A Vontade de Deus e a Oração - Hernandes Dias Lopes

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Livro comentário biblico.

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Digitalizao e Reviso: Levita Digital19/06/2013

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COLEOGRANDES TEMAS DA FVolume 2

A vontade de Deus e a orao

Hernandes Dias Lopes

Dados Internacionais de Catalogao na publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro, SR Brasil)

L8811v Lopes, Hernades DiasA vontade de Deus e a orao / Hernandes Dias Lopes . _ So Paulo: Arte Editorial, 2011

64 p.: 14X21 cm (Coleo Grandes Temas da F, v.2)

ISBN 978-85-98172-58-3

1. Decretos Divinos 2. Vontade de Deus 3. Orao I. TtuloCDD 248.32

ndice para catlogo sistemtico:1. Decretos divinos : Orao 248.32

Essa obra foi escrita originalmente na lngua portuguesa.

Coordenao editorial e projeto grfico: Magno PaganelliPreparao de texto e reviso: Joo Guimares1a Edio: 20092a Edio: 2011

Esta uma edio de

Sumrio

Apresentao da ColeoPrefcio1. Por meio da orao, Deus muda a histria2.A orao de Daniel pelo povo3.Daniel depara-se com a revelao escritaConcluso

Apresentao da Coleo

As Escrituras apresentam uma viso linear e contnua da Histria, contrria viso cclica, como algumas civilizaes antigas ou determinados grupos religiosos atuais tm baseado sua viso do mundo e da vida humana. certo e notvel que a cada perodo da Histria o cenrio mundial, as demandas sociais, a conjuntura poltico- econmica e, principalmente, as questes fundamentais que o homem levanta em busca de sentido e significado, assumem novos contornos.O Senhor da Histria no tem estado ausente nem omisso ao dilogo com o ser humano que o busca. E para isso ele usa tambm os seus servos, com viso bblica, aguada e profunda, e na linguagem do povo de sua poca.Neste sentido, prezado leitor, o Rev. Hernandes Dias Lopes, pastor presbiteriano, doutor em Ministrio, se colocou nas mos do Senhor, em humildade de corao e completa obedincia, despido de qualquer vaidade, para ser o servo que fala ao povo a respeito de Deus, ao escrever esta coleo com dez volumes, que a Arte Editorial tem o privilgio de colocar em suas mos.A obra de lanamento, Sofrimento e vitria, discute um tema que todos evitam viver: o sofrimento. Neste segundo livro, A vontade de Deus e a orao, o Rev. Hernandes, em rpidas pinceladas, analisa as mudanas na Histria, quando Deus atende orao, e a orao que traz o avivamento. A seguir, ele faz um estudo profundo do texto de Daniel 9.1-19, em que ele analisa a orao de Daniel pelo povo. O autor no faz sua apresentao por intermdio da atual proposta triunfalista, em desacordo com as Escrituras; ao contrrio, fornece ao leitor a viso e perspectiva bblicas, a fim de que ele no seja levado a crer em promessas irrealizveis.Desta maneira, com imensa satisfao que a Arte Editorial e o Rev. Hernandes Dias Lopes lanam no Brasil a Coleo Grandes Temas da F, cumprindo, desta forma, a misso crist de dar luz livros que ensinam.

O Editor

Prefcio

Prefaciar uma obra escrita pelo Rev. Hernandes Dias Lopes um privilgio. Digo isso por algumas razes: primeiro, porque estou na condio de filho espiritual dele. Todos os que me conhecem sabem que considero o Rev. Hernandes como um pai, o que de fato ele para mim. Ele me discipulou quando eu estava dando os meus primeiros "passinhos" na f crist e ainda continua a exercer o seu discipulado em minha vida e ministrio. Segundo, porque ele meu tutor e mentor. Ele um professor de envergadura singular, sua instruo feita com as palavras, mas, sobretudo, com o exemplo. Hernandes um instrutor sbio e tico. Terceiro, porque Hernandes tem me pastoreado. Ele um pastor de ovelhas. Sua viso de pastoreio bblica e cristrocntrica. O rebanho de Cristo amado por ele de uma forma mui especial. Finalmente, porque eu o conheo. Iniciei minha caminhada crist com ele, e hoje, pela graa de Deus, sou o seu co-pastor. Hernandes tem luz na cabea, e fogo no corao. Deste modo, tive o privilgio de ler este livro a respeito da orao em primeira mo. Ele conhece teologia, mas tambm tem um corao inflamado pela verdade de Deus. Ele prega com lgrimas nos olhos. Suas mensagens so regadas por longos perodos de orao.Portanto, recomendo este livro a todos os crentes que almejam uma vida abundante de orao e que procuram respostas sobre o propsito ou a relao da orao com o decreto de Deus. Recomendo com ardor por causa do autor e da sua vida, bem como por causa das verdades contidas nesta prola literria. O pastor Hernandes Dias Lopes conhecido em todo Brasil por ser um homem da Palavra, pois um expositor bblico cativante, fervoroso e apaixonado, mas ele tambm um homem de orao. A orao para ele no uma teoria, mas uma prtica. No fruto de elucubraes filosficas ou teolgicas, mas uma experincia vivida por ele, contemplada pelo Pai que v em secreto, e vista pelas su^s ovelhas. Ele ora com ardor e profunda expectativa da interveno divina. Ele cr no Deus que "poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quando pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em ns" (Ef 3.20). Por isso, ele ora. Alm de tudo, recomendo esta preciosssima obra por causa da relevncia do assunto. Este livro concilia teologia e prtica. Sua proposta mostrar a relao estreita entre os decretos de Deus e a orao.Quem nunca ouviu ou nunca fez uma das seguintes perguntas: Como entender a finalidade da orao dentro do decreto de Deus? Se tudo j foi decretado antes da fundao do mundo, qual o papel da orao na vida do crente? Se Deus sabe todas as coisas, por que devo orar? Se voc j fez ou j ouviu alguma dessas perguntas, ento este livro foi feito para voc. Com certeza, voc ser enriquecido e receber munio para responder e auxiliar aqueles que fazem as mesmas inquiries. Essas e outras perguntas inquietaram muitos cristos e ainda continuam a provocar muitas indagaes pelos cristoscontemporneos. Porm, finalmente, a luz raiou em nossa ptria. Deus jamais deixa os seus eleitos na escurido da ignorncia.O leitor perceber, luz da Palavra de Deus, que a orao no altera os decretos de Deus nem o persuade a mudar de idia. Mas ser edificado por meio da verdade ressaltada nesta obra pelo autor que a orao um dos instrumentos escolhidos por Deus para executar os seus soberanos propsitos. O exemplo do profeta Daniel 9, texto no qual o autor expe com a preciso de um cirurgio, sem dvida alguma, o modelo perfeito e slido para subsidiar essa verdade. Deus decretou tudo, mas escolheu a orao como um meio para efetuar os seus propsitos. Deus fez promessas, mas o seu povo deve orar com base nelas. Daniel leu as Escrituras profticas e ento se quedou diante de Deus numa orao agonizante. Ele conhecia o poder de Deus e sua fidelidade, mas mesmo assim se colocou de joelhos para implorar o favor do Senhor.Este trabalho chega num momento oportuno para a igreja evanglica brasileira. A igreja evanglica no solo brasileiro viveu por longas dcadas na ignorncia teolgica. Hoje, ela est se voltando para os livros, mas, com isso, ela corre o risco de ter um conhecimento rido e sem vida. Ento, medida que ela se encontra ou descobre a teologia, ela precisa redescobrir na mesma proporo o caminho da orao. Ela precisa urgentemente observar o casamento indissolvel entre a orao e o decreto de Deus. Queremos uma igreja que tenha profundidade teolgica, mas que tenha tambm vida de orao fervorosa. Uma igreja que ama as letras, mas que tenha tambm o prazer de se deleitar em Deus.A orao o instrumento espiritual por meio do qual o povo de Deus reivindica as suas bnos. Ela uma conquista de Cristo para todos os crentes na dispensao do evangelho. Todos que foram regenerados pelo Esprito Santo, alcanados pelo evangelho, e selados com o EspritoSanto da promessa, tm livre acesso presena de Deus pelo novo e vivo caminho. A orao, agora, no mais um privilgio apenas para uma classe sacerdotal levtica. Todos aqueles que nasceram da gua e do Esprito podem buscar a face de Deus em orao. Assim como Deus decretou a salvao de alguns em Cristo e o meio para alcan-los, de forma semelhante, elegeu a orao como um meio para realizar os seus propsitos eternos. Deus tem promessas gloriosas para o povo da aliana. Ele quer ser buscado e achado pelo seu povo. Seu prazer est nos seus filhos. Deus ouve e responde a orao. A igreja deve orar sempre, para ento ver os grandes feitos de Deus. Meu querido irmo, boa leitura!

