A tecnologia da informação e a contabilidade: do princípio ... · Resumo O presente trabalho...
79
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DRA. MARIA AUGUSTA SARAIVA Aline Araujo de Sousa Bruna Silva Teixeira Daniel Vinicius Braulino Ferreira Dayana Pereira da Silva Matias José Ismael Mesquita Moisés Maria José da Silva Barduchi A tecnologia da informação e a contabilidade: do princípio aos softwares contábeis Trabalho de Conclusão de Curso SÃO PAULO 2013
Transcript of A tecnologia da informação e a contabilidade: do princípio ... · Resumo O presente trabalho...
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DRA. MARIA AUGUSTA SARAIVA
Aline Araujo de Sousa
Bruna Silva Teixeira
Daniel Vinicius Braulino Ferreira
Dayana Pereira da Silva Matias
José Ismael Mesquita Moisés
Maria José da Silva Barduchi
A tecnologia da informação e a contabilidade:
do princípio aos softwares contábeis
Trabalho de Conclusão de Curso
SÃO PAULO
2013
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL DRA. MARIA AUGUSTA SARAIVA
Aline Araujo de Sousa
Bruna Silva Teixeira
Daniel Vinicius Braulino Ferreira
Dayana Pereira da Silva Matias
José Ismael Mesquita Moisés
Maria José da Silva Barduchi
A tecnologia da informação e a contabilidade:
do princípio aos softwares contábeis
Trabalho de conclusão de curso apresentado à
Escola Técnica Estadual Dra. Maria Augusta
Saraiva, mantida pelo Centro Estadual de
Educação Tecnológica Paula Souza, como parte
dos pré - requisitos para a obtenção do Certificado
de Técnico em Contabilidade, sob a orientação do
Professor Me. Renato Antônio de Souza.
Trabalho de Conclusão de Curso
SÃO PAULO
2013
Ficha Cartográfica
SOUSA, Aline Araujo; TEIXEIRA, Bruna Silva; VINICIUS, Daniel Braulino;
PEREIRA, Dayana da Silva Matias; MOISÉS, José Ismael Mesquita; BARDUCHI,
Maria José da Silva.
A tecnologia da informação e a contabilidade: do princípio aos softwares
contábeis.
São Paulo: 2013
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – Centro Estadual de Educação
Tecnológica Paula Sousa – Escola Técnica Estadual Dra. Maria Augusta Saraiva.
Orientador: Me. Renato Antônio de Souza
Área de concentração: Contabilidade
1-Tecnologia da informação 2- Contabilidade 3 – SAP 4 - Contmatic
Banca examinadora:
__________________________________________
Orientador: Prof. Me. Renato Antonio de Souza
__________________________________________
__________________________________________
Dedicatória
Dedicamos este trabalho a nossos familiares
e amigos, que nos deram suporte durante todo
o decorrer desta pesquisa, que tiveram
paciência com nossas ausências e com nossa
ansiedade. Aos nossos professores que
contribuíram tanto para a elaboração deste
trabalho, quanto para a nossa formação
profissional. Ao nosso orientador Renato
Antônio de Souza, que nos guiou durante toda
a elaboração deste trabalho com paciência,
dedicação e acima de tudo nos incentivando a
sermos melhores alunos e profissionais.
Resumo
O presente trabalho visa a apresentar um estudo cronológico da evolução da
tecnologia da informação voltada para a contabilidade, apresentar uma breve
reflexão de como essa evolução transformou a contabilidade, de uma ciência
primitiva e rudimentar a uma das ciências humanas mais importantes para a
sociedade civilizada, fazer uma breve apresentação das funcionalidades dos dois
softwares, o SAP (Systems, Applications and Products in Data Processing
: Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados) e o Contmatic e
em seguida apresentar uma comparação entre esses dois softwares, apresentar
quais são os benefícios e/ou limitações entre esses softwares quanto a sua
utilização e aplicabilidade na área contábil. A fundamentação teórica adotada neste
trabalho foi o conceito de tecnologia da informação (TI) de Alecrim (2011), o impacto
da TI em nossa sociedade, segundo Lucena (1998), a evolução da TI, segundo
Keen (1996) e Foina (2001), a TI aplicada à contabilidade, segundo Kraemer (2003),
e a importância da TI para a área contábil, segundo Oliveira (2003). A metodologia
utilizada neste trabalho foi uma pesquisa bibliográfica realizada em livros, artigos e
trabalhos acadêmicos de diversos autores, dentre eles podemos citar, Herminio
(2012), Schmidt (2000), Sá (2000), Lopes (1947), Meirelles (2012) e Duarte (1997),
entre outros, além de uma pesquisa realizada pela FGV sobre a os ERP’s mais
utilizados nas empresas, para nos guiar na escolha dos softwares a serem
analisados. Como resultado desta pesquisa pudemos observar que apesar das
mudanças sofridas ao longo do tempo, a contabilidade ainda serve ao propósito de
ajudar o ser humano a controlar seu patrimônio, independente de como esse
controle é feito. Pudemos observar que apesar da grande quantidade de recursos
disponíveis, o SAP é de utilização mais complexa, exigindo que o usuário passe por
um treinamento antes de conseguir utilizar o sistema, enquanto o Contmatic é mais
intuitivo, porém limitado.
Palavras–chave: Tecnologia da informação, Contabilidade, SAP, Contmatic.
Abstract
This study aims to present a chronological study of the evolution of information
technology focused on accounting, submit a brief reflection on how this evolution
changed the accounting, from a primitive and rudimentary science to one of
humanities science most important for civilized society, make a brief presentation of
the functionality of both software, SAP (Systems, Applications and Products in Data)
and Contmatic and then present a comparison between these two software, present
which are the benefits and / or limitations between these software as their use and
applicability in accounting. The theoretical framework adopted in this study was the
concept of information technology (IT), as Alecrim (2011), the impact of IT in our
society, according to Lucena (1998), IT developments, according Keen (1996) and
Foina (2001), IT applied to accounting according Kraemer (2003) and the importance
of IT for the accounting, according to Oliveira (2003). The methodology used in this
study was a literature research conducted in books, articles and academic papers of
various authors, among them we can mention Herminio (2012), Schmidt (2000), Sá
(2000), Lopes (1947) Meirelles (2012) and Duarte (1997), among others, in addition
a survey conducted by FGV on the ERP's most widely used in business, to guide us
in the choice of software to be analyzed. As a result, we observed that despite the
changes experienced over time, accounting continues serving the purpose of helping
human beings to control their assets, regardless of how this control is done. We
noted that despite the large amount of resources available, the use of SAP is more
complex, requiring the user to go through training before they can use the system,
while the Contmatic is more intuitive, but limited.
Keywords: Information technology, Accounting, SAP, Contmatic.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 11
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEORICA ............................................................................. 13
1.1 - Conceito de tecnologia da informação ................................................................................... 13
1.2 - A tecnologia da informação aplicada na sociedade............................................................. 14
1.3 – Evolução da Tecnologia .......................................................................................................... 15
1.3.1 – A Era do Processamento de Dados ............................................................................... 15
1.3.2 – A Era dos Sistemas de Informações .............................................................................. 16
1.3.3 – A Era da Inovação e Vantagem Competitiva ................................................................ 16
1.3.4 – A Era da Integração e Reestruturação do Negócio ..................................................... 17
1.4 - A Tecnologia da informação aplicada à contabilidade ........................................................ 17
1.5 – A importância da tecnologia para a contabilidade............................................................... 18
1.6 - Tipos de sistemas de informação aplicados à contabilidade ............................................. 19
CAPÍTULO II – METODOLOGIA DE PESQUISA ......................................................................... 21
2.2 – Contexto de Pesquisa ............................................................................................................. 21
2.3 – Instrumentos e procedimentos de coleta de dados ............................................................ 22
2.4 – Procedimentos de Análise de dados ..................................................................................... 23
CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................... 25
3.1 - A evolução da tecnologia da informação aplicada à contabilidade ................................... 25
3.1.1 - A contabilidade na antiguidade ........................................................................................ 25
3.1.1.1 - Uruk - Suméria ............................................................................................................ 25
3.1.1.2 – Egito antigo ................................................................................................................. 26
3.1.1.3 – Grécia .......................................................................................................................... 27
3.1.1.4 – Ábaco ........................................................................................................................... 27
3.1.2 – Idade Média ....................................................................................................................... 28
3.1.2.1 – Invenção da imprensa ............................................................................................... 28
3.1.2.2 – Luca Pacioli ................................................................................................................. 29
3.1.3 – Idade Moderna ................................................................................................................... 30
3.1.3.1 – Invenção da calculadora ........................................................................................... 30
3.1.3.2 – Revoluções Burguesas ............................................................................................. 30
3.1.4 – Idade Contemporânea ...................................................................................................... 32
3.1.4.1 – Invenção do Computador ......................................................................................... 32
3.1.4.2 – Invenção do 1º software contábil ............................................................................. 33
3.1.4.3 – SAP: Systems Applications and Products in Data Processing ........................... 34
3.1.4.4 – Contmatic Phoenix ..................................................................................................... 35
3.2 – Sistema SAP ............................................................................................................................. 37
3.2.1 – Descrição ............................................................................................................................ 37
3.2.2 – Menu SAP .......................................................................................................................... 37
3.2.3 – Menu do usuário ................................................................................................................ 38
3.2.4 –Criar Lançamento Conta Razão ...................................................................................... 39
3.2.5 – Estornar Documento ......................................................................................................... 42
3.2.6 – Exibir documento ............................................................................................................... 45
3.2.7 – Exibir saldo contábil .......................................................................................................... 47
3.2.8 – Emitir Plano de Contas Contábil ..................................................................................... 48
3.2.9 – Emitir Livro Diário .............................................................................................................. 50
3.2.10 – Emitir Razão Contábil ..................................................................................................... 51
3.2.11- Exibir saldo contábil .......................................................................................................... 53
3.2.12 – Descrever o processo para gerar relatório/planilha em Excel ................................. 54
3.2.13 - Vantagens e desvantagens do SAP ............................................................................. 55
3.3 - Sistema Contmatic.........................................................................................................58
3.3.1 – Descrição ............................................................................................................................ 57
3.3.2 – Principais Botões do Contábil Phoenix .......................................................................... 59
3.3.3 – Menu inicial ........................................................................................................................ 60
3.3.4 – Cadastro de empresa ....................................................................................................... 61
3.3.5 - Ficha Cont ........................................................................................................................... 61
3.3.4 – Cadastro e configuração do plano de contas ............................................................... 62
3.3.5 – Lançamento contábil ......................................................................................................... 66
3.3.6 – Impressão de relatórios .................................................................................................... 67
3.3.7 – Impressão do Balancete de Verificação ........................................................................ 68
3.3.8 – Impressão do Razão Contábil ......................................................................................... 69
3.3.9 – Impressão do Livro Diário ................................................................................................ 71
3.3.10 – Vantagens e Desvantagens do Contmatic .................................................................. 72
CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................. 74
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................ 77
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 3.3. 1 - Principais botões do Contábil Phoenix ........................................................ 60
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 3.2. 1 - Menu SAP .................................................................................................................. 38
Figura 3.2. 2 - Login SAP .................................................................................................................. 39
Figura 3.2. 3 - Criar lançamento na conta razão ........................................................................... 40
Figura 3.2. 4 - Criar lançamento conta razão................................................................................. 40
Figura 3.2. 5 - Inserir item conta razão ........................................................................................... 41
Figura 3.2. 6 - Exibir síntese conta razão ....................................................................................... 42
Figura 3.2. 7 - Estornar documento ................................................................................................. 43
Figura 3.2. 8 - Estornar documento ................................................................................................. 44
Figura 3.2. 9 - Estornar documento - motivo do estorno .............................................................. 44
Figura 3.2. 10 - Estornar documento - lançamento do estorno ................................................... 44
Figura 3.2. 11 - Estornar documento – lançar estorno ................................................................. 45
Figura 3.2. 12 - Estornar documento - Nº do estorno ................................................................... 45
Figura 3.2. 13 - Exibir documento .................................................................................................... 46
Figura 3.2. 14 - Exibir documento - Nº do documento.................................................................. 46
Figura 3.2. 15 - Exibir documento - visão financeira..................................................................... 47
Figura 3.2. 16 - Exibir documento - visão entrada ........................................................................ 47
Figura 3.2. 17 - Exibir documento - visão contábil ........................................................................ 47
Figura 3.2. 18 - Exibir saldo contábil ............................................................................................... 48
Figura 3.2. 19 - Exibir saldo contábil - conta do razão ................................................................. 48
Figura 3.2. 20 - Emitir plano de contas contábil ............................................................................ 49
Figura 3.2. 21 - Plano de contas ...................................................................................................... 49
Figura 3.2. 22 - Emitir livro diário ..................................................................................................... 50
Figura 3.2. 23 - Livro diário ............................................................................................................... 51
Figura 3.2. 24 - Emitir razão contábil .............................................................................................. 52
Figura 3.2. 25 - Razão contábil ........................................................................................................ 52
Figura 3.2. 26 -Exibir saldo contábil ................................................................................................ 53
Figura 3.2. 27 - Saldo conta razão .................................................................................................. 54
Figura 3.2. 29 - Gerar relatório/ planilha em Excel ....................................................................... 55
Figura 3.3. 1 - Barra de ferramentas ........................................................................................60
Figura 3.3. 2 - Menu cadastro .......................................................................................................... 60
Figura 3.3. 3 - Ficha geral de cadastro de empresa ..................................................................... 61
Figura 3.3. 4 - Ficha Cont. de cadastro de empresa .................................................................... 62
Figura 3.3. 5 - Tela de cadastro e configuração do plano de contas ......................................... 63
Figura 3.3. 6 - Plano de contas ........................................................................................................ 64
Figura 3.3. 7 - Tela de cadastro do histórico padrão .................................................................... 65
Figura 3.3. 8 - Tela de lançamento contábil ................................................................................... 66
Figura 3.3. 9 - Tela de impressão dos relatórios ........................................................................... 67
Figura 3.3. 10 - Tela impressão do balancete de verificação ...................................................... 68
Figura 3.3. 11 - Tela de impressão do Razão Contábil ................................................................ 70
Figura 3.3. 12 - Tela de seleção de contas .................................................................................... 71
Figura 3.3. 13 - Tela de impressão do Livro Diário ....................................................................... 71
11
INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa a apresentar um estudo cronológico da evolução da
tecnologia da informação voltada para a contabilidade, apresentar uma breve
reflexão de como essa evolução transformou a contabilidade, de uma ciência
primitiva e rudimentar a uma das ciências humanas mais importantes para a
sociedade civilizada, fazer uma breve apresentação das funcionalidades dos dois
softwares, o SAP (em inglês: Systems, Applications and Products in Data
Processing, em português: Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de
Dados) e o Contmatic e em seguida apresentar uma comparação entre dois
softwares, apresentar quais são os benefícios e/ou limitações entre esses softwares
quanto a sua utilização e aplicabilidade na área contábil.
