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VITAMINA N A SUA DOSE COMPLETA DE NOTÍCIAS Imagem: Nuno/Site br.olhares.com MAIO/2010 2ª EDIÇÃO - ESPECIAL COPA DO MUNDO Investimentos para a Copa começam com atrativos para as crianças, com o intuito de gerar lucros Em destaque A primeira Copa a gente nunca esquece! A influência dos pais, dos amigos e a admiração pelos ídolos traçam o perfil dos futuros torcedores

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VITAMINA NA SUA DOSE COMPLETA DE NOTÍCIAS

Imagem: Nuno/Site br.olhares.com

MAIO/2010 2ª EDIÇÃO - ESPECIAL COPA DO MUNDO

Investimentos para a Copa começam com atrativos para as crianças, com o intuito de gerar lucros

Em destaque

A primeira Copa a gente nunca esquece!

A influência dos pais, dos amigos e a admiração pelos

ídolos traçam o perfil dos futuros torcedores

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Um olhar inocente editorial

O futebol na sua essência é um espetáculo a ser visto. Os campeonatos, regionais ou nacionais, preparam os torce-dores para um evento que ocorre de quatro em quatro anos

e que mexe com o coração de todos. Nesse momento, metrópoles agitadas como São Paulo silenciam em busca de um grito de gol que vem de quem já acompanha ou de quem está vendo pela pri-meira vez. A Copa é um sonho inalcançável para alguns joga-dores, mas na lembrança de uma criança pode durar eternamente. Pensando nisso, a Revista Vitamina N traz nessa segunda ed-ição um especial sobre a Copa e a influencia do esporte na vida infantil. Vamos mostrar que através de uma simples ação, como comprar uma camisa de time, existe toda uma tradição familiar e que os pais são os primeiros a imaginar uma carreira promissora para os filhos no futebol. Como foi a sua primeira Copa? Quais recordações você tem dela? A nossa reportagem saiu às ruas para saber o que marcou a infância das pessoas. Histórias engraçadas, outras dramáticas, mas todas com a garra e patriotismo dignos de uma seleção. Ainda nessa edição, vamos falar sobre os patrocina-dores que geram a economia, conhecer melhor a política e os problemas do país sede da Copa África 2010 e saber quais as mudanças que precisam ser feitas para o Brasil fazer um bom evento em 2014. Também queremos apresentar a você, caro leitor, a mais nova integrante da Vi-tamina N, uma repórter super inteli-gente que vai atrás dos fatos para que possamos disponibilizar a sua dose completa de notícias. Es-tou falando da Eninha, a nossa mascote. A partir de agora todos os meses com o seu exemplar.

Maraiane CruzDireção Vitamina N

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Editorial 03Um olhar inocente

Entrevista 08Especialista aborda atividade

física como um exercício indis-pensável

Política 11Os problemas

são muitos, mas a vontade de mudar ultrapassa os campos

Economia 14A Copa acentua o consumo e

proporciona lucratividade para todos os investidores no mundo

dos negócios

Capa 18Pequenos brasileiros trazem no

sangue a paixão pelo futebol

sumário

Descubra onde encontrar preços promocionais para

artigos da Copa

Paixão pelo futebol é transmitida na infância, man-ter os pés no chão é o segredo

para conquistar o sonho

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sumário

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Planejamento 25E daqui a quatro anos...

História 28Um chute no preconceito

Especial 30Um bolão

EXPEDIENTE

DireçãoMaraiane Silva

RepórteresAnalina Arouche

Bruna PontesCarolina GiancolaCaroline Dantas

Erika GracyJulyana RossatoLarissa Ferreira

Nayelen Carvalho

DiagramaçãoAnalina Arouche

IlustraçãoNatália Arouche

VITAMINA N

VITAMINA N é uma publicação de nove alunas do 5º semestre de jornalismo da Universidade

de Santo Amaro

A bola oficial da Copa, Jabulani, ‘celebrar’ em Zulu,

vai rolar nos estádios sul-africanos em poucos dias

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entrevista

Autor da monografia publicada em dezembro de 2009 pela Editora RT – Revista dos Tribunais – São

Paulo – SP: “O esporte como direito fun-damental e como instrumento de políti-cas públicas, sociais e educacionais à luz do Direito”, Marco Aurélio Paganel-la é graduado em Educação Física pela Unisa (Universidade de Santo Amaro – SP), na qual leciona há 20 anos. É especia-lista em Futebol, Futsal, Futebol Society e Natação, pela UCB (Universidade Cas-telo Branco – RJ). Possui graduação em Direito também pela Unisa, e atua como consultor em direito tributário, sendo membro do Escritório Fernando, Na-gao, Cardone, Alvarez Jr. & Advogados em São Paulo, tem experiência nas áre-as ligadas à Educação Física e Direito. De notável estatura, Marco Aurélio Paganella é de descendência italiana, isso justifica os olhos claros e cor de pele branca. Atenciosamente recebeu a re-portagem da Vitamina N para explanar o esporte como inclusão social na vida das crianças. Nas próximas linhas, acompa-nhe os principais trechos da entrevista;

Vitamina N: Acredita que a disposição das crianças para o esporte venha dos professores, atletas ou dos pais?

Paganella: O incentivo à criança deve partir da conversa com os pais, pri-meiramente. Existem poucos clubes de futebol com oferta de jogadores. O número de vagas nos clubes é pou-co, quando se percebe que a criança possui talento para tal, os pais de-vem procurar algum clube para desen-volver as habilidades dessa criança.

Vitamina N: Como educador, sabendo que o esporte beneficia o ser humano em diversas áreas, qual a melhor ma-neira e desde quando se deve praticá-lo?

Paganella: A atividade física deve ser praticada logo que a criança entra na escola, a partir dos seis anos de idade. É preciso incutir a cultura da práti-ca esportiva como atividade física.

Vitamina N: Qual a função do esporte na vida do cidadão?

Especialista aborda atividade física como um exercício indispensável

Marco Aurélio Paganella, profes-sor e advogado, trabalha com Educação Física há 20 anos na Unisa com diversas especiali-zações, e com Advocacia há 8 anos, com grande número de

publicações na Área Jurídica. Em entrevista exclusiva à Vitamina N

conta sua experiência como educador de esporte

ponto de vista

Analina AROUCHE

08

Marco Paganella trabalha no Campus I

Imagem: Cristiane Chaves

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Paganella: Fundamental, mas infeliz-mente, as pessoas com pouco poder aquisitivo não praticam esporte, precisam desembolsar mensalidade para uma academia ou um clube em especial, prin-cipalmente nos grandes centros urbanos.

