fado desde a sua génese, no século xix, até à actualidade, os prin-cipais percursos de mediatização da canção urbana, o teatro, a rádio, o cinema e a televisão - o historial e a evolução técnica da guitarra portu-

guesa, bem como o percurso biográ-fico e artístico de dezenas de perso-nalidades do universo fadista».

Nas paredes de fundo de cada piso, em frente à entrada, podemos ver três painéis com as fotografias da maioria dos intérpretes que fize-ram a história do Fado ao longo dos séculos xx e xxi. Ao longo da visita, deparamo-nos com exemplares de jornais dos anos 20 e 30 do século passado (Guitarra de Portugal, Can-ção do Sul, O Faduncho, etc.), pode-mos apreciar primeiras edições de obras referenciais sobre a História do Fado, nomeadamente «A Histó-

cláudia peres

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ria do Fado», de Pinto de Carvalho - Tinop, e «Fado, canção de venci-dos», de Luís Moita, «O Fado e os seus Censores» de Avelino de Sou-sa, bem como partituras dos fados dessa altura, ilustradas por Stuart de Carvalhais ou Botelho.

Podemos observar o célebre qua-dro de José Malhoa «O Fado» (1910), bem como o representativo O Mari-nheiro (1913), de Constantino Fer-nandes e obras de Júlio Pomar, Pau-la Rego, Rafael Bordallo Pinheiro, Stuart Carvalhais, entre outros.

Em exposição está também a afa-mada «Casa da Mariquinhas», obra

de Alfredo Marceneiro que mostra a sua maestria no ofício, construí-da em madeira, à escala de 1/10, na qual recria com todos os porme-nores, a casa descrita nos versos do poeta Silva Tavares, que constitui um dos maiores êxitos do «Patriarca do Fado.»

Numa outra sala, com réplicas de discos antigos (78r.pm), encontra-se uma grafonola da marca «Brunswi-ck, representada por «Neuparth-Va-lentim de Carvalho» e podemo-nos sentar num dos cadeirões, com um terminal de computador, onde é fácil consultar «artistas/personalidades»

ou «documentos». No que respeita ao artista, podemos consultar a sua biografia, ouvir algum dos seus êxi-tos marcantes e ver cartazes ou pu-blicações sobre a sua obra.

Existe também um espaço onde passam vídeos de actuações em di-versas Casas de Fado como Joana Amendoeira no «Clube de Fado» e Carminho na «Mesa de Frades».

O Museu dispõe ainda de um au-ditório onde se realizam palestras, lançamentos de discos e aulas so-bre Fado, bem como um restaurante com esplanada onde se pode ouvir Fado ao vivo. •

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EXPosIçãoCom o título “Somos Fado - Parte 1”, está patente até 18 de Setembro uma exposição de Pedro Guimarães (n. 1974). A partir de rendas, tiras e pedaços de madeira, pedaços de paletes, tiras e sobras de tela, o artista de uma forma muito especial, “retrata os protagonistas mais destacados do universo fadista em obras onde o desenho é apenas o ponto de partida (...)”. “Pedro Guimarães dá particular ênfase à reciclagem de materiais... Pedaços de tela e madeira são a base dos retratos de António Zambujo, Ricardo Ribeiro ou Carlos Paredes. A madeira de paletes fixa o desenho de Alfredo Marceneiro. Mas também utiliza materiais tradicionais como a renda portuguesa ou instrumentos musicais”.Vale a pena ir ver e confrontar o nosso olhar com o de Pedro Guimarães que no catálogo da exposição diz: “As cordas que ecoam no peito fazem-me lembrar quem sou. O destino que chama por mim mostra-me caminhos na direcção de quem me acena com o braço de uma guitarra... Sei que pertenço a uma tribo, sei que somos mar, que somos céu, que choramos como quem  canta e cantamos como quem perdeu. Sei que temos esperança sem termos a certeza do que somos. Sim. Somos Fado”.Aqui tem dois bons motivos para ir visitar este belo Museu, podendo simultaneamente ver e ouvir o Fado desde a sua forma inicial, mais clássica, até à mais vanguardista, culminando na obra de Pedro Guimarães. E depois, ainda se pode perder pelas ruas e vielas de Alfama. Boas visitas. 

EXPosIção

dIA dosmusEus

musEu do FAdo

rita duro

rita duro

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Tempere as sardinhas com uma pedrinha de sal e umas gotas de limão e reserve. Numa taça coloque todos os ingredientes e vá mexendo até �car com a consistência desejada. Pode bater com a varinha. Deixe descansar 15 minutos. Aqueça o óleo e passe as sardinhas por farinha e pelo polme. Deixe fritar dos dois lados. Disponha numa travessa e acompa-nhe com uma salada mista. BOM APETITE!

PREPARAÇÃO

6 - Sardinhas escaladas1 - Ovo 125 gr. - Farinha com fermento 200 ml. - Leite - (Pode substituir por água ou cerveja)q.b. - Sal (Pode salpicar o polme com uma erva aromática a gosto)

INGREDIENTES

2 pessoas 30 mim Fácil

SA R D I N H ASA L B A R D A D AS

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Custódia da Patriarcal de Lisboa, em ouro maciço com diamantes, esmeraldas, rubis e safiras incrustados, oferta de D. João V.

HIsTóRIA CoRPodE dEusTexto Rui bebiano *

A procissão do Corpo de Deus foi instituída para todo o mundo cristão em 1264 pelo papa Ur-bano VI. A festividade

começou a ser celebrada em Portu-gal – sempre na primeira quinta-feira depois da oitava do Pentecostes – no reinado de D. Afonso III. Viria a ga-nhar um brilho invulgar a partir do governo de Manuel I, sendo sempre a sua procissão aquela que de maior luxo e aparato Lisboa conheceu. O rico es-petáculo que habitualmente continha, as possibilidades que oferecia como momento de espetacular manifestação de fé, tornavam o dia da sua realização ansiosamente esperado pelo povo.

Porém, até ao século xviii, o desfile religioso serviu de instrumento para a expressão combinada de crenças e tradições diversas. Sem qualquer or-dem prevista, seguiam aí as autorida-des municipais, os representantes dos ofícios com os seus antigos símbolos e bandeiras, as imagens sagradas, nes-sa altura ainda de grande sobriedade plástica. Mas também gente vestida das formas mais bizarras, figuras bes-tiais, indivíduos de toda a qualidade, sem qualquer distinção. Em 1493 se-guiram no cortejo «o rei David, dia-bos, reis, imperadores, príncipes, gi-gantes, feiticeiros, verdadeiro concílio de cómicos e truões». E em 1669 ainda desfilavam «cervos, figuras de cavalo, invenções e danças».

A monarquia absoluta irá combater essa sorte de práticas, dispondo as pro-cissões mais conformemente a menta-lidade própria da cultura barroca e os

objetivos propostos pelo Concílio de Trento, ao serviço ainda da construção da imagem de uma sociedade hierar-quizada e desejavelmente quieta.

As disposições reguladoras do préstito do dia do Corpo de Deus vão suceder-se. Assim, em carta do secretário de Estado ao presidente da Câmara de Lisboa, aquele informa da vontade do rei.

