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1 ANNO DOMINGO, 13 DE OUTUBRO DE 1901 A7." i3 SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA Assignatura Anno, iSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. ?! Na cobrança pelo correio, ac cresce o premio uo vata. S Avulso, no' dia da publicação, 30 reis? a _______ Publicações fnp ‘ 3 Annuncios— i.« publicação, 40 réis a linha, nas seguintes, 20 réis. Anníincios na 4.“ pagina, epjitnicto esp-jçial. Os auto- EDITOR— José■ Aiignslo Saloio i RUA DE JOSÉ MARIA DOS SANTOS U ^r:,pho^ ^ ^ m'íyei' n^° ^ )S- a jLi 1 > k c* vvl L úJtcc^r a h PROPRIETÁRIO Jqsl Augusto Sciloio EXPEDIENTE Acceitam-se com grati dão quaesquér noticias que sejam dlé interesse publico. 0 T OVJ O írabcflhftiUs a 5 fonte inexhaurivel das riquezas dum paiz. Peío^trabapno conseguem as na|aes|,pifeis perar rapidamente e aquel la que mais trabalha, lá vae na vanguarda, das outras/ O trabalho .rearisa ver*- dadeiros milagres, e para justificar isto, basta-nos comparara França da.}i 870, abatida, empenhando todos os seus recursos afim de pagar a maior contribui ção de guerra que a Histo ria conhece; com àFrança de hoje, altiva e forte que ressurgiu dessa tremenda catastrophe, mostrando ao Mundo inteiro, quanto vale o patriotismo francez,' Os Estados-Unidos,■'£©- meçaram por ser uma co- lonia da Inglaterra, e hoje constituem uma poderosa republica1 , perfeitamente ci vilizada. Portugal, com magua o diremos, perdeu perante a Europa, grande parte da importancia que outrorà disfruetava. Portugal que impunha,a sua voz ás naçõès mais po derosas; Portugal que le vava os seus filhos a com bater na Amca;0romf^a? que arrojava as suas esqua dras até á índia; Portugal cuja Historia está cheia de factos de tárWpeffi, que bastariam um só dentre elles, para ennobrecer uma nação; esse mesmõ Portu7 gal já hoje não merece da parte dos éxtrangeiros, se não a admiração que se presta ás cousas antigasí, mas sem préstimo. E tudo isto porque? Deixaria a alma portu*- gueza de o %Jlfòlllfff Nao. Que o digam essak guerras que ultimamente temos sustentado na A frí ca, onde cada soldado foi um heroe. Julgarnos que a decaden- cia actual é simplesmente por não querermos ou sa bermos trabalhar. Assim vemos nós a quan tidade verdadeiramente ex- traordinaria de funcciona- rios que o estado sustenta; vemos quanto ourp sae do 'muitas cousas que cá podiam ser feitas; vemos ainda que não sabendo limitar os nossos ■fLstos tepos de contrahir lumbsosAmprestimos; e em cousas desta ordem àiíidsi raosnadmiram^s do empobrecimento constante de POrtugBl.:. ■ uv. íí v ti Portugal só poderá reto mar na Europa o logar que merece quando souber tra balhar e fôr econoriiico; mas, quem será capaz de o conseguir? J. M. S. 8’ icírcumstancias auctorisam, diverte-se em fazer chocar umá contra a outra a ca beça da gorda mulher e a do heroe da festa, e despeja as cinzas e lume do seu ca chimbo sobre o frisado to- [gefên;ab futuro Itante da naçrôT dfrme^mo jfçmpó-què pmatófl^i^pí^íf rapariguinha lhe vae mui innóc e nt em ent e de se m ba- ^eis ,^ 4 ^„él|e s tuz 1 -u< O grupo immediato com põe-se de um homem de boa.fé, a quem um alegre almocreve e um .... ELEIÇÕES <»r. 9* 1 * 119111x 1 7 I, Entre os meios de sedu- cção para obter votos nas) eleições, usavamrSè muito na Inglaterra os banquetes ou comidas publicas aos eleitores. Tal é o assumpto dum quadro íupleo que tivemos ultimamente occasião de examinar. Hogárth escolheu para Jogar de scena uma estala gem daideia. O banquete está acabado, e observam- se todas as suas conscqucn- cias, umas ridiculas, vergo nhosas outras e atrozes, felizmente entre nós,'com quanto se fale do suborno cia urna eleitoral, não espe ramos''Yêirsêértás taes de desordem e barbaridade, como a que nos- apresenta o pintor inglez. Deve-se suppôr que este quadro mostra o que se passa no interior d aquella estalagem, reunido o povo do partido contrarió. A’ nossa esquerda, de baixo da bandeira que lhe serve de insignia, está o candidato, que tão fartai mente regalou os séus eleij tores, conversando com uma mulher de notável ro- tundidade. Um eleitor, dé pé sòbre umacàdeira, usan do da familiaridade que àfc nente alfayate, o atormen tam, -ora apertando-lhe as mãps com uma energia.ea- paz de lhe desconjuntar to das as articulações dos de dos, ora passando-lhe o braço sobre os hombros, incensando-lhe os olhos com o fumo do seu ca chimbo. Por detraz d estes perso