Vitamina N: Qual a probabilidade de uma criança levar um esporte a sério e tornar-se um profissional no futuro com o futebol como inclusão social?

Paganella: Acredito no esporte como atividade física formativa, é o que fal-ta no Brasil, o esporte profissional ele é exclusivo. Jogadores como Ronal-do (Fenômeno), Roberto Carlos, Adri-ano, entre outros, foram encontrados nas periferias pelos olheiros, alguém que gostou da atividade deles em cam-po, mas o futebol profissional exclui, é para um em um milhão, e isso limita a quantidade de concorrentes. O que in-clui socialmente é a atividade física.

Vitamina N: Quais as lições que uma Copa na África pode tra-zer para o Brasil e o povo brasileiro?

Paganella: O Brasil deixa tudo para últi-ma hora, a Copa das Confederações vão acontecer em 2013 e precisamos tirar os projetos dos papéis. A África do Sul, com tudo o que a gente sabe sobre suas limitações estava como estádios prontos para receber a Copa das Confederações em 2009. Quem faz acontecer a Copa são os líderes, é preciso fomentar os projetos de maneira barata e atraente.

Vitamina N: De onde nasceu o termo “país do futebol” no Brasil?

Paganella: Esse termo se consolidou a partir do Pelé e Garrincha, quan-do o Brasil estava no auge do futebol. Hoje muitos países se especializaram nessa modalidade e estão competindo de maneira nivelada com o Brasil. Mas o gosto pelo futebol é bem maior na Argentina, lá com certeza é uma paixão nacional. Em termos técnicos o Brasil é melhor que os outros países.

Marco Aurélio Paganella jo-gou como aspirante em categoria de base dos 16 aos 22 anos no Esporte Clube Juventude de Caxias do Sul – RS, no São Paulo Futebol Clube e na Sociedade Esportiva do Palmeiras. É torcedor do Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense do Rio Grande do Sul e do Roma da Itália, e na Copa espera que o Brasil seja Hexacampeão, mas, é notaria do mesmo modo a torcida para que a Itália também faça uma grande Copa. □

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entrevista

“Acredito no esporte como ati-

vidade física forma-tiva, é o que falta no

Brasil, o esporte profissional ele é

exclusivo”

“Hoje muitos

países se espe-cializaram nessa

modalidade e estão competindo de ma-neira nivelada com o

Brasil. Mas o gosto pelo futebol é bem maior na Argentina, lá com certeza é uma paixão nacional. Em termos técnicos o Brasil é

melhor que os outros países”

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política

ações

Os problemas são muitos, mas a vontade de mudar

ultrapassa os campos

Com a Copa cada vez mais próxi-ma, a África do Sul, o primeiro

país do continente africano a re-ceber um Mundial, acredita que o evento será capaz de mudar a vida das pessoas que vivem lá

O problema da AIDS

Este é o momento em que todos param e começam a respirar es-perança. Os sul-africanos acredi-

tam na promessa de que a Copa possa resolver os problemas do país como: a falta de transportes públicos, de mo-radias, a educação de má qualidade, a desigualdade social, a alta violên-cia urbana, o alto número de infecta-dos pelo vírus HIV (Aids), entre outros. Uma recente publicação do Le Monde, maior jornal de Paris, divulgou uma campanha lançada no dia 25 de abril (domingo), de prevenção e trata-mento da infecção pelo HIV. Na publi-cação, o presidente sul-africano, Jacob Zuma, tenta virar uma das páginas mais sombrias do período pós-apartheid: a da negação da Aids. Atualmente são 5,7 milhões de soropositivos, é o país mais contaminado do mundo. Segundo a Unaids, órgão da ONU especializado na luta contra a Aids, 33,4 milhões de pes-soas no mundo viviam com o vírus em

Erika GRACY e Carolina GIANCOLA

2008, dentre as quais 22,4 milhões na África subsaariana, que atinge jovens, adultos e crianças. O presidente Zuma declarou ainda à imprensa francesa que o objetivo da campanha é alcançar 15 mi-lhões de pessoas e garantir o tratamen-to de pelo menos 80% dos portadores.

O esporte como aliado Para a ONU (Organização das Nações Unidas), o esporte aliado à edu-cação gera inclusão social, mesmo que tenha como princípio o desenvolvimen-to físico e a saúde, pois ele serve para a aquisição de valores necessários para coesão social e mundial. Exemplo disso são as melhorias econômicas e sociais, ferramenta poderosa para avanços rumo à paz e ao desenvolvimento de países desfavorecidos, como a África do Sul. E em clima de Copa, organizações não-governamentais atuam em torno do esporte para colocar em prática pro-jetos sociais. Um exemplo, é a Copa do

Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, fala sobre o problema da AIDS

Imagem: UOL/Copa do Mundo

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política

Mundo de Crianças de Rua, na qual oito nações se enfrentaram num torneio de futebol society que envolveu Brasil, África do Sul, Índia, Ucrânia, Nicará-gua, Filipinas, Reino Unido e Tanzâ-nia. O evento que aconteceu de 14 a 23 de março na cidade de Durban teve o futebol como pretexto para reunir ex-moradores de rua, de 13 a 16 anos. O Brasil foi representado pela parceria entre a ABC Trust, o Projeto Quixote e a São Martinho. E o plano da ONG para 2014 é promover a segunda edição da Copa do Mundo de Crianças de Rua com direito à cultura e edu-cação integral, pois acreditam que ações como esta formam um Brasil campeão. Esse é um incentivo modelo, mas o ide-al é que ele não precisasse existir. O país campeão seja o Brasil, África ou qualquer outro, será aquele em que as crianças conhecerão o esporte através de um ensino de qualidade e não nas ruas.“Apesar das diferenças geográficas e culturais, muitos assuntos levantados na discussão, proporcionada pelo pro-jeto em Durban, mostram que os países possuem algumas semelhanças”, disse Roberta Tessalli, Gerente do Departa-mento de Comunicação, responsável pelo projeto. Entre os assuntos estão o uso de drogas por parte dos pais, abu-so de poder da polícia, molestamento sexual, físico ou verbal vindos de pa-drastos, irmãos mais velhos ou amigos da família. Com a chegada da Copa do Mundo esse quadro pode ser revertido ou incentivar mudanças. Roberta res-

salta que várias crianças do time da África diziam a todo o momento que não tinham infância e que eram forçadas a sobreviver nas ruas. Uma realidade de muitas crianças brasileiras também.