«Sua Majestade, que Deus guarde, é servido que (…) não vão na procis-são tourinhas, gigantes, serpe, drago e esparteira, carros e as mais cousas semelhantes, que costumavam dar os ofícios, nem dança alguma, nem os mouros que costumavam ir junto a S. Jorge; que na procissão não vá pálio de lã, mas outro mais rico; que o senado mande lançar cadeias nas bocas das ruas que vão sair às da procissão.»

Prescrevia-se ainda quem deveria seguir no desfile, quem o não deveria fazer (os negros, as mulheres, os es-tridentes charameleiros deveriam ser afastados) e em que ordem se dispo-riam ou como se deveriam vestir to-dos os participantes. É ainda traçado o percurso obrigatório, vigiado por regimentos militares para impedir que alguém o subvertesse.

Este acontecimento, do qual diria José da Cunha Brochado que «para ver Lisboa de uma vez fui ver a procis-são do Corpo de Deus», teve especial brilho em 1719 e no ano seguinte. A de 1719, combatendo decididamente os desvios de natureza pagã e servin-do de modelo para os anos que se lhe seguiram, constitui festividade memo-rável nos fastos da Igreja portuguesa.

A procissão no tempo de D. João V

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Ao mesmo tempo, funcionou como paradigma na identificação das festi-vidades eclesiásticas e monárquicas, coincidindo no centro da cena, no pá-lio, a totalidade dos poderes. O divino, o eclesiástico, o régio.

A arrumação processional era clara. As bandeiras dos ofícios mecânicos surgem à frente, seguidas de um grupo de sonantes trombeteiros. Vinham de-pois os cavalos de raça da Casa Real, a irmandade de S. Jorge, timbales e mais trombeteiros, outras irmandades, as diversas confrarias, a generalidade dos cleros regular e secular, os páro-cos de toda a Lisboa e os cónegos. De seguida a Cúria patriarcal, a nobreza na sua ordem hierárquica, o Conselho de Estado, o Conselho da Fazenda, os representantes máximos dos tribunais,

as ordens militares, os pajens e cape-lães do patriarca, os cantores da Igreja Patriarcal, o seu cabido, os mais altos dignitários eclesiásticos. Por fim, no vértice da cerimónia, o pálio, trans-portado pelo rei, situado à direita, e pelos seus irmãos que se revezavam com a principal nobreza, cobrindo a representação do Santíssimo Sacra-mento transportada pelo patriarca. Enquadrando cenicamente o desfi-le, sublinhando as suas caraterísticas dramáticas, dispunha-se um conjunto vasto de peças de arquitetura perecível de grande cuidado artístico e a mole imensa de gente claramente perturba-da pelo estilo do ato.

A procissão do Corpo de Deus pas-saria, a partir dessa altura, a constituir um signo da grandeza da cidade e do

seu real senhor, a máxima expressão, dourada e sensível, da fé única. A sua importância na sequência do ano cívico da capital ganhou tal projeção que, no ano de 1737, os varredores da limpeza não encontraram melhor ocasião para fazerem uma greve pelo pagamento dos salários, há longo tem-po atrasados. Tomás Pinto Brandão irá proclamar em 1731, reconhecendo a estreita ligação entre o brilho destas festas e as disposições nesse sentido mandadas tomar pelo rei, que «nada no Planeta quarto / se enxergava nessa hora, / por disposições do Quinto, / do qual estamos à sombra». •* Historiador, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, investigador. Desde 2011 driector do Centro de Documentação 25 de Abril

A procissão do Corpo de

Deus passaria, a partir de 1719, a constituir um

signo da grandeza da cidade e do

seu real senhor, Dom João V

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EFEmÉRIdEs

1924 PARIs

BRONZEEQUESTRE

(Prémio das Nações)Aníbal Almeida, Hélder Martins, José Mouzinho de Albuquerque

e Luís Cardoso Menezes

1928 AmEsTERdão

BRONZEESGRIMA

(Espada por equipas)Paulo d’Eça Leal, Mário

de Noronha, Jorge Paiva, Frederico Paredes João

Sasseti e Henrique Silveira

1936bERlIm

BRONZEEQUESTRE

(Prémio das Nações)Luís Mena Silva, Domingos

Coutinho e José Beltrão

2000sYdNEY

BRONZEATLETISMO (10.000 m)Fernanda Ribeiro

BRONZEJUDO (- 81 kg)

Nuno Delgado

1948loNdREs

BRONZEEQUESTRE

(Ensino por equipas)Fernando Paes, Francisco Valadas, Luís Mena Silva

PRATAVELA (Swallow)

Duarte Bello e Fernando Bello

PORTUGAL – 23 medalhas olímpicas

1984los ANgElEs

OUROATLETISMO (Maratona)

CARlOs lOPEsBRONZE

ATLETISMO (Maratona)Rosa Mota

BRONZEATLETISMO (5.000 m)

António Leitão

1988sEul

OUROATLETISMO (Maratona)

ROsA MOTA

1996ATlANTA

OUROATLETISMO (10.000 m)

FERNANdA RiBEiROBRONZE

VELA (470)Hugo Rocha e Nuno Barreto

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2004ATENAs

PRATAATLETISMO (100 m)

Francis Obikwelu

PRATACICLISMO

(Linha em estrada)Sérgio Paulinho

BRONZEATLETISMO (1.500 m)

Rui Silva

2012loNdREs

PRATACANOAGEM

(K2 1.000 metros)Fernando Pimenta e

Emanuel Silva 

23www.cofre.org

1952HElsíNquIA

BRONZEVELA (Star)Joaquim Fiúza,

Francisco Andrade

1960RomA

PRATAVELA (Star)

Mário Quina e José Quina

1976moNTREAl

PRATAATLETISMO (10.000 m)

Carlos Lopes

PRATATIRO (Fosso olímpico)

Armando Marques

2016RIo dE jANEIRo

Os Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil serão os primeiros

realizados na América do Sul, a segunda vez na América Latina, depois da

realização na Cidade do México em 1968.

Será a terceira vez no hemisfério Sul, depois de Melbourne 1956 e Sydney 2000. Esta grande manifestação desportiva ocorrerá entre os dias 5 e 21 de Agosto de 2016 e as Paraolimpíadas

serão entre 7 e 18 de Setembro

do mesmo ano. O local de abertura e

encerramento será no Estádio do Maracanã. Serão disputadas 28 modalidades, duas mais do que em

relação aos Jogos Olímpicos de Verão

de 2012, visto o Comité Executivo

do COI ter sugerido a inclusão do rugby de sete e do golfe.

