A Saúde Pública e a Gestão do Risco em Desastres · A Saúde Pública e a Gestão do Risco em...

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A Saúde Pública e a Gestão do Risco em Desastres O Impacte do Ambiente em Perigo na Saúde do Indivíduo em Risco António Tavares, Ph.D., M.D. Delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo Professor da Escola Nacional de Saúde Pública 13 – Outubro – 2014 IX Conferência “Dia Internacional para a Redução de Desastres” Câmara Municipal da Amadora

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A Saúde Pública e a Gestão do Risco em Desastres

O Impacte do Ambiente em Perigo

na Saúde do Indivíduo em Risco

António Tavares, Ph.D., M.D. Delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo

Professor da Escola Nacional de Saúde Pública 13 – Outubro – 2014

IX Conferência “Dia Internacional para a Redução de Desastres”

Câmara Municipal da Amadora

Titanic: análise de um desastre

TITANIC

Titanic: análise de um desastre

TITANIC

15 de Abril, 1912

2 206 passageiros

~ 60 % mortos

Titanic: análise de um desastre

1.ª Classe: 322

TITANIC

Titanic: análise de um desastre

1.ª Classe: 322

37,3 %

TITANIC

Titanic: análise de um desastre

1.ª Classe: 322

37,3 % 4 %

TITANIC

Titanic: análise de um desastre

1.ª Classe: 322

37,3 % 4 %

TITANIC

2.ª Classe: 277

Titanic: análise de um desastre

1.ª Classe: 322

37,3 % 4 %

TITANIC

2.ª Classe: 277

58,5 %

Titanic: análise de um desastre

1.ª Classe: 322

37,3 % 4 %

TITANIC

2.ª Classe: 277

58,5 % 16 %

Titanic: análise de um desastre

1.ª Classe: 322

37,3 % 4 %

TITANIC

Actividades Industriais

e Agrícolas

3.ª Classe: 709

2.ª Classe: 277

58,5 % 16 %

Titanic: análise de um desastre

1.ª Classe: 322

37,3 % 4 %

TITANIC

Actividades Industriais

e Agrícolas

3.ª Classe: 709

75,3 %

2.ª Classe: 277

58,5 % 16 %

Titanic: análise de um desastre

1.ª Classe: 322

37,3 % 4 %

TITANIC

Actividades Industriais

e Agrícolas

3.ª Classe: 709

75,3 % 41 %

2.ª Classe: 277

58,5 % 16 %

Titanic: análise de um desastre

1.ª Classe: 322

37,3 % 4 %

TITANIC

Não Classificados: 898

76,6 %

Actividades Industriais

e Agrícolas

3.ª Classe: 709

75,3 % 41 %

2.ª Classe: 277

58,5 % 16 %

Titanic: análise de um desastre

1.ª Classe: 322

37,3 % 4 %

TITANIC

Não Classificados: 898

76,6 %

Actividades Industriais

e Agrícolas

3.ª Classe: 709

75,3 % 41 %

2.ª Classe: 277

58,5 % 16 %

Factores Titanic

Factores Titanic

REGULAMENTAÇÃO

INTERNA DO NAVIO

Factores Titanic

REGULAMENTAÇÃO

INTERNA DO NAVIO

LOCALIZAÇÃO

NO NAVIO

Factores Titanic

REGULAMENTAÇÃO

INTERNA DO NAVIO

LOCALIZAÇÃO

NO NAVIO

INSTRUÇÕES DE

EVACUAÇÃO

Factores Saúde e Desastres

Factores Saúde e Desastres

REGULAMENTAÇÃO

Factores Saúde e Desastres

REGULAMENTAÇÃO LOCALIZAÇÃO

GEOGRÁFICA

Factores Saúde e Desastres

REGULAMENTAÇÃO LOCALIZAÇÃO

GEOGRÁFICA

COMUNICAÇÃO DO RISCO

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO

em DESASTRES

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres:

- Cheias, tempestades, terramotos, desabamentos, erupções vulcânicas, ondas de calor, incêndios florestais, vagas de frio…

Estes desastres custaram muitos milhares de vidas, causaram prejuízos avultados e cobraram um preço gigantesco aos países que afectaram.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

Os perigos naturais são processos ou fenómenos naturais que ocorrem na biosfera, podendo constituir um evento danoso e serem modificados pela actividade humana (ex.: degradação do ambiente e a crescente urbanização não planeada).