Investimentos Iniciativas da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimen-tos (Apex-Brasil) fomentam a promoção dos produtos e serviços brasileiros no mercado internacional, O Brasil Trade Africa 2010, as rodadas de negócios promovidas, que cessaram no dia 09 de abril, em São Paulo, ultrapassaram US$ 11 milhões. O evento reuniu 20 compra-dores africanos e 60 comerciais exporta-doras brasileiras, as partes negociaram contratos durante três dias. A iniciativa que faz parte do Projeto Tradings do Bra-sil, tem como objetivo aumentar a par-ticipação das micro, pequenas e médias empresas brasileiras nas exportações do país por meio de empresas Comerciais Exportadoras e Tradings Companies. O Brasil Trade Africa 2010, dá continuidade à Missão Brasil Trade Afri-ca 2009, organizada pela Apex-Brasil, na África do Sul, que teve a participação de 150 compradores e gerou excelente resultado de US$ 44 milhões. As duas ações fazem parte do Projeto Trading, lançado pela Apex-Brasil em 2008. □

Negociações: no Brasil Trade Africa 2010

Imagem: Site ApexBrasil

“Apesar das diferenças

geográficas e culturais, muitos assuntos levantados na discussão, proporcionada

pelo projeto em Durban, mostram que os países

possuem algumas semelhanças”

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economia

A Copa acentua o consumo e proporciona lucratividade para todos os investidores no

mundo dos negócios

mercado

Para a Copa 2010, os brasileiros investem nos produtos relacionados ao evento e acreditam que o retorno financeiro será mais evidente

com a vitória da Seleção Brasileira, mas a divulgação da marca tam-bém é um fator importante

A Copa da África no Brasil movi-menta o setor econômico e mo-biliza toda a nação em prol da

coletividade, já que os jogadores de fute-bol representam o país através dessa atividade física. Consequentemente, essa união possibilita a criação de fi-nanciamentos e de todo um mercado voltado para o segmento esportivo, inde-pendente da renda per capita da popu-lação consumidora, do poder aquisitivo e até mesmo da idade dos torcedores.

Patrocinadores Oficiais Para os contratos referentes ao ano de 2010, o marketing esportivo es-tima em US$ 200 milhões arrecadados pela Confederação Brasileira de Fute-bol (CBF), o que denota que o número de relações comerciais triplicou em re-lação ao último campeonato mundial.Entre os patrocinadores oficiais do even-to estão Nike, Itaú Unibanco, VIVO, Gua-raná Antarctica, Volkswagen, SEARA, Gillette, Extra Hipermercados e TAM. Para a utilização da marca da Seleção é necessário que exista uma parceria mú-tua, adequando o valor com os benefí-

cios do contrato de divulgação. No caso da Nike, a verba é superior à média de negociação dos outros contratos, porque o retorno é garantido, já que ela fornece o material referente aos uniformes e fica com o dinheiro da venda do produto. Existem diversos motivos para a concretização da aliança, mas eles va-riam de acordo com cada empresa, cujos interesses dependem da especificidade de cada segmento e giram em torno da lucratividade. “As empresas vão expor a sua marca pelo Brasil, pela Copa e isso vai gerar lucro. O esporte envolve mui-to dinheiro e isso é bom para a econo-mia”, disse Vanessa Nascimento Freitas, vendedora da loja Centauro do Shop-ping Boa Vista, que aposta nas cores do país para chamar a atenção do público. Em relação ao patrocínio, as razões são ainda mais diversificadas, pois enquanto a exposição da marca Brahma aumenta o consumo da bebida, a Volkswagen promove a venda da linha automobilística Gol Seleção, cujo esto-famento dos carros possui o escudo da CBF, que administra a Seleção e selecio-na os investidores dos eventos esportivos.

Julyana ROSSATO

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economia

Marketing Esportivo No entanto, quando o retorno fi-nanceiro não atende as expectativas dos investidores, a divulgação da ima-gem vale mais do que qualquer valor monetário. “Quando se fala em esporte, tem o patrocínio. Talvez não tenha o re-torno, mas uma boa jogada de marke-ting, que é a alma do produto”, disse Pras Fernando Silva, o gerente da loja Honorato Sport, localizada no Shop-ping Boa Vista, em Santo Amaro.Segundo Silva, a loja comercializa produ-tos voltados para a Seleção Brasileira e in-veste nessa coleção desde o ano passado. “O esporte é algo prazeroso, necessário e bonito de se ver. Você se prepara para assistir a Copa, que é emoção misturada com adrenalina”, disse o gerente so-bre o evento futebolístico, cuja paixão nacional mobiliza o mundo inteiro. Após uma parceria entre a CBF e a Nike, o Brasil utilizará um novo uni-forme na Copa 2010, no qual cada cami-sa é feita com material reciclado de oito garrafas pet. Esse lançamento inovador pretende relacionar a sustentabilidade ao mundo do esporte, através da uni-ão do futebol com a preocupação am-biental, visando a salvação do planeta.“Na outra Copa, os fornecedores de material esportivo almejaram muito a moda e, esse ano, eles estão voltados para a ecologia”, disse Silva ao se refe-rir ao design dos uniformes, origina-dos a partir da iniciativa da Nike, que decidiu bordar o slogan ‘nascido para jogar futebol’, na tradicional amarelinha.Apesar do novo formato ainda possuir o design clássico, ela aderiu detalhes como os orifícios feitos a laser, na la-teral, para proporcionar uma maior re-frigeração dos atletas. Outra novidade é a técnica de costura que reduz 15% do peso da vestimenta, ao compará-la com a versão anterior, já que o fabricante não utilizou linha, mas um tipo de cola. Entre outros detalhes, a camisa possui uma gola verde, com duas listras da mesma cor sobre os ombros. Assim como o número do jogador, o logo do

fabricante também permanece no uni-forme, com as cinco estrelas acima do es-cudo, simbolizando a conquista das cinco Copas do Mundo pela Seleção Brasileira.