PORTUGAL – 23 medalhas olímpicas

2008PEquIm

OUROATLETISMO (triplo-salto)NElsON ÉvORA

PRATATRIATLO

(prova individual)Vanessa Fernandes

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REsIdêNCIAsuNIvERsITáRIAs

Na primeira pessoaO meu nome é Ana Sofia Alves, tenho 18 anos e sou de Leiria.No final do ensino secundário tive co-nhecimento do curso de gestão de in-formação da Nova IMS, faculdade da Universidade Nova de Lisboa.A gestão de informação consiste na re-colha, organização e análise dos dados de forma a proporcionar informação útil para que as empresas possam ado-tar melhores decisões de gestão. O prin-cipal objetivo é, então, transformar os dados em informação e, posteriormen-te em conhecimento. De uma forma re-sumida, a gestão de informação é o oposto de economia ou gestão, que se preocupam com a ‘gestão’ dos recursos que são escassos. Ora, a gestão de informação tem como princi-pal recurso a informação, que está longe de ser escassa na sociedade de conhecimento em que vivemos!Após alguma pesquisa adicional, decidi candidatar-me ao curso de gestão de informação e, hoje, posso dizer que não me arrependo desta decisão! O prestígio da faculdade nas áreas empresariais, a forte componente prática e o facto de aliar áreas como a estatística, gestão e informática, tão es-senciais e ao mesmo tempo tão escassas, em conjunto, no mercado de trabalho, estão na base desta minha decisão. A cultura de incentivo ao mérito e à excelência, a grande escas-

sez de profissionais nesta área, não só no nosso país como no resto do mun-do, e consequentes elevadas taxas de empregabilidade, a abertura a várias oportunidades de trabalho no futuro e o incentivo à internacionalização, com disciplinas em inglês desde o primeiro ano, acordos com várias universidades europeias e com o último semestre da licenciatura só com disciplinas opcio-nais, também foram fatores decisivos.Com a minha entrada na Universida-de, a Residência Universitária do Co-fre de Previdência, em Lisboa, passou a ser a minha segunda casa. Para além de ser relativamente perto da facul-dade, aqui encontrei um ambiente fa-

miliar e acolhedor, propício aos meus estudos (e onde não tenho de me preocupar com a limpeza do quarto e áreas co-muns!). Claro que encontrar uma residência de estudantes assim, se deve muito ao profissionalismo dos funcionários da RUL. Viver numa residência de estudantes também me fez crescer como pessoa, não só pelo contacto com outros residentes, provenientes até mesmo de outros países, mas também pela responsabilidade e independência a que lhe está associada. De entre as muitas diferenças que existem entre Lisboa e Leiria (os transportes públicos, o clima, as multidões...) aquela que ainda me é mais difícil de habituar é o ruído dos aviões, que parecem passar a cada 5 minutos e que muitas vezes me servem de despertador!

O flamenco é uma dança elegante, enérgica e que manifesta o sentimento do povo andaluz. Tem uma história com mais de dois séculos e com a guitarra que dá o compás e o ritmo, gera-se uma bela composição que acompanha o cantor e a percussão nos espetáculos de flamenco.Para além de ser uma boa prática de exercício físico, tam-bém, ajuda e traz benefícios para a saúde. Como por exem-plo na coordenação.No baile flamenco o corpo “divide-se em dois”, em cima estão as mãos que expressam tudo o que vai no interior do corpo e em baixo os pés que são uma espécie de “director musical” que dirige os músicos com o sapateado. Coordenar ambas as partes requere uma grande concentração e minú-cia que, por vezes, não está ao alcance de todas as pessoas.Comecei a aprender esta dança com 7 anos de idade e já lá vão quase 13 anos de grande experiência e dedicação. Hoje em dia, considero que já faz parte de mim e da minha personalidade.

bailando Flamenco

lIsboAE PoRTo

Gonçalo Caro

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bailando Flamenco

Faço parte de um grupo de baile chamado “Pasión Fla-menca” e fazemos vários espetáculos, demonstrando toda a nossa arte e salero.Os principais tipos de músicas/coreografias desta arte são as sevilhanas, fandangos, rumbas, alegrias, bule-rias, tangos, pasodobles. Quando subimos às “tablas” damos sempre o nosso máximo. Costumam utilizar-se, por vezes, alguns instrumentos ou objectos para dar corpo e animação a esta dança como por exemplo pandeiretas, castanholas, xailes, abanicos, caixas flamencas, chapéus, capotes, entre outros.O mais complexo nesta arte nem é aprender os passos e a técnica de base, é sim expressar o sentimento que vai dentro da pessoa conjugado com os paços da dança.Considero que embora seja uma dança tipicamente es-panhola, o certo é que muitos portugueses e portuguesas a praticam muito melhor do que certos espanhóis. Olé!

Em Erasmus Nós somos a Barbara e a Belén e este ano estivemos a fazer um intercâmbio (Erasmus) na cidade do Porto. Tem sido um ano cheio de novas experiências, novas pessoas, novos costumes e um ano que graças à Resi-dência, nunca nos iremos esquecer. A experiência de viver na Residência deu-nos a opor-tunidade de viver com pessoas de nacionalidade por-tuguesa, o que nos facilitou muito em aprender a lín-gua. Fizemos novas amizades aqui no Porto como é normal quando se está a fazer Erasmus. Tem sido muito agradável estar na Residência, toda a gente é muito simpática e amável. O que nos deixa muito felizes é saber que esta Resi-dência tem sido a nossa casa e a nossa família durante um ano. Uma família de quinze pessoas que aprende-ram a viver juntas e a respeitarem-se uns aos outros, bem como a divertirem-se.Queremos agradecer à Fátima por estar sempre atenta a todas as nossas necessidades, a sua disponibilidade para tudo. Ensinou-nos o que é viver em comunidade, mantendo um bom ambiente na casa. Nunca nos vamos esquecer deste ano e da nossa “fa-mília”.

Barbara Arevalo e Belén Garcia

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O dia 19 de Maio apa-receu convidativo, calmo e sereno, a abençoar a nossa viajem rumo ao nos-

so destino. Levámos duas carri-nhas, uma conduzida pelo expe-riente Miguel e outra pela jovem Mafalda, que nos proporcionaram uma agradável ida, rumo à reali-zação do nosso evento.

Pelas 13h, mais ou menos, che-gámos ao local pretendido: a Quin-ta de Santa Iria, onde nos espera-va um apetitoso almoço, servido com todo o requinte, com pessoal devidamente habilitado, que nos deixou maravilhados. Tivemos a agradável surpresa de saudar o Presidente Dr. Tomé Jardim, com aquela costumada boa disposição que lhe é peculiar.

Visitámos o Planetário, contem-plando avidamente os astros, as estrelas e os planetas, com as sá-bias explicações que nos foram da-das pelo ilustre professor Máximo Ferreira que nos pôs ao corrente de alguns dos muitos segredos do universo.

Observámos também as videiras alinhadas em fila, donde resulta um maravilhoso vinho, algum já engar-rafado, constituindo uma preciosa reserva. Na Quinta encontrámos dois gatinhos malhados de preto e branco que se roçavam nas nos-sas pernas a pedirem uma carícia. Também havia avezitas escondidas entre os arbustos deixando ecoar os seus maravilhosos trinados.

Demos um pulo à majestosa ci-dade da Covilhã subindo até à Serra da Estrela onde nos foi dado a contemplar com admiração, em

REsIdêNCIAssÉNIoR

Passeio à Quinta de Santa Iria

PAssEIos E mANjERICos

plena Primavera, a brancura da neve.

