A técnica do spiral taping e suas...

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1 A técnica do spiral taping e suas aplicações Raimundo Nonato da Silva Menezes 1 e-mail: [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós-graduação em Acupuntura Faculdade Ávila Resumo Aprimorada pelo acupunturista Nabutaka Tanaka em 1980, a técnica do Spiral Taping vem ganhando espaço no que se diz sobre tratamento para alívio da dor, na reabilitação neuromuscular e até em harmonização energética do organismo.Trata-se de aplicação de tiras de esparadrapo com larguras específicas, de forma estratégica e sem medicamentos, nas áreas afetadas, tendo efeito antiinflamatório, analgésico, de sinergismo muscular e proporcionando equilíbrio energético. Essa técnica tem como vantagem não ser invasiva, apresentar baixo custo, facilidade na aplicação, rápido resultado e acessibilidade do material usado. O trabalho a seguir dá informação sobre a técnica da terapia do esparadrapo, mostrando sua utilidade, eficiência e a possibilidade de associar aos conhecimentos da Medicina Tradicional Chinesa. Palavras chave: Spiral Taping; terapia do esparadrapo; esparadrapoterapia. 1. Introdução Usando linhas adesivas distintas entre si, a esparadrapoterapia é uma técnica japonesa aprimorada através de várias pesquisas realizadas pelo acupunturista e osteopata Nabutaka Tanaka associou os conhecimentos da acupuntura, cinesiologia, neurologia, ortopedia, biofísica e desenvolveu o Spiral Taping. Com colagem de fitas adesivas em lugares determinados e com formatos específicos, provoca-se um estímulo no sistema nervoso havendo a liberação de substâncias relaxantes musculares, analgésicos e antiinflamatórios, fazendo com que essa terapia seja indicada para doenças osteomusculares. Devido a essa resposta eficaz, a técnica tem sido difundida no meio esportivo no Japão, Coréia, EUA, Tailândia e, no Brasil, pelo médico Tamadassa Yamada desde 1996. Segundo Spiralle (2010) por apresentar versatilidade, essa técnica pode ser associada a outras tais como acupuntura, massagem e fisioterapia, proporcionando bem estar para aqueles que convivem com a dor. Há uma teoria de que o material adesivo, quando tensionado, age mecanicamente, minimizando o quadro traumático e restabelecendo a atividade muscular normal. Neste sentido, alguns exemplos da aplicação de tiras adesivas, visando o aspecto funcional, são comumente endereçados à patela e ao vasto medial oblíquo, além das escápulas e dos trapézios. Outros autores, no entanto, sugerem que a ação do taping se dá por efeitos neuromusculares, frutos de uma maior retro-alimentação proprioceptiva, que é proporcionada pelo material, quando em contato com a pele demonstraram que o taping promove uma maior 1 Pós-graduando em Acupuntura. 2 Orientadora, Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestranda em Bioética e Direito em Saúde.

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1

A técnica do spiral taping e suas aplicações

Raimundo Nonato da Silva Menezes1

e-mail: [email protected]

Dayana Priscila Maia Mejia2

Pós-graduação em Acupuntura – Faculdade Ávila

Resumo

Aprimorada pelo acupunturista Nabutaka Tanaka em 1980, a técnica do Spiral Taping vem

ganhando espaço no que se diz sobre tratamento para alívio da dor, na reabilitação

neuromuscular e até em harmonização energética do organismo.Trata-se de aplicação de

tiras de esparadrapo com larguras específicas, de forma estratégica e sem medicamentos, nas

áreas afetadas, tendo efeito antiinflamatório, analgésico, de sinergismo muscular e

proporcionando equilíbrio energético. Essa técnica tem como vantagem não ser invasiva,

apresentar baixo custo, facilidade na aplicação, rápido resultado e acessibilidade do

material usado. O trabalho a seguir dá informação sobre a técnica da terapia do

esparadrapo, mostrando sua utilidade, eficiência e a possibilidade de associar aos

conhecimentos da Medicina Tradicional Chinesa.

