A Violência Na Escola

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A VIOLÊNCIA NA ESCOLA: ANÁLISES PSICOSSOCIOLÓGICAS Clóvis Pereira da Costa Júnior, Michael Augusto Souza de Lima e Joseli Bastos da Costa Sumário A Violência na Escola: Análises Psicossociológicas Acerca da Violência no Âmbito Educacional O fenômeno violento, tal qual ocorre na atualidade, tem sido objeto de estudo para diversas disciplinas, no entanto, observa-se dificuldades na operacionalização deste construto e escassez de literatura referente a determinados tipos de violência, a saber: a violência escolar. Neste sentido, os atos violentos ocorridos dentro de instituições de ensino têm sido frequentemente conhecidos pelo nome de “bullying”. Assim, o presente trabalho teve como objetivo investigar a percepção do bullying numa amostra de estudantes matriculados em duas séries do ensino médio de uma escola da rede particular da cidade de João Pessoa, bem como realizar um diagnóstico da extensão e intensidade do problema do bullying nesta escola. Participaram voluntariamente 390 estudantes, devidamente matriculados no ensino médio da escola, 203 meninas e 187 meninos. Estes tinham idade entre 13 e 18 anos. Acerca da exposição ao bullying, pode-se afirmar que 82% dos alunos afirmaram ter sofrido, em algum momento, violência escolar; já 64% relataram ter sido agressores e 92,1% afirmaram já ter presenciado atos violentos. Em relação à proximidade com a vítima e com o agressor, verificou-se que, nas situações de violência, estes sempre eram da turma. No tocante à atribuição de grau de violência, a agressão física foi considerada a mais grave (X= 4,3; DP= 0,93). Diante disso, é importante ressaltar necessidade de mais pesquisas e investigações extensivas, de modo que os dados obtidos sejam fonte para o desenvolvimento de programas de intervenção e prevenção, visando à correção e o controle desta problemática. Palavras-chave: Violência escolar, Bullying, Comportamento violento. Abstract: The phenomenon violent, as occurs today, has been studied for various disciplines, however, there are difficulties in the operationalization of this construct and scarcity of literature concerning certain types of violence, namely: school violence. In this sense, violent acts occurring within educational institutions have often been known by the name of "bullying". Thus, the present study aimed to investigate the perception of bullying in a sample of students enrolled in two middle schools in a particular school in the city of João Pessoa, as well as perform a diagnosis of the extent and intensity of the problem of bullying in this school. 390 students participated voluntarily, duly enrolled in high school, 203 girls and 187 boys. They were aged between 13 and 18 years. About exposure to bullying, it can be stated that 82% of students reported having experienced at some point, school violence, whereas 64% reported being aggressors and 92.1% said they had witnessed violent acts. Regarding the proximity to the victim and the offender, it was found that, in situations of violence, these were always the class. Regarding the award of degree of violence, physical aggression was considered the most serious (X = 4.3, SD = 0.93). Therefore, it is important to emphasize the

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A VIOLNCIA NA ESCOLA: ANLISES PSICOSSOCIOLGICASClvis Pereira da Costa Jnior, Michael Augusto Souza de Lima e Joseli Bastos da Costa

Sumrio

A Violncia na Escola: Anlises Psicossociolgicas Acerca da Violncia no mbito EducacionalO fenmeno violento, tal qual ocorre na atualidade, tem sido objeto de estudo para diversas disciplinas, no entanto, observa-se dificuldades na operacionalizao deste construto e escassez de literatura referente a determinados tipos de violncia, a saber: a violncia escolar. Neste sentido, os atos violentos ocorridos dentro de instituies de ensino tm sido frequentemente conhecidos pelo nome de bullying. Assim, o presente trabalho teve como objetivo investigar a percepo do bullying numa amostra de estudantes matriculados em duas sries do ensino mdio de uma escola da rede particular da cidade de Joo Pessoa, bem como realizar um diagnstico da extenso e intensidade do problema do bullying nesta escola. Participaram voluntariamente 390 estudantes, devidamente matriculados no ensino mdio da escola, 203 meninas e 187 meninos. Estes tinham idade entre 13 e 18 anos. Acerca da exposio ao bullying, pode-se afirmar que 82% dos alunos afirmaram ter sofrido, em algum momento, violncia escolar; j 64% relataram ter sido agressores e 92,1% afirmaram j ter presenciado atos violentos. Em relao proximidade com a vtima e com o agressor, verificou-se que, nas situaes de violncia, estes sempre eram da turma. No tocante atribuio de grau de violncia, a agresso fsica foi considerada a mais grave (X= 4,3; DP= 0,93). Diante disso, importante ressaltar necessidade de mais pesquisas e investigaes extensivas, de modo que os dados obtidos sejam fonte para o desenvolvimento de programas de interveno e preveno, visando correo e o controle desta problemtica.Palavras-chave:Violncia escolar, Bullying, Comportamento violento.Abstract: The phenomenon violent, as occurs today, has been studied for various disciplines, however, there are difficulties in the operationalization of this construct and scarcity of literature concerning certain types of violence, namely: school violence. In this sense, violent acts occurring within educational institutions have often been known by the name of "bullying". Thus, the present study aimed to investigate the perception of bullying in a sample of students enrolled in two middle schools in a particular school in the city of Joo Pessoa, as well as perform a diagnosis of the extent and intensity of the problem of bullying in this school. 390 students participated voluntarily, duly enrolled in high school, 203 girls and 187 boys. They were aged between 13 and 18 years. About exposure to bullying, it can be stated that 82% of students reported having experienced at some point, school violence, whereas 64% reported being aggressors and 92.1% said they had witnessed violent acts. Regarding the proximity to the victim and the offender, it was found that, in situations of violence, these were always the class. Regarding the award of degree of violence, physical aggression was considered the most serious (X = 4.3, SD = 0.93). Therefore, it is important to emphasize the need for more extensive research and investigations, so that the data obtained are the source for the development of prevention and intervention programs in order to correct and control this problem.Keywords: School violence, bullying, violent behavior.