Chegamos à nossa Residência de Loures no dia 20 sexta-feira, pelas 21h, cheios de satisfação e conten-

tamento fazendo votos para que o maravilhoso passeio se volte a repetir.

Fernando silva

r. s. l.

r. s. l.

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Museu do Traje

Já chegou o Santo António Amigo de toda a genteMeu santo casamenteiroQue sempre me põe contente

Vão começar os festejos,Vamos lá prós bailaricosNo ar já sinto o perfumeDos vasos de manjericos Lar de Loures todos sentemPalpitar o coraçãoE já ninguém sente doresMas que grande animação

Ó meu rico Santo AntónioHoje é noite de foliaVamos esquecer tristezasE cantar com alegria

É hoje que vou casarConquistar a minha amadaMas só depois de dançarE comer sardinha assada

Emílio quintal

Como sempre, é mais um Museu que regis-to, dos muitos que já visitei. É sem dúvida um dos melhores do

País, pela imensidade e tamanha variedade de modelos de trajes, que foram outrora usados até à era das mini saias.

Também é de realçar o estilo da grandeza e da beleza das de-corações em azulejos do palácio, que só por si, vale ter o nome que possui atualmente.

joão de Araújo gaspar

r. s. l.

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quINTA dEsANTA IRIA

TEATRo

Nos passados dias 15 e 16 de Maio mais de 200 pessoas assisti-ram a duas peças da bYfurcação – Associa-

ção Cultural levadas a cena no au-ditório Ruy de Carvalho da Quinta de Sta. Iria.

A peça escolhida para o público familiar foi “Os Três Mosquetei-ros”, numa versão original musi-cada e muito divertida, onde não faltaram duelos de espadachim e donzelas em apuros que o jovem gascão e seus amigos conseguiram salvar.

Para o público escolar, e em estreia naciona, foi escolhido o “Principezinho” que mantendo-se fiel ao brilhante texto de Exupéry, desvenda personagens divertidas, cenários cheios de cor e uma mú-sica que fica no ouvido de todas as crianças… e adultos. Nas duas ses-sões escolares contou-se com es-pectadores provindos de cinco es-colas. Quatro pertencentes à Santa Casa da Misericórdia da Covilhã e uma da Pré-Escola do Refúgio

O Principezinho foi à Quinta … e os Mosqueteiros foram com ele.

pertencente ao Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã.

Aproveitamos para agradecer ao elenco e produção todo o apoio prestado nesta iniciativa.

Em Dezembro, pela mesma com-panhia, teremos em cena “O Con-to de Natal”. Não perca! •

Foi um dia excelente!

As nossas crianças ficaram

encantas!

comentário de uma educadora

Os Três Mosqueteiros

Cena do Principezinho

sÓNia Ferreira

sÓNia Ferreira

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Os ensaios

O elenco e as organizadoras desta iniciativa

O cenário do Principezinho ocupando o palco interior e exterior do auditório

sÓNia Ferreira

sÓNia Ferreira

paulo ciNtrÃo

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REsIdêNCIAssÉNIoR

vIlA FERNANdo

Integrado nas festas de come-moração do 10º aniversário da Residência Sénior de Vila Fernando deslocou-se àque-las instalações, no passado

dia 2 de Junho, o Grupo de Folclore do Clube TAP, correspondendo as-sim, ao convite que lhe fora dirigido e para mostrar o trabalho que tem vindo a desenvolver na divulgação do folclore nacional. O resultado foi excelente. No magnífico ambiente da Residência aquele Grupo apre-sentou aos residentes, funcionários e convidados um conjunto de danças e cantares  do folclore do Alto Mi-nho, que a todos deixou vivamente emocionados, como foi patenteado no extraordinário carinho com que foram sendo ovacionados no final de cada actuação.

Sentiu-se nesse final de tarde, que a magia bucólica envolvente da Re-sidência se irmanou em todos os pre-sentes, quer nos assistentes, quer nos elementos do Grupo para se fundir num cadinho emocional que a to-dos deixou visivelmente agradados. Usando a quase totalidade dos trajes tradicionais mais típicos daquela re-gião, o Grupo mostrou, com absolu-to rigor, como se dança, toca e canta no belo distrito de Viana do Castelo, juntando à impressionante policro-mia dos trajes, a elegância estética dos movimentos da dança e o pro-fundo sentido musical das respecti-vas cantigas tradicionais.

Todos os presentes ficaram tam-bém a saber que as verdadeiras mo-

tivações dos componentes do grupo são a pesquisa, recolha, divulgação e prática das danças e cantares tra-dicionais de Portugal Continental e das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, visando, deste modo, preservar o património da cultura popular portuguesa.

Para além do folclore da região do Alto Minho que foi apresentado, tem o grupo também no seu repertório o folclore da Nazaré, do Ribatejo, do Algarve e da Ilha da Madeira exe-cutando com todo o rigor dos trajes, danças e cantares típicos dessas re-giões.

Fundado há quase 40 anos, todos os seus elementos são sócios do Clu-be TAP e, na sua maioria, funcioná-rios da nossa companhia de aviação. 

Viajaram já por quase todo o mun-do, nomeadamente: Estados Uni-dos da América, Venezuela, Brasil, Marrocos, Cabo Verde, Angola, Moçambique, Zimbabué, África do Sul, Espanha, Andorra, Inglaterra, Irlanda, Suíça e Alemanha, levando a todo o lado este folclore que mui-to nos orgulha e tão bem identifica a nossa alma lusitana. Por este tra-balho foi o Grupo agraciado com a Medalha de Mérito da Secretaria de Estado da Emigração e com o Di-ploma de Mérito das Comunidades Portuguesas.

Todos ficamos à espera de novas actuações. •

Armando da silva de jesus, sócio n.º 58663

Celebrar uma década de vivência

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Foi com muito orgulho e satisfa-ção, que nós funcionários desta Instituição, pudemos participar na celebração.

Nessa tarde e conjuntamente com os residentes, celebrámos vários momentos diferentes. Começámos com uma missa ce-lebrada na nossa capela, conti-nuando com jogos e momentos de lazer aos quais se seguiu um lanche.

O Sr. Presidente do Cofre condecorou com “pins” com o símbolo do Cofre em prata a

Directora Dr.ª Maria do Mar, os trabalhadores Ana Rolhas e Jorge Badalo e ainda o residente João Rosa. Ao final da noite foi servido um jantar pelo Restau-rante Vinha da Amada. No final uma sessão de fados com o actor João de Carvalho e seus guitar-ristas.

Foi um dia que será, para todos nós, inesquecível pelos momen-tos que passámos com alegria, boa disposição e camaradagem.

