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  • LNG

    UAPO

    RTUG

    UESA

    Verso do Professor

    GESTAR IIPROGRAMA GESTODA APRENDIZAGEM ESCOLAR

    LNGUA PORTUGUESAANLISE

    LINGSTICA E ANLISELITERRIA AAA2

    GESTAR II

    Ministrioda Educao

    Acesse www.mec.gov.br ou ligue 0800 616161

    GESTAR IIPROGRAMA GESTODA APRENDIZAGEM ESCOLAR

  • Presidncia da Repblica

    Ministrio da Educao

    Secretaria Executiva

    Secretaria de Educao Bsica

  • PROGRAMA GESTO DAAPRENDIZAGEM ESCOLAR

    GESTAR II

    FORMAO CONTINUADA DE PROFESSORES DOS

    ANOS/SRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

    LNGUA PORTUGUESA

    ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 2

    ANLISE LINGSTICA E ANLISE LITERRIAVERSO DO PROFESSOR

  • Programa Gesto da Aprendizagem Escolar - Gestar II

    Guias e ManuaisAutoresElciene de Oliveira Diniz BarbosaEspecializao em Lngua PortuguesaUniversidade Salgado de Oliveira/UNIVERSO

    Lcia Helena Cavasin Zabotto PulinoDoutora em FilosofiaUniversidade Estadual de Campinas/UNICAMPProfessora Adjunta - Instituto de PsicologiaUniversidade de Braslia/UnB

    Paola Maluceli LinsMestre em LingsticaUniversidade Federal de Pernambuco/UFPE

    IlustraesFrancisco Rgis e Tatiana Rivoire

    Diretoria de Polticas de Formao, Materiais Didticos e deTecnologias para a Educao Bsica

    Coordenao Geral de Formao de Professores

    Lngua PortuguesaOrganizadoraSilviane Bonaccorsi Barbato

    AutoresCtia Regina Braga Martins - AAA4, AAA5 e AAA6Mestre em EducaoUniversidade de Braslia/UnB

    Leila Teresinha Simes Rensi - TP5, AAA1 e AAA2Mestre em Teoria LiterriaUniversidade Estadual de Campinas/UNICAMP

    Maria Antonieta Antunes Cunha - TP1, TP2, TP4, TP6e AAA3Doutora em Letras - Lngua PortuguesaProfessora Adjunta Aposentada -Lngua Portuguesa - Faculdade de LetrasUniversidade Federal de Minas Gerais/UFMG

    Maria Luiza Monteiro Sales Coroa - TP3, TP5 e TP6Doutora em LingsticaUniversidade Estadual de Campinas/UNICAMPProfessora Adjunta - Lingstica - Instituto de LetrasUniversidade de Braslia/UnB

    Silviane Bonaccorsi Barbato - TP4 e TP6Doutora em PsicologiaProfessora Adjunta - Instituto de PsicologiaUniversidade de Braslia/UnB

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)Centro de Informao e Biblioteca em Educao (CIBEC)

    Programa Gesto da Aprendizagem Escolar - Gestar II. Lngua Portuguesa: Atividades de Apoio Aprendizagem 2 - AAA2: anlise lingstica e anlise literria (Verso do Professor). Braslia: Ministrioda Educao, Secretaria de Educao Bsica, 2008.162 p.: il.

    1. Programa Gesto da Aprendizagem Escolar. 2. Lngua Portuguesa. 3. Formao de Professores. I.Brasil. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Bsica.

    CDU 371.13

    DISTRIBUIOSEB - Secretaria de Educao Bsica

    Esplanada dos Ministrios, Bloco L, 5o Andar, Sala 500CEP: 70047-900 - Braslia-DF - Brasil

    ESTA PUBLICAO NO PODE SER VENDIDA. DISTRIBUIO GRATUITA.QUALQUER PARTE DESTA OBRA PODE SER REPRODUZIDA DESDE QUE CITADA A FONTE.

    Todos os direitos reservados ao Ministrio da Educao - MEC.A exatido das informaes e os conceitos e opinies emitidos so de exclusiva responsabilidade do autor.

  • MINISTRIO DA EDUCAO

    SECRETARIA DE EDUCAO BSICA

    PROGRAMA GESTO DAAPRENDIZAGEM ESCOLAR

    GESTAR II

    FORMAO CONTINUADA DE PROFESSORES DOS

    ANOS/SRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

    LNGUA PORTUGUESA

    ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 2

    ANLISE LINGSTICA E ANLISE LITERRIAVERSO DO PROFESSOR

    BRASLIA2008

  • Apresentao..........................................................................................................7

    Introduo..........................................................................................................9

    Unidade 5: Gramtica: seus vrios sentidos.................................................................11Aula 1: Uma palavra s...........................................................................................13Aula 2: Jogos de palavras.........................................................................................17Aula 3: Uma placa na horta.....................................................................................20Aula 4: Refletindo sobre a lngua..............................................................................23Aula 5: O primeiro dia de aula..................................................................................28Aula 6: Participando de um debate...........................................................................35Aula 7: Um fato marcante........................................................................................37Aula 8: Revisando o texto........................................................................................39Correo das atividades........................................................................................43

    Unidade 6: A frase e sua organizao.........................................................................49Aula 1: Balada do rei das sereias...............................................................................51Aula 2: A pontuao e o sentido da frase....................................................................55Aula 3: A entoao e o sentido da frase......................................................................59Aula 4: A organizao da frase.................................................................................61Aula 5: Observando uma imagem............................................................................66Aula 6: Escrevendo a partir da observao de imagem.................................................69Aula 7: Reescrita de fbula......................................................................................72Aula 8: Reescrevendo frases....................................................................................75Correo das atividades........................................................................................81

    Unidade 7: A arte: formas e funo...........................................................................87Aula 1: Manifestaes artsticas.................................................................................89Aula 2: Composio usando sons.............................................................................92Aula 3: Criando uma coreografia..............................................................................95Aula 4: Teatro: O cavalinho azul..............................................................................98Aula 5: Dramatizando o texto teatral......................................................................104Aula 6: Leitura de quadro de Magritte......................................................................106Aula 7: Criando o poema......................................................................................109Aula 8: Recriao de quadro de Portinari.................................................................113Correo das atividades........................................................................................119

    Unidade 8: A linguagem figurada............................................................................123Aula 1: Metfora..................................................................................................125Aula 2: Trabalhando com a linguagem figurada.........................................................130Aula 3: Como se fosse publicitrio..........................................................................133Aula 4: Um poema de amor...................................................................................136Aula 5: A linguagem figurada num poema de amor....................................................140Aula 6: Conflito de geraes..................................................................................142Aula 7: Uma cidadezinha qualquer.........................................................................145Aula 8: Um pouco mais de linguagem figurada.........................................................149Correo das atividades.......................................................................................155

    Sumrio

  • Apresentao

    Caro Professor, cara Professora,

    O segundo caderno de Atividades de Apoio Aprendizagem em Lngua Portuguesatem como base o contedo do caderno de Teoria e Prtica 2, que trata de questes sobrea anlise lingstica e a linguagem da arte, especialmente a literria. Tais questes estosempre relacionadas ao trabalho com o texto e percepo dos fatos da lngua.

    O caderno composto de quatro unidades, cada uma com oito aulas. As atividadesde apoio aprendizagem tm como finalidade propiciar o exerccio e a aplicaoprtica dos contedos tericos apresentados no caderno de Teoria e Prtica 2 e odesenvolvimento de habilidades a eles relacionadas. O ponto de partida das aulaspropostas sempre o texto, selecionado nas suas vrias modalidades, de modo adespertar o interesse dos alunos do Ensino Fundamental II e satisfazer experincias egostos diversos.

    As aulas devero ser escolhidas tendo em vista sua adequao ao nvel da turma,ao contedo a ser aprendido e s habilidades que se quer desenvolver nos alunos.Para isso, preciso que o conjunto de atividades correspondente a cada unidade sejamuito bem conhecido pelo professor. Elas podero ser dadas na seqncia em queaparecem no caderno, ou naquela que for considerada mais eficaz tendo em vista anecessidade dos alunos.

    Esperamos que nossas propostas contribuam para uma prtica pedaggicamotivadora dos melhores resultados.

    Bom trabalho a todos!

  • Introduo

    Caro Professor, cara Professora,

    Neste caderno propomos atividades de apoio aprendizagem dos alunos referentess quatro unidades do caderno de Teoria e Prtica 2 de Lngua Portuguesa, que abordam,respectivamente, os seguintes assuntos:

    Gramtica: seus vrios sentidos A frase e sua organizao A arte: formas e funo A linguagem figurada

    Como se pode perceber, as duas unidades iniciais privilegiam questes de anliselingstica, ao passo que as duas ltimas contemplam o papel e as caractersticas dalinguagem da arte, com destaque para a linguagem figurada, que elemento constantena obra literria.

    Na Unidade 5, as aulas propostas objetivam desenvolver no aluno as seguinteshabilidades: Ler e entender texto narrativo ficcional. Perceber o carter ldico da lngua. Observar palavras e refletir sobre aspectos fonticos, morfolgicos e semnticos

    da lngua para entender alguns de seus mecanismos. Desenvolver a fluncia por meio de leitura de trava-lnguas. Perceber que a interao comunicativa independe do conhecimento da lngua

    padro. Compreender que todo falante da mesma comunidade lingstica possui a gramtica

    internalizada. Identificar possibilidades de significao decorrentes do contexto e da escolha das

    estruturas lingsticas. Observar as dimenses semntica, sinttica e pragmtica de textos e refletir sobre

    elas. Desenvolver a gramtica implcita por meio de transformao de textos. Observar estruturas lingsticas do texto. Desenvolver e aperfeioar a expresso oral. Perceber a organizao do texto narrativo por meio de segmentao. Produzir narrativa de memrias. Revisar o texto para encontrar possibilidades de melhor expresso.

