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EDITORIAL ÓRGÃO DA COMISSÃO DE TRABALHADORES DA CP Nº 108 AGOSTO 2012 A MENTIRA FOI SEMPRE MÁ FERRAMENTA DE GESTÃ0! O Conselho de Administração da CP acaba de inventar mais uma explicação para os péssimos resultados de gestão. Nas úlmas décadas sempre foram assacados ao sector trabalho os maus resultados económico-financeiros dos exercícios de exploração da empresa. Já estávamos habituados à repeção dessa a falsidade, pelo que foi sem surpresa que ouvimos ago- ra o CA proclamar, com a maior naturalidade que lhe foi possí- vel, que desta vez a culpa dos prejuízos suportados pela CP se ficaram a dever-se às greves. Ora bastariam uns miligramas de sendo de autencidade, que é sempre o oposto da hipocrisia e da falsidade, para não se cair na armadilha comum aos vulgares troca-ntas, que é a de, pelo exagero, pela repeção doena, e pela falta de imagi- nação a que isso conduz perderem toda a credibilidade. Na realidade, ao lerem ou ouvirem as jusficações do CA para as atuais dificuldades da empresa, as pessoas, ou estão par- vinhas de todo, o que não é aceitável, ou depressa se interro- gam sobre quem é que, desde Mário Soares, a Cavaco Silva, andou para aí a mandar encerrar serviços, linhas e estações, de norte a sul do país. Quem foi? Teriam sido os ferroviários, os trabalhadores administravos, os técnicos, os operadores das estações ou de circulação, os maquinistas, os revisores, os operários da EMEF ou os das brigadas de conservação da via? E porque as pessoas não estão parvinhas de todo depressa se interrogarão, ainda, sobre quem foram os responsáveis da su- pressão de milhares e milhares de comboios pela troca dos horários com a intenção deliberada de afastar os passageiros, ao mesmo tempo que promoviam o aumento brutal das tari- fas, sem nunca pensarem, sequer, tocar nas mordomias da le- gião de gestores, consultores, assessores e outros que rimam com doutores. Cortar nos direitos dos passageiros e dos ferroviários foi a úni- ca solução encontrada pelos sucessivos gestores, para criarem a situação de ruína em que a CP se encontra hoje. Foi uma tarefa desenvolvida ao longo dos úlmos trinta anos, sempre por equipas com igual pensamento políco e do mes- mo centrão, que viram sempre nos trabalhadores e nas suas organizações de classe os grandes obstáculos. É certo que conseguiram reduzir imenso o número de passa- geiros transportados, mas aumentou em muito as receitas ar- recadadas pelo sistema, mas duma coisa se podem gabar, que é, afinal o seu grande objecvo estratégico: - A CP está agora mais capaz para ser entregue aos privados, não no seu todo, porque eles não são trouxas, mas apenas e só aquilo que lhes asseguram lucros chorudos e fáceis de arrecadar a curto pra- zo, envolvendo esquemas famosamente conhecidos por PPPs (parcipações públicas/privadas). Connua Pagina Nº2

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Orgão da Comissão de Trabalhadores da CP

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EDITORIAL

ÓRGÃO DA COMISSÃO DE TRABALHADORES DA CP Nº 108 AGOSTO 2012

A MENTIRA FOI SEMPRE MÁ FERRAMENTA DE GESTÃ0!O Conselho de Administração da CP acaba de inventar mais uma explicação para os péssimos resultados de gestão. Nas últimas décadas sempre foram assacados ao sector trabalho os maus resultados económico-financeiros dos exercícios de exploração da empresa. Já estávamos habituados à repetição dessa a falsidade, pelo que foi sem surpresa que ouvimos ago-ra o CA proclamar, com a maior naturalidade que lhe foi possí-vel, que desta vez a culpa dos prejuízos suportados pela CP se ficaram a dever-se às greves.

Ora bastariam uns miligramas de sentido de autenticidade, que é sempre o oposto da hipocrisia e da falsidade, para não se cair na armadilha comum aos vulgares troca-tintas, que é a de, pelo exagero, pela repetição doentia, e pela falta de imagi-nação a que isso conduz perderem toda a credibilidade.

Na realidade, ao lerem ou ouvirem as justificações do CA para as atuais dificuldades da empresa, as pessoas, ou estão par-vinhas de todo, o que não é aceitável, ou depressa se interro-gam sobre quem é que, desde Mário Soares, a Cavaco Silva, andou para aí a mandar encerrar serviços, linhas e estações, de norte a sul do país. Quem foi? Teriam sido os ferroviários, os trabalhadores administrativos, os técnicos, os operadores das estações ou de circulação, os maquinistas, os revisores, os operários da EMEF ou os das brigadas de conservação da via?