Esperamos que estes dez anos se repitam muitas vezes. •

Testemunho dos funcionários

Num horário mais tardio do que as ha-bituais rotinas e depois um fabuloso re-pasto, foi tempo das guitarras soarem às ordens do dedilhar de Ricardo Gama e João Correia acompanhando a voz so-nante de João de Carvalho. O alinha-mento contou com canções conhecidas de uma época musicalmente marcan-te que foram correspondidas pela voz de um público saudoso e visivelmente emocionado. João de Carvalho recor-da Villaret e canaliza toda a sua alma na interpretação do “Fado Falado”, co-locando de pé toda a sala numa senti-da ovação. Para finalizar, o embalo do momento instrumental anuncia o findar deste dia, serenando a energia e abrin-do caminho para as horas de repouso.

sÓNia Ferreira

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D e s c o n t o s e b e n e f í c i o s p a r a o s n o s s o s a s s o c i a d o s

P R O T O C O L O S

mais informações: www.cofre.org

Everybody -

N O V O S

15% de desconto na aquisição de serviços de SPA; Oferta da joia inicial, da avaliação física e do aconselhamento alimentar.

Miminho do Lar

Apoio domiciliário a idosos, doentes, acamados e outros; Apoio a Mamã-Bebé; Serviços de limpeza doméstica e cuidado do lar; Apoio e cuidados de animais domésticos.

Universidade Europeia

O IADE-U e o IPAM de Lisboa e Porto pertencem agora à ENSILIS, entidade instituidora da U. Europeia.

Colégio Bibinho Amarelo

50% de desconto no valor do pagamento da 1ª matrícula; Redução base de 10% no pagamento da mensalidade.

Health & Fitness Club Évora

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PRoPosTA dE AlTERAção Aos EsTATuTos do CoFRE dE PREvIdêNCIA dos FuNCIoNáRIos E AgENTEs do EsTAdo

1 – Os artigos 4.º, 5.º, 8.º, 3.º,14.º,18.º, 19.º, 30.º, 68.º, 69.º, 80.º, 88.º, 97.º e 105.º A e B dos Estatutos do Cofre de Previdência dos Funcionários e Agentes do Estado, passam a ter a seguinte re-dacção: Artigo 4.º Admissão de SóciosPodem ser admitidos como sócios do Cofre todos os trabalhadores da função pública no activo, aposentados e refor-mados.2, Redacção actual3 Alíneas a) a e) redacção actualf) Alterar no texto existente duzentos e cinquenta sócios efectivos, dirigida ao aludido ConselhoAlíneas g) a i) redacção actual.Artigo 5.º1. Acrescentar (indicado a negrito) ao texto existente a seguir ao montante líquido da aposentação, ou da refor-ma…”Os restantes números redacção actual.

Capítulo IIIDIREITOS E DEVERES DOS SÓCIOS Artigo 8.º 1. Redacção actualc)Requerer directamente ao presidente da Mesa da AG a convocação de uma AG extraordinária em requerimento assinado por um mínimo de 250 asso-ciados. d) Redacção actual2. Redacção actual.Artigo 13.º 1. Redacção actual.a) Redacção actual.b) Redacção actual.2. Redacção actual.3. Redacção actual.a) Redacção actual b) Redacção actualc) Redacção actual.d) Redacção actual.e) Penas de demissão ou de suspensão aplicadas na sequência de um processo disciplinar, as quais sejam do conheci-mento dos Órgãos Sociais do Cofre.4. Os associados, ao praticarem os fac-tos aludidos nas alíneas do número 3 do presente artigo, ficam sujeitos às penas

de suspensão e expulsão.Do número 5 ao 11 Redacção actual.12. Das penas aplicadas na sequência de processos, crime e disciplinar, o recur-so será jurisdicional. Das demais caberá recurso para a Assembleia Geral a inter-por no prazo de 30 dias; Artigo 14.º1. Redacção actual.2. Redacção actual.3. Redacção actual.4. O montante da renda vitalícia a atri-buir terá de ser sempre superior à quota paga.Artigo 18.ºO montante do subsídio de morte a ins-crever não poderá exceder o montante de 2 500 euros.Artigo 19.ºA importância do subsídio pode ser reduzida ou extinta a pedido do sócio, sem contudo ter direito à restituição das quotas pagas.Artigo 30.º Alíneas a) e b) redacção actualAlínea c)eliminadaRedacção actualRedacção actual

SECÇÃO IVREEMBOLSO DO VENCIMENTO PERDIDO POR DOENÇAArtigo 68.º1. O reembolso do vencimento perdido por doença do sócio não poderá exce-der 80% do valor das quotas pagas pelo Associado/a durante o ano civil.2. Redacção actualArtigo 69.º1. Para ser concedido o reembolso é ne-cessário: a) Redacção actual b) Que o sócio o solicite até ao último dia do segundo mês seguinte ao do des-conto no vencimento. 2. Redacção actual.

SECÇÃO VADMINISTRAÇÃO DO COFRESecção II – EleiçõesArtigo 80.º

1.Redacção actual2. Altera o número de sócios para 250.3 e 4 Redacção actual.Artigo 88.º1. As Assembleias-gerais são convoca-das pelo Presidente da Mesa com uma antecedência não inferior a 30 dias em relação à data da sua realização.2. A convocatória deverá ser anuncia-da na revista do Cofre se a expedição coincidir com um mínimo de 30 dias em relação à data da realização da As-sembleia Geral, e publicada no sítio www.cofre.org., com a mesma antece-dência.3. Em alternativa ou cumulativamente a convocatória poderá ser anunciada em dois jornais nacionais com a mesma an-tecedência de 30 dias em relação à data da realização da Assembleia Geral.4. Redação do anterior n.º 2.)

SECÇÃO VConselho de AdministraçãoArtigo 97.º 1. Redacção actual.Da alínea a) à alínea i) Redacção actual. j) Publicar no sítio www.cofre.org e na revista do Cofre, se existir coincidên-cia de data com a saída da Revista e o Plano de Actividades, o Orçamento, o Balanço, o Balanço Social e a Conta de Gerência com a antecedência mínima de 15 dias em relação à data da realiza-ção da Assembleia Geral em que tenha lugar a respectiva apreciação.

SECÇÃO VICONSELHO FISCALArtigo 105.º-A 1. Redacção actual.2. Preside às reuniões do Conselho do Cofre, o Presidente do C.A. em exercí-cio de funções.Artigo 105.º-B1. Redacção actual. 2. O Conselho do Cofre reúne obriga-toriamente duas vezes por ano nas úl-timas quinzenas de Março e Novembro ou quando o Sr. Presidente da CA o jul-gue necessário.3. Redacção actual.

Levamos ao conhecimento dos associados esta proposta de alteração estatutária para ser analisada. Aguardamos os comentários e novas propostas até dia 31 de Agosto dirigidas ao CA por carta ou e-mail.

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INgREdIENTEs350 icos)PREPARAçãoLave e corte

CARA ou CoRoA? PEquENA HIsTóRIA dA moEdA Texto: Ricardo Henriques Ilustração: Nicolau Edição: INCm/museu do dinheiro design e direcção artística: Pato lógico Edições data de publicação: junho de 2016

Ao longo de páginas cheias de cor, o Pilim é o guia deste “Cara ou Coroa? Pequena his-tória da moeda”, uma

viagem pela riqueza cultural e histó-rica de um objecto que nem sempre teve a forma de disco metálico.