    As atividades sugeridas na Unidade 5 procuram tanto mostrar que impossvel usara lngua sem a gramtica internalizada quanto aprimorar a reflexo do aluno sobre alngua.

    Na Unidade 6, as aulas continuam a trabalhar com a anlise da lngua, de modo adesenvolver no aluno estas habilidades: Compreender o papel da entoao e da pontuao para o sentido da frase. Perceber as condies para a construo de uma orao bem formada. Perceber a importncia da situao e do contexto para o entendimento da frase

    sem verbo.

  • Observar imagem e perceber detalhes. Produzir texto descritivo a partir da observao de imagem. Opinar sobre os textos produzidos. Perceber possibilidades de organizao dos perodos no texto produzido. Reescrever perodos.

    Nesta Unidade, as atividades de apoio detm-se nas possibilidades lingsticas deorganizao do texto, de modo a desenvolver no aluno a competncia para interpretar ecriar textos adequados.

    As aulas da Unidade 7 estabelecem interdisciplinaridade com Artes, especialmentecom a msica e a pintura, e com Educao Fsica, com relao aos movimentos corporais,e objetivam as habilidades: Perceber as manifestaes artsticas existentes no cotidiano. Representar uma forma de arte por meio de composio com materiais diversos. Perceber sons tpicos de cidades e da natureza. Produzir sons imitativos com os recursos do prprio corpo. Criar composio de sons imitativos. Perceber movimentos. Criar coreografia com imitao de movimentos e sons. Perceber caractersticas do gnero dramtico. Interpretar e dramatizar texto teatral. Perceber o papel da fantasia na criao da obra de arte. Interpretar pintura surrealista. Interpretar poemas concretos. Criar poema combinando palavras. Conhecer verso de obras de pintores famosos. Recriar obra de pintor famoso.

    As idias bsicas que do sustentao s atividades sugeridas nesta Unidade so: aarte uma forma de conhecimento relacionada ao cotidiano, sendo um convite (re)interpretao do mundo.

    Na Unidade 8, as aulas sugeridas procuram desenvolver no aluno as seguinteshabilidades: Entender o mecanismo de formao das figuras de linguagem. Interpretar imagem visual e verbal em propaganda. Criar propaganda utilizando imagem visual e linguagem metafrica. Interpretar poema. Perceber os recursos lingsticos e expressivos do poema e o efeito de sentido que

    causam. Produzir poema com tema relacionado ao do texto analisado. Perceber a diferena entre usos da linguagem com finalidade estilstica e usos que

    indicam deficincia de redao.

    As atividades de apoio esto centradas no mecanismo de criao das figuras delinguagem, sendo pouco importante a terminologia classificatria.

    Ao final de cada unidade, so apresentadas as respostas esperadas ou possveis decada atividade, com o intuito de contribuir para o trabalho do professor.

  • ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 2

    ANLISE LINGSTICAE ANLISE LITERRIA

    UNIDADE 5GRAMTICA: SEUS VRIOS SENTIDOS

  • 13

    Aula 1Uma palavra s

    Ler e entender texto narrativo ficcional.

    Observar palavras e refletir sobre a sua formao.

    Objetivos

    Ao ensinar a lngua materna, uma das melhores atitudes que o professor pode ter ajudar os alunos a observar a lngua e a tirar concluses sobre ela, a partir da gramticainternalizada que tm. Essa a base da gramtica descritiva e do ensino reflexivo.

    Nesta aula os alunos faro previses sobre o texto e as confirmaro ou no aps a leitura.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Uma palavra sAul

    a 1

    O texto Uma palavra s tematiza o processo de compreenso do sistema deescrita alfabtica, de modo realizado de maneira semelhante que ocorre no ensinoreflexivo. O personagem principal, um prncipe, aprende a ler e a escrever observandoas palavras e descobrindo como eram formadas.

    Antes de iniciar a leitura, desperte o interesse pelo texto orientando-se pela introdu-o da aula.

    O texto relata as descobertas ortogrficas do prncipe; medida que ler cada trechoque as narra, escreva a palavra na lousa, com letras maisculas, para que o alunoperceba o raciocnio do personagem ao observar a palavra exclusivamente.

  • 15

    Gramtica: seus vrios sentidos

    Uni

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    5

    Faa mediaes para auxiliar a turma a perceber os seguintes pontos:

    9A descoberta das letras e suas combinaes assemelha-se a um jogo;

    9 Assim como preciso prestar ateno a qualquer tipo de jogo para ganhar,tambm para descobrir as letras e suas combinaes preciso observar e refletir;

    9O fato de ser uma artista de circo quem descortina o mundo das letras parao prncipe sugere a magia das palavras e a quantidade incrvel de combinaes queelas propiciam.

    Chame ateno para os dados autobiogrficos de ngela Lago. Se tiver oportunida-de, acesse o site, que bastante rico.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Uma palavra sAul

    a 1 Sugesto: Ao final da aula, esclarea a noo de gramtica internalizada. Os alu-

    nos costumam achar que no sabem gramtica e que somente na escola que conse-guiro aprend-la. Mostre que se enganam ao pensar assim, pedindo-lhes que faamcomentrios sobre fatos da lngua cujas regras eles conhecem, ainda que no tenhamnoo disso. Ainda que no tenham visto os assuntos em aula, nenhum dos alunoscomete enganos deste tipo, por exemplo:

    1. Escrever frases com o artigo depois do substantivo;

    2. Confundir o sentido de formas verbais como cantou e estava cantando;

    3. Fazer pergunta direta usando entoao de admirao.

    E assim por diante.

    Deixe claro, no entanto, que a gramtica internalizada no basta para se conheceros recursos adequados da lngua para as diversas situaes de uso. Ela amplia-se cadavez mais medida que o aluno observa os usos da lngua e tira concluses sobre omodo como ela funciona. Destaque a importncia da leitura e da produo de textos denatureza diversa para o desenvolvimento da competncia lingstica do aluno.

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    Gramtica: seus vrios sentidos

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    5Aula 2Jogos de palavras

    Perceber o carter ldico da lngua.

    Refletir sobre aspectos fonticos, morfolgicos e semnticos da lngua para entenderalguns de seus mecanismos.

    Desenvolver a fluncia por meio de leitura de trava-lnguas.

    Objetivos

    Os jogos com palavras constituem uma das maneiras mais agradveis e curiosas deinteressar o aluno pela lngua. O professor deve incentivar a percepo do som, daestrutura e da grafia das palavras e a variao das combinaes de letras e slabas.

    Nesta aula, os alunos vo brincar com a sonoridade, a constituio e o sentido daspalavras. Se julgar conveniente, organize grupos de alunos e determine um tempo paraque resolvam cada exerccio.

    Se perceber que h dificuldades, auxilie coletivamente fornecendo dicas para cadaexerccio:

    1. A palavra inicia e termina com a mesma letra. mais fcil trabalhar compalavras de duas slabas.

    Observao: Esse tipo de palavra conhecido como palndromo, assim como asfrases que tm a mesma propriedade, por exemplo:

    Socorram Marrocos!

    Subi no nibus.

    Oto come mocot.

    2. Escrever a palavra Aurlio com letras maisculas; riscar letras de vriosmodos possveis para observar as que restam e as combinaes possveis.

    3. Trocar as letras em seqncia cada vez mais prxima da palavra final.

    4. A semelhana est no som das palavras, e a graa, na diferena de sentidoque d um resultado inesperado.

    5. mais fcil trabalhar com palavras de trs ou mais slabas.

    Se julgar que o nvel de dificuldade do exerccio 5 muito alto, trabalhe apenascom as palavras, dispensando a criao de frases.

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    Jogos de palavrasAul

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    Gramtica: seus vrios sentidos

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    Atividade oral: Oriente a turma para facilitar a prtica da repetio de trava-lnguas:ler inicialmente devagar, pronunciando todas as letras; medida que a pronncia for setornando fcil, aumentar a rapidez da leitura.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Aula 3Uma placa na horta

    Perceber que a interao comunicativa independe do conhecimento da lngua padro.

    Compreender que todo falante da mesma comunidade lingstica possui a gramticainternalizada.

    Identificar possibilidades de significao decorrentes do contexto e da escolha das estru-turas lingsticas.

    Objetivos

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    Gramtica: seus vrios sentidos

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    5

    Insistimos na necessidade de que o aluno perceba que no existe apenas umagramtica da lngua portuguesa, ou seja, a gramtica normativa, ainda hoje bastanteensinada nas aulas de Portugus. H duas outras gramticas, a internalizada e a descriti-va, que devem ser consideradas no ensino da lngua materna. Discuta com os alunosquestes referentes gramtica internalizada. A observao da imagem no material doaluno auxilia a percepo e compreenso desse assunto.

    Oriente o aluno a observar a imagem: cor, linhas, objetos representados, detalhes,etc. possvel que alguns estranhem os problemas de ortografia do texto; assim, inicie aexplorao do texto pedindo a um aluno que leia e, aos demais, que observem como apronncia facilita o entendimento. Comente sobre a eficcia da interao comunicativa,que acontece mesmo que um dos interlocutores no domine a lngua padro. Nessemomento, refira-se novamente ao papel da gramtica internalizada: quem escreveu aplaca desconhecia regras de ortografia, mas se fazia entender, caso contrrio no tera-

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Uma placa na hortaAul

    a 3 mos compreendido a informao nela apresentada. No deixe, contudo, de chamar a

    ateno para a importncia do conhecimento progressivo da lngua e o papel da leitura eproduo de textos nesse trabalho.