E porque as pessoas não estão parvinhas de todo depressa se

interrogarão, ainda, sobre quem foram os responsáveis da su-pressão de milhares e milhares de comboios pela troca dos horários com a intenção deliberada de afastar os passageiros, ao mesmo tempo que promoviam o aumento brutal das tari-fas, sem nunca pensarem, sequer, tocar nas mordomias da le-gião de gestores, consultores, assessores e outros que rimam com doutores.

Cortar nos direitos dos passageiros e dos ferroviários foi a úni-ca solução encontrada pelos sucessivos gestores, para criarem a situação de ruína em que a CP se encontra hoje.

Foi uma tarefa desenvolvida ao longo dos últimos trinta anos, sempre por equipas com igual pensamento político e do mes-mo centrão, que viram sempre nos trabalhadores e nas suas organizações de classe os grandes obstáculos.

É certo que conseguiram reduzir imenso o número de passa-geiros transportados, mas aumentou em muito as receitas ar-recadadas pelo sistema, mas duma coisa se podem gabar, que é, afinal o seu grande objectivo estratégico: - A CP está agora mais capaz para ser entregue aos privados, não no seu todo, porque eles não são trouxas, mas apenas e só aquilo que lhes asseguram lucros chorudos e fáceis de arrecadar a curto pra-zo, envolvendo esquemas famosamente conhecidos por PPPs (participações públicas/privadas).

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EDITORIAL: Continuação

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DA VIA NOTÍCIAS DA VIA NOTÍCIAS DA VIA DA VIA NOTÍCIAS DA VIAEm tempos idos a polícia política do re-gime fascista pela calada da noite as-saltava, vasculhava as casas, prendiam as pessoas que lhes fizessem frente e com ideias contrárias.

Hoje em dia os governos da, e de po-líticas de direita quando chega a épo-ca de férias dos trabalhadores tentam usurpar e roubar-lhe os seus direitos. Ao mesmo tempo que o primeiro--ministro se farta de proclamar até à exaustão, que os compromissos são para cumprir, o Conselho de Adminis-tração da CP declara o estado de sítio para os ferroviários.

Sem exagero, é esta a interpretação que se pode tirar da ameaça de reduzir o AE a pó, para prevalecer apenas e só o famigerado código do trabalho.

Nivelar por baixo, como recomendam os agiotas da troika estrangeira, é a pa-lavra de ordem do CA.

- Quer encerrar o Infantário do Entron-

camento e despedir colectivamente as trabalhadoras que ali labutam e aca-bar com os direitos sociais dos ferro-viários, muitos deles foram conquista-dos no “tempo da outra senhora”.

- Quer encerrar o Complexo de Manu-tenção e Reparação Ferroviária do Bar-reiro destruindo umas centenas largas de Postos de Trabalho, atirando para o desemprego muitos ferroviários, contribuindo assim, para o descalabro económico das Famílias e da Região.

A CA da CP no final de Julho informou as Organizações representantes dos trabalhadores ferroviários, que no mês de Agosto unilateralmente deixa de cumprir os Acordos de Empresa que ela, livremente acordou com os Sindi-catos.

É claro que o Conselho de Adminis-tração sabe perfeitamente que só em situação de estado de sítio ou de emergência, é que as normas jurídi-cas democraticamente aprovadas, os

acordos livremente assinados entre os patrões ou quem os representa com as Organizações Representativas dos Trabalhadores podem ser banidas. O CA sabe isso e muito mais, mas manda quem pode e obedece quem se põe a jeito.

Apesar de tudo os Trabalhadores não podem nem vão ficar de braços cruza-dos perante a criminosa cruzada con-tra os seus direitos mais elementares.

A coligação da direita, a mando do po-der económico e com as “costas quen-tes” pelo apoio das troikas nacional e estrangeira, pretende agora saltar etapas, roubando aos trabalhadores todo o conjunto de direitos básicos, que sendo insuficientes representam dezenas de anos de luta e sacrifícios sem fim, que não podem agora ser ameaçados por qualquer Conselho de Administração, que mais não faz do que cumprir, sem qualquer hesitação as ordens de quem dependem.

Estamos em estado de sítio!

Perante este gravíssimo cenário, pretender atribuir a meia dú-zia de dias de greve as gravíssimas dificuldades atuais da CP só pode ser atribuído a uma brincadeira de péssimo gosto. Mas não pensem os que estão a agir desta forma tão perversa con-tra os interesses do País, das populações e dos ferroviários, que o fim da linha fica por aqui. Os interesses de quem puxa os cor-delinhos da atual política são insaciáveis e por mais fretes que lhes façam agora, quando chegar a sua hora serão queimados

na pira do capitalismo reinante, com a mesma insensibilidade com que, agora, ou melhor, nos últimos anos, foram queiman-do os direitos das populações à mobilidade e os direitos dos ferroviários a uma vida com um mínimo de dignidade, como lhes foi augurado no 25 de Abril.Mas a vida continua e com ela a luta dos trabalhadores por uma vida digna de ser vivida e de respeito por quem trabalha.