1. IntroduoApesar de o comportamento conhecido como bullying ser bastante antigo, os estudos acerca desta temtica s se desenvolveram a partir da dcada de 1970. Os primeiros foram realizados na Universidade de Bergen na Noruega, pelo professor Dan Olweus, que se props a investigar no mbito escolar os problemas de agresses e vtimas. Para tal investigao, foi elaborado um questionrio contendo vinte e cinco questes, aplicado em oitenta e quatro mil estudantes de vrios perodos escolares, trezentos a quatrocentos professores e mil pais.A partir da analise dos resultados, o professor Dan Olweus pde avaliar a natureza e a ocorrncia do bullying, como tambm verificar sua extenso e caractersticas, alm do impacto das intervenes que j haviam comeado nas instituies de ensino norueguesas. (OLWEUS, 2005)No tocante realidade brasileira, destacam-se as investigaes da professora Marta Canfield em 1997, que procurou analisar os comportamentos agressivos apresentados por crianas em quatro escolas de ensino pblico em Santa Maria, Rio Grande do Sul, usando uma forma adaptada do questionrio do professor Dan Olweus em 1989. (CANFIELDl apud FANTE, 2005).A ABRAPIA (Associao Brasileira Multiprofissional de Proteo Infncia e Adolescncia) realizou, em 2003, uma pesquisa envolvendo um universo de 11 escolas e aproximadamente 5.875 alunos do municpio do Rio de Janeiro. Tal estudo procurou analisar a incidncia de bullying nestas escolas. Como resultado, verificou-se que 40,5% dos alunos confessaram estar envolvidos em situaes de violncia.Outro estudo de fundamental importncia foi realizado por Leonardo Cheffer em outubro de 2004. Ele publicou, nos Anais da Sexta Semana de Psicologia da Universidade Estadual de Maring: Subjetividade e Arte, sua pesquisa quantitativa e qualitativa realizada com duzentos e quarenta alunos de quinta a oitava sries de uma escola pblica de uma cidade do norte do Estado do Paran, na qual tratava a respeito de bullying, e teve como finalidade caracterizar o perfil das vtimas. (CHEFFER, 2004)Nesse contexto, a violncia cometida dentro de instituies de ensino tem sido frequentemente conhecida pelo nome de bullying - termo em ingls, de Bully, palavra que se traduz como brigo e valento - e tem sido utilizado para referir-se a prticas constantes de humilhaes de crianas e adolescentes no ambiente escolar. Vale salientar ainda que tal expresso no encontra traduo equivalente para a lngua portuguesa, por tratar-se de um fenmeno recentemente estudado na realidade brasileira.De acordo com a definio de apresentada por Costantini (2004) a respeito do bullying escolar, relaciona-se a um comportamento ligado agressividade fsica, verbal ou psicolgica. Sendo assim uma transgresso individual ou de grupo, que exercida de maneira continuada, por parte de um indivduo ou de um grupo de jovens definidos como intimidadores nos confrontos com uma vtima predestinada.Hayden e Blayia (2002, apud Pupo, 2007) incluem na definio de bullying um desejo inconsciente e deliberado de maltratar uma pessoa e coloc-la sobtenso. Oweus (1993 apud Pupo, 2007) refora a idia do abuso de poder sistemtico e da vitimizao repetida ao longo do tempo atravs de xingamentos, agresses fsicas, gestos ofensivos, extorso, excluso ou fofoca.Martins (2005) classifica o bullying em trs modalidades: bullying direto e fsico, que inclui agresses fsicas, roubar ou estragar objetos dos colegas, extorquir dinheiro, forar comportamentos sexuais, obrigar a realizao de atividades servis, ou ameaar a realizao de quaisquer desses comportamentos; bullying direto e verbal, que inclui insultar, apelidar, "tirar sarro", fazer comentrios racistas ou que digam respeito a diferenas no outro; e bullying indireto, que inclui a excluso sistemtica de uma pessoa, fofocas e boatos, ameaar de excluso do grupo com o objetivo de obter algum favorecimento, ou a manipulao da vida social do colega. Lopes Neto (2005) destaca ainda o surgimento de uma nova forma de manifestao desses comportamentos, o cyberbullying, que envolve a utilizao da tecnologia da comunicao (celulares e internet, por exemplo) para a prtica do bullying.De modo geral o bullying pode ser identificado atravs de determinadas aes, como afirma a ABRAPIA: "colocar apelidos, ofender, zoar, gozar, encarnar, sacanear, humilhar, fazer sofrer, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, amedrontar, tiranizar, dominar, agredir, bater, chutar, empurrar, ferir, roubar, quebrar