No que diz respeito à metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho,
partimos de uma pesquisa bibliográfica e documental sobre as mudanças sofridas
na área contábil em virtude das constantes alterações no cenário tecnológico atual.
Esse assunto despertou o interesse de diversos pesquisadores ao longo dos
anos, portanto nos utilizamos de suas pesquisas como referência para o
desenvolvimento deste trabalho, dentre eles podemos citar, Sá (1997), Schmidt
(2000), Keen (1996), entre outros.
A contabilidade evoluiu muito desde sua criação até os dias de hoje, porém
atualmente com a constante evolução da tecnologia esse processo se tornou mais
acelerado, obrigando assim que novos métodos e novas ferramentas sejam
adotados e adaptados a essa nova realidade.
Os softwares contábeis hoje são uma ferramenta de grande importância para
os escritórios contábeis e para as empresas, pois eles agilizam e controlam melhor
os processos realizados na contabilidade. Analisar cuidadosamente as diferentes
funcionalidades oferecidas pelos diversos softwares disponíveis no mercado é
importante para escolher adequadamente aquele que melhor atende as
necessidades individuais de cada setor e/ou empresa.
Por esse motivo escolhemos os softwares acima mencionados devido ao fato
de o SAP ser líder mundial no mercado de ERP’s (Enterprise Resource Planning) -
Sistemas Integrados de Gestão Empresarial - e a segunda maior do Brasil, e a
12
Contmatic que é uma empresa brasileira que atua no mercado brasileiro há 25 anos
(Fundação Getulio Vargas, 2012).
Pelas razões acima citadas, este trabalho justifica-se pelo fato de que
ofereceremos uma visão da evolução da contabilidade e um comparativo entre os
softwares citados, dando a chance de que o contador faça a melhor escolha para
suas necessidades diárias.
Além disso, este trabalho também justifica-se por ser pré-requisito para a
obtenção do diploma de Técnico em Contabilidade, cujo curso está sendo realizado
na Escola Técnica Estadual Doutora Maria Augusta Saraiva, mantida pelo Centro
Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza.
Diante dessas informações apresentadas, consideramos pertinente
elaborarmos duas questões que nortearão esta pesquisa:
1. Qual é impacto da tecnologia da informação na contabilidade?
2. Quais são os benefícios e/ou limitações que a tecnologia da informação traz
para a profissão contábil?
3. Quais são as funcionalidades do software SAP?
4. Quais são as funcionalidades do software Contmatic?
5. Quais são os benefícios e ou limitações entre esses softwares.
Para respondermos a essas questões, organizamos esta pesquisa da seguinte
forma: no Primeiro Capítulo, apresentaremos a Fundamentação Teórica a respeito
dos conceitos de tecnologia da informação, a tecnologia da informação aplicada à
sociedade, a evolução da tecnologia da informação, a tecnologia da informação
aplicada à contabilidade, a importância da tecnologia para a contabilidade; no
Segundo Capítulo, apresentaremos a Metodologia de Pesquisa adotada para a
realização deste estudo; no Terceiro Capítulo, apresentaremos e discutiremos os
resultados encontrados. Em seguida, apresentaremos nossas Considerações Finais
e as Referências Bibliográficas utilizadas para a realização desta pesquisa.
13
CAPÍTULO I
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 - Conceito de tecnologia da informação
Segundo Alecrim (2011), “a tecnologia da Informação (TI) pode ser definida
como o conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos
computacionais”. A tecnologia da informação pode ser considerada muito mais que
uma rede de computadores interligada entre si, segundo Carvalho e Moreno (2010)
“A Tecnologia da Informação (TI) não se restringe a equipamentos (hardware),
programas (software) e comunicação de dados. Existem tecnologias relativas ao
planejamento de informática” e um bom planejamento usando a tecnologia da
informação facilitará o acesso não só empresarial como também casual.
Carvalho e Moreno (2010) afirmam que a difusão social da informação em
larga escala de transmissão ocorreu a partir desses sistemas tecnológicos
inteligentes. Seu acesso pode ser de domínio público ou privado. Com prestação de
alguns serviços de diversas formas variadas, a tecnologia da informação abrange
muitas áreas como em planejamento de sistemas, suporte a software e hardware,
processo de produção e operação, banco de dados, infraestrutura gestão de
recursos, entre outros. O profissional que se especifica em cada área citada, por
exemplo, em desenvolvimento, mas também há profissionais que atuam apenas
com softwares comerciais (como ERP’s); outros trabalham apenas com a criação de
ferramentas para dispositivos móveis, outros que concentram suas atividades na
internet.
Para Alecrim (2011) “a Tecnologia da Informação, portanto, não é apenas
sinônimo de modernidade. É, acima de tudo, uma necessidade dos novos tempos,
afinal, a informação sempre existiu, mas não de maneira tão volumosa e
aproveitável”. A tecnologia da informação é vista como uma área abrangente e com
diversas subáreas estando essas em constante crescimento. A cada dia que a
tecnologia avança, junto com elas diversas outras áreas se adaptam ao uso dessa
tecnologia para melhorias de seus serviços e execução.
14
1.2 - A tecnologia da informação aplicada na sociedade
A tecnologia da informação sempre esteve presente na sociedade desde o
tempo primitivo. Ainda que de forma rudimentar, as pessoas das comunidades se
comunicavam utilizando técnicas para estabelecer um relacionamento entre si, como
por exemplo, a comunicação por meio de desenhos ou escritas em paredes. Com o
passar do tempo, a evolução e a consequente transformação do ser humano, tanto
intelectualmente quanto no aspecto comportamental, deu início a novas técnicas e
práticas, sendo posteriormente aperfeiçoadas e incorporadas no cotidiano das
pessoas.
Esse processo evolutivo criou uma nova dinâmica de relacionamento entre as
pessoas, que passaram a viver na chamada sociedade da informação. Para
conceituar esse novo nível de relações interpessoais é necessário considerar os
avanços tecnológicos e de comunicação.
Segundo Lucena (1998,p. 87/88)
a sociedade da informação é determinada pela integração das tecnologias de informação (particularmente microeletrônica) e de comunicação à vida social, profissional e privada, junto com a percepção da informação como fator estruturante da sociedade e insumo básico de produção (intelectual, cultural e econômica).
Assim foram surgindo diversas técnicas para que servissem de
aprimoramento da comunicação, tais como a escrita, a comunicação por meio do
telefone, televisão, rádio, entre outros. Mais tarde com a invenção e popularização
do computador, a comunicação, bem como o volume de informação produzida e
disseminada cresceram de forma exponencial, em razão da praticidade e agilidade
com que é criada e compartilhada.
Atualmente, a tecnologia da informação facilitou as atividades da nossa
sociedade, pois antes o que era feito manual agora é feito com o uso de programas
e softwares desenvolvidos justamente para facilitar as atividades humanas, trazendo
alta velocidade, precisão e segurança nos procedimentos e informações.
Tudo isso levou o ser humano a viver na era da informação, na sociedade da
informação, uma vez que agora não é só o homem que molda a tecnologia, mas
também agora a tecnologia molda a vida do homem em um processo de
codependência, em que às vezes não fica bem definido quem é criador e criatura,
15
visto que não só a tecnologia, mas algumas pessoas também podem ser
consideradas produtos dessa sociedade.
Caminhamos para um estágio em que o desenvolvimento dessa sociedade
será caracterizado pela capacidade de seus membros (cidadãos, empresas e
administração pública) de obter e compartilhar qualquer informação,
instantaneamente, de qualquer lugar e da maneira mais adequada.
Segundo Lucena (1998, p. 37/38):
os recursos humanos qualificados serão de importância fundamental para a era da informação: cientistas, engenheiros, educadores e técnicos; uma força de trabalho treinada para o uso destas tecnologias e sistemas capaz de produzir com qualidade e competitividade dentro de ambientes baseados em conhecimento e uma população preparada para, em escala generalizada, utilizar sistemas e serviços associados a redes de comunicação e informação, bem como educada para produzir e consumir informação e conhecimento competentemente.
Mas para que isso de fato ocorra de forma natural e que cada membro da
sociedade consiga acompanhar e fazer parte desse processo é necessária a
inclusão digital, que consiste em um processo de alfabetização tecnológica e acesso
a recursos tecnológicos, no qual estão inclusas as iniciativas para a divulgação da
Sociedade da Informação para todos, sobretudo pra as classes menos favorecidas.
Tais iniciativas podem ter o governo como indutor ou serem impulsionadas por
entidades ou organizações de caráter não governamental.
1.3 – Evolução da Tecnologia
Definir a data de criação da Tecnologia de Informação (TI) pode ser difícil,
mas os principais marcos dessa evolução ocorre com a criação do ENIAC em 1946,
um computador que ocupava uma sala inteira
Para Keen (1996, p. 25) pode ser divida em quatro períodos distintos:
Processamento de Dados (década de 1960), Sistemas de Informações (década de
1970), Inovação e Vantagem Competitiva (década de 1980), Integração e
Reestruturação do Negócio (década de 1990).
1.3.1 – A Era do Processamento de Dados
16
A evolução da tecnologia pode ser considerada em 1960 com o
processamento de dados, em que os computadores só podiam criar planilhas
básicas e informações sem muito detalhamento.
Segundo Foina (2001,p.36):
os avanços da informática eram puxados pelo hardware como melhorias no custo, velocidade dos equipamentos e as aplicações, onde esse último era construído do zero, pois não existiam empresas dedicadas ao desenvolvimento de pacotes.
Segundo Foina (2001, p.36), “na década de 1970, as linhas telefônicas de voz
passaram a permitir o acesso a terminais remotos de computadores e as
telecomunicações se tornam uma base tecnológica”, entrando assim na era do
sistemas de informação em que a tecnologia deu um passo ao acesso remoto.
1.3.2 – A Era dos Sistemas de Informações
Segundo Keen (1996, p. 37), “a maior evolução técnica dessa época foi a
passagem do processamento de transações para o gerenciamento de banco de
dados." Mesmo sendo em um período em que a centralização dos computadores
começa a fazer tarefas múltiplas, temos o surgimento de sistemas de gerenciamento
de dados que facilitam a análise, assim evitando duplicidade em relatórios, por
exemplo.
1.3.3 – A Era da Inovação e Vantagem Competitiva
Em 1980 surgiram os microcomputadores com a Apple e a IBM e também
surgiram os PCs (personal computer ou computador pessoal). Segundo Keen (1996,
p. 37), “os gerenciadores de banco de dados se tornaram disponíveis nos PCs e
softwares de custo baixo dominaram o mercado, assim as atenções voltavam-se
para o mercado em busca de novas estratégicas com base das tecnologias de TI”.
Temos também o surgimento da Microsoft com o Windows 1.0x, que foi lançado em
1985 e rodava com MS-DOS 2.0.
Mesmo com todos os avanços da época, como as redes locais, os
computadores ainda eram incompatíveis entre si, dificultando assim a integração dos
17
sistemas e uma maior flexibilidade. A busca pela descentralização torna-se mais
forte.
1.3.4 – A Era da Integração e Reestruturação do Negócio
Segundo Keen (1996, p. 159), “a TI é reconhecida como fator crítico de
capacitação, principalmente através das telecomunicações, que permite eliminar
barreiras impostas por local e tempo às atividades de coordenação, serviço e
colaboração”. Na década de 1990 foi quando os sistemas abertos, a criação da
internet e outros fatores tornaram-se fundamentais para a incompatibilidade que
existia, assim começando a aparecer com a tecnologia como a conhecemos. A
transformação e utilização das ferramentas da TI tornam-se globais e as distinções
entre computador e comunicação desaparecem mudando radicalmente o mundo dos
negócios. O computador torna-se elemento de TI indispensável em uma
organização.
1.4 - A Tecnologia da informação aplicada à contabilidade
Com a grande evolução da tecnologia, a sociedade de uns tempos para cá
vem mudando cada vez mais rápido seu modo de viver, de relacionar-se e
principalmente de trabalhar.
A tecnologia agiliza e facilita as rotinas de trabalho além de atender todas as
expectativas no que diz respeito aos resultados. Grande parte dessa evolução deu-
se por conta das mudanças proporcionadas pela TI, que tiveram grande relevância
principalmente ao profissional da área contábil como, por exemplo, a criação de
sistemas de informações contábeis e os ERP’s (Enterprise Resource Plannign) que
otimizaram o trabalho do contador, já que a maioria das atividades exercidas por
eles eram feitas manualmente. Atualmente, só bastam alguns cliques e é possível
extrair informações sobre a saúde financeira da empresa. A única coisa que o
programa exige é que o profissional saiba parametrizar e analisar tal informação
para atender as expectativas dos empresários investidores e da sociedade como um
todo.