Preparativos da Copa 2010 Os preparativos abrangem desde roupas oficiais até brinquedos comemo-rativos, como apitos e buzinas. “Geral-mente, as crianças não têm uma visão ampla da Copa, mas sabem que é verde e amarelo”, disse Maurício Santos, caixa da lojinha HB – Hiper Barato, no bairro de Santo Amaro, onde uma ban-deira do Brasil custa apenas R$ 1,50.

Bandeira do Brasil é um símbolo do país e uma referência em época de Copa

Imagem: Julyana Rossato

A perspectiva financeira também se modifica pela influência das crianças nas compras, já que elas se baseiam nos pais e adquirem esse patriotismo ao vê-los torcendo. Elas também se en-cantam pelos mascotes e, no caso des-sa competição, pelo leopardo Zakumi.

“Geralmente, as crianças não têm uma visão ampla da Copa, mas sabem que é

verde e amarelo”

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economia

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Consequentemente, mesmo sem co-nhecer o real significado da Copa, elas pedem artigos esportivos e brinquedi-nhos, compondo uma parcela significa-tiva no aumento do consumo, mesmo na compra de um produto mais bara-to. “Por representar o país, tudo o que é voltado para o time acaba aquecendo as vendas. O futebol é uma paixão que

está acessível a todos”, disse Flávia Pirotti, dona da loja Q Líquido, locali-zada no Shopping Boa Vista, sobre a importância de torcer pelo país e acre-ditar na vitória da Seleção Brasileira.A roda econômica tende a girar cada vez mais rápido, com a proximidade da Copa da África no Brasil e, por sua vez, o capital cria financiamentos, di-vulga marcas e fortalece o mercado do marketing esportivo. Enquanto isso, os fabricantes dos uniformes aderem às causas ecológicas e investem em de-talhes inovadores, sem perder de vis-ta a importância de manter o design clássico e a continuidade da tradição.Independente da renda do público que consome tais artigos, crianças e adultos esperam a vitória do Brasil e, assim como as entidades que pa-gam pela divulgação de suas marcas, também acreditam no potencial do time selecionado para a competição. O retorno financeiro será constatado após o evento, pois os re-sultados dos jogos refletirão no con-sumo dos produtos e, se for confirmado o sucesso do Brasil, ocorrerá um período de ascensão da economia, mostrando claramente o impacto do segmento es-portivo no crescimento das cifras, que compõem o mundo dos negócios. □

Zakumi, o mascote da Copa de 2010

Imagem: Flickr.com/photos

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capa

Início de primeiro tempo

Estou grávida! Em um primeiro momento essa frase assusta, mas passada a surpresa inicial

começa uma verdadeira expectativa em relação ao que vem pela frente. Nove meses passam muito rápido. E assim como uma partida de futebol, muitas de-cisões precisam ser tomadas. Assim que a barriguinha da mãe começa a cres-cer a dúvida surge: Qual será o sexo?(Imagem de uma mulher grávida)Caso o resultado do ultrassom mostre que um menino está a caminho, o futebol irá começar a fazer parte da vida dele, pois na origem, esse esporte era considerado apenas coisa de homem e até hoje mui-tos mantêm essa ideia. Segundo o Dossiê Esporte Sporty, para muitos pais, par-ticipar dos rituais ligados ao futebol em companhia do filho – ir ao estádio, torcer – é também um modo de demonstrar a felicidade por ter um filho homem. E não é raro o caso de pais que profetizam para que o recém-nascido tenha uma carreira como jogador. Como nem todas as cri-anças irão seguir essa profissão, por não ter talento, não ter oportunidade ou sim-plesmente não gostar, muitos encontram no nome uma forma de homenagear seus ídolos. O resultado, são os exces-sos de Ronaldos, Thaffarels, Marcos,

Rivaldos e outros craques nos cartórios do país. Em época de Copa a tendência é que esse número cresça ainda mais. O estudante Romário Gomes da Silva (16), é um exemplo. “Eu nasci em dezembro de 1993. Meu pai fala que a lista dos convocados para a Copa ainda não tinha saído, mas ele tinha certeza que o Romário estaria lá. Apesar dele nunca ter jogado no São Paulo, meu pai gosta muito dele, e me deu o mesmo nome”. Em outros casos os pais preferem pres-tigiar jogadores estrangeiros. Esse é o caso de Riquelme de Souza (8), que re-cebeu o nome em homenagem ao joga-dor argentino que foi destaque no último mundial, mas que está fora desse. “Foi meu pai que me deu esse nome”, afirma.

E a bola rola Quando o menino cresce, outrapreocupação toma conta da família. Para qual time ele vai torcer? Para mui-tos brasileiros, o futebol é um ritual de iniciação, por isso os garotos ganham uniformes ainda bebês para manter a tradição e dificilmente aparecem “ove-lhas negras” que fogem da regra, já que a influência é muito grande. Desde o nas-cimento roupas e artigos como chupetas e mamadeiras com o escudo da equipe são presentes indispensáveis para inse-rir os pequenosno mundo futebolístico. O professor da rede pública, Gedil Nascimento da Silva, é um exemplo. “Essa paixão pelo futebol começou há muito tempo atrás com meu pai”. Ele conta que morava em um sítio e desde peque-no via seu pai andar vários quilômetros a cavalo com os colegas e amigos para jogar bola. E isso fez com que admirasse o esporte. Quando chegava em casa to-dos se reuniam para acompanhar os jo-gos o que resultou em um amor especial

Pequenos brasileiros trazem no sangue a paixão pelo futebol

Larissa FERREIRANayelen CARVALHO

Colaborou Maraiane CRUZ

Muitos querem estar entre os ídolos do futebol, porém poucos são os escolhidos. O processo seletivo é lento e nem sempre

traz o resultado esperado

uma longa partida

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que foi crescendo. “Isso foi passado pra gente, quando nós éramos criança, por um time em especial, o Palmeiras. Então lá em casa não tem opção, todo mundo é palmeirense”, afirma Silva. E as próxi-mas gerações já sentiram o peso dessa herança “Vai passando de pai para filho e os netos. O meu filho André, por exem-plo, quando ele tinha um ano, ele ganhoua camisa do Palmeiras”, confidencia.

