A07TESEcap3

download A07TESEcap3

of 39

Transcript of A07TESEcap3

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    1/39

    3 ADERNCIA ENTRE O CONCRETO E A ARMADURA.

    FISSURAO

    3.1 Introduo

    Na compresso e na trao antes da fissurao, a armadura e o

    concreto vizinho possuem iguais deformaes. To logo haja fissurao do concreto,

    essas deformaes, nas proximidades da fissura, passam a ser diferentes: a

    armadura alonga-se mais do que o concreto. A diferena de alongamentos entre

    ambos os materiais implica na existncia de deslizamento da armadura em relao

    ao concreto. A quantidade de deslizamento, proveniente de cada lado da e medida

    na fissura, igual prpria abertura da fissura. No primeiro caso, em que h

    igualdade de deformaes, tem-se a chamada aderncia rgida, pois no h

    deslizamento; no segundo caso em que os alongamentos diferem entre si, estaaderncia chamada deslizante ou mvel.

    O estudo da aderncia deslizante entre as barras da armadura e o

    concreto que as envolve est, portanto, intimamente relacionado com a fissurao.

    Sobre este tema h na literatura especfica muitos trabalhos, com diferenas de

    abordagem do problema. Pode-se distinguir duas formas de tratamento do problema.

    Na primeira, devida a pesquisadores canadenses e norte-americanos ( Collins e

    Mitchell (1986), Hsu e Belarbi (1994), entre outros), no se faz uma consideraodireta da lei tenso de aderncia em funo do deslizamento, mas antes

    estabelecem-se leis constitutivas do ao e do concreto em termos de deformaes

    mdias. Na deformao mdia do concreto, igual da armadura, incluem-se o seu

    efetivo alongamento mdio entre fissuras e as aberturas destas, transformadas em

    deformao, dividindo-as pela distncia entre fissuras, as quais so, assim,

    espalhadas ao longo da pea fissurada. Novamente, transforma-se o descontnuo

    num contnuo equivalente. Na segunda forma, devida a pesquisadores europeus, oproblema tratado por meio da definio de uma lei tenso de aderncia em funo

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    2/39

    63

    do deslizamento. Desta decorre, como simplificao, uma lei tenso da armadura na

    fissura associada sua deformao mdia. Em qualquer uma dessas formas de

    tratamento do problema, fica considerado o chamado efeito de enrijecimento dasbarras da armadura na trao (tension stiffening), em contraposio barra nua.

    Este fenmeno precisa ser considerado na determinao das deformaes dos

    elementos estruturais, no s antes, mas tambm aps o escoamento do ao.

    Procura-se, a seguir, mostrar alguns aspectos da segunda forma de

    tratamento atravs da lei tenso de aderncia-deslizamento, ou da lei tenso da

    armadura na fissura associada sua deformao mdia, ambas dadas no MC-90, e

    derivadas do trabalho de Eligehausen, Popov e Bertero. Alm desta, menciona-setambm o modelo de Sigrist (1995). No primeiro caso, tem-se uma lei

    aparentemente bastante complexa, a qual procura abarcar o maior nmero de

    influncias possvel; ao passo que no segundo tem-se uma lei tenso de aderncia-

    deslizamento bem mais simples, do tipo rgido-plstica, com dois nveis de tenso

    (mdia) de aderncia: o maior ocorre para deformaes na armadura inferiores de

    escoamento, o menor em caso contrrio. O argumento destes dois modelos , como

    no pode deixar de ser, a concordncia com os respectivos resultados experimentais

    considerados. Entretanto, como se afirma nos diferentes trabalhos, nenhum deles

    pode ser considerado como totalmente definitivo. Apesar disso, estas diferenas

    tendem a diminuir quando se considera o elemento estrutural propriamente,

    subordinado a condies de equilbrio, compatibilidade e demais leis constitutivas.

    3.2 Lei Tenso de Aderncia-Deslizamento do MC-90

    Seja o tirante armado da Fig. 3.1 sujeito ao de uma carga F,

    monotnica e crescente. No tirante seja tambm a seo B onde j existe uma

    fissura. Nela o concreto ter deslocado cu e a armadura su , em cada lado desta

    seo. No caso de uma nica fissura os respectivos deslocamentos de cada

    material, esquerda e direita de B, so iguais. No que segue admite-se que a

    seo permanea plana aps deformar-se.

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    3/39

    64

    Fig. 3.1: Tirante com uma fissura, deslizamento entre a armadura e o concreto, deformaes nos doismateriais, equilbrio da barra da armadura.

    O deslizamento entre os dois materiais numa determinada seo

    prxima de B igual a:

    )()()( xuxuxs cs = (3.1)

    e sua variao ao longo da barra dada por:

    )()( xxdx

    du

    dx

    du

    dx

    dscs

    cs == (3.2)

    Esta variao ocorre no chamado comprimento de transmissotl ,

    onde h deslizamento. Nele a fora da armadura na fissura, a mesma aplicada no

    tirante, transmitida, por aderncia ao concreto e pela prpria armadura, seo

    F F

    A B

    FF

    b

    dx

    sF (x) + (x)sF- FFs(x) = F c(x) d

    (x)

    s

    x

    c=

    s s(x)

    (x)c

    lt

    use

    ceu

    es sd

    ucd

    usd

    PDN

    s

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    4/39

    65

    composta, quando ento as deformaes nos dois materiais so iguais (aderncia

    rgida).

    Na seo B tem-se uma fissura cuja abertura w resulta da soma dosdeslizamentos es e ds , respectivamente esquerda e direita desta seo, i. e.:

    decdsdcese ssuuuuw +=+= )()( (3.3)

    fora )(xFs da armadura ao longo do comprimento de transmisso

    correspondem as deformaes no ao e no concreto, )(xs e )(xc . Por equilbrio no

    elemento de comprimento dx , Fig. 3.1, tem-se, indicando-se por s o dimetro da

    barra e por b a tenso de aderncia atuante na superfcie lateral da barra:

    )(xdx

    dF

    dx

    dFbs

    cs == (3.4)

    ou:

    )()()(

    4

    2

    xdx

    xdA

    dx

    xdbs

    c

    c

    ss

    ==

    donde resulta, pondo-secss A4

    2 = , onde

    cA a rea da seo de concreto:

    )(4)(1)( xdx

    xddx

    xdb

    s

    c

    s

    s

    == (3.5)

    Observe-se que a variao da tenso no concreto , em mdulo e a menos de uma

    constante, igual do ao.

    Dadas as leis constitutivas dos materiais, as derivadas das tenses

    em (3.5) podem ser postas em funo das deformaes do ao e do concreto.

    Considerando-se que o ao pode estar plastificado, define-se stE como o mdulo de

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    5/39

    66

    deformao tangente do ao, admitido simplificadamente como constante e no

    nulo. Logo:

    )(4)()(

    xdx

    xdE

    dx

    xdE b

    s

    c

    s

    cs

    st

    == (3.6)

    Derivando-se (3.2) e considerando-se (3.6), resulta a equao diferencial que une o

    deslizamento e a tenso de aderncia:

    )1()(4)(2

    2

    sst

    st

    b

    s Ex

    dxxsd

    += (3.7)

    ondecstst EE= .