Rev. Fbio Henrique de Jesus Caetano

Pastor-auxiliar da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitria

Captulo 1Por meio da orao, Deusmuda a histria

Orao. Que palavra poderosa, to conhecida dos cristos, e, muitas vezes, deixada de lado! Quando olhamos os dicionrios seculares, encontramos todos os significados possveis: splica religiosa, pedido, exposio de um fato, discurso etc. Porm, nenhum desses dicionrios seculares consegue captar e explicar o que a orao para o homem que busca a Deus. Orao falar com Deus. apresentar nossas causas quele que est assentado no Alto e Sublime Trono. O altar da orao est conectado com o Trono de Deus. As oraes que sobem do altar para o trono, descem do trono em forma de intervenes poderosas de Deus para dentro da Histria.Algumas vezes fico pensando como seria melhor a situao deste mundo decado, se todos os filhos de Deus dobrassem os joelhos em orao para agradecer aDeus, para falar com ele, pedir mudana, santidade de vida, e o estabelecimento urgente de seu Reino celestial. Sim, comentamos: "Vai mal o mundo com tanta corrupo, tudo est difcil". Porm, esquecemos de orar por este mundo, pedindo a interveno de Deus na Histria, porque acreditamos em ns mesmos, e achamos que somos autossuficientes para mudar a dinmica das coisas.Deus o Senhor da Histria. "Ele cumpre os seus intentos no decorrer dos anos, de acordo com os seus planos", afirma um conhecido hino evanglico. Deus muda a Histria, o Senhor da Histria transforma a Histria e d a ela o curso que ele deseja. Na encarnao e na cruz, vemos Deus mudando a Histria. Jesus Cristo desceu da glria, fez-se carne, habitou entre ns. Nasceu numa estrebaria, cresceu numa carpintaria e morreu numa cruz. Por meio de sua morte e ressurreio, Deus faz a maior interveno na Histria, numa poderosa misso resgate, tirando-nos da casa do valente, da potestade de Satans, do reino das trevas e nos transportando para o seu reino de graa e poder.Porm, no apenas na encarnao e na cruz que observamos essa interveno divina. Deus sempre tem a resposta para aquele que o busca, mesmo que essa respostano seja aquilo que desejamos, nem chegue no momento que queremos. Acredito que apenas na eternidade poderemos entender este aspecto da resposta de Deus orao. O patriarca J, no caudal de sua profunda agonia, depois de perder seus bens, seus filhos e sua sade, sem apoio da mulher e sem a compreenso dos amigos, ergueu ao cu dezesseis vezes a mesma pergunta: Por que meu Deus? Por que estou sofrendo? Por que a minha dor no cessa? Por que eu perdi os meus filhos? Por que eu no morri no ventre da minha me? Por que eu no morri ao nascer? Ele espremeu o pus da sua ferida, levantou ao cu 34 vezes a sua dolorosa queixa e diante de todas as torrentes caudalosas que borbulhavam de sua alma agitada, no ouviu sequer uma resposta de Deus. Antes, Deus o confronta com setenta perguntas, mostrando-lhe sua majestade. Ao fim, o livro de J termina com a interveno extraordinria de Deus na sua restaurao. Deus deu-lhe o dobro de tudo quanto havia sido saqueado. Porm, Deus no lhe deu explicaes. Temos a promessa da restaurao, mas nem sempre da explicao. Somos muito limitados para compreendermos neste mundo todos os desgnios de Deus.H muitas conquistas que a sociedade contempornea desfruta que so fruto do labor rduo e das oraes fervorosas de nossos irmos do passado. Atualmente, quando vemos, contentes, a derrota da segregao racial e a comunho legal e real de brancos e negros em nosso pasA constatamos, porm, que no era assim no faz muito tempo.Pensemos, por alguns momentos, a luta que os homens antiescravistas encetaram contra o horror da escravido. No magnfico pico "Vozes D'frica", do baiano Castro Alves, (1847-1871), publicado em 11 de junho de 1868, o clamor do poeta apresenta o desespero da viso da escravido de seres humanos por seus semelhantes e se soma ao grito de socorro que todo o continente africano, assolado pelo massacre de portugueses, ingleses e outras etnias, lanava aos cus, em verdadeira orao:

VOZES D'FRICADEUS! Deus! onde ests que no respondes?Em que mundo, em que estrela tu te escondesEmbuado nos cus?H dois mil anos te mandei meu grito,Que embalde desde ento corre o infinito...Onde ests, Senhor Deus?...

Qual Prometeu tu me amarraste um diaDo deserto na rubra penedia Infinito: gal!...Por abutre me deste o sol candente,E a terra de Suez foi a correnteQue me ligaste ao p...

O cavalo estafado do BedunoSob a vergasta toma ressupinoE morre no areal.Minha garupa sangra, a dor poreja,Quando o chicote do simoun dardejaO teu brao eternal.

Minhas irms so belas, so ditosas...Dorme a sia nas sombras voluptuosasDosharns do Sulto.Ou no dorso dos brancos elefantesEmbala-se coberta de brilhantesNas plagas do Hindusto.

Por tenda tem os cimos do Himalaia...O Ganges amoroso beija a praiaCoberta de corais...A brisa de Misora o cu inflama:E ela dorme nos templos do Deus Brama, Pagodes colossais...

A Europa sempre Europa, a gloriosa!...A mulher deslumbrante e caprichosa,Rainha e cortes.Artista corta o mrmore de Carrara;Poetisa tange os hinos de Ferrara,No glorioso af!...

Sempre a lurea lhe cabe no litgio...Ora uma c'roa, ora o barrete frgioEnflora-lhe a cerviz.O Universo aps ela doudo amante Segue cativo o passo deliranteDa grande meretriz.

Mas eu, Senhor!...Eu triste abandonadaEm meio das areias esgarrada,Perdida marcho em vo! Se choro... bebe o pranto a areia ardente;Talvez... p'ra que meu pranto, Deus clementeNo descubras no cho...

E nem tenho uma sombra de floresta...Para cobrir-me nem um templo restaNo solo abrasador...Quando subo s Pirmides do EgitoEmbalde aos quatro cus chorando grito: "Abriga-me, Senhor!..."

Como o profeta em cinza a fronte envolve,Velo a cabea no areal que volveO siroco feroz...Quando eu passo no Saara amortalhada...Ai! dizem: "L vai frica embuadaNo seu branco albornoz..."

Nem veem que o deserto meu sudrio,Que o silncio campeia solitrioPor sobre o peito meu.L no solo onde o cardo apenas medraBoceja a Esfinge colossal de pedraFitando o morno cu.

De Tebas nas colunas derrocadasAs cegonhas espiam debruadasO horizonte sem fim...Onde branqueja a caravana errante,E o camelo montono, arquejanteQue desce de Efraim...

No basta inda de dor, Deus terrvel?!, pois, teu peito eterno, inexaurvelDe vingana e rancor?...E que que fiz, Senhor? que torvo crimeEu cometi jamais que assim me oprimeTeu gldio vingador?!...

Foi depois do diluvio... Um viandante,Negro, sombrio, plido, arquejante,Descia do Arar...E eu disse ao peregrino fulminado: "Co!... sers meu esposo bem-amado... Serei tua Elo..."

Desde este dia o vento da desgraaPor meus cabelos ululando passaO antema cruel.As tribos erram do areal nas vagas,E o Nmada faminto corta as plagasNo rpido corcel.

Vi a cincia desertar do Egito...Vi meu povo seguir Judeu maldito Trilho de perdio.Depois vi minha prole desgraadaPelas garras d'Europa arrebatada Amestrado falco!...

Cristo! embalde morreste sobre um monte...Teu sangue no lavou de minha fronteA mancha original.Ainda hoje so, por fado adverso,Meus filhos alimria do universo,Eu pasto universal...

Hoje em meu sangue a Amrica se nutre Condor que transformara-se em abutre,Ave da escravido,Ela juntou-se s mais... irm traidoraQual de Jos os vis irmos outroraVenderam seu irmo.

Basta, Senhor! De teu potente braoRole atravs dos astros e do espaoPerdo p'ra os crimes meus! ...H dois mil anos... eu soluo um grito...Escuta o brado meu l no infinito,Meu Deus! Senhor, meu Deus!! ...