    Sugesto: os alunos podero pesquisar, na cidade em que moram, placas e anncios deprodutos e servios e fazer uma coleo de textos para exame e discusso de significados,estruturas lingsticas inadequadas e reescrita dos textos utilizando o padro culto.

  • 23

    Aula 4Refletindo sobre a lngua

    Observar as dimenses semntica, sinttica e pragmtica de textos e refletir sobre elas.

    Desenvolver a gramtica implcita por meio de transformao de textos.

    Objetivos

    Inicie a aula discutindo a seguinte questo: nas aulas de Lngua Portuguesa, degrande importncia estar atento aos significados do texto; menos importante preocupar-se com a nomenclatura.

    Proponha ento o primeiro exerccio e observe se os alunos entenderam a anedota.Ajude-os a perceber o sentido de antes e depois usando exemplos familiares a eles(antes do intervalo, depois do lanche) e a correspondncia entre os advrbios agora/ hoje; antes / amanh; depois / ontem.

    No exerccio 2, chame a ateno para o poema narrativo, j que os alunos costu-mam pensar que a narrao de fatos s se apresenta nos textos em prosa. Para mostrar adiferena entre um fato contado em 1 pessoa e o mesmo fato contado em 3, useacontecimentos do cotidiano da turma; ajude-os a perceber que a narrao em 1 pessoa mais subjetiva, por isso passa uma idia mais forte de verdade, de algo realmentevivido.

    A base do humor no texto do exerccio 3 , como em tantas outras anedotas, aconfuso provocada por mais de um sentido de uma palavra (polissemia). Voc podepedir turma que recolha outras anedotas que se caracterizam pela mesma base dehumor e organize uma coletnea com elas.

    O exerccio 4 trabalha com coeso. Depois de resolvido, amplie o trabalho comesse tema pedindo aos alunos que faam substituies semelhantes em outros textos ouem listas do tipo:

    Ronaldo, o Fenmeno = o jogador, o esportista, o rapaz, o craque, o artilheiro, etc.

    Lus Igncio Lula = o presidente, o ex-metalrgico, o petista, o filho de Garanhuns, etc.

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    Refletindo sobre a lnguaAul

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    O primeiro dia de aulaAul

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    Aula 5O primeiro dia de aula

    Interpretar texto narrativo de memrias.

    Observar estruturas lingsticas do texto.

    Objetivos

    Desperte nos alunos o desejo de ler o texto: faa perguntas sobre o que seria umaexperincia difcil no primeiro dia de aula na escola. Oua as opinies, incentive comen-trios e passe leitura do texto.

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    Gramtica: seus vrios sentidos

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    5

    Explore algumas estruturas do texto que contribuem para o desenvolvimento dapercepo dos recursos lingsticos, por exemplo:

    A linguagem coloquial: uso das formas a gente, t, estar apertado porprecisar ir ao banheiro, ligar no sentido de importar-se, p..., assistindo aula, emvez de assistindo aula, ir no banheiro, em vez de ao banheiro...

    O foco narrativo em 1 pessoa, essencial narrativa de memrias ou autobiogrfica...

    O tom de quem conversa com o leitor: Imagine. Seis anos.; quando voc temvontade de fazer xixi, vai e faz.; Sabe por qu? por que j estava passando outrofilme na cabea deles.

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    O primeiro dia de aulaAul

    a 5 A seqncia de aes expressas por oraes curtas em um s pargrafo: Bom,

    da a aula comeou, teve recreio, eu no conhecia ningum, tirei um sanduche dalancheira, o lanche sempre ficava com um gosto de plstico por causa da lancheira, maseu no sabia disso ainda, porque era a primeira vez que eu usava lancheira, ento tocouo sinal e fui de novo para a classe.

    Acompanhe a elaborao dos exerccios sobre o texto. Detenha-se na atividade 4,que trata da adequao da linguagem situao e ao momento da interao. Incentive aturma a dar outros exemplos em que a maneira de dizer, o tom do discurso mudam deacordo com as condies da interlocuo.

    Finalize enfatizando que, na comunicao, os interlocutores sempre tm intenes,as mais variadas, e a lngua dispe de recursos para mostrar a posio do falante emrelao ao que ele diz.

    Sugesto: D um tempo para que os alunos pratiquem a leitura oral do texto.Proponha a leitura e observe o desempenho de cada um para identificar as dificuldadese auxiliar os menos fluentes.

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    O primeiro dia de aulaAul

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    Aula 6Participando de um debate

    Desenvolver e aperfeioar a expresso oral.

    Levantar argumentos de acusao e de defesa.

    Objetivos

    Professor, nesta aula voc vai conduzir um debate e poder observar como osalunos se comportam nesse tipo de situao.

    Para que o debate atinja seus objetivos, preciso que o professor e os alunostenham um relacionamento de amizade, confiana e respeito mtuo, de modo que aargumentao no se perca no atalho das questes pessoais.

    Explique o que um debate e as regras que o presidem, como:

    Esperar a vez de falar;

    Ouvir opinies contrrias sem se irritar;

    Ter pacincia para ouvir a fala do outro at o fim, de modo a no interromp-la;

    Procurar ter opinies isentas de questes pessoais;

    Lembrar sempre que o debate em aula um exerccio de reflexo e comunica-o, jamais uma disputa entre grupos rivais para ver qual deles ganha...

    Estabelea regras claras, escrevendo-as na lousa, e determine um tempo para o debate.

    Lembre-se de que no necessrio que uma opinio final seja aceita integralmen-te. Em grande parte dos debates, ambos os grupos apresentam bons desempenhos, quesomam maior habilidade de convencer em relao a algumas idias e menor, em outras.

    Faa duas colunas na lousa para listar os argumentos mais fortes de cada grupo. Nofinal, discuta as qualidades que tornaram tais argumentos mais eficazes.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Participando de um debateAul

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    Gramtica: seus vrios sentidos

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    5Aula 7Um fato marcante

    Perceber a organizao do texto narrativo por meio de segmentao.

    Produzir narrativa de memrias com organizao semelhante do texto estudado.

    Objetivos

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Um fato marcanteAul

    a 7 Esta aula retoma o texto Elefantes, de Marcelo Coelho, e trabalha com a organiza-

    o da narrativa por meio de segmentao.

    Pea que os alunos releiam o texto silenciosamente para recuperarem o enredo.

    Depois de verificar se no h dvidas no entendimento, explique que o texto lidotem comeo, meio e fim, como na maioria das narrativas. A ordem do texto estabeleci-da por pedaos que se organizam de acordo com a seqncia dos fatos, pelas relaesentre eles e por certas palavras que funcionam como pistas para o leitor, por exemplo:Imagine. Seis anos.; At que chegou o dia...; Mas a vieram os problemas., aseqncia de concluses A coisa mais bvia..., Outra coisa que..., Mais umacoisa.

    Escreva o incio e o final do primeiro segmento para que a turma tenha um exemplode como fazer o exerccio.

    Aps a correo, proponha a produo do texto. Se algum aluno no se lembrardo primeiro dia em que foi escola, sugira que ele conte um fato marcante que aconte-ceu com ele. Ressalte que a organizao do texto deve ser semelhante de MarceloCoelho. Tal observao importante para que os alunos construam seu texto orientando-se por um exemplo de qualidade.

    desejvel que a primeira verso do texto seja escrita em papel de rascunho, poisos alunos devero, posteriormente, fazer a reviso.

    Convide voluntrios para ler o texto que criaram e incentive comentrios.

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    Gramtica: seus vrios sentidos

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    5Aula 8Revisando o texto

    Revisar o texto para encontrar possibilidades de melhor expresso.

    Refletir sobre o texto orientando-se por roteiro.

    Objetivos

    Nesta aula, comunique aos alunos que eles faro a reviso do texto que escreveramsobre o primeiro dia de aula. Mostre a importncia desse trabalho no aprimoramento dalinguagem do texto.

    A reviso e a reescrita de textos envolvem a reflexo sobre os recursos oferecidospela lngua; por isso, fazem parte do ensino produtivo. Apesar de sua inegvel importn-cia, atividades de reviso nem sempre so freqentes nas aulas de produo de textos,talvez porque os prprios autores dos textos no saibam como faz-lo, ou nem desconfi-em de que a primeira verso no deve ser a definitiva . Para que esse trabalho d bomresultado, preciso orientar os alunos. Uma das idias importantes a seguinte: a revisotem vrias camadas, como as cebolas: h uma camada que diz respeito organizaodo texto; outra, adequao ao tema; mais uma, correo da linguagem; e assim pordiante. Portanto, no com apenas uma releitura que se faz uma reviso produtiva. Acada releitura deve corresponder um tipo de questo a ser observada.

    Leia o roteiro de reviso proposto no material do aluno e explique cada item.

    1. Releitura integral do prprio texto;

    2. Exame de cada trecho para perceber se h mudanas que possam torn-los maisclaros ao leitor e reescrita desses trechos;

    3. Observao da grafia de palavras sobre as quais haja dvidas e consulta aodicionrio;

    4. Exame da pontuao;

    5. Verificao da existncia e/ou adequao do ttulo do texto.

    Acompanhe o trabalho de reviso dos alunos. Se necessrio, retome pontos essenciaisde assuntos como pontuao, concordncia, seqncias de idias e outros que se fizeremnecessrios. Deixe claro que voc estar disposio da turma para tirar dvidas.

    Ao final da reviso, o texto deve ser passado a limpo, de preferncia em papel demelhor qualidade que o do rascunho para que o aluno valorize a verso final.

    Sugesto: aps a reviso, proponha que os alunos troquem os cadernos, leiam otexto de um colega e escrevam uma pequena avaliao no final do texto, assinando-a.Isso far que sintam a importncia da reviso e experimentem avaliar a produo docolega e terem a sua avaliada por ele.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Revisando o textoAul

    a 8

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    Gramtica: seus vrios sentidos

    Uni

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    5Correo das atividadesUnidade 5 Gramtica: seus vrios sentidos

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Correo das atividades

    Aula 1

    Atividade 1

    A palavra Eva.