    No h maior interesse aqui em considerar o mdulo de deformao

    tangente do ao como varivel, pois aps a plastificao da armadura esta equao

    tem, em geral, de ser resolvida por integrao numrica. Antes do escoamento este

    mdulo o prprio mdulo de elasticidade do ao sE . Observe-se que a expressodo parnteses de (3.7) igual a 1, se o alongamento do concreto for desprezado em

    face do alongamento do ao. Adiante mostra-se uma soluo desta equao para a

    fase elsticada armadura. A soluo da equao diferencial que une o deslizamento

    e a tenso de aderncia pressupe o conhecimento da lei constitutiva )(sb , bem

    como das condies de contorno de cada problema. Esta lei, representada na Fig.

    3.2, assume a seguinte forma, cf. o MC-90, item 3.1.1:

    )(1

    maxs

    sbb

    = 10 ss (3.8a)

    maxbb = 21 sss (3.8b)

    ))((23

    2maxmax

    ss

    ssbfbbb

    = 32 sss (3.8c)

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    6/39

    67

    bfb = 3ss (3.8d)

    Fig. 3.2: Lei tenso de aderncia-deslizamento, cf. o MC-90.

    Os seis parmetros destas quatro equaes esto resumidos na

    Tabela 3.1. Nesta tabela tem-seckf em MPa e o expoente constante. Os

    parmetros a indicados so valores mdios e pressupem barras nervuradas, cuja

    rea relativaRf aproximadamente igual ao seu valor mnimo. As grandezas

    referentes ao deslizamento, 1s , 2s e 3s , e as referentes resistncia, maxb e bf ,

    devem ainda ser multiplicadas pelo fator:

    12,0 =s

    x

    d

    d

    (3.9)

    ondexd a distncia ( s5 ) medida a partir da fissura at o ponto considerado,

    onde se calculam as grandezas que interferem no problema (Fig. 3.3).

    Conforme mencionado no item 3.1 do MC-90, o ramo ascendente da

    curva )(sb refere-se ao estgio em que as nervuras penetram na matriz da

    argamassa, caracterizado por esmagamento local e microfissurao do concreto

    envolvente. O ramo horizontal s ocorre para concreto confinado, e deve-se a

    esmagamento em fase avanada e a corte do concreto entre as nervuras. O ramo

    linear descendente deve-se reduo da resistncia de aderncia por fissura de

    separao ao longo da barra da armadura, e o ramo horizontal subseqente

    s

    bmax

    bf

    s1 2s 3s

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    7/39

    68

    representa a capacidade residual de aderncia, mantida pela existncia de uma

    armadura transversal mnima. Para maiores detalhes, ver o MC-90, item 3.1.1.

    Tabela 3.1: Parmetros para a definio da lei tenso de aderncia-deslizamento, cf. o MC-90.

    1 2 3 4Concreto no-confinado, ruptura por

    fissurao longitudinal barraConcreto confinado, ruptura por corte

    do concreto entre nervurasZonas de boa

    adernciaTodas as demais

    zonasZonas de boa

    adernciaTodas as demais

    zonas

    1s (mm)0,6 0,6 1 1

    2s (mm)0,6 0,6 3 3

    3s (mm)1 2,5 Espaamento

    entre nervurasIdem

    0,4 0,4 0,4 0,4

    maxb ckf2 ckf ckf5,2 ckf25,1

    bf max15,0 b max15,0 b max4,0 b max4,0 b

    Considere-se agora o ramo ascendente dado pela Equao (3.8a).

    Embora exista um trecho inicial prximo fissura no qual a aderncia destruda,

    considera-se vlido este ramo ascendente tambm para distncias prximas da

    fissura. Ver a Fig. 3.3, onde se indica porss 20 o trecho sem aderncia prximo

    fissura. Para considerar este fato, o valor mdio da tenso de aderncia, no trecho

    onde h deslizamento, reduzido no MC-90 em 10%. Observe-se tambm que a

    tenso de aderncia mxima onde o deslizamento o for, quando na realidadeaquela deve ser nula na fissura. Esta correo realizada pelo coeficiente

    d ,

    Equao (3.9). Nas solues que seguem estes dois fatos no esto considerados.

    Com estas consideraes, possvel integrar analiticamente a

    Equao (3.7), para estgios do carregamento anteriores ou prximos do

    escoamento da armadura. Pondo-se nesta equaosst EE = e css EE= , resulta

    para a fase elstica:

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    8/39

    69

    Fig. 3.3: Distribuio das deformaes e tenso de aderncia no comprimento de transmisso.

    )1()(4)(

    2

    2

    ss

    s

    b

    s E

    x

    dx

    xsd

    += (3.10)

    De (3.8a) obtm-se )(xs em funo de )(xb :

    1

    max

    1 ])(

    [)(b

    b xsxs = (3.11)

    Para integrar a equao diferencial (3.10) pe-se:

    p

    ckbb xfKx3/2)( = (3.12)

    onde bK e p so constantes a serem determinadas identificando-se, na seo

    genrica distante x do ponto de deslizamento nulo (PDN), os deslizamentos )(xs

    obtidos das equaes (3.10) e (3.11), nelas j se inserindo a (3.12). Assim, resultam:

    =

    c

    c x

    s

    (x)

    s (x)

    F

    tl

    PDNs

    s2

    x

    5 s

    bmb(x)

    fissura

    (II)(I)

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    9/39

    70

    p

    ss

    s

    ckb

    s

    xE

    fK

    dx

    xsd)1(

    4)(3/2

    2

    2

    += (3.13)

    1

    13/2

    )1()1(

    4)(C

    p

    x

    E

    fK

    dx

    xds p

    ss

    s

    ckb

    s

    ++

    +=+

    (3.14)

    1

    max

    3/2

    121

    23/2

    ][)2)(1(

    )1(4

    )(b

    p

    ckb

    p

    ss

    s

    ckb

    s

    xfKsCxC

    pp

    x

    E

    fKxs ++

    +++=

    +

    (3.15)

    A constante de integrao 2C sempre nula, uma vez que no PDN

    tem-se 0)0( =s , mas a constante 1C no necessariamente sempre nula, pois ela

    igual diferena de deformaes do ao e do concreto no PDN, cf. Equao (3.2).