Palavras chave: Spiral Taping; terapia do esparadrapo; esparadrapoterapia.

1. Introdução

Usando linhas adesivas distintas entre si, a esparadrapoterapia é uma técnica japonesa

aprimorada através de várias pesquisas realizadas pelo acupunturista e osteopata Nabutaka

Tanaka associou os conhecimentos da acupuntura, cinesiologia, neurologia, ortopedia,

biofísica e desenvolveu o Spiral Taping.

Com colagem de fitas adesivas em lugares determinados e com formatos específicos,

provoca-se um estímulo no sistema nervoso havendo a liberação de substâncias relaxantes

musculares, analgésicos e antiinflamatórios, fazendo com que essa terapia seja indicada para

doenças osteomusculares.

Devido a essa resposta eficaz, a técnica tem sido difundida no meio esportivo no Japão,

Coréia, EUA, Tailândia e, no Brasil, pelo médico Tamadassa Yamada desde 1996.

Segundo Spiralle (2010) por apresentar versatilidade, essa técnica pode ser associada a outras

tais como acupuntura, massagem e fisioterapia, proporcionando bem estar para aqueles que

convivem com a dor.

Há uma teoria de que o material adesivo, quando tensionado, age mecanicamente,

minimizando o quadro traumático e restabelecendo a atividade muscular normal. Neste

sentido, alguns exemplos da aplicação de tiras adesivas, visando o aspecto funcional, são

comumente endereçados à patela e ao vasto medial oblíquo, além das escápulas e dos

trapézios. Outros autores, no entanto, sugerem que a ação do taping se dá por efeitos

neuromusculares, frutos de uma maior retro-alimentação proprioceptiva, que é proporcionada

pelo material, quando em contato com a pele demonstraram que o taping promove uma maior

1 Pós-graduando em Acupuntura.

2 Orientadora, Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestranda em Bioética e Direito

em Saúde.

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capacidade de percepção de posicionamento no espaço em tornozelos hígidos. Quanto ao

material adesivo aplicado, não há informações sobre a presença ou não de qualquer tipo de

substância medicamentosa.

No que se refere aos protocolos de aplicação do taping, é possível encontrar diferenças quanto

à terminologia empregada e na forma como as tiras são colocadas sobre a pele.

Para Olausson et al. (2000), no entanto, os resultados parecem variar muito quanto à

disposição das mesmas que, segundo a teoria tradicional japonesa, deve seguir o sentido de

uma “espiral de energia predominante” do indivíduo. Levando-se em conta o ponto de vista

do examinador, 95% das pessoas parecem apresentar a espiral predominante ascendendo da

direita para a esquerda, ou dominante, enquanto os 5% restantes apresentam a mesma espiral

ascendendo da esquerda para a direita, ou recessiva.

Os mesmos autores salientam ainda que a avaliação do sentido da espiral predominante

costuma ser realizada por meio de uma técnica, também oriental, denominada O’RING test.

Contudo, as espirais também parecem estar sujeitas à troca de sentido em determinadas

situações ainda desconhecidas, mas que poderiam estar relacionadas a processos patológicos

e/ou emocionais, inclusive na modulação da produção de força pelo corpo humano.

2. Definição

Mancuso (2011), Haddad (2007), Caraciki (2006), Harikyu( 2012), Connepi (2010) e Dutra

(2012) dividem a sobre a mesma opinião sobre a definição da técnica do esparadrapo.

Relatam que é uma técnica japonesa, mioarticular que usa bandagens terapêuticas feitas por

fita adesiva – esparadrapo em forma de espiral (spiral taping), de retículo (cross taping) ou em

células no formato circular, quadrado, estrela ou em xis, sem medicamento associado e em

local adequado, fazendo efeito no sistema músculo esquelético nos casos de entorse, edemas e

outras patologias. O resultado obtido com essa técnica, de aproximadamente 20 anos, segundo

os autores acima é de melhora imediata do problema.