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

O risco é a probabilidade da ocorrência de um evento adverso, uma perda esperada para uma área habitada num determinado tempo, devida à presença iminente de um perigo. Em saúde, risco é a probabilidade de que pessoas expostas a factores de risco venham a desenvolver uma determinada doença com maior frequência do que as pessoas que não foram expostas.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

As classes de risco existentes são: Os riscos naturais: - Físicos – atmosféricos, geológicos e hidrológicos; - Biológicos – associados à fauna e à flora.

Os riscos sociais: - Roubos a transeuntes, residências e veículos; - Guerras; - Terrorismo.

Os riscos tecnológicos: - Derrames de produtos tóxicos; - Acidentes rodoviários e ferroviários; - Quedas de aviões.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

A avaliação da vulnerabilidade de uma população deve centrar-se nos seguintes factores:

1. Cenário: Ambiente físico (clima, vegetação, geologia, uso do solo, topografia, etc.), protecção civil, população e sua distribuição geográfica.

2. Edificações: Edifícios de habitação, locais de trabalho e áreas de lazer.

3. Subsistência: Infra-estruturas de serviços, abastecimento de água e luz, sistema de esgotos, telecomunicações.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

4. Segurança: Disponibilidade de instalações como hospitais, centros de saúde, centros de dia ou lares de idosos, indústrias, estabelecimentos comerciais, quartéis de bombeiros, esquadras de polícia, sistemas de protecção (bacias de retenção de inundações e diques).

5. Sociedade: Linguagem, etnia, religião, nacionalidade, educação, actividades culturais, comunidade e grupos de apoio, etc.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

O conhecimento destes elementos permite uma descrição quantitativa dos aspectos específicos das regiões, o que possibilita a identificação de áreas geográficas onde habitem comunidades sujeitas a maior risco.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

GESTÃO DO RISCO é o conjunto de decisões, desenvolvidos pelos órgãos de poder em conjunto com a sociedade organizada…

… para implementar políticas e estratégias, fortalecendo as suas capacidades, no sentido de reduzir o impacte dos desastres naturais, ambientais e tecnológicos.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

A gestão do risco é actualmente utilizada por organizações públicas e privadas em vários sectores, como a saúde, o ambiente, a segurança, etc.

A sua aplicação permite estabelecer prioridades, com vista a tomadas de decisão, baseando-se em estimativas científicas e estatisticamente fundamentadas da probabilidade de ocorrência de impactes futuros, sua respectiva natureza e magnitude.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

O Processo da Gestão do Risco

Identificar os perigos para os equipamentos,

Infraestruturas, pessoal e para a organização

Avaliação da gravidade das consequências

da ocorrência do Risco

Quais as probabilidades de o Risco

acontecer?

Os Riscos são aceitáveis levando-se em

consideração os critérios de segurança da

organização?

Aceita-se

o Risco

Desenvolvem-se acções

para reduzir o Risco para

um nível aceitável

IDENTIFICAÇÃO DO

RISCO

AVALIAÇÃO DO RISCO Severidade/Criticalidade

AVALIAÇÃO DO RISCO

Probabilidade de ocorrência

AVALIAÇÃO DO RISCO Aceitabilidade

MITIGAÇÃO DO RISCO

Sim Não

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

O ciclo de gestão de desastres corresponde ao esforço de:

alertar sobre a presença do risco,

prevenir a ocorrência de uma catástrofe,

preparar para lidar com as consequências,

responder à emergência,

mitigar as perdas e

recuperar dos efeitos do desastre.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

O ciclo de gestão de desastres envolve 3 fases:

A) - Antes do desastre (redução do risco);

B) - Durante o desastre (resposta/monitorização);

C) - Depois do desastre (recuperação).