    Por esta razo, a presente integrao limitada aos casos em que

    0)0()0( == dxdss , com o que ambas constantes so nulas. Isso ocorre no problema

    da Fig. 3.3. De (3.15) resultam:

    =1

    2p (3.16)

    ++

    = 12

    13/2

    1

    1

    max ])1(

    )1()1(2[

    )(

    ss

    ss

    ck

    b

    bEsf

    K (3.17)

    A tenso de aderncia ao longo da abscissa x dada por:

    = 12

    3/2)( xfKx ckbb (3.18)

    O deslizamento correspondente resulta igual a:

    = 12

    )( xKxs s (3.19)

    onde

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    10/39

    71

    1

    max

    3/2

    1][

    b

    ckb

    s

    fKsK = (3.20)

    As tenses na armadura e no concreto decorrem de (3.5):

    +

    +== 11

    )0()( xKxxsss

    (3.21a)

    +

    =

    1

    14 3/2ckb

    s

    fKKs

    (3.21b)

    e

    +

    == 11

    )0()( xKxxccc

    (3.22)

    com

    scKK s = (3.23)

    Considere-se como uma primeira aplicao destas equaes o

    ensaio de arrancamento de uma barra de armadura (Fig. 3.4), atravs do qual

    obtm-se o comprimento de ancoragem retabl , e, neste comprimento, a tenso

    mdia de adernciabm

    e a relao entre as deformaes do ao mdia e na borda

    do corpo onde se aplica a fora F . Na borda oposta so nulas as tenses no ao e

    no concreto, a tenso de aderncia e o deslizamento.

    De (3.21a) resulta o comprimento de ancoragem:

    +

    = 11

    )(

    sK

    fl

    y

    b (3.24)

    Neste comprimento a tenso mdia de aderncia igual a:

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    11/39

    72

    b

    ys

    bml

    f

    4

    = (3.25)

    Fig. 3.4: Ensaio de arrancamento.

    A deformao mdia na armadura resulta de sua tenso mdia

    dividida pelo mdulo de elasticidade do ao. A integral de (3.21a) dividida por bl e

    porsE :

    +

    = 11

    )(2

    1b

    s

    sm lE

    Ks (3.26)

    Considerando-se as condies da Tabela 3.1, coluna 1, zona de boaaderncia, concreto no-confinado, e os dados adicionais seguintes:

    GPaEs 200= , MPafy 500= e 0sss , obtm-se a Fig. 3.5, onde esto indicadas

    as relaesctmbm f e sbl em funo do dimetro da barra, para trs valores de

    ckf , sendo3/23,0

    ckctm ff = , em MPa. Na Fig. 3.5a observa-se que a tenso mdia de

    aderncia cresce com o dimetro da barra e est no intervalo (1a 75,1 ) ctmf . Na Fig.

    3.5b v-se que o quocientesbl decresce com a mesma varivel. A relao entre

    as deformaes mdia e de escoamento, sysm , constante e igual a 3,0 . Se for

    bm

    s=

    l

    F s

    4

    2

    fy

    b

    x

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    12/39

    73

    considerada zona de m aderncia, este ltimo quociente o mesmo, sbl cerca

    de 64,1 vezes maior, e a tenso mdia de aderncia 62,0 )64,11(= vezes menor.

    O deslizamento mximo que se d na extremidade carregada igual ao produto da

    deformao mdia do ao pelo comprimento de ancoragem, desprezando-se a

    deformao do concreto:

    bsmb llxss === )(max (3.27)

    e varia de mm32,0 a mm61,0 para MPafck 20= .

    (a) Tenso mdia de aderncia (b) Comprimento de ancoragem

    Fig. 3.5: Ensaio de arrancamento, boa aderncia, concreto no-confinado.

    Sigrist (1995) utiliza a equao tenso de aderncia-deslizamento

    proposta por Noakowski (1985), a saber:

    N

    cbb sfK3/2= (3.28)

    onde as unidades so mm e MPa , as constantes valem 8,0=bK e 15,0=N , e cf

    a resistncia compresso do concreto (20 a 40 MPa) observada no ensaio. Com

    estes dados o valor da tenso mdia de aderncia varia de3/2

    49,0 cbm f= a3/257,0

    cbm f= , para dimetros respectivamente iguais a 10 e 30 mm. De outra forma

    0

    0,5

    1

    1,5

    2

    0 10 20 30

    Dimetro da barra (mm)

    Tau-bm/fctm fck=20 MPa

    fck=35 MPa

    fck=50 MPa

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    0 10 20 30

    Dimetro da barra (mm)

    lb/ds

    fck=20 MPa

    fck=35 MPa

    fck=50 MPa

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    13/39

    74

    tem-se 63,1)3,0( 3/2 =cbm f a 90,1 , valores que se aproximam dos obtidos na Fig.

    3.5a para MPafck 20= e dimetros grandes.

    Fig. 3.6: Fissura isolada.

    A segunda aplicao das equaes (3.17) a (3.21) refere-se

    determinao do comprimento de transmissotl , da tenso mdia de aderncia

    relativa resistncia mdia trao do concreto, do quociente entre as deformaes

    do ao, a mdia ao longo deste comprimento e a na fissura, bem como da abertura

    da fissura, no tirante da Fig. 3.6. Este tirante est sujeito fora F que produz no

    concreto, no Estdio I, a tensoctmf . Esta aplicao refere-se ao estado de

    formao de fissuras, a ser mais bem detalhado adiante. A fora aplicada no tirante

    igual a:

    2)( ssctmssctmc AfAfAF =+= (3.29)

    Desta equao de equilbrio obtm-se a tenso da armadura na fissura:

    )1(2 sss

    ctm

    s

    f

    += (3.30)

    onde css EE= , css AA= . De (3.21a) resulta:

    F F

    w

    s ctffct

    l t l t

    x

    PDN

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    14/39

    75

    3/7

    2)( tctmssts lKflx s +=== (3.31)

    Logo:

    73)(

    sK

    fl

    s

    ctm

    t

    = (3.32)

    ondes

    K decorre de (3.21b) usando-se a (3.17).

    Conhecido o comprimento de transmisso de (3.32), os valores

    mdios das tenses de aderncia e da armadura, e a correspondente deformao

    mdia nesse comprimento so respectivamente iguais a:

    s

    ctm

    t

    s

    bm

    f

    l

    4

    1= (3.33)

    3/73,0 tctmssmssm lKfE s +== (3.34)

    O deslizamento mximo decorre de (3.19), comsK de (3.20):

    3/10

    max tslKs = (3.35)

    A abertura w da fissura o dobro deste valor. Estas equaes so

    aplicadas com os seguintes dados: Concreto: MPafck 35= , MPafctm 21,3= ,

    MPafE ckc 35030)8(10314 =+= , Ao: MPafy 500= ; 71,5=s . A tenso da

    armadura na fissura varia de 100 a MPa500 , e para cada valor desta tenso fica

    definida uma taxa geomtrica da armadura atravs de (3.30), de modo a manter-se a

    tenso no concreto constante e igual actmf . Tambm fica determinada a frao dada

    pela Equao (3.37), a ser usada adiante.

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    15/39

    76

    (a) (b)

    (c) (d)

    Fig. 3.7: Fase de formao de fissuras para diferentes dimetros, MPafck 35= , boa aderncia. (a)

    Tenso mdia de aderncia; (b) Comprimento de transmisso; (c) Abertura da f issura; (d) Quociente

    entre as deformaes do ao mdia e na fissura, 2ssm .