Mancuso (2012) conceitua a Esparadrapoterapia como uma técnica japonesa que se utiliza de

bandagens terapêuticas por fitas adesivas em forma de espiral . Tem efeito potente e eficaz

nas algias do sistema muscular.

Já Dutra (2012) diz que a taping terapia ou spiral taping é uma técnica de tratamento que

consiste na colagem de fitas adesivas sobre a pele e que a aplicação correta das fitas adesivas

(esparadrapo) sobre o ponto específico da dor proporciona uma melhora imediata do

problema.

Serrão (2007) narra que a Técnica do Esparadrapo consiste em aplicar tirinhas de

esparadrapo, sem medicamentos sobre a pele com fins terapêuticos.

O spiral taping tem ação em vísceras, órgãos e em quadros emocionais e isso é devido a um

nervo que abrange a pele, músculos e vísceras. Caso um desses órgãos apresente uma

disfunção, pode haver a contratura ou dor no músculo associado. Se houver fator irritante do

tecido pode afetar a função visceral.

3. Histórico

Este trabalho apresenta uma técnica recente, de mais ou menos vinte anos, onde o ortopedista

e acupunturista Nabutaka Tanaka observou que a direção em que se aplicava as bandagens

influenciava na resposta de melhora do paciente.

Mancuso (2012) e Gomes (2012) descrevem que a direção da bandagem que se apresenta

mais eficiente é da extremidade para o centro, direcionado para esquerda, proporcionando

assim alívio das dores, relaxamento dos músculos e aumento da força muscular.

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Devido a esse efeito surpreendente, Nabutaka Tanaka concentrou suas pesquisas durante

cinco anos, nos grupamentos musculares ao redor de cada articulação, observando um

formato espiralado nas linhas traçadas nessas áreas.

Em 1985, associando a conhecimentos da área de acupuntura cinesiologia, neurologia,

ortopedia e biofísica, a denominação da técnica foi mudada de Spiral Balance para Spiral

taping.

Durante a maratona de Hákone Ekiden, em 1994, a técnica de Spiral taping foi demonstrada

na equipe da universidade de Yamanashi, que apresentou melhora significativa no

desempenho dos atletas.

Desde então, essa terapia passou a ser difundida em todo Japão.

Spiralle (2012) informa que a técnica vem sendo difundida no Brasil, desde 1996 pelo médico

japonês Tamadassa Yamada com bastante sucesso.

4. Mecanismo de ação

A técnica do esparadrapo tem como princípio a colagem de fitas adesivas em locais pré

determinados do corpo, com formato específico, isenta de medicação, dando estímulo cutâneo

que ativará o sistema nervoso.

Mancuso (2012) e Dutra (2012) explicam que tais informações são levadas ao cérebro pelas

vias motoras e pelo sistema nervoso autônomo acarretando em melhora na circulação,

regularização do metabolismo e do tônus muscular, além de liberação de substâncias

analgésicas e antiinflamatórias, fazendo com que esse tratamento seja indicado para

reumatismo, artrite, lesões ocasionadas por prática de esporte ou decorrente de esforço

repetitivo.

Além de agir em todo sistema mioarticular, a técnica do Spiral taping, segundo Serrão (2007)

proporcionam estímulos de ação reflexa no hipotálamo surtindo efeito nas vísceras (reflexo

cutâneo visceral), glândulas, músculos e proporcionando o aumento de mediador químico

serotonina, que tem ação direta em quadro de angústia e depressão.

Na área da fonoaudiologia, essa técnica tem sido usada, com sucesso, no tratamento de

distúrbio de fala.

5. O tratamento

O início do tratamento com a Técnica do esparadrapo dá-se com o uso do O`Ring Test ou

teste bi-digital ou teste neuromuscular do anel, que consiste em uma investigação clínica não

invasiva, segundo http://www.ambbdort.org.br/. http://xa.yimg.com/ explica que essa técnica

consiste em realizar um anel com o primeiro e terceiro dedos da mão esquerda e puxar esse

elo com o segundo dedo da mão direita.