"Deus! Deus! Onde ests que no respondes? / Em que mundo, em que estrelas tu te escondes / Embuado nos cus? /H dois mil anos te mandei meu grito / Que, embalde, desde ento corre o infinito... / Onde ests, Senhor Deus?"O grito do poeta no caiu em ouvidos surdos. Deus levantou seus instrumentos para responder sua ardente splica e a escravido hoje apenas uma mancha vergonhosa do passado, mas no mais uma triste realidade do presente! O grito empapuado de dor do Filho de Deus encravado numa rude cruz: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?", no foi em vo. Ele foi desamparado na cruz para que ns fssemos amparados por Deus. Ele desceu ao inferno para que pudssemos subir ao cu. Ele morreu para que ns pudssemos viver. Ele sofreu sede atroz para que ns pudssemos beber a gua da vida. Ele sofreu o justo castigo que nossos pecados merecem, para que ns fssemos justificados diante do trono de Deus.Logo a seguir ao grito de Castro Alves, ocorre a abolio da escravido, com a princesa Isabel, filha de D. Pedro 2o, que passou para a histria do Brasil como a responsvel pela assinatura da Lei urea, que aboliu a escravido no Brasil, em 13 de maio de 1888. Assim, a escravido desapareceu do solo brasileiro, louvado seja Deus! O grito enviado h dois mil anos na cruz atende orao do poeta e orao e ao de milhares e milhares de cristos. Castro Alves no presenciou a abolio da escravido no solo ptrio. Mas seu pedido foi atendido! E de igual modo, foram atendidos os pedidos, as oraes de milhares de cristos desde que a escravido comeou, os esforos de milhares de abolicionistas em todo o mundo, que queriam o fim daquela infmia que se instalou no mundo.Como sabemos, a escravido ocorreu pela ganncia dos homens, pelo desamor, pelo pecado, pela malignidade que assola este mundo. A Histria est eivada de acontecimentos tristes e dramticos que nos envergonham e certamente ferem o corao de Deus. So injustias clamorosas, so guerras sangrentas, so aes pejadas de preconceito e dio. O Holocausto que matou mais de seis milhes de judeus ainda nos deixa perplexos. O sculo vinte o palco mais sangrento da histria humana. Mais mrtires tombaram no sculo vinte do que em toda a Histria pregressa. O comunismo ateu, as guerras tribais, a ganncia econmica, as armas mortferas, o narcotrfico, e decadncia dos valores morais passaram sobre ns como torrentes caudalosas. No vale da dor, no deserto da aflio, o povo de Deus clamou e Deus ouviu a sua voz. O nosso Deus aquele que pe termo guerra.Na cruz, Jesus clama ao Pai: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Sabemos que aquela cruz era dele, e o clice do sofrimento tambm, pois l estava o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jesus foi cruz como nosso substituto. O Pai o entregou e ele voluntariamente se ofereceu. Na cruz de Cristo estava a maior demonstrao do amor de Deus por vis pecadores. Ali no Calvrio no apenas Jesus sofreu, mas o Pai tambm sofreu, ao ver o seu Filho, o seu nico Filho, morrendo exangue em nosso lugar.Porm, a pergunta esta: o cristianismo acabou na cruz? No, ele ressurge dentre os mortos. A morte no pde det-lo. Ele matou a morte com sua morte e ressuscitou poderosamente. Pelo seu sacrifcio Jesus abriu para ns um novo e vivo caminho para o cu. Seu desamparo na cruz trouxe amparo para ns. Seu sofrimento na cruz trouxe alvio para ns. Sua morte na cruz trouxe vida para ns. Deus abriu uma porta de esperana para a humanidade na cruz.A cruz de Cristo o centro nevrlgico da Histria, onde Deus propiciou sua ira e nos comprou para sermos sua propriedade exclusiva. A loucura da cruz a maior interveno de Deus na Histria. Nenhum poder blico, nenhum exrcito armado, nenhum poder poltico ou econmico poderia ter alcanado resultados semelhantes..Prezado leitor, analise bem: voc j viu um poltico afirmar que Deus mudaria uma situao em seu pas? muito difcil ouvir uma frase dessas. Na maior parte das vezes, o que ouvimos : "Vou fazer!" "Vou mudar este pas em cinco anos!" "Meu partido vai imprimir nova dinmica a este pas". E assim por diante. Neste momento conturbado da histria do mundo, em que nossos olhos esto voltados para a bancarrota econmica que assola muitas naes, vimos quando o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, conclamou o povo norte-americano para uma mudana. Ele disse: "Ns podemos". J pensou como seria diferente se a frase fosse esta: "Ns vamos orar a Deus, e pela constante intercesso, Deus vai mudar a histria deste pas!" Seria uma maravilha, no seria? Infelizmente ns estamos colocando a nossa confiana em carros e cavalos, em riqueza e poder blico.Achamos que temos a fora, que temos o poder. Pensamos tolamente que as rdeas da Histria esto em nossa mo. Pensamos que somos o timoneiro da Histria. Arrogantemente colocamos Deus na lateral da vida e assumimos o controle. por isso que a humanidade est deriva. Temos dinheiro, mas no temos paz. Temos poder, mas no temos controle. Temos o mundo aos nossos ps, mas temos um vazio dentro de ns, maior que este mundo. Nossa gerao desaprendeu de orar. Tornamo-nos independentes e autosuficientes. Sacudimos o jugo de Deus.Queremos traar a nossa prpria rota e definir o nosso prprio destino. No oramos mais. No nos humilhamos mais diante da onipotente mo do Altssimo. Quando o povo de Israel se voltava para Deus em orao, Deus se voltava para o povo trazendo restaurao. A vida de orao com Deus uma coisa muito simples. Quando opovo de Israel buscava a Deus a em orao, e cumpria os seus mandamentos, do cu emanava a sua cura e sua restaurao. Em todo o Antigo Testamento, constatamos esta realidade. Veja a afirmao do Senhor em 2Crnicas 7.14:

Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, ento, eu ouvirei dos cus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.

O que temos visto o contrrio. A humanidade, em sua autossuficincia, no busca o Senhor. E a terra est arrasada, destruda, imersa no pecado. Quando Ado e Eva, no relato do Jardim do den, resolveram desobedecer ao Criador, e, pela altivez e orgulho resolveram seguir o prprio caminho, o que aconteceu? Voc sabe muito bem o desenrolar da histria e, tambm, como ficou a Histria. O primeiro casal poderia ter contado ao Criador a proposta da serpente, ou o que passava em seus coraes. Porm, eles no fizeram isso. Seguiram o caminho de sua loucura e precipitaram toda a raa humana na queda. Usaram de forma errada a liberdade, pois em vez de depender de Deus, se insurgiram contra ele.

Pedi e recebereisVimos no texto bblico de 2 Crnicas a disposio de Deus em atender orao de todo aquele que o busca em orao. . Ela est expressa tambm na parbola que nosso Mestre conta em Lucas 11.5-13, a respeito do amigo inoportuno.

Disse-lhes ainda Jesus: Qual dentre vs, tendo um amigo, e este for procur-lo meia-noite e lhe disser: Amigo, empresta-me trs pes, pois um meu amigo, chegando de viagem, procurou-me, e eu nada tenho que lhe oferecer. E o outro lhe responda l de dentro, dizendo: No me importunes; a porta j est fechada, e os meus filhos comigo tambm j esto deitados. No posso levantar-me para tos dar; digo-vos que, se no se levantar para dar-lhos por ser seu amigo, todavia, o far por causa da importunao e lhe dar tudo o de que tiver necessidade. Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir- se-lhe-. Qual dentre vs o pai que, se o filho lhe pedir [po, lhe dar uma pedra? Ou se pedir] um peixe, lhe dar em lugar de peixe uma cobra? Ou, se lhe pedir um ovo lhe dar um escorpio? Ora, se vs, que sois maus, sabeis dar boas ddivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dar o Esprito Santo queles que lho pedirem?

A primeira afirmao de Jesus : "Pedi, e dar-se-vos-; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se- lhe-". A segunda afirmao : "Ora, se vs, que sois maus, sabeis dar boas ddivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dar o Esprito Santo queles que lho pedirem?"Ento, vemos: todo aquele que pede recebe. No maravilhoso isto? Porm, para receber, temos de orar. preciso orar. Mas vamos apenas um pouquinho mais frente: "... o Pai celestial dar o Esprito Santo queles que lho pedirem".Estamos pedindo a Deus o Esprito Santo para iluminar nossa vida e nos encher de poder? Estamos pedindo o Esprito Santo para fortalecer nossas igrejas? Estamos pedindo que o Esprito Santo nos encha de tal maneira que viver neste mundo seja um antegozo da vida futura? Estamos pedindo a Deus que o Esprito Santo nos capacite a resistir ao pecado que tenazmente nos assedia? Estamospedindo que se faa a vontade de nosso Pai celeste em nossa vida e por meio dela? Ou estamos pedindo apenas a nossa satisfao hedonista neste mundo?Prezado leitor, h muitos livros sobre orao publicados. Obras ricas, profundas, substanciais que nos ajudam a compreender a necessidade da orao. Porm, neste pequeno livro, quero estudar com voc um fato em particular. Vamos analisar como podemos conciliar os decretos de Deus com a orao. Leia atentamente no captulo seguinte a transcrio de Daniel 9.1-19. Vamos basear nossa reflexo neste texto. Deixemos que a prpria Palavra de Deus fale conosco e alumie o nosso entendimento acerca de to momentoso assunto.

Captulo 2A orao de Daniel pelo povo

No primeiro ano de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constitudo rei sobre o reino dos caldeus, no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o nmero de anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolaes de Jerusalm, era de setenta anos.Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com orao e splicas, com jejum, pano de saco e cinza.Orei ao Senhor, meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor! Deus grande e temvel, que guardas a aliana e a misericrdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos; temos pecado e cometido iniquidades, procedemos perversamente e fomos rebeldes, apartando- nos dos teus mandamentos e dos teus juzos; e no demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que em teu nome falaram aos nossos reis, nossos prncipes e nossos pais, como tambm a todo o povo da terra.A ti, Senhor, pertence a justia, mas a ns, o corar de vergonha, como hoje se v; aos homens de Jud, os moradores de Jerusalm, todo o Israel, quer os de perto, quer os de longe, em todas as terras por onde os tenslanado, por causa das suas transgresses que cometeram contra ti. Senhor, a ns pertence o corar de vergonha, aos nossos reis, aos nossos prncipes e aos nossos pais, porque temos pecado contra ti.Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericrdia e o perdo, pois nos temos rebelado contra ele e no obedecemos voz do Senhor, nosso Deus, para andarmos nas suas leis, que nos deu por intermdio de seus servos, os profetas.Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se, para no obedecer tua voz; por isso, a maldio e as imprecaes que esto escritas na Lei de Moiss, servo de Deus, se derramaram sobre ns, porque temos pecado contra ti.Ele confirmou a sua palavra, que falou contra ns e contra os nossos juzes que nos julgavam, e fez vir sobre ns grande mal, porquanto nunca, debaixo de todo o cu, aconteceu o que se deu em Jerusalm.Como est escrito na Lei de Moiss, todo este mal nos sobreveio; apesar disso, no temos implorado o favor do Senhor, nosso Deus, para nos convertermos das nossas iniquidades e nos aplicarmos tua verdade.Por isso, o Senhor cuidou em trazer sobre ns o mal e o fez vir sobre ns; pois justo o Senhor, nosso Deus, em todas as suas obras que faz, pois no obedecemos suavoz.'Na verdade, Senhor, nosso Deus, que tiraste o teu povo da terra do Egito com mo poderosa, e a ti mesmo 1 adquiriste renome, como hoje se v, temos pecado e procedido perversamente. Senhor, segundo todas as tuas justias, aparte-se a tua j ira e o teu furor da tua cidade de Jerusalm, do teu santo monte, porquanto, por causa dos nossos pecados e por causa das iniquidades de nossos pais, se tornaram Jerusalm e o teu povo oprbrio para todos os que esto em redor de ns.Agora, pois, Deus nosso, ouve a orao do teu serve e as suas splicas e sobre o teu santurio assolado faze resplandecer o rosto, por amor do Senhor.Inclina, Deus meu, os ouvidos e ouve; abre os olhos e olha para nossa desolao e para a cidade que chamadapelo teu nome, porque no lanamos asnossas splicas perante a tua face fiadosem nossas justias, mas em tuas muitasmisericrdias. Senhor, ouve; Senhor, perdoa; Senhor, atende-nos e age; no teretardes, por amor de ti mesmo, Deusmeu; porque a tua cidade e o teu povo so chamados peloteu nome.

