A utilização de jogos fonológicos para a alfabetização

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A utilização de jogos fonológicos para a alfabetização Jéssica Maís Antunes 1 Jenifer Soares da Costa Patrícia Moura Pinho 2 Eixo Temático: Experiências Pedagógicas Resumo O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, em seu subprojeto Alfabetização e Educação Inclusiva, contempla práticas de alfabetização a partir de uma perspectiva inclusiva que auxilia na construção dos conhecimentos dos alunos que tenham dificuldades acerca da leitura e da escrita. O subprojeto trabalha em uma escola vinculada a rede municipal de ensino da cidade de Jaguarão/RS, atuando com turmas desde o pré-escolar até o quinto ano do ensino fundamental. O grupo é composto por quinze bolsistas, que realizam intervenções em sala de aula uma vez por semana juntamente com o professor titular da turma. O presente trabalho foi desenvolvido com uma turma de primeiro ano do ensino fundamental, no segundo semestre de 2012, durante o período regular de aula dos alunos. Primeiramente, para diagnosticar em que níveis de escrita os alunos se encontravam foi feito a testagem das quatro palavras e uma frase, conforme a desenvolvida por Ferreiro e Teberosky (1989). De modo geral, percebemos que a maioria dos estudantes encontrava-se no nível silábico, ou seja, representava cada sílaba com uma letra, às vezes de modo quantitativo (usando letras sem correspondência fônica), outras de modo qualitativo (usando letras presentes na escrita convencional da palavra). Depois de identificado os conhecimentos de escrita dos alunos a metodologia adotada para ajudar em nossa prática, durante o processo de alfabetização e letramento dos alunos participantes do projeto, foram à utilização dos jogos fonológicos criados pelo Centro de Estudos em Educação e Linguagem (CEEL). Com o intuito de auxiliar os alunos a avançarem no nível silábico foi utilizado o jogo “Bingo dos Sons Iniciais” que trabalha com o aspecto da aliteração e o jogo “Caça Rimas” que conforme o próprio nome já diz, trabalha com a rima. O trabalho com os jogos fonológicos foram recursos importantíssimos para tornarem o processo de aprendizagem dos alunos mais significativo, pois além de contribuírem para variar as suas estratégias didáticas em sala de aula, foram ferramentas didáticas que diversificaram o trabalho pedagógico e que despertaram interesse em aprender jogando/brincando nos educandos. O objetivo de nosso trabalho foi despertar no aluno a consciência fonológica, ou seja, que o aluno perceba a relação existente entre grafema e fonema. Conforme Zorzi (2003), os sons associados às letras são os mesmos da fala e que podem ser considerados como conhecimento metalinguístico. O desafio encontrado pelos docentes e bolsistas do subprojeto foi ajudar os educandos a atingir o nível fonêmico, baseada no modelo fonológico gerativo desenvolvido por Chomsky 1 Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Pedagogia, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), [email protected] 2 Orientadora. Doutora em Educação. Universidade Federal do Pampa (Unipampa). [email protected]

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A utilização de jogos fonológicos para a alfabetização

Jéssica Maís Antunes1

Jenifer Soares da CostaPatrícia Moura Pinho2

Eixo Temático: Experiências Pedagógicas

Resumo O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, em seu subprojeto Alfabetização e Educação Inclusiva, contempla práticas de alfabetização a partir de uma perspectiva inclusiva que auxilia na construção dos conhecimentos dos alunos que tenham dificuldades acerca da leitura e da escrita. O subprojeto trabalha em uma escola vinculada a rede municipal de ensino da cidade de Jaguarão/RS, atuando com turmas desde o pré-escolar até o quinto ano do ensino fundamental. O grupo é composto por quinze bolsistas, que realizam intervenções em sala de aula uma vez por semana juntamente com o professor titular da turma. O presente trabalho foi desenvolvido com uma turma de primeiro ano do ensino fundamental, no segundo semestre de 2012, durante o período regular de aula dos alunos. Primeiramente, para diagnosticar em que níveis de escrita os alunos se encontravam foi feito a testagem das quatro palavras e uma frase, conforme a desenvolvida por Ferreiro e Teberosky (1989). De modo geral, percebemos que a maioria dos estudantes encontrava-se no nível silábico, ou seja, representava cada sílaba com uma letra, às vezes de modo quantitativo (usando letras sem correspondência fônica), outras de modo qualitativo (usando letras presentes na escrita convencional da palavra). Depois de identificado os conhecimentos de escrita dos alunos a metodologia adotada para ajudar em nossa prática, durante o processo de alfabetização e letramento dos alunos participantes do projeto, foram à utilização dos jogos fonológicos criados pelo Centro de Estudos em Educação e Linguagem (CEEL). Com o intuito de auxiliar os alunos a avançarem no nível silábico foi utilizado o jogo “Bingo dos Sons Iniciais” que trabalha com o aspecto da aliteração e o jogo “Caça Rimas” que conforme o próprio nome já diz, trabalha com a rima. O trabalho com os jogos fonológicos foram recursos importantíssimos para tornarem o processo de aprendizagem dos alunos mais significativo, pois além de contribuírem para variar as suas estratégias didáticas em sala de aula, foram ferramentas didáticas que diversificaram o trabalho pedagógico e que despertaram interesse em aprender jogando/brincando nos educandos. O objetivo de nosso trabalho foi despertar no aluno a consciência fonológica, ou seja, que o aluno perceba a relação existente entre grafema e fonema. Conforme Zorzi (2003), os sons associados às letras são os mesmos da fala e que podem ser considerados como conhecimento metalinguístico. O desafio encontrado pelos docentes e bolsistas do subprojeto foi ajudar os educandos a atingir o nível fonêmico, baseada no modelo fonológico gerativo desenvolvido por Chomsky

1 Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Pedagogia, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), [email protected] Orientadora. Doutora em Educação. Universidade Federal do Pampa (Unipampa). [email protected]

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(1965), é um sistema que a criança deve atingir para entender como o alfabeto funciona. A utilização dos jogos nos permitiu obter resultados satisfatórios, pois os jogos e a intervenção contribuíram para que alunos avançassem nos níveis alfabéticos.

Palavras – chaves: Consciência fonológica. Jogos. Alfabetização

Referências:

BRASIL. Manual didático de Jogos para a Alfabetização. Disponível em:<

http://www.ufpe.br/ceel/e-books/Manual_de_jogos_did

%C3%A1ticos_revisado.pdf>. Acesso em: 23/02/2013.

CHOMSKY, Noam. Aspects of the theory of syntax. Cambridge, Mass.:

M.I.T.. Press, 1965.

FERREIRO, E. & TEBEROSKY, A. – Psicogênese da Língua Escrita. Porto

Alegre, Artes Médicas Editora, 1989.

ZORZI, Jaime Luiz. Aprendizagem e distúrbios da linguagem escrita:

questões clínicas e educacionais. Porto Alegre: Artmed, 2003.