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

GESTÃO DO DESASTRE

GESTÃO DO DESASTRE

REDUÇÃO

DO

RISCO

MONITORIZAÇÃO

DO

DESASTRE

RECUPERAÇÃO

PREVENÇÃO MITIGAÇÃO PREPARAÇÃO ALERTA RESPOSTA RECONSTRUÇÃO REABILITAÇÃO

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

A) REDUÇÃO DO RISCO

1. A prevenção é o conjunto de medidas

multi-sectoriais que visam proteger vidas humanas e bens e reduzir ou mitigar os danos provocados por um desastre.

Trata-se do estabelecimento de políticas, estratégias e programas para minimizar os riscos.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

A) REDUÇÃO DO RISCO

2. A mitigação é o conjunto de medidas com o objectivo de diminuir o risco e eliminar a vulnerabilidade física, social e económica.

O objectivo é reduzir significativamente as consequências esperadas do desastre.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

A) REDUÇÃO DO RISCO

3. A Preparação é o conjunto de medidas

para reduzir ao mínimo as perdas humanas e materiais, através da organização oportuna e eficaz de acções de resposta e reabilitação.

Tem como objectivo reduzir o sofrimento individual e colectivo e faz-se através de planos de contingência.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

A) REDUÇÃO DO RISCO

4. O alerta é o estado anterior ao desastre e

é emitido com o objectivo de se tomarem precauções perante a eminência da sua provável ocorrência.

Os sistemas de alerta permitem que as comunidades e as instituições activem os procedimentos pré-estabelecidos.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

A) REDUÇÃO DO RISCO

Esta fase compreende:

Análise de risco,

Obras (diques, pontes, reforço de edifícios, etc.),

Políticas públicas (PDM, legislação, etc.),

Educação ambiental: escolas, comunidades,

Previsão (meteorológica e hidrológica), sistemas de alerta.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

GESTÃO DO DESASTRE

GESTÃO DO DESASTRE

REDUÇÃO

DO

RISCO

MONITORIZAÇÃO

DO

DESASTRE

RECUPERAÇÃO

PREVENÇÃO MITIGAÇÃO PREPARAÇÃO ALERTA RESPOSTA RECONSTRUÇÃO REABILITAÇÃO

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

B) MONITORIZAÇÃO DO DESASTRE

Esta fase refere-se às acções desenvolvidas durante a ocorrência do desastre com o objectivo de salvar vidas, reduzir o sofrimento e diminuir a perda de bens. Executam-se as acções previstas na fase de redução do risco (etapa de preparação).

Compreende as acções de salvamento, socorro e assistência às vítimas e de auxílio (evacuação, abrigo, alimentação, atendimento médico, etc.)

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

GESTÃO DO DESASTRE

GESTÃO DO DESASTRE

REDUÇÃO

DO

RISCO

MONITORIZAÇÃO

DO

DESASTRE

RECUPERAÇÃO

PREVENÇÃO MITIGAÇÃO PREPARAÇÃO ALERTA RESPOSTA RECONSTRUÇÃO REABILITAÇÃO

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

C) RECUPERAÇÃO

1. A reabilitação é a primeira etapa do processo de reparação dos danos físicos, sociais e económicos e de reactivação dos serviços básicos (energia, água, vias de acesso, comunicações e outros serviços, como a saúde e a alimentação).

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

C) RECUPERAÇÃO

2. A reconstrução é o processo de recuperação

dos danos físico, social e económico, a um nível de desenvolvimento igual ou superior ao existente antes do desastre.

São reactivadas as fontes de trabalho, a actividade económica da zona afectada, reparados os danos materiais e as infraestruturas e incorporadas as medidas de prevenção e mitigação do risco.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

GESTÃO DO DESASTRE

GESTÃO DO DESASTRE

REDUÇÃO

DO

RISCO

MONITORIZAÇÃO

DO

DESASTRE

RECUPERAÇÃO

PREVENÇÃO MITIGAÇÃO PREPARAÇÃO ALERTA RESPOSTA RECONSTRUÇÃO REABILITAÇÃO

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

Os fenómenos que causam os desastres naturais são imprevisíveis.