pertences".Normalmente os atos de bullying so cometidos e sofridos por indivduos do sexo masculino, o que no indica necessariamente que estes sejam mais agressivos, mas sim que tm maior possibilidade de adotar este tipo de comportamento. J incidncia de bullying na populao feminina mais difcil de ser percebida devido ao fato de que ela pode estar relacionada ao uso de formas de violncia mais sutis como a prtica de excluso ou difamao.Para Lopes Neto (2005), sua funo [do bullying] a realizao da afirmao de poder interpessoal por meio da agresso, enquanto para Martins (2005), autores do bullying costumam agir com dois objetivos: poder e afiliao junto a outros colegas. J Fante (2005) salienta a necessidade de reproduzir os maus-tratos sofridos em casa ou na prpria escola e autoafirmao dentro de um grupo de iguais.Nas situaes de violncia encontram-se trs envolvidos: o expectador ou testemunha (aqueles indivduos que presenciam diariamente as situaes de bullying); a vtima (a criana ou adolescente que sofre frequentemente ameaas e intimidaes); e o agressor (o indivduo responsvel pelas atitudes e comportamentos violentos para com os demais). Entretanto, para Fante (2005), Lopes Neto (2005) e Smith (2002), o envolvimento nas situaes de bullying deve ser analisado em funo da diferenciao de papis. Assim, h os intimidadores, que podem ser classificados em dois grupos: os lderes e os seguidores; h tambm as vtimas, que podem ser classificadas em: vtima tpica, vtima provocadora e vtima agressora. Por fim h os no participantes, que se dividem entre os que reforam a intimidao, os que apenas observam, e os que defendem as vtimas ou buscam por ajuda.Sem dvida o bullying representa uma grande ameaa ao bom funcionamento das instituies de ensino paraibanas. Visto que a escola por excelncia o lugar de socializao e aquisio de conhecimentos.Portanto, faz-se necessrio que as escolas estabeleam um projeto educacional, desenvolvam pesquisas e atividades intervencionistas junto ao corpo discente das escolas, para que crianas e adolescentes possam desenvolver, ao mximo, os seus potenciais intelectuais e sociais.2. Mtodo2.1. ParticipantesA amostra desta pesquisa foi composta por 390 estudantes, tanto de ambos os sexos, devidamente matriculados em duas sries do ensino mdio de uma escola da rede particular de ensino da cidade de Joo Pessoa.2.2. InstrumentosPara obteno dos dados foi utilizado um questionrio scio-demogrfico, contemplando aspectos como: idade, a renda da famlia, sexo, e informaes relativas estrutura familiar. No tocante investigao sobre a percepo da violncia ocorrida no ambiente escolar, o questionrio utilizado nesta pesquisa abordou os seguintes aspectos: a experincia direta e indireta dos estudantes com as situaes de bullying, tanto como perpetradores quanto como vtimas e expectadores; e a percepo da frequncia e do grau de violncia, justia e punio atribudo a uma serie de situaes tpicas de bullying.2.3. ProcedimentosOs questionrios foram aplicados coletivamente, aproveitando-se a presena dos estudantes autorizados pelos pais das sries escolhidas. Os estudantes foram solicitados a participar da pesquisa depois de alguns esclarecimentos quanto a seus objetivos, ao voluntariado e ao anonimato das informaes coletadas. Participaram da pesquisa apenas aqueles que demonstraram voluntariamente disposio em participar. Aps uma breve exposio dos objetivos e sigilo da pesquisa, bem como da garantia do anonimato, os questionrios foram distribudos e respondidos pelos sujeitos.2.4. Anlise dos DadosOs dados oriundos foram processados pelo programa SPSS (Statistical Package for Social Sciences, verso 18). Foram procedidas anlises descritivas, com o intuito de descrio das variveis observadas, e paramtricas.2.5. Aspectos ticosO estudo seguiu todos os preceitos ticos estabelecidos pela Resoluo 196/96 do Conselho Nacional de Sade que estabelece procedimentos para pesquisa com seres humanos.Tambm foi assegurado o anonimato dos participantes, bem como a confidencialidade das informaes prestadas pelo preenchimento do questionrio, conferindo ao participante o direito a no participao ou a interrupo do preenchimento em qualquer tempo.No local da coleta de dados, previamente aplicao dos instrumentos, foi requerida e autorizada a realizao da pesquisa, onde o diretor da instituio assinou um termo de