    Atividade 2

    Ele riscou as letras da palavra exclusivamente, deixando apenas e v a.

    Atividade 3

    C, uva, lua, sete, sim, ela.

    Atividade 4

    Resposta possvel: tio, tia, Tita, oco, conto, contista, contorno, torno, tonta, saio, caio,aro, ator, ato, nota, s, caso, torcia, rio, ria, riso, sina, cor...

    Atividade 5

    Resposta pessoal.

    Aula 2

    Atividade 1

    Resposta possvel: osso, ama, ele, asa, erre, esse, radar, arara, anilina...

    Atividade 2

    Resposta possvel: rua, rio, ria, rei, elo, lia, lua, luar, ru, ol, ralo...

    Atividade 3

    a) lobo, bolo, colo, cola, mola, mole, fole, fome...

    b) fora, tora, torra, torna, torno, terno, terna, terra...

    c) lenta, menta, minta, monta, moita, morta, morte, sorte...

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Cor

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    o Atividade 4

    Resposta possvel: Quem a me do po? A meteiga.// Quem a av da horta? Avbora.// Quem a me do mingau? A Mezena.// Quem o dono do cemitrio? Seu Pultura.// Quem o pai do carro? O Painel. // Quem o av do carro? O Volante. // O que ocarro diz quando ele t com fome? Estoufamento.

    Atividade 5

    Resposta possvel:

    Cara+Bina=carabina. Minha cara Bina est no quintal. Minha carabina est no quintal.

    J+nelas=janelas. O vento bate janelas. O vento bate j nelas.

    Cama+leo=camaleo. Para camaleo est frio. Para cama, leo, est frio.

    Aula 3

    Atividade 1

    Trata-se de uma placa pendurada na cerca de uma horta para informar sobre a forma deatendimento (apertando a campainha) e o preo dos ps de alface e de couve.

    Atividade 2

    Resposta possvel: No, apesar dos problemas de ortografia presentes no texto, pois ocontexto permite entender o texto.

    Atividade 3

    Horta de couve. Aperte a campainha e ser atendida. 5 reais o p de alface. 1 real o decouve.

    Atividade 4

    Resposta possvel: No, pois os falantes de uma mesma lngua dominam as estruturaslingsticas devido gramtica internalizada.

    Atividade 5

    Resposta possvel: A horta est cercada, o que sugere que os proprietrios temem furtoda hortalias; h energia eltrica no local; a casa dos proprietrios distante o suficienteda horta, e a campainha faz que percebam a chegada de compradores; os proprietriosfazem propaganda de seus produtos; etc.

    Atividade 6

    Resposta pessoal.

  • 45

    Gramtica: seus vrios sentidos

    Uni

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    5Aula 4

    Atividade 1

    Resposta possvel: Manuel, quando hoje? / Ora, pois, pois: / antes de amanhou depois de ontem!

    Atividade 2

    a) Vagava ela, bbada e contente,

    Na rua, quando de repente

    Viu a coisa preta,

    Rolou na sarjeta

    E um porco deitou-se ao seu lado,

    Tranqilo e acomodado.

    Ficou l, cada,

    Tonta e dolorida.

    Eis quando, naquela hora,

    Passei por ali eu

    De cara orgulhosa,

    E falei, desdenhosa (o):

    Conhece-se um tipo imundo

    Por sua companhia no mundo!.

    Ouvindo isso, o porco,

    Que estava de borco,

    Ergueu-se e zs! Foi-se embora.

    b) Resposta possvel: o fato narrado ficou menos convincente. O uso da 1 pessoa mais adequado porque quem vive o fato tem mais informaes para cont-lo.

    Atividade 3

    a) andar

    b) Ascensorista: um dos pavimentos de um prdio / Visitante: andadura, marchado cavalo.

    c) Registro popular, comum nas regies rurais onde vivem pessoas com poucaescolaridade.

    d) Qualquer um que no seja o trote.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Cor

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    o Atividade 4

    Resposta possvel: o menino = o garoto, o filho, a criana, o insistente, ele, o teimoso / ame = a mulher, ela, a moa / responde = diz, retruca, afirma, ameaa / pede: reclama,retorna, insiste, teima.

    Aula 5

    Atividade 1

    a) A palavra meu, na frase Meu primeiro dia na escola foi bem ruim.

    b) Ele conta que seu primeiro dia na escola foi ruim e que ele j tinha seis anos.

    Atividade 2

    Alegria, ao acertar a resposta; inveja do colega no banco da frente; vergonha, ao fazer xixi nasala.

    Atividade 3

    Ela achava importante a histria sobre os elefantes; no era bom dar moleza aos alunos noprimeiro dia de aula; os alunos inventam que querem ir ao banheiro para no assistir aula.

    Atividade 4

    a) Professora, tenho de fazer xixi., Professora, tenho absoluta urgncia de urinar., Vou dar uma mijada, p.

    b) Resposta possvel: A primeira maneira mais delicada e mostra que o falante foi bem-educado; a segunda indica formalidade, distanciamento, e a terceira, usando vocabulriorude, revela indelicadeza.

    c) Resposta esperada: No se pode falar em maneira certa ou errada de falar, mas sim emmaneira mais, ou menos, adequada ao momento e situao de comunicao.

    Pea aos alunos que relatem dois tipos de situao: aquela em que eles se preocuparam emselecionar modos de dizer que sensibilizasse o interlocutor para o que pretendiam e outra emque essa preocupao no existiu, e o resultado da conversa no foi o esperado. Pergunteque fato da linguagem foi responsvel pelo resultado e que efeito causou.

  • 47

    Gramtica: seus vrios sentidos

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    5Aula 7

    Atividade 1

    Segmentos

    Comentrios do narrador sobre a idade de en-trar na escola e sobre seu perodo pr-escolar.

    Ida para a escola.

    Incio da aula e aparecimento do problema.

    Narrao do desenvolvimento do problema.

    Comentrios do narrador sobre o problema.

    Trechos

    Meu primeiro dia... Era meio chato.

    At que chegou o dia... Que nodava sorte.

    Bom, da a aula comeou... Tinhasido um bom comeo.

    Fui ficando com a maior vontade...Por que no me avisou?

    Eu no soube o que responder... Ele-fantes, por exemplo.

    Atividade 2

    Resposta pessoal.

  • ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 2

    ANLISE LINGSTICAE ANLISE LITERRIA

    UNIDADE 6A FRASE E SUA ORGANIZAO

  • 51

    Aula 1Balada do rei das sereias

    Identificar a funo dos sinais de pontuao no poema.

    Perceber a relao entre entoao e sentido do texto.

    Objetivos

    Explique o que entoao e as variaes de sentido que ela provoca; voc podeexemplificar usando uma frase que se preste a um mesmo pedido feito de trs modosdiferentes - com polidez, com rudeza e em tom de splica - como: Feche a porta..Outra sugesto discutir o efeito da entoao na ironia e no uso de palavras que podemser depreciativas ou elogiosas, por exemplo: Voc realmente um monstro! podesignificar admirao pela competncia de algum em determinada rea, ou repulsa pelacrueldade.

    Prepare a leitura expressiva do poema de Bandeira, pois a sugesto que voc oleia para a turma.

    Ao corrigir a atividade 1, leia as falas do rei como se terminassem com ponto paraque a turma perceba a diferena de pronncia.

    Na atividade 2, possvel que os alunos respondam que a fala das sereias.Sugerimos a seguinte explicao para os alunos: possvel que as palavras sejam ditaspelas sereias, mas tambm pode ser que tenham sido ditas pela voz de quem conta ahistria.

    Depois da atividade oral, possvel pedir a alunos que leiam o poema alteran-do a entoao de modo a produzir diferentes interpretaes dos sentimentos do rei edo narrador.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Balada do rei das sereiasAul

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  • 53

    A frase e sua organizao

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    Balada do rei das sereiasAul

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  • 55

    A frase e sua organizao

    Unid

    ade 6

    Aula 2

    A pontuao e o sentido da frase

    Perceber a importncia da pontuao para o sentido da frase escrita.

    Pontuar frases para estabelecer o sentido.

    Objetivos

    Charadas e desafios constituem maneiras divertidas de aprender certas estruturas

    lingsticas, como as que envolvem pontuao. Mas sabemos que a pontuao, por no

    obedecer apenas a razes lgicas, no assunto fcil. Portanto, a sugesto que essa

    aula seja destinada a alunos de 8a srie.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    A pontuao e o sentido da fraseAul

    a 2 Inicie a aula desafiando a turma a resolver exerccios em que devero pontuar

    frases para que elas adquiram sentido.

    D a dica das palavras que tm o mesmo som e grafia, mas sentido diferente,exemplifique e pea turma que apresente outros casos semelhantes.

    Se voc sentir que h dificuldades, v acompanhando a resoluo de cada exerc-cio e auxiliando com observaes e sugestes. Esclarea a pontuao de cada frase:

    1. a) As aspas indicam a fala de Joo; a vrgula isola a fala do narrador.

    b) A rigor, o nico sinal de pontuao necessrio o ponto final. A vrgula aps oadjunto adverbial no porto facultativa, pois, embora ele esteja em incio de frase, uma expresso curta.

    c) A vrgula isola a forma imperativa com que o falante se dirige ao interlocutor. Oponto de exclamao indica nfase na afirmao.

    d) O ponto-e-vrgula separa a primeira orao da segunda, que necessita de pausamaior que a da vrgula.

    Ao corrigir a atividade 1, pea ao aluno que explique oralmente o sentido de cadafrase que ele pontuou.