Assim, na sua prevenção é necessário que haja:

. A compreensão dos factores condicionantes que geram os fenómenos naturais e,

. O fortalecimento e resistência da sociedade contra esses fenómenos naturais.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

A minimização do impacto dos desastres é efectuada por medidas preventivas: Estruturais – têm um cunho correctivo, como as obras de

engenharia mas, apesar de minimizarem o problema a curto prazo, são caras e geralmente originam outros impactes ambientais, gerando uma falsa sensação de segurança.

Não estruturais – são de carácter educativo e, apesar de

os resultados serem a médio e a longo prazo, são de baixo custo, de fácil implementação e permitem uma correcta percepção do risco (mapeamento dos riscos, análises de vulnerabilidade, identificação de áreas de risco e a educação ambiental).

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

A Educação Ambiental é o processo através do qual o indivíduo e a colectividade constroem valores sociais, conhecimentos, atitudes e competências voltadas para a conservação do ambiente – valor essencial à qualidade de vida e à sua sustentabilidade.

Deve capacitar para um pleno exercício da cidadania.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM REDE

Interdependência entre os

factores tecnológicos,

ambientais, económicos,

políticos e sociais.

Gestão participativa

- Construção da

realidade

Consciência dos

problemas a nível

local,regional e

nacional

Conhecimento

interdisciplinar

Compreensão e

discernimento da

realidade

Visão do processo

- Actuação contínua

e não pontual

Valores éticos e

cooperativos

EDUCAÇÃO

AMBIENTAL

Desenvolvimento da

cidadania

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

O envolvimento do cidadão e a percepção dos problemas ambientais locais é o primeiro passo para o sucesso de uma política eficiente.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

O Mapa de Risco – componente da Saúde

No levantamento dos dados para a realização de um mapa de risco de uma região, relativamente à saúde, deve estar previsto:

1 - A estrutura para a assistência à saúde (Centros de Saúde, Hospitais públicos e privados);

2 - O pessoal qualificado existente;

3 – Os equipamentos existentes;

4 – A sistematização das acções de prevenção envolvendo os níveis municipal e regional da Saúde Pública.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

A abordagem da Saúde Pública na gestão do risco de desastres deve focar-se na redução da vulnerabilidade das comunidades através de:

medidas de prevenção e de mitigação e

envolvimento e participação activa da população.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

A intervenção das Autoridades de Saúde nos estudos de impacto ambiental, nos Planos directores municipais e Planos de pormenor, em articulação com os Municípios, pode contribuir para uma melhor prevenção dos desastres.

Tem, também, um papel muito importante na informação e formação da população, ajudando ao desenvolvimento da percepção de risco das comunidades.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

De um modo geral os Serviços de Saúde, nomeadamente os de Saúde Pública, deverão:

a) ARTICULAR o atendimento aos problemas de saúde da população mais vulnerável e nas comunidades directamente afectadas;

b) PREVENIR a ocorrência de doenças e surtos provocados pelo consumo de água e alimentos contaminados, quer em abrigos, quer nos estabelecimentos de venda de alimentos;

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

De um modo geral os Serviços de Saúde, nomeadamente os de Saúde Pública, deverão:

c) AVALIAR a possível deterioração de medicamentos, quer nos serviços de saúde, quer nos locais de venda;

d) CONSOLIDAR o controlo epidemiológico das doenças que tiveram aumento nas taxas de morbilidade e mortalidade durante o período do desastre;

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

De um modo geral os Serviços de Saúde, nomeadamente os de Saúde Pública, deverão:

e) VIGIAR a proliferação de insectos e roedores no decurso do desastre;

f) ELABORAR e DIVULGAR notas técnicas específicas para a prevenção em Saúde Pública.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

Quando ocorre um desastre, o que constitui uma grave emergência em saúde, os serviços de saúde pública, têm de perceber as necessidades em serviços:

- dos mais vulneráveis, - dos afectados, feridos ou não, - da própria área global afectada.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

As considerações de âmbito genérico que devem ser efectuadas no âmbito das repercussões dos desastres referem-se predominantemente aos seguintes aspectos:

1) Alojamento 2) Alimentação 3) Água 4) Controlo de Insectos e Roedores 5) Esgotos 6) Resíduos Sólidos 7) Radiações

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

Os problemas de saúde resultantes de um qualquer desastres têm sempre por base duas vertentes: 1 – Características dos factores causais, 2 – Comportamento reactivo do ser humano,

A actuação contemporânea da Saúde Pública tem, portanto, de compreender:

- a inter relação entre o ambiente e o indivíduo que nele vive, e

- desenvolver as acções que potenciam o equilíbrio de ambos.

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

É urgente um novo paradigma!...

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

Saúde

Bem-estar social, cultural e económico

Saúde Física e Mental

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

“A Saúde é um estado de completo bem-estar físico,

mental e social, sendo influenciada por factores

hereditários, estilos de vida, prestação de cuidados de

saúde e ambiente e não somente a ausência de

doença ou de enfermidade”

OMS

Património Genético

Ambiente

Comportamentos e

Estilos de Vida

Prestação de Cuidados

de Saúde

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

Ambiente

Ambiente social, cultural e económico

Agentes físicos, químicos e biológicos

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

AMBIENTE GLOBAL

COMUNIDADE Doenças

transmitidas por vectores Abasteci-

mento de água

Alimentos

Perigos naturais

Ruído

Ambiente Social

Saneamento e higiene

Radiações

Poluição do Ar

Resíduos sólidos

Tráfego rodoviário Perigos

químicos

Radiações

CASA Habitação e

abrigos

Ambiente Saúde

“A saúde é a expressão da harmonia no seio do ambiente”

(Hipócrates)

A SAÚDE PÚBLICA e a GESTÃO DO RISCO em DESASTRES

A Cidade Geradora de Poluição

Doença

Actividades Industriais

Actividades não Industriais

Hábitos Tabaco

Poluição Interior

Características dos Edifícios

Poluição no Interior dos Edifícios

Agentes Biológicos

Processos de Produção

Síndrome dos Edifícios Doentes Genoma

A Cidade Geradora de Poluição

Doença

Actividades Industriais

Actividades não Industriais

Hábitos Tabaco

Poluição Interior

Características dos Edifícios

Poluição no Interior dos Edifícios

Agentes Biológicos

Processos de Produção

Síndrome dos Edifícios Doentes

O Factor de Risco…

O Desastre…

A Catástrofe…

Genoma

A Cidade Geradora de Poluição

Causas Mais Frequentes de Morte na UE

Doença Isquémica do Coração

Doenças Cerebrovasculares

Infecções das Vias Aéreas Inferiores

SIDA

DPCO

Diarreias

Situações Peri-natais

Tuberculose

Cancro do Pulmão

Acidentes de Trânsito

A Cidade Geradora de Poluição

Anos de Vida Saudável Perdidos

Infecções das Vias Aéreas Inferiores

Situações Peri-natais

Diarreias

SIDA

Depressão

Doença Isquémica do Coração

Doenças Cerebrovasculares

Malária

Acidentes de Trânsito

Sarampo

A Cidade Geradora de Poluição

Anos de Vida Saudável Perdidos

Infecções das Vias Aéreas Inferiores

Situações Peri-natais

Diarreias

SIDA

Depressão

Doença Isquémica do Coração

Doenças Cerebrovasculares

Malária

Acidentes de Trânsito

Sarampo

A nossa ambição deve ser tão grande quanto deve ser a nossa humildade…

… tão grande é a nossa ignorância!…

António Tavares, Ph.D., M.D. Delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo

Professor da Escola Nacional de Saúde Pública 13 – Outubro – 2014

ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DE LISBOA E VALE DO TEJO

ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA

MUITO OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO

[email protected]