consentimento que esclarece os objetivos da pesquisa e reitera todos os aspectos ticos envolvidos.3. Resultados e Discusses3.1 Resultados Gerais3.1.1. Local de Aplicao da Pesquisa Violncia EscolarOs locais de aplicao conforme dispostos na tabela 1, foram compostos pelas duas unidades da instituio de ensino parceira da referida pesquisa. Participaram deste estudo 390 estudantes, tanto do sexo masculino como do sexo feminino, devidamente matriculados no ensino mdio. Salientando ainda que s integraram esta amostra os alunos que foram devidamente autorizados pelos pais ou responsveis, atravs de comunicado escrito e assinado, sendo entregue coordenao pedaggica da escola, previamente aplicao dos questionrios.Tabela 1. Local de Aplicao da Pesquisa Violncia Escolar

No tocante aos participantes da Escola 1, importante salientar o fato de tal instituio contar com um nmero reduzido de turmas, sendo assim, para o procedimento de aplicao da pesquisa, foram agrupados os estudantes do 1 e 2 anos desta unidade. A excluso do 3 ano do ensino mdio justifica-se pelo fato de que tais alunos encontravam-se em ritmo de estudos acelerados de preparao para o ingresso na universidade.3.1.2. Dados Scio-Demogrficos da AmostraTabela 2. Descrio dos Dados Scio-Demogrficos da Amostra

No que tange a varivel idade pde-se verificar, conforme a tabela acima, que a maioria dos participantes - 80,2% da amostra - situou-se entre os 15 e 16 anos, coincidindo com a fase que os estudantes normalmente chegam ao ensino mdio. Os demais sujeitos oscilarem entre os 13 e 14 anos (15,4%) e 17 e 18 anos, somando 4,4% dos participantes. Em relao ao sexo dos participantes, observa-se a predominncia do feminino, sendo 203 da amostra (52,1%) e 187 do sexo masculino (47,9%). Sobre o aspecto da religio, 266 participantes consideraram-se catlicos (68,2%), 56 indivduos afirmaram-se evanglicos (14,4%), os demais (espritas, outra religio e sem religio) representaram 17,5% da amostra.Pde-se verificar que, quanto ao tempo que o aluno estuda na escola, 38,2% dos alunos frequentam-na de 01 a 02 anos; 26,6% oscilaram entre 03 a 04 anos; 26,9% entre 05 e 06 anos e 8,2% de 07 a 10 anos.3.2. Resultados da experincia geral com situaes de bullying (avaliao de situaes abstratas)Consoante com os objetivos gerais e especficos propostos pelo projeto de pesquisa apresentado, este estudo destinou-se a realizar uma anlise acerca da percepo social da violncia na escola, tendo em vista sua contribuio para o desenvolvimento de mais estudos referentes a esta temtica e ao crescimento da psicologia social no contexto brasileiro.Foi analisada a percepo dos estudantes enquanto vtimas de violncia na escola, isto , sua auto-percepo enquanto sofredores de algum tipo de violncia por parte dos colegas no mbito escolar.Figura 1. Frequncia em percentagem da exposio dos estudantes enquanto vtimas de violncia na escola.A partir da figura acima, pode-se afirmar que 188 participantes (48,3%) relataram ter sofrido algum tipo de violncia na escola. Dividindo a amostra em dois grupos distintos - aqueles que sofreram ou aqueles que no sofreram violncia obtm-se uma porcentagem de 82% de alunos que afirmaram ter sido vtima de bullying escolar, o restante, 18%, afirmou nunca terem sofrido violncia escolar. A literatura aponta a gravidade de tal problemtica e o aumento significativo de sua incidncia, no apenas ao nvel de Brasil. De acordo com Lopes Neto (2005, p.165), as pesquisas sobre bullying tm indicado uma prevalncia de estudantes vitimizados variando entre 08 e 46%, e uma prevalncia de agressores variando de 5 a 30%. Por sua vez, de acordo com pesquisas realizadas em cinco pases pelo Instituto SM para a Educao (ISME) em 2006, o Brasil apresentou-se como campeo em casos de bullying, ultrapassando naes como: Mxico, Argentina, Espanha e Chile (FANTE e PEDRA, 2008).Figura 2. Frequncia em percentagem da proximidade com o agressor.No tocante relao de proximidade entre agressor e vtima, buscou-se investigar, dentre aqueles que afirmaram sofrer violncia escolar, se o agressor em questo era prximo vtima (agressor da turma), distante da vtima (agressor de outra turma) ou ambas as situaes (da turma e de outra turma). A partir da figura acima, possvel afirmar que as situaes de bullying ocorreram, em sua grande maioria, entre alunos da mesma turma (83,4%). Nesse sentido, segundo Oliveira (2007) os autores