A Tradição Exegética Dos Reformadores

5
A Tradição Exegética dos Reformadores Martinho Lutero (1546) João Calvino (1564) Bíblia de Estudo Geneva (1557) John Lightfoot (1675) Matthew Henry (1714) John Gill (1771) João Wesley (1791) Adam clarke (1832) http://www.studylight.org/com/acc/view.cgi? book=mt&chapter=001 Jamieson, Fausset & Brown (1871) John N. Darby (1882) Spurgeon (1892).

description

trabalho

Transcript of A Tradição Exegética Dos Reformadores

A Tradio Exegtica dos Reformadores

A Tradio Exegtica dos ReformadoresMartinho Lutero (1546)

Joo Calvino (1564)

Bblia de Estudo Geneva (1557)

John Lightfoot (1675)

Matthew Henry (1714)

John Gill (1771)Joo Wesley (1791)Adam clarke (1832) http://www.studylight.org/com/acc/view.cgi?book=mt&chapter=001

Jamieson, Fausset & Brown (1871)John N. Darby (1882)Spurgeon (1892).

E o Esprito de Deus se movia sobre a face das guas(Gn 1.2)Martinho Lutero: Alguns consideram o Esprito de Deus aqui como sendo meramente um vento. Mas se nada de material deve ser entendido aqui como esprito, acho melhor referir-se ao primeiro mover da massa original informe do cu e terra, chamada de abismo, sempre em movimento como em nossos dias, pois a superfcie das guas nunca est parada, mas sempre em movimento. Contudo, entendo aqui o Esprito Santo, pois o vento uma criatura que no existia quando o cu e a terra eram uma massa catica confusa. Alm disso, h um consenso universal da igreja em relao ao mistrio da Santssima Trindade, em sua primeira obra da criao: O Pai, atravs do Filho, a quem Moiss chama de Palavra, criou o cu e a terra do nada. Sobre eles o Esprito Santo choca. E como uma galinha que se pe sobre seus ovos para os chocar, aquecendo-os como se fosse infundindo neles vida, assim a Escritura diz que foi como se o Esprito Santo tivesse chocado as guas, infundindo vida nestas substncias elementares que posteriormente seriam animada e guarnecida. A obra do Esprito , pois, dar a vida!Joo Calvino: Os intrpretes distorcem esta passagem de vrias maneiras. Quanto a opinio dos que julgam trata-se de um mero vento muito fria para exigir refutao. Agem corretamente os que vem aqui o Esprito eterno de Deus, ainda que nem todos alcancem o sentido que Moiss quis dar no contexto do discurso. Da surgem as diversas interpretaes do particpio tpxrm , (merachepeth.) Em primeiro lugar irei dizer qual, em minha opinio, foi a inteno pretendida por Moiss. J ouvimos que antes de Deus ter aperfeioado o mundo, este consistia de uma massa instvel. Aqui, Moiss nos ensina que, para manter o mundo desta forma, foi necessrio o poder do Esprito, pois visto que hoje conhecemos o mundo bem governado e ordenado, a seguinte dvida poderia subir a mente de algum: como tal coisa to desordenada poderia subsistir? Ele, portanto, diz que esta massa ainda que confusa estava firme pela eficcia oculta do Esprito. Existem aqui duas interpretaes que podem ser dadas pelo texto hebraico: o Esprito se movia e agitava-se sobre as guas com o fim de estender o seu poder ou chocava sobre elas para cuidar. Que o leitor escolha dentre estas a interpretao que preferir visto que ambas resultam em pouca diferena. Mas se foi necessrio ao caos primitivo a inspirao oculta de Deus para impedir sua rpida dissoluo, como poderia tal ordem to bela e distinta subsistir por si mesma a menos que retire tal fora de outro lugar? Assim, se cumprem as Escrituras quando dizem Envia teu Esprito e tudo ser criado, e renovareis a fae da terra (Salmo 104:30). Por outro lado, basta que o Senhor retire o seu Esprito para que todas as coisas se tornem p e se desvaneam (Salmo 104:29).Matthew Henry: O Esprito de Deus foi o primeiro motor. Ele se movia sobre a face das guas. Quando consideramos a terra sem forma e vazia, penso que seja como um vale de ossos mortos e secos. Podem viver? Ser que esta matria confusa pode ser transformada em um belo mundo? Sim, se o um esprito de vida da parte de Deus entrar nela (Ez 37:9). Existe ento esperana para esta matria confusa, pois o Esprito de Deus comea a agir, e se ele agir quem ou o que impedir? A Bblia diz que Deus fez o mundo por seu Esprito (Sl 33:63; J 26:13), e por este mesmo poderoso obreiro se efetuar a nova criao. Ele se movia sobre a face dos abismos, assim como Elias se estendeu sobre o menino como a galinha reunindo seus pintos sob suas asas, e paira sobre eles para aquec-los e cuidar deles (Mt 23:37), como a guia desperta seu ninho e se move sob seus filhos ( a mesma palavra usada aqui) (Dt 32.11). Saiba portanto que Deus no apenas o autor de toda criatura, mas a fonte e mola de toda moo. A matria morta estaria para sempre morta se Ele no a vivificasse. E isto nos faz crer que Deus ressuscitar os mortos. O poder que no incio dos tempos tirou um mundo como este da confuso, do vazio e das trevas, pode, no fim dos tempos, trazer nossos corpos vis do sepulcro, embora seja uma terra escurssima como a prpria escurido e sem ordem alguma (J 10:22), e pode faz-los corpos gloriosos. Joo Gill: E assim as Escrituras apresentam a terra original como sendo tirada da gua e consistindo dela (2 Pedro 3:5) e sobre a superfcie dessas guas, antes de serem drenadas da terra, O Esprito de Deus se movia. Este deve ser entendido no como um vento, como interpretam Onkelos, Aben Ezra, e a maioria dos escritores judeus e cristos; visto que o ar, do qual o vento uma moo, no foi feito antes do segundo dia. O Targum de Jonatan e Jerusalm o chama de esprito das misericrdias, querendo significar com isso o Esprito do Messias, como muitos escritores judeus o chamam, ou seja, a terceira pessoa da Santssima Trindade, que se envolveu na criao de todas as coisas, tanto na guarnio dos cus quanto em transformar a matria confusa da terra e da gua numa forma ordenada (J 26:13). Este mesmo Esprito se movia ou pairava sobre a face das guas para fecund-las. Assim como faz a galinha sobre seus ovos para choc-los, assim ele para fazer separao das partes que se misturavam para lhe dar um poder vivificante de produzir criaturas viventes nelas. Este sentido e idia da palavra foram finamente expressas por nosso poeta. Adam Clarke: Isto entendido de forma estranha e variada. Alguns pensam que significa um vento violento porque ruach geralmente significa tanto vento como esprito, como se d em grego com Neuma. O termo Deus, dizem, est ligado a ele meramente para expressar o grau de superlativo. Outros o entendem como um fogo elementar, o sol penetrando e secando a terra com seus raios, os anjos que se supe terem sido empregados como agentes na criao. Outros ainda entendem aqui um certo princpio oculto chamado de anima mundi ou alma do mundo. H ainda quem veja aqui uma atrao magntica pela qual todas as coisas tendem a gravitar para um centro comum. Mas pelo uso da palavra em outros lugares, evidentemente claro tratar-se do Santo Esprito de Deus, o qual Nosso Senhor chama de vento (Joo 3:8);