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A TECNOLOGIA COMO ALIADA NO ENSINO DA QUÍMICA Fernanda Vedana 1 Franciele A. C. Follador 2 RESUMO É inegável que a utilização das tecnologias em sala de aula seja um importante atrativo para nossos educandos, sendo assim, o presente artigo, buscou alternativas para aliar as Tecnologias da Informação e Comunicação no estudo da Química com o efetivo aprendizado. O público alvo foi o primeiro ano do Ensino Médio, com o conteúdo Substâncias Químicas e suas propriedades, com o objetivo de instigar os alunos a participarem nas aulas, propiciando a contribuição no processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos Químicos e influenciando assim na formação de um aluno criativo e participativo. Por conseguinte, houve aplicação das TICs por intermédio de pesquisas na internet sobre o assunto abordado em sala, utilização de simuladores, construção de apresentações de slides no prezzi e utilização da Lousa Digital com resultados positivos dos alunos. Palavras-chaves: TICs. Metodologias. Internet. Química. INTRODUÇÃO Percebe-se que uma das situações que mais desmotivam os estudantes são aulas com pouca de interatividade e expositivas que objetivam apenas a memorização de conceitos e resolução de exercícios. Esta metodologia utilizada, ainda, por muitos professores em nossos estabelecimentos de ensino origina uma frustrante desconexão entre a teoria e a prática. Nossas escolas infelizmente convivem uma dura realidade em que os laboratórios de química estão sucateados, na sua maioria, não possuem qualquer recurso de segurança básica, ou mesmo equipamentos, vidrarias ou reagentes para serem utilizados. Isto dificulta a realização de diversas práticas laboratoriais, principalmente as que liberam gases ou formam resíduos nocivos ao meio ambiente. Outros estabelecimentos, como é o caso do Colégio Estadual Suplicy, nem se quer possui um laboratório de química. Tendo em vista tais dificuldades aliadas a praticas pedagógicas que tomam como base, exclusivamente, aulas expositivas, findam por tornar as aulas de química monótonas, complexas e sem a devida assimilação dos conteúdos. Buscando contrapor tal realidade e pesquisando alternativas que possam despertar o interesse dos alunos e instigar um ensino contextualizado, atualizado e significativo durante as aulas de Química, será abordado o conteúdo Substâncias Químicas e suas Propriedades com auxílio das Tecnologias da Informação e 1 Química. Especialista em Educação de Jovens e Adultos e Psicologia da Educação. Professor PDE. 2 Orientador PDE. Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

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A TECNOLOGIA COMO ALIADA NO ENSINO DA QUÍMICA

Fernanda Vedana1 Franciele A. C. Follador2

RESUMO É inegável que a utilização das tecnologias em sala de aula seja um importante atrativo para nossos educandos, sendo assim, o presente artigo, buscou alternativas para aliar as Tecnologias da Informação e Comunicação no estudo da Química com o efetivo aprendizado. O público alvo foi o primeiro ano do Ensino Médio, com o conteúdo Substâncias Químicas e suas propriedades, com o objetivo de instigar os alunos a participarem nas aulas, propiciando a contribuição no processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos Químicos e influenciando assim na formação de um aluno criativo e participativo. Por conseguinte, houve aplicação das TICs por intermédio de pesquisas na internet sobre o assunto abordado em sala, utilização de simuladores, construção de apresentações de slides no prezzi e utilização da Lousa Digital com resultados positivos dos alunos. Palavras-chaves: TICs. Metodologias. Internet. Química.

INTRODUÇÃO

Percebe-se que uma das situações que mais desmotivam os estudantes são

aulas com pouca de interatividade e expositivas que objetivam apenas a

memorização de conceitos e resolução de exercícios. Esta metodologia utilizada,

ainda, por muitos professores em nossos estabelecimentos de ensino origina uma

frustrante desconexão entre a teoria e a prática.

Nossas escolas infelizmente convivem uma dura realidade em que os

laboratórios de química estão sucateados, na sua maioria, não possuem qualquer

recurso de segurança básica, ou mesmo equipamentos, vidrarias ou reagentes para

serem utilizados. Isto dificulta a realização de diversas práticas laboratoriais,

principalmente as que liberam gases ou formam resíduos nocivos ao meio ambiente.

Outros estabelecimentos, como é o caso do Colégio Estadual Suplicy, nem se quer

possui um laboratório de química.

Tendo em vista tais dificuldades aliadas a praticas pedagógicas que tomam

como base, exclusivamente, aulas expositivas, findam por tornar as aulas de

química monótonas, complexas e sem a devida assimilação dos conteúdos.

Buscando contrapor tal realidade e pesquisando alternativas que possam

despertar o interesse dos alunos e instigar um ensino contextualizado, atualizado e

significativo durante as aulas de Química, será abordado o conteúdo Substâncias

Químicas e suas Propriedades com auxílio das Tecnologias da Informação e

1 Química. Especialista em Educação de Jovens e Adultos e Psicologia da Educação. Professor PDE. 2 Orientador PDE. Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

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Comunicação (TICs), objetivando propiciar situações em que o aluno atue na

construção do conhecimento científico.

O objetivo geral deste trabalho foi usar tecnologias de informação a fim de

melhorar o processo ensino-aprendizagem na disciplina de Química. Além Disso,

estimular a utilização do laboratório de informática para contextualização dos

conteúdos específicos; utilizar as Tecnologias da Educação e Comunicação (TICs)

como ferramenta no processo de aprendizagem educacional dos conceitos

químicos; organizar e preparar um material didático alternativo; promover a interação

entre a teoria e prática através da tecnologia no ensino de química; Utilizar um

software (laboratório virtual) como instrumento para a simulação de experimentos

químicos; analisar a contribuição das TICs ao processo de elaboração conceitual;

verificar a eficácia das ferramentas tecnológicas na significativa aprendizagem dos

estudantes.

REVISÃO DA LITERATURA

A IMPORTÂNCIA DOS LABORATÓRIOS NO PROCESSO ENSINO

APRENDIZAGEM E O USO DOS RECURSOS AUDIOVISUAIS

Em qualquer área de conhecimento, sabe-se o quanto é importante a relação

entre teoria e pratica, no ensino de química o uso da experimentação nessa relação

se faz fundamental. Este método desperta um forte interesse entre os alunos nos

diferentes níveis de escolarização, seja na Educação Básica ou em nível Superior.