de bullying vitimizam pessoas que tm alguma caracterstica que se enquadre como foco para suas agresses como: obesidade, baixa estatura, deficincia fsica. Deste modo, acabam por usar alguns dos colegas de sala de aula como suas vtimas. De acordo com Fante (2005) os agressores normalmente apresentam-se mais fortes que seus companheiros de classes e do que suas vtimas em particular podem ter a mesma idade ou ser um pouco mais velho, podendo ser fisicamente superior nas brincadeiras, nos esportes e nas brigas, sobretudo no caso dos meninos.Figura 3. Frequncia em percentagem da exposio dos estudantes enquanto agressores na escola.Quanto s percentagens acerca de experincias como agressor, 40,4% dos estudantes relataram ter agredido outros estudantes em poucas ocasies, 36% afirmaram nunca terem praticado violncia na sala de aula, os demais demonstram praticar violncia escolar com determinada frequncia. Sobre os agressores, Constantini (2004) alerta que estes encontram dificuldade para achar quem os faa cessar e os conscientize de suas aes. Deste modo, o intimidador no encontra a conteno necessria contra a impulsividade e a agressividade em um contexto no qual se sente perfeitamente vontade e que lhe parece sem regras e sanes significativas. Fante (2005) acrescenta que os agressores normalmente sentem uma necessidade impiedosa de dominar e sub-julgar os outros, de se impor mediante o poder e a ameaa e de conseguir aquilo a que se prope, alm de adotar condutas anti-sociais, irritar-se facilmente, ser impulsivo e ter baixa tolerncia frustrao, sendo frequentemente, membro de uma famlia desestruturada em que h pouco ou nenhum relacionamento afetivo.Figura 4. Frequncia em percentagem da proximidade com a vtima.Sobre a percepo de proximidade com a vtima questionou-se se, na situao de agressor, a vtima era de sua turma, de outra turma ou ambas as situaes. Deste modo, de acordo com a figura 4, possvel afirmar que, de modo geral, a vtima era colega de turma (82%), o que corrobora com Fante (2005) e variadas pesquisas da literatura acerca deste tema.Figura 5. Frequncia em percentagem da exposio dos estudantes enquanto circunstante.No tocante s experincias como circunstante observa-se, no histograma acima, a formao de uma curva normal na distribuio das respostas dos estudantes. 22,3 % dos sujeitos demonstraram ter vivenciado a violncia poucas vezes; 33,3% da amostra afirmaram ter sido circunstante de violncia algumas vezes em sua vida escolar; 26,4% relataram ter presenciado atitudes violentas muitas vezes e 10% marcaram a alternativa sempre, admitindo assim um contato frequente e persistente com atos violentos cometidos na escola. Acerca dos espectadores Oliveira (2007), afirma que estes tambm sofrem as conseqncias de bullying, sendo afetados ao presenciar o sofrimento das vtimas, acabam por desenvolver o medo de se tornarem futuras vtimas, motivo este que os faz calar-se diante das atitudes dos autores. Para Lopes Neto (2005) muitas testemunhas acabam acreditando que o uso de comportamentos agressivos contra os colegas o melhor caminho para alcanarem a popularidade e o poder e, por isso, tornam-se autores de bullying. Outros podem apresentar prejuzo no aprendizado; receiam ser relacionados figura do alvo, perdendo seu status e tornando-se alvos tambm; ou aderem ao bullying por presso dos colegas.Figura 6. Frequncia em percentagem da proximidade com o agressor.Na condio de circunstante, foi questionado se o agente que cometia a violncia era de sua turma, de outra turma ou de ambas as situaes. Tendo em vista a figura 6, observa-se que 65,2% dos participantes apontaram que o agressor pertencia a sua turma; 22,5% relataram no pertencer mesma turma e 12,3% apontaram que o agressor podia ser de sua turma ou no. Ainda como circunstante, questionou-se a proximidade com a vtima da violncia. Deste modo, de acordo com a figura 7, para 68,6% dos participantes, a vtima era colega de turma, para 19,3% a vtima no era colega de turma e para 12,2% a vitima era de ambas as situaes (s vezes de sua turma, s vezes no).Figura 7. Frequncia em percentagem da proximidade com a vtima.3.3. Resultados da Experincia com situaes de violnciaSobre as experincias com situaes de bullying, foi questionado se os participantes sofreram determinados tipos de violncia, a saber: agresso fsica, preconceito (de modo geral), preconceito por ser negro, abuso