Imagem: Analina Arouche

Gedil e o filho (amigo) André em campo

Biro-Biro, 50 anos, ex-jogador do Cor-inthians“A primeira Copa que eu vi foi a de 70. Eu tinha oito, quase nove anos. E eu já que-ria ser jogador. Naquela época, eu tinha que ir a casa dos vizinhos pra poder as-sistir aos jogos, pois TV naquele tempo era coisa para gente rica. Todo mun-do se reunia. Era uma baita diversão.”

Bárbara Silva, 18 anos, estudante “A primeira Copa do Mundo que eu parei mesmo para assistir foi a Copa de 2002. Eu tinha onze anos. Me lembro que deco-ramos a garagem com papéis verde e amarelo, eu pintava as unhas e arru-mava o cabelo com fitinhas nas cores do Brasil. A final foi exatamente dia 30 de junho de 2002, aniversário do meu pai. O Brasil foi campeão e saímos para comemo-rar, todos vestidos nas cores da Seleção.”

Wagner Belmonte, 41 anos, jornalista e professor universitário“Eu lembro da Copa de 78, na Argentina. Eu tinha apenas nove anos. Lembro da marmela-da que foi a goleada da Argentina sobre o Peru por 6 x 0. O goleiro peruano era filho de argentinos e corre a lenda de que ele teria facilitado as coisas para os donos da casa. A Copa que eu mais me lembro mes-mo é a de 82, que foi um divisor de águas. Nunca me conformei com aquela vitória da seleção italiana por 3 x 2 sobre o Brasil de Zico, Sócrates, Falcão, Júnior. Aquela seleção do Telê Santana foi sem dúvida nenhuma o time que jogou o futebol mais bonito que eu já vi. Circunstancialmente, ela perdeu, mas até a derrota a eternizou.”

Vitor Sampaio, 18 anos, estudante “A 1ª Copa que eu me lembro foi a de 1998, eu tinha seis anos. Lembro de um jogo do Brasil contra o Marrocos, que eu e meu irmão combinamos que, a cada gol que o Brasil fizesse, nós comeríamos um suspiro. Foram tantos gols que eu fiquei empanturrado de suspiro. Outro episódio que marcou, na fi-nal contra a França, foi quando todo mundo culpou o Roberto Carlos pela derrota. Na minha cabeça, a perda do título tinha a ver com a ausência do cantor Roberto Carlos, por ele não ter cantado na final do campeo-nato. Nada a ver. Imaginação de criança.”

Ainda segundo o Dossiê Esporte Sporty, escolher um time é mostrar um pouco quem você é. E de certa for-ma o filho vê no pai um espelho da-quilo que ele quer ser no futuro, en-tão o fato de aderir ao mesmo time se torna um prova de amor e “idolatria”. Para as famílias que não possuem um time especifico a época de Copa do Mundo é o momento de ensinar aos fi-lhos a ideia do patriotismo. Lucas, que tinha apenas dois meses no Mundial da Alemanha, não se recorda de nada, mas a família do garoto lhe deu um presente especial, que fez com que o pequeno aderisse à torcida mesmo sem enten-

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trabalha com crianças e adolescentes de 5 a 17 anos. Hélio Rosa Viana, um dos responsáveis, conta que eles asso-ciam o sucesso ao estudo. “É necessário que eles estudem, que se dediquem, se informem e que eles reflitam por eles mesmos as melhores decisões que eles vão tomar na vida deles”. Viana revela ainda como está tratando o assunto Copa do Mundo no local, “nós aborda-mos (a Copa) de forma positiva para que eles enxerguem que há um trabalho adequado, para que eles possam colher os resultados. E (que) para eles chega-rem ao porte de uma seleção brasileira há um longo caminho a ser percorrido”. No Projeto Pequena Luz, locali-zado no Jardim das Imbuías, há uma preocupação em trazer a questão das regras que existem no futebol para o convívio em sociedade. “Eles já jogam sozinhos, não brigam, conseguem res-peitar uns aos outros, sempre alguém é o juiz e não tem aquela história de “juiz ladrão” (risos). Eles respeitam bem. Po-demos deixá-los sozinhos na quadra brincando sem problemas, porque estão todos por dentro das regras”, revela Sil-vana Carvalho, coordenadora do projeto.

Aos 45 minutos O futebol também é sinônimo de superação. E essa palavra se encaixa perfeitamente na história de Daniel Tia-go Duarte. Com menos de dois anos de idade os médicos detectaram que o atual atacante do São Bernardo Futebol Clube, tinha leucemia (câncer no sangue) em es-tágio avançado e as perspectivas de vida eram poucas. Eles chegaram a falar para a mãe desistir de lutar pelo filho e ir para casa esperar pela morte de Daniel. Mas dona Marilia Duarte não desistiu e ven-deu praticamente tudo o que tinha para pagar o tratamento que durou oito meses. Após esse período no hospital, Daniel-zinho, como é conhecido, ainda precisou fazer tratamento na AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) já que a doença poderia trazer sequelas aos movimentos do corpo. E foi justamente

der. “Meu tio fez uma visita quando ele nasceu e levou de presente uma camisa do Brasil. Ela era de manga comprida toda amarelinha, com detalhes verdes na gola. Tinha também uma bandeira do Brasil no peito e embaixo estava es-crito mini torcedor. Durante o jogo eu coloquei essa camisa por cima de um macacão verde para que ele pudesse torcer junto com a gente” lembra Liliam Silva, a mãe. E para essa Copa a pre-paração é grande, “esse ano ele já vai entender, por isso estou providencian-do uma nova camisa para ele”, garante.