Para o aluno, o uso do Laboratório geralmente está relacionado a um caráter

lúdico, motivador, interessante, que se liga aos sentidos.

Para os educadores a experimentação amplia a capacidade de aprendizado,

já que permite ao aluno envolver-se com o conteúdo visto em sala de aula e liga-lo

ao seu cotidiano. Mas, na grande maioria das escolas públicas, além do fato da falta

de articulação entre teoria e prática, e de estrutura inadequadas nos laboratórios das

escolas, há uma visão simplista dos educadores e educandos, direção e equipe

pedagógica, no uso da experimentação. No Colégio Estadual Dr. Eduardo Virmond

Suplicy, ainda nos deparamos com a inexistência de um laboratório de Química que

possa ser utilizado pelos alunos para a realização de práticas laboratoriais.

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Todo educador é corresponsável pelo desempenho de seus alunos e sua

prática docente está intimamente relacionada a isto, visto que a interação entre

conteúdo, aluno e professor possibilita de modo positivo ou não o processo de

ensino e aprendizagem.

A falta de motivação que os alunos demonstram nas aulas de química e os

problemas de ensino aprendizagem detectados, podem ser em função da falta de

experimentação o que justifica a importância de um estudo voltado para estratégias

incentivadoras aliadas ao uso das Tecnologias da Educação e Comunicação (TIC’s)

no contexto diário do aluno.

O ensino de química para Maldaner (2006) deve ter uma abordagem voltada

à construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos. Schwalhn;

Oaigen (2017) relatam que para que ocorra essa construção, a aquisição do

conhecimento acontece quando o aluno é colocado em contato com o objeto de seu

estudo. Este processo deve levar o educador a organizar e dirigir sua prática

docente para que a aquisição de conhecimento e conceitos químicos realmente

aconteça.

As considerações levantadas levam a busca de alternativas que possam

suprir de forma satisfatória tais dificuldades. Para tanto esse projeto se pauta na

articulação, com o uso das TIC’s, de forma suficiente para a elaboração de aulas

que contemplem visualização de aulas práticas, utilização de software e pesquisas

na internet que possibilitem a construção de saberes e apropriação de conceitos na

disciplina de Química.

Percebe-se, no entanto, que os cursos de licenciatura, não preparam os

docentes para utilizar tais ferramentas em sala de aula, o que os deixa inseguros

frente a essa nova possibilidade educacional, por despreparo do professor ou outros

fatores. Ainda considerando o processo formativo que tiveram, outro pesquisador

educacional constata que:

Embora os conteúdos e ideias fossem estudados sob um determinado enfoque epistemológico, as diferentes visões e concepções, acerca da disciplina, isto é, as diferentes perspectivas histórico-epistemológicas de organização e sistematização das ideias e conceitos, não eram problematizadas nem exploradas tanto pela pesquisa acadêmica quanto pelos formadores e selecionadores de professores. (FIORENTINI et al., 1998, p. 313).

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É preciso uma visão inovadora quanto ao uso dos laboratórios de informática,

e de recursos audiovisuais, existentes nas escolas.

Mas não se pode deixar de atentar para o fato de que a presença desse

aparato tecnológico na escola não garante mudanças na forma de ensinar e

aprender. A tecnologia deve tão somente servir para enriquecer o ambiente

educacional, propiciando a construção de conhecimentos por meio de uma atuação

ativa, crítica e criativa por parte de alunos e professores.

Há no âmbito escolar grande diversidade regional, cultural, bem como

grandes desigualdades sociais, portanto, não é possível pensar em um modelo

único para incorporação de recursos tecnológicos na educação. É preciso

urgentemente pensar em propostas que atendam aos interesses de cada escola,

levando em conta desde a regionalidade até as necessidades de cada uma.

Se a escola é entendida como um local de construção do conhecimento, de

socialização do saber, vista como um ambiente de discussão, de troca de

experiências e de elaboração de uma nova sociedade, é fundamental que a

utilização dos recursos seja amplamente discutida e elaborada juntamente com a

comunidade escolar, ou seja, democraticamente.

Pensa-se que o uso de tecnologia da informação e comunicação no âmbito

escolar, não deva ser pautado em uma concepção tradicional de ensino e

aprendizagem. É necessária uma ampla reflexão sobre qual é a educação que se

pretende oferecer, para que a incorporação da tecnologia não seja apenas o antigo

disfarçado de moderno, isto é, não seja mascarado.

Para Mainart; Santos (2017, p. 4) "os meios eletrônicos de comunicação

oferecem amplas possibilidades, diante disso não devem ficar restritos apenas a

transmissão e memorização de informações." Estes permitem a interação com

formas diversificadas de saberes científicos, desde imagens, jogo, gráficos, textos,

simuladores, vídeos, áudios e são importantes fontes de informação, trazendo

textos, livros, artigos, revistas, jornais da mídia impressa, entrevistas, debates,

documentários, filmes, músicas, noticiários, softwares etc.

Em particular, permite novas formas de trabalho, possibilitando a criação de

ambientes de aprendizagem em que o aluno possa pesquisar fazer simulações,

experimentar, criar soluções e construir novas representações e interação com

outros indivíduos e comunidades, utilizando os sistemas interativos de comunicação.

(MAINART; SANTOS, 2017).

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Antes do surgimento das tecnologias da informação e comunicação, a escola

era o principal lugar onde as pessoas se dirigiam para adquirir conhecimento

sistematizado, científico, o lugar onde se encontravam as informações mais

importantes e o professor era visto como o possuidor e provedor de saberes.

Com a explosão das mídias e facilidades de acesso oferecido pelas

tecnologias de informação e comunicação, a escola redefine-se no que diz respeito

a ser repositório de informações e o professor passa a ter o papel de mediador e

orientador da aprendizagem, devendo ser hábil no uso das tecnologias para a

educação, pois ao contrário, a aula se transforma em gritos, risos e correria.

(CAPUTO, 2017).

A UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS AUDIOVISUAIS

Fazer uso dos recursos audiovisuais nas aulas de química permite um elo

entre imagem e som, possibilitando uma melhor forma de expressão, pois a

linguagem que expressa prende a atenção por atração, poder exercido pelo vídeo

que se chama sensorial, e que envolve o emocional e o intuitivo, despertando

finalmente o racional. Mas para que se possa fazer uso no ensino aprendizagem é

preciso compreendê-lo e controlá-lo. É imprescindível fazer uso de forma proveitosa,

não basta usar a TV. (KENSKI, 2007). “É preciso saber usar de forma

pedagogicamente correta à tecnologia escolhida” (KENSKI, 2007, p.46).

No mesmo instante em que se faz uso do vídeo, forma-se um tipo diferente de

aprendizagem devido "à veiculação de informações interpretadas por quem às

assiste, apresentação de modelos de comportamento, ensinando linguagens

coloquiais e multimídia”, (Machado, 1988 apud Arroio & Giordan, 2006),

possibilitando recriar formas inesperadas, de vivências dentro ou fora da escola.

A linguagem usada pela TV pode ter o poder de despertar o lúdico, o prazer,

o inimaginável, os sonhos e anseios de quem assistem, mas pode também contribuir

para alienar, e reproduzir situações de dominação. Por isso deve-se estar atento

fazendo análises anteriores a aplicação no âmbito escolar:

(..) é necessário haver a mediação do professor, que estará sempre entre o aluno e o meio de comunicação, promovendo e incentivando leituras críticas

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do próprio meio, das suas práticas de linguagem e dos conteúdos por ele veiculados. (GUIMARÃES, 2001, p. 108).

A escola precisa usar na sua prática pedagógica, programas de canais de TV,

por exemplo, para tentar “cativar” os alunos, como os meios de comunicação o

fazem nos lares. Essas transmissões em vídeo poderiam ser utilizadas em salas

destinadas para determinadas disciplinas, que utilizam as (Tecnologia da informação

e Comunicação) como ferramentas importantes no processo de ensino e

aprendizagem.

Diariamente nos deparamos com atividades rotineiras e básicas, como

simplesmente se alimentar, ir e vir para diferentes lugares, fazer leituras, conhecer

pessoas, se relacionar, entre várias outras que passaram a ser possíveis com o

auxílio das tecnologias a que temos acesso. Elas estão tão incutidas em nosso dia a

dia que nem se percebe o quão presente estão. Tanto é que muitas das tecnologias

inventadas resultaram em eletrodomésticos, utensílios para cozinha, alimentos

industrializados e muitos outros produtos, equipamentos e processos que foram

planejados e construídos para realizar a simples e fundamental tarefa que garante a

sobrevivência humana, como exemplo: a alimentação, tudo na busca de melhor

qualidade e facilidade de vida.

Kensky (2007, p. 24) afirma que "tecnologia todo o conjunto de

conhecimentos e princípios científicos que se aplicam a planejar, construir e utilizar

um ou mais equipamentos para um determinado tipo de atividade humana." Para

construir qualquer equipamento o homem precisa pesquisar, planejar e criar

tecnologias. O modo ou habilidades específicas de lidar com cada tipo de tecnologia,

na execução de algo, chama-se técnicas e algumas dessas técnicas são muito

simples e de fácil aprendizado e comumente são transmitidas de geração em

geração e integram os costumes e os hábitos sociais de um determinado grupo de

pessoas.

Outras tecnologias exigem técnicas mais elaboradas, habilidades e

conhecimentos específicos e complexos. (BRASIL, 2000). Existem muitos outros

equipamentos e produtos utilizados no cotidiano e que não são tidos como

tecnologias. Alguns invadem o corpo, como próteses, óculos, dentaduras, comidas e

bebidas industrializadas, vitaminas e outros tipos de remédios, que são produtos

resultantes de tecnologias sofisticadas.

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As tecnologias invadiram definitivamente o dia a dia do homem que já não

sabe viver sem fazer uso delas, a ponto de acostumar-se e achar algo natural, sem

dar-se ao luxo de pensar o quanto foi preciso de dedicação ao estudo, criação e

construção para que essas tecnologias se fizessem presentes e necessárias hoje.

Existem outros tipos de tecnologias que vão além dos equipamentos, como

por exemplo, alguns espaços ou produtos utilizados como suporte para que as

ações se façam. Um exemplo disso são as chamadas "tecnologias da inteligência",

citadas por Lev Vigotsky (1989), que são construções internalizadas nos espaços da

memória das pessoas que foram criadas pelos homens para avançar no

conhecimento e aprender mais. A linguagem oral, a escrita e a linguagem digital dos

computadores são exemplos paradigmáticos desse tipo de tecnologia.

Produzidas de forma clara e ligadas às tecnologias da inteligência, temos as

TIc’s (Tecnologias da Comunicação e Informação), que, por meio de seus suportes

(mídias ou meios de comunicação, como o jornal, o rádio, a televisão) realizam o

acesso, a veiculação das informações e todas as outras formas de ligação

comunicativa em todo o mundo. As TIc’s (tecnologias de comunicação e informação)

invadem o dia a dia do homem moderno, a terra está vivendo um novo momento

tecnológico.

O crescimento e a ampliação das possibilidades de comunicação e de

informação, por meio de equipamentos como o telefone, a televisão e o computador,

alteram consideravelmente a forma de viver e de aprender na atualidade.

Há aproximadamente 60 anos, as pessoas saíam às ruas ou ficavam nas

janelas de suas casas com o intuito de se informar sobre o que estava acontecendo

nas proximidades, na região e no mundo. A conversa com os vizinhos e os que

vinham de longe garantia à troca e a renovação das informações. Na realidade

vivida hoje, a janela são as telas de 20, 40, 60, até de 370 polegadas. Através da

tela da televisão, dos computadores, dos smartphones é possível saber de tudo o

que está acontecendo em todos os cantos do mundo, bem como, se pode saber da

previsão do tempo e do movimento do trânsito, sobre as últimas notícias, músicas,

filmes e livros de sucesso etc.

As tecnologias audiovisuais presentes no ambiente escolar, como TV e

vídeos, foram criadas e introduzidas com o intuito de facilitar o aprendizado. Sendo

este um dos maiores desafios para a ação da escola, diante do que é veiculado pela

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TV na atualidade, tornar-se viável como espaço crítico em relação às informações e

às manifestações transmitidas pela TV.