O uso desse procedimento proporciona um tratamento mais preciso, pois pergunta ao próprio

corpo o que deve e como se deve fazer o tratamento.

Dessa forma pode-se definir a direção da fita (direita e esquerda), identificando se a lesão é de

ordem traumática ou orgânica, se a dor é por causa orgânica, qual taping é o mais adequado e

qual a dose de estímulo deve ser usada.

Além dessas orientações Serrão (2007) ainda acrescenta que o O`Ring Teste, conforme

ilustram as figuras 1 e 2, ajuda a definir a largura da fita adesiva (de 3 a 5 mm) e o tipo de tira

a ser usada (articular ou muscular).

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Fonte: http://xa.yimg.com

Figura 1 e 2- O-ring test direto

Quando houver mais de uma lesão e tiver a necessidade de determinar qual lesão terá

prioridade no tratamento, usa-se o teste de rotação cervical ou o uso do O`Ring test no ponto

P10 (ponto GYOSAI).

Para a linha de pesquisa e tratamento que não optar em usar o teste neuromuscular do anel, a

técnica do esparadrapo disponibiliza uma grande listagem de protocolos pré determinados.

Após esse procedimento, realiza-se uma anamnese direcionada, determinando qual tipo de

malha será usada no tratamento, de acordo com a figura 3.

Fonte: http://www.terapiadecaminhos.com.br

Figura 3 – Tipos de Malhas

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1 - SOS – Como o nome indica, é uma malha de socorro que deve ser usada para acalmar a

dor.

2 – ARTICULAR - Quando a dor é articular.

3 – MUSCULAR – Quando a dor é muscular.

4– JOGO DA VELHA – Geralmente colocada na parte posterior do corpo.

5 – CÍRCULO OU CÉLULA – Funciona quase igual ao SOS.

6– LOSANGO – Também quase igual ao SOS (é um quadrado na posição de losango).

7 – PONTOS CARDEAIS - Usados nos casos de necessidade de drenar o local em que há

inchaço ou edema

Mancuso (2012) e Spiralle (2012) indicam a aplicação da técnica duas vezes por semana,

devendo as fitas permanecer por três dias. Após esse prazo, o paciente deverá retornar para

uma consulta e ser reavaliado pelo terapeuta. Se a s fitas de esparadrapo permanecerem por

mais tempo que o indicado, poderá causar efeito contrário.

Caraciki (2004) alerta que é importante a avaliação do paciente no ponto Yote (TA4), com o

O`Ring Test, caso este seja escolhido como auxílio o diagnóstico, antes e depois da aplicação

das tiras.

IMES (2012) alerta que o resultado de uma boa colagem tem o resultado forte no O`Ring test

no ponto Yoti e sobre as fitas, o resultado é fraco.

6. Indicação e contra indicação

O spiral taping é uma técnica recente e vem ganhando adeptos na prática devido a sua eficácia

e fácil tratamento. Porém, de acordo com profissionais da área, a mesma apresenta indicações

e contra indicações.

Mancuso (2012) indica a técnica para tratamento de reumatismo, atrite, lesões oriundas de

prática de esporte ou decorrente de esforço repetitivo, já que há a promoção de estímulo que

ativa o sistema nervoso, liberando substâncias que relaxam a musculatura, antiinflamatórias e

analgésicas.

Dutra (2012) complementa que qualquer pessoa pode se submeter ao tratamento, desde

crianças até idosos, com ressalva para bebês que tem a pele muito sensível. A mesma autora

ainda explica que é uma opção de tratamento para pessoas com medo de agulha, dificultando

assim o uso da acupuntura.

Além disso, Dutra (2012) acrescenta que problemas ortopédicos como lombalgia, ciatalgia,

hérnia de disco, cervicobraquialgia, bursite, torção, artrose, dores articulares e musculares se

encaixam no tratamento com spiral taping.