Início de segundo tempo Depois do contato da família, ou-tra parte que contribui para que o gosto pelo futebol se intensifique é a escola. Nas aulas de Educação Física ou até mesmo na conversa com os colegas, é possível perceber a necessida de de ser aceito em um grupo e o esporte facilita essa integração social. Nessa etapa da vida as escolhas da família são com-paradas as dos amigos e a figura do ído-lo fica mais evidente na vida da criança. “O meu ídolo é o Ronaldinho, porque ele joga muito. E o Diego Souza, porque ele é do Palmeiras e eu sou palmei-rense”, comenta Jackson da Silva (12). O fato da Copa desse ano ser reali-zado pela primeira vez em um continente africano também é pauta das aulas. E os pequenos mostram que estão por dentro das novidades: “Eu acho que a Copa da África do Sul vai ser muito boa, porque eles acham que na África é só guerra e vão ver o outro lado”, comenta Daniel Freitas (13). Já para Alexander da Silva (12) omomento é de mostrar o lado alegre dos africanos, “eu acho que a Copa da África vai ser muito boa, porque vai mostrar que a África não é um país só de pobreza. É um país de muita bondade e alegria”. No entanto, o colégio para alguns ainda é pouco, e muitos passam a frequentar escolinhas de futebol ou projetos liga-dos à modalidade para aprimorar seus talentos. O Gigantinho, no bairro do Grajaú, é uma entidade filantrópica que

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no futebol que ele fortaleceu as pernas. “Sempre tinha alguma coisa redonda em casa, e eu sempre chutando. Chutava melancia, laranja”, revela. E o resultado de todo esse empenho, veio no final de abril quando o time, onde joga profis-sionalmente há três anos, conseguiu a vaga para a elite do campeonato paulista. Em relação ao Mundial ele diz que acredita na competência do técnico bra-sileiro Dunga e demonstra o desejo de participar de um: “Todo jogador pretende chegar em uma Copa do Mundo. Quem sabe na próxima eu não chego lá, né?”.

Decisão nos pênaltis Histórias como a de Daniel, Deníl-son, Cafu, e outros que conseguiram destaque no esporte são raras, porque nem todos que gostam, e jogam bola, mesmo que tenham talento, chegarão a times profissionais. O processo de olheiro, padrinho, peneira pode levar tempo e talvez não traga resultados. As crianças visualizam apenas o lado positivo do futebol, pensando em uma vida de status e independência fi-nanceira. E é papel dos pais alertarem das dificuldades de alcançar o sucesso. Salários baixos, lesões, cobranças da torcida, carreira curta (em média apenas até 35 anos), são apenas algumas das di-ficuldades. “Não penso muito em seguir a carreira de futebol porque não sou só eu que quer ser jogador de futebol. Sou eu e mais mil crianças da minha idade”, diz André Nascimento da Silva (13). Colocar na balança o que é di-versão e o que é profissão é um processo complicado para os pequenos, por isso é necessário que os pais estejam ligados nessa fase de desenvolvimento dos filhos, em que pretendem realizar sonhos espe-lhando-se em grandes nomes do futebol. O incentivo é importante e ajuda, mas precisa ter cuidado com a falsa perspec-tiva na vida da criança para o mundo do estrelato nos campos. Pois a decepção logo na fase em que tudo é motivo para brincadeira pode fazer com que a alegria do futebol dê lugar a amargura. □

Denise Rezende, 24 anos promotora de vendas “Copa de 1994 eu assisti com meus vizinhos, a rua inteira parou para assistir, todo mun-do estava fantasiado, a rua estava toda en-feitada com bandeirinhas. Foi muito diver-tido, me lembro que gritamos muito, nossos corações estavam a mil,a cada lance,a cada gol,a euforia aumentava,a expectativa de vencer os jogos era muito grande,pois era o quarto titulo que o Brasil conquistaria.”

Jefferson Gomes, 24 anos, estudante de Rádio e TV “Com certeza foi a de 94, a Copa mais marcante, o mesmo ano da morte do Ayrton Senna, as semanas do início do Dunga como capitão, Tafarel de-fendendo todas. Não tenho muitas re-cordações, mas foi sim marcante, talvez eu não tenha tantas lembranças porque eu tinha pouca idade ainda, 7 anos.”

Miriam Dutra, 50 anos, cozinheira“Eu me lembro da copa que a Marisa, minha irmã nasceu, foi a de 78. Me lembro que meu irmão estava sentado no sofá vendo o jogo e meu pai falando pra ele buscar o carro para levar minha mãe, meu irmão sempre lembra da data de aniversário dela, 3 de junho de 78. O Brasil perdeu naquela copa.”

Hélio Francisco, 51 anos, auxiliar de escritório“A Copa que marcou a minha vida foi a de 1970 e até hoje eu me lembro dos gols. Cada gol do Brasil que saía, eu cor-ria para o quintal e soltava um rojão para comemorar. O gol inesquecível dessa Copa foi aquele em que Gerson lança Jair-zinho, esse dá um ‘chapéu’ no goleiro, mata a bola no peito e chuta para o gol. Foi o gol mais lindo que eu ví até hoje.”

Laís Ferreira, 13 anos, estudante “Na Copa de 2002, aquela que foi no Japão, eu tinha seis anos. Foi a Copa que eu mais gostei. Todo mundo na minha casa acordava de madrugada para as-sistir os jogos do Brasil, e minha mãe fazia um monte de coisas gostosas pra gente comer. E o Brasil foi campeão!.”

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As crianças, a Copa e a tecnologia

Os Álbuns de figurinhas da Copa do Mundo – África do Sul/2010 é febre entre

crianças de todas as idades, E até mesmo aquelas que não são mais tão pequenos assim. O estudante de Jornalismo Fernando Richter teve o primeiro na Copa de 90, re-alizada na Itália. “Eu tinha sete anos. Faltou apenas uma figur-inha para completar o álbum, a número 2, do Troféu Jules Rimet”, recorda. Questionado se esse há-bito tem prazo para acabar, ele falou: “Antigamente, figurinhas era coisa só para criança. Hoje é febre de todas as idades. Para essa Copa de 2010, em especial, estou vendo muitos adultos col-ecionarem”, e complementa “para colecionar, não tem idade”. Fabri-cados pela Panini, o álbum custa R$ 3,90 e o envelope com cinco figurinhas R$ 0,75. Cada seleção tem uma página dupla, em um to-tal de 640 figurinhas com imagens dos jogadores, escudos e outros. O álbum também ganhou a sua versão on-line que é igualzinho ao de papel, e ainda tem a van-tagem de poder trocar as figurin-has em tempo real pela internet. O instrutor de treinamento, Hen-rique Machado aderiu à novidade: “nunca tive os álbuns da Copa. Este é o primeiro que resolvi com-pletar. Comecei agora com 28 anos, mas nunca é tarde demais, né?”, indaga. A versão virtual está disponível no site da Fifa http://pt.stickeralbum.fifa.com/login basta fazer o cadastro e se divertir. □