A tecnologia para a área contábil passou a ser um recurso extremamente
estratégico com a principal necessidade de demonstrar os resultados às
18
organizações de forma clara e ágil e isso fez com fossem, de certa forma, obrigadas
a adquirirem softwares e todos os itens que compõem agilidade no processo de
tomada de decisão das organizações.
Segundo Kraemer (2003, p.25.):
o profissional contábil que não se modernizar e que não equipar seus escritórios com o que há de mais atual em TI, ajudando a si e a seu cliente, é fadado ao fracasso.
Tanto nas empresas quanto nos escritórios de contabilidade as mudanças
proporcionadas pela TI foram extremamente relevantes e a competência no uso
dessa tecnologia é imperativa ao profissional dessa área. Entre os vários aspectos
da profissão contábil afetados pelos avanços na TI, os sistemas de informações
contábeis e os ERP’s podem ser considerados alguns dos principais motivadores
dessas mudanças (INTERNATIONAL FEDERATION OF ACCOUNTANTS, 2009).
Diante de tudo isso, vários desafios são colocados à contabilidade: desde a
necessidade de incorporação das novas tecnologias pelas empresas contábeis até a
compreensão dos efeitos dessas tecnologias sobre as organizações e, sobre o
resultado relacionado ao patrimônio das empresas. O mercado de trabalho está
exigindo cada vez mais profissionais que tenham conhecimentos em sistemas ERP’s
em virtude da rápida automação verificada nos diversos setores da economia, em
processos contínuos e irreversíveis.
Com todas estas mudanças que a contabilidade vem sofrendo com o passar
do tempo para cada vez mais melhorar seus resultados, ainda tem muito para
acontecer em relação à tecnologia, mas temos que admitir que a tecnologia tem um
papel extremamente importante para que essas mudanças continuem acontecendo
e desenvolvendo-se para melhor atender os profissionais e as organizações.
1.5 – A importância da tecnologia para a contabilidade
A tecnologia trouxe para a contabilidade diversas facilidades que vão desde
lançamentos e processamento dos dados até a criação dos relatórios que podem ser
feitos por sistemas.
Comparado como a contabilidade era feita antigamente e como ela é feita nos
dias de hoje, podemos observar que houve uma grande evolução em todos os
19
aspectos, desde a mentalidade dos contadores, quanto às ferramentas e aplicativos
disponíveis, e como essas ferramentas auxiliaram as empresas a otimizar o tempo
gasto nas atividades cotidianas.
Para Oliveira (2003, p. 17) “as empresas que adotaram a contabilidade
informatizada tiveram bons resultados e procuraram cada vez mais melhorar esse
processo”. Sem dúvidas, a contabilidade informatizada trouxe contribuições
extremamente significativas para as organizações de pequeno, médio e grande
porte.
O aumento da produtividade quando utiliza-se o computador para realizar um
trabalho é uma das vantagens e importâncias que a tecnologia trouxe. O tempo que
uma equipe ou até mesmo que uma pessoa gasta para produzir um relatório ou um
balancete, não tem comparação com o tempo que um sistema ERP leva para
efetuar a mesma tarefa. Além disso, com a ajuda de um sistema informatizado,
pode-se padronizar relatórios evitando erros, dando maior visibilidade e
confiabilidade dos dados gerados.
Por tratar-se de informações sigilosas e importantíssimas para as empresas,
um sistema informatizado traz mais segurança para a contabilidade e para os
sócios.
Além de tudo isso, podemos enfatizar o estímulo que os profissionais da área
passaram a ter por conta dos recursos que a tecnologia traz tornando o trabalho
deles menos cansativo e mais produtivo.
1.6 - Tipos de sistemas de informação aplicados à contabilidade
Segundo Oliveira (1997, p.34-38), os sistemas existentes no mercado são:
Sistemas de Contabilidade Comercial – são desenvolvidos para pequenas empresas comerciais, que se limita a operações simples.
Sistemas de Contabilidade Fiscal - são desenvolvidos com o fim de fazer a escrita fiscal das empresas, escrituração dos livros, etc.
Sistemas de Contabilidade de Custos – são muito utilizados nas indústrias, por conta da complexidade dos custos.
Sistemas de Contabilidade Gerencial- são bem mais completos, apresentam muitas opções de relatórios e é voltado a médias e grandes empresas ou escritórios de Contabilidade.
Sistema de Administração de Pessoal ou de Recursos Humanos - é um sistema com programas que geram a folha de pagamento, a consignatários, com alugueis, pensões alimentícias, contribuições, etc.
20
Sistema de Controle de Estoque – esse tipo de sistema gera inventário físico e financeiro, relatórios de entradas e saídas, por fornecedor, região, setor, departamento ou área, controla as vendas por vendedor, etc.
Sistema de Faturamento – emitem faturas de venda ou prestação de serviços, alem de preparar e gerar relatórios do faturamento mensal.
Sistema de Contas a Pagar - contém programas que geram relatórios de controle geral das obrigações da empresa. Os bons programas permitem até a implantação de um calendário de feriados para facilitar o acompanhamento de pagamentos, que no caso dos impostos e contribuições precisam ser antecipados quando caírem em um dia não útil para o sistema bancário.
Sistema de Contas a Receber - geram relatórios de contas a receber da empresa que devem ser separados por natureza, por cliente, filial ou região. Os aplicativos ainda proporcionam informações de créditos a receber por data de vencimento, indicando os dias de atraso e eventuais cobranças de juros e multas, enviando essas informações para a tesouraria e a Contabilidade.
Sistema de Controle do Imobilizado - alimentam informações relativas à movimentação dos bens integrantes do ativo imobilizado da empresa, gerando relatórios de adições, baixas, transferências, depreciação e correção, se houver.
Sistema de Gerência ou Gestão Financeira - é um sistema que geralmente centraliza informações da Contabilidade, faturamento, contas a pagar e a receber, tesouraria, sendo que essas atividades são desenvolvidas em cada área especifica, e gerenciadas pela administração financeira ou controladoria.
São diversos os tipos existentes de sistemas de informação utilizados pelas
empresas e principalmente pelo setor contábil. Como podemos ver, esses sistemas
são de grande valia para os profissionais e principalmente para a empresa por conta
da agilidade e confiabilidade das informações transmitidas ao publico interno e
externo.
21
CAPÍTULO II
METODOLOGIA DE PESQUISA
Este capítulo tem por objetivo apresentar informações a respeito da
metodologia de pesquisa utilizada no desenvolvimento deste trabalho, o contexto em
que essa coleta aconteceu, os instrumentos utilizados para a coleta e os
procedimentos seguidos para a análise dos dados.
2.2 – Contexto de Pesquisa
O presente trabalho caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica,
realizado através de livros, artigos e trabalhos acadêmicos desenvolvidos sobre a
mesma temática.
Segundo Carvalho et al (2004, s)p):
Pesquisa bibliográfica é a busca de uma problematizacão de um projeto de pesquisa a partir de referencias publicadas, analisando e discutindo as contribuições culturais e cientificas. Ela constitui uma excelente técnica para fornecer ao pesquisador a bagagem teórica, de conhecimento, e o treinamento cientifico que habilitam a produção de trabalhos originais e pertinentes.
Visando apresentar um estudo cronológico da evolução da tecnologia da
informação voltada para a contabilidade, apresentar uma breve reflexão de como
essa evolução transformou a contabilidade, apresentar uma comparação entre dois
softwares, o SAP e o Contmatic, e por fim apresentar os benefícios e/ou limitações
entre esses softwares quanto a sua utilização e aplicabilidade na área contábil, esse
método de pesquisa é o que melhor se adéqua às necessidades de pesquisa do
nosso trabalho, ajudando-nos a coletar e analisar de forma mais segura as
informações pertinentes aos nossos objetivos.
Utilizaremos também para a realização do nosso trabalho os Softwares SAP
e Contmatic, dos quais extraímos as informações a respeito de suas
funcionalidades, para assim posteriormente compararmos qual software apresenta
mais vantagens ou desvantagens entre os que escolhemos para nossa pesquisa.
22
Essa estratégia denomina-se de pesquisa documental que, segundo Santos (2000),
é realizada a partir de documentos considerados cientificamente autênticos, ou seja,
esta pesquisa é realizada por meio de tabelas estatísticas, atas, relatórios, diários,
ofícios, discursos, informativos, documentos informativos arquivados em repartições
públicas, entre outros. Segundo Lüdke e André (1986, p.38), “a análise documental
pode constituir-se numa técnica valiosa de abordagem de dados qualitativos, seja
complementando as informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando
aspectos novos de um tema ou problema”.
2.3 – Instrumentos e procedimentos de coleta de dados
Coletamos as informações apresentadas neste trabalho de diversas fontes,
tanto de livros acadêmicos, como artigos publicados por professores renomados.
Essa coletânea de informações foi analisada com cuidado, comparando entre si as
informações dispostas para que mantivéssemos nossa pesquisa com as
informações e dados mais atualizados disponíveis.
Utilizamos-nos também do artigo publicado pelo consultor em ERP para a
Divisão Latino América do Grupo Alba Spectrum Technology, Robert Kowas, que
apresenta os pontos importantes a serem analisados antes de escolher um software
ERP para sua empresa.
A escolha dos softwares SAS e Contmatic deu-se com base na 23ª Pesquisa
Anual do Uso de TI, produzida pela FGV (Fundação Getulio Vargas), sob a
coordenação do diretor-executivo e diretor-geral Fernando S. Meirelles, segundo a
qual o SAP foi apontado como o segundo ERP mais utilizado do Brasil, com 28% de
presença no mercado brasileiro, enquanto no mercado mundial o SAP é líder com
25,5% do mercado. O Contmatic foi escolhido por ser um software desenvolvido por
uma empresa brasileira e dessa forma gostaríamos de apresentar uma comparação
entre o líder mundial e um software nacional.
Esses ERP’s são softwares aplicativos que permitem às empresas
compartilharem dados e uniformizar processos de negócios, bem como produzir e
utilizar informações em tempo real. Trata-se de um sistema composto por vários
módulos integrados, a partir de uma base de dados única e não-redundante, que
tem como função atender às necessidades de informação para apoio à tomada de
23
decisão.
Para Albertão (2001, p. 24):
Nos tempos atuais, mais que nunca, informação significa poder e seu uso apropriado pode ser uma arma que estabelece o diferencial competitivo e a projeção de um cenário com vistas a um melhor atendimento a clientes, com a otimização de toda a cadeia de valores e de produção. Ter o poder e o controle sobre suas próprias informações de modo a reagir rapidamente dentro da exigência do mercado é uma necessidade que nenhuma organização que pretenda sobreviver pode ignorar.
Para Peleias (2000,s/p):
Quando a administração de uma empresa decide implementar um sistema integrado, é preciso considerar os benefícios a serem obtidos a partir do momento em que a solução estiver ‘rodando’; os impactos sobre a cultura e o ambiente da empresa; o grau de dificuldade durante o período de implementação; e a relação custo-benefício envolvida, pois em muitas situações o valor investido pode atingir dezenas de milhões de reais, e quais funcionalidades, atividades ou áreas serão, ou não, atendidas.
2.4 – Procedimentos de Análise de dados
O procedimento utilizado para efetuarmos a análise desses softwares foi
dividir nosso grupo em três grupos: um responsável por fazer a análise do SAP, o
outro para analisar o Contmatic e um terceiro que foi mantido em relação a questões
gerais desta pesquisa.
Quanto às categorias de análise, optamos pela análise da interface, método
de lançamento, relatórios, integração, operacionalidade, interação com o usuário e
recursos disponíveis, devido ao fato de essas categorias serem as que exercem
mais impacto no momento da escolha do software mais adequado para a empresa e
na utilização do usuário no dia a dia do escritório.
Em seguida, aplicamos a técnica de análise qualitativa, que nos deu a
liberdade necessária para analisar determinados pontos dos softwares em que a
subjetividade do usuário é determinante para definir sua característica.
Segundo IBOPE (2004, s/p)
As pesquisas qualitativas são exploratórias, ou seja, estimulam os entrevistados a pensarem livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Elas fazem emergir aspectos subjetivos e atingem
24
motivações não explícitas, ou mesmo conscientes, de maneira espontânea. São usadas quando se busca percepções e entendimento sobre a natureza geral de uma questão, abrindo espaço para a interpretação.
Na etapa seguinte, as análises foram compartilhadas com todo o grupo
visando solucionar as principais dificuldades encontradas no percurso da análise dos
dados.
25
CAPÍTULO III
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
3.1 - A evolução da tecnologia da informação aplicada à contabilidade
Atualmente, com os diversos recursos disponíveis para a realização de uma
contabilidade mais rápida e efetiva, fica difícil imaginar que a contabilidade é uma
ciência que existe desde o começo da vida em sociedade e que nos primórdios
dessa ciência os métodos utilizados para a contabilização fossem tão rudimentares,
porém sem esses métodos, provavelmente nossa sociedade e a contabilidade atual
não existisse.
A partir disso, neste capítulo, veremos os principais avanços tecnológicos de
diferentes períodos que levaram a uma contabilidade de uma ciência primitiva a uma
das ciências mais importantes no meio empresarial.
3.1.1 - A contabilidade na antiguidade
3.1.1.1 - Uruk - Suméria
Para Vesce (2008), os sumérios são uma das mais antigas civilizações da
humanidade e também possuidores de uma rica cultura. Uruk foi uma das grandes
cidades dessa civilização com grande importância política para seu país. Essa
cidade possuía um sistema de irrigação que permitiu que a agricultura da região se
desenvolvesse.