Prezado leitor, o meu objetivo, neste livreto, estudar com voc este tema: Como conciliar os decretos de Deus com a orao.Uma das perguntas mais frequentes que ouo em todos os lugares em que estou esta: "Se Deus j decretou todas as coisas; Se Deus sabe de antemo todas as coisas, vale a pena orar? Tem alguma razo de ser a prtica da orao, o ato de orar? Deveramos ns mobilizar o povo de Deus para a orao? Se Deus conhece tudo, se Deus sabe tudo, se Deus j determinou todas as coisas na eternidade, vale a pena orar?"Eu chamo a sua ateno para alguns exemplos bblicos.A Bblia diz que o profeta Jonas foi cidade de Nnive. Leia o texto bblico de Jonas 3.1-10:

Veio a palavra do SENHOR, segunda vez, a Jonas, dizendo: Dispe-te, vai grande cidade de Nnive eproclama contra ela a mensagem que eu te digo. Levantou-se, pois, Jonas e foi a Nnive, segundo a palavra do SENHOR. Ora, Nnive era cidade mui importante diante de Deus e de trs dias para percorr-la. Comeou Jonas a percorrer a cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nnive ser subvertida. Os ninivitas creram em Deus, e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior at o menor. Chegou esta notcia ao rei de Nnive; ele levantou- se do seu trono, tirou de si as vestes reais, cobriu-se de pano de saco e assentou-se sobre cinza. E fez-se proclamar e divulgar em Nnive: Por mandado do rei e seus grandes, nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas provem coisa alguma, nem os levem ao pasto, nem bebam gua; mas sejam cobertos de pano de saco, tanto os homens como os animais, e clamaro fortemente a Deus; e se convertero, cada um do seu mau caminho e da violncia que h nas suas mos. Quem sabe se voltar Deus, e se arrepender, e se apartar do furor da sua ira, de sorte que no pereamos? Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e no o fez.

O que deduzimos desse texto? Jonas pregou naquela cidade: "Dentro de 40 dias Nnive ser subvertida. Dentro de 40 dias Nnive ser subvertida". Mas Nnive se arrependeu. O povo se humilhou. O povo se cobriu com pano de saco e com cinza. E a Bblia diz que Deus suspendeu o castigo que estava lavrado sobre a cidade de Nnive. Deus poupou a cidade. Deus poupou o povo. Deus trouxe salvao em vez de juzo. Ele o Senhor da Histria e pode mudar a Histria. Para Deus no h impossveis. No h causa perdida para Deus. Ele pode tudo quanto ele quer. O instrumento para alcanarmos essas benesses da graa a orao. A Palavra de Deus nos diz que nada temos, porque nada pedimos ou pedimos e no recebemos, porque pedimosmal (Tg 4.2,3). Deus muda o curso dos acontecimentos por meio da orao. No cremos num determinismo cego. Cremos que Deus livre e soberano para agir conforme o conselho da sua vontade e ele escolheu agir por meio da orao.Vejamos outro exemplo. A Bblia diz que Abrao orou por Sodoma e Gomorra. Vamos ler atentamente o relato de Gnesis 18.22-33:

Ento, partiram dali aqueles homens e foram para Sodoma; porm Abrao permaneceu ainda na presena do SENHOR. E, aproximando-se a ele, disse: Destruirs o justo com o mpio? Se houver, porventura, cinquenta justos na cidade, destruirs ainda assim e no poupars o lugar por amor dos cinquenta justos que nela se encontram? Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o mpio, como se o justo fosse igual ao mpio; longe de ti. No far justia o Juiz de toda a terra? Ento, disse o SENHOR: Se eu achar em Sodoma cinquenta justos dentro da cidade, pouparei a cidade toda por amor deles. Disse mais Abrao: Eis que me atrevo a falar ao Senhor, eu que sou p e cinza. Na hiptese de faltarem cinco para cinquenta justos, destruirs por isso toda a cidade? Ele respondeu: No a destruirei se eu achar ali quarenta e cinco. Disse-lhe ainda mais Abrao: E se, porventura, houver ali quarenta? Respondeu: No o farei por amor dos quarenta. Insistiu: No se ire o Senhor, falarei ainda: Se houver, porventura, ali trinta? Respondeu o SENHOR: No o farei se eu encontrar ali trinta. Continuou Abrao: Eis que me atrevi a falar ao Senhor: Se, porventura, houver ali vinte? Respondeu o SENHOR: No a destruirei por amor dos vinte. Disse ainda Abrao: No se ire o Senhor, se lhe falo somente mais esta vez: Se, porventura, houver ali dez? Respondeu oSENHOR: No a destruirei por amor dos dez. Tendo cessado de falar a Abrao, retirou-se o SENHOR; e Abrao voltou para o seu lugar.

Deus j tinha enviado os seus anjos para destruir aquelas duas cidades impenitentes. O fogo de Deus caiu sobre as cidades, mas diz a Bblia que quando Deus estava destruindo as cidades, lembrou-se de Abrao e salvou a L. O juzo j estava lavrado sobre as cidades. Mas Deus ouviu a orao de Abrao e, por isso, Lo foi salvo da destruio. Deus mudou a Histria.Prezado leitor, atente para o magnfico relato bblico de Joel 2.12-27, e veja como Deus opera maravilhas por intermdio da orao:

Ainda assim, agora mesmo, diz o SENHOR: Convertei- vos a mim de todo o vosso corao; e isso com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso corao, e no as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR, vosso Deus, porque ele misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal.Quem sabe se no se voltar, e se arrepender, e deixar aps si uma bno, uma oferta de manjares e libao para o SENHOR, vosso Deus? Tocai a trombeta em Sio, promulgai um santo jejum, proclamai uma assembleia solene. Congregai o povo, santificai a congregao, ajuntai os ancios, reuni os filhinhos e os que mamam; saia o noivo da sua recmara, e a noiva, do seu aposento. Chorem os sacerdotes, ministros do SENHOR, entre o prtico e o altar, e orem: Poupa o teu povo, SENHOR, e no entregues a tua herana ao oprbrio, para que as naes faam escrnio dele. Por que ho de dizer entre os povos: Onde est o seu Deus? Ento, o SENHOR se mostrou zeloso da sua terra, compadeceu- se do seu povo e, respondendo, lhe disse: Eis que vos envio o cereal, e o vinho, e o leo, e deles sereis fartos, e vos no entregarei mais ao oprbrio entre as naes. Mas o exrcito que vem do Norte, eu o removerei para longe de vs, lan-lo-ei em uma terra seca e deserta; lanarei a sua vanguarda para o mar oriental, e a sua retaguarda, para o mar ocidental; subir o seu mau cheiro, e subir a sua podrido; porque agiu poderosamente. No temas, terra, regozija-te e alegra-te, porque o SENHOR faz grandes coisas. No temais, animais do campo, porque os pastos do deserto reverdecero, porque o arvoredo dar o seu fruto, a figueira e a vide produziro com vigor. Alegrai-vos, pois, filhos de Sio, regozijai-vos no SENHOR, vosso Deus, porque ele vos dar em justa medida a chuva; far descer, como outrora, a chuva tempor e a serdia. As eiras se enchero de trigo, e os lagares transbordaro de vinho e de leo. Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exrcito que enviei contra vs outros. Comereis abundantemente, e vos fartareis, e louvareis o nome do SENHOR, vosso Deus, que se houve maravilhosamente convosco; e o meu povo jamais ser envergonhado. Sabereis que estou no meio de Israel e que eu sou o SENHOR, vosso Deus, e no h outro; e o meu povo jamais ser envergonhado.

A objetividade da BbliaA Bblia muito clara, no deixa dvida. O misericordioso e compassivo Deus atende orao daquele que o busca e muda as circunstncias. O povo voltou-se para o Senhor por meio da orao. Essa volta foi urgente, sincera, profunda e marcada por profundo quebrantamento. O resultado que Deus restaurou todo aquilo que havia sido perdido. Deus restituiu os campos, as lavouras, os rebanhos, e a prpria vida espiritual.A Bblia nos informa, tambm, que o Pentecostes foi prometido por Deus. H uma promessa explcita e clara no livro de Joel, 2.28: "E acontecer, depois, que derramarei o meu Esprito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizaro, vossos velhos sonharo, e vossos jovens tero vises".O Senhor Jesus Cristo tambm prometeu, no Evangelho de Lucas 24.49: "Eis que envio sobre vs a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, at que do alto sejais revestidos de poder". Mas no obstante a promessa do Pai e do Filho, a igreja aguarda em orao durante dez dias a chegada do Pentecostes, e ele veio como resposta orao da igreja. O Pentecostes veio por intermdio da promessa do Pai e da orao da igreja. A soberania de Deus no anula a responsabilidade humana. S Deus pode dar o Esprito Santo, mas Deus derramou seu Esprito por meio da orao da igreja. S Deus pode trazer o avivamento, mas devemos orar para que ele venha. S Deus pode abrir o corao do pecador, mas devemos orar e pregar para que ele creia.O Senhor Jesus Cristo prometeu que vai voltar para buscar a sua igreja. Ele disse em Apocalipse:"Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ningum tome a tua coroa" (3.11)."Eis que venho sem demora. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro" (22.7)."E eis que venho sem demora, e comigo est o galardo que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras" (22.12)."Aquele que d testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amm! Vem, Senhor Jesus!" (22.20).O mesmo Jesus que prometeu igreja que voltaria, encoraja a igreja a orar: "Ora vem, Senhor Jesus".Prezado leitor, agora chamo a sua ateno para um fato, voltando ao texto de Daniel. Daniel est lendo a Bblia, eele descobre que Deus j havia estabelecido que o cativeiro babilnico duraria 70 anos. Deus j havia decretado isso. Deus j havia lavrado este fato histrico. Setenta anos era o limite do cativeiro, mas diz a Bblia que quando Daniel l isso, ele se coloca em orao, em intercesso. O decreto de Deus no o desencorajou a orar, ao contrrio, o levou orao intensa e fervorosa pela libertao do povo de Israel do cativeiro babilnico.