    O exerccio 3 complexo; convm resolv-lo juntamente com os alunos. impor-tante que, a cada pontuao, o poema seja lido para que os alunos percebam as diferen-as de entoao e seu efeito nos vrios significados do texto.

  • 57

    A frase e sua organizao

    Uni

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  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    A pontuao e o sentido da fraseAul

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  • 59

    A frase e sua organizao

    Uni

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    6Aula 3A entoao e o sentido da frase

    Compreender o papel da entoao e da pontuao para o sentido da frase.

    Objetivo

    Inicie explicando a atividade da aula. Se julgar conveniente, pea que os alunosformem grupos para preparar a leitura. Defina um tempo para essa atividade.

    Durante a correo, ao ouvir cada frase, pea ao aluno que explique o sentidodela. Solicite turma que comente a leitura e a resposta. Corrija as falhas, que podemser, por exemplo: desconsiderar a pontuao e enganar-se no sentido, ler muito depres-sa, engasgar em certas palavras. Chame ateno para a diferena de sentido em cadafrase. preciso levar em conta que, devido riqueza das variantes de entoao, apontuao apenas sugere certos sentidos.

    As observaes a seguir podem ser feitas sobre cada frase:

    a) H pausa apenas no final da frase, sem nfase em um termo determinado.

    b) Destaca-se o fato de a vizinha sair sem companhia.

    c) Destaque para o perodo em que ela sai: noite.

    d) As reticncias sugerem dvida em relao ao que ser afirmado, ou malcia emrelao vizinha. O conhecimento do contexto e da situao em que houve o ato defala esclareceria o sentido.

    e) Agora a dvida parece estar no perodo em que a vizinha sai, ou malcia emrelao ao que ela faz sozinha noite.

    f) As reticncias podem indicar dvida, censura, malcia, distanciamento em rela-o ao costume da vizinha.

    g) A vizinha sai apenas noite.

    h) A interrogao sugere a confirmao da pessoa que assunto da conversa e, aafirmao, a resposta a uma pergunta do interlocutor sobre os hbitos da vizinha.

    i) Admirao pelo fato de a vizinha sair apenas noite.

    j) A exclamao sugere distanciamento, sonho em relao figura da vizinha. Emseguida, a afirmao sem nfase em um termo determinado, como se o falante tivessevoltado objetividade peculiar informao.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    A entoao e o sentido da fraseAul

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  • 61

    A frase e sua organizao

    Uni

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    6Aula 4A organizao da frase

    Perceber as condies para a construo de uma orao bem formada.

    Compreender o papel da entoao e da pontuao para o sentido da frase.

    Compreender a diferena entre orao e perodo composto.

    Objetivos

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    A organizao da fraseAul

    a 4 Apresente o primeiro conjunto de palavras e pergunte turma: Quem sabe expli-

    car por que as palavras do exemplo no tm sentido? Oua as explicaes dos alunos ecomente as relevantes. Faa o mesmo com o segundo caso Os cachorros imveislevantavam poeira no rio. Observe que, no primeiro, o problema liga-se sintaxe, poisas palavras no foram organizadas adequadamente. O segundo, semntica, por incom-patibilidade entre o sentido das palavras. Comente que o segundo conjunto de palavrasest sendo apresentado como exemplo de frase dita em situao cotidiana de uso dalinguagem e no em texto literrio, em que o uso inovador dos recursos expressivos dalinguagem permite construes estranhas gramaticalidade da frase.

    Discuta com a turma o fato de que, para construir a frase, as palavras so combina-das segundo esquemas da lngua. O falante nativo conhece intuitivamente tais esquemasdevido gramtica internalizada. Assim que aprende a falar, a criana adquire a gram-tica implcita, que a competncia lingstica internalizada sem que se tenha conscin-cia do fato e que inclui as unidades, regras e princpios nos nveis fonolgico, morfolgi-co, sinttico, pragmtico e textual-discursivo. Esse tipo de gramtica responsvel pelouso automtico da lngua e est diretamente relacionado gramtica de uso, ou seja, aque possibilita a algum que nunca estudou a lngua, us-la e obter sucesso na comuni-cao interativa.

    Encaminhe um exerccio de cada vez e acompanhe a resoluo. Chame atenopara o uso de letra maiscula inicial em comeo de frase.

    Na atividade 3, lembre a turma de que, para expressar os sentimentos em certassituaes, usam-se sinais de pontuao combinados, por exemplo: Que horror!!...,Quem diria?!!.

    Na atividade 7, o aluno poder usar conjunes independentemente da explicaodo professor, pois tem o conhecimento intuitivo do assunto.

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    A frase e sua organizao

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  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    A organizao da fraseAul

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    A frase e sua organizao

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    Observando uma imagemAul

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    Aula 5Observando uma imagem

    Observar imagem e perceber detalhes.

    Produzir texto descritivo a partir da observao de imagem.

    Empregar frases nominais no texto.

    Opinar sobre os textos produzidos.

    Objetivos

    Inicie esclarecendo a proposta da aula. A seguir, pea aos alunos que observem aimagem, pois perguntas sero feitas para descobrir quem capaz de olhar com muitaateno os elementos que a compem.

    Algumas observaes que podem ser feitas na atividade oral:

    9Algumas imagens no aparecem por inteiro: o homem esquerda, o cartaz nafrente do homem, o menino do rgo, o que toca bateria. O homem parece ser adulto; ocartaz com fotos pode ser um dos elementos de propaganda da banda; os responsveispela bateria devem tambm ser meninos, assim como os dois da frente; talvez se trate deuma apresentao de alunos, e o homem seja um professor.

    9 Uma descrio resumida da imagem poderia ser a seguinte: trata-se de umabanda formada por meninos: um toca rgo; outro, violo; um terceiro toca bateria e oquarto canta, com o microfone na mo. Esto em uma cidade, ao ar livre, e h carrosestacionados no meio-fio.

    Proponha a produo do texto e esclarea que preciso usar frases nominais nostrechos em que se mostrarem adequadas. Se necessrio, relembre o que frase nominal.

    Na leitura e avaliao dos textos, cuide para que os alunos faam crticas res-peitosas e teis.

    Se achar adequado, pea que cada aluno proceda reviso e reescrita do texto.

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    A frase e sua organizao

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    Observando uma imagemAul

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    A frase e sua organizao

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    6Aula 6Escrevendo a partir da observao de imagem

    Produzir texto a partir de imagem.

    Perceber possibilidades de organizao dos perodos no texto produzido.

    Alterar seqncia de idias em texto produzido em classe.

    Objetivos

    Pea a observao da foto e oua os comentrios.

    Proponha as atividades esclarecendo que os trs primeiros exerccios formam umaseqncia: inicialmente o aluno dever escrever trs perodos simples sobre a imagem;na segunda, tais perodos devero ser transformados em um s perodo composto; naterceira, mudaro a ordem das oraes, mantendo o sentido. Se necessrio, escreva noquadro a definio de perodo simples e perodo composto.

    Ao encaminhar a segunda atividade, liste algumas conjunes mais comuns (que,porque, quando, mas, e...). D um exemplo de eliminao de substantivo ou substituiopor pronome, como:

    O pescador gostou de um barco. O pescador comprou o barco a prestao.

    O pescador gostou de um barco e comprou-o a prestao.

    Ao avaliar a atividade 4, destaque as vrias possibilidades de organizao dotexto.

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    Escrevendo a partir da observao de imagemAul

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    A frase e sua organizao

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    Reescrita de fbulaAul

    a 7

    Aula 7Reescrita de fbula

    Perceber possibilidades de construo do perodo.

    Ampliar perodos da fbula.

    Objetivos

  • 73

    A frase e sua organizao

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    A cegonha e a raposa

    Um dia a raposa, que era amiga da cegonha, convidou-a para jantar.

    Mas preparou para a amiga uma poro de comidas moles, lqidas, que elaserviu sobre uma pedra lisa.

    Ora, a cegonha, com seu longo bico, por mais que se esforasse, apenasconseguia bicar a comida, machucando-se e no comendo nada.

    A raposa insistia para que a cegonha comesse, mas ela no conseguiu, e foipara casa com fome.

    A cegonha, por sua vez, em outra ocasio, convidou a raposa para jantarcom ela.

    Preparou comidas cheirosas e colocou-as em vasos compridos e altos, ondeseu bico entrava com facilidade, mas o focinho da raposa no alcanava.

    Foi a vez de a raposa voltar para casa desapontada e faminta.

    Fbulas de Esopo. Ruth Rocha. So Paulo: FTD, 1992.

    Discuta com a turma a proposta da aula, considerando que a pontuao elemen-to fundamental na organizao do perodo, de modo especial, a vrgula. Um dos empre-gos mais comuns desse sinal a separao de oraes ou expresses deslocadas. Traba-lhe com exemplos de oraes que sero pedidas na atividade, explicando a lgica deformao; por exemplo, da formao de trechos com valor de adjetivo:

    Meu irmo, que se chama Jos, vai casar com Maria.

    Na correo, pea comentrios sobre as incluses feitas nos perodos e ajude aturma a perceber que qualquer alterao na ordem dos elementos acaba por provocarmudanas, ainda que leves, no sentido do texto.

    H uma verso dessa fbula da autoria de Ruth Rocha. Voc poder apresent-laaos alunos, aps a correo dos exerccios.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Reescrita de fbulaAul

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  • 75

    A frase e sua organizao

    Uni

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    6Aula 8Reescrevendo frases

    Perceber possibilidades de organizao do perodo.

    Reescrever perodos.

    Objetivos

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Reescrevendo frasesAul

    a 8

    Ao encaminhar qualquer das atividades, certifique-se de que os alunos compreen-deram a proposta. conveniente apresentar sempre um modelo de resoluo.