Ao educador é dada a importante tarefa de refletir com seus alunos sobre o

que é apresentado pela mídia televisiva, suas posições e problemas, reconhecer sua

interferência no modo de ser e de agir das pessoas e na própria maneira de se

comportar diante do seu grupo social, e ou religioso e como cidadãos num mundo

em transição.

É preciso novas formas de interpretar o mundo, de selecionar e decodificar

informações, é preciso uma sabedoria nova, para lidar com homens novos.

É necessário saber aproveitar a liberdade e a criatividade do espaço televisivo, mas, ao mesmo tempo, aprender a definir os limites, a consciência crítica, bem como a reabilitar os valores, fortalecendo a identidade das pessoas e dos grupos sociais, grandes desafios a serem enfrentados pelo educador desta escola atual. (KENSKI in ALMEIDA, 2005, p. 93).

Neste contexto a utilização dos recursos audiovisuais pode ajudar a

incorporar ao processo educativo, como elaborar estratégias de ensino que contribui

para uma aprendizagem significativa, como para a construção de um conhecimento

flexível por parte do educando. Defende-se o uso das TIC’s como incorporação

educacional, diante do fato desta fazer parte do cotidiano do sujeito contemporâneo,

e que pelo hábito, pode contribuir para a aprendizagem dos conceitos de química,

como também para o desenvolvimento do senso crítico provocado pela

aprendizagem significativa e flexível.

AS TIC’S (TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO) E A DISCIPLINA

DE QUÍMICA

As TIC’s (tecnologias de informação e comunicação) devem ser usadas como

um dos instrumentos para a construção do conhecimento no mundo atual, estas são

indispensáveis na educação das crianças e dos adolescentes. Vive-se na era da

tecnologia, é um mundo novo. Isto é fato. Como ignorar este potencial? (SOUZA,

2017).

Nos dias atuais, permeado pela intervenção tecnológica, Internet e outras

ferramentas, as TIC’s (tecnologias de informação e comunicação) têm sido os

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postos-chave de transformação, enquanto processo inovador capaz de estabelecer

novos conceitos de interação social.

As TIC’s trouxeram à organização social uma maior liberdade, em que o

sincronismo e o tempo real substituíram o espaço e a interconexão substituiu

radicalmente a questão do tempo.

Baseado nesse contexto usando a lógica de descrição probabilística de

grandes números, grandes distâncias e gigantescos desafios, parece indiscutível a

potencial contribuição das tecnologias, para as escolas públicas.

As contribuições advindas das TIC’s(tecnologias de informação e

comunicação) visam democratizar o acesso para alunos e professores tanto em

ferramentas quanto em conteúdos educacionais de qualidade; inovar na linguagem e

nas práticas de ensino, tornando a escola mais atraente à nova geração e mais

relevante na sua formação educacional e científica; proporcionar a conectividade

entre alunos, professores, escolas, redes de ensino, instituições várias, ampliando

horizontes de aprendizagem e tornando viável a produção coletiva de conhecimento.

Visam também introduzir novas práticas de gestão e avaliação dos processos

escolares. Esses são apenas alguns dos benefícios possibilitados pela adoção das

TIC’sna educação.

Esse leque de argumentos parece tão claro que se corre o risco de promover

políticas e programas educacionais que visem a adoção destas na educação sem

uma definição clara de seus objetivos. Se isso ocorrer, terá como consequência, a

não garantia de que sejam compreendidos ou compartilhados pelos educadores,

bem como não garantia de condições adequadas para que os resultados se deem

satisfatórios, mas também não se pode ignorá-las.

Embora não tenham sido identificadas inequívocas evidências de que o

crescente acesso às TIC’s(tecnologias de informação e comunicação) nas escolas

esteja trazendo a contribuição que se esperava, não há dúvidas da grande

capacidade dessas tecnologias para cumprir, um papel determinante no contexto

das escolas públicas, especialmente as dimensões de democratização do acesso às

tecnologias de informação e comunicação à democratização do acesso às

tecnologias.

Pois é necessário estipular critérios e restrições ao uso da internet, como

horários para o uso, se por turmas ou individual, páginas que podem e devem ser

acessadas via escola, enfim condições que assegurem a oportunidade dos alunos

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terem uma experiência relevante no contato com as TIC’s(tecnologias de informação

e comunicação) na escola. Mas de antemão e por experiências já vivenciadas em

algumas escolas públicas, houve e pode haver um cenário insuficiente quanto ao

uso das tecnologias na escola, pois na maioria das vezes o acesso à internet não se

consolida.

Além de que, há um número insuficiente de computadores, falta de suporte

técnico, equipamentos obsoletos e a baixa velocidade na conexão à Internet que são

identificados como itens limitantes para um uso efetivo das TIC (tecnologias de

informação e comunicação) em algumas escolas.

Outro item relevante é a inovação nas linguagens e práticas de ensino, tendo

como objetivos disponibilizar conteúdos de qualidade, com uma linguagem dinâmica

e interativa, que inovem as práticas de ensino e favoreçam a aprendizagem.

As tecnologias de informação e comunicação já estão presentes no âmbito

escolar e os estudantes já utilizam esses recursos em pesquisas escolares,

trabalhos realizados em grupos, sempre com a supervisão do professor. Mas ainda

o número de pesquisas é pequeno, sendo predominantes as atividades mais

centradas no professor, com aulas expositivas, exercícios para fixação dos

conteúdos, leitura e interpretação de textos.

Muitos professores são convidados para realizarem cursos específicos para o

uso do computador e da Internet, mas não contam com um acompanhamento que

permita o aprimoramento de sua prática. Quando necessita fazer uso na escola

pede apoio a colegas ou até mesmo aos alunos, ao coordenador pedagógico ou

diretor da escola. É evidente, a necessidade de investimentos na formação dos

professores para que possam fazer uso de toda a potencialidade gerada pela

introdução das TIC´s(tecnologias de informação e comunicação) nas escolas.