H ricas lies no livro de DanielDesta maneira, gostaria de, ento, tirar algumas lies do texto bblico de Daniel.Em primeiro lugar, vamos ver os pressupostos da orao.Analisemos os versculos 1 e 2 de Daniel 9: "No primeiro ano de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constitudo rei sobre o reino dos caldeus, no primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o nmero de anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolaes de Jerusalm, era de setenta anos".Chamo a sua ateno para algumas observaes aqui.Daniel tinha uma vida dedicada orao. Pela datao da Histria, quando Dario assume o governo do imprio medo-persa, por volta do ano 536 a.C. Se voc fizer as contas, Daniel foi levado para a Babilnia quando estava com 14 anos, portanto, a essa altura, Daniel j deve ter pelo menos, 82 anos. Observe que, quando Daniel foi para a Babilnia, ele era um adolescente comprometido com a orao. Porque Daniel orou, ele teve discernimento e coragem para agir. Ele foi fiel a Deus apesar de um passado de dor, de um presente cheio de perigos e oportunidades e de um futuro de glria. Ele orou com profundidade e com perseverana. Ele enfrentou as lutas mais acesas na terra porque sua mente estava ligada ao cu. E logo depois, voc vai perceber que, Nabucodonosor constri aquela imagem de ouro, e decreta que todos os magos da Babilnia fossem mortos porque no davam interpretao para ele. Diz a Bblia que Daniel, ainda jovem, chama os seus trs amigos e eles vo orar ao Senhor. Vo buscar a direo de Deus. Vo buscar uma resposta de Deus, para que no houvesse uma chacina na Babilnia. Diante de situaes humanamente insolveis, Daniel se voltava para Deus em orao. Ele acreditava no poder de Deus que manifesta por meio da orao. Ele acreditava que no h causa perdida quando colocada nas mos do Deus Todo-poderoso. Em resposta orao, Deus deu discernimento a Daniel e os magos foram poupados da morte e o nome de Deus foi glorificado.Mais tarde, no captulo 6 do livro de Daniel, voc vai ver Daniel, acuado, perseguido, ameaado de morte, abrindo a janela para os lados de Jerusalm e orando trs vezes ao dia. Nessa ocasio Deus no o livrou do problema, mas livrou no problema. Deus no o poupou da cova dos lees, mas poupou-o na cova dos lees. Deus no fechou a porta da fornalha, mas fechou a boca dos lees. Porque Daniel orou, ele no transigiu com o erro, nem mesmo em face da morte. Porque Daniel orou, ele estava pronto para morrer, mas no para pecar. Porque Daniel orou, Deus enviou o seu Anjo para livr-lo. A orao pode tudo quanto Deus pode.Agora no captulo 9, Daniel j um ancio, com 82anos. Ele est lendo a Bblia e comea a buscar a Deus em orao- Prezado leitor, chamo a sua ateno para esse detalhe:Daniel teve uma longa existncia, foi um homem que viveu as diversas fases da vida, porm ele foi um homem que viveu continuamente na dependncia de Deus, em orao. Ele orou quando era jovem e orou quando era velho. Ele orou quando era estudante e orou quando ocupou o alto escalo do governo Babilnico e Medo- Persa. Ele orou quando era pobre e orou quando era rico.Em segundo lugar, vamos analisar os pressupostos da orao. A vida de Daniel foi uma vida dedicada integridade. Daniel foi levado para a Babilnia aos 14 anos de idade, e agora ele est com 82 anos. Nesse tempo todo, ele foi ntegro. Ele nunca transigiu com a sua conscincia. Ele nunca negociou valores. Ele nunca se deixou pressionar pelas ameaas, ou pelos perigos, nem se deixou seduzir pelos privilgios. Quantas vezes a vida de orao de um homem, de uma mulher, acaba porque h transigncia com princpios, com valores. O oxignio que alimenta a vida de orao de uma pessoa a vida de santidade, de piedade, de pureza. Quando uma pessoa transige com o pecado, ela tem vergonha de Deus. Ela perde a intimidade com Deus. Ela no consegue mais ter vida plena de orao. Daniel teve vida de orao, porque ele teve vida de santidade, vida na presena de Deus. Por intermdio da orao, ele conseguia sustentao do Senhor para viver numa terra estranha, de costumes estranhos. E ele estava seguro em seu caminho porque orava intensamente ao Senhor.Em terceiro lugar, voc observa, nesses pressupostos, que a vida de Daniel era uma vida dedicada ao estudo da Palavra de Deus. um fato marcante para ns. Deus deu a Daniel o dom da interpretao de sonhos e vises. Daniel poderia pensar: Eu tenho vises.Deus fala comigo diretamente. Deus me deu a capacidade de entender as coisas mais misteriosas.Mas Daniel, apesar de ter entendimento de sonhos e vises, nunca deixou de ser um estudioso da Palavra de Deus. Alis, voc quer saber o segredo do sucesso de Daniel? o segredo que nossas crianas aprendem l no berrio da igreja. o segredo que se ensina s classes infantis, s classes de adolescentes, de jovens e de adultos. So os princpios mais elementares da f. Veja bem, prezado leitor, o sucesso de Daniel est fundamentado na orao e na Palavra de Deus.s vezes ns queremos reinventar a roda, s vezes ns queremos criar coisas novas e sofisticadas. Posso lhe assegurar que a mesma coisa que se ensina numa classe de ps-doutorado de Teologia o que se ensina numa classe infantil. No h nada de novo para ensinar. o evangelho, a Bblia, orao. a vida com Deus. E Daniel aprendeuesse princpio desde a sua infncia, desdea sua adolescncia, desde a sua juventude,desde a sua fase adulta. Aprendeu esse princpio quando era um escravo. E aprendeu esse princpio quando era primeiro-ministro da Babilnia e do imprio Medo-Persa. Ele era um homem que tinha tempo para ler a Bblia. Ele era um homem extremamente ocupado, ele ocupava o segundo lugar no governo, tanto da Babilnia quanto do imprio Medo-Persa, mas ele tinha tempo para estudar a Palavra de Deus, e ele tinha tempo para orar ao Senhor e praticar a sua Palavra. Quando voc diz assim: "Eu sou uma pessoa muito ocupada, a minha agenda muito cheia, eu no tenho temp para ler a Bblia, eu no tenho tempo para orar", voc est dizendo uma coisa: "Deus no prioridade na minha vida". Porm, na maioria das vezes voc tem tempo para tudo aquilo que prioridade para voc, seja a atividade mais suprflua.Veja o que Paulo escreve aos cristos filipenses:

Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai- vos. Seja a vossa moderao conhecida de todos os homens. Perto est o Senhor. No andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porm, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas peties, pela orao e pela splica, com aes de graas. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardar o vosso corao e a vossa mente em Cristo Jesus (Fp 4.4-7).

Prezado leitor, se voc quer ter o corao acalmado, e uma vida motivada e motivadora, voc precisa buscar a comunho com Deus em orao. E quanto mais voc o procurai: mais ele se revelar em sua vida. E voc experimentar a verdadeira paz que ele proporciona. Veja que todos os milagres da Bblia foram respostas orao. E os milagres que acontecem hoje, so respostas s oraes. Somente por intermdio da orao podemos resolver os problemas da nossa vida.

Captulo 3Daniel depara-se com arevelao escrita

Retomemos o nosso estudo a respeito da vida de orao de Daniel. Daniel era primeiro-ministro da Babilnia. Ele era o primeiro-ministro do imprio Medo-Persa. Mas Daniel nunca deixou de ter tempo para orar trs vezes ao dia, e de ter tempo para estudar a Palavra de Deus. Vemos que ele est examinando o livro do profeta Jeremias. E no livro do profeta Jeremias que ele vai entender que o cativeiro da Babilnia estava acabando, s faltavam mais dois anos para concluir os 70 anos e por isso, Daniel movido a buscar a Deus em orao.Prezado leitor, o texto bblico que mexeu com o corao de Daniel, que levou Daniel a fazer essa orao to significativa foi o captulo 29 de Jeremias, versculos 10 a 14:

Assim diz o Senhor: Logo que se cumprirem para a Babilnia setenta anos, atentarei para vs outros e cumprirei para convosco a minha boa palavra, tornando a trazer-vos para este lugar. Eu que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor, pensamentos de paz e no de mal, para vos dar o fim que desejais. Ento, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso corao. Serei achado de vs, diz o Senhor, e farei mudar a vossa sorte; congregar-vos-ei de todas a naes e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o Senhor, e tornarei a trazer-vos ao lugar donde vos mandei para o exlio.