nagens, um advogado em completo estado dembria- guez, vociferando uma,s<ju- de, brandindo o seu copo sobre a cabeça de uma ga- ante dama, que está to mando uma pitada de rape, da caixa de prata que um velho official lhe offerece, e que aóf mesmo tempo a vae baptisarido com vinho por cima do seu chapeli- nhó á pastora. Quasi no meio. da mesal quadrada estava um grave theologo, tendo ná mão a: sua ampla cabòlíéira de ca nudos, e com a outra en- chuga á. -fb^í^titvfelj calva do stiór que a inun da. Mais atraz um pobre tocador de gai .a (iscossezá, a quem seccaram as gue- las á força de assoprar o harmonico instrumento, lança ávidos olhos sobre os flp §t^ni&0(\ banquete, [^mj que sem duvida lhe não foi dado toman^paríe, porque não é eleitor. Uní&^wffiSf nuisicajftffí bulánte, assentada rio alto faz guinchar a sua rebeca, e a acompanha no rabecão outro velho artista com taó imperfúrbavcl gravidade^ que nada seria capaz de lhç fazer perder uma só nota. Bem perto delle dois cam- ponios riem embasbacados de algumas graciosas mo mices que está fazendo o seu visinho. J$ : esquerda deste um velho gotoso, já de cabel- leira á banda, mostra no apoquentado rosto que tal vez as amiudadas libações lhe despertaram as1 dcíres dos artelhos. Ao pé da ja- írMlcí^tím'‘ififidi^íduo, impa- óií£h£èD 3dá’r’láfef oqaq déspèja sobre a s' cabeças, um caldeirão da^VU>freífl quanto do lado õpposto ou tro lhes atira com uma tri- )V iioni peçá; Na cabeceira ida ' mesa redonda observá-se uma personagem desfallecida: á vista da sua grande cabel- leira de anneis, e o logar distincto que occupa; po deremos atibitamente dizer que é o sr. maire (adminis trador do concelho). A sua giutoneria, causou-lhe um espasmo, que, com quanto o privasse-logo dos senti dos, nem por isso lhe fez largar o bocado que tinha na mão, e se dispunha a devorar. O mestre barbeiro d’al deia, facultativo distincto, e e prompto a prestar ós sóccorròs dá medicina, accudiu-íhe logo ctom a sua lanceta; e, graças á imme- diata sangria, poderemos conservar a esperança de que o respeitável magistra do resistirá aó ataque, e continuará a viver‘pára ga-: nhar ainda mais algumas: indigestões- em oceasiões. iguaés} á êí;tcióc‘ ■ Na extrema direita do- quadro, urh agente do can-,‘ didato offefeoe uma -grati ficação • a um eleitor puri tano para obter o seu voto; porém élle,' ajuntando as mãos e exclamando: « não £e?rmit1;e. o çéo, que eu venda a minha consciên cia; » recusa modestamen te o dinheiróv apesar das, representações dé sua mu- lher, que lhe lembra a sua pobreza*!apresenta 3eu filho,o qual levantando o pé mostra a seu pae 03 dedôs fóra dó;Sapato. No primeiro plano ve-sq um honrado escrivão, á quem o demasiado. pesç> dq cabeça fez perder o equilí brio ; e por desgraça com o tombo soltou-se-lhe a ca- belleira, e foi cahir dentro de um barril de cerveja. Mais para o centro um des graçado fabricante, a quem uma pedra atirada da rua pela janella abriu na testa enorme brecha, está entre as mãos de: um philantro po carniceiro, qnerlhe en torna sobre a ferida .uma garrafaí de genebra, como remedro muito appnovado; apésaiodá .djôr ;©pqbre fe-> ridò vaé .sempre cembor- cando o; seíi copo de vinho por não perder tempo. Vê-se, pelas ligaduras da cabeça, que .0 ollicioso cu randeiro tambem sahiu es calavrado da batalha -elei-? toral, o que elle tem em grande honra, como o at- testá o patriotico distico: pro patria , pela patria, com que adornou a sua gloriosa feridai'' mh Um rapaz enche uma tina de ponche para as ul timas saudes. Logo ao pé está um mercador quakero lendo uma ordem á vista, cuja importancia é prova velmente destinada ao pa-r gamento das luvas, íitâs e outras prendas amontoa das sobre um bufete, com que o nosso candidato pre tende brindar as esposas e as filhas dos eleitores. A ’ porta da entrada-; al guns indivíduos repellem o ataque dos partidos do can didato ministerial, A divisa da bandeira: Liberty and loyally, liberdade e lealda de, bem mostra que é do partido popular o candida- -to-, qud tão Lealmente pro cura obter a sua entrada no parlamento. 0 LEITE 0 leite são conserva-se cm vasilhas apropriadas que o livrem do pó e do ar; a falta de cuidado ex põe quem o guarda a per- del-o; e por outro lado, certos cuidàdos são enfa donhos e dispendiosos. Com a applicaçãodo.car bonato de soda, pode-se rètardar !a formação do coalho ou redisSolvel-o se 002 0 ! A leiteira horirajua^e cui- S dadosa de seus interesses,