Mesmo com a preparação dos cursos oferecidos, existem diferenças entre os

grupos de profissionais, pois um grupo utiliza computadores e Internet pessoal com

frequência no dia a dia, e se vale desses recursos na comunicação com alunos,

colegas e gestores, estes entendem que as TIC’s(tecnologias de informação e

comunicação) democratizam o acesso à informação e estimulam a participação de

todos e que, quando bem aplicadas promovem mudanças no papel do professor em

relação aos alunos, melhorando seu relacionamento. Este grupo considera

notebooks e computadores como recursos que fazem falta na escola para apoiar o

trabalho junto aos alunos.

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Há outro grupo de docentes que também utiliza frequentemente a Internet

tanto nas atividades profissionais quanto na vida pessoal, mas considera que possui

algumas dificuldades. Quando a utiliza no contexto escolar, o faz principalmente

para elaborar testes, provas, exercícios e não para interagir com os alunos. Esses

professores acreditam que o aluno se interessa mais em aprender quando usam

tecnologias na escola e que, em alguns casos, a escola é a única possibilidade de

acesso às novas tecnologias. Estes incentivam a ida ao laboratório de Informática e

a realização de atividades escolares ou pessoais (bate-papo, jogos, etc.), no que

são criticados pelos outros colegas e a coordenação/gestão. Para estes, a demanda

por oportunidades de formação está focada na integração de tecnologias na sala de

aula, juntamente com ações de formação sobre práticas de ensino e alfabetização.

Existe também um terceiro pensamento, formado por professores que utilizam

muito pouco a Internet, seja na vida pessoal quanto na profissional que dizem que

não gostam, não têm interesse, têm pouca prática ou não vêm necessidade. Quando

a utilizam na escola, costumam comunicar-se com pais e alunos ou para elaborar

testes, provas e exercícios. Tendem a concordar, em maior proporção do que os

demais grupos, que a Internet é apenas um modismo, que a tecnologia na sala de

aula é somente para atrapalhar, etc. Pensando no uso da tecnologia na escola,

consideram TV, DVD, rádio, aparelho de som, câmera digital e projetor como

principais equipamentos de apoio junto aos alunos, deixando em segundo plano

computadores e notebooks. Estes professores sentem-se pouco preparados para

adotar a tecnologia em sala de aula e precisam de capacitação, além de formação

sobre os conteúdos específicos das disciplinas que trabalham.

Uma formação diferente e específica pode possibilitar avanços concretos na

aceitação de novos métodos de ensino e assegurar o acesso a conteúdos mais

dinâmicos e mais estimulantes para os alunos.

O computador é ferramenta essencial na atualidade e a escola já tomou

consciência de que, é através das TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação)

que os alunos se comunicam com o mundo.

Com o surgimento da Internet, diversas ferramentas de comunicação foram

desenvolvidas, sendo possível acessar inúmeras informações para além da

possibilidade de conseguir uma comunicação direta e em tempo real com todo o

mundo em um clic.

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Um dos grandes desafios é usar a Internet como um laboratório virtual, onde

os alunos podem aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula, em

práticas laboratoriais, usando laboratórios na Internet.

O conceito de laboratório virtual engloba um leque diversificado de

tecnologias e recursos humanos indispensáveis em qualquer operação que exige

um controle remoto, seja no tempo, na escala ou na distância.

O fator necessidade de utilização deste tipo de ambiente virtual pode surgir de

exigências de investigação de algum assunto por parte do educador ou por interesse

do educando, como acontece quando do uso de grandes microscópios eletrônicos;

por virtude de permitir presenciar uma experiência única dada a sua escala, como

uma fusão nuclear, por exemplo, ou ainda, porque alunos e professores estão

afastados geograficamente.

Enquanto se trabalha conteúdos de 3º ano do ensino médio na disciplina de

química, pode-se fazer uso da tecnologia, levando o aluno à prática virtual, como:

Estudar os conteúdos de funções inorgânicas, transversalmente com recursos áudio

visuais, tais como, vídeos sobre ácido - base, chuva ácida, poluição de rios entre

outros; Demonstrações experimentais de reações inorgânicas e indicadores, ácido

base naturais e artificiais; Utilização do laboratório de informática para a realização

de pesquisas e navegação no portal educacional do Paraná;Utilização do software

(laboratório virtual), para a realização de práticas laboratoriais de reações e funções

inorgânicas etc.

Pensar as Tecnologias de Informação e Comunicação, enquanto instrumento

formador de sujeitos no espaço escolar constrói-se não somente com a presença de

ferramentas tecnológicas na escola, mas também, de uma formação do educador,

que o torne capacitado a mediar TIC’s (Tecnologia da informação e Comunicação),

alunos, saberes e realidade. ( MACEDO; FOLTRAN, 2017).

Dizer que inclusão digital é somente oferecer computadores seria análogo a afirmar que as salas de aula, cadeiras e quadro negro garantiriam a escolarização e o aprendizado dos alunos. Sem a inteligência profissional dos professores e sem a sabedoria de uma instituição escolar que estabelecessem diretrizes de conhecimento e trabalho nestes espaços, as salas seriam inúteis. Portanto, a oferta de computadores conectados em rede é o primeiro passo, mas não é o suficiente para se realizar a pretensa

inclusão digital. (RONDELLI, 2017,p.1).

A instituição escolar responsável pela educação, por se caracterizar como

uma instituição formal responsável pela produção do conhecimento tem o

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compromisso de formar cidadãos mais humanos que possam fazer uso dos recursos

tecnológicos a favor do bem comum e um dos grandes desafios que se apresentam

para os educadores é o de escolher, aqueles que melhor se ajustem aos seus

propósitos educacionais.

METODOLOGIA

Este trabalho foi desenvolvido através de referencial bibliográfico e

documental, mediante leitura sistemática e atenta de diferentes fontes de pesquisa

como: livros, artigos científicos, para entender as diferentes contribuições científicas

que tratam sobre o tema em estudo. Segundo Silva (2005, p. 49), “a pesquisa

bibliográfica procura explicar um problema a partir de referencias teóricas publicadas

em documentos”.

As atividades práticas da pesquisa foram realizadas com alunos do 1º ano do

Ensino Médio, do Colégio Estadual Dr. Eduardo Virmond Suplicy de Francisco

Beltrão – Paraná, e estas ocorreram durante o primeiro semestre de 2017.