O Andante irá ter uma loja em General Torres, no espaço onde estava a Bilhe-teira da CP Porto, que entretanto en-cerrou em Dezembro!Para a CP Porto, a Estação da General Torres não tem importância comercial, daí ter encerrado a bilheteira e transfe-rido a trabalhadora para Recarei, cerca de 30 km de distância mas para o An-dante, pelos vistos (e justificadamen-te) tem grande importância comercial.Acrescem a isto os valores investidos pela CP Porto (os ferroviários sabem do que estamos a falar) com os equipa-mentos necessários ao funcionamento da bilheteira (mobiliário, grades de se-gurança, equipamentos informáticos e de comunicação telefónica, cofres de salvaguarda de valores, etc.).Aliás, o desperdício e a destruição de bens da CP parecem não ter fim! Até há poucos anos atrás, a CP era em-presa única, detentora de todas as infraestruturas, equipamentos, ma-terial circulante, instalações sociais, etc. Hoje, a CP é o autêntico parente pobre, tendo que mendigar aquilo que por direito sempre lhe pertenceu.Vem isto a propósito da “devolução” de instalações ocupadas pela CP, à RE-FER.A CP está a “libertar os espaços” que ocupava para o desenvolvimento da sua atividade comercial, nomeada-

mente bilheteiras, salas de apoio e ar-quivos, etc.Ao abandono de espaços (a REFER não tem vocação comercial para gerir este tipo de espaços) junta-se, também, o desperdício de recursos, nomea-damente de mobiliário de escritório. Tem sido enviado para o Entronca-mento quantidades gigantescas de mobiliário diverso, cofres e outro equi-

pamento, grande parte completamen-te novo, que irá engrossar as pilhas já existentes. Foram gastos milhares e milhares de euros na aquisição de diverso mate-

rial para equipar bilheteiras e outras instalações (algumas delas que nunca abriram ao público ou serviram qual-quer fim), mas, como a CP navega em mares de desafogo financeiro, destrói, inutiliza, vende ao desbarato e sabe-se lá mais o quê, e em benefício de quem, este património, avaliado em muitos e muitos milhares e euros.Quando acabará a destruição da CP

e o desperdício de recursos? Quando serão responsabilizados os decisores? Quando acabará a submissão da CP aos interesses privados?

Nada é tão indiscutível como o amor que todos nós deve-mos ter pelas crianças. É evidente que nos referimos ao amor genuíno e não ao folclore que se servem dos mais pe-queninos para tornar visível uma afectividade cruelmente desmentida pelos factos do dia-a-dia.

Estamos a falar das comemorações do Dia Mundial da Criança, assinalado todos os anos a l de Junho, por iniciati-va Nações Unidas.

Cumprindo o calendário o CA da CP assinalou mais uma vez a referida data, proporcionando viagens a 3300 crianças, em vários pontos da linha, mas com maior incidência na de Cascais.

O dia da Criança foi ainda assinalado pela CP com várias ati-vidades na área de Lisboa, enquanto a CP Porto se associou à festa nos jardins do Palácio de Cristal.

Tudo isto estaria bem se a história recente da CP não se en-contrasse gravemente manchada pelo ataque sistemático ao apoio que esta empresa sempre concedeu às crianças filhas dos ferroviários. Encerrou e destruiu os seus sete in-fantários: primeiro os de Lisboa (Rossio e Santa Apolónia); e pôs fim aos Infantários do Porto Campanhã, Barreiro, Pare-de, e, agora, o do Entroncamento.

Mas o CA da CP não se ficou por aqui, numa estranha ma-nifestação de ternura pelas crianças fechou e alienou as instalações do Parque de Campismo e da Colónia de Férias de Valadares, enquanto se prepara para dar o mesmo triste destino ao da Praia das Maçãs.

Para o ano, no dia 1 de Junho cá teremos de novo o CA fes-tejar o Dia Mundial da Criança, porque a incoerência ainda não paga imposto...

E se a incoerência pagasse imposto?

Os trabalhado-res despedidos dos Infantários, por decisão unilateral do Conselho de Administração recorrendo à lei através da “figu-ra” de despedi-mento colecti-vo, não perdem

o direito às concessões de transporte, nos termos regula-mentares em vigor.

Contrariando uma posição defendida por alguns chefes in-termédios, o CA deliberou, no passado dia 5 de Julho, res-

peitar os direitos contratuais ás trabalhadoras agora des-pedidas em consequência do encerramento dos infantários do Barreiro e da Parede, e manter intacto o direito às con-cessões de transporte, nos termos do regulamento.