Com uma agricultura em desenvolvimento, uma forma de controle fez-se
necessária. Segundo documentos encontrados em escavações realizadas nas
ruínas de Uruk, uma forma de contabilidade rudimentar foi encontrada nos registros
dessa cidade.
Segundo Hemínios (2012), diversas escavações foram efetuadas em Uruk.
Entre 1912 e 1913, uma equipe alemã liderada por Julius Jordan dirigiu-se a Uruk
para a realização de uma escavação. Essa expedição retornou em 1928, realizando
novas escavações até 1939. Em 1954, sob a direção de Heinrich Lenzen, foram
descobertas tábuas datadas de 3300 a.C. em sumério, que evidenciavam que Uruk
26
havia sido um importante centro urbano e que a utilização de uma forma de escrita
era amplamente utilizada no cotidiano de seus comandantes.
Segundo Schmidt (sem data, p.1), nessas mesmas escavações foi possível
identificar uma forma rudimentar de contabilidade. A contabilidade era feita por meio
de fichas de argila cozida guardadas em receptáculos de barro, que eram utilizadas
para controle dos bens da cidade.
A forma de utilização dessas fichas de barro era bastante simples. Por
exemplo, o empréstimo de um cordeiro, nesse caso a operação envolveria dois
receptáculos: o primeiro representaria o estoque do dono do animal e o segundo
representaria o direito de receber esse animal de volta. Nesse caso, uma ficha seria
retirada do primeiro receptáculo, representando que o animal não mais se encontra
no pasto de seu dono, e seria depositada no segundo receptáculo, representando o
direito de receber esse animal de volta. Assim, iniciava-se uma forma rudimentar do
método das partidas dobradas.
Com a invenção das fichas de barro para o controle da contabilidade, houve a
criação das tábuas de escrita cuneiformes para o controle do pão, cerveja, escravos,
entre outros itens. Dessa forma, podemos concluir que o desenvolvimento da escrita
teve uma íntima relação com o surgimento da civilização e da contabilidade.
3.1.1.2 – Egito antigo
O Egito é conhecido amplamente por sua arquitetura incomum e altamente
desenvolvida para seu período, mas o que a maioria das pessoas ignora é que para
esse grande desenvolvimento, os egípcios tinham que manter um grande controle
de seus recursos, tanto materiais quanto humanos.
Segundo Sousa (sem data) “o Egito destacou-se pela organização de um
forte Estado que comandou milhares de pessoas.” Para comandar milhares de
pessoas foi necessária a criação de um sistema de controle.
Segundo Schmidt (2000, p. 22):
os egípcios deram um grande passo no desenvolvimento da Contabilidade ao escriturar as contas com base no valor de sua moeda, o shat de ouro ou de prata... Com o surgimento da moeda e das medidas de valor, o sistema de contas ficou completo, sendo possível determinar as contas contábeis representantes do patrimônio e seus respectivos valores.
27
Outra importante contribuição dos egípcios para a contabilidade foi a criação
do papiro, que possibilitou a criação dos livros de escrituração. Segundo Sá (2000),
“ao inventar-se o papiro, no Egito, então, com os registros em folhas, ao costurá-las,
criaram-se os livros”.
Podemos concluir que as duas maiores contribuições do Egito para a
contabilidade foram a criação de uma medida de valor, o shat de ouro ou prata, e a
invenção do papiro, que possibilitou a criação dos livros de escrituração contábil.
3.1.1.3 – Grécia
As contribuições da Grécia para a atual sociedade são grandes e em diversas
áreas. Como não podia deixar de ser, a Grécia também deixou marcas na história da
contabilidade, entre elas, podemos citar como uma das mais importantes a criação
da contabilidade pública, que hoje se faz indispensável na estrutura social em que
nos encontramos.
Numa sociedade burocrática e com grandes gastos públicos como a grega, o
registro dos recursos utilizados pelos governantes era de vital importância, fato que
ficou mais evidente com o desenvolvimento da democracia na região. O controle dos
gastos públicos era uma forma de dar mais transparência ao emprego dos impostos
pagos ao governo, o que se tornou uma base para nossos atuais tribunais de
contas.
De acordo com Lopes (1947, p. 215):
Atenas, com a sua importante legislação concernente à fiscalização dos dinheiros públicos, lançara os alicerces históricos dos tribunais de contas que existem hoje em quase todos os países civilizados. Transformando a mera atividade de contraste numa verdadeira instituição, com órgãos e funções precisas, legou ela à posteridade um instrumento imprescindível de comprovação da legalidade e moralidade da administração financeira do Estado (...).
3.1.1.4 – Ábaco
O ábaco é um antigo instrumento de cálculos utilizado em diversas
sociedades durante toda a antiguidade e até os dias de hoje é possível encontrar
pessoas que façam uso dessa tecnologia. O ábaco apresenta-se numa forma
retangular, como uma moldura, formado por fios paralelos na vertical e contas ou
arruelas deslizantes, que conforme suas posições indicam a quantidade que está
28
sendo calculada. Existem também ábacos com uma separação na horizontal, que
cria duas sessões nesse instrumento, esse é o mais conhecido atualmente, o ábaco
chinês (Soroban).
Diversos estudiosos tentaram identificar sua origem, o que se tornou um
trabalho árduo e infrutífero, pois até os dias de hoje discute-se onde esse
instrumento pode ter originado-se.
Segundo JonasBlog (2012, s/p):
Na forma como o conhecemos foi inventado pelos chineses no século II d.C., mas existem registros de instrumentos similares mais antigos originários da Mesopotâmia (atual Iraque), Egito, Grécia, Índia, Roma (antigo império romano) e também entre os Incas, no continente sul-americano.
O ábaco surgiu para suprir uma necessidade das sociedades em constante
desenvolvimento, assim como todas as tecnologias desenvolvidas pelo homem.
Segundo Matumoto (2012, s/p):
A necessidade do ábaco nas civilizações antigas decorria em parte da representação numérica usada, que não facilitava cálculos escritos, como fazemos hoje. Além disso, os antigos não dispunham de papel para registrar os cálculos.
3.1.2 – Idade Média
3.1.2.1 – Invenção da imprensa
A invenção da imprensa em 1456 por Johannes Gutenberg alterou de forma
positiva todas as áreas da sociedade civilizada, inclusive a contabilidade. Como
vimos anteriormente, a invenção do papiro pelos egípcios possibilitou a criação dos
livros contábeis, a invenção da imprensa possibilitou a transmissão das descobertas
e instruções que ajudaram não só a contabilidade, mas como toda a sociedade.
Hoje compartilhar informações é fácil e rápido, mas houve um tempo em que
as informação eram transmitidas em livros manuscritos, o que dificultava a
disseminação das informações, pois era uma forma cara e limitada de se produzir
livros. Segundo Meirelles (2012), “antes da divulgação da imprensa, a divulgação
das ideias por meio de manuscritos era limitada e caríssima. A aquisição de cultura
constituía um privilégio dos raros homens de fortuna”.
29
A maior contribuição para a contabilidade foi disseminar com maior facilidade
as instruções posteriormente criadas por Luca Pacioli, dessa forma mais pessoas
tiveram acesso a essa informação e impulsionou a contabilidade a tornar-se uma
ciência em ascensão.
Segundo Wikilivros (2011, s/p):
Para tal popularização, contribuiu o fato de a obra de Pacioli ter surgido juntamente com a criação da impressora de tipos móveis por Gutenberg, o que possibilitou uma ampla difusão do livro de Pacioli que expunha o sistema de partidas dobradas.
3.1.2.2 – Luca Pacioli
O Frei Luca Batolomeo Pacioli nasceu em 1445 na cidade de Sansepolcro, na
região da Toscana, na Itália. Foi um Frei Franciscano e um célebre matemático. Em
1494 foi publicada na cidade de Veneza sua obra mais conhecida até os dias de
hoje, Summa de Arithmetica, Geometria proportioni et propornalità (coleção de
conhecimentos de aritmética, geometria, proporção e proporcionalidade). O capítulo
que o tornou famoso foi o que tratava sobre a contabilidade. Nesse capítulo, ele foi o
primeiro a descrever a contabilidade com uma dupla entrada, método que
posteriormente foi conhecido como o método veneziano ou método das partidas
dobradas.
Apesar de sua notável contribuição a essa ciência, o Frei Luca Pacioli não
criou o método das partidas dobradas. De acordo com Neto (2011), “Pacioli, apesar
de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das Partidas Dobradas.
O método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o Século XIV”.
Com a repercussão de seu Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade
por Partidas Dobradas), o Frei foi convidado a ser professor na cidade de Milão e um
de seus alunos mais célebre foi o famoso Leonardo da Vinci, que posteriormente
veio a ilustrar sua segunda obra mais famosa, a De Divina Proportioni (proporção
áurea).
30
3.1.3 – Idade Moderna
3.1.3.1 – Invenção da calculadora
Durante muito, tempo o físico e matemático Blaise Pascal foi considerado o
criador da máquina de calcular ou calculadora, mas foi descoberto que em 1623 o
professor alemão Wilhelm Schickard já tinha um protótipo inacabado de sua própria
máquina de calcular, que foi destruída em um incêndio.
Segundo Engenharia Química (2012, s/p):
A primeira calculadora mecânica foi inventada pelo professor alemão Wilhelm Schickard em 1623. Essa calculadora era capaz de somar, subtrair, dividir e multiplicar números (...). Infelizmente o único exemplar dessa calculadora ainda incompleto foi destruído em um incêndio. Mas na década de 60 foram encontradas as anotações do projeto dessa calculadora, essas anotações possibilitaram a reprodução dessa calculadora e atribuíram a Wilhelm Schickard a invenção da calculadora.
Anteriormente, a invenção da calculadora era atribuída ao físico e matemático
francês Blaise Pascal. Ele criou em 1642 uma máquina de calcular para auxiliar seu
pai, um cobrador de impostos, em seus trabalhos diários.
Muitos professores, matemáticos, físicos e engenheiros aprimoraram o design
e a funcionalidade das máquinas de calcular até chegar às máquinas atuais que
podem realizar não quatro, mas centenas de operações que nos ajudaram a criar
toda uma nova sociedade baseada em tecnologia. Sem a invenção da calculadora,
os primeiros computadores nunca poderiam ter sido criados e a sociedade de
tecnologia como a conhecemos hoje não existiria.
3.1.3.2 – Revoluções Burguesas
Segundo Marinho (sem data), “as chamadas Revoluções Burguesas foram: as
Revoluções Inglesas do século XVII (Puritana e Gloriosa), a Independência dos
EUA, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa”. Essas revoluções ocorreram
de meados do século XVII a meados do século XIX causando na Europa grandes
mudanças, tanto sociais como tecnológicas. Dentre essas revoluções, as que
tiveram maior impacto na área contábil foram as revoluções industrial e francesa.
Durante a revolução industrial, com a alteração dos métodos de fabricação
dos produtos, de manufatura para industrialização, criou-se uma necessidade para
31
controlar os custos dessa fabricação, exigindo assim que novamente a contabilidade
se adaptasse a essa nova necessidade da sociedade.
Segundo Fagundes (2004, s/p):
A Contabilidade de Custos nasceu da Contabilidade financeira, quando da necessidade de avaliar estoques na indústria, mais especificamente com o início da Revolução industrial. Anteriormente a esse período, os produtos eram fabricados por artesãos que, via de regra, não constituíam pessoas jurídicas e pouco preocupavam-se com o cálculo de custos.
Hoje, a contabilidade de custo é uma das áreas da contabilidade que está em
maior expansão, por ter-se provado uma área de grande importância e devido à
grande competitividade do atual mundo globalizado, controlar os custos tornou-se
um importante fator no lucro das empresas.
Durante o período da revolução francesa, foram criadas diversas escolas de
pensamento contábil, entre as mais importantes desse período estão: Escola
Lombarda, Escola Toscana, Escola Veneziana e a Escola Estadunidense. As
escolas contábeis servem para criar e disseminar uma doutrina contábil, segundo Sá
(1995), as doutrinas contábeis são formas de se criar, desenvolver, ou até de
desacreditar uma linha do pensamento contábil.
A Escola Lombarda é também conhecida como escola administrativa e foi
criada por Francesco Villa. Segundo Ricken (2003, p. 30), “o fator que mais
impulsionou o desenvolvimento desta escola foi a ligação criada entre a
contabilidade e administração, demonstrando o quanto a contabilidade pode auxiliar
no controle de gestão (...)”.
A Escola Toscana é também conhecida como escola logismográfica e foi
criada por Giuseppe Cerboni e segundo Pinto (2002, p.22), “essa teoria acredita no
inter-relacionamento da contabilidade com a economia e a administração. Cerboni
acreditava que esta teoria era a essência da contabilidade”.
A Escola Veneziana é também conhecida como escola controlista e foi criada
por Fabio Besta e segundo Pinto (2002, p.24), “a sua primeira preocupação foi
distinguir a administração geral da administração econômica. A primeira, segundo
Besta, refere-se a governar os negócios e a segunda refere-se a administrar o
patrimônio para gerar riquezas. Besta acredita que o objeto de estudo da
contabilidade era o controle econômico”.
32
A Escola Estadunidense é um das mais novas escolas contábeis e é uma das
mais importantes no cenário atual.
Segundo Pinto (2002, p.26):
esta escola fez da contabilidade fontes de informação para fins gerenciais e principalmente de fácil interpretação e leitura. Destacaram-se das demais escolas de contabilidade por acatar profissionalmente as normas instruídas das entidades de classe, (...). A união profissional aliada à pesquisa de campo define bem a característica desta escola.
As escolas contábeis são importantes porque nos mostram caminhos a
seguir, diferentes formas de interpretar a mesma informação, sem com isso distorcer
o que está sendo apresentado.