Utilizou-se a pesquisa qualitativa como metodologia de investigação, a partir

da utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs),com o objetivo

de levar os alunos à reflexões críticas sobre o conteúdo Substâncias Químicas e

suas Propriedades, propiciando situações em que o aluno atue na construção do

conhecimento científico.

Para alcançar os objetivos previstos neste projeto, foram desenvolvidas

atividades durante o período de 32 horas/aula. Essas atividades foram elaboradas

em forma de uma Unidade Didática, e as estratégias de ação foram desenvolvidas a

partir da utilização das TICs e tiveram como foco:

- Estudo em sala de aula, por meio de aula expositiva, dos conteúdos de

Substâncias Químicas e suas propriedades físicas e químicas e após aplicação de

um questionário diagnóstico para avaliar a apropriação dos conceitos acumulando

nessa estratégia de ação. (6 aulas);

- Utilização do laboratório de informática para a realização de pesquisas e

navegação em sites e blogs previamente sugeridos pelo professor. (4 aulas);

- Consulta em software (laboratório virtual), para a realização de práticas

laboratoriais e demonstração de fenômenos físicos e químicos, onde cada grupo

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fará uma síntese e também sugestões sobre o uso de simuladores nas aulas de

química. (6aulas);

- Criação de grupos contendo 6 alunos, cada grupo usou os recursos

tecnológicos disponíveis para criação de apresentação com os conteúdos

estudados, elaboração de slides sobre temas relacionados (substâncias, fenômenos

químicos e físicos, reações químicas) aos conteúdos propostos para estudo (4

aulas);

- Apresentação do material produzido aos colegas e professora (20 minutos

cada grupo. (6 aulas).

Para avaliar a metodologia utilizada, foi aplicado o mesmo questionário inicial,

com a intenção de analisar se houve uma melhora significativa na aprendizagem

após a utilização das TICs como ferramenta e estratégia de ação pedagógica.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados desta pesquisa são listados a seguir em função das atividades

realizadas.

A primeira atividade realizada intitulou-se “Começando a brincadeira", onde

foi apresentado o projeto para os envolvidos e esclarecimento dos

encaminhamentos metodológicos e respectivos processos avaliativos. Para esta

atividade foi usada 2 aulas.

Mostrou-se aos alunos na apresentação quais seriam os objetivos, a

problemática, a justificativa, o tema que seria desenvolvido, quem seria o público

alvo e a metodologia a ser desenvolvida. Durante o momento da exposição das

ideias do projeto e do contexto em que elas seriam desenvolvidas os alunos

concordaram com a ideia e acharam muito interessante participar das atividades.

Outra atividade realizada foi o “Mais do mesmo”, com a finalidade de

estudar em sala, através de aula expositiva, os conteúdos de Substâncias Químicas,

suas propriedades físicas e químicas, com apresentação oral e escrita, onde o aluno

recebeu as informações transmitidas pelo professor.

Nessa aula a professora não utilizou nenhum recurso ou instrumento didático

para apresentar o conteúdo. Foi utilizada apenas exposição oral sem abrir espaço

para questionamentos dos alunos.

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Como avaliação para esta atividade foi aplicado um questionário diagnóstico

para avaliar a apropriação dos conceitos acumulados nessa estratégia de ação. Não

houve grande numero de acertos nas respostas. Diante disso, a partir da aula

expositiva os critérios avaliativos se voltam para exercícios de fixação, os quais

tendem, muitas vezes, a tornar objeto de mera decoração do conteúdo, sem que

haja a devida apreensão dos conteúdos ministrados.

A aula expositiva pode ser transformada em atividade dinâmica, participativa

e estimuladora, quando trabalhada associada a outros recursos pedagógicos ou

relacionada com discussões a partir de experiências, de seminários e outras

estratégias.

Dando continuidade as aulas foi trabalhado a atividade “Começou a

diversão”, onde os alunos utilizaram o laboratório de informática para a realização

de pesquisas e navegação em sites e blogs previamente sugeridos pelo professor,

com o objetivo de explicar o conteúdo estruturante “Matéria e sua Natureza”. Além

disso, foram abordados os conteúdos específicos: Fenômenos Físicos e Químicos,

Mudanças de Estado Físicos da Matéria, Densidade, Substâncias Puras e Misturas,

Ponto de fusão e Ponto de Ebulição, Separação de Misturas e Reações Químicas.

No final foi realizada uma avaliação para verificação da assimilação desse conteúdo.

Após avaliar o conhecimento desenvolvido na primeira etapa, chegou a hora

de sair do método tradicional e iniciar o processo de construção do conhecimento

respaldado na pesquisa online.

Como aponta em seus estudos Pádua (1996), o conhecimento é elaborado

historicamente pelo acúmulo de pesquisas realizadas, ou seja, a pesquisa procura

respostas para indagações propostas. É através do conhecimento que se pode

compreender e fazer as transformações na realidade, porém isso vai depender da

base teórica dos pesquisadores, ou seja, seu modo de ver o homem em suas

relações com a natureza e com os outros homens.

Sobe essa ótica, ressalta-se a importância da realização de pesquisas para a

construção de novos conhecimentos, o homem sempre veio se ancorando em

saberes previamente estabelecido para edificação e evolução desse legado

historicamente acumulado.

A atividade seguinte foi “Conhecendo novos recursos”, onde a professora

organizou 5 grupos de alunos, com a finalidade de realizarem pesquisas sobre a

utilização de softwares educacionais, simuladores, infográficos, animações, áudios e

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vídeos para a realização de práticas laboratoriais envolvendo os conteúdos

específicos desse módulo, cada grupo fará uma síntese contendo sugestões sobre o

uso desses recursos nas aulas de química. O trabalho foi organizado em quatro

aulas.

A professora encaminhou e acompanhou os alunos ao laboratório de

informática da escola para a realização de pesquisa na internet referente aos

conteúdos trabalhados em sala de aula, seguido uma lista de indicações

previamente elaborada pelo professor.

Nesta atividade a mediação da professora foi fundamental para o aluno, pois

houve o acompanhamento constante da mesma, orientando-o e motivando-o na

realização de suas atividades, sempre intermediando e desenvolvendo um

atendimento individual, mostrando caminhos para que os alunos mesmo

construíssem seu próprio conhecimento.