Márcio Advincula , 36 anos, Analista de Negócios“Minha primeira Copa foi a de 1982, eu tinha 8 anos, e o que mais me recordo era da empolgação de todos naquela época pela seleção que encantava, com toques que eram verdadeiras obras de arte. Lembro como a nação ficou desapontada, dife-rente das Copas que se seguiram às quais o Brasil perdeu (1986, 1990, 1998, 2006), que tiveram alguns erros individuais, ou in-capacidade do coletivo. Em 1982, não teve estas explicações e sim que aquela que foi considerada uma das melhores seleções de todos os tempos e merecia ter escri-to também o seu nome entre as seleções brasileiras que venceram o Mundial.”

Maria Campanha, 50 anos, Técnica em Administração“Em 1970, o que mais marcou na Copa foram os jogos que apresentaram uma equipe que não tinha apenas um jogador especial, como o grande rei do futebol, Pelé, mas Jaizinho, Tostão, Gerson, Caju, Felix, Leão Rivelino e tantos mais que não lembro agora. Era algo muito especial ver a equipe em campo e Za-galo firme e bravo com todos, mas tenho outra lembrança: como convivia com alguns jovens universitários da USP e que eram contra a ditadura militar que vivíamos na época, eles aproveitavam após os jogos para festejar nas ruas com bandeiras e marchinhas patriotas mais políticas do que esportivas e eu ali junto, gritando “90 mil-hões em ação, pra frente Brasil, salve este povão” que deveria ser salve “a seleção”. Nestes anos de ferro o importante era o Brasil Tri- campeão. Lembro também do meu pai chorando no final do jogo Brasil 4 e Itália 1, meu irmão estava doente e meu pai estava com minha mãe cuidando dele, desi-dratação grave. Meu pai ouvia pelo rá-dio, pois não tínhamos televisão, aí meu pai saiu rapidinho e foi na casa do vizinho Sr. Geraldo e dona Dalila ver o final do jogo e viu o último gol que não sei quem fez, mas vi ele chorando muito de alegria. Ele volta para casa rápido e leva meu irmão para o Pronto Socorro de Amaro e tudo fica bem: Bra-sil é Tri e meu irmão se recupera rápido.” □

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planejamento

E daqui a quatro anos...

Bruna PONTES

A euforia e o orgulho tomaram conta do país quando a sede da Copa de 2014 veio para o Brasil. Mas para acolher esse importante evento a infraestrutura dos está-dios e das cidades terão que pas-

sar por muitas mudanças

Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Na-tal, Porto Alegre, Recife, Rio de

Janeiro, Salvador e São Paulo foram as cidades indicadas para receber o evento. Mesmo diante de toda a beleza que cada uma tenha, ainda há um longo caminho a ser percorrido nos próximos quatro anos, até entrarem no padrão Fifa. A escolha obedeceu a critérios técnicos, com base nas visitas feitas as entidades no início de 2009 e nos pro-jetos entregues. Além de tentar “ven-der” a arena, tinham que apresentar outros itens que também foram avalia-dos como a rede hoteleira, o sistema de transporte, os aeroportos, a segurança

pública e as opções de lazer. O grande problema é que esses locais também têm deficiências nesses setores. Ou seja, uma missão muito difícil uma vez que todos estão bem longe desse modelo. Uma das exigências é que todos os estádios devem ter no mínimo 40.000 lu-gares, sendo que o da abertura tem que ter pelo menos 60.000 e o do encerra-mento 80.000. Ainda há recomendação para que todos os espectadores ten-ham cadeiras individuais numeradas, com encosto de pelo menos 30 centíme-tros de altura, banheiros limpos e em número suficiente, corredores de entra-da e saída largos, tribunas de imprensa bem equipadas e é preciso haver hospi-tais e estacionamentos nas imediações. O prazo final para a entrega defi-nitiva de todos os campos esportivos será o dia 31 de dezembro de 2012 já que em 2013 o país receberá a Copa das Confederações, que serve como uma es-pécie de ensaio para o Mundial. Caso as obras não se adéquem as normas, o campeonato poderá ser transferido para outro país que já tenha estrutura pronta. Começou uma verdadeira corrida contra o relógio.

Vista áerea do projeto de reforma do estádio do Morumbi para a Copa de 2014 em SP

infraestrutura

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planejamento

O que muda nas arenas?

São Paulo - O Morumbi fará alte-rações para melhorar o lugar da im-prensa e a vista geral do gramado e am-pliar o pavimento térreo e a área VIP. O projeto prevê a construção de um edifício para 4.800 carros, mas como a obra terá que ser construída em área pública, está dependendo de con-cessão da prefeitura mediante licitação.

Rio de Janeiro - No Maracanã será construída uma nova cobertura e um pré-dio para estacionamento, com cerca de 3.500 vagas. Também precisará corrigir a visibilidade nas primeiras fileiras, refa-zer o acesso para portadores de necessi-dades especiais e reformar os sanitários.

Minas Gerais – No Mineirão foi implan-tado um reforço de pilares e molas para dar sustentação á arquibancada supe-rior que acabou atrapalhando a visão da arquibancada inferior para o campo. E também há placares e grades na sepa-ração das torcidas, que compromete a visibilidade em vários pontos do estádio.

Cuiabá - As obras do Verdão devem ser concluídas até dezembro de 2012 e conta com um investimento de R$ 350 milhões. Com a reforma, a nova arena terá capacidade para 48 mil torcedores, e uma área com camarotes, tribuna de honra e gabinetes de imprensa.

Perspectiva do Minerão depois da reforma

Brasília - O Mané Garrincha conta com um complexo esportivo muito bom, mas têm capacidade para 45 mil pes-soas. A reforma programada irá au-mentar para 70 mil. Também terá alte-rações no gramado e nas arquibancadas.

Imagem: Site Copa2014.org.br

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infraestrutura

Curitiba - Até 2012 seu anel inferior receberá novos assentos, elevando o número de lugares para 41 mil. Me-lhorias devem ser feitas nas áreas VIP, salas de imprensa e estacionamentos.

