A Voz Dos Deuses de João Aguiar

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A Voz Dos Deuses de João Aguiar ‘’Uma obra de ficção e não um ensaio histórico rigoroso’’ Viriato, o estratega de diploma Pela mão de João Aguiar, no século XX, surge-nos a obra literária com mais importância que se escreveu cujo tema se refere a Viriato. Afirma-se como a mais importante, não só e apenas pela fidelidade e coerência histórica do que é relatado, mas sim e principalmente por se elevar como uma das mais lidas e criticadas obras que constituem um imenso fenómeno de vendas, elogios e, resumidamente, leituras. Tongio, o narrador e guerreiro que nos relata a sua vida desde as raízes do seu nascimento e da sua existência, das profundezas do perigo constante e dos aspectos temíveis, mas inevitáveis da guerra, até ao cumprimento do seu destino. Assumindo-se como um leit-motiv de toda a narração, a vontade e o acto de honrar e respeitar os mais e diversos Deuses que viviam em templos ou santuários, a causa da vontade dos mesmos, faz com que o destino do narrador, filho de Tongétamo, se cruze com o mesmo destino de Viriato. Há muitos anos que o Império Romano tratava uma conjuntura de episódios de guerra com um objectivo único e já definido: o poder absoluto da Península Ibérica. O comando supremo das Hostes da Lusitânia é entregue ao filho de Comínio, Viriato, que, após a morte do pai, este cresce rodeado de guerreiros, adquirindo uma elevada capacidade de ordem, resistência e uma admirável e incomparável capacidade de comando. Com ele, os guerreiros possuem mais e melhores probabilidades de vencer, graças à sua rectidão, honestidade, atenção e cuidado. Respeitado pelos seus

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A Voz Dos Deuses de João Aguiar

‘’Uma obra de ficção e não um ensaio histórico rigoroso’’

Viriato, o estratega de diploma

Pela mão de João Aguiar, no século XX, surge-nos a obra literária com mais importância que se escreveu cujo tema se refere a Viriato. Afirma-se como a mais importante, não só e apenas pela fidelidade e coerência histórica do que é relatado, mas sim e principalmente por se elevar como uma das mais lidas e criticadas obras que constituem um imenso fenómeno de vendas, elogios e, resumidamente, leituras. Tongio, o narrador e guerreiro que nos relata a sua vida desde as raízes do seu nascimento e da sua existência, das profundezas do perigo constante e dos aspectos temíveis, mas inevitáveis da guerra, até ao cumprimento do seu destino. Assumindo-se como um leit-motiv de toda a narração, a vontade e o acto de honrar e respeitar os mais e diversos Deuses que viviam em templos ou santuários, a causa da vontade dos mesmos, faz com que o destino do narrador, filho de Tongétamo, se cruze com o mesmo destino de Viriato. Há muitos anos que o Império Romano tratava uma conjuntura de episódios de guerra com um objectivo único e já definido: o poder absoluto da Península Ibérica. O comando supremo das Hostes da Lusitânia é entregue ao filho de Comínio, Viriato, que, após a morte do pai, este cresce rodeado de guerreiros, adquirindo uma elevada capacidade de ordem, resistência e uma admirável e incomparável capacidade de comando. Com ele, os guerreiros possuem mais e melhores probabilidades de vencer, graças à sua rectidão, honestidade, atenção e cuidado. Respeitado pelos seus homens e temido pelo seu inimigo, Viriato assumia-se como um homem extremamente justo, eficiente, organizado e pensativo, cujas situações em que a derrota Lusitânia se avistava pelo amantelar de homens Romanos, era corrompida pela organização e planeamento de estratégias cujo objectivo era ‘’sobreviver com honra’’ sensificando pontos e locais descuidados da organização do exército Romano, preparados até ao último pormenor por Viriato, cujo resultado só poderia ser positivo para o lado Lusitano. Agradecido a quem o ajudava ao mais mínimo aspecto, Viriato era pouco extravagante e simples, possuindo as virtudes de um verdadeiro génio nas mais e determinadas áreas do poder e do comando, tendo-se afirmado como uma grande e perigosa ameaça ao respirar Romano, cujas acções eram feitas com o objectivo de preservar a cultura e a terra Lusitânia e não para o seu próprio poder e glória, até ao seu assassínio. Em 139 a.C, é assassinado pela mão de três dos inúmeros companheiros de armas, com a suspeita de se tratar de uma ordem paga de Cepião,

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cuja acção, constituiu a principal causa para a vitória Romana e consequente rendição Lusitânia, cujas raízes de Espanha e Portugal estão aqui evidentes e descobertas.

Catarina Lima 10ºLing.HumEscola Secundária do Entroncamento