Como pudemos ver neste texto, as revoluções burguesas que aconteceram
há quase quatro séculos ainda influenciam a forma como vemos a contabilidade e
nos deram uma ferramenta de extrema importância para o cenário atual.
3.1.4 – Idade Contemporânea
3.1.4.1 – Invenção do Computador
Nos dias de hoje é praticamente impossível encontrar uma casa, escritório ou
empresa que não tenha um computador. Sem a ajuda dessa incrível ferramenta
muito dos avanços que tivemos não seriam possíveis, pois os computadores nos
ajudam não só a calcular, organizar e salvar essas informações para posteridade,
mas também a compartilhar essas informações com outras pessoas que tenham
interesse em continuar ou dar uma nova visão às informações acumuladas.
Segundo Duarte (1997), o matemático e economista Charles Babbage foi o
primeiro a conceber a ideia de um computador, sendo assim considerado o primeiro
computador da história é o Mecanismo Diferencial número 1, construído entre 1821
e 1832.
Porém o computador de Babbage é o primeiro dos computadores mecânicos,
já o primeiro computador digital eletrônico foi o ENIAC (Electronic Numerical
33
Integrator and Computer ou computador e integrador numérico
electrónico)
Segundo Junior (2010), o ENIAC começou a ser desenvolvido em 1943
durante a Segunda Guerra Mundial num trabalho conjunto entre os professores
John Mauchly e John Presper Eckert. Esse computador foi desenvolvido
para auxiliar os militares a calcular as trajetórias balísticas durante a
guerra, pois efetuar esse trabalho manualmente era complexo e
demorado, além de exigir conhecimento de física e matemática, porém a
construção do ENIAC só foi concluída em 1946 após o término da
Segunda Guerra Mundial.
Segundo Guizzo (2000), “uma revolução silenciosa iniciou-se cinqüenta
anos atrás na Universidade da Pensilvânia. Finalizado em 1946, o Eniac (Electronic
Numerical Integrator and Computer) foi o primeiro computador digital totalmente
eletrônico”. O ENIAC foi o início de uma nova tecnologia que veio
transformar novamente a nossa sociedade e é considerado o pai dos
computadores modernos, apesar de não se parecer em nada com os
computadores que temos hoje, sem a sua criação, os nossos
computadores não existiriam.
3.1.4.2 – Invenção do 1º software contábil
Determinar qual foi o primeiro software contábil é uma tarefa que se provou
de difícil execução, pois anteriormente a criação dos MRP (Material Requirement
Planning ou planejamento das requisições de materiais), na década de 60 e 70,
existiam alguns softwares que eram utilizados para a contabilização nas empresas,
mas não eram desenvolvidos com esse fim.
O primeiro software MRP foi criado pela empresa americana American Bosch
Company em 1959. A criação dos MRP’s possibilitou à empresa que controlasse de
forma mais ágil seu estoque, de forma a prever a futura demanda e evitar a
escassez de mercadoria para suprir os pedidos. Segundo NextGeneration (sem
data, p. 1), “eles surgiram já na forma de conjuntos de sistemas, também chamados
de pacotes, que conversavam entre eles e possibilitavam o planejamento do uso dos
insumos e a administração das mais diversas etapas dos processos produtivos.”
34
Para NextGeneration (sem data, p. 1), a década de 80 marcou o início das
redes de computadores ligadas a servidores e o MRP transformou-se em MRP II
(Manufacturing Resource Planning ou planejamento dos recursos de manufatura),
que eram mais baratos e fáceis de usar, além de conter novas funcionalidades como
o controle de mão de obra e maquinário.
Com base nas funcionalidades apresentadas pelos MRP’s II, esses já podiam
ser classificados como ERP’s, mas não se sabe precisamente quando a
nomenclatura desses softwares mudou.
Segundo NextGeneration (sem data, p. 1), uma data que certamente marca o
início de uma nova linha de softwares é a data de 1975, o ano que surgiu a
empresa SAP (Systems, Applications and Products in Data Processing,
ou Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados), com o
lançamento do seu software R/2 que é considerado o primeiro ERP da história.
3.1.4.3 – SAP: Systems Applications and Products in Data Processing
A empresa de desenvolvimento de software para a gestão de empresas SAP
foi criada em 1972 por cinco ex-funcionários da IBM (International Business
Machines ou Máquinas de Negócios Internacionais): os senhores Dietmar Hopp,
Hans-Werner Hector, Hasso Plattner, Klaus Tschira e Claus Wellenreuther na cidade
de Walldorf na Alemanha, com a missão de desenvolver um software aplicativo
padrão para o processamento de dados em tempo real dentro da gestão
empresarial.
O primeiro software desenvolvido pela SAP foi o R/1 e esse nome foi
escolhido, segundo SAP (sem data), o R é a primeira letra de real-time data
processing (processamento de dados em tempo real). Em meados da década de
setenta foi lançado o R/2, que como vimos anteriormente é considerado o primeiro
ERP da história devido as suas diversas funcionalidades.
Devido ao grande crescimento durante esse período, a SAP mudou-se para
seu primeiro prédio localizado em Max-Planck-Strasse, num parque industrial de
Walldorf, perto de Heidelberg. Nesse mesmo período, cinquenta entre as cem
maiores empresas alemãs utilizavam os softwares da SAP.
Durante a década de oitenta, o R/2 mantém um alto nível de estabilidade igual
aos seus antecessores. A SAP, mantendo o foco em seus clientes, cria uma nova
35
funcionalidade que causa o crescimento acelerado da empresa, o R/2 passa agora a
lidar com diferentes idiomas e moedas entre outras inovações.
Em meados da década de oitenta a SAP inaugura na Áustria sua primeira
organização de vendas fora da Alemanha. Em novembro 1988, 1,2 milhões de
ações passam a ser negociadas nas bolsas de Frankfurt e Stuttgart. No final dessa
década, com abertura de subsidiárias na Dinamarca, Suécia, Itália e Estados
Unidos, a expansão internacional da SAP ganha um grande impulso.
Na década de noventa, o R/3 é apresentado ao mercado com diversas
mudanças, entre elas uma nova interface, consistente uso dos bancos de dados e a
capacidade de ser executado em computadores diferentes, o que consagrou o R/3
perante seus usuários. Com o R/3, a SAP investe pesado nessa nova geração de
softwares empresariais - da computação em mainframes à arquitetura de três
camadas de banco de dados, aplicativo e interface de usuário, sendo até hoje o
padrão da indústria de softwares na arquitetura cliente-servidor.
Durante essa década, inúmeras subsidiárias foram criadas, inclusive em 1995
a subsidiária brasileira trouxe essa importante ferramenta para o mercado nacional.
Segundo SAP (sem data), o sucesso das subsidiárias foi impressionante, chegando
a representar 50% do total das vendas e no fim dessa década o R/3 já estava
instalado em mais de 9.000 sistemas em todo o mundo.
Em 3 de agosto de 1998, a SAP entra na bolsa de valores de Nova York, a
maior do mundo. Como o último grande marco dessa década, foi anunciada uma
nova direção para a empresa. O mySAP.com une soluções de comércio eletrônico
com aplicativos ERP já existentes.
Atualmente, a SAP está entre as maiores fornecedoras de softwares
empresariais do mundo, líder em soluções integradas de e-business e negócios
colaborativos e multiempresas. Segundo OpinarDireito (2012) hoje o SAP possui
mais de 12 milhões de usuários em mais de 120 países, entre sua clientela tem mais
de 50% das 500 maiores empresas do mundo, entre essas empresas podemos citar
a Nestlé, a Siemens, a Heineken, entre outras.
3.1.4.4 – Contmatic Phoenix
Criada em 1987 por Sérgio Contente, que é até hoje é presidente dessa
empresa, durante um período de mudanças na escrituração fiscal. Durante toda a
36
década de oitenta surgiram diversos softwares para escrituração fiscal e, em 1989
com a organização da Contmatic, ocorre no Brasil o 1º Encontro Nacional de Escrita
Fiscal por Computador. Logo após esse encontro, atendendo a solicitação da classe
contábil, o governo aprova a execução de rotinas e a escrituração de livros fiscais
por meio de computadores. Em 1994, o sistema de escrituração fiscal Contmatic IV é
lançado. Em 1995, o sistema é relançado com o nome de G5 e esse sistema foi
pioneiro entre os softwares de escrituração contábil, pois foi o primeiro a introduzir o
uso do mouse.
Em 1998, a Contmatic lança uma série de softwares adaptados para o
Windows. O primeiro desses softwares foi o G5 Phoenix que criou uma integração
entre os sistemas, otimizando o tempo gasto pelos contabilistas. Posteriormente, foi
lançado o Folha Phoenix com as seguintes inovações: a tabela de eventos flexível e
configurável pelo usuário, algo totalmente inovador para o mercado da época. A
sistemática PHBasic, dentro das configurações dos eventos, permite ao usuário
simular diversas situações previstas na lei trabalhista, bem como nas convenções
coletivas. Chega ao mercado o Contábil Phoenix voltado para a contabilização
convencional. No decorrer dos anos, foram desenvolvidas várias rotinas a fim de
auxiliar o contador-consultor, o perfil dos contadores do século 21.
Nesse mesmo ano, a Contmatic lança seu site oficial e o serviço de suporte
online, sendo a primeira a usar salas de batepapo para atender seus clientes em
tempo real via internet.
Em 2002, a empresa passa por um processo de expansão pelo interior de
São Paulo e foram inauguradas as filiais de Marília, São José do Rio Preto, São
José dos Campos e Campinas.
A sede definitiva é inaugurada em 2004 em um prédio próprio localizado no
bairro do Tatuapé em São Paulo. Em 2010, a Contmatic lança o seu primeiro ERP,
chamado de Orion.
Segundo Contmatic (2012), em 2013 deve ficar pronto o projeto de expansão
do complexo na capital paulista e a empresa projeta crescer 30% nesse ano e para
isso está fazendo um plano de investimento na qualidade e eficácia do atendimento
aos clientes e prospects.
37
3.2 – Sistema SAP
3.2.1 – Descrição
Voltado para empresas de médio e grande porte, o sistema de gestão
empresarial, ERP, SAP é mundialmente conhecido e utilizado pelas diversas
aplicações e módulos integrados que possui.
Com uma capacidade de processamento e consolidação de informações que
dispensam comparações, ele processa informações lançadas pelos usuários sem
tempo real, gerando relatórios e apresentando informações imprescindíveis para
uma organização.Sendo assim, um recurso extremamente vantajoso para o uso da
contabilidade.
O sistema SAP possui diversas transações (recursos) que atendem as
necessidades de todos os setores da organização. Por conta disso, apresentaremos
somente as principais transações mais utilizadas no setor contábil.
3.2.2 – Menu SAP
Apresenta todas as transações, ou seja, os recursos que o sistema possui. O
SAP trabalha com códigos que são denominados transações. Essas transações são
responsáveis por determinadas atividades. Abaixo podemos visualizar, na pasta
favoritos, algumas das transações disponibilizadas.
38
Figura 3.2. 1 - Menu SAP
3.2.3 – Menu do usuário
Cada usuário tem um código de identificação e senha no sistema SAP. Cada
código está associado a um perfil de acesso às funções que serão executadas no
sistema.
Há por exemplo acessos básicos nos quais o usuário poderá somente lançar
as informações e que somente depois da aprovação que é feita também por um
usuário com perfil de aprovador é enfim efetivada.
Por conta disso, podemos afirmar que o sistema é completamente seguro e
permite limitar os acessos aos usuários, deixando apenas acessíveis as transações
39
que poderão ser utilizadas, evitando, por exemplo, possíveis fraudes ou erros no
armazenamento de informações.
Abaixo, é possível visualizar a tela inicial na qual é solicitado o nome do
usuário e a senha do operador para entrar no sistema.
Figura 3.2. 2 - Login SAP
Após essas informações iniciais, mostraremos a partir de agora as principais
transações mais utilizadas pela contabilidade, o passo a passo de como gerar um
relatório ou lançar alguma informação.
3.2.4 –Criar Lançamento Conta Razão
A criação de um lançamento, através da transação F-02, permite ao usuário
criar lançamentos manuais.
40
Deverão ser preenchidos os campos data do documento, de lançamento e a
referência, mais conhecido como histórico. Conforme mostrado abaixo, todas as
outras informações são parametrizadas no momento da implantação do sistema,
conforme necessidade da empresa.
Figura 3.2. 3 - Criar lançamento na conta razão
A todo e qualquer lançamento contábil feito no SAP, devemos nos atentar ao
campo chave de lançamento, pois será ele que definirá se debitaremos ou
creditaremos determinada conta. Para creditar, devemos usar o código 40, que
corresponde a essa ação e, para debitar, devemos utilizar o código 50, que
corresponde a essa ação. Após preenchido o código correspondente à ação,
devemos pressionar a tecla enter e prosseguir.
Figura 3.2. 4 - Criar lançamento conta razão
Na tela abaixo podemos visualizar a tela de lançamento, que será onde
preencheremos o resto das informações, ou seja, local de negócio, divisão, centro
de custo, montante (valor) e por fim o histórico do lançamento, cujos campos estão
assinalados. Os outros campos não são de preenchimento obrigatório, o que fica a
critério do usuário e orientação da empresa sobre o preenchimento deles ou não.
Gostaríamos de enfatizar que cada empresa pode parametrizar e customizar
as telas do sistema da forma que melhor atendê-la. Em muitos desses outros
campos não são necessários o preenchimento.
41
Figura 3.2. 5 - Inserir item conta razão
A título de exemplo, demostramos abaixo o procedimento para o lançamento
de um crédito em uma conta específica.
Feito isso, clicamos no ícone salvar e o lançamento já está concluído.
42
Figura 3.2. 6 - Exibir síntese conta razão
3.2.5 – Estornar Documento
A transação FB08 permite ao usuário efetuar um estorno de lançamento
contábil.