    Na primeira atividade, explique o que famlia etimolgica. Pea exemplos.

    Ao solicitar a segunda, pergunte a diferena entre perodo simples e perodo com-posto. Na correo, solicite ao aluno que identifique as oraes de cada perodo.

    Na atividade 3, importante esclarecer e exemplificar os seguintes conceitos: formaverbal composta (formada por verbo auxiliar e verbo principal: estava correndo, foiandando, tinha lido, etc.), infinitivo (forma verbal terminada em R, que d nome aoverbo: correr, andar, ler, ter, ser, estar, etc.). Tais noes devem ser lembradas pelo alunopara que ele possa resolver a atividade.

    Sempre aps a reescrita de cada perodo, motive o aluno a comentar o efeitoproduzido pela alterao.

  • 77

    A frase e sua organizao

    Uni

    dade

    6

  • Correo das atividadesUnidade 6 A frase e sua organizao

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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  • 81

    Correo das atividades

    Aula 1

    Atividade 1

    O ponto de exclamao acentua o tom de ameaa.

    Atividade 2

    a) Da voz que narra no poema.

    b) No, aqui o ponto de exclamao expressa a indignao do narrador com a cruelda-de do rei.

    Atividade 3

    A forma interrogativa usada para enfatizar o sentimento do narrador: surpresa e satisfaopelo castigo que o rei recebeu.

    Aula 2

    Atividade 1

    a) Joo toma banho quente e sua. Me, diz ele, quero banho frio.

    b) No porto, um navio holands entrava um navio ingls.

    c) Voar da Europa Amrica uma andorinha s no faz, vero!

    d) Um fazendeiro tinha um bezerro e a me; do fazendeiro era tambm o pai dobezerro.

    Atividade 2

    Repostas esperadas:

    a) A palavra sua forma do verbo suar. As vrgulas poderiam ser substitudas portravesses.

    b) A forma verbal entrava do verbo entravar (impedir a entrada, obstruir), e no deentrar. A expresso no porto pode ser seguida de vrgula por se tratar de um adjuntoadverbial em incio de frase, mas pode tambm dispens-la por ser expresso curta.

    c) Vero forma do futuro do verbo ver (vocs vero); e no o nome de uma dasestaes do ano.

    d) O fazendeiro tinha um bezerro e a me do bezerro, isto , a vaca; o pai do bezerro, otouro, era tambm do fazendeiro.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Cor

    re

    o

    a) Se consultar a razo,

    digo que amo Soledade.

    No Lia, cuja bondade

    ser humano no teria.

    No aspiro mo de Iria,

    que no tem pouca beldade.

    b) Se consultar a razo,

    digo que amo Soledade?

    No! Lia, cuja bondade

    ser humano no teria?

    No! Aspiro mo de Iria,

    que no tem pouca beldade.

    c) Se consultar a razo,

    digo que amo Soledade?

    No! Lia, cuja bondade

    ser humano no teria.

    No aspiro mo de Iria,

    que no tem pouca beldade.

    d) Se consultar a razo,

    digo que amo Soledade?

    No Lia, cuja bondade

    ser humano no teria?

    No aspiro mo de Iria,

    que no tem pouca beldade?

    Atividade 3

  • 83

    A frase e sua organizao

    Uni

    dade

    6Aula 4

    Atividade 1

    a) Vou contar a histria do menino Vicente e de seu cavalo.

    b) Um velho de longas barbas brancas segura um tamborete e olha para as crianas.

    c) Assim voc no poder trabalhar hoje!

    d) Mais vale um pssaro na mo que dois voando.

    e) O cachorro o melhor amigo do homem.

    Atividade 2

    a) As cobras rastejavam no tablado.

    b) Homens acenavam com lenos brancos.

    c) A moa estava grvida.

    d) O pianista tirava sons encantadores do piano.

    e) A chuva molhou as roupas que estavam no varal.

    Atividade 3

    a) Um gato?!! / O qu???

    b) Meu amor! / At que enfim!

    c) No acredito!! / Ai, no!!

    Atividade 4

    As respostas vo vrias. Sugiro algumas respostas possveis:

    a) Filho de peixe peixinho.

    b) Antes acontea tarde do que nunca.

    c) Em casa de ferreiro se usa espeto de pau.

    d) De mau corvo provm mau ovo.

    e) Po po, queijo queijo.

    Atividade 5

    Resposta possvel: O verbo prejudicou a sonoridade e o ritmo do provrbio, alm de serdesnecessrio ao sentido.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

    84

    Cor

    re

    o Atividade 6

    Respostas possveis:

    a) Da torneira do jardim pingavam algumas gotinhas de gua.

    b) Seiscentos e sessenta e seis dias no passam depressa.

    c) E se eu levar bronca de papai?

    d) Cada qual tem seu destino.

    Atividade 7

    Respostas possveis:

    a) Antes de ir para a escola, arrumo a cama, visto o uniforme, organizo o material dodia.

    b) O menininho tinha um olhar triste, estava com febre, mas ia ficar bom.

    c) Para ganhar o jogo, ele treinou muito, jogou com garra, no teve medo do adversrio,usou a inteligncia.

    d) Durante a caada, o co parava, esticava as orelhas, farejava o ar e corria para apresa.

    e) O artista cantava, assobiava e danava maravilhosamente.

    Aula 6

    Atividade 1

    a) Um gatinho est dentro de um balde.

    b) O gato gosta de brincar com o novelo.

    c) O gato desenrolou o novelo de linha.

    Atividade 2

    Um gatinho que gosta de brincar com o novelo de linha, desenrolou-o e est dentro deum balde.

    Atividade 3

    Um gatinho est dentro de um balde; ele desenrolou o novelo de linha porque gosta debrincar com ele. (autor)

    Atividade 4

    Resposta pessoal.

  • 85

    A frase e sua organizao

    Uni

    dade

    6Aula 7

    Atividade 1

    Num dia de vero, a raposa, que era amiga da cegonha, convidou-a para jantar.

    Atividade 2

    Serviu para a amiga uma comida mole e cheirosa, sobre uma pedra lisa que ela encontrouno quintal.

    Atividade 3

    A pobre cegonha apenas conseguia bicar a comida porque seu bico era longo e fino.

    Atividade 4

    Ento, alguns dias depois, a cegonha convidou a raposa para jantar em sua casa.

    Atividade 5

    Mas o focinho da raposa no alcanava nunca.

    Atividade 6

    Foi a vez de a raposa voltar para casa, faminta e irritada.

    Aula 8

    Atividade 1

    a) Espero a sua compreenso.

    b) Tenho esperana no breve retorno das cartas.

    c) S uso detergente biodegradvel.

    d) Este pntano tem areias movedias.

    e) Ningum esperava o choro da moa.

    f) Pessoas choronas despertam a piedade de alguns.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

    86

    Cor

    re

    o Atividade 2

    a) Espero que voc compreenda.

    b) Tenho esperana de que as cartas retornem breve.

    c) S uso detergente que se biodegrada.

    d) Este pntano tem areias que se movem.

    e) Ningum esperava que a moa chorasse.

    f) Pessoas que choram despertam a piedade de alguns.

    Atividade 3

    a) Pedimos ao homem a devoluo das chaves retiradas da casa, devolvida aps aquitao do aluguel.

    b) Resposta possvel: Ao fim da aula, o professor recolheu os textos redigidos pelosalunos e aconselhou a reviso dos anteriormente elaborados.

    c) Resposta possvel: Os operrios grevistas exigem o pagamento dos dias parados e asuspenso das demisses at o julgamento da greve.

    Atividade 4

    a) Convm que voc diminua sua ansiedade em relao aos exames.

    b) Ns preferamos que voc diminusse sua ansiedade em relao aos exames.

    c) O resultado foi que voc diminuiu sua ansiedade em relao aos exames.

    d) Se voc fizer isso, o resultado que voc diminuir (diminui) sua ansiedade emrelao aos exames.

    e) S lhe peo isto: que voc diminua sua ansiedade em relao aos exames.

  • 87

    A frase e sua organizao

    Uni

    dade

    6ATIVIDADES DE APOIO APRENDIZAGEM 2

    ANLISE LINGSTICAE ANLISE LITERRIA

    UNIDADE 7A ARTE: FORMAS E FUNO

  • 89

    Aula 1Manifestaes artsticas

    Objetivos

    Perceber as manifestaes artsticas existentes no cotidiano.

    Comentar manifestaes artsticas.

    Representar uma forma de arte por meio de composio com materiais diversos.

    Relatar a experincia de representao acima referida.

    Interdisciplinaridade

    Artes

    Material necessrio

    Um tipo de suporte para a composio, escolha do aluno: folha de sulfite,pedao de cartolina, papelo ou madeira

    Lpis de cor, fios de linhas, pedaos de papel de jornal ou coloridos, retalhos detecido, em quantidade suficiente para uso de todos os alunos

    Cola

    Observao: prepare o material com antecedncia e leve-o para a aula, ou pea aosalunos que o faam.

    Material opcional

    Imagens de manifestaes artsticas diversas

    OBSERVAO: As trs primeiras aulas podem ser dadas em seqncia, de modoque esta trate de assunto genrico, as diversas formas de manifestaes artsticas; a se-gunda trabalhe com sons; e a terceira, com movimentos.