sexual, cyberbullying (bullying virtual), preconceito por ser (parecer) homossexual, xingamentos, fofocas maldosas, apelidos humilhantes e excluso. A tabela a seguir, ilustra a mdia obtida pelos referidos tipos de violncia, bem como os desvios padro alcanado pelas respostas.Tabela 3. Escores mdios e desvios padro da atribuio do grau de violncia das situaes de bullying.Deste modo, possvel observar que, a mdia mais elevada referente s situaes de violncia, apresentou-se na agresso fsica (X= 4,3). Sendo assim, a referida forma de violncia apontada como o tipo mais grave de agresso, de modo com as respostas aglutinaram-se no ponto 4,3. importante salientar que a escala em questo variava de 1 (nada violento) a 5 (totalmente violento). Tendo em vista o desvio padro apresentado (DP= 0,93), afirma-se que houve ampla concordncia entre os estudantes, sendo a maioria deles de acordo com tal colocao, com poucos participantes oscilando entre as demais alternativas possveis.Em seguida, obteve-se a varivel preconceito geral como o segundo tipo de violncia mais grave, pontuando 4,0 de mdia, com desvio padro de 0,93. Posteriormente, o preconceito por ser negro mostrou-se como tipo de violncia mais elevado (X= 4,0), com desvio padro de 1,07. O abuso sexual surge logo em seguida, pontuando 3,9 de mdia, sendo 1,14 o desvio padro alcanado. Ademais o cyberbullying, ou bullying virtual, pontua 3,9 de mdia e 0,98 de desvio padro. Os outros tipos de violncia alcanaram respectivamente: preconceito homossexual (X=3,8; DP= 1,08), xingamentos (X=3,7; DP= 1,02), fofocas maldosas (X=3,6; DP= 1,06); apelidos humilhantes (X=3,5; DP= 1,06) e excluso (X=3,5; DP= 1,06).Portanto, a violncia fsica que envolve dar tapas, empurres, chutes e etc. - considerada o tipo mais violento de agresso, sendo seguido pelos tipos de violncia conhecidos como preconceito (geral e por ser negro). Por fim, a excluso tipo de violncia simblica visto como a forma de violncia mais branda, contudo, por pontuar uma mdia de 3,5, mostra-se tambm com um alto ndice de violncia.3.3.1. Anlise das experincias na condio de agressor, em relao aos tipos de violnciaFigura 8. Frequncia em percentagem da exposio ao bullying em funo da violncia verbal, na condio de agressor nesta escola.Na condio de agressor, buscou-se investigar se os participantes praticaram aes consideradas como violncia verbal. Para fins de organizao dos tipos de violncia, foi estabelecido que os comportamentos de xingamento, pr apelidos e as fofocas maldosas seriam classificados como violncia verbal. A agresso fsica, excluso, abuso sexual e cyberbullying formam uma categoria especfica e, o preconceito de forma geral, o preconceito por ser negro ou homossexual representam a categoria preconceito.Deste modo, segundo a figura acima, os comportamentos de violncia verbal oscilaram entre aqueles que nunca praticaram violncia (60,7% xingar; 60% apelidos e 62,9% fofocas) e os demais, que praticaram poucas vezes, algumas vezes ou muitas vezes. Observa-se que, em geral, os trs tipos de violncia seguem basicamente um padro nico, no qual a grande maioria dos participantes afirma no praticar violncia na escola, enquanto um nmero reduzido confirma praticar atos violentos.Na categoria da violncia moral, sexual, fsica e cyberbullying, de acordo com a figura 9, verifica-se uma ampla rejeio de tais aes, visto que as percentagens daqueles que afirmaram nunca terem praticado esse tipo de violncia foi bastante elevada (81,5% para agresso fsica; 64,1% para excluso; 87,9% para abuso sexual; 89,5% para cyberbullying). De acordo com a literatura, entende-se que os tipos de violncia comumente utilizados restringem-se a comportamentos verbais, essencialmente os apelidos ofensivos ou humilhaes. O dado acima corrobora com tal descrio, salientando que as formas de violncia mais graves, so ainda menos utilizadas no ambiente escolar. Vale salientar a percentagem atribuda ao cyberbullying (89,5%), sendo este o tipo mais recente de violncia no qual as ofensas so veiculadas em alguma ferramenta da internet (blog, Orkut e outros).Figura 9. Frequncia em percentagem da exposio ao bullying em funo da violncia moral, fsica, sexual e cyberbullying, na condio de agressor nesta escola.Por fim, ainda enquanto agressor, foram analisadas as percentagens atribudas pelos estudantes ltima categoria proposta, o preconceito (geral, por ser homossexual ou