Fortaleza - O Castelão, capacidade de 58 mil lugares, precisará aumentar o número de vagas no estacionamen-to e melhorar as cabines de impren-sa para atender as exigências da Fifa.

Salvador - O Fonte Nova terá sua reforma concluída em 2011 e contará com 44.100 lugares.

Porto Alegre - O Beira-Rio con-tará com cerca de R$ 150 milhões realizar as reformas necessárias.

Já as demais cidades estão investin-do na construção de novos está-dios: Capibaribe (Recife), Dunas (Na-tal) e Novo “Vivaldão” (Manaus).Diversas mudanças precisam ser fei-tas, para que a Copa de 2014 seja um marco na história do país. Qua-tro anos passam muito rápido. E logo, o Brasil será o centro dos holofotes. □

Projeção das obras do Verdão de Cuiabá

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história

crônica

Um chute no preconceito

Caroline DANTAS

O apito suou e o juiz pediu a bola. O fim do primeiro tempo foi decre-tado. O Pinheiros, time da casa,

precisava ganhar por uma diferença de um gol e estava perdendo por 2 a 0 para o Ibirapuera. É final de campeonato e para levantar a taça será necessário “virar”. Como se não bastasse o placar o zagueiro Pedro deu um carrinho vio-lento no atacante e foi expulso. Perden-do e com um jogador a menos, o time e a torcida sabiam que apenas um mi-lagre poderia os ajudar. E esse mila-gre tinha nome, ou melhor, apelido. Lembro muito bem de quando Azeitona, um garoto magrinho, humilde e com a cabeça em formato do fruto que originou o seu apelido, chegou à escola. Todos os alunos do tradicional colégio pararam para olhar aquele que parecia estar no lugar errado. Meninos e meninas que não tinham problemas quando o as-sunto era dinheiro, o rejeitaram e não qui-seram sentar ao lado dele. Mas, aparen-temente não era algo que o importava. Durante o intervalo e após o fim da aula, enquanto aguardava seu pai, ele corria para quadra da escola, onde jogava sozinho, pois os outros garo-tos não queriam a sua companhia.Por várias vezes me vi olhando para aquele que encontrava companhia na re-donda e se divertia dando “olés” e dribles em adversários invisíveis. Um dia resolvi ir conversar e me surpreendi com um moleque esperto que não tinha vergonha da sua origem sul-africana, nem da sua infância miserável em uma favela de

Soweto, onde o chão das ruas são de ter-ra e esburacadas e as casas são amon-toadas, sem nenhuma infraestrutura. E que sentia orgulho por ter conseguido uma bolsa de estudo em um colégio tradicional, onde pode-ria se preparar para cursar educação física em uma grande universidade e um dia retornar para seu país levan-do o esporte às crianças que não tive-ram a mesma oportunidade que ele. Eu como técnico deveria ter me imposto e exigido respeito e inclusão de Azeitona no time, mas preferi ajudá-lo depois das aulas, meio que escondido e assim acompanhei a evolução dele. Para o início do segundo tem-po retirei Lucas do grupo, um meni-no enjoado que mal sabia tocar na bola, porém era o mais popular do colégio e pus Azeitona para jogar. Lucas berrou e disse que não sairia e ainda contou com o apoio da torcida que e recusava a ter um ne-gro na equipe. Com a minha autori-dade mantive minha decisão e pude ver as lágrimas nos olhos daquele que eu sabia que não ia me decepcionar. Logo que entrou deu um pas-se para Marcos, que marcou aos dois minutos do 2º tempo. Em uma saída errada do Ibirapuera, Azeitona roubou a bola, driblando três zagueiros e pas-sou para Antonio autor do segundo gol. A torcida do Pinheiros foi a loucu-ra, mas o empate não era bom, eles ain-da precisavam de mais um gol e as chan-ces eram criadas pelos dois lados, uma

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história

bola na trave aos 39 minutos assustou, pois se ela tivesse outro rumo, seria impossível para o goleiro pegar. Depois de um tiro de meta bem cobrado, faltando um minuto, Marcos dominou no meio de campo e passou para Azeitona que estava posicionado na mesma linha. Ele levou a redonda até a entrada da área, parou, olhou para o goleiro e para os dois zaguei-ros que o cercava, dando uma “sainha” no primeiro e o drible da “vaca” no ou-tro e nos últimos segundos para o fim do jogo chutou no ângulo. Esta viajou, o goleiro se esticou, o time e a torcida ficaram ansiosos esperando o destino da bola que chegou ao fundo do gol.

E então Azeitona sentiu sobre seu rosto as lágrimas correrem no-vamente e logo, lembrou daqueles que deixou em Soweto. Lucas, o ga-roto racista, que o rejeitou na chegada apertou sua mão e lhe deu um abraço e junto com os outros meninos car-regou o menino gritando seu nome. E assim com 3 a 2 no placar o Pinheiros, levou o campeonato. E o time que só tinham meninos brancos, levou a vitória do campeonato mais impor-tante, com a ajuda de um menino negro, franzino, humilde e pobre que veio para o Brasil buscar a oportunidade de fazer um futuro melhor para ajudar a família e os amigos que deixou na África. □

Imagem: Caroline Dantas

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especial

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Um bolão

Jabulani (‘celebrar’ em zulu) é o nome da bola oficial da Copa 2010. A bola ficou exposta no período de

9 a 25 de abril no Shopping Ibirapuera com divulgação em várias mídias. Cerca-da por nove réplicas das bolas usadas no Mundial, a bola oficial possue 11 cores, que segundo a Adidas representa os 11 jogadores de cada seleção, os 11 idiomas oficiais da África do Sul e as 11 tribos que formam a população sul-africana. No Brasil, a festa ocorreu no es-tádio do Pacaembú, outros países tam-bém receberam o lançamento. A di-vulgação oficial da bola aconteceu na Cidade do Cabo, na África do Sul, antes do sorteio dos grupos da Copa. A exposição foi uma parceria com as marcas Adidas e Bayard. A FIFA enco-mendou a primeira bola oficial em 1970, a Telstar. E desde então , a empresa desen-volveu todas as bolas para o torneio. □

Imagens: Analina Arouche

jabulani

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