Em relação a contra indicação há uma certa divergência de opiniões.

Mancuso (2012) e Spiralle (2012) afirmam que a técnica do esparadrapo não possui contra

indicação. Porém a mesma sugere cautela com o uso nos primeiros meses de gestação, sobre

lesões cutâneas, em pessoas que apresentam câncer, pacientes que esteja em tratamento com

correntes elétricas, bandagens ou outros tipos de adesivos.

Por outro lado, Caraciki (2006) compartilha com a mesma opinião de Azevedo (2012) que o

spiral taping não deverá ser usado em situações que apresente fraturas, luxação , ruptura de

ligamentar ou tendinosa.

Serrão (2007) alerta a importância de realizar uma boa anamnese e verificar a

hipersensibilidade ao material usado na esparadrapoterapia. Caso o paciente não saiba, a

técnica seja aplicada e o mesmo apresentar ardência ou coceira, o esparadrapo deverá ser

removido imediatamente.

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Facenf (2012) ressalta que essa técnica não deve ser usada em tratamentos de patologias

originada por desordens metabólicas e/ou funcionais por ainda não apresentar estudos que

comprovem sua eficácia.

7. Relação do spiral taping com a medicina tradicional chinesa

A técnica do spiral taping permite a associação com outras terapias inclusive a acupuntura.

Isso é observado quando Pascoeto (2005) e Mancuso ( 2011) relatam que nessa técnica há a

possibilidade de mesclar os conhecimentos da medicina ocidental e oriental, já que essa

terapia permite o tratamento tanto da parte física quanto da parte energética, usando pontos de

acupuntura e a teoria da Medicina Tradicional Chinesa, promovendo o reequilíbrio do fluxo

energético através das fitas de esparadrapo que funcionam como ponte restabelecendo a

circulação energética do corpo.

Caraciki (2006) enfatiza que os meridianos são estimulados nessa técnica, só que usando as

fitas de esparadrapo de forma estratégica no lugar das agulhas sendo uma ótima alternativa

para quem tem medo de agulha.

Serrão (2007) sugere alguns protocolos complementares que utilizam apenas células ou

pequenas tiras em xis nos pontos de acupuntura:

- Para cólica menstrual o autor acima sugere a aplicação de uma célula no ponto BP6;

- Para insônia, duas células, uma acima de cada sobrancelha;

- Para reduzir o sono, coloca-se uma célula no ponto VG26;

- Para angústia e tosse, a sugestão é colocar uma célula no topo do osso esterno, no ponto

VC22;

-Para cãibras, colocar uma célula no ponto VB 31.

Algumas células, quando colocadas em pontos de acupuntura, podem causar reação reflexa

em alguns órgãos como exemplo:

VC12 – reação reflexa no estômago e nos músculo reto abdominal;

VB 25 - Reflexo nos rins e no músculo quadrado lombar;

VC 15 - Reflexo no coração e músculos do diafragma;

F 14 - Reflexo no fígado e músculo oblíquo do abdômen;

VC 3 - Reflexo na bexiga;

VC 4 - Reflexo no duodeno;

P 1 - Reflexo nos pulmões e músculos peitorais.

8. Metodologia

Adotou-se neste artigo o método dedutivo, que parte de uma observação geral para uma

particular.

De acordo com Lakatos e Marconi (2001, p. 56) “o método dedutivo, de acordo com a

acepção clássica, é o método que parte do geral e, a seguir, desce ao particular. Parte de

princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de

maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica”.

O protótipo do raciocínio dedutivo é o silogismo, que consiste numa construção lógica que, a

partir de duas preposições chamadas premissas, retira uma terceira, nelas logicamente

implicadas, denominada conclusão.

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Foi utilizado um procedimento exploratório, na qualidade de parte integrante da pesquisa

principal, como o estudo preliminar realizado com a finalidade de melhor adequar o

instrumento de medida à realidade que se pretende conhecer.