Antes de mais nada, devemos informar o código da transação citada
anteriormente no campo superior , conforme pode ser verificado abaixo.
43
Figura 3.2. 7 - Estornar documento
O número do documento que será estornado, pode ser encontrado no razão
contábil ou no momento em que efetuamos o lançamento. O sistema gera um
numero de documento interno e assim que o lançamento é efetivado ele apresenta
uma mensagem com o número gerado.
Em seguida, devemos preencher o número do documento do lançamento que
foi gerado incorretamente.
Para isso, devemos preencher os seguintes campos assinalados em
vermelho conforme abaixo.
44
Figura 3.2. 8 - Estornar documento
Conforme demonstrado na figura abaixo, devemos preencher o motivo do
estorno.
Figura 3.2. 9 - Estornar documento - motivo do estorno
Figura 3.2. 10 - Estornar documento - lançamento do estorno
45
Por fim, clicamos então na opção Documento, que se encontra do lado
superior esquerdo da tela do sistema, e em lançar.
Figura 3.2. 11 - Estornar documento – lançar estorno
Feito isso, o sistema gera um número de documento conforme abaixo.
Com esse numero, é possível visualizar detalhes do lançamento, como por exemplo
quais as contas contábeis utilizadas pelo sistema para estornar tal documento.
Figura 3.2. 12 - Estornar documento - Nº do estorno
3.2.6 – Exibir documento
Na transação FB03, é possível exibir um documento lançado, seja ele o
lançamento de uma nota fiscal, lançamento contábil, financeiro ou de estorno.
Conforme podemos visualizar abaixo, assinalados em vermelho, devemos
preencher os campos correspondentes ao número do documento, ao código da
empresa e por fim o ano do exercício.
46
Figura 3.2. 13 - Exibir documento
A seguir, podemos verificar toda a contabilização feita no lançamento desse
documento. Essa transação, além de permitir a visualização do documento, permite
também ao usuário consultar/conferir a contabilização na visão tanto Financeira
como Contábil.
Para isso, deve-se pesquisar no campo abaixo a transação desejada, no caso
a FB03, em seguida deve-se digitar o número do documento lançado, empresa e o
exercício.
Figura 3.2. 14 - Exibir documento - Nº do documento
Conforme ilustrado abaixo, podemos ter a visão financeira do lançamento, ou
seja, para qual fornecedor que será feito o pagamento.
47
Figura 3.2. 15 - Exibir documento - visão financeira
Agora mostraremos esse mesmo documento na visão contábil. Primeiro devemos
clicar na opção visão do razão.
Figura 3.2. 16 - Exibir documento - visão entrada
Conforme podemos visualizar abaixo, essa é a visão contábil do lançamento.
Sabemos disso porque ao invés de apresentar o código do fornecedor aparece a
conta contábil.
Figura 3.2. 17 - Exibir documento - visão contábil
3.2.7 – Exibir saldo contábil
48
A transação FS10N permite ao usuário exibir o saldo de uma determinada
conta contábil e período. Inicialmente, é necessário o preenchimento da conta
contábil conforme abaixo. Nesse caso, usamos a conta de fornecedores, porém é
possível visualizar um relatório do saldo contábil de qualquer conta cadastrada.
Figura 3.2. 18 - Exibir saldo contábil
Abaixo, é apresentado, além do saldo acumulado da conta, os valores totais
debitados e creditados.
Figura 3.2. 19 - Exibir saldo contábil - conta do razão
3.2.8 – Emitir Plano de Contas Contábil
Na transação F.10, demonstrada na imagem abaixo, é possível que o usuário
emita o Plano de Contas Contábil.
49
Figura 3.2. 20 - Emitir plano de contas contábil
Podemos visualizar a seguir uma parte do plano de contas cadastrado no
sistema.
Figura 3.2. 21 - Plano de contas
50
3.2.9 – Emitir Livro Diário
A transação S_ALR_87012296 permite ao usuário emitir o Livro Diário de
determinado período.
É necessário o preenchimento dos campos empresa, inserindo o código já
parametrizado no momento da implantação do sistema, e também dos campos
exercício e nome da empresa, conforme demonstrado abaixo:
Figura 3.2. 22 - Emitir livro diário
Abaixo podemos ver toda a visão do livro diário, a data dos lançamentos, o
número das contas contábeis na qual foram feito os lançamentos, o histórico e o
valor que são as informações principais para o departamento de contabilidade.
51
Figura 3.2. 23 - Livro diário
3.2.10 – Emitir Razão Contábil
A transação S_ALR_87012282A permite ao usuário emitir o razão contábil de
determinada conta contábil.
Deverão ser preenchidos os campos plano de contas, o número da conta
contábil e o código da empresa cadastrada.
52
Figura 3.2. 24 - Emitir razão contábil
Abaixo, podemos visualizar o razão contábil gerado da conta de
fornecedores. Nele constam informações como a data do lançamento, o número do
documento gerado pelo sistema no momento do lançamento e data do documento,
todas essas informações referente ao lançamento da provisão e logo em seguida
temos a data da compensação que seria a baixa desta provisão, e valor.
Figura 3.2. 25 - Razão contábil
53
Este relatório é bem útil para o setor contábil por conta da quantidade de
informações referente às contabilizações realizadas em determinada conta.
Com o número do documento de compensação, que é o número do
documento gerado para a baixa da provisão, é possível rastrear, por exemplo, a qual
fornecedor que se refere, quem efetivou o lançamento, quem aprovou e etc., ficando
mais fácil assim para fazer as conciliações.
3.2.11- Exibir saldo contábil
A transação S_ALR_87012277 permite ao usuário exibir saldo de conta
razão.
Como podem verificar abaixo, nos campos destacados em vermelho, é
necessário o preenchimento do código do plano de contas cadastrado e código da
empresa, em seguida pressionar a tecla de atalho F8 para executar e processar o
relatório.
Figura 3.2. 26 -Exibir saldo contábil
Conforme mostrado abaixo, é possível visualizar os saldos das contas do
razão.
54
Figura 3.2. 27 - Saldo conta razão
3.2.12 – Descrever o processo para gerar relatório/planilha em Excel
Sempre que um relatório estiver sendo exibido no SAP, é possível gerar um
relatório em excel. Esse é um dos benefícios do SAP mais úteis e utilizados, pois
dessa forma podemos elaborar relatórios mais dinâmicos fora do sistema e fazer
edições e modificações da forma que quisermos.
Essa ferramenta é bastante utilizada para os chamados “reports” que nada
mais são que os relatórios que a contabilidade precisa elaborar e desenvolver para
os diretores, e em alguns casos para o setor de controladoria.
55
No campo superior esquerdo, quando o relatório estiver sido emitido,
devemos seguir o seguinte procedimento (assinalado em vermelho) para geração de
planilha em Excel.
Figura 3.2. 28- Gerar relatório/ exportar
Selecionar campo “Excel” e, em seguida, salvar como: escolher o nome do
arquivo e o destino onde deseja que a planilha seja salva.
Figura 3.2. 2928 - Gerar relatório/ planilha em Excel
3.2.13 - Vantagens e desvantagens do SAP
A partir da análise de dados realizada, percebemos que o SAP apresenta
uma série de vantagens para a contabilidade.
Conforme já apresentado anteriormente, o SAP possui perfis de usuários, ou
seja, cada usuário possui acesso limitado ao sistema, o que assegura que as
56
informações armazenadas não sejam alteradas ou burladas por pessoas não
autorizadas, já de que cada um deles possui uma senha pessoal.
A criação de um lançamento no razão, por exemplo, é bem parametrizada,
pois é necessário que se preencham todos os campos para a efetivação do
lançamento, ou seja, não há possibilidade de efetivar um lançamento sem que todas
as informações sejam preenchidas de forma correta. Feito o lançamento, há um
processamento que o sistema faz onde alimenta determinada conta contábil,
somando automaticamente todos os lançamentos. Portanto, podemos concluir que
esse lançamento evita que o profissional contábil tenha que somar manualmente
esses lançamentos, evitando possível erro, tendo em vista que, na soma manual, a
probabilidade de ocorrência de erro é bem maior.
O estorno de um documento no sistema é bem simples de ser feito, pois
somente com o número do documento de lançamento feito erroneamente é possível
fazer a contabilização de estorno, evitando que o profissional tenha que fazer outro
lançamento para que ocorra o estorno. Apesar de simples, é necessário que o
usuário possua o número do documento que precisa ser estornado e para isso é
necessário uma nova transação.
Outra vantagem é que no SAP é possível gerar todos os relatórios em Excel,
o que facilita aos profissionais na elaboração de relatórios mais dinâmicos fora do
sistema, que pode ser utilizado para apresentação aos diretores e sócios da
empresa.
Em razão de todas as vantagens citadas acima, podemos citar de forma geral
que o sistema integra todas as informações inseridas, tonando possível a emissão
de um relatório integrando entre todos os módulos.
Além dessas vantagens, percebemos que o sistema possui também
desvantagens.
Por tratar-se de um sistema que integra todas as informações inseridas e pela
quantidade de informações que possui, ele leva bastante tempo para processar os
relatórios, principalmente quando solicitamos um relatório muito extenso, como um
razão contábil de um ano inteiro ou até mesmo de um mês.
A linguagem utilizada para preenchimento dos campos para fazer um
lançamento é bem complexa, pois ele trabalha com os códigos, por exemplo, os
códigos 40 e 50, de modo que o 40 significa o crédito e o 50, o débito. Isso dificulta o
57
entendimento do usuário para preenchimento das informações para fazer um
simples lançamento.
O layout do sistema, de forma geral, em todas as transações tem muitos
campos e isso acaba fazendo com que o usuário se perca com a quantidade de
campos existentes em uma só janela. A quantidade de campos pode ser
considerada tanto como uma vantagem como uma desvantagem, pois uma
quantidade maior de campos significa que uma quantidade maior de informações
que podem ser fornecidas, porém, essa quantidade de campos pode confundir o
usuário quanto a seu preenchimento.
Com a demonstração das principais transações do módulo contábil, das
vantagens e desvantagens citadas acima do sistema ERP SAP, é possível concluir
que o grau de dificuldade de manuseio para realizar determinadas tarefas dentro do
sistema é extremamente complexo. Além disso, o sistema trabalha com uma
linguagem técnica, o que exige um conhecimento mínimo em contabilidade para que
possa interpretar as informações apresentadas nos relatórios emitidos. Em
contrapartida, pode-se afirmar que todas as informações solicitadas são filtradas,
transformadas e integradas nos diversos módulos, o que facilita o entendimento de
diferentes visões, como por exemplo, a financeira, a contábil e a fiscal.
Podemos concluir que o SAP, pelo grau de detalhes que possui, é indicado
para empresas que necessitam de um controle extremamente rigoroso e detalhado
de informações.
3.3 Contmatic
3.3.1 – Descrição
A Contmatic é um sistema que é subdividido em diversos programas, sendo
eles:
Folha Phoenix: É um programa utilizado para realizar a folha de pagamento e os
encargos sociais.
G5 Phoenix: É um programa utilizado para realizar a escrituração fiscal
(demonstração dos impostos pagos e a pagar).
JR Phoenix: É um programa utilizado para auxiliar na DIPJ (Declaração de Imposto
de Pessoa Jurídica).
58
Contábil Phoenix: É um programa utilizado para realizar a contabilidade.
Visando atender aos objetivos deste trabalho, abaixo analisaremos o
programa Contábil Phoenix. O Sistema Contábil Phoenix tem a finalidade de atender
às necessidades legais do escritório contábil em relação à contabilidade.
Esse gerenciamento é composto de rotinas tais como todos os relatórios
obrigatórios pela legislação, de acordo com as normas brasileiras de contabilidade.
O sistema gera também relatórios auxiliares e gerenciais, como relatórios de análise
contábil, relatórios por centro de custo, gráficos, bem como os arquivos magnéticos
exigidos pela legislação federal.
O sistema Contábil Phoenix trabalha integrado com os outros programas da
linha Phoenix. Essa é uma das vantagens do Contmatic, pois os programas podem
trabalhar independentemente e, quando necessário, o sistema disponibiliza a
integração com os outros programas, mas o momento dessa integração pode ser
escolhido pelo usuário, diminuindo a possibilidade de integrar uma informação
incorreta ou desatualizada.
Outra vantagem é que podemos importar informações dos outros programas
da linha Phoenix. Como exemplo, podemos importar planos de contas, cadastro de
empresas, histórico padrão, lançamentos contábeis, arquivo de bens, lançamentos
por centro de custo, facilitando a padronização das informações cadastradas de
cada empresa.
O Sistema Contábil Phoenix pode ser utilizado tanto por escritórios contábeis,
em que há uma diversidade de tipos de empresas, como por empresas de pequeno
porte, que fazem sua própria contabilidade.
Neste trabalho, abordaremos as principais tarefas do modo de contabilidade,
fornecendo um panorama desse software. As funções que abordaremos são as
seguintes:
Principais Botões
Barra de ferramentas
Menu cadastro
Plano de contas
Históricos
59
Lançamentos
Relatórios: Balancete de verificação e Diário
3.3.2 – Principais Botões do Contábil Phoenix
Botões Funções
É utilizado para ativarmos uma empresa sem precisar sair
da tela.
É utilizado para apagarmos um cadastro ou lançamento.
É utilizado para acharmos um cadastro ou lançamento.
É utilizado para gravarmos um cadastro ou lançamento
É utilizado para inserirmos um novo registro ou
lançamento.
É utilizado para efetuar uma pesquisa dentro do sistema.
Dentro desse campo podemos pesquisar por apelido,
razão social, CNPJ, número de nota fiscal e etc.
É utilizado para sairmos de uma determinada tela.