Os alunos estão acostumados a todo esse aparato tecnológico e as nossas

vidas estão atreladas nesse movimento, assim na educação não poderia ser

diferente. É necessário o desenvolvimento das Tecnologias da Informação e

Comunicação (TICs) no cenário educacional para ampliar as possibilidades

pedagógicas que visam uma maior eficácia no processo de ensino e aprendizagem.

Essa nova necessidade fez surgir concomitantemente uma demanda muito grande

de sites, simuladores e páginas específicas com esse tipo de mídia, para permitir o

acesso a uma gama muito grande de experimentos e possibilidades, até então,

vividos apenas teoricamente.

No decorrer da aplicação das atividades percebeu-se que pesquisar sobre a

utilização de softwares educacionais, simuladores, infográficos, animações, áudios e

vídeos, para a construção e ampliação da fundamentação teórica dos conteúdos a

serem abordados e buscar tecnologia como estratégia de trabalho para a sala de

aula, é muito significativo, pois toda essa gama de aparatos tecnológicos faz parte

do cotidiano dos alunos e despertam seu interesse.

De acordo com Moran (1998, p. 87-88) existem alguns problemas no uso da

internet em educação, que são "confusão entre informação e conhecimento;

resistência às mudanças; há facilidade de dispersão e impaciência impede o

aprofundamento".

Porém, a escola precisa ensinar os alunos a fazer uso das tecnologias da

informação e comunicação com cuidado, e uma das estratégias é estabelecendo

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critérios como: que tipos de sites o aluno vai pesquisar, como deve ser feita a

pesquisa, cuidados com as cópias direta dos sites, cautela com redes sociais e

outros.

Assim, a ideia é de aliar a tecnologia à sala de aula, mostrando aos alunos

que podemos aprender muito com a internet, mas também que é preciso chamar

atenção dos alunos com relação aos perigos que ela pode proporcionar.

Na sequencia dos trabalhos os alunos participaram de um desafio de

conhecimento, utilizando simuladores, infográficos, animações, jogos, vídeos e

áudios como ferramenta na construção do conhecimento. As atividades foram

organizadas em 4 aulas.

Os alunos foram organizados em grupos de dois ou três estudantes e no

laboratório de informática iniciaram as pesquisas online, nos links previamente

definidos e sugeridos pela professora. Seguindo as orientações da professora, os

alunos interagiram nos sites disponíveis e cumpriram as etapas sugeridas. Cada

grupo fez uma síntese com sugestões sobre o uso desses recursos nas aulas de

Química.

O objetivo dessa atividade foi mostrar que se pode fazer pesquisa em

diferentes links, contendo os conteúdos trabalhados em Química, sem precisar fazer

cópias dos mesmos, mas sim refletir e tomar conhecimento de forma significativa e

desafiadora e com isso aperfeiçoaram seus conhecimentos.

Os alunos se envolveram com a atividade de pesquisa, na forma de uma

provocação, participaram, fizeram interações e questionamentos significativos sobre

o assunto. Além dos comentários que os alunos faziam entre eles, a professora

também fez interações, intervenções, devoluções complementando as respostas e

provocando novos questionamentos adequando às necessidades e interesse do

grupo como um todo e dos alunos individualmente.

Dessa forma, esse trabalho envolvendo os alunos com a pesquisa foi muito

significativo, pois se valorizou o conhecimento prévio dos alunos e permitiu-se a

pesquisa como forma dos mesmos construírem e aumentarem seu próprio

conhecimento.

Para Marques (2017, p. 95), “pesquisar é buscar um centro de incidência,

uma concentração, um pólo preciso das muitas variações ou modulações de

saberes que se irradiam a partir de um mesmo ponto”.

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O professor deve preparar seus alunos para uma permanente busca do

conhecimento. Alunos e professores, são sujeitos da aprendizagem, devem

participar em conjunto do processo escolar, pois ambos ensinam e aprendem.

Freire (2002), diz em seus estudos que não há ensino sem pesquisa e

pesquisa sem ensino. Enquanto ensino, continuo buscando. Pesquiso para

constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo.

Dessa forma, a pesquisa é um recurso que ajuda o aluno adquirir seu

conhecimento de forma autônoma, porém as suas técnicas devem ser discutidas e

elaboradas para que a mesma seja um processo consciente.

Na continuidade dos trabalhos, foi desenvolvida a atividade "Mãos à Obra",

onde os alunos aprenderam a utilizar o Prezzi (slides). A finalidade dessa atividade é

de criar uma apresentação de slides dinâmica, intuitiva e interativa, que possa

estimular a curiosidade e aumentar o nível de interesse dos estudantes nas aulas de

Química.

Os alunos foram divididos em 5 grupos. Cada grupo recebeu um assunto

determinado para elaboração de seu material, distribuídos da seguinte forma: Grupo

1: Matéria e Energia, Fenômenos Físicos e Químicos; Grupo 2: Propriedades da

Matéria (estado de agregação molecular, passagem de estado físico, densidade);

Grupo 3: Temperas de Fusão e Ebulição (gráficos), Processo de obtenção do

Petróleo; Grupo 4: Substâncias Puras e Misturas, fases e componentes; Grupo 5:

Métodos de separação de Misturas (métodos físicos e químicos).

A produção desenvolvida por cada equipe seria por conta da criatividade dos

membros da mesma, podendo fazer uso de celulares, computadores, simuladores,

animações, áudios, vídeos, entre outros recursos que acharem convenientes. O

material produzido foi organizado em slides e apresentado para os colegas.

Nessa etapa os grupos de alunos se empenharam em criar uma

apresentação utilizando o “Prezzi” e todos os outros recursos estudados, para

exporem o assunto determinado pelo professor.

Trabalhando dessa forma, nas aulas de Química, a professora proporcionou

aos alunos a oportunidade de serem sujeitos do próprio conhecimento, de

compartilharem ideias com os colegas, aprendendo de maneira mais eficiente e

eficaz.

O uso de cada recurso tecnológico pelos grupos facilitou o processo de

ensino aprendizagem, pois deu possibilidade aos alunos de explanarem os

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conteúdos diversos de Química, proporcionando reflexões, troca de ideias, diálogo,

interação, prendendo a atenção dos mesmos, tornando-os sujeito da sua própria

aprendizagem. Foi possível perceber durante a atividade um envolvimento muito

grande dos alunos, onde os que tinham maior dificuldade de concentração tornaram-

se mais motivados para aprender.