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1 ANNO DOMINGO, 13 DE OUTUBRO DE 1901 A7." i3

S E M A N A R I O N O T I C I O S O , L I T T E R A R I O E A G R Í C O L A

A ss ig n a tu r aAnno, iSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. ?! Na cobrança pelo correio, ac cresce o premio uo vata. SAvulso, no' dia da publicação, 30 reis?

a _______ P u b lic a ç õ e s fnp ‘3 Annuncios— i.« publicação, 40 réis a linha, nas seguintes,

20 réis. Anníincios na 4.“ pagina, epjitnicto esp-jçial. Os auto-

EDITOR— José■ Aiignslo Saloioi RUA DE JOSÉ MARIA DOS SANTOS U r:,pho ^ ^ m 'íyei' n ° ^ “ )S-

a jLi 1 > k c * v v l L úJtcc^r a h PROPRIETÁRIO— Jqsl Augusto Sciloio

EXPEDIENTE

A c c e ita m -se com g r a t i­dão q u a e sq u é r n o t ic ia s q u e se ja m dlé in t e r e s s e p u b lic o .

0 T OVJ

O írabcflhftiUs a 5 fonte inexhaurivel das riquezas dum paiz. Peío^trabapno conseguem as na|aes|,pifeis perar rapidamente e aquel la que mais trabalha, lá vae na vanguarda, das outras/

O trabalho .rearisa ver*- dadeiros milagres, e para justificar isto, basta-nos comparara França da.}i 870, abatida, empenhando todos os seus recursos afim de pagar a maior contribui­ção de guerra que a Histo­ria conhece; com àFrança de hoje, altiva e forte que ressurgiu dessa tremenda catastrophe, mostrando ao Mundo inteiro, quanto vale o patriotismo francez,'

Os Estados-Unidos,■'£©- meçaram por ser uma co- lonia da Inglaterra, e hoje constituem uma poderosa republica1, perfeitamente ci­vilizada.

Portugal, com magua o diremos, perdeu perante a Europa, grande parte da importancia que outrorà disfruetava.

Portugal que impunha,a sua voz ás naçõès mais po­derosas; Portugal que le­vava os seus filhos a com­bater na Amca;0romf^a? que arrojava as suas esqua­dras até á índia; Portugal cuja Historia está cheia de factos de tárWpeffi, que bastariam um só dentre elles, para ennobrecer uma nação; esse mesmõ Portu7 gal já hoje não merece da parte dos éxtrangeiros, se­não a admiração que se presta ás cousas antigasí, mas sem préstimo. E tudo isto porque?

Deixaria a alma portu*- gueza de o%Jlfòll l f f f Nao. Que o digam essak guerras que ultimamente temos sustentado na A frí ca, onde cada soldado foi um heroe.

Julgarnos que a decaden- cia actual é simplesmente por não querermos ou sa­bermos trabalhar.

Assim vemos nós a quan­tidade verdadeiramente ex- traordinaria de funcciona- rios que o estado sustenta; vemos quanto ourp sae do

'muitascousas que cá podiam ser feitas; vemos ainda que não sabendo limitar os nossos

■fLstos tepos de contrahir lumbsosAmprestimos; e em cousas desta ordem àiíidsi raosnadmiram^s do empobrecimento constante de POrtugBl.:. ■uv.í ív ti Portugal só poderá reto­mar na Europa o logar que merece quando souber tra­balhar e fôr econoriiico; mas, quem será capaz de o conseguir?

J. M. S.

8’

icírcumstancias auctorisam, diverte-se em fazer chocar umá contra a outra a ca­beça da gorda mulher e a do heroe da festa, e despeja as cinzas e lume do seu ca­chimbo sobre o frisado to- [gefên;ab futuro Itante da naçrôT dfrme^mojfçmpó-què pmatófl^i^pí^íf rapariguinha lhe vae muii n n óc e n t e m e n t e d e s e m b a-

^e is , ^ 4^„él|e s tuz 1 -u<O grupo immediato com­

põe-se de um homem de boa.fé, a quem um alegre almocreve e um ....

ELEIÇÕES<»r. 9*1*119111x1 7 I,

Entre os meios de sedu- cção para obter votos nas) eleições, usavamrSè muito na Inglaterra os banquetes ou comidas publicas aos eleitores.

Tal é o assumpto dum quadro íupleo que tivemos ultimamente occasião de examinar.

Hogárth escolheu para Jogar de scena uma estala­gem daideia. O banquete está acabado, e observam- se todas as suas conscqucn- cias, umas ridiculas, vergo­nhosas outras e atrozes, felizmente entre nós,'com quanto se fale do suborno cia urna eleitoral, não espe­ramos''Yêirsêértás taes de desordem e barbaridade, como a que nos- apresentao pintor inglez.

Deve-se suppôr que este quadro mostra o que se passa no interior d aquella estalagem, reunido o povo do partido contrarió.