Nesta divertida e didática edição infantojuvenil é possível encontrar quase todas as formas de transacção como o sal, cauris (búzios), leões e cabras, moedas de porcelana em for-ma de borboleta ou outras de tama-nho de tijolos onde até as enxadas se misturam nestas contas.

As caricatas curiosidades são muitas e será difícil os mais novos não quererem partilhá-las.

O livro traz uma sobrecapa desdo-brável para descobrir todas as moe-das e personagens que a habitam. •

oFERTAs Ao CoFRE

lIvRos

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CARA OU COROA? PEQUENA HISTÓRIA DA MOEDA Texto: Ricardo Henriques Ilustração: Nicolau Edição: INCM/Museu do Dinheiro Design e direcção artística: Pato Lógico Edições Data de publicação: Junho de 2016

Ao longo de páginascheias de cor, o Pilim é o guia deste “Cara ouCoroa? Pequena his-tória da moeda”, uma

viagem pela riqueza cultural e histó-rica de um objecto que nem sempre teve a forma de disco metálico.

Nesta divertida e didática edição infantojuvenil é possível encontrar quase todas as formas de transacção como o sal, cauris (búzios), leões e cabras, moedas de porcelana em for-ma de borboleta ou outras de tama-nho de tijolos onde até as enxadas se misturam nestas contas.

As curiosidades sobre esta mile-nar forma de pagamento com mui-tas ilustrações será difícil os mais novos não quererem depois parti-lhá-las.

O livro traz uma sobrecapa desdo-brável para descobrir todas as moe-das e personagens que a habitam.

OFERTAS AO COFRE

LIVROS

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QUINTA STA. IRIA

Este ano irão realizar-se as Vindimas na Quinta Sta. Iria.

Brevemente divulgaremos mais informações.

VINDIMAS

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Maio 2016

O COFRINHO e a COFRINHA

são as mascotes do novo Clube Junior

do Cofre. Este espaço é

teu e contamos contigo para o preencher.

Envia-nos os teus textos,

fotos e desenhos para

[email protected]

´

JÁ SABES?

“Muito obrigada por esta semana, gostei imenso.”

As Actividades de Verão foram um sucesso!!!

“Gostei muito desta semana, pareceu uma aventura.

Espero que esta diversão se repita. Foram cenas super�xes!”

“Gostei de tudo. No próximo ano também venho!”

“Deram alegria ao meu verão, gostei imenso de estar com vocês!”Conhecemos a

história de Lisboa.

Fomos ao Zoo!!!

Na cinemateca fizemos uma câmera escura :)

do Cofre

CLUBEjuNIOR´

NOVIDADES - Especial VeRAo~

Olá, eu sou

a COFRINHA!Olá, eu sou

a COFRINHA!

E eu o COFRINHO!!!

E eu o COFRINHO!!!

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Maio 2016

O COFRINHO e a COFRINHA

são as mascotes do novo Clube Junior

do Cofre. Este espaço é

teu e contamos contigo para o preencher.

Envia-nos os teus textos,

fotos e desenhos para

[email protected]

´

JÁ SABES?

“Muito obrigada por esta semana, gostei imenso.”

As Actividades de Verão foram um sucesso!!!

“Gostei muito desta semana, pareceu uma aventura.

Espero que esta diversão se repita. Foram cenas super�xes!”

“Gostei de tudo. No próximo ano também venho!”

“Deram alegria ao meu verão, gostei imenso de estar com vocês!”Conhecemos a

história de Lisboa.

Fomos ao Zoo!!!

Na cinemateca fizemos uma câmera escura :)

do Cofre

CLUBEjuNIOR´

NOVIDADES - Especial VeRAo~

Olá, eu sou

a COFRINHA!Olá, eu sou

a COFRINHA!

E eu o COFRINHO!!!

E eu o COFRINHO!!!

Amanhecer na quintamário Pedrosa Casaleiro Agostinho, sócio n.º 47458

Para este evento, pude contar com a participação de 49 colegas, também alunos da referida Universidade. Resu-midamente direi que visitámos o Mu-seu do Pão de Seia, o Museu do Queijo da Serra em Perabôa e em Belmonte o Museu dos Descobrimentos, o Mu-seu Judaico e o Museu do Azeite, bem como as lindas Aldeias e Cidades His-tóricas de Sortelha, Sabugal, Belmonte, Ciudad Rodrigo de Espanha, Almeida e Castelo Mendo. Todos nós ficámos mais ricos no “saber” e o “cansaço” foi coisa que não se notou, apesar da nossa idade média rondar os 65 anos.Porém, nada seria a mesma coisa, se não tivéssemos como “base de apoio” as boas instalações da Quinta de Santa Iria – Covilhã. Nunca será demais refe-rir, que todos nós nos sentíamos mais iguais e mais próximos de todos os utentes da Quinta porque nela não nos faltou nada, ou seja, alegria, desprendi-mento, comodidade, beleza e espaço. Também pudemos contar com as exce-lentes refeições servidas pelo simpático chefe de cozinha Sr. Carlos e restantes empregados, que não olharam a esfor-ços para nos servirem com qualidade e prontidão. Por último, uma palavra de agradecimento a todos os trabalhado-res que nos presentearam com bonitos sorrisos e belas palavras acolhedoras. Também quisemos presenteá-los, assim como aos restantes utentes da Quinta, na Adega, com umas lindas canções do nosso grupo de cavaquinhos da Prosé-nior – Universidade Sénior de Paços de Ferreira. Foram momentos alegres e inolvidáveis que um dia, certamente, iremos repetir.A todos os que nos proporcionaram momentos tão belos e inesquecíveis, endereçamos os nossos “Bem hajam”.

NoTíCIAs uNIvERsIdAdE sÉNIoRdE PAços dE FERREIRA

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NoTíCIAs quEsTIoNáRIo

Observação

Visitas

Planetário

No sentido de conhecer a opinião dos nossos associados, pedimos que participe na realização deste pequeno questionário.

Gostaria que a Quinta de Sta. Iria, tivesse um espaço dedicado ao bem estar físico e psíquico, onde

pudesse usufruir de momentos de relaxamento com piscina aquecida, banho turco e massagens?

SIM NÃO

Envie-nos a sua resposta até dia 15 de Setembro por correio ou através do endereço electrónico: [email protected]

QUESTIONÁRIO

Campus de Ciência da Quinta Sta. Iria

O Campus de Ciência da Quinta Sta. Iria está preparado para receber grupos escolares.

As visitas são feitas por professores da área e os programas adaptados aos diferentes graus de escolaridade.

Em breve, teremos mais novidades sobre os programas do nosso serviço educativo.