    Professor, esclarea para os alunos relaes como estas:

    a criao literria uma forma de arte;

    a percepo dos sons "educa" o ouvido para a sonoridade e o ritmo prprios dopoema e da msica;

    a educao dos movimentos liga-se linguagem do corpo e expresso pelos gestos.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Manifestaes artsticasAul

    a 1

    Inicie a aula motivando os alunos a falar sobre as manifestaes artsticas que conhe-cem. Se tiver selecionado as imagens sugeridas, mostre-as e inicie uma conversa sobre ascaractersticas de cada uma, onde so comumente encontradas e apreciadas, que artistas soconhecidos, etc. Conduza a conversa de modo a ouvir as experincias dos alunos.

    possvel que voc depare com a idia de que apenas as expresses clssicas,encontradas em exposies em galerias e museus, sejam consideradas arte. Esclareaque as expresses populares tambm constituem arte, tendo um papel importantssimocomo manifestao da cultura de um povo.

    Encaminhe as atividades. Ao verificar se h dvidas sobre a ltima atividade, esclareaque cada aluno vai expressar a forma artstica de sua preferncia por meio de uma composi-o em que vrios tipos de material podero ser usados. Incentive os alunos a combinar osmateriais; por exemplo, linhas e recortes de papel, retalhos de tecido, papel colorido e fios.

  • 91

    A arte: formas e funo

    Uni

    dade

    7Na atividade trs, se houver dificuldade na representao da forma de arte, auxiliecom sugestes de objetos que a lembrem. Por exemplo: para a fotografia, uma cmera;para o cinema, o esquema de uma sala de exibio; para a msica, um instrumentomusical; para a pintura, uma paleta; para a literatura, um livro; e assim por diante.

    Ao orientar a atividade quatro, esclarea que o roteiro do relato inclui uma espciede "receita", em que o aluno dar as instrues sobre as etapas do trabalho de produo.

    Organize uma exposio com as produes dos alunos. Nesse caso, ao solicitar orelato da atividade quatro, sugira que o relato acompanhe a produo de cada aluno, semelhana do que acontece nas exposies de arte, que expem, juntamente com aobra, textos informativos sobre ela e seu autor.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Aula 2Composio usando sons

    Perceber sons tpicos de cidades e da natureza.

    Produzir sons imitativos com os recursos do prprio corpo.

    Criar composio de sons imitativos.

    Apresentar a composio em jogral.

    Objetivos

    Artes (Msica)

    Interdisciplinaridade

    Inicie uma conversa com os alunos comentando que, desde que o ser humanonasce, ele vivencia o som: o do primeiro choro de quando era beb. Pela vida afora,somos acompanhamos por sons de vrias origens: de elementos da natureza, de nossasfunes orgnicas, de objetos fabricados, de trabalho manual ou mecnico.

    Pea aos alunos que fiquem em silncio para que possam ouvir os sons do ambien-te. Depois de algum tempo, pergunte que sons conseguiram distinguir. Observe a per-cepo de cada um. Estimule a imitao dos sons percebidos.

    Sugesto: Como as cidades tm rudos peculiares, que dependem do perfil de cadauma, provoque uma conversa sobre os sons da cidade em que est a escola.

    Pergunte que outros sons podem ser ouvidos em outros ambientes ou situaes:cidade grande, temporal, mata, festas, parque de diverses, etc.

    Organize grupos de alunos e informe que cada um deve escolher um som paraimitar. Registre no quadro o nome do grupo e o som escolhido.

    Destine cerca de dez minutos, ou o tempo que julgar necessrio, para que osgrupos ensaiem a imitao do som. Se a escola tiver espao adequado, sugira que osgrupos se dispersem, sem, contudo, atrapalhar as aulas das demais classes. Nesse caso,combine com os alunos o horrio em que devero retornar sala.

    Antes da apresentao, diga que o desempenho de cada grupo ser avaliado peloscolegas. Liste, juntamente com os alunos, alguns critrios para a avaliao, como: realis-mo da imitao, seriedade do grupo, esprito de equipe.

    Aps a apresentao, encaminhe a atividade 3.

    Na criao da composio, ajude os alunos a identificar e escolher um ambienteem que os sons a serem imitados so comumente ouvidos, por exemplo: uma cidadegrande, uma fazenda, uma escola, etc. Observe que preciso haver uma certa lgica nacomposio. Por exemplo, se a escolha recair em um ambiente de mata fechada, fica

  • 93

    A arte: formas e funo

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    7

    estranho incluir o som de uma buzina de automvel. O roteiro servir para que a turmapense em uma combinao de sons que tenha sentido.

    No trabalho de criao, motive a participao de todos e incentive idias e comen-trios. Mostre a importncia do ritmo, obtido pela velocidade e altura dos sons e pelaalternncia dos sons fortes e fracos.

    Motive os alunos para a atividade oral, fazendo perguntas e provocando opinies.Aproveite a oportunidade para ensin-los a participar de conversas: ouvir o outro erespeitar sua opinio, esperar a vez de falar, exprimir-se com clareza.

    Sugestes

    1. Se gostar da idia, crie uma banda sem instrumentos, isto , os sons devem sertirados do prprio corpo: palmas, batidas na perna, batidas com p, rudos com o dedono interior da bochecha, estalos de dedos, variaes da voz, etc.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Composio usando sonsAul

    a 2

    2. Se tiver um disco de Hermeto Paschoal, ou outro msico que tire sons de objetoscaseiros, como garrafas, panelas, tampas, cocos e outros, leve para os alunos ouvirem. Casoeles se interessem, organize uma banda com esse tipo de instrumentos. O grupo de "msicos"poder se apresentar para os alunos de outras classes ou nos eventos da escola.

  • 95

    Aula 3Criando uma coreografia

    Perceber movimentos.

    Imitar movimentos dos seres.

    Criar coreografia com imitao de movimentos e sons.

    Apresentar a coreografia.

    Objetivos

    Professor, esta aula tanto pode ser dada na seqncia das anteriores como indepen-dente delas e das seguintes.

    Introduza o assunto pedindo aos alunos que observem os movimentos a suavolta. Conduza reflexo sobre a variedade de movimentos existentes na natureza.Observe que movimentos coordenados do corpo, acompanhados de msica, consti-tuem a arte da dana.

    Proponha a atividade inicial: a imitao de movimentos. Se no houver muitosalunos, pea que cada um escolha um movimento para imitar. Caso contrrio, desenvol-va a atividade com duplas. Destine um tempo para essa atividade e informe os alunossobre isso.

    Depois da apresentao e dos comentrios sobre ela, proponha a continuidade dotrabalho: os alunos vo criar uma coreografia, utilizando movimentos e sons imitativos.Antes, devero estabelecer um roteiro, que ser escrito no quadro, com a seqncia dosgestos e o acompanhamento dos sons. Criado o roteiro, preciso test-lo, isto , fazervrios ensaios para ver o que deve ser modificado.

    A coreografia no precisa ser longa ou difcil. O importante o desenvolvimento dapercepo e da criatividade dos alunos.

    Antes da apresentao, informe que a prpria turma, auxiliada pelo professor, ava-liar o trabalho. Motive o estabelecimento de critrios, como:

    Adequao entre movimento e som;

    Semelhana entre a imitao e o real;

    Desempenho do aluno no grupo.

    Educao Fsica (Movimento corporal)

    Interdisciplinaridade

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    Criando uma coreografiaAul

    a 3

    Ao orientar a atividade escrita, informe que a funo do cabealho, no caso, informar o leitor sobre a finalidade do texto (avaliao, resumo, opinio, anlise, etc.), oassunto (aula, texto, artigo de jornal, etc.), a autoria. Um cabealho adequado ativida-de em questo, seria, por exemplo:

    Avaliao da coreografia com imitao de movimentos e sons realizada pelosalunos da Escola...

  • 97

    A arte: formas e funo

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    7

    Sugesto

    Na atividade inicial de imitao, se quiser aproxim-la do jogo, oriente o alunoa apresentar a imitao de um movimento sem revelar a quem "pertence". A turmadever descobrir que tipo de movimento est sendo imitado. Esta uma atividadedivertida, que agrada muito aos alunos.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Teatro: O cavalinho azulAul

    a 4

    Aula 4Teatro: O cavalinho azul

    Perceber caractersticas do gnero dramtico.

    Interpretar texto teatral.

    Perceber a contraposio entre fantasia e realidade.

    Objetivos

    Infncia

    Tema transversal

    Introduza a conversa sobre o gnero dramtico a partir das novelas de televiso.Embora o espectador do teatro veja os atores "em carne e osso", assim como o cenrio, arelao com as novelas e filmes na televiso facilita o entendimento para aqueles quenunca foram ao teatro ou participaram de uma encenao na escola. interessantetambm ligar o assunto s apresentaes de dramas no circo.

    Explique a diferena entre a encenao e o texto escrito de uma pea, destacandoque suas caractersticas so apropriadas para a representao, diferentemente do textonarrativo. Este tem um narrador que faz a mediao com o leitor, ao passo que no textoteatral os fatos vo acontecendo diante do espectador.

    Faa uma primeira leitura do texto, com bastante expressividade. Pea que osalunos leiam, em seguida.

    Na atividade oral, fale da fantasia como elemento fundamental na arte.

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    Teatro: O cavalinho azulAul

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    Teatro: O cavalinho azulAul

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    Dramatizando o texto teatralAul

    a 5

    Aula 5Dramatizando o texto teatral

    Entender roteiro de dramatizao de texto teatral.

    Perceber a diferena entre objeto real e sua representao.

    Dramatizar texto teatral.

    Objetivos

    Mscara representando a cabea de um cavalo

    Papel para simular o rabo do cavalo

    Cartolina para desenhar uma casa, ou papelo para constru-la

    Material

    Artes (Teatro)

    Interdisciplinaridade

    Relaes de Famlia

    Tema transversal

    Professor, esta aula tanto pode ser dada na seqncia das anteriores, como inde-pendente delas e das seguintes.

    Embora as atividades de dramatizao sejam recurso bastante utilizado nas escolas, necessrio que sejam orientadas por roteiro para organizar o trabalho dos alunos econseguir bons resultados.