negro). Como resultado, de acordo com a figura abaixo, verificou- se tambm ampla rejeio, sendo 74,9% dos participantes contrrios ao preconceito de modo abstrato, 71,5% ao preconceito por ser homossexual e 88,7% ao preconceito por ser negro. No tocante ao aspecto do preconceito por ser negro, observou-se o ndice de rejeio mais elevado, o que pode ser explicado pelo comprometimento da desejabilidade social, na qual os indivduos esto propensos a dar respostas consideradas como socialmente aceitveis e a negar associao pessoal com opinies ou comportamentos considerados socialmente indesejveis.Figura 10. Frequncia em percentagem da exposio ao bullying em funo do preconceito, na condio de agressor nesta escola.3.3.2. Anlise das experincias na condio de vtima, em relao aos tipos de violnciaA seguir, sero descritas as experincias dos estudantes enquanto alvos ou vtimas de violncia na escola. Do mesmo modo, foram criadas categorias que aglutinam determinados tipos de violncia. No primeiro aspecto, obteve-se como resultado um relativo equilbrio na distribuio das percentagens das respostas. Dos 390 participantes quase metade (47,4% xingar; 44,9% apelidos; 50,2% fofocas) relatou nunca ter sofrido com tipos de violncia verbal. Em contrapartida, a outra metade dos estudantes afirmou ter sido vtima de violncia pelos menos algumas ocasies.De acordo com a figura abaixo, os apelidos despontam como a forma de violncia mais comumente praticada na escola, corroborando assim com dados de varias pesquisas anteriormente realizadas acerca desta temtica.Figura 11. Frequncia em percentagem da exposio ao bullying em funo da violncia verbal, na condio de vtima nesta escola.No tocante a prxima categoria (violncia sexual, fsica, excluso e cyberbullying), pde-se afirmar que a excluso tipo de violncia simblico apontada com mais frequncia como o tipo de violncia mais ocorrido 44,4%. A seguir, o abuso sexual com 25,4%; a agresso fsica 24,6% e o cyberbullying 18,7%.Figura 12. Frequncia em percentagem da exposio ao bullying em funo da violncia moral, fsica, sexual e cyberbullying, na condio de vtima nesta escola.Por fim, ainda na condio de vtima, foram analisadas as percentagens referentes categoria preconceito. O preconceito de forma geral despontou como o tipo de preconceito mais sofrido 30,8%; seguido do preconceito por ser homossexual 8,9% e, por ltimo, o preconceito por ser negro 5,1%. Destaca-se ainda o fato de o preconceito racialFigura 13. Frequncia em percentagem da exposio ao bullying em funo do preconceito, na condio de vtima nesta escola.3.4. Anlise da avaliao do grau de violncia das diferentes situaes de bullyingTendo em vista a realizao da anlise acerca do grau de violncia atribudo pelos sujeitos s diversas situaes de exposio ao bullying, precisou-se realizar um procedimento estatstico de randomizao para estabelecer uma padronizao dos participantes em relao s respostas obtidas no questionrio. Deste modo, foi possvel reduzir o nmero de participantes de acordo com as categorias de resposta nunca, poucas vezes e muitas vezes. Assim, no tocante s vtimas, obteve-se 150 participantes, sendo 50 para cada resposta; para os agressores e circunstantes 87 indivduos, sendo 29 para cada categoria.A partir da tabela acima, possvel afirmar que, na condio de exposio como vtima de violncia, no h diferena estatisticamente significativa em relao ao grau de violncia atribudo s diversas situaes de bullying. Sendo assim, tal resultado contraria as hipteses iniciais deste estudo que esperava que o indivduo que relatou nunca ter sofrido violncia no mbito escolar atribusse um grau de violncia baixo; j os que sofreram violncia muitas vezes, um grau de violncia muito mais elevado; enquanto que os que sofreram poucas vezes oscilariam entre os dois extremos. Como visto na tabela 4, na categoria violncia verbal as mdias obtidas, para o tipo de violncia xingar, oscilaram entre 3,5 e 3,9; com desvios padro entre 0,95 e 1,25; para a situao apelidos as mdias obtidas foram de 3,4 e 3,5 com DP entre 0,92 e 1,20; e para a fofoca entre 3,6 e 3,8, com desvios padro de 1,11 e 1,20. A categoria que inclui as formas de violncia fsica, sexual e a excluso, oscilou, respectivamente entre: (X = 3,4; X= 3,5; X= 3,7) para a excluso, com desvios padro de 1,10; 1,07 e 1,11; para a agresso fsica observou-se as mdia mais elevadas, indicando que este o tipo de violncia