Foi esse texto que Daniel leu. Estavam faltando mais dois anos para o cumprimento dessa profecia. Dois anos depois, Ciro, o persa, dominaria o imprio Medo-Persa e mandaria o decreto para a volta do povo. Mas por que ele ora? Daniel sabia que o cumprimento da profecia dependia de uma mudana na atitude do povo. Daniel sabia que o cumprimento da profecia passaria pela volta do povo para Deus. O cumprimento da profecia passaria pelo retorno desse povo para Deus em orao. Era necessrio que o povo se voltassepara Deus em quebrantamento, arrependimento e splica. Porm, quando Daniel olha para o povo no cativeiro, no percebe que o povo est quebrantado. Daniel no percebe que o povo est arrependido. Daniel no v sinais desse povo em orao. Por isso ele clama com tamanha intensidade, com tamanho fervor.Vamos analisar o segundo ponto deste nosso estudo. Atentemos para a preparao para a orao. Vejamos o versculo 3 de Daniel 9: "Voltei o rosto ao Senhor Deus para o buscar com orao e splicas, com jejum, pano de saco e cinzas". Quando Daniel leu esse texto de Jeremias, e percebeu que a nao de Jud, povo de Israel, l na Babilnia, l no imprio Medo-Persa, no havia se arrependido ainda, ele se volta para Deus para orar. De que maneira ele faz isso?Primeiro, uma busca intensa. Daniel voltou o rosto para a direo do Senhor. Isso significa intensidade de orao. Daniel era um homem que tinha vida metdica e sistemtica de orao. Ele desfrutava de intimidade com o Senhor. Daniel buscava e tinha relacionamento pessoal com o Senhor. Ele orava trs vezes por dia. Mas agora, ele precisa orar com mais intensidade por uma causa especfica. E ele tem que orar com todas as foras da sua alma. Ele se concentra em orao.O segundo aspecto um clamor fervoroso. Diz o texto que ele ora, e ele suplica. Ele entendeu o decreto de Deus. Mas em vez de pensar: No, se Deus j decretou, eu vou cruzar os braos, pois vai acontecer mesmo, e eu no preciso Jazer nada. Se Deus j decretou, ento eu vou descansar na soberania de Deus. Deus j decretou, eu no preciso Jazer mais nada. No. No foi esse o entendimento de Daniel.Quantas vezes ns transformamos a belssima teologia reformada calvinista num motivo de omisso, de relaxamento espiritual e de descuido espiritual. Pensamos: Se Deus j decretou, Se Deus j sabe tudo, para que orar? Para que evangelizar? Para que jejuar? Para que humilhar a minha alma? Mas o ensino da soberania de Deus jamais contraditrio com a responsabilidade humana. Daniel sabia que Deus soberano. Mas ele se humilhou, ele buscou a Deus. Ele colocou a sua alma fervorosa em splicas aos cus para que Deus pudesse trazer quebrantamento para a nao antes da volta do cativeiro.Em terceiro lugar, voc nota a urgncia inadivel naorao de Daniel. Ele diz que busca a Deus, em splicas, em orao, e jejuns. Quem jejua tem pressa, quem jejua no pode esperar. Quem jejua est dizendo que tem mais urgncia em receber a resposta de Deus do que alimentar o prprio corpo.O jejum tem sido uma prtica muito esquecida nos dias de hoje. Pensamos que a prtica do jejum apenas para pocas de calamidade. Quando, na verdade, a Bblia muito mais intensa e extensa quando fala de jejum. Voc jejua para agradecer a Deus. Voc jejua para receber de Deus misericrdia e compaixo. Voc jejua para Deus quebrantar o seu corao. Voc jejua por uma causa especfica, que voc tem urgncia diante de Deus. Voc jejua para pedir direo a Deus. Voc jejua para pedir poder a Deus. So muitas as causas para jejuar. Vejamos alguns textos bblicos a respeito do jejum:

Esdras 8.21: "Ento, apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos humilharmos perante o nosso Deus, para lhe pedirmos jornada feliz para ns, para nossos filhos e para tudo o que era nosso".Salmos 35.13: "Quanto a mim, porm, estando elesenfermos, as minhas vestes eram pano de saco; eu afligia a minha alma com jejum e em orao me reclinava sobre o peito".69.10: "Chorei, em jejum est a minha alma, e isso mesmo se me tornou em afrontas".Joel 1.14: "Promulgai um santo jejum, convocai uma assembleia solene, congregai os ancios, todos s moradores desta terra, para a Casa do SENHOR, vosso Deus, e clamai ao SENHOR".Joel 2.15: Tocai a trombeta em Sio, promulgai um santo jejum, proclamai uma assembleia solene.Jonas 3.5: "Os ninivitas creram em Deus, e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior at o menor".Mateus 17.21: "Mas esta casta no se expele seno por meio de orao e jejum".

John Piper, conceituado escritor americano, em seu livro FOME POR DEUS trata dessa matria de forma formidvel. A Palavra de Deus nos ensina o seguinte: "Portanto, quer comais, quer bebais, quer faais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glria de Deus" (ICo 10.31). John Piper pergunta: Se voc come para a glria de Deus e se voc jejua para a glria de Deus, qual a diferena entre comer e jejuar? A diferena a seguinte: quando voc come, voc se alimenta do po da terra, smbolo do Po do cu. Mas, quando voc jejua, voc se alimenta da prpria essncia, do prprio Po do cu e no apenas do smbolo.Quando voc jejua, voc se alimenta do prprio Po do cu, que o Senhor Jesus Cristo. O grande problema que ns estamos to acostumados com o sabor do po da terra que no temos mais noo do sabor do Po do cu. Piper diz que, s vezes, o que mais nos afasta de Deus no o veneno, mas uma torta de ma, e ele explica por qu. s vezes, o que substitui Deus na nossa vida no so necessariamente coisas ruins, podem ser coisas boas e gostosas.Voc l nas Escrituras: "Pois assim como foi nos dias de No, tambm ser a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, at ao dia em que No entrou na arca, e no o perceberam, seno quando veio o dilvio e os levou a todos, assim ser tambm a vinda doFilho do homem" (Mt 24.37,39). E eu pergunto: H algum mal em comer e beber, casar e dar em casamento? Nenhum mal! Mas qual o problema, ento? O problema que, com frequncia, nos contentamos de tal maneira com os dons de Deus, com as ddivas de Deus, que substitumos Deus pelos seus dons. Procuramos mais as bnos de Deus do que o Deus das bnos.As igrejas esto repletas de pessoas que vo igreja para orar e pedir as bnos de Deus: "Senhor, por favor, que eu consiga uma casa, um emprego, um carro", do que pessoas que vo procurar o Deus das bnos: Nossa orao deveria ser: "Querido Pai, estou aqui para falar contigo, para louvar o teu nome, para sentir a tua calma presena, para adorar-te, para servir-te, para ouvir o que tens para a minha vida. Usa-me". Alegramo-nos tanto com o po da terra que no temos mais necessidade do Po do cu. Quando Daniel se prope a jejuar, ele est dizendo que o Po do cu mais urgente que o po da terra. Quem jejua tem pressa.Mas em quarto lugar, Daniel demonstra um quebrantamento profundo. Ele diz no versculo trs que se cobriu com pano de saco e cinza. Daniel sabia o que era humilhao, quebrantamento diante de Deus. Vamos olhar agora os atributos da orao.