Segundo Nascimento (2008, p. 39) em outras palavras, “a pesquisa exploratória, ou estudo

exploratório, tem por objetivo conhecer a variável de estudo tal como se apresenta, seu

significado e o contexto onde ela se insere. Pressupõe-se que o comportamento humano é

melhor compreendido no contexto social onde ocorre”.

Nessa concepção, esse estudo tem um sentido geral diverso do aplicado à maioria dos

estudos: é realizado durante a fase de planejamento da pesquisa, como se uma subpesquisa

fosse e se destina a obter informação do Universo de Respostas de modo a refletir

verdadeiramente as características da realidade. Assim, tem por finalidade evitar que as

predisposições não fundadas no repertório que se pretende conhecer influam nas percepções

do pesquisador e, conseqüentemente, no instrumento de medida.

Adotou-se neste trabalho as técnicas que envolvem pesquisa bibliográfica, consultas à web e

pesquisa documental.

Para Nascimento (2008, p. 37) “a principal forma de coleta de dados é a leitura (livros,

revistas, jornais, sites, CDs etc.), que certamente é utilizada para todos os tipos de pesquisa.

Esta técnica também é chamada de pesquisa bibliográfica”.

O ponto de partida foi a realização de uma pesquisa bibliográfica, efetivada por meio de

levantamento e leitura do material bibliográfico acerca do objeto da pesquisa,

complementando o estudo e análise dos assuntos pertinentes ao tema.

Após serem catalogados e devidamente separados os materiais que embasem a pesquisa,

foram feitos fichamentos acerca dos temas e após isso, uma extração do que realmente

enriqueceria a pesquisa ora proposta.

9. Resultado e Discussão

De acordo com Schwelzer (2000), a técnica oriental conhecida como Taping, consiste na

aplicação de tiras adesivas sobre a pele de pacientes em busca de uma melhora no quadro

funcional, sendo considerada uma forma alternativa de tratamento, acreditando-se ser útil na

prevenção de lesões ósteomioarticulares e no processo de reabilitação das mesmas.

É amplamente utilizada por fisioterapeutas que atuam em clubes e academias, com o objetivo

de permitir que atletas e praticantes de atividade física regular possam desempenhar suas

tarefas com o mínimo de conforto possível, quando estes apresentam algum tipo de

acometimento desta natureza. Entretanto, apesar da popularidade do método, poucos são os

estudos encontrados na literatura que discutem os possíveis mecanismos fisiológicos ou

mecânicos envolvidos no mesmo, apesar dos relatos de que, na sua grande maioria,

proporciona uma melhora quase que total após a aplicação da técnica.

Parte da medicina oriental discute a relação entre o equilíbrio e o desequilíbrio de forças

internas e externas que atuam sobre o corpo e que estas, quanto alteradas, poderiam ser

restabelecidas por meio de técnicas tais como o Spiral Taping. Esta técnica preconiza que o

corpo possuiria duas espirais de energia, e que quando a espiral predominante é dita

“enfraquecida”, esta poderia ser corrigida com a aplicação de esparadrapo no sentido correto,

o que corrigiria os vetores de força atuantes sobre o corpo, alinhando-os e normalizando as

forças atuantes sobre o mesmo.

Visando relacionar a teoria oriental da técnica a partir de uma fundamentação

neurofisiológica, parte-se do princípio de que qualquer material em contato com a pele poderá

estimular grupos específicos de receptores cutâneos. Mais precisamente, podem-se destacar os

receptores cutâneos da pele pilosa, que são os do tipo Pacinni e Ruffi ni, que como

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mecanoreceptores, são sensíveis às tensões e vibrações que são aplicadas na pele. Além disso,

sabe-se que estes receptores cutâneos possuem respostas diferenciadas quanto à direção do

estímulo gerado.