    Na Fig. 3.7 esto representadas as solues do problema descrito,

    para a fase de formao de fissura (fissuras isoladas, sem interferncia mtua), em

    funo da tenso da armadura na fissura, 2s . Na Fig. 3.7a v-se que a tenso

    mdia de aderncia ativada no segmento de comprimento tl cresce com a tenso

    2s , de 5,0( a )5,1 ctmf , e tanto maior quanto maior for o dimetro da barra. O

    quociente stl , Fig. 3.7b, entre o comprimento de transmisso e o dimetro da

    barra tambm cresce com a mesma varivel, mas a influncia do dimetro inversa

    0

    0,5

    1

    1,5

    2

    0 200 400 600

    Tenso na armadura nafissura (MPa)

    Tau-bm/

    fc

    tm

    ds=25 mmds=16 mm

    ds=10 mm

    0

    10

    20

    30

    40

    0 200 400 600

    Tenso na armadura nafissura (MPa)

    lt/ds ds=10 mm

    ds=16 mm

    ds=25 mm

    0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1

    1,2

    0 200 400 600

    Tenso na armadura na

    fissura (MPa)

    Aberturadafissura

    (mm) ds=25 mm

    ds=16 mm

    ds=10 mm

    0

    0,1

    0,2

    0,3

    0,4

    0,5

    0 200 400 600

    Tenso na armadura na fissura

    (MPa)

    Def.mdiado

    ao/def.doao

    na

    fissura

    qualquerdimetro

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    16/39

    77

    do caso anterior. Na Fig. 3.7c tem-se a abertura da fissura w , a qual varia de 13,0 a

    46,0 mm , para tenses na faixa 200a 300 MPa (em servio), conforme o dimetro

    da barra, e maior para dimetros maiores, em igualdade de tenses 2s . Na Fig.

    3.7d est representada a frao entre as deformaes do ao, a mdia e a na

    fissura, 2ssm . Excluindo-se tenses muito baixas (

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    17/39

    78

    esta relao independe de ctf , no importa o quantil desta resistncia.

    Considerando-se a determinao de para a fase de formao de fissuras

    ( 22 srs = ), obtm-se dos resultados anteriores o valor de constante e igual a 7,0 .

    Note-se, na Fig. 3.9, que este fator seria igual a 5,0 se s variasse linearmente. No

    MC-90 este valor igual a 6,0 . A diferena deve-se, possivelmente,

    desconsiderao do coeficiente dado pela Equao (3.9) e ao fato de no estar

    sendo considerada a fissurao estabilizada.

    No captulo 5 d-se a soluo numrica da Equao (3.7) para o

    caso especfico do banzo tracionado de peas fletidas, com o que fica considerado o

    enrijecimento da armadura na trao, para um quadro de fissurao estabilizada,

    includa a eventual plastificao da armadura.

    3.3 Fissurao do Concreto e Espaamento Mdio das Fissuras

    A fissurao do concreto origina-se de deformaes impostas e/ou

    impedidas e das cargas aplicadas na estrutura. No que segue d-se precedncia

    fissurao originada por cargas, pois tem-se em vista estudar os estgios avanados

    do carregamento, em que a armadura est prxima do escoamento ou encontra-se

    j plastificada. Nestes estgios a influncia de deformaes impostas ou impedidas

    relativamente pequena. No estudo da fissurao usual definir duas fases

    distintas:

    (1) Formao de fissuras: a fase em que se iniciam e se formam novas

    fissuras naquelas sees de menor quociente Resistncia/Solicitao, e

    geralmente no h interferncia mtua entre as fissuras;

    (2) Estabilizao das fissuras: a fase em que j se formaram praticamente

    todas as fissuras, e para aumento subseqente da carga s h aumento

    das aberturas das fissuras.

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    18/39

    79

    Fig. 3.8: Aes do estribo na induo da fissurao do concreto.

    Outra causa de induo de fissuras so os estribos (Fig. 3.8), pois,

    de um lado, reduzem a rea da seo transversal de concreto (Fig. 3.8a), e, de

    outro, a sua trao induz no concreto, junto ao canto do estribo, tenses de

    fendilhamento, atravs de alongamentos longitudinais que se somam queles

    originados pela carga (Figs. 3.8b e c). freqente encontrar na literatura especfica

    o espaamento mdio das fissuras identificado com o espaamento dos estribos.

    Entretanto, estes espaamentos no so necessariamente iguais. Adiante mostra-se

    a determinao do espaamento mdio das fissuras considerando-se a influncia do

    estribo, cf. Kreller (1989).

    Para melhor entendimento, a descrio que segue pressupe um

    tirante de concreto armado, como o da Fig. 3.9. Uma grandeza que desempenha um

    papel importante no espaamento das fissuras, na fase de formao de fissuras, o

    comprimento de transmisso,tl , calculado simplificadamente no item anterior.

    L Nrea

    tracionadareduzida pela

    presenado estribo

    DETALHE A DETALHE A

    A

    A

    VISTA A

    b

    cl

    (a) Reduo da rea tracionada de

    concreto

    (b) Concentrao de tenses nos cantos do

    estribo

    (c) Alongamento longitudinal no concreto

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    19/39

    80

    Fig. 3.9

    Considerando-se a disperso da resistncia trao do concreto,

    para os quantis de %95 e %5 , tem-se uma variao de %30 em relao resistncia mdia

    ctmf . A variao correspondente em tl , conforme Equao (3.32),

    bem menor e aproximadamente igual a %15 . Isso quer dizer que se erra pouco

    na determinao do espaamento mdio das fissuras, se for admitida para o clculo

    do comprimento de transmisso a resistncia mdia trao do concreto.

    No que segue usa-se o valor mdio da tenso de adernciabm

    .

    (Este deve ser substitudo pelo valor caracterstico, bk , na determinao da abertura

    mxima da fissura em servio). Na fase de formao de fissuras, como se indica na

    Fig. 3.9, o tirante tem trechos no Estdio I, onde so iguais as deformaes no ao e

    no concreto, e trechos onde h deslizamento entre o concreto e a armadura. A

    deformao mdia do ao, onde h deslizamento, dada por:

    )( 1222 srsrssrssm == (3.38)

    onde:

    PDN

    x

    tltl

    ctf

    fct

    s

    w

    FF

    =

    cm x sr1

    s

    c

    srsr

    smc =

    sr1

    A B

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    20/39

    81

    6,0= o j mencionado fator de integrao da deformao do ao entre a

    fissura e o PDN.

    2s a deformao da armadura na fissura, inferior ou igual de

    escoamento.

    2sr a deformao da armadura na fissura para a fora F tal que a tenso

    no concreto seja igual a ctmf . Seu valor decorre da correspondente tenso

    da armadura na fissura, Equao (3.30), dividida porsE .

    1sr a deformao da armadura no PDN, e igual do concreto, para a

    mesma fora F, i. e., sctmscctmsr EfEf ==1 .