A’ nossa esquerda, de­baixo da bandeira que lhe serve de insignia, está o candidato, que tão fartai mente regalou os séus eleij tores, conversando com uma mulher de notável ro- tundidade. Um eleitor, dé pé sòbre umacàdeira, usan do da familiaridade que àfc

nente alfayate, o atormen­tam, -ora apertando-lhe as mãps com uma energia.ea- paz de lhe desconjuntar to­das as articulações dos de­dos, ora passando-lhe o braço sobre os hombros, incensando-lhe os olhos com o fumo do seu ca­chimbo.

Por detraz d estes perso­nagens, um advogado em completo estado dembria- guez, vociferando uma,s<ju- de, brandindo o seu copo sobre a cabeça de uma ga- ante dama, que está to­mando uma pitada de rape, da caixa de prata que um velho official lhe offerece, e que aóf mesmo tempo a vae baptisarido com vinho por cima do seu chapeli- nhó á pastora.

Quasi no meio. da me sal quadrada estava um grave theologo, tendo ná mão a: sua ampla cabòlíéira de ca­nudos, e com a outra en- chuga á. -fb^í titvfelj calva do stiór que a inun­da. Mais atraz um pobre tocador de gai .a (iscossezá, a quem seccaram as gue- las á força de assoprar o harmonico instrumento, lança ávidos olhos sobre os flp§t^ni&0(\ banquete, [^mj que sem duvida lhe não foi dado toman^paríe, porque não é eleitor.

Uní&^wffiSf nuisicajftffí bulánte, assentada rio alto faz guinchar a sua rebeca, e a acompanha no rabecão outro velho artista com taó imperfúrbavcl gravidade^ que nada seria capaz de lhç fazer perder uma só nota. Bem perto delle dois cam- ponios riem embasbacados de algumas graciosas mo­

mices que está fazendo o seu visinho.

J$ : esquerda deste um velho gotoso, já de cabel- leira á banda, mostra no apoquentado rosto que tal­vez as amiudadas libações lhe despertaram as1 dcíres dos artelhos. Ao pé da ja- írMlcí tím'‘ififidi íduo, impa- óií£h£èD 3dá’r’ láfef oqaq

déspèja sobre as' cabeças, um caldeirão da^VU>freífl quanto do lado õpposto ou­tro lhes atira com uma tri-

)V iionipeçá;Na cabeceira i da ' mesa

redonda observá-se uma personagem desfallecida: á vista da sua grande cabel- leira de anneis, e o logar distincto que occupa; po­deremos atibitamente dizer que é o sr. maire (adminis­trador do concelho). A sua giutoneria, causou-lhe um espasmo, que, com quanto o privasse-logo dos senti­dos, nem por isso lhe fez largar o bocado que tinha na mão, e se dispunha a devorar.

O mestre barbeiro d’al­deia, facultativo distincto, e

e prompto a prestar ós sóccorròs dá medicina, accudiu-íhe logo ctom a sua lanceta; e, graças á imme- diata sangria, poderemos conservar a esperança de que o respeitável magistra­do resistirá aó ataque, e continuará a viver‘pára ga-: nhar ainda mais algumas: indigestões- em oceasiões. iguaés} á êí;tcióc‘ ■

Na extrema direita do- quadro, urh agente do can-,‘ didato offefeoe uma -grati­ficação • a um eleitor puri­tano para obter o seu voto; porém élle,' ajuntando as mãos e exclamando: « não £e?rmit1;e. o çéo, que eu venda a minha consciên­cia; » recusa modestamen­te o dinheiróv apesar das, representações dé sua mu- lher, que lhe lembra a sua p o b r e z a * ! a p r e s e n t a 3eu filho,o qual levantando o pé mostra a seu pae 03 dedôs fóra dó; Sapato.

No primeiro plano ve-sq um honrado escrivão, á quem o demasiado. pesç> dq cabeça fez perder o equilí­brio ; e por desgraça com o

tombo soltou-se-lhe a ca- belleira, e foi cahir dentro de um barril de cerveja. Mais para o centro um des­graçado fabricante, a quem uma pedra atirada da rua pela janella abriu na testa enorme brecha, está entre as mãos de: um philantro­po carniceiro, qnerlhe en­torna sobre a ferida .uma garrafaí de genebra, como remedro muito appnovado; apésaiodá .djôr ;© pqbre fe-> ridò vaé .sempre cembor- cando o; seíi copo de vinho por não perder tempo.

Vê-se, pelas ligaduras da cabeça, que .0 ollicioso cu­randeiro tambem sahiu es­calavrado da batalha -elei-? toral, o que elle tem em grande honra, como o at- testá o patriotico distico: pro patria, pela patria, com que adornou a sua gloriosaferidai'' mh

Um rapaz enche uma tina de ponche para as ul­timas saudes. Logo ao pé está um mercador quakero lendo uma ordem á vista, cuja importancia é prova­velmente destinada ao pa-r gamento das luvas, íitâs e outras prendas amontoa­das sobre um bufete, com que o nosso candidato pre­tende brindar as esposas e as filhas dos eleitores.