Como a pele está sofrendo diferentes forças constantemente, os receptores cutâneos, por sua

vez, estarão sendo estimulados continuamente. Com a aplicação do material adesivo

(esparadrapo), alguns destes receptores podem sofrer resistências em direções relativas à sua

distribuição sobre a pele. Portanto, é pouco provável que haja alguma acomodação no envio

de informações ao sistema nervoso central por parte destes receptores com o tempo.

Desta forma, a cada novo movimento, novos potenciais de ação serão gerados, provendo

informação a partir da área estimulada. A única forma desse processo não acontecer é se o

segmento for imobilizado com esparadrapo, o que nãopermite uma boa realimentação

sensorial, e tende a diminuir a propriocepção do indivíduo.

Segundo Grandori e Pedotti (2006), os corpúsculos de Pacini tendem à hiperpolarização

quando são estimulados em uma determinada direção e tendem à despolarização quando são

estimulados em uma nova direção, sendo esta perpendicular à anterior. Olausson et al. (2000)

observaram que estes receptores diminuíram signifi cativamente sua atividade basal quando

seguiram a direção da espiral esquerda (de 14 impulsos/segundo para 4 impulsos/segundo) e

aumentaram quando seguiram o estímulo da espiral direita (de 14 impulsos/segundo para

valores de aproximadamente 16 impulsos/segundo).

Heit et al. (2006) mostraram que a aplicação de esparadrapo aumenta a entrada proprioceptiva

e permite um posicionamento mais adequado das articulações (figuras 4 e 5) e, assim como

Karlsson e Andreasson (2002), sugerem que um aumento no estímulo proprioceptivo cutâneo

pode aumentar o número de unidades motoras recrutadas e com isso a efi ciência na força da

contração. Do ponto de vista anatômico, algo que justifica a presença deste mecanismo é o

fato de que o corno dorsal da medula manda expansões diretas e indiretas para os cornos

anterior e lateral do mesmo segmento medular através das fibras proprioespinhais

(interneurônios medulares), e indiretas para níveis acima e abaixo do nível de entrada através

das fibras interespinhais.

Fonte: http://www.terapiadecaminhos.com.br

Figura 4 - Esparadrapoterapia para dor lombar (lombalgia)

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Fonte: http://xa.yimg.com

Figura 5 - Esparadrapoterapia para dor lombar

No que se refere aos efeitos do material adesivo sobre os receptores cutâneos, interessam-nos

as vias indiretas proprioespinhais relacionadas ao toque. Kandell (2003) mostra que os

receptores cutâneos enviam expansões excitatórias para os interneurônios inibitórios do tipo

Ib. Estes neurônios são conhecidos pela sua atuação inibitória no corno anterior da medula

ipsilateralmente à raiz de entrada do estímulo.

A partir destas vias, apóia-se a teoria de que a colocação do esparadrapo no sentido da espiral

esquerda produza uma redução na freqüência de estímulos destas terminações para a medula.

Portanto, a somação temporal que existia sobre o interneurônio inibitório do tipo Ib diminui.

Sendo assim, o corno anterior ipsilateral da medula passa a receber menos aferências

inibitórias e o segmento fi cará facilitado pela diminuição da inibição. Portanto, sugere-se que,

quando são colocados esparadrapos no sentido da espiral direita há um aumento na freqüência

de estímulos dessa terminação cutânea para a medula e, assim, a somação temporal e

espacialque existia sobre o interneurônio inibitório do tipo Ib aumenta. Logo, o corno anterior

ipsilateral da medula passa a receber mais aferências inibitórias e o segmento tenderá a uma

hiperpolarização, e exigirá mais potenciais de ação para que ocorra uma contração

(OLAUSSON et al., 2000).

A utilização da técnica aqui investigada preconiza que o tratamento deve ser feito apenas

fortalecendo o que estiver fraco, e não o contrário, ou seja, “enfraquecer o que estiver

exacerbado”, conforme ilustra figura 6.

Fonte: Haddad, 2007.