    12 srsrsr = o aumento da deformao da armadura entre o PDN e a

    fissura.

    O comprimento de transmissotl obtido igualando-se a fora de

    adernciabF , transmitida ao concreto ao longo deste comprimento, com a diferena

    de foras da armadura na fissura e no PDN:

    srs

    s

    ss

    s

    tbmsb ElF

    ===4

    )(4

    2

    12

    2

    (3.39)

    Mas 1s a tenso da armadura resultante da aplicao da fora 422

    ss na

    seo de rea ideal )1( sscA + , onde cA a rea da seo de concreto e

    css A42

    = a taxa geomtrica da armadura. Logo:

    211

    s

    ss

    ss

    s

    += (3.40)

    e

    ss

    s

    ss

    +

    =1

    212 (3.41)

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    21/39

    82

    Fig. 3.10

    Portanto:

    )1(4

    2

    ssbm

    ss

    tl

    += (3.42)

    Observe-se que, cf. a Fig. 3.9:

    (1) para a dada fora F que causou a fissura na seo B de menor

    resistncia,

    (2) se na seo A, distantetl de B, existir a mesma resistncia da seo B,

    ter-se-ia, somente a, no antes, formado tambm outra fissura, simultaneamente

    com a primeira. Disso decorre que o menor espaamento das fissuras igual ao

    prprio comprimento de transmisso tl . Por outro lado, para aumento subseqente

    da fora F, a fissura mais prxima de B no poder distar desta seo mais do que o

    dobro deste comprimento, pois do contrrio seria possvel transmitir ao concreto, por

    tenses de aderncia, uma fora maior do que a de fissurao. Com mais rigor

    pode-se dizer que a menor distncia das fissuras igual ao comprimento de

    rmS rmS lt4

    3=

    tml tml

    s

    c

    t32

    l=

    s2 sm

    s1

    sr2323sr

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    22/39

    83

    transmisso calculado com %5,ctf , e a maior distncia igual ao dobro do

    comprimento de transmisso calculado com %95,ctf .

    Considerando-se concluda a formao de fissuras, existiro no

    tirante fissuras com espaamentos variando aleatoriamente entretl e tl2 ,

    desaparecem todos os trechos no Estdio I, e h diferena de deformaes dos dois

    materiais em toda parte. O trmino da formao de fissuras pode ser admitido

    quando a fora F for tal que corresponda tenso no concreto igual a %95,ctf , um

    valor, portanto, 33,13,04,0%95, ==ctmct ff vezes maior que a fora )1( ssctmcfA + .

    A teoria clssica da fissurao assume como espaamento mdiodas fissuras,

    rms , a mdia aritmtica das distncias extremas entre fissuras, tl e tl2 ,

    supondo a resistncia trao do concreto como uma grandeza determinstica. Este

    valor do espaamento mdio s seria verdadeiro se o tirante fosse muito longo, pois

    neste caso seriam iguais os nmeros de espaamentosrmrm ss e rmrm ss + dentro

    daquele intervalo. De fato, comprova-se terica e experimentalmente que a distncia

    mdia das fissuras %33 maior que o comprimento de transmisso tl . A disperso

    da resistncia trao do concreto foi considerada por Kreller (1989) na

    determinao do espaamento mdio das fissuras. Este espaamento, cf. Equao

    (3.60), igual a tl31,1 , sendo o comprimento de transmisso tl (varivel com o

    quantil tomado para a resistncia do concreto) calculado com o valor mdio da

    resistncia trao do concreto,ctmf . Assim, pode-se pr:

    )2(3

    2

    3

    4ttrm lls == (3.43)

    Mantido o valor mdio da tenso de aderncia, a fora de aderncia

    reduz-se em 31 , conforme a reduo no comprimento de transmisso, agora igual a

    322 trm ls = . Ver a Fig. 3.10. Logo, de acordo com a Equao (3.39), resulta:

    srssbbm AEFF == 32

    3

    2

    (3.44)

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    23/39

    84

    Nesta equao sr , como j definido, o salto na deformao da armadura na

    formao de fissuras isoladas, calculado comctmc f= , donde:

    ])1([112

    12 ctmsss

    s

    ctm

    ss

    srsr

    srsrsr ff

    EE

    +=

    ==

    ou

    ss

    ctm

    sr E

    f

    = (3.45)

    Usando-se as equaes (3.41), (3.42) e (3.45) obtm-se:

    bm

    ctm

    s

    s

    t

    fl

    4=

    De (3.43) resulta a expresso do espaamento mdio das fissuras, aps a conclusoda fase de formao de fissuras:

    bm

    ctm

    s

    s

    rm

    fs

    3

    1= (3.46)

    Pondoctmbm f25,2= ( %10 menor que o valor usual, ctmf5,2 , para considerar a

    mencionada destruio da aderncia junto fissura), o espaamento mdio dasfissuras igual a:

    s

    s

    rms

    15,0= (3.47)

    e esta expresso coincide com a deduzida por Kupfer et al. (1983). Entretanto, o

    MC-90 utiliza no clculo da abertura caracterstica da fissura o quantil inferior daresistncia mdia de aderncia,

    bk , 20% menor do que o valor de

    bm e igual a

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    24/39

    85

    ctmf8,1 para fissurao estabilizada. Disto resulta para o clculo da abertura mxima

    da fissura:

    s

    s

    rms

    185,0= (3.48)

    Todas estas equaes relacionadas com o tirante da Fig. 3.9 podem

    ser usadas para outras peas, trocando-se a taxa geomtricas

    pela taxa

    geomtrica efetiva, sef , definida adiante.

    O EC-2 d a seguinte equao semi-emprica do espaamento

    mdio das fissuras:

    sef

    s

    rms

    10,050 += (3.49)

    comrms e s em mm . Esta equao tem a vantagem de impor no clculo numrico

    um limite inferior para este espaamento.

    (a) (b)

    Fig. 3.11: Comparao dos espaamentos mdios das fissuras, cf. o MC-90 e o EC-2.

    0

    50100

    150

    200

    250

    300

    350

    400

    0 1 2 3 4 5 6 7

    Taxa geomtri ca efeti va (%)

    Epaamentomdiodasfissuras

    (mm)

    Equao (3.47), ds = 6,3 mm Equao (3.49), ds = 6,3 mm

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    1400

    1600

    0 1 2 3 4 5 6 7

    Taxa geomtrica efetiva (%)

    Esp

    aamentomdiodas

    fissuras(mm)

    Equao (3.47), ds = 25 mm Equao (3.49), ds = 25 mm

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    25/39

    86

    Mostra-se na Fig. 3.11 a comparao entre as equaes (3.49) e

    (3.47), para dois valores extremos do dimetro: 3,6=s

    e mm25 . visvel nestas

    figuras que as diferenas entre os valores de rms destas duas equaes diminuem

    com o aumento do dimetro da armadura, e so razoavelmente concordantes para

    taxas sef mdias e altas, no caso de dimetros no muito baixos. Nos dois

    exemplos dados adiante (Figs. 3.14 e 3.15) supe-se vlida a Equao (3.43) para o

    espaamento mdio do EC-2.