Aspectos bsicos da oraoDaniel vai usar nessa orao os trs pontos bsicos daquilo que entendemos ser orao. Primeiro, Daniel vai adorar a Deus. Olhe o versculo quatro, por favor: "Orei ao Senhor, meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor! Deus grande e temvel, que guardas a aliana e a misericrdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos...".A primeira coisa que voc verifica em Daniel a reverncia. Voc acha que Daniel era um homem que tinha intimidade com Deus? Tudo nos faz crer que sim, no? Hoje, s vezes, demonstramos uma intimidade com Deus, a ponto de dizer: "paizinho", no ? Porm, s vezes essa intimidade, to popular, descreve intimidade na verbalizao, mas no intimidade no relacionamento.As pessoas dizem: "paizinho", mas apenas na verbalizao, no na intimidade, no no aconchego. Esse homem, Daniel, que tem intimidade com Deus, se dirige a Deus num profundo senso de reverncia e diz: "Deus grande e temvel", diante de quem os prprios querubins cobrem o rosto. Se voc analisar bem, h um fato tremendo no livro de Apocalipse, Todas as vezes que a igreja est adorando a Deus ela est prostrada. Deus santo, santo, santo, grande,temvel, e os prprios anjos no ousam olhar para ele, mas cobrem o rosto. Quantas vezes ns perdemos esse senso de reverncia, diante da majestade e da glria de Deus. Daniel nos ensina esse importante princpio acerca da orao, oprincpio da reverncia.O outro aspecto que Daniel demonstra nesta adorao f, confiana no Deus da aliana. Ele diz: "Deus grande e temvel que guardas a aliana". Que coisa boa voc poder se aproximar de Deus, sabendo que ele fiel. Deus no volta atrs em sua palavra. Ele vela pela sua palavra, paracumpri-la. Voc pode crer naquilo que ele fala e o que ele fala verdade e nunca vai cair por terra. Voc pode confiar nisso? Ento voc pode adorar esse Deus.A segunda coisa para a qual eu chamo a sua ateno a contrio. Essa uma orao de contrio, de confisso de pecados. Talvez esta seja uma das mais ricas e profundas oraes da Bblia. Que tipo de confisso Daniel fez?Em primeiro lugar, a confisso de Daniel uma confisso coletiva. Tanto no versculo 7, quanto no versculo 8, voc vai notar isso. Ele disse que: "os homens de Jud, os moradores de Jerusalm, todo o Israel, quer os de perto, quer os de longe", pecaram contra Deus. No versculo 8, ele diz: "a ns pertence o corar de vergonha, aos nossos reis, aos nossos prncipes e aos nossos pais". Quando ele vai confessar o pecado do povo, ele inclui todo mundo: o rei, os prncipes, os pais, os filhos, os de perto, os de longe, todo mundo. Uma confisso coletiva, uma conscincia geral de que o pecado atingiu a todos.Em segundo lugar, voc percebe que a orao dele no foi apenas uma confisso coletiva, mas uma confisso especfica. Veja os versculos 5 e 6. Ele no generaliza, mas especifica que tipo de pecado confessa. Ele no diz apenas "Temos pecado". Ele cita pecado: "iniquidade, procedimento perverso, rebeldia, afastamento dos mandamentos e dos juzos, no demos ouvidos aos teus servos".Daniel cita pecados especficos. s vezes, a nossa confisso muito genrica. Voc chega diante de Deus, dizendo: "Senhor, perdoa as minhas muitas multides de pecado", mas no diz que pecado que : "Deus, eu rebelei; Deus, eu desobedeci; Deus, eu no ouvi a tua voz; Deus, eu no atendi voz dos teus profetas; Deus, h iniquidade, h pecado, h rebeldia, h rebelio, h transgresso, ha endurecimento de corao". Voc tem de chegar perante Deuse falar qual o pecado. Essa a verdadeira confisso. A confisso especfica.Em terceiro lugar, voc constata que a confisso de Daniel sincera. Olha os versculos 7 e 14:: "A ti, oh Senhor, pertence a justia, mas a ns, o corar de vergonha". Daniel est envergonhado. O grande drama da atualidade, prezado leitor, que o pecado no nos choca mais, no nos envergonha mais. Ns estamos perdendo a sensibilidade. Daniel diz: "a ns cabe o corar de vergonha, Senhor". Ele diz isso no versculo 7 e repete no versculo 14. Estamos perdendo a sensibilidade. O pecado no nos choca mais. Temos medo apenas das consequncias do pecado e no do pecado. Precisamos, entretanto, entender que o pecado malignssimo, pior do que a pobreza, doena ou morte. Esses males, embora srios, no podem nos afastar de Deus, mas o pecado nos afasta de Deus no tempo e na eternidade.Em quarto lugar, a confisso de Daniel profundamente consciente da justia divina. Tanto no versculo 7, quanto no versculo 11, e no versculo 14, ele diz: Deus, o Senhor nos entregou para o cativeiro, mas o Senhor foi justo, porque o Senhor nos alertou, o Senhor nos avisou, o Senhor deu sinais de que iria nos mandar para o cativeiro, caso ns no ouvssemos a voz dos seus profetas. E porque o povo endureceu o corao, Deus cumpriu o que prometera. Portanto, Deus justo.Deus mandou as trombetas do aviso, e o povo no escutou. Deus justo. Deus alerta o homem, e se ele no escuta, ento vem o juzo. Vem o cativeiro. O povo de Israel no quis escutar a voz de Deus por isso recebeu o castigo.Quem no escuta a voz da graa, receber o ltego da justia.Outra coisa que voc observa, em quinto lugar, a confisso reconhece a dureza do corao do povo. Veja o versculo 11: "Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se, para no obedecer tua voz; por isso, a maldio e as imprecaes que esto escritas na Lei de Moiss, servo de Deus, se derramaram sobre ns, porque temos pecado contra ti." Versculo 12: "Ele confirmou a sua palavra, que falou contra ns e contra os nossos juzes que nos julgavam, e fez vir sobre ns grande mal, porquanto nunca, debaixo de todo o cu, aconteceu o que se deu em Jerusalm. Como est escrito na Lei de Moiss, todo este mal nos sobreveio; apesar disso, no temos implorado o favor do Senhor, nosso Deus, para nos convertermos das nossas iniquidades e nos aplicarmos tua verdade."Sabe o que estava levando Daniel a esse desespero na orao? que Deus tinha falado que se eles no obedecessem, eles iriam para o cativeiro. Eles foram para o cativeiro. 0cativeiro est agora com 68 anos, faltando apenas dois anos para o retorno. E o povo ainda no tinha se arrependido. No tinha se convertido. No tinha se voltado para Deus. Ou seja, o chicote no foi suficiente para levar esse povo ao arrependimento. Que dureza de corao! triste quando algum no escuta nem a voz da disciplina. muito triste.Por isso, em ltimo lugar: a confisso reconhece a ingratido do povo.Veja o versculo 15: "Na verdade, o Senhor, nosso Deus, que tiraste o teu povo da terra do Egito com mo poderosa, e a ti mesmo adquiriste renome, como hoje se v, temos pecado e procedido perversamente".Daniel diz: Deus, o Senhor j fez coisas lindas na vida desse povo. O Senhor j quebrou os grilhes da escravido l no Egito. O Senhor tirou esse povo do oprbrio, da vergonha, da escravido. Mas ns nos rebelamos de novo. Que coisa triste quando Deus vem, faz um milagre na sua vida, salva, perdoa, liberta, transforma, converte o seu corao, torna voc um membro da famlia de Deus. E depois que voc foi convertido, salvo, remido, voc transgride, desobedece, endurece o corao. E Deus precisa tratar voc com a vara do juzo, porque voc no escuta a voz do amor. isso que Daniel est fazendo, ele est confessando o pecado, nesse esprito, nesse sentimento.Mas vamos ver o terceiro aspecto da orao de Daniel. Agora ele deixa de confessar, para pedir.Ele adorou. Ele confessou. Agora ele vai pedir.Versculos 16 a 19. Se voc notar, em primeiro lugar, os pedidos so muito especficos. Ele ora por Jerusalm, ele ora pelo monte santo, ele ora pelo templo desolado. Ele est pedindo para Deus atentar para a cidade santa, para o monte santo, para o templo santo. Ele est pedindo para Deus algo especfico.

Seja especfico assim que devem ser as nossas peties: especficas. O que voc quer de Deus? "Deus, me abenoe, Deus", mas que tipo de bno? "Deus, abenoe meu lar", mas onde voc quer que Deus abenoe seu lar? "Deus, abenoe minha vida espiritual", mas em que rea da sua vida espiritual voc quer o toque de Deus? "Deus, abenoe a minha igreja", mas onde voc quer que ele abenoe a igreja? Deus estabelece que vocdeve fazer pedidos especficos. Daniel ora por Jerusalm. Ele ora pelo monte santo. Ele ora pelo templo.Outra coisa, pedidos urgentes. Olha o versculo 19: " Senhor, ouve; Senhor, perdoa; Senhor, atende-nos e age; no te retardes, por amor de ti mesmo".Senso de urgncia. s vezes as nossas oraes so assim, sem vigor, sem pulsao forte, sem senso de emergncia.Presenciei um fato interessante na Coreia do Sul. o coreano, quando est orando, no consegue orar igual a ns, quase balbuciando. No, ele mexe o corpo, ele movimenta o corpo, ele gesticula, ele fala, ele clama, ele impe toda a voz, parece que o corpo dele todo est clamando. um fato interessante esse senso de urgncia, esse vigor que o coreano pe na orao. E isso que Daniel est fazendo.Mas se voc notar, o pedido de Daniel, mais do que especfico e urgente, um pedido importuno para Deus.Olha o versculo 15: "Na verdade, Senhor, nosso Deus, que tiraste o teu povo da terra do Egito com mo forte e poderosa, e a ti mesmo adquiriste renome, como hoje se v, temos pecado e procedido perversamente".Daniel est dizendo: "Deus, o Senhor j fez um milagre no passado, Deus, faz de novo, eu no estou pedindo nada novo para o Senhor, repete aquele milagre que tu realizaste l no Egito, e tira o teu povo da escravido".Olha o versculo 16. Ele diz: " a tua cidade, Senhor". " Senhor, segundo todas as tuas justias, aparte-se a tua ira e o teu furor da tua cidade"."Deus, a tua cidade; Deus, o teu povo, Deus."Olha, o versculo 17, ele diz: "Agora, pois, Deus nosso, ouve a orao do teu servo e as suas splicas e sobre o teu santurio assolado faze resplandecer o teu rosto [Deus]."" a tua casa, Deus. o templo que tu escolheste. Resplandea o teu rosto, Deus,sobre este lugar.Amados irmos, falta-nos este espritoimportuno da orao que teve Daniel: "Deus, a tua igreja. Deus, a noivado Cordeiro. Deus o povo que tu remistecom o sangue do Cordeiro. Deus, o povoa quem tu amas. Envia sobre ns o EspritoSanto, aviva-nos, Deus."No versculo 19, a orao de Daniel alcana o ponto culminante: " Senhor, ouve; Senhor, perdoa; Senhor, atende-nos e age; no te retardes", uma orao intensa, importuna.Mas se voc observar, no versculo 19, em quarto lugar, esse pedido cheio de clemncia. Ele diz no versculo 19 algo maravilhoso: "por amor de ti mesmo, Deus", por amor de ti mesmo. Quando ele comea a orar, ele descobre uma coisa: No por amor do povo. por amor do prprio Deus. O que est em jogo a prpria honra de Deus. a prpria glria de Deus. o prprio nome de Deus.Por isso, no versculo 18, em ltimo lugar, ele fundamenta sua orao na misericrdia de Deus. Olha o versculo 18: "Inclina, Deus meu, os ouvidos e ouve; abre os olhos e olha para a nossa desolao e para a cidade que chamada pelo teu nome, porque no lanamos as nossas splicas perante a tua face fiados em nossas justias, mas em tuas muitas misericrdias."Prezado leitor, que coisa sublime!"Deus, ns estamos pedindo no porque somos justos, porque temos mritos, porque temos crdito. No, Deus, por causa de tuas muitas misericrdias."Prezado leitor, esta foi a orao de Daniel. Esta deve ser a orao da igreja, orao por avivamento nesta igreja brasileira atual, orao pela converso do homem interior, orao pela instalao urgente do Reino de Cristo na terra, orao pela mudana na Histria. Esta deve ser a orao pela cura. Sim, Deus cura, quando quer, onde quer, na hora que quer. Ele o Senhor da Histria.