Figura 6 - Bursite

Talvez se possa explicar tal fato quando se observa a freqüência dos potenciais de ação

gerados. Olausson et al. (2000), ao manterem os disparos numa faixa basal de 14

impulsos/segundo, observaram que o aumento de estimulação no interneurônio do tipo Ib que

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se consegue ao se estimular o sentido da espiral não dominante é mínimo (15 a 16

impulsos/segundo), ao passo que a inibição observada no sentido da espiral não dominante é

muito maior (4 impulsos/segundo), ou seja, há menor somação temporal no interneurônio.

Garnett e Stephens (20011) discutem que a estimulação de receptores cutâneos produz uma

alteração no limiar de excitação da musculatura e que pode, de fato, facilitar ou inibir a

mesma, ou até alterar a ordem de recrutamento das unidades motoras.

Entretanto, em relação ao protocolo proposto, ao circundar o antebraço poderiam estar sendo

estimuladas tanto a musculatura flexora quanto a extensora, de modo que o efeito do

esparadrapo poderia ser anulado. Além disso, por ter sido um estudo controlado e com a

participação de sujeitos sem a presença de qualquer patologia, suspeita-se da minimização de

qualquer efeito emocional, como é comumente discutido por aqueles que também se utilizam

da técnica.

Outro achado importante deste estudo é que os resultados percentuais encontrados em termos

de predominância do sentido da espiral diferem daqueles apresentados pela literatura que

mostra que aproximadamente 95% das pessoas possuem espiral dominante à esquerda (OE),

enquanto neste trabalho apenas 34,6% dos participantes foram classifi cados como OE.

De acordo com Haddad (2007), as fitas são estrategicamente colocadas na região a ser tratada,

no sentido ou perpendicular às fibras musculares, com o propósito de corrigir fluxo

energético, de acordo com figuras 7 e 8 . Assim, as fitas, de natureza não elástica, são coladas

sobre a pele na forma de SPIRAL (fitas estreitas) ou CROSS TAPE (fitas em formas de

retículos). Não é utilizado qualquer tipo de medicamento, apenas utiliza-se o esparadrapo

comum, aplicado criteriosamente no sentido e locais adequados, após uma análise individual .

Fonte: http://www.terapiadecaminhos.com.br

Figura 7 - Dedos dos pés dormentes

Fonte: Haddad, 2007.

Figura 8 - Enxaqueca hemicraniana

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A spiral taping é aplicada duas vezes por semana, em sessões rápidas. O paciente fica com os

movimentos livres e, depois de duas horas, pode lavar o local sem problemas. O tempo ideal

de permanência das fitas é de três dias e após esse período, a pessoa deverá retornar à clínica

para ser reavaliada pelo terapeuta.

Qualquer pessoa pode se beneficiar desta técnica, desde crianças até idosos, exceto bebês,

pois sua pele é muito sensível. Em atletas, o Spiral Taping mostrou-se um excelente método

de tratamento, tendo sua eficácia comprovada por diversos esportistas tratados nas várias

academias.

9. Conclusão

A esparadrapoterapia é uma técnica recente que vem surpreendendo profissionais da área da

saúde e da Medicina tradicional Chinesa com resultados positivos e imediatos.

Podendo ser aplicada de forma multiprofissional, esta técnica pode ser usada para tratamento

da parte artromuscular, melhorando desempenho esportivo e para regularizar o fluxo

energético do corpo colocando pedaços de esparadrapo em linhas de meridiano.

Mesmo apresentando tal eficácia e ter boa aceitação dentre os profissionais da área da saúde,

o spiral taping é uma terapia que, por ser nova, necessita de estudos mais aprofundados,

desvendando assim outras técnicas de aplicação,aumentando seu espectro de ação tanto na

medicina ocidental como na Tradicional Chinesa.

Por isso, tendo em vista a grande popularização desta técnica como meio alternativo de

otimização da performancede atletas e de tratamento de patologias ósteomioarticulares,

sugere-se que novos estudos sejam realizados com vistas ao aumento da quantidade de

material adesivo colocado e na avaliação de outras regiões do corpo.

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