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PRoPosTA dE AdmIssãoFoRmuláRIo dE INsCRIção dE sóCIo do CoFRE dE PREvIdêNCIA

A IDENTIFICAÇÃO

1 Nome completo (em maiúsculas) __________________________________________________________________________________________________________________________________________2 B.I./C.C.* _________________ 3 Data de nascimento ___/___/___ 4 NIF* ___________________5 Naturalidade _____________________________ 6 Concelho ______________________________7 Filiação (pai) ______________________________________________________________________8 Filiação (mãe) _____________________________________________________________________9 Estado civil ________________ 10 Cônjuge ______________________________________________11 Morada ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________12 Localidade ____________________________ 13 Código postal _____________________________14 Telefone _______________ 15 Telemóvel _______________ 16 E-mail _______________________

* Anexar fotocópia do documento

B DECLARA qUE PRETENDE INSCREVER-SE COMO SÓCIO

nos termos da alínea a) b) c) do nº 1 do art. 19º dos Estatutos aprovados pelo Decreto Lei 465/76, com o subsídio por morte de ___ ___ ___ ___ ___, ___ €

nos termos da alínea c) do nº 3 do art. 4º dos Estatutos aprovados pelo Decreto Lei 465/76, sem subsídio por morte**.categoria _________________________________________ vencimento ___ ___ ___ ___, ___ €serviço ___________________________________________ ministério _______________________________________serviço processador do vencimento ____________________________________________________________________morada ____________________________________________________________________________________________local e data ______________________ ___/ ___/ ___ assinatura do candidato ________________________________

** Anexar fotocópia do último recibo de vencimento/pensão

C DECLARAÇÃO DOS SERVIÇOS DO CANDIDATO A SÓCIO Confirmo as declarações prestadas.assinatura do responsável autenticada com o selo em uso _________________________________________________

D RESERVADO AOS SERVIÇOS DO COFRE

sócio nº ________________________ admitido em ___/ ___/ ___ nos termos da alínea ___do nº___ do art.___dos estatutosidade __________________________ subsídio inscrito ___ ___ ___ ___, ___ € quota mensal ___ ___ ___ ___ €

o funcionário o coordenador o secretário-adjunto do cofre

_______________________________ ________________________________ _______________________________

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REgAlIAs dos AssoCIAdos

ABONO REEMBOLSÁVEL Os associados, com pelo menos 1 ano de vida associativa, podem usufruir de um abono reembolsá-vel para acorrer a despesas com melhoramentos da habitação per-manente ou, ainda, para saúde do próprio ou dos seus familiares.O abono máximo é de 5.000€ des-de que não ultrapasse 5 meses de vencimento e é amortizável até 60 prestações mensais, à taxa de 8%. Este limite de financiamento pode ser ultrapassado em casos devida-mente comprovados e justificados que possam envolver risco de vida ou deficiência permanente.

FINANCIAMENTO DE CASA PRÓPRIA Financiamento para aquisição de casa, construção ou transferência de hipoteca, para o Cofre, para habitação própria e permanente. O montante máximo de financia-mento a cada sócio é de 125.000€, à taxa de 3,25%, a amortizar até 30 anos em regime de prestações constantes ou progressivas.

FINANCIAMENTO PARA OBRAS DE BENEFICIAÇÃO Pode ser concedido empréstimo, até ao montante de 20.000€, a amortizar até 15 anos, para obras de beneficiação a efectuar em casa própria dos sócios, destina-da a habitação permanente, desde que não estejam hipotecadas ou cuja hipoteca seja transferida para o Cofre. Neste último caso o valor

do financiamento não pode ultra- passar os 125.000€.

REEMBOLSO DE VENCIMENTOS PERDIDOS POR DOENÇA Os sócios podem usufruir do reembolso de vencimentos per-didos por doença, não podendo exceder a parte do vencimento base perdido pelo sócio, durante noventa dias em cada ano, nem exceder o produto da percenta-gem de 7,5% sobre o subsídio ins-crito, excepto para os sócios que não tenham subsídio inscrito, para os quais será considerado o valor equivalente à soma de 10 quotas (Acta n.º 35/12 de 3 de julho).Para ser concedido o reembolso é necessário que o sócio o solicite até ao último dia do terceiro mês seguinte ao do desconto no ven-cimento.

SUBSÍDIO POR MORTE O subsídio por morte é inscrito no acto da admissão.No acto da inscrição, o proponen-te a sócio define um valor que será entregue, por morte, aos her-deiros ou a quem ele indicar em Declaração Testamentária. Este valor – Subsídio Inscrito – será a base para o cálculo das quotiza-ções mensais.Esta forma de inscrição tem ori-gem na fundação do Cofre, em 1901, uma vez que este foi consti-tuído para «fazer face às despesas de funeral».

RENDA VITALÍCIA O subsídio por morte, que é ins-crito no acto da admissão, poderá ser transformado em renda vi-talícia, a favor do próprio desde que tenha completado 35 anos de vida associativa e 65 de idade ou à pessoa nomeada em declaração testamentária.

CARTÃO DE SAÚDE COFRE PREVIDÊNCIA Foi criado em 2012 o Cartão de Saúde Cofre Previdência que permite aceder à rede médica de prestadores Future Healthcare a preços convencionados.

BOLSA DE ESTUDO BOLSA SÉNIOR O Cofre atribui anualmente bol-sas de estudo aos filhos e netos dos sócios, e ainda bolsas senio-res, igualmente anuais, aos asso-ciados, cônjuges, pais e sogros.

IMÓVEIS PARA ARRENDAMENTO O Cofre oferece condições vanta-josas, em termos de prioridade de acesso e preços, no arrendamento do seu parque imobiliário.

OUTRAS REGALIAS: ❱ Centros de Lazer

❱ Residências Sénior

❱ Residências Universitárias

❱ Protocolos

mais esclarecimentos para se fazer associado contacte: Telm: (+351) 210123008 e/ou [email protected]

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Julho e Agosto

mais informações: www.cofre.org

Neste Verão, regressa a animação nos Centros de Lazer da Quinta Sta. Iria e da Praia do Vau

~NO VAU E NA COVILHA

*valor de estadia de acordo com a tabela em vigor para 2016

Animação para toda a família

VERAO~

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NoTíCIAsdo CoFRE

PRogRAmA CoFRE-AbREuCRuZEIRo No mEdITERRâNEo

CRuZEIRo CoFREFilipe Rodrigues (Agência Abreu)

A partida “nocturna” revelava que o dia iria ser comprido, mas às 4h00 no Aeroporto de Lisboa não se notava. A boa disposição e ale-gria pela viagem reinava e como habitualmente, os associados do Cofre foram de uma pontualidade britânica.Cumpridas as formalidades res-tava-nos esperar pela viagem até Barcelona, porto de embarque des-ta aventura.Chegados à Cidade Condal onde um autocarro nos conduziu até ao porto, o «Costa Diadema» já nos aguardava, mas tivemos de esperar pois em Barcelona entram e saem milhares de passageiros todas as se-manas.Pela hora de almoço embarcámos. A tarde foi dedicada a descobrir o barco, mas a verdade é que num navio tão grande uma semana não chega para descobrir tudo.Zarpámos de Barcelona ao fim da tarde e à hora de jantar fomos presenteados com uma refeição fantástica, uma zona totalmente envidraçada com as mesas viradas para o vasto Mediterrâneo, de onde pudemos ver todas as noites o pôr-do-sol enquanto desfrutávamos da refeição.No final de cada jantar e café íamos para o teatro ver o espectáculo. To-das as noites fomos brindados com um espectáculo diferente, com pro-duções de elevado nível e ainda um outro espectáculo – “The Voice of the Seas”, onde os passageiros po-diam mostrar os seus dotes vocais.Assim passámos uma semana no Mediterrâneo, visitando Palma de Maiorca com a sua Catedral e “Cas-