Assim, a construção coletiva do conhecimento mediado pelas diferentes

tecnologias dá oportunidade ao professor de compreender os conceitos e as

estratégias utilizadas pelos alunos, contribuindo de maneira mais efetiva no

processo de mediação do conhecimento.

Para Kenski (2007, p. 45) afirma que as tecnologias

abrem oportunidades que permitem enriquecer o ambiente de aprendizagem e apresenta-se como um meio de pensar e ver o mundo, utilizando-se de uma nova sensibilidade, através da imagem eletrônica, que envolve um pensar dinâmico, onde tempo, velocidade e movimento passam a ser os novos aliados no processo de aprendizagem, permitindo a educadores e educandos desenvolver seu pensamento, de forma lógica e critica, sua criatividade por intermédio do despertar da curiosidade, sua capacidade de observação, seu relacionamento com grupos de trabalho na elaboração de projetos, seu senso de responsabilidade e co-participação.

Assim, a utilização de diferentes recursos tecnológicos para o

desenvolvimento de diferentes conteúdos, serve como um meio facilitador,

mediador, que traz consigo melhores formas de propiciar o ensino e de facilitar a

aprendizagem dos alunos.

Nas aulas seguintes foi trabalhado “Agora é minha vez”, onde cada grupo

usou os recursos tecnológicos que disponibilizarem para criar uma apresentação

com os conteúdos estudados, que podia ser elaboração de slides, criação de vídeo

ou áudio, sobre temas relacionados a Química (substâncias, fenômenos químicos e

físicos, reações químicas) dos conteúdos propostos para estudo.

Cada grupo de alunos teve um tempo de 25 minutos para exibirem o que

produziram, podendo usar todos os recursos disponíveis e proporem participação da

turma na realização de eventuais atividades com discussões e interações.

Os alunos realizaram muitas atividades criativas como: vídeos gravados

explanando o tema do conteúdo proposto; slides com textos, desenhos e

documentários; fizeram animações. Porém, a interferência do professor foi

constante, onde os alunos tiveram dificuldades para trabalhar com o recurso

escolhido pelo grupo.

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Diante dessa realidade, observa-se que o professor tem papel fundamental,

sendo o mediador, auxiliando o aluno a alcançar seu potencial máximo,

aproveitando todas as vantagens educativas, que os recursos tecnológicos podem

oferecer. Isso porque, o aluno até domina a tecnologia, mas ele não sabe lidar com

ela, ou seja, o aluno usa mais as redes sociais como forma de lazer.

Desse modo, o professor traz para a sala de aula um elemento da realidade

do aluno, fugindo da linguagem tradicional da escola, que é normalmente copiar o

conteúdo e fazer prova.

Assim, é necessário que o professor conheça as ferramentas que a

tecnologia oferece para que o aprendizado aconteça de fato na sala de aula. O uso

das tecnologias na escola está além de disponibilizar tais recursos. Ele implica aliar

método e metodologia na busca de um ensino mais interativo.

Para finalizar foi realizada a atividade “Mostrando os Resultados”, para avaliar

a metodologia utilizada, sendo aplicado o mesmo questionário inicial para os alunos

com a intenção de analisar se houve uma melhora significativa na aprendizagem

após a utilização das TICs como ferramenta e estratégia de ação pedagógica.

Os resultados do questionário realizado pelos alunos foram surpreendente,

todos conseguiram alcançar um resultado satisfatório, demonstrando que o uso das

tecnologias na educação é uma ótima estratégia de trabalho que possibilita o aluno

a construir sua aprendizagem de maneira mais eficiente e eficaz.

Nesse contexto, utilizando recursos tecnológicos para trabalhar os conteúdos

nas aulas os alunos vão aprendendo de forma mais rápida os conteúdos ou

atividades propostas, além de ajudar o professor a conduzir a aula de maneira mais

criativa, com condições de acompanhar os alunos que apresentam maiores

dificuldades durante o processo, além de facilitar o trabalho do professor na

interação de conhecimentos com o aluno através dos diferentes recursos

tecnológicos disponíveis.

Assim, o domínio das linguagens, por meio de diferentes recursos

tecnológicos representa um elemento primordial para a conquista da autonomia,

permitindo a comunicação de ideias e o diálogo necessário para uma permanente

negociação dos significados de uma aprendizagem contínua e significativa.

Dessa forma, pode-se dizer que atualmente as informações estão ao alcance

de todas as pessoas de diferentes maneiras, portanto não cabe mais ao professor a

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função de repassá-las aos alunos, mas sim, de mediar a organização para que as

mesmas façam sentido para os alunos.

Cabe ao professor então, reconstruir o seu papel no processo de ensino e

aprendizagem, deixar de ser apenas um mero transmissor de conteúdos e atuar

como mediador, criando situações significativas as que favoreçam aos seus alunos

condições de se apropriar de um conhecimento.

CONCLUSÃO

Ao concluir o presente trabalho, foi possível perceber a partir das vivências

em sala de aula, a importância do uso das tecnologias em sala de aula, como forma

de ensinar diversos conteúdos, desenvolvendo habilidades específicas através da

criticidade e criatividade dos alunos, valorizando seus conhecimentos prévios e o

contexto em que estão inseridos.

Observou-se que durante os trabalhos em grupo com a utilização dos

diferentes recursos tecnológicos nas aulas de Química os alunos compartilhavam o

que sabiam com os colegas e professor, buscavam juntos a solução dos problemas,

ou seja, houve muita interação entre eles.

A dinâmica das aulas foi muito bem aceita pelos alunos que estavam sempre

curiosos para saber quais seriam as propostas das aulas seguintes, assim sendo, os

objetivos foram atingidos, quando do uso de tecnologias de informação a fim de

melhorar o processo ensino-aprendizagem na disciplina de Química.

Para o bom desenvolvimento do trabalho constatou-se que o professor

precisa planejar muito bem sua aula, para que a utilização das tecnologias na sala

de aula, seja um instrumento que estimule a aprendizagem dos alunos, orientando-

os a pesquisar, interagir e publicar as informações com segurança, pois do contrário

ela servirá apenas como simples passatempo.

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