A ’ porta da entrada-; al­guns indivíduos repellem o ataque dos partidos do can­didato ministerial, A divisa da bandeira: Liberty and loyally, liberdade e lealda­de, bem mostra que é do partido popular o candida- -to-, qud tão Lealmente pro­cura obter a sua entrada no parlamento.

0 LEITE

0 leite são conserva-se cm vasilhas apropriadas que o livrem do pó e do ar; a falta de cuidado ex­põe quem o guarda a per- del-o; e por outro lado, certos cuidàdos são enfa­donhos e dispendiosos.

Com a applicaçãodo.car­bonato de soda, pode-se rètardar !a formação do coalho ou redisSolvel-o se

002 0! A leiteira horirajua^e cui-S dadosa de seus interesses,

O D O M í N G O

junta ao leite uma peque­na e inoffensiva quantidade ■de carbonato de soda; com- «quanto que a leiteira ava­renta e descuidada, talvez por ignorancia, junta ao leite, uma quantidade de­masiada de carbonato, pa­ra assim estar mais segura da sua conservação, ou pa­ra occultar um principio de decomposição.

Ora como o leite é um dos principaes alimentos dos doentes e verdadeiro das creanças, claro está que estek o ingerem sem comprehenderem que lhe juntaram qualquer ingre­diente, que lhes pode por muitas vezes ser util á di­gestão, mas que tambem Lhes pode ser bastante no­civo á saude.

Além do carbonato de soda, ha a agua e farinha, em que temos a esperar resultados idênticos.

As vaccas que dão o leite que aqui é vendido pelas leiteiras, são de trabalho, alimentam-se de morraça que abunda nos pantanos, não são limpas de manhã e á noite, como lhes é dado, nem tão pouco os seus do nos conhecem os utensílios precisos para a limpeza d’estes animaes.

Está visto que este leite é anti-hygienicoeé, porém, mais um concorrente para o desenvolvimento da tisi- ca. Temos na nossa terra duas vaccarias, montadas com esmerado asseio, lu­xuosas quanto possivel, e, na certesa de que babemos leite puro. Porque havemos de comprar leite desnatu­rado?

A digna auctoridade e meritissímo delegado de saude ainda não tiveram a philantropica idéa de repri mir semelhante abuso.

E agora digam que a im­prensa não presta serviços ao publico.

Sabemos que adquirimos inimigos da parte de quem vende essa droga a que dão o nome de leite, mas que importa? Acima de tudo está a hygiene e o bem es­tar de um povo tão hon­rado quão laborioso.

Quanto á exm.a auctori­dade administrativa e ao exm.'’ delegado de saude, pedimos-lhes que não aban­donem este ramo de ser­viço, o que representará para a nossa terra um grande melhoramento.

J. A. S a l o i o .

ÍNFIMOSA Folha da Tarde, de

quarta-feira ultima, insere uma correspondencia de Aldegallega, na qual o seu auctor vomita abundantes sandices, somente porque neste humilde semanario, numa pequena local, se estranhe que o correspon­dente da Vanguarda quei­xasse-se de falta dagua, morando tão pértinho do. poço do concelho, cuja pia amplíssima, acçrescenta- mos hoje, convida os irra- cionaes a saciar a sêde queQ$-jdçy0r ’i,. o/hisbifio n.„

Não se zangue, homen­zinho de Nosso Senhor!. Se a sêde o incita a vocife­ra r— o que é perigosissi- mo, porque pode atacal-o a terrivel hydrophobia— cor­ra immediatamente, meni­no, vá a galope, a galope desabrido ao poço do con­celho, tome logar na pia, junto ao seu prezadíssimo collega da Vanguarda, beba agua... muita agua. a agua toda que houver no poço,.. afogue-se até, se quizer... se fôr da sua expontânea vontade... mas antes, ó rica prenda, expli­que-nos o motivo que o le­vou a dizer na Folha que em « Aldegallega existem apenas dois poços dagua potável, cujos donos a ven dem por bom dinheiro»,sim? ríUODflL.

Com que então ha só dois poços e a agua, 3o li tros por 10 réis, é caríssi­ma, hein!?...

Muita agua bebe este animal!!!

Outro, a mula de refor­ço ... perdão! o Garope­lhas (garopelhas foi o no­me que este alarve deu ás golpelhas, numa noticia de

tentativa de roubo), na Vanguarda de ante-hon- tem, depois de continuar a affirmar descaradamente que « os aguadeiros só for­necem as adegas, sendo por isso muito sensível a falta dagua nesta terra», o que é iáisissimo; diz que o proprietário deste jor­nal está no mesmo caso que elle, Garopelhas, pois em frente da casa em que habita tem o poço novo, com a competente pia, não tão ampla como a do poço do concelho, masque ainda assim lhe deve «che­gar».

Não, patetinha! As pias dos dois poços servem ape­nas para os alarves que se queixam de falta dagua, havendo-a em abundancia.

Se logo de principio, ti­véssemos quebrado os den­tes aguçados do Garope­lhas, quando tentou mor­der na nossa reputação, já outro, o da Folha, não sê animaria a arreganhar a dentuça, e nós não teríamos hoje o trabalho de azorrà- gar os dois biltres descara­dos. .1.... ...