co Antiguo”, as suas belas praias, não mais belas que as da Sardenha onde aportámos ao 4º dia. Pelo meio ficou um dia inteiro de nave-gação onde os passageiros puderam enfim apreciar o Sol, estendidos em espreguiçadeiras à beira da piscina que estava sempre bem animada ou para relaxar num dos muitos bares do navio. Tomar um refresco e ouvir boa música e para alguns o prazer de dar um pezinho de dança como o fizeram vários associados (e que bem que eles dançavam!).A meio da viagem chegámos a Ci-vitavecchia, porta de entrada para dois países num só, uma vez que a uma hora de comboio ficam a Ci-dade Eterna de Roma e a Cidade Santa do Vaticano. O dia foi bem aproveitado por todos para visitar a capital italiana e até fomos aben-çoados em Roma por uma valente chuvada… seria água benta?

Prosseguimos noite fora até Savo-na, a meio caminho entre Génova de um lado e o Principado do Mó-naco do outro. A grande maioria do grupo optou por fazer uma ex-cursão ao Mónaco, “encravado” entre França e Itália, popular entre os ricos e famosos. Uma visita agra-dável entre Ferraris e Lamborghi-nis. Pudemos visitar, na parte an-tiga, o Palácio Real e a zona onde se realiza um dos Grandes Prémios de Fórmula 1 mais icónico, passan-do nas famosas curvas do circuito até chegar ao não menos famoso Casino de Monte Carlo. Mas quem optou por ir a Génova também não ficou desiludido pois esta cidade está cheia de interessantes monu-mentos que datam do século xii sendo a visita a Portofino um dos pontos mais altos destas viagens.Faltava o porto de Marselha, na se-gunda maior cidade francesa, em

carlos vieira

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pleno rescaldo do Euro 2016. A ci-dade respirava agora neste Domingo um ambiente mais tranquilo, espe-cialmente no Porto Velho, onde a ha-bitual feira de Domingo mostrava os produtos regionais. Na última noi-te navegámos de volta a Barcelona onde chegámos às 09h00 do dia 13.Dois autocarros levaram-nos aos pontos mais importantes da cidade (Montjuic, igreja da Sagrada Famí-lia e Bairro Gótico). No final do dia regressámos ao aeroporto e voá-mos para Lisboa.Passámos uma semana tranquila, com mar calmo e muito Sol, com comida excepcional e espectáculos de primeira categoria. O pessoal de bordo era muito simpático e pres-tável. O barco, muito recente, com tecnologia de ponta, assegurou uma viagem segura e sem sobres-saltos.

FAÇA-SE ASSINANTE

[email protected]

UM JORNAL DE REFERÊNCIA NA REGIÃO

Filipe rodriGues

Filipe rodriGues

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NoTíCIAs PRogRAmA CoFRETREKKINg

Pelas florestas encantadas

Dia 14 de Maio um grupo de as-sociados entre os 45 e os 64 anos, alguns já experientes nestas activi-dades, entrou pelas “Florestas En-cantadas” dentro. Durante o dia descobriram os recantos das serra-nas matas de Leandres e S. Louren-ço num trekking animado, divertido e embelezado pela viçosa flora au-tóctone. Nesta mancha florestal, tri-lharam por bosques de faias e cente-nários carvalhos, passando também pelo cénico Covão da Ponte onde puderam contemplar o curso de águas límpidas e serenas oriundas da nascente do Mondego.Em Setembro ruma-se “À Conquista das Lagoas da Estrelas”.

NuNo adriaNo

NuNo adriaNo NuNo adriaNo

j. G. pereira

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Grau di�culdade: fácil

Duração: 03h30

Ponto de encontro na Quinta de Sta. Iria.Apresentação do guia NAG e do programa. Saída para o local da actividade.

09h00 ou 14h00

Caminhada e passeio pedestre “Em conquista das Lagoas da Estrela”, com início na estância de esqui.

10h00 ou 15h00

Horário previsto para o fim do passeio pedestre na estância de esqui. Questionário de avaliação da actividade.

12h30 ou 17h30

PA S S E I O HORÁRIO 109h00 - 12h30

TREKKING “ E M C O N Q U I S T A D A S L A G O A S D A E S T R E L A ”

inscrições e mais informações: [email protected] - www.cofre.org

HORÁRIO 214h00 - 17h30

Passeio Pedestre Temático

Q u i n t a d e S a n t a I r i a

por pessoa (alojamento não incluído*) 17.50€

10 Setembro 2016Realização de um passeio pedestre temático a decorrer em pleno

maciço central da Serra da Estrela. Um cenário marcado pela existência de vegetação de altitude, onde as lagoas de origem

glaciar são as cabeças de cartaz. Inclui seguro e entrega de documentação turística.

*valor de estadia de acordo com a tabela em vigor para 2016

Page 48: a reidsênica sénoir ed val firneando broelec u 10 anos · contrar em segredo de justiça, excepto o divulgado no sítio da Inspecção Ge-ral de Finanças, fá-lo-ia depois de tudo

Condições

Inclui: autocarro turístico + 1 noite de alojamento no Hotel Veneza | 3 estrelas, em regime de alojamento e pequeno- -almoço + 1 almoço em restaurante local com bebidas incluídas + todas as visitas e entradas do programa + acompanhamento por representante Abreu durante toda a viagem + seguro multiviagens. Exclui: despesas de carácter particular + tudo o que não estiver devidamente mencionado como incluído no programa Nota: os preços foram calculados com base nas tarifas hoteleiras vigentes. Poderão eventualmente ser alterados caso se verifiquem variações significativas. Não efectuamos qualquer tipo de reserva.

Passadiços do Paiva

Visitando:

1º dia: Lisboa / Aveiro

2º dia: Aveiro / Passadiços do Paiva / Lisboa

17 a 18 set.’16

Viagens Abreu, S.A • Capital Social € 7.500.000 • Sede: Av. dos Aliados, 207 • 4000-067 Porto • RNAVT 1702 • Operador • Cons. Reg. Com. do Porto nº 15809 • NIF: 500 297 177 • 2016

NA SUA LOJA ABREU | ABREU DIRETO Telef.: 707 20 1840 | Web: www.abreu.pt

AGÊNCIAS DE VIAGENS

ESCOLHADO CONSUMIDOR

A Agência de Viagensescolhida pelos portugueses. 2016

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Consulte as facilidades de pagamento em: www.cofre.orgPara mais informações e reservas:

Cofre: 21 324 10 60Agência Abreu: 21 355 21 70

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Preço por pessoa:

Duplo Suplemento Individual

Mínimo 20 participantes

€ 125 € 20

Mínimo 30 participantes

€ 110 € 20

Mínimo 40 participantes

€ 95 € 20