É utilizado para irmos ao primeiro registro.
É utilizado para irmos ao último registro.
É utilizado para irmos ao registro anterior.
É utilizado para irmos ao registro seguinte.
É utilizado para visualizarmos as opções de
cadastramento. (seta amarela)
60
É utilizado para abrirmos a tela de cadastramento. (seta
vermelha)
Tabela 3.3. 1 - Principais botões do Contábil Phoenix
Figura 3.3. 1 - Barra de ferramentas
Na figura acima apresentamos a barra de ferramentas do programa em que
ficam as principais rotinas, tais como: ativar empresa, selecionar dados do escritório,
lançamento automático, saldo inicial/movimento atual, lançamentos contábeis,
cadastro e bens, lançamentos parte A e parte B (LALUR e Livro de apuração da
CSLL), balancete de verificação, razão analítico, balanço patrimonial, DRE, controle
de suspensão e redução, controle de rotinas, controle de impressão, assistente e
sair.
3.3.3 – Menu inicial
Figura 3.3. 2 - Menu cadastro
61
Na tela acima observamos a disposição dos menus, que se assemelha aos
programas do pacote Office que são comumente utilizados, de modo que ao abrir
cada menu, encontramos novos sub-menus com suas funcionalidades. Essa é outra
vantagem, pois os usuários que estão habituados a utilizar os programas do pacote
Office terão mais facilidade de utilizar esse programa, enquanto em outros softwares
contábeis essa utilização requer uma adaptação maior do usuário.
3.3.4 – Cadastro de empresa
Figura 3.3. 3 - Ficha geral de cadastro de empresa
Na imagem acima, observamos a operação e navegação por botões e
entradas de dados por meio de campos de formulários, em que é feito o cadastro
das empresas. Nessa tela, preencheremos todos os dados da empresa, como por
exemplo, razão social, tipo de tributação, responsável legal da empresa. Os campos
são nomeados de acordo com a informação solicitada.
3.3.5 - Ficha Cont
62
Figura 3.3. 4 - Ficha Cont. de cadastro de empresa
A tela acima é denominada de Ficha Cont., pois é nessa tela que
preencheremos os detalhes relacionados com a contabilidade, como por exemplo,
nos destaques podemos ver o campo “Qualificação Pessoa Jurídica (DIPJ)”,
clicando na seta amarela abrem-se as opções de Pessoa Jurídica; e no outro
destaque vemos o campo “Contador Responsável”; já no cadastro da empresa, é
possível definir qual contador será responsável por essa empresa.
3.3.4 – Cadastro e configuração do plano de contas
Ao entrarmos na tela do Ficha Cont do cadastro das empresas, o plano já
estará selecionado. No caso de ainda não termos nenhum plano cadastrado,
podemos inserir um novo plano clicando no botão “PL de Contas Contábil” para abrir
a tela de cadastro e configuração de um novo Plano de Contas.
63
Figura 3.3. 5 - Tela de cadastro e configuração do plano de contas
Na tela acima podemos visualizar os campos para cadastrar ou configurar um
novo plano de contas, podendo também acrescentar novas contas a planos já
existentes, clicando no botão “Novo” e então digitar o número da conta e a
descrição. O número do código reduzido será dado automaticamente, podendo ser
alterado de acordo com a necessidade do usuário.
64
Figura 3.3. 6 - Plano de contas
Na tela acima conseguimos visualizar o plano de contas. Nos destaques,
podemos ver um exemplo de uma conta inserida como teste no plano de contas pré-
cadastrado.
Assim, como conseguimos modificar o plano de contas para facilitar os
lançamentos, também conseguimos cadastrar e criar históricos para padronizar os
lançamentos. Veja a seguir:
65
Figura 3.3. 7 - Tela de cadastro do histórico padrão
Na tela acima podemos ver a tela para o histórico padrão cadastrado. Esse
cadastro será válido para todas as empresas. A função do Histórico padrão é agilizar
a digitação, designando um código numérico para buscar determinada descrição,
podendo ser complementado no ato da digitação. Podemos também colocar
informações intercaladas nesse Histórico, usando para isso a chave < > (maior
menor). Ao utilizarmos esse recurso, o cursor irá parar dentro dos sinais para
informar, por exemplo, número de documentos, ou competência. Esses sinais < >
também são utilizados como conciliadores, que detalharemos melhor seu processo
no Menu Relatórios – Conciliar Contas. Exemplos de histórico padrão, utilizando os
sinais< >: Valor INSS do mês <> conf. folha de Pagamento Funcionários.
66
3.3.5 – Lançamento contábil
Figura 3.3. 8 - Tela de lançamento contábil
A tela acima aponta os campos em que digitaremos as informações:
Data- Data do documento
Valor- Valor do documento
Débito- Conta Débito
Crédito- Conta Crédito
As Contas Débito/ Crédito poderão ser digitadas pela conta analítica ou pelo
código reduzido. O sistema traz como padrão a aceitação pelos códigos reduzidos.
Se desejarmos efetuar lançamentos utilizando as contas analíticas, devemos fazer
essa opção nos botões Auxiliar, Controles. Digitaremos o número do código
reduzido/ conta analítica, ou pressionaremos F5 para pesquisarmos o Plano de
Contas, ou CTRL+ENTER para pesquisarmos ou cadastrarmos uma nova conta no
67
Plano. C. Hist.- Código do Histórico Padrão: Digitaremos o número do Cód. H.P. ou
F5 para pesquisarmos ou se precisar pressionaremos CTRL+ENTER para
cadastrarmos um novo histórico padrão. Complemento - Complemento do Histórico
Padrão: Digitaremos o complemento do Histórico Padrão conforme informações
contidas no documento. Número do lançamento: depois de gravado, o sistema
informa automaticamente.
No quesito de lançamentos contábeis, podemos ressaltar a vantagem que
apresenta uma fácil visualização das informações necessárias para efetuar o
lançamento corretamente, a nomenclatura dos campos já indicam quais informações
devem ser preenchidas, isso diminui a ocorrência de erros de preenchimento.
Entretanto, nesse mesmo quesito existe a desvantagem de que as informações
fornecidas são limitadas, pois os campos destinados aos preenchimentos já são
definidos não possibilitando a inserção de uma informação adicional.
3.3.6 – Impressão de relatórios
Figura 3.3. 9 - Tela de impressão dos relatórios
68
Na tela acima, podemos ver os relatórios oficiais que podem ser gerados e
impressos pelo sistema. Nesse item, o sistema gera os relatórios de todas as
empresas, sendo organizadas em ordem alfabética ou por razão social. Podemos
também puxar o relatório resumido que traz informações pertinentes ao sistema
Contábil Phoenix.
A vantagem com relação à impressão de relatórios seria que ele disponibiliza
a impressão de diversos relatórios tais como: balancete de verificação, razão
analítico, diário, demonstração de resultado do exercício etc., possibilitando uma
visão geral da situação de cada empresa em um determinado período.
3.3.7 – Impressão do Balancete de Verificação
Figura 3.3. 10 - Tela impressão do balancete de verificação
69
Nessa opção, abrirá a tela para pré-seleção do relatório, para que ele seja
impresso de acordo com a orientação das opções assinaladas, podendo ser mensal,
trimestral ou anual.
O título do relatório será adequado à situação do período, indicando se o
Balanço ou Balancete é de Suspensão ou Redução (utilizado para compensar
pagamentos efetuados a maior ou prejuízo de exercícios anteriores na apuração do
Lucro real de exercícios anteriores na apuração de Lucro Real).
Modelo 1- imprime o Número de Conta e Descrição.
Modelo 2 – Imprime apenas a Descrição.
Modelo 3 – Imprime o número das contas e descrição no formato Paisagem (Não
disponível em Matricial).
Modelo 4 – Imprime o número das contas e descrição num formato compactado
para permitir a impressão na casa dos trilhões. (Não disponível em matricial).
Formato XLS: Gera as informações desse relatório no formato XLS.
Intervalo de Contas: Reduzida ou analítica: Selecionaremos se o relatório será
impresso por Conta Analítica ou por Conta Reduzida. No caso de precisarmos de
uma única conta deveremos informar o número da mesma conta em Conta Inicial e
Conta Final
Grau a imprimir: Geralmente, o balancete analítico (que apresenta todas as contas)
deve ser impresso no último grau, para facilitar ao analisarmos, mas se houver
necessidade, poderemos imprimir em um grau sintético (apresenta grupos ou
subgrupos).
Uma vantagem na impressão do balancete de verificação é que ele
disponibiliza várias opções a serem apresentadas no balancete onde podemos
escolher o que iremos analisar nesse relatório, podendo selecionar o período, o
modelo de balancete, apresentação dos resultados entre outras coisas.
3.3.8 – Impressão do Razão Contábil
70
Figura 3.3. 11 - Tela de impressão do Razão Contábil
Temos as seguintes opções de pré-seleção:
Dia - Mês Inicial/ Dia - Mês Final: O relatório será impresso obedecendo às
informações do período informado na tela.
Opções de Impressão: Essas opções são relativas ao formato: Retrato, Paisagem
ou Planilha XLS.
Seleção de contas: Podemos imprimir um intervalo de contas informadas no campo
inicial a final, ou com a opção “Alternadas”. Também é possível selecionar quais
contas desejamos imprimir sem seguir uma ordem sequencial. Marcando essa
opção, o sistema habilita o botão “Selecionar Contas”, para que façamos a seleção
das contas a serem impressas.
Intervalo de conta: Define se o razão será impresso pelo código da conta analítica
ou reduzida. Se houver necessidade de consultar o Plano de Contas, para
selecionarmos uma conta específica, podemos utilizar o recurso F5 e executar a
pesquisa.
71
Ordenar os grupos por: Define a ordem em que serão impressas as contas de
cada grupo: Em ordem alfabética ou em ordem de código reduzido.
Figura 3.3. 12 - Tela de seleção de contas
Ao imprimirmos um relatório, temos a opção de filtrar contas não sequenciais.
Podemos usar o recurso de buscar pela conta, reduzido ou descrição.
3.3.9 – Impressão do Livro Diário
Figura 3.3. 13 - Tela de impressão do Livro Diário
O relatório Livro Diário pode ser impresso com opções de períodos indicados
pelo usuário. Esses períodos podem ser Mensal, Trimestral e Anual.
72
Ao marcarmos a opção, é necessário totalizar:
Por dia: O sistema totalizará no relatório os lançamentos por dia.
Por Mês: O Sistema totalizará no relatório os lançamentos por mês. Para a opção
mensal, a totalização por mês é obrigatória e por esse motivo esse campo vem
marcado e desabilitado; para os outros tipos de seleção é opcional.
Quanto ao Livro Diário, temos os seguintes modelos:
Diário Geral: Imprime uma linha para a conta Débito, uma linha para a conta
Crédito, uma linha para o histórico e uma coluna de valor débito e uma coluna de
valor a crédito.
Diário Simplificado: Esse modelo de diário imprime a conta débito e a conta crédito
em uma única linha e na linha de baixo imprime o histórico e valor.
Diária Paisagem: Esse modelo está disponível para impressão deskjet e matricial
132 colunas. Ele imprime a conta débito, a conta crédito e uma coluna de valor em
uma linha e o histórico na linha seguinte. Na impressão Matricial 132 colunas, todas
as informações são geradas na mesma linha.
Os dois primeiros modelos podem ser impressos utilizando as contas
Analíticas ou Reduzidas. O modelo Paisagem só é impresso com o código reduzido.
3.3.10 – Vantagens e Desvantagens do Contmatic
A partir da análise de dados realizada, percebemos que o Contmatic
apresenta uma série de vantagens. Começamos pelo menu inicial e seus sub
menus que se assemelham aos programas do pacote Office, facilitando a
compreensão do programa, pois os usuários que estão habituados a utilizar os
programas do pacote Office terão mais facilidade de utilizar esse programa,
enquanto em outros softwares contábeis essa utilização requer uma adaptação
maior do usuário.
Outra vantagem seria a integração com outros programas da linha Phoenix,
em que se tem a disponibilidade, a partir de um comando, de integrar as
informações alimentadas durante um determinado período, apenas com uma
parametrização necessária. Dentre essas informações, podemos importar planos de
contas, cadastro de empresas, histórico padrão, lançamentos contábeis, arquivo de
bens, lançamentos por centro de custo, facilitando a padronização das informações
cadastradas de cada empresa.
73
No quesito de lançamentos contábeis, podemos ressaltar a vantagem que
apresenta uma fácil visualização das informações necessárias para efetuar o
lançamento corretamente, a nomenclatura dos campos já indicam quais informações
devem ser preenchidas e isso diminui a ocorrência de erros de preenchimento.
A vantagem com relação à impressão de relatórios seria que ele disponibiliza
a impressão de diversos relatórios tais como: balancete de verificação, razão
analítico, diário, demonstração de resultado do exercício etc., possibilitando uma
visão geral da situação de cada empresa em um determinado período.
Seu manuseio é muito simples e de fácil compreensão, não dependendo de
um vasto conhecimento para que se possa utilizar o sistema. Sua linguagem não é
muito técnica, o que facilita a utilização. Quanto ao seu funcionamento, é um
sistema sem problemas de travar, é um sistema rápido, de fácil localização e de
impressão de relatórios.
Além dessas vantagens, também percebemos que o sistema apresenta
algumas desvantagens, sendo uma delas refere-se ao quesito lançamentos, em que
as informações a serem inseridas são limitadas por campos que não nos
possibilitam a inserção de uma informação adicional.
Outra desvantagem é com relação à limitação do numero de telas acessadas,
pois, o sistema não permite o acesso a mais de uma tela por vez, ou seja, para
utilizar uma segunda tela é preciso primeiro sair da primeira para conseguir utilizar a
segunda.