percebido com o mais hostil pelos estudantes da referida escola, as mdias obtidas foram X= 4,2 com DP= 1,07 para o item nunca, X= 4,4 com DP= 0,70 para o item poucas vezes e X= 4,1 com DP= 1,03 para a opo muitas vezes; para o abuso sexual as mdias obtidas foram 3,8 e 3,9, com desvios padro entre 1,21 e 1,30. Na categoria preconceito - que inclui preconceito de modo geral, preconceito racial e homofbico - as mdias oscilaram entre 3,8 e 3,9, com desvios padro entre 0,88 e 1,12 para o preconceito geral; no tocante ao preconceito racial verifica-se variao da mdia entre 3,9 e 4,1, com desvio padro entre 1,00 e 1,38; j para o preconceito homofbico as mdias mantiveram-se entre 3,6 e 3,9, com desvios padro entre 0,93 e 1,35; por fim o cyberbullying com mdias variando entre 3,6 e 4,0, e desvios padro entre 0,99 e 1,30.No que tange avaliao do grau de violncia na condio de agressor verifica-se, em algumas situaes, diferenas significativas em determinados tipo de violncia. Na categoria violncia verbal, a nica situao de violncia no significativa estatisticamente foi a fofoca, com mdias oscilando entre 3,1 e 3,7, com desvios padro entre 0,96 e 1,33. Nas demais condies, o grau de violncia foi afetado pela exposio ou no a situaes violentas, sendo as opes xingar e apelidos significativas, com mdias e desvios padro respectivamente: X= 3,8 e DP= 1,04 para o item nunca, X= 3,5 e DP= 1,15 para a opo de resposta poucas vezes e X= 3,0 e DP= 1,25 para muitas vezes e X=3,8 e DP = 0,96 para nunca, X= 3,1 e DP= 1,15 para poucas vezes e X= 2,7 e DP= 1,10 para muitas vezes. Nas situaes de excluso, abuso sexual, preconceito geral e cyberbullying os dados obtidos tambm no foram significativos. J para agresso fsica, preconceito racial e homofbico, houve significncia e as mdias oscilaram respectivamente: entre 3,7 e 4,3, com desvios padro entre 0,82 e 1,30 para a agresso fsica; entre 3,2 e 41 com desvios padro entre 1,00 e 1,41 para preconceito racial e entre 3,4 e 4,0 com desvios padro entre 0,92 e 1,31 para preconceito homofbico.Na condio de circunstante, assim como na de vtima, no houve diferenas estatisticamente significativas. No que tange categoria violncia verbal as mdias obtidas, para a situao xingar, oscilaram entre 3,3 e 3,9; com desvios padro entre 0,80 e 1,13; para a varivel apelidos as mdias obtidas mantiveram-se entre 3,3 e 3,7 com DP entre 0,87 e 1,05; e para a fofoca entre 3,3 e 3,8, com desvios padro de 1,01 e 1,98. Em relao situao de excluso verificaram-se mdias oscilando entre 3,3 e 3,5, com desvios padro entre 1,00 e 1,14; para a agresso fsica e abuso sexual as mdias oscilaram respectivamente: entre 4,1 e 4,3, com desvios padro entre 0,96 e 1,12 e entre 3,8 e 4,0, com desvios padro entre 1,10 e 1,19. Na categoria preconceito, os escores mdios variaram entre 4,0 e 4,1, com DP= 1,00 para o preconceito geral; entre 4,0 e 4,2, com desvios padro entre 0,72 e 1,19 para preconceito racial; e entre 3,7 e 4,0, com desvios padro entre 0,75 e 1,19 para preconceito homofbico. E para a situao de cyberbullying as mdias obtidas foram X= 4,2 com DP= 0,83 para o item nunca, X= 4,0 com DP= 1,00 para o item poucas vezes e X= 3,8 com DP= 1,19 para a opo muitas vezes.4. ConclusesA partir dos pressupostos tericos utilizados no presente estudo observa-se que tal problemtica necessita de mais pesquisas e investigaes extensivas, de modo que sejam obtidos nmeros significativos, em nvel nacional, a fim de compar-los aos demais pases, demonstrando assim o avano ou o retrocesso de casos de violncia ocorridos nas escolas brasileiras.Variados estudos, nas mais diversas reas da cincia, salientam a importncia de dados empricos sobre a prevalncia e a epidemiologia de problemas sociais que atingem grandes segmentos da sociedade. Segundo eles, os dados obtidos so a fonte para o desenvolvimento de programas de interveno e preveno, que visam correo e o controle sobre estas problemticas.Em relao ao fenmeno do bullying, Fante (2005) sinaliza a importncia das pesquisas, projetos e programas que vem sendo desenvolvidos no Brasil, entendendo que, atravs dos resultados obtidos, ser possvel realizar um diagnstico das situaes de bullying ocorridas no ambiente escolar, traando os indicadores de prevalncia, alm de identificar os tipos de violncia mais frequentes e as repercusses da mesma na comunidade escolar.

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