►í<38S=*S-*«

Na segunda-feira ultima, a sr.a D. Maria Justina, na occasião que passava pela prancha para embarcar no vapor que conduz a Lisboa, deixou-se cahir ao mar, perdendo nesta occasião uma carteira com i5$ooo réis que levava na mão. Felizmente foi salva, e de­pois conduzida no carro do sr. Antonio Maximo Ventu ra para casa do sr. Cândido José Ventura onde estive­ra hospedada.

Tem passado incommo- dado de saude o nosso amigo Manuel Ferreira Gi- raldes. Dezejamos-lhe um prompto restabelecimento.

Acha-se em via de com­pleto restabelecimento o sr. Raphael Gonçalves de d’Azevedo, pae do nosso amigo Emygdio Gonçalves d’Azevedo, o que sincera­mente estimamos.

C O N T R A S T E

ojjnour

a,-.,

Tu vês essa mulher encantadora Que mostra uma elegancia feiticeira,E trai unicamente em pedrarias A provisão duma fam ilia inteira?

Passeia rium caleche descoberto,A o trote de fogosos alazões;A casta f lo r da honra, essa mulher Vendeu-a no mais torpe dos leilões.

Agora vês a outra, anniquilada Ao peso dessa dor tão cruciante,Que aperta tristemente ao magro seio O filho idolatrado, agonisante?

A uma presta o mundo as homenagens E mil adoradores sempre tem;A outra vota elle o seu desprego Pelo crime mais v i l . .. o de ser mãe!

Confrange realmente o coração A vista deste quadro aterrador...O mundo adora o vicio luxuoso E calca sempre aos pés o santo amor!

iborj jjo oup znkuóq] ----- -~nij; «ofnov ; ?.fí1iúÍ sínol JoA&Jitfiifô&í ANJQS

L>J A F E S T AA festa formosa de brilhos fulgentes,Proscriptos da sorte, vós vinde animar. Formemos grinaldas de rosas virentes Que as frontes sagradas irão circundar:

No templo d’agora festeja-se o culto D'um novo ideal energico, auda\;Tão grande, tão nobre, que vae tomar vulto E o mundo percorre rium hymno de pa\.

As paginas tristes do livro da Historia São escriptas com sangue da dor sobrehumana Dobrae o joelho! Respeitos e gloria A s cincas illustres de Anthero e Fontana!

Sigamos agora seu trilho brilhante,Que nomes tão santos o povo bemdi\. . .Seja o nosso grito: «Coragem! A vante!»Só temem a lueta cobardes e vis!

'^onotóóLb hlirlfôWtflT D0S Anjos

PENSAMENTOS— .4 poesia é a expressão da Virtude. Uma bella al­

ma e um bei lo talento poético são quasi sempre insepa- f f f l & s v è m apenas da alma, e tanto se pódt manifestar por uma bella acção como por um bello verso.— V . Hugo.

— A bondade da juventude é angélica; a bondade da velhice é divina.— Carmen Sylva.

— Deus, naturalmente, creou as brancas noites de luar, para encher de ideal o amor dos homens.— Guy de Maupassant.

i 3 FOLHETIM

Traducçáo de J. DOS ANJOS

A ULTIMA CRUZADAX I

Os Champaubert tiveram uma filha e o marechal ficou desesperado com isso. Desprezava as mulheres como uns entes inúteis e affligia-se por não poder transmittiraum varão vigoroso o seu nome e o seu titulo. A creança era muito fraca e doente. Entrega­ram n’a a uma ama e depois aos crea­dos. Foi crescendo sem carinhos e sem affeiçóes.

As doenças e a edade tinham aze­dado o gemo despotico do marechal. Não queria vèr nunca a pobre peque­na desprezada.

A creança teria morrido antes do p; e se não a tivessem mettido n’um convento. Naquelle meio novo onde tudo a surprehendia e a reconfortava, a menina Hortênsia de Campaubert foi-se esquecendo da femiha e adqui­riu uma saude façticia.

As ferias pareciam-lhe intermináveis. Tinha uma impaciência enorme de voltar para o convento.

Assistiu ao enterro do pae sem comprehender por que a abraçavam mais qne nos outros dias, por que a lastimavam.

Aos dezenove annos ainda vegetava no convento. A princeza de Cham­paubert abandonara completamente a filha. Hortênsia passava agora ás fe­

rias em casa da tia, a baroneza BosqA melancholia do seu olhar, da sua

voz hesitante, attrahia e provocava a compaixão, e o marquez d'Eguzòn ficou tão perturbado com ísíò, de­pois de um jantar onde ficou ao pé d’ella, que abandonou tres amantes que tinha e pediu a mão da menina Hortênsia de Champaubert.

A princeza, satisfeitíssima por se vef a final livre da filha, deu logo 0 seu consentimento.

Hortênsia submetteu se, com uma apprehensão secreta do desconhecido e com immensa pena do convento.

X II

Amaram-se. Hortênsia era feliz e já não tinha saudades do convento. Fa­zia consistir no marido toda a ventu­ra possivel.