Fica assim esclarecido, de uma vez por todas o problema inventado por algumas chefias, “mais papistas que o Papa”, mas só naquilo que pode ser desfavorável para os trabalha-dores e agradar aos do topo.

Para evitar confusões pedimos aos trabalhadores para não fazerem eco dos ditos de algumas chefias. Todos sabem do que estamos a falar, pelo que, acima de tudo o que importa salientar é que a Comissão de Trabalhadores acompanhou de perto a evolução deste processo e exigiu sempre o cum-primento dos acordos (AE) e direitos contratuais e o respei-to pelos ferroviários.

Privados continuam a engordar à custa da CP pública!

AINDA OS INFANTÁRIOSCom chefes destes dispensamos inimigos!

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“À TABELA” Nº 108 Agosto de 2012 Orgão da CT da CPRedacção - Secretariado da CT da CP Composição e Impressão - CT da CP Calçada do Duque, 20

1249-109 LISBOA Tel: 211023739 - 211023924 [email protected]

O SAQUE!

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A minha Teresa continua cada vez mais igual a si própria. Cal-culem lá que, um dia destes, até brigou comigo quando eu lhe contei que o ministro da economia tinha dito que já estava a perder a paciência com as greves dos trabalhadores dos trans-portes.

- Estás a referir-te ao “coiso”, não é? É esse mesmo, esse que não quer falar com os representantes dos trabalhadores e que não encontra uma palavra mais adequada para falar do desemprego: O coiso. Foi assim que o ministro se referiu ao maior flagelo social que varre Portugal, por culpa da crise dos donos do capital e do euro, é certo, mas especialmente por causa do saque a que o nosso povo tem estado a ser sujeito nos últimos anos.

- Mas afinal o “coiso” está a perder a paciência com as greves dos ferroviários, porque tem os olhos em bico, doutra forma compreenderia que são os ferroviários que têm carradas de razão para perderem a paciência com ele e com todo o gover-no PSD/CDS da direita e dos capitalistas, que ele serve sem honra, porque não se deve reconhecer honra a uma persona-gem vendida aos interesses dos poderosos.

- O “coiso” devia compreender que quem tem razão para per-der a paciência é o roubado e não o ladrão. E, que se saiba, os ferroviários ainda não roubaram nada ao governo antes pelo contrário…

- É isso mesmo Zé. Até agora os partidos da troica interna PSD, CDS e PS têm-se limitado a roubar o mais que podem aos tra-balhadores e aos reformados. São as taxas moderadoras na saúde, incluindo o internamento (que só pode ser decidido pelo médico), são os aumentos dos preços nos transportes, são os cortes nos direitos laborais mais elementares, através das alterações do Código do Trabalho, que o presidente da República se apressou a promulgar sem cuidar de ver se elas respeitavam a Constituição, são as reduções brutais das pres-tações sociais, incluindo as que visam proteger as crianças e promover natalidade.

- Há uma coisa que eu não consigo compreender. Refiro-me à honestidade, (ou à falta dela) como é que o governo da direita se mostra tão preocupado com o rápido envelhecimento po-pulação, ao mesmo tempo que elimina ou reduz brutalmente o apoio social á maternidade. Com efeito o governo do PSD/CDS, a única coisa que já fez para apoiar a natalidade, foi a retirada do abono de família a 900 mil crianças.

- Mas agora, Teresa, o Governo foi ainda mais longe, ao criar, pela primeira vez, uma espécie de taxa moderadora para que os casais não exagerem no vício de terem mais filhos. Não há outra forma de interpretar o imposto (porque é disto que se trata), sobre os subsídios de apoio às crianças...

- Sabes o que te digo, Zé? Isto parece que está tudo maluco, mas não está. O que está a acontecer é que os grandes senho-res fugiram com o dinheiro para os bancos estrangeiros, para não pagarem impostos em Portugal. Como deves calcular nin-guém andou para aí a queimar notas de euros. Trataram, foi de as pôr a salvo, para não pagaram impostos...

-Mas achas isso justo?

É evidente que não, mas a minha opinião, isoladamente consi-derada, tem muito pouco peso.

- Mas então como é que isto se vai resolver?

-Com a passividade das pessoas é que não vai ser, certamente. O presidente da República, eleito para cumprir e fazer cumprir a Constituição vai, aprovando tudo o que lhe põem à frente. É claro que esse tudo tem de estar de acordo com as suas conve-niências e dentro do seu pensamento político, que é de direita. Desde o novo imposto sobre a natalidade, até ao subsídio por morte, para que as pessoas não estejam para aí a deixar-se morrer, ou por brincadeira, ou, porque não, só para verem o défice das contas públicas a agravar-se. Se as circunstâncias não fossem tão dramáticas como são, isto até dava motivo para uma grande gargalhada.