    Na fissurao estabilizada, a reduo da deformao no ao entre a

    fissura e o ponto mdio entre fissuras , cf. Equao (3.44), igual a:

    srsm =3

    2 (3.50)

    Com isto a deformao mdia do ao, igual deformao mdia do tirante, cf. a Fig.

    3.10, passa a ser, com 6,0= :

    )()(3

    21221222 srsrtssrsrssmssm === (3.51)

    onde 40,03

    2==

    t para cargas instantneas. Para cargas de longa durao ou

    repetidas este valor alterado para 25,0=t

    . Note-se que a relao 62,040,025,0 =

    a mesma obtida no item anterior, comparando-se grandezas em zonas de boa e de

    m aderncia.Na fissurao estabilizada, a fora mdia de aderncia transmitida

    ao concreto entre a fissura e o ponto de deslizamento nulo tambm igual a:

    2/rmbmsbm sF =

    Considerando as equaes (3.44), (3.50), (3.51) e 6,0= resulta:

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    26/39

    87

    s

    rm

    s

    bm

    sms

    s

    E

    2,12 = (3.52)

    com a tenso mdia de aderncia, em MPa, igual a:

    32675,025,2ckctmbm ff == (3.53)

    O fator 2,1 em (3.52) pode possivelmente ser explicado pelo fato de

    a resistncia mdia trao do concreto estar em funo da resistncia

    caracterstica ckf , ao invs do valor mdio cmf . Para efeito de comparao, no

    mencionado modelo de Sigrist no aparece o fator 2,1 de (3.52), e tem-se, antes do

    escoamento da armadura, a tenso mdia de aderncia dada em funo da

    resistncia trao:

    326,02cctbm ff == (3.54)

    onde cf a resistncia do concreto na compresso uniaxial, observada no ensaio.

    Nesse mesmo modelo a tenso de aderncia reduzida metade, i. e.,ctf , no

    segmento da barra em escoamento.

    Na determinao da mxima abertura da fissura em servio o MC-

    90, item 7.4.3.1.1, trunca as duas fases mencionadas atravs da condio seguinte.

    Se ocorrer

    )1(2 sefsctmssef f +> (3.55)

    tem-se fissurao estabilizada, do contrrio tem-se a fase de formao de fissuras.

    Nesta desigualdade:

    cef

    s

    sef

    A

    A= a taxa geomtrica efetiva do banzo tracionado.

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    27/39

    88

    cefA a rea efetiva do banzo tracionado (Fig. 3.12).

    Fig. 3.12: rea efetiva do banzo tracionado nas vigas e nas lajes.

    A comprovao terica da Equao (3.43), onde se l que o

    espaamento mdio das fissuras %33 maior que o comprimento de transmisso,

    est dada no trabalho de Kreller, a partir do trabalho de Meier. Nela so necessrias

    consideraes probabilsticas, como se mostra a seguir.

    Sejam dois estados iniciais a partir dos quais determinada a

    distncia mdia entre fissuras (Fig. 3.13):

    (1) A distncia inicialrs entre fissuras est no intervalo )3,2( tt ll .

    (2) A distncia inicialrs entre fissuras est no intervalo )4,3( tt ll .

    Outros intervalos subseqentes reduzem-se a estes dois casos, cf. Kreller.

    No primeiro caso, entre as duas fissuras j existentes s possvel

    formar-se uma nica nova fissura, de modo que a distncia mdia entre elas :

    tttrm llls 25,1)5,11(2

    11, =+= (3.56)

    No segundo caso, pode-se igualar a distncia entre as duas fissuras j existentes a

    tlk )2( + , onde k uma varivel no intervalo )2,1( . Nos dois trechos extremos, de

    L N

    (a) Viga

    h

    x

    d

    hef = 2,5(h-d) h-x/3h

    s

    x

    sc+ 0,5 efh h-x/3= 2,5(c + 0,5 )s

    (b) Laje

    L N

    c = cobrimento

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    28/39

    89

    Fig. 3.13: Determinao do espaamento mdio das fissuras, cf. Meier, apud Kreller (1989).

    comprimento tl e adjacentes s duas fissuras j existentes, no possvel a

    formao de novas fissuras. Se ocorrer uma nova fissura no trecho central (I), ento

    no possvel formar outra fissura. Mas se uma fissura ocorrer num dos trechos (II),

    possvel a ocorrncia de outra fissura. A distncia mdia entre fissuras deste

    segundo caso decorre das probabilidades de ocorrncia de uma fissura nos trechos

    (I) e (II), e esta distncia uma funo de k:

    IIrmIIIrmIrm PsPss +=2, (3.57)

    onde:

    2)2(trmI lks += : distncia mdia das fissuras, se a nova fissura ocorrer na

    zona (I).

    kkPI )2( = : probabilidade de ocorrer uma nova fissura s na zona (I).

    3)2( trmII lks += : distncia mdia das fissuras, para duas novas fissuras

    ocorrendo nas zonas (II).

    F F

    (I)(II) (II)

    tl tltl

    tl

    k lt

    (k+2)lt

    (k-1)l t t(k-1)l

    t(2-k)lc

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    29/39

    90

    kkPII )1(2 = : probabilidade de ocorrncia de duas novas fissuras nas

    zonas (II).

    Logo, a Equao (3.57) passa a ser:

    k

    kklks t

    rm

    )44(

    6)(

    2

    2,

    ++= (3.58)

    Variando-se kentre 1 e 2 obtm-se a distncia mdia atravs da seguinte integral:

    dkk

    kl

    s t

    rm )1

    4(6

    )12(

    2

    1

    2, ++=

    ou

    trm ls 38,12, = (3.59)

    Admitindo-se igual probabilidade de ocorrncia em ambos os casos, a distncia

    mdia final ser:

    tt

    rmrm

    rm llss

    s 31,12

    38,125,1

    2

    2,1, =+

    =+

    = (3.60)

    sendo tr ls =min e tr ls 2max= .Esta a deduo de Meier, descrita no trabalho de Kreller. Seu

    resultado praticamente coincide com o dado no item 3.2.2 do MC-90,trm ls 33,1= , que

    por sua vez decorre de resultados experimentais. Nesta demonstrao no foi

    considerada a disperso da resistncia trao do concreto. Kreller considera isto,

    atravs do conceito de grau de formao de fissuras, associado resistncia

    trao qctf , correspondente ao quantil q , com %95%5 q , e mostra que a

    Equao (3.60) vlida no fim da fase de formao de fissuras, com o comprimento

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    30/39

    91

    de transmisso tl calculado com a resistncia ctmf , i. e., %50=q . E isto o que foi

    considerado antes, na deduo de (3.46) e nos dois exemplos do item 3.2.

    Com esta deduo pode-se levar em conta a influncia dos estribos

    no espaamento mdio das fissuras. Para isto, Kreller faz as seguintes hipteses:

    (1) O estribo considerado como uma coao na formao de fissuras, e

    no se leva em considerao a reduo da rea de concreto decorrente

    da presena do estribo na seo transversal.