Regina veiu ao mundo no meio

d’esta beatitude profunda, muito tar­de, quando nem o marquez nem a esposa esperavam já ter filhos.

G ivernoulogO a casa. Tratavam n'a com uma especie de devoção. Envol- viam-n'a em rendas como a uma Nos­sa Senhora. O pae e a mãe obede çiam-Jhe, commentavam, como se fossem acontecimentos graves, os seus gritos, os seus sorrisos, as suas lagri­mas.

Educavam-n'a ao Deus dará, sem regra e sem auctoridade. Deixavam- lhe germinar no cerebro fraco lem­branças inexplicadas, phrases de du­plo sentido, gestos de extrema mun- danidade desenvolvidos pelas con­versas que ouvia.

Estudava já o seu papel de parisi­ense, de um ente artificial, todo de nervos, de languidez e de caprichos, inutil e adoravel.

A sr.a d’Eguzon adormecia entre­gue á sua ventura. O acordar foi trá­gico. O homem a quemdedicára todo o seu amor viu-se, por causa de uma questão de corridas, completamente deshonrado.

Descoberta e provada a fraude, o marquez foi expulso de todos os hip- podromos de França e o Wales-Club exigiu a sua demissão.

Tentou ainda pôr-se de pé e pro­vocou successivamcnte todos os mem­bros da commissão que o exauctorá- ra; mas o quinto adversario matou-o, no parque de Soint-Clouds com uma espadeirada no peito.

Hortênsia quando lhe trouxeram o corpo gelado do marido:

| Continua).

O D O M I N G O 3

Está em arranjo o relo­gio da freguezia, pelo nos­so amigo e habil relogoei- ro, Avelino Marques Con­tramestre.

Na noite de 11 do cor­rente, José Cambita, já muito conhecido pelas suas proezas, quando embriaga­do, provocava na rua do Caes com palavras obsce­nas todas as pessoas que alli passavam.

Nestas occasiÕes lem­bra-nos bastante a falta de policia.

Queixou-se-nos o sr. Joa­quim de Sousa Ferra, que se lhe perderam tres báco­ros desde o Samoco até Aldegallega, sendo o cami­nho d estes por S. Francis­co.

ANNIVERSARIOS

Completou no dia 8 do corrente o seu i.° anniver- sario natalicio a gentil me nina Elvira, filha do nos­so estimável amigo, sr. Edmundo José Rodrigues.

Tambem completou no dia 9 d’este mez o 2.° anni- versario natalicio a linda menina Maria Antonia, fi­lha do nosso bom amigo, Antonio Santos Fernandes, digno segundo tenente da armada.

Aos paes das gentis creanças, enviamos as nos­sas sinceras felicitações.

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U e iiv r a n e e

A ex.ma sr.a D. Maria An tonia Ventura Fernandes, esposa do nosso presado amigo Antonio Santos Fer­nandes, digno segundo te nente da armada, deu á luz com a maior felicidade, no dia 8 do corrente, uma lin­da creança do sexo femi­nino, pelo que lhe envia mos as nossas felicitacões.

NECROLOGIA

Falleceu hontem, pelas 9 horas da manhã, Francis­co Gouveia, pae dos nos­sos amigos Jacintho Gou­veia, Annibal Gouveia, An tonio Gouveia, e José Antonio Gouveia.

Aos nossos amigos e sua mãe os nossos sentidos pezames.

AGRICULTURA

vrando-as ao mesmo tem- 30 do mal que lhes queima a rama, offendendo o tu­bérculo.

O processo é simples e xirato: com um canivete, ou navalha bem afiada, cor- ta-se os cucurutos das ba- ateiras, deixando-lhes ape­

nas algumas folhas a reves­tir-lhe os talos. Esta opera­ção faz-se quando as plan­tas estão para dar flôr.

Outras pessoas tem ex­perimentado, e dizem que tambem com bom exito, cortar-lhe a flôr unicamente pelo pé, quando ella quer abrir. Mas isto sae muito dispendioso, pois é neces­sário que alguem esteja constantemente na planta­ção em cada desabrochar das flôres, que é sempre irregular.

Em varios pontos da França procedem por ou­tra fórma com o mesmo fim. Quando dão a ultima sacha aos batataes, fazem amon- tôa junto de cada pé, ao mesmo tempo que o traba­lhador, pondo o seu pé so­bre o da batateira e dei­tando-lhe a rama para o lado, carrega de maneira-a aleijar a planta a ponto de ficar tombada.

Qualquer d’estes proces­sos, como muito bem se comprehende, tem por fim fazer refluir a seiva para as batatas, creando-as gros­sas e em maior porção, em vez de perder-se na rama inutilmente.

Pouco custará pôr em pratica um dos tres proces­sos apontados, aquelle que melhor pareça ao cultiva­dor. Aconselhamos-lhe até que experimente em meia duzia de pés de um batatal e que compare a producção destes com a producção dos pés em que não fizer experiencia.

