A Televisão Light Rumo ao Digital

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ATELEVISÃO ‘LIGHT’

RUMO AODIGITAL

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Ficha Técnica:

Título: A Televisão “Light” Rumo ao Digital

Autor: Francisco Rui Cádima

Design e Paginação: Formalpress/ Tânia Borges

Colecção: Media XXI

Directores da Colecção: Jorge Pedro de Sousa e Rogério Santos

E-mail: [email protected]

Editora: Rés XXI/Formalpress

Impressão: Gráfica Almondina

Reservados todos os direitos de autor. Esta publicação não pode ser reproduzida, nem

transmitida, no todo ou em parte, por qualquer processo electrónico, mecânico, fotocópia,

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Esta obra teve o apoio como entidade patrocinadora do ICS – Instituto da Comunicação Social

através da medida “Incentivos à Edição de Obras sobre Comunicação Social”

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1ª edição - Setembro de 2006

ISBN: 972-99351-2-2

Depósito Legal:

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Nota Prévia

I. Televisão ‘light’I.1 Licenças da SIC e da TVI: renovação sem legitimação? I.2 Televisão ‘light’, ou o analgésico pós-laboral I.3 A caverna, a ‘caixa’ e o vaso de flores – à procura de uma Televisão à altura do Homem

II. Televisão e qualidade II.1 Proto e pós-televisão: Adorno, Bourdieu e os outros, ou na pista da ‘qualimetria’II.2 Televisão, qualidade e serviço público II.3 Audimetria como ‘autismo’ televisivo

III. Ambientes digitais III.1 Convergência ‘light’III.2 Bio@net – do pequeno passo ao abismo III.3 Miragens digitais III.4 A regulação da rede e as redes de desregulação

IV. A Migração da Televisão para o Digital IV.1 A TDT no contexto da Sociedade de Informação IV.2 Desafios da Televisão Digital: da TDT à iTV

V. Que regulação para a Comunicação Social? V.1 Discutir o Regulador e a lei sobre Concentração V.2 Uma só Autoridade do Audiovisual e das Comunicações V.3 Em síntese

Referências Bibliográficas

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ÍNDICE

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O conceito de televisão ‘light’ aqui utilizado pretende traduzir uma prática

da televisão que se costuma interpretar como sendo um ‘nivelamento por

baixo’, uma estratégia ‘leve’, dir-se-ia, inclusive, um quase soporífero

mediático: aconchega, faz companhia e sossega, alimentando assim essa

figura domável, algo doentia, a que se chama, desde as longínquas origens

da televisão, o ‘telespectador passivo’ – termo que aponta para a grande

massa do público de menores recursos culturais e educativos, que, em

Portugal, atinge, enquanto ‘iliteracia’, mais de 50% da população. A

importância da Televisão em Portugal está justamente aí.

O conceito ‘light’, nesta nossa interpretação, substitui-se a um outro, um

pouco mais pesado, que todos conhecemos por “telelixo”. É, portanto,

um livro também sobre o “telelixo” televisivo que não deixa de estar

presente no contentor ‘light’.

Alguns dos textos aqui publicados têm origens anteriores. Uma parte são

originais, outros resultaram de conferências proferidas em colóquios e

congressos, ou foram publicados em revistas técnicas e científicas da

área das Ciências da Comunicação, ou começaram por ser breves ‘posts’

editados no blogue Irreal TV. Os não originais, para aqui chegarem,

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Nota prévia

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tiveram actualizações, correcções e melhorias, pelo que nem sempre

coincidem exactamente com a sua primeira versão, por uma questão de

suprir uma ou outra situação datada no tempo, e por complementos que

agora lhes introduzimos de forma a actualizá-los. Assim, e sempre que

for o caso, daremos a referência bibliográfica da publicação original no

início do próprio capítulo.

Este livro resulta em boa parte da iniciativa de um amigo, jovem

empresário e empreendedor desta difícil área da comunicação social e

agora também editor. Em boa hora, em pleno congresso da Sopcom, o

João Paulo Faustino sugeriu-me editar uma obra minha, o que me

obrigou a coligir informação, completar redacções suspensas em

ficheiros de computador, e a agregar a informação num todo que pudesse

fazer sentido e sobretudo produzir sentido nesta hora de forte inflexão em

matéria de políticas para o Audiovisual.

Aqui deixo o reconhecimento pelo convite, na esperança de que o editor

possa também ter em retorno, pelo menos, os créditos de uma boa

receptividade, discutida, polemizada, deste conjunto de ideias aqui

expostas que agora vos proponho.

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O objectivo é apenas um: contribuir para uma Televisão que não nos

envergonhe – a quem a faz e a quem a vê – para uma Televisão que esteja

à altura do Homem.

Contribuir, em suma, para uma Televisão que subscreva a causa da

Cidadania e que saiba encontrar e difundir os sinais de grandeza e de

desenvolvimento deste país, deste grande país, com uma grande História,

com grandes homens, que todos os dias, em vez de ser engrandecido, em

vez de ser potenciado nos seus valores, é diminuído e amesquinhado pelo

negativismo (o sensacionalismo, o fait-divers, a actualidade trágica e

outro telelixo) das nossas queridas televisões – pública (também), mas

sobretudo privadas.

Não se trata de pedir muito. Tão somente que seja cumprida a Lei da

Televisão, no que concerne, designadamente, à “ética de antena”, ao

respeito pela “identidade cultural portuguesa”, pela “promoção da cultura

e da língua portuguesa”, pelos “valores da dignidade da pessoa humana, do

Estado de direito, da sociedade democrática”, enfim, pela “diversidade da

programação” e pelo “rigor e independência da informação”. Está lá, na

Lei, mas raras vezes está no pequeno écrã.

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