    (2) Num trecho do elemento estrutural de igual probabilidade para a posio

    das primeiras fissuras, estas ocorrem sempre em um estribo.

    (3) Toma-se como base o comprimento de transmisso correspondente

    resistncia ctmf , e isto quer dizer fissurao estabilizada.

    Os seguintes casos podem ocorrer (indica-se porestrs o

    espaamento dos estribos, e por estrrms , o espaamento mdio das fissuras

    considerada a influncia dos estribos):

    Caso I: O espaamento dos estribos inferior ao comprimento de

    transmisso, i. e., testr ls < .

    Na concluso da formao de fissuras, a distncia mdia entre

    fissuras :

    ]1)([, +=estr

    t

    estrestrrms

    lINTss (3.61)

    onde )(estrt slINT a parte inteira da frao estrt sl . Seu valor mnimo igual a 1, e

    tem-se, ento, uma fissura a cada dois estribos. Se este inteiro for igual a 2 tem-se

    uma fissura a cada trs estribos, e assim por diante.

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    31/39

    92

    Caso II: O espaamento dos estribos inferior ao dobro do

    comprimento de transmisso, i. e.,testrt lsl 2

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    32/39

    93

    t

    t

    estr

    estr

    estrrm

    ll

    s

    ss

    )2(6

    2

    ,

    = (3.65)

    Os intervalos subseqentes, na afirmao de Kreller, no tm

    significado prtico. Como uma tentativa de obter estrrms , por outro caminho, altera-se

    a Equao (3.65) com base no seguinte:

    (1) Na fase de fissurao estabilizada, com a distncia dos estribos superior

    a trs vezes o comprimento de transmisso, existem j duas fissuras,uma em cada estribo, como nos segundo e terceiro casos.

    (2) O nmero de espaamentos das fissuras que se formam entre as duas

    coincidentes com os estribos , evidentemente, inteiro. Este fato no

    est considerado pela Equao (3.65).

    (3) O espaamento entre as fissuras no intervalo de dois estribos tanto pode

    se aproximar detl quanto de tl2 , mas o mais provvel que este

    espaamento esteja prximo do espaamento mdio rms que nocontm a influncia dos estribos. Supe-se, no que segue, que o nmero

    de fissuras entre dois estribos quaisquer e sucessivos repita-se nos

    demais intervalos entre estribos sucessivos.

    Com base nestas consideraes prope-se, nos casos em que

    testr ls 3 , escolher o espaamento mdio das fissuras como um submltiplo da

    distncia entre estribos, de modo que seja mnimo o afastamento entre este

    espaamento e o obtido sem a considerao da influncia dos estribos, i. e., comrms

    de uma das Equaes (3.47) e (3.49). A Equao (3.65) tem como alternativa as

    duas seguintes:

    1)(,

    +=

    rm

    estr

    estr

    estrrm

    s

    sINT

    ss ou

    )(,

    rm

    estr

    estr

    estrrm

    s

    sINT

    ss = (3.66a) ou (3.66b)

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    33/39

    94

    valendo o resultado mais prximo de rms . Na segunda equao, se estrs for um

    mltiplo derms tem-se a igualdade rmestrrm ss =, . Do contrrio, a primeira equao leva

    a valores de estrrms , abaixo de rms , e a segunda a valores de estrrms , acima de rms .

    Deve-se lembrar que estrrms , no pode ser inferior a tl , nem superior a tl2 .

    Mostra-se a seguir a comparao entre os resultados tericos aqui

    descritos e os experimentais de Rizkalla, Hwang e El Shahawi, relatados no livro de

    Collins e Mitchell (1987). Ver a Fig. 3.14. Estes experimentos evidenciam, em parte,

    a influncia da armadura transversal sobre o espaamento das fissuras. Com os

    dados da Fig. 3.14 tem-se:

    Cobrimento: mmc 19=

    Dimetro nominal das barras: mms 3,11=

    rea da armadura longitudinal: 2800mmAs =

    rea de concreto: 253490800305178 mmAc ==

    Taxa geomtrica da armadura: %5,153490800 ==s

    rea efetiva de concreto: 237591305)]23,1119(5,2[2 mmAcef =+=

    Taxa geomtrica efetiva da armadura: %13,237591800 ==sef

    Comparam-se, neste exemplo, somente os espaamentos mdios

    terico e experimental das fissuras. No primeiro caso no h armadura transversal, e

    de (3.49) e (3.43) obtm-se mmsrm 103= e mmlt 3,7710375,0 == . O espaamento

    mdio observado experimentalmente igual a mm104 , %1 maior.No segundo caso a armadura transversal tem espaamento

    mmsestr 216= , e sendo:

    mmlmmsmml testrt 23232166,1542 =

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    34/39

    95

    Fig. 3.14: Influncia da armadura transversal sobre o espaamento das fissuras, cf. Rizkalla, Hwang e

    El Shahawi, apud Collins e Mitchell (1987).

    No terceiro caso tem-se mmsestr 102= , e portanto:

    mmlmmsmml testrt 6,15421023,77 =

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    35/39

    96

    Fig. 3.15

    Tabela 3.2: Espaamento mdio das fissuras com influncia dos estribos.

    )(, mms estrrm

    Espaamento mdio das fissuras cominfluncia dos estribos

    (%)/ sefs )(mmlt

    Equao(3.43)

    )(mmsrmEquao

    (3.49)mmsestr 100= mm200 mm300

    10 / 1,77 80 106,5 100Eq. (3.62)

    100Eq. (3.63)

    100Eq. (3.66a)

    10 / 3,2860,4 80,5

    100Eq. (3.62)

    66,7Eq. (3.66a)

    75Eq. (3.66a)

    16 / 2,3389 119

    100Eq. (3.62)

    100Eq. (3.63)

    100Eq. (3.66a)

    16 / 2,9278,6 105,8

    100Eq. (3.62)

    100Eq. (3.63)

    100Eq. (3.66a)

    Nesta tabela observa-se que os espaamentos mdios das fissuras

    incluindo-se a influncia dos estribos, estrrms , , diferem pouco do espaamento mdio

    das fissuras, rms , sem esta influncia, e h um nmero inteiro de espaamentos

    entre os estribos. Se fosse aplicada a Equao (3.65) para 16=s

    , %33,2=sef e

    mmsestr 300= , resultaria mms estrrm 123, = , que no submltiplo de mm300 .

    Concluda a determinao do espaamento mdio das fissuras,

    pode-se definir o subelemento estrutural cujo comprimento exatamente igual a este

    (a) (b) (c) (d)

    45,3mm 34,3mm 48,8mm 54,8mm

    = 510 = 400 mm2As 216 = 400 mm2 1010 = 800 mm2 416 = 800 mm2

    Acef = 22650 mm2 17150 mm2 24400 mm2 27400 mm2

    sef =1,77% 2,33% 3,28% 2,92%

    c+ = 26,3mmte= 25mmv

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    36/39

    97

    espaamento, e que servir de base para as anlises subseqentes, na fase de

    fissurao estabilizada, com ou sem plastificao da armadura.