A desponta tias batatei­ras J v-

Ha quem use, e com bom resultado, o seguinte pro cesso de augmentar a pro ducção das batateiras, li

SECOAO L1TTERÀRIAA VIDA N’ALDEIA

iA h i v em » s e n h o r d o u to r

.Continuação)

Em breve, tiveram o des­gosto, de perder sua mãe. Passados annos, Mathias e Fernando casaram, indo João viver em companhia do primeiro. Dahi a pouco era Mathias pae duma for­mosa menina que recebeu o nome de Esther e Fernan­do, dum rapaz que foi ba- ptisado com o nome de Au­gusto.

Infelizmente, ainda para aquella honrada familia, não tinha passado a epocha das duras provações. Quando a felicidade lhes sorria, quando orgulhosos pela ventura que disfructavam, sonhavam um porvir cheio

de risonhas esperanças, veiu a desgraça e o lucto lançal-os no desespero e quasi endoidecel-os de pai­xão.

Foi no dia em que Fer­nando fazia annos. Parecia que a natureza se associa­va áquella festa intima e amoravel.

Um sol explendido illu- minava prodigamente o modesto jardim onde se realisava o jantar destinado a festejar condignamente o anniversario do amphy- trião.

Terminado o pequeno banquete, recolheram-se aos quartos que Fernando tinha mandado preparar para seus irmãos e cunha­da ; mas, pela noute adean- te acordaram aos lancinan­tes gritos de fogo.

O descuido dum crea- do, num trágico instante, lançou o desgosto e a tris­teza no coração daquelles que umas horas antes se julgavam os filhos dilectos da Fortuna.

Mathias a custo salvou seu irmão João e a filha. Fernando louco de dôr, conseguiu arrancar á mor­te seu filho, e tentou dis­putar ás chammas sua espo­sa e cunhada, mas só trou­xe dois cadaveres! Um horror!

Fernando victima das queimaduras e do desgosto que soffreu, poucos dias sobreviveu á esposa que elle adorava.

Presentindo a morte pró­xima, fez jurar a Mathias, que seria para Augusto um segundo pae, e entregou- lhe legalmente a adminis­tração dos bens que a seu filho cabiam.

Mathias assim fez.(Continua.)

(IS NOSSOS ASSI GNANTESAccusamos as scgíiin-

tes assiguatnras recebi­das

Dos exm."(srs. :

José dos Santos Olivei­ra, um anno, iooo réis.

Ambrosio da Silva, um semestre, 5oo réis.

Othelo Este ves Braga, um semestre, 5oo réis.

Joaquim Fernandes P i- nhão, um semestre, 5oo réis.

Joaquim de Sousa Ferra, um semestre, 5oo réis.

(Continua)Asslgnatnras de foraSalbino José Gonçalves,

um semestre, 5oo réis.Francisco Firmino, um

semestre, õoo réis.Hypolito Victorino Fer­

rão, um semestre, 5oo réis.

Joaquim Ferreira de Sou­sa, um anno, iooo réis.

Christiano Peres da Sil­va, um trimestre, 25o réis.

José Maior um semestre, 5oo réis.

Augusto Casimiro Ta­vares, um trimestre, 25o réis.

Antonio Rodrigues Sa- moreno, um semestre, 5oo réis.

Julio Cesar de Castro, um semestre, 5oo réis.

Sociedade P hylarmonica União e Trabalho, um se­mestre, 5oo réis.

Dr. Celestino d’Almeida, um semestre, 5oo réis.

Francisco Nunes Mar­ques, um semestre, 5oo réis.

D. Elisia Amelia da Con­ceição, um semestre, 5oo réis.

Joaquim da Silva, um anno, iooo réis.

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José Corrêa, um semes­tre, 5 oo réis.

José Maria de Sousa, um anno, iooo réis

Manuel AfTonso Costa, um anno, iooo réis.

Manuel Luiz da Cunha, um semestre, 5oo réis.

Antonio Lopes, um se­mestre, 5oo réis

D. Adelina Ferreira, um anno, iooo réis.

Alfredo da Silva, um an­no, iooo réis.

Miguel de Jesus Callado, um anno, iooo réis.

Francisco Marques, um anno, iooo réis.

João Narcizo da Cunha, um semestre, 5oo réis.

Joaquim Mesquita, um anno, iooo réis.

Manuel dAlmeida, um anno, iooo réis.

D. Antonia Silva, um anno, iooo réis.

Antonio Maria Ferreira, um anno, iooo réis.

Luiz da Rocha, um anno, iooo réis.

Virgilio Marques, um anno, iooo réis.

Nicolau Ferreira, uman- no, iooo réis.

Manuel Fernando da Sil­veira, um semestre, 5oo réis.

Izidoro dos Santos Cal­lado, um anno, iooo réis.

Manuel Esteves Braga, um a nno, iooo réis.

Estevam Ignacio Namo­rado, um semestre, 5oo réis.

Paulo d’Araújo, um an no, iooo réis.

Carlos Sousa, um anno, iooo réis.

(Continua)

ANNUNCIOS

JOMAES. Ha para vender differen­

tes collecções de jornaes antigos e modernos.

Nesta redaccão se trata.

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PEDIDOS A L U C A S & C.A — ALDEGALLEGA

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