Outra desvantagem é o número de relatórios que podem ser gerados, apesar
de gerar os principais relatórios, o número de relatórios adicionais é limitado, o que
dificulta aos administradores terem uma visão diferenciada da empresa.
Para concluir, podemos dizer que apesar de um software menos sofisticado, o
Contmatic apresenta algumas vantagens para as pequenas empresas e/ou
escritórios contábeis de pequeno porte que não têm recursos para investir em um
software mais moderno e completo, nem dispõe do tempo necessário para adaptar-
se a um software com uma usabilidade mais complexa, além de não precisar de um
software com mais recursos.
74
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho visou a apresentar um estudo cronológico da evolução da
tecnologia da informação voltada para a contabilidade, apresentar uma breve
reflexão de como essa evolução transformou a contabilidade de uma ciência
primitiva e rudimentar a uma das ciências humanas mais importantes para a
sociedade civilizada, fazer uma breve apresentação das funcionalidades dos dois
softwares, o SAP (Systems, Applications and Products in Data Processing,
ou Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados) e o Contmatic e
em seguida apresentar uma comparação entre dois softwares, apresentar quais são
os benefícios e/ou limitações entre eles quanto a sua utilização e aplicabilidade na
área contábil.
Referente ao objetivo apresentar um estudo cronológico da evolução da
tecnologia da informação voltada para a contabilidade, pudemos observar que a
contabilidade estende-se desde as primeiras sociedades civilizadas de que se tem
notícia até os dias de hoje e provavelmente continuará a evoluir indeterminadamente
enquanto houver a necessidade de controle de patrimônio. Observamos também
que cada sociedade deixou uma marca ou caminho a ser seguido e adaptado pelas
gerações futuras e, com o surgimento de novas tecnologias, a contabilidade foi
obrigada a adaptar-se aos novos tempos e a evoluir, mesmo assim a visão de seu
objetivo continua clara, como era no principio, quando o ser humano ainda nem
sabia nomear o que estava sendo feito.
Sobre o objetivo de apresentar uma breve reflexão de como essa evolução
transformou a contabilidade de uma ciência primitiva e rudimentar a uma das
ciências humanas mais importantes para a sociedade civilizada, observamos que
atualmente é impossível a sociedade manter-se como é sem a contabilidade, pois as
empresas precisam prestar contas ao fisco e ao seus investidores e sem a
contabilidade isso não seria possível. Também com o controle rigoroso da
contabilidade, é possível identificar onde possa haver gastos desnecessários. Sem a
influência da revolução industrial, hoje não teríamos a importante ferramenta da
contabilidade de custo, que ajuda a empresa a controlar seus estoques e diminuir os
custos, maximizando assim o lucro da empresa. Sem a invenção da imprensa, a
75
nossa sociedade seria ainda tão primitiva como na época de sua criação, pois sem
termos informações, não podemos criar novos conceitos e assim evoluir e a
transmissão escrita das informações é até hoje o método mais comum de troca de
informação. Mas antes de tudo isso, sem a contribuição do Egito, com a criação do
papiro, nem a imprensa teria sido criada, pois ainda transmitiríamos as informações
como homens da caverna, desenhando em paredes as mensagens que gostaríamos
de deixar para o futuro. Analisando dessa forma, podemos concluir que mesmo em
períodos diferentes, cada uma dessas contribuições nos deixou um caminho a
seguir para que na posterioridade novos caminhos possam ser criados, desenhando
dessa forma uma linha que liga todas as sociedades e épocas.
Sobre o objetivo de apresentar as funcionalidades e uma breve comparação
entre os softwares, pudemos observar, durante a demonstração dos principais
recursos disponíveis do software ERP SAP, que o grau de dificuldade no manuseio
do sistema para realização das tarefas é bastante elevado, isso dá-se pelo fato de
ser um sistema voltado para empresas de médio e grande porte. Por esse motivo,
contém uma maior capacidade de processamento, de consolidação e de
informações. Uma das principais dificuldades encontradas na interpretação de
alguns relatórios e recursos é a linguagem utilizada pelo sistema. Por tratar-se de
um sistema complexo, a linguagem é extremamente técnica e exige do usuário um
conhecimento mínimo em contabilidade para que possa usufruir dos recursos de
forma correta e segura. Além de tudo isso, o SAP não é vantajoso apenas para o
setor contábil, conforme demonstrado anteriormente, ele é também vantajoso para
toda a organização, pois o sistema atende às necessidades de todos os setores,
integra as informações e pode apresentá-las de formas diferentes para melhor
atender às necessidades da organização.
Em relação ao Sistema Contábil Phoenix, esse sistema apresenta como uma
de suas vantagens possuir uma interface de fácil compreensão para os seus
usuários, possibilitando uma navegação pelo sistema através de menus e ícones
que não necessitam de um conhecimento vasto sobre a área contábil. O sistema
disponibiliza a integração com os outros programas do sistema Phoenix, como o
fiscal e folha, sendo necessária somente uma parametrização entre eles para que as
informações sejam integradas corretamente. Entretanto, uma das grandes
desvantagens desse software é a segregação dos programas para cada parte da
76
contabilização da empresa e esse software possui um grau de sofisticação menor,
quando comparado com o SAP.
Seguindo os objetivos estabelecidos para o nosso trabalho, analisamos o
impacto do uso dos softwares para a área contábil, entretanto, a contabilidade não
se limita apenas a lançamentos e balancetes, assim como os softwares não se
limitam apenas a essas funções, portanto, seria de grande interesse que outros
trabalhos abordassem os recursos disponíveis para as áreas fiscais, de
departamento pessoal, entre outras.
Como vimos neste trabalho, a história da contabilidade estende-se desde a
primeira sociedade humana que se tem notícia até os dias de hoje e continuará sua
história muito além no futuro e o profissional contábil terá que se adaptar a cada
inovação, mudança de legislação e etc., visando sempre oferecer o melhor serviço
possível para seus clientes.
Seguindo esse raciocínio, gostaríamos de finalizar com uma citação do ilustre
Profº que há anos dedica-se a estudar a história da contabilidade. Segundo Sá
(2000):
A origem da Contabilidade se perde na noite dos tempos A evolução de tal conhecimento, o mais antigo do mundo, prosseguiu sempre em ascensão e nos dias atuais passa por sua mais intensa revolução. Novos aspectos são acenados e os profissionais precisam adaptar-se aos mesmos. Tentam-se uniformizações de procedimentos e a prosperidade é tida como a meta principal da função de assessoramento a ser cumprida. Nessa nova perspectiva o contabilista precisa enquadrar-se e transformar-se em agente do bem estar social através de apoio aos empreendimentos. Ao conhecimento prático da experiência é preciso acrescentar-se o da teoria, para a melhoria da qualidade dos serviços, uma das condições mais disputadas no mercado de trabalho profissional.
77
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBERTÃO, Sebastião Edmar. (2001). ERP-Sistemas de Gestão Empresarial:
metodologia para avaliação, seleção e implantação para pequenas e médias
empresas. São Paulo: Iglu.
ALECRIM, Emerson. (2011). O que é Tecnologia da Informação (TI)?. Disponível em
<http://www.infowester.com/ti.php> Acesso em 03/11/12
CARVALHO, Carlos; MORENO, Luiz. (2010). Tecnologia da informação – Conceito.
Disponível em <http://www.sempretops.com/cultura/tecnologia-da-informacao-
conceito/> Acesso em 03/11/12
CARVALHO, Daniel; CARNEIRO, Rafael; FERNANDA, Helen; SARTORATO, Eduardo. (2004). Pesquisa Bibliográfica: Conceito e Definição. Disponível em < http://pesquisabibliografica.blogspot.com.br/2004/06/conceito-e-definio.html> Acesso em 31/05/13 CONTMATIC. (2012). Uma história de sucesso. Contmatic Phoenix Mais. 98º
Edição. Out 12.
DUARTE, Marcelo. (1997). O livro das invenções. São Paulo: Cia. das Letras.
ENGENHARIA QUÍMICA. (2012). História da calculadora. Disponível em <
http://engquimicasantossp.blogspot.com.br/2012/09/historia-da-calculadora.html>
Acesso em 04/05/13
FAGUNDES, Jair Antonio. (2004). A ciência contábil e a contabilidade de custos.
Disponível em < http://www.portaladm.adm.br/ANC/anc16.htm> Acesso em 04/05/13
FOINA, Paulo Rogério. (2001) Tecnologia de informação: planejamento e gestão. São Paulo: Atlas. GUIZZO, Érico Marui. (2000). Eniac, o primeiro. Disponível em <
http://www.lsi.usp.br/~chip/era_da_informacao.html> Acesso em 05/05/13
HERMÍNIOS, José dos Montes. (2012). A baixa-mesopotâmia. Disponível em <
http://comatze.blogspot.com.br/2012_09_01_archive.html> Acesso em 24/02/13
INSTITUTO BRASILEIRO DE OPINIÃO PÚBLICA E ESTATÍSTICA – IBOPE. (2004).
Qual a diferença entre pesquisa qualitativa e quantitativa? Disponível em
<http://www.ibope.com.br/calandraWeb/BDarquivos/sobre_pesquisas/tipos_pesquisa
.html> Acesso em 01/06/2013.
JONASBLOG. (2012). O Ábaco: História, leitura e adição de números. Disponível em
< http://www.slideshare.net/Jonasblog/baco-12309774> Acesso
em 26/05/13
JUNIOR, Gonçalves. (2010). ENIAC – o primeiro computador. Disponível em <
http://www.neuronio20.com/2010/10/eniac-o-primeiro-computador.html> Acesso em
04/05/2013
KEEN, Peter G. W. (1996). Guia Gerencial para a tecnologia da informação: Conceitos essenciais e terminologia para empresas e gerentes. Rio de Janeiro: Campus. KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. (2003). E-learning na contabilidade. Revista
Brasileira de Contabilidade. Edição nov/dez. 2003 n.144. p. 25-35.
78
LOPES, Alfredo Cecílio (1947). Ensaio sobre o Tribunal de Contas. São Paulo.
LUCENA, Carlos José Pereira; CAMPOS, Ivan Moura; MEIRA, Silvio Lemos. (1998).
Ciência e tecnologia para a construção da sociedade da informação no Brasil.
Brasília: CNPq/IBICT, São Paulo: Instituto UNIEMP.
LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. (1986). Pesquisa em educação: abordagens
qualitativas. São Paulo: Pedagógica e Universitária.
MARINHO, Jailson. (sem data). Revoluções Burguesas. Disponíveis em <
http://www.mundovestibular.com.br/articles/4380/1/REVOLUCOES-
BURGUESAS/Paacutegina1.html> Acesso em 04/05/13
MATUMOTO, Silvia. (2012). Ábaco. Disponível em <
http://pedagomatica.blogspot.com.br/2012/10/abaco-e-um-instrumento-para-
calculos.html> Acesso em 27/04/13
MEIRELLES, Aluísio Telles de. (2012). Invenção da imprensa. Disponível em <
http://www.consciencia.org/invencao-da-imprensa> Acesso em 28/04/13
NETO, Afonso W. (2011). Frei Luca Pacioli. Disponível em <
http://afonsow.blogspot.com.br/2011/02/frei-luca-pacioli.html> Acesso em 28/04/13
NEXTGENERATION. (sem data). ABC do ERP. Disponível em <
https://www.dropbox.com/s/se83bqtnktnwze8/ERP.pdf> Acesso em 05/05/13
OLIVEIRA, Edson. (1997). Contabilidade informatizada: teoria e prática. 3º Edição.
São Paulo: Atlas.
_______________. (2003). Contabilidade informatizada. 3ª. Edição. São Paulo:
Atlas.
OPINARDIREITO. (2012). SAP - Systems Applications and Products in Data
Processing (Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados).
Disponível em < http://opinardireito.blogspot.com.br/2012/02/sap-systems-
applications-and-products.html> Acesso em 05/05/13
PELEIAS, Ivam Ricardo.(2000) Desafios e possibilidades para o contabilista no
ambiente dos sistemas integrados. In: XVI Congresso Brasileiro de Contabilidade.
São Paulo.
PINTO, Leonardo José Seixas. (2011). A evolução histórica da contabilidade e as
principais escolas doutrinárias. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade
Cândido Mendes, Rio de Janeiro.
RICKEN, Lisele Viero. (2003). Principais diferenças entre a escola européia e norte
americana e a influência destas escolas no Brasil. Trabalho de Conclusão de Curso.
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
SÁ, Antonio Lopes de; SÁ, Ana M. Lopes de. (1995). Dicionário de contabilidade. 9º
Edição. São Paulo: Atlas.
SÁ, Antonio Lopes de. (2000). As empresas de serviços contábeis perante a
modernidade e as perspectivas de profissão no 3º milênio. Disponível em <
http://www2.masterdirect.com.br/448892/index.asp?opcao=7&cliente=448892&avuls
a=4993> Acesso em 24/02/13
SANTOS, Antonio Raimundo dos. (2000). Metodologia Científica: a construção do conhecimento. 3º Edição. Rio de Janeiro: DP&A.
79
SAP. (sem data). A história da SAP. Disponível em <
http://www.sap.com/brazil/about/historico/index.epx> Acesso em 11/05/13
SCHMIDT, Paulo. (2000). História do pensamento contábil. Porto Alegre: Bookman,
2000.
_______________ (sem data). Introdução à contabilidade. Porto Alegre: UFRGS.
SOUSA, Rainer. (sem data). Egito Antigo. Disponível em
<http://www.brasilescola.com/historiag/egipcio.htm> Acesso em 24/02/13
WIKILIVROS. (2011). História da contabilidade: a contabilidade na Idade Moderna.
Disponível em <
http://pt.wikibooks.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Contabilidade/A_Contabilidade_na_I
dade_Moderna> Acesso em 28/04/13