    3.4 Lei Tenso da Armadura na Fissura Associada Sua

    Deformao Mdia

    No item anterior mostrou-se que, na fissurao estabilizada e

    armadura com tenso na fissura inferior de escoamento, a diferena entre asdeformaes da armadura na fissura e mdia igual a uma constante, Equaes

    (3.51) e (3.52). Conforme o MC-90, item 3.2.3, a deformabilidade global do banzo

    tracionado pode ser descrita pelo valor mdio da deformao na armadura, com o

    que fica considerado o seu enrijecimento na trao, proveniente da aderncia com o

    concreto circundante. No que segue, descreve-se resumidamente a lei tenso da

    armadura na fissura em funo da sua deformao mdia, )( sms , incluindo-se a

    fase ps-escoamento do ao. Esta lei ser usada nos captulos seguintes, nadeterminao da rigidez flexo (captulo 4) e no clculo simplificado da capacidade

    de rotao plstica (captulo 5).

    Supe-se que a barra nua tenha uma lei constitutiva, )(ss

    , bilinear

    com encruamento. No Estdio I a deformao mdia do ao coincide com a sua

    deformao na seo no fissurada. O fim desta fase anterior fissurao

    estabelecido no MC-90 conforme a finalidade da anlise, decorrendo da diferentes

    valores da resistncia trao do concreto, conforme o quantil considerado. Na

    determinao de deslocamentos so sugeridos os valores mdio e caracterstico

    inferior desta resistncia. No que segue usa-se (principalmente) o valor mdio ctmf ,

    Equao (2.24). Definida a tenso no concreto com a qual se inicia a fissurao,

    obtm-se a tenso correspondente no ao na (primeira) fissura, 1sr . A concluso da

    fase de formao de fissuras d-se para um valor da tenso na armadura %33

    superior a 1sr (no MC-90, 13,1 sr ), conforme mostrado antes. A fase de fissurao

    estabilizada ocorre para tenses da armadura na fissura acima deste valor, e

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    37/39

    98

    caracterizada por uma reta )( sms paralela do ao nu, pois o recuo na

    deformao, igual diferena entre a deformao do ao na fissura e a

    correspondente deformao mdia, ou seja, srtsms = , constante. O

    coeficientet

    igual a 4,0 para cargas de curta durao e 25,0 para cargas

    repetidas ou de longa durao, como se viu. E o salto na deformao do ao, sr ,

    na passagem do Estdio I para o II decorre de (3.45), usando-se para peas fletidas

    sef no lugar de s .

    A fase ps-escoamento representada pela seguinte equao,

    decorrente do trabalho de Kreller (1989):

    ))(1( 21

    sys

    yk

    sr

    smysmf

    += se sussy 2 (3.67)

    onde:

    shykssys Ef )( 22 += a deformao da armadura na fissura. Ver a Fig.

    2.25b.

    smy a deformao mdia da armadura no incio do escoamento na fissura.

    uma constante e decorre de (3.51) ou (3.52) com sys =2 .

    8,0= um coeficiente vlido para aos de ductilidade tipo A do MC-90 e

    MPafyk 500= . Admite-se, como aproximao, que este coeficiente seja o

    mesmo para os aos nacionais CA-50 e CA-60.

    1sr a tenso da armadura na fissura ao formar-se a primeira fissura. Esta

    tenso funo do momento de fissurao e da fora normal atuante,

    ),(1 NMcrsr . Considera-se, neste texto, a fora normal aplicada primeiro e o

    momento fletor crescente at atingir a fissurao do banzo tracionado.

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    38/39

    99

    Observe-se nesta equao que a qualidade da aderncia,

    representada pelo fatort

    , s aparece em smy , e est, portanto, excluda na

    diferena smysm . Isto ter influncia no clculo da rotao plstica (captulo 5).

    O momento de fissurao que serve de base para a determinao

    do salto na deformao entre os Estdios I e II tem aqui uma definio um pouco

    diferente da usual, mas coerente com o modelo de tirante adotado para o banzo

    tracionado. Este momento, considerada a fora normal j atuante, definido como

    aquele necessrio para causar a deformao cictmctm Ef= na camada mais

    alongada da armadura (primeira camada). Esta definio tem em vista evitar os

    casos de flexo-compresso em que h fissurao(i. e., a borda tracionada atinge o

    alongamento de ruptura do concreto), mas a armadura ainda est comprimida.

    Deve-se, claro, aplic-la somente aos casos usuais de disposio da armadura

    prxima borda da seo. Tenha-se em mente que:

    (1) de um lado, no est considerado o aumento da resistncia trao na

    flexo pela ao da fissura coesiva, e que no projeto estima-se a

    resistncia mdia do concreto trao atravs da Equao (2.24), onde

    se tem 3/2ckf , e no atravs da Equao (2.60), onde se tem

    3/2

    cmf ,

    (2) e, de outro lado, o momento de fissurao, assim definido, ligeiramente

    maior do que o convencional, e com isto tambm maior a tenso 1sr .

    Assim, aps o escoamento o efeito do enrijecimento da armadura

    ligeiramente maior, pois a deformao mdia da armadura decai.

    No captulo 5, quando da determinao simplificada da capacidade

    de rotao plstica em vigas, retoma-se a definio usual do momento de fissurao

    (e ainda com %5,ctf , cf. o MC-90), para efeito de comparao com uma soluo mais

    rigorosa e independente do momento de fissurao. Mas evidente que um

    enrijecimento maior corresponde a uma melhor qualidade da aderncia, com o que

    se tem menor deformabilidade (i. e., menor capacidade de rotao plstica, a favor

    da segurana no projeto).

    Resume-se na Fig. 3.16 a lei simplificada tenso da armadura na

    fissura associada sua deformao mdia, tirada do MC-90, item 3.2.3, conforme

  • 7/24/2019 A07TESEcap3

    39/39

    100

    explicado neste item. Deve-se notar que nesta figura s a tenso da armadura na

    fissura, aqui indicada por 2s , e que srn a tenso da armadura na fissura no fim

    da fase de formao de fissuras, igual a 133,1 sr .

    Fig. 3.16: Lei tenso-deformao mdia da armadura do banzo tracionado (Indica-se tambm a leitenso-deformao da barra nua), cf. o MC-90, i tem 3.2.3.

    A linha cheia entre 1sr e srn pode ser substituda pela linha

    tracejada, quando se calculam os efeitos das deformaes impostas, conforme dito

    no mesmo item do MC-90. Como estas esto sempre presentes, este segmento ser

    substitudo, nos captulos seguintes, pela linha tracejada.

    1

    sy

    Es

    sm

    fyk

    s

    1 Esh

    tkf

    susr

    srt

    s,

    ssm

    sr1srn

    = F / A s s s= F / As