Concluso

E eu termino aqui, com algumas concluses e implicaes prticas.Em primeiro lugar, devemos estar completamente dominados por um profundo anseio por Deus. Devemos orar para que Deus derrame sobre ns em profuso o Esprito de splicas. Precisamos ser matriculados na escola de orao. Precisamos orar pessoalmente e coletivamente. Precisamos reconhecer que nossa vida devocional est rasa. Temos tempo para muitas coisas fteis e no estamos reservando o melhor do nosso tempo para estar a ss com Deus. As reunies de orao esto no CTI espiritual em muitas igrejas. Em muitas igrejas o fogo do altar j se apagou. Apenas restam as cinzas frias de uma lembrana remota. H muitos crentes dormindo o sono da morte. H muita acomodao espiritual, ao mesmo tempo em que vemos muito movimento. Nunca houve tantos graus na igreja como na atualidade, mas ao mesmo tempo nunca a temperatura esteve to baixa. Na caminhada da vida, pareceque a igreja est perdida entre o Calvrio e o Pentecostes. Precisamos aprender com Daniel a orar e orar sempre sem jamais esmorecer.Assim como Daniel foi tomado por esse esprito de orao, na sua adolescncia, na sua juventude, na sua fase adulta, na sua velhice, ns deveramos estar completamente tomados por esse esprito de orao.Em segundo lugar, a Palavra de Deus deve nos desafiar a uma intensa vida de orao. No podemos ter vida intensa de orao se a nossa mente est vazia da Palavra. Deus no glorificado pela plenitude do nosso corao e o vazio da nossa cabea. A orao eficaz emana das Escrituras e est fundamentada nela. Daniel orava com poder porque suas oraes estavam fundamentadas nas Escrituras. Hoje, vivemos um desastroso analfabetismo bblico. Nunca tivemos tantos livros evanglicos disponveis e nunca fomos to rasos na leitura da Bblia. Pululam no canteiro evanglico brasileiro uma infinidade de novidades estranhas Palavra de Deus. Florescem na seara evanglicamuitas heresias travestidas de verdade e no poucos crentes embarcam nesse veleiro nufrago. No h avivamento sem Bblia, assim como no despertamento sem orao. Se queremos ver uma interveno de Deus na vida da igreja brasileira, precisamos ser uma igreja de Bblia aberta e joelhos dobrados. Precisamos orar como convm. Precisamos orar no segundo os ditames da nossa vontade, mas conforme a boa, perfeita e agradvel vontade de Deus. No poucos hoje, beiram blasfmia quando do ordens para Deus como se pudessem manipular o Todo-Poderoso Deus. Daniel nos ensina a orar com reverncia, reconhecendo a majestade do Altssimo. Daniel nos ensina a orar segundo os preceitos divinos exarados em sua prpria Palavra.Se voc fizer uma investigao minuciosa ver que, quem l a Bblia, ora. Quem ora, tem prazer de ler a Bblia. As duas coisas tm de andar juntas.Em terceiro lugar, os filhos de Deus devem se aplicar profundamente prtica da intercesso. O pecado do povo de Deus e do mundo tem que ser um fardo no nosso corao. Daniel no ficou isolado na torre de marfim de seu conforto no palcio. Ele no cultivou uma espiritualidade de fuga, de monte, de isolamento. Ele no se acomodou ao glamour da vida palaciana. Ele no se escondeu atrs dos bastidores do poder nem vendeu sua conscincia nos corredores do palcio. Ao contrrio, permaneceu ntegro e devotado intercesso. Sua orao no era narcisista apenas focada nele mesmo, mas uma orao coletiva, endereada a Deus em favor do seu povo. Precisamos de gente que se ponha na brecha. Precisamos de intercessores. Precisamos de pessoas no apenas para falar de Deus aos homens, mas, tambm, de pessoas que falem dos homens para Deus.Em ltimo lugar, os decretos de Deus nos encorajam a orar com mais fervor. Os decretos de Deus no nos desestimulam da orao. Eles nos levam orao. A fraqueza da nossa orao se d pelo fato de no conhecermos a grandeza do nosso Deus e a perfeio do seu plano. Os desgnios de Deus no podem ser frustrados. O universo no caminha ao esmo, sem plano, sem propsito. Deus criou todas as coisas e as sustenta com seu poder. Deus tem um plano perfeito e vitorioso. Esse plano est sendo levado a cabo. Nenhum acidente de Percurso pode derrubar os desgnios de Deus. Seus planosno podem ser frustrados. Pela orao, nos unimos a Deus na realizao desse projeto. Em sua soberania, ele escolheu agir mediante a orao do seu povo. A soberania de Deus no anula a nossa responsabilidade, antes a inclui.Que a orao de Daniel possa motivar voc, sua famlia a estar mais comprometido com Deus e com o ministrio da intercesso. Lembre-se:"Quando ns trabalhamos, ns trabalhamos, mas quando ns oramos, Deus quem trabalha". E como lemos no livro do profeta Isaas: 'Agindo Deus, quem impedir?"

Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim no h salvador. Eu anunciei salvao, realizei-a e a fiz ouvir; deus estranho no houve entre vs, pois vs sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR; eu sou Deus. Ainda antes que houvesse dia, eu era; e nenhum h que possa livrar algum das minhas mos; agindo eu, quem o impedir? Assim diz o SENHOR, o que vos redime, o Santo de Israel: Por amor de vs, enviarei inimigos contra a Babilnia e a todos os de l farei embarcar como fugitivos, isto , os caldeus, nos navios com os quais se vangloriavam. Eu sou o SENHOR, o vosso Santo, o Criador de Israel, o vosso Rei. Assim diz o SENHOR, o que outrora preparou um caminho no mar e nas guas impetuosas, uma vereda-, o que fez sair o carro e o cavalo, o exrcito e a fora - jazem juntamente l e jamais se levantaro; esto extintos, apagados como uma torcida.No vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas.Eis que fao coisa nova, que est saindo luz; porventura, no o percebeis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo.Os animais do campo me glorificaro, os chacais e os filhotes de avestruzes; porque porei guas no deserto e rios, no ermo, para dar de beber ao meu povo, ao meu escolhido, ao povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor -Isaas 43.11-21.Portanto, cabe a ns orar. Vamos orar sempre, incessantemente. E o Senhor da Histria vai trabalhar por ns, em ns e atravs de ns.Que Deus nos ajude. Amm.

Ore comigo:

Deus de toda graa, Deus grande e temvel. Deus benigno e cheio de compaixo. Deus de misericrdia e poder. Estamos na tua presena, Senhor. Estamos carentes e, necessitados de uma visitao especial, como disse teu servo Daniel. Deus, faze resplandecer o teu rosto sobre ns. Ns precisamos de ti, Senhor. Queremos o sopro do teu santo Esprito sobre nossas vidas, Senhor. Queremos uma igreja viva, santa, pura, frutfera, cheia do Esprito. Que ela no seja apenas o fruto e a expresso do interesse de algumas pessoas, mas uma agncia do teu reino entre os homens. Reafirmamos a confiana que temos em ti, de que tu fazes todas as coisas conforme o conselho da tua vontade, e ningum pode frustrar os teus desgnios. Tu perdoas o pecador, libertas o cativo e curas o enfermo. Tu s aquele que d a vida e tira a vida. Tu colocas reis no trono e de l tu os arrancas. Tu s o Rei supremo que est assentado na sala de comando do universo. Entregamos nas tuas mos aqueles que esto sofrendo, os enfermos do corpo e da alma. Entregamos em tuas mos aqueles que esto passando pelo vale da sombra da morte. Entregamos em tuas mos aqueles cujos lares esto sendo batidos pelos vendavais da vida, jogados de um lado para o outro ao sabor das adversidades. Entregamos em tuas mos, Deus, a vida dos adolescentes e jovens de nossa nao e do mundo, que esto expostos s guerras, aos vcios, s drogas. Eles precisam de ti, Senhor, precisam de libertao e salvao. Entregamos em tuas mos as autoridades constitudas, para que elas temam e tremam sob a tua mo onipotente, a fim de que governem comhonestidade e justia. Entregamos em tuas mos a igreja evanglica brasileira, a fim de que ela retorne fonte das guas vivas e tenha uma vida maiscula e superlativa para a glria do teu nome. Oh, Deus pedimos que te manifestes e transformes o cenrio perturbador que se desenrola diante dos nossos olhos. Que cessem a ganncia, a luxria e a violncia. Obrigado, Senhor, pela tua Palavra, que nos instrui e nos exorta. Obrigado pela operao do teu poder em ns. Bendito seja o teu nome. Agora, Senhor, vem e visita a tua igreja. Converte os coraes a ti e reaviva a tua obra no decorrer dos anos. Venha o teu Reino, Senhor. Vem logo, Senhor. Vem, sem demora. Em nome de Jesus. Aleluia. Amm.