    Leia o primeiro item do roteiro e verifique se os alunos entenderam. Faa o mesmocom os demais.

    Passe s perguntas, que esto numeradas e constituem uma atividade oral. Osalunos devem entender que os objetos e o cenrio de uma pea teatral no precisam ser"reais" e que sugeri-los um modo de mostrar a percepo que se tem do objeto e deexercitar a criatividade.

    Inicie o preparo da dramatizao seguindo o roteiro. Se julgar conveniente, peaaos alunos que escolham um colega para "dirigir" a pea, tendo antes o cuidado delevantar com eles as qualidades de um bom diretor: liderana, pacincia, ateno aosdetalhes, compreenso do que seja representar. Auxilie o aluno a dirigir o trabalho.

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    A arte: formas e funo

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    Uma representao tem bom resultado quando os atores entendem profundamenteo texto e sentem como os personagens. Por isso, vrias leituras e comentrios so neces-srios para ampliar o entendimento.

    Se houver tempo e possibilidade para um trabalho completo, incentive os alunos adecorar as falas que couberam a cada um, em vez de simplesmente as lerem. Tambmoriente a produo do cenrio. Converse com o professor de Artes e pea sua contribui-o nesse trabalho. Embora simples, preciso pensar no modo de sugerir objetos, perso-nagens e ambientes.

    Um mtodo para decorar um texto ler vrias vezes um trecho pequeno, tentarrepeti-lo sem ler e verificar se est de acordo com o escrito. Passar ao segundotrecho, repeti-lo sozinho e, caso esteja correto, repetir o primeiro e o segundotrechos. E assim por diante, aumentando gradativamente o nmero de trechosrepetidos sem ler.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Aula 6Leitura de quadro de Magritte

    Perceber o papel da fantasia na criao da obra de arte.

    Interpretar pintura surrealista.

    Objetivos

    Artes (Pintura)

    Interdisciplinaridade

    Sugerimos que esta aula seja destinada a alunos de 8 srie, devido complexidadedo quadro de Magritte.

    Inicie conversando sobre fantasia e imaginao: pergunte aos alunos se costumamse lembrar dos sonhos que tm enquanto dormem. Pea que contem alguns dos maisestranhos. Relacione as imagens surpreendentes e muitas vezes incompreensveis dosonho com a obra de arte dos pintores filiados ao surrealismo. Mostre que o quadro deMagritte surrealista e explique que se enquadra no movimento artstico que utiliza opensamento sem qualquer controle da razo, tal como acontece no sonho. Da as cenasabsurdas, inesperadas, distantes da pintura figurativa, certamente mais conhecida pelosalunos, em que a representao de uma rosa, por exemplo, fiel imagem do objetoreal, como se fosse uma fotografia.

    Sugesto: pea aos alunos que desenhem numa folha o que lhes vier cabea, semqualquer preocupao com a lgica e o realismo, de modo que a criatividade se liberteda racionalidade. Mostre que o impulso que leva muitos artistas a criar sua obra denatureza semelhante.

    Surrealismo

    Movimento artstico e literrio iniciado na Frana, na dcada de 1920, que causourica e variada influncia na cultura ocidental. Tinha como caracterstica o fascnio portemas e sentimentos bizarros, incongruentes e irracionais. Apresentou muitas facetas,mas seu principal objetivo era o de tentar liberar as foras criativas do inconsciente,vencendo o domnio da razo. Andr Breton, principal fundador e terico do surrealis-mo, disse que sua meta era "solucionar as contradies existentes entre sonho e realida-de, transformando-as em realidade absoluta, uma super-realidade".

    Nova Enciclopdia Ilustrada Folha

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    A arte: formas e funo

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    7

    Para promover a troca de idias, os alunos devem responder s questes em du-plas. Circule pela sala auxiliando a tarefa.

    Ao ouvir as respostas da turma, leve em conta a subjetividade que permeia ainterpretao da obra de arte. A atividade 6, por exemplo, admite respostas diversas.Tenha o cuidado, no entanto, de pedir que o aluno explique sua resposta e revele emque se baseou para interpretar desta ou daquela forma.

    No final da aula, retome o papel da fantasia na criao da obra de arte e estimule osalunos a estabelecerem a relao entre a fantasia e a produo de textos ficcionais oupoticos. Pea comentrios sobre textos que a turma conhece e que lidam com a fanta-sia; por exemplo, os contos de fadas, a fico cientfica, certas histrias em quadrinhos,os contos de assombrao, as lendas, etc.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Leitura de quadro de MagritteAul

    a 6

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    A arte: formas e funo

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    7Aula 7Criando o poema

    Conhecer modos no convencionais de fazer poesia.

    Interpretar poemas concretos.

    Criar poema combinando palavras.

    Objetivos

    Introduza o assunto perguntando o que fazer poesia ou o que acham que poema.

    Leia os poemas e oua a opinio dos alunos: se gostaram, qual lhes pareceu maissurpreendente, se j conheciam outros poemas em que as palavras se combinam demodo novo no papel, etc. Informe que os poemas apresentados enquadram-se na pro-posta literria conhecida como concretismo. Fale sobre as linhas bsicas dessa propostae oua os comentrios dos alunos.

    O concretismo no Brasil

    Desde 1952, jovens intelectuais paulistas vinham procurando um novo cami-nho com a edio de uma revista chamada Noigandres, palavra tirada de umpoema de Erza Pound e que no significa nada.

    "Todo o poema uma aventura planificada"

    Em sntese, os criadores do concretismo propugnavam um experimentalismopotico (planificado e racionalizado) que obedecia aos seguintes princpios:

    - Abolio do verso tradicional, sobretudo pela eliminao dos laos sintticos(preposies, conjunes, pronomes, etc.), gerando uma poesia objetiva, concre-ta, feita quase to-somente de substantivos e verbos;

    - Uma linguagem necessariamente sinttica, dinmica, homloga sociedadeindustrial ("A importncia do olho na comunicao mais rpida... os annciosluminosos, as histrias em quadrinhos, a necessidade do movimento...");

    - Utilizao de paronomsias, neologismos, estrangeirismos; separao de pre-fixos e sufixos; repetio de certos morfemas; valorizao da palavra solta (som,forma visual, carga semntica) que se fragmenta e recompe na pgina;

    - O poema transforma-se em objeto visual, valendo-se do espao grfico comoagente estrutural: uso dos espaos brancos, de recursos tipogrficos, etc.; em fun-o disso o poema dever ser simultaneamente lido e visto.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Criando o poemaAul

    a 7

    Exemplo destas propostas pode ser encontrado no poema Terra de DcioPignatari:

    ra terra ter

    rat erra ter

    rate rra ter

    rater ra ter

    raterr a ter

    raterra terr

    araterra ter

    raraterra te

    rraraterra t

    erraraterra

    terraraterra

    Observe-se o despojamento e o jogo verbal deste poema de Haroldo de Campos:

    de sol a sol

    soldado

    de sal a sal

    salgado

    de sova a sova

    sovado

    de suco a suco

    sugado

    de sono a sono

    sonado

    sangrado

    de sangue a sangue.

    www.educaterra.com.br

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    A arte: formas e funo

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    Passe s perguntas, que devem ser respondidas oralmente. Convm que os alunospercebam que a escolha das palavras e a sua disposio na pgina no casual, masobedece a uma relao que pode ser de sentido ou de forma. Facilite o trabalho dosalunos fazendo comentrios e perguntas que abram caminho compreenso. Por exem-plo, sobre o primeiro poema:

    9Qual a cor do mar?

    9O que significa marco? Marcar?

    9Com que se parece um barco na imensido do mar?

    A conversa sobre os poemas prepara a produo do texto do aluno. Se ficou claroque a criao desse tipo de poema sempre se baseia em um tipo de relao entre aspalavras e a sua organizao na folha de papel, o aluno no arrumar as palavras de ummodo "engraadinho", mas sem qualquer sentido.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Criando o poemaAul

    a 7

    Depois de avaliar as produes, pea que faam a verso final para exposio emsala ou na escola.

  • 113

    A arte: formas e funo

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    7Aula 8Recriao de quadro de Portinari

    Artes (Pintura).

    Interdisciplinaridade

    Conhecer verso de obras de pintores famosos.

    Recriar obra de pintor famoso.

    Objetivos

    Lpis preto e de cores variadas.

    Folha de papel sem pauta.

    Material

    Comente com os alunos que, assim como um texto em linguagem verbal pode serobjeto de parfrase ou pardia, tambm um quadro, uma pintura pode ser recriada comoutro tom, geralmente bem-humorado.

    Oriente a observao da obra de Almeida Jnior e a comparao com a de Maur-cio de Sousa. Incentive comentrios. Faa o mesmo com as outras obras. Os alunosdevem perceber que a recriao mantm vrios pontos em comum com a obra original.Nos exemplos apresentados na aula, Maurcio de Sousa conservou o fundo e suas cores,assim como os gestos das figuras humanas. O efeito cmico deriva da comparao entrepersonagens famosos, criados por pintores reconhecidos no meio das artes plsticas, efiguras ilustradas de revistas em quadrinhos para crianas. Finalize retomando a idia daparfrase e da pardia. Pergunte aos alunos se conhecem outros exemplos desse tipo deobra na pintura e na literatura. Lembre-os de que as caricaturas e charges partilham danatureza da pardia, assim como certas letras de msica para as quais so criadas ver-ses engraadas ou satricas.

    Jos Ferraz de Almeida Jnior nasceu no dia 8 de maio do ano de 1850 emItu, So Paulo. Demonstrava uma grande dedicao, e impulsionou parentes eamigos que resolveram ajudar para que nosso artista pudesse estudar. No ano de1869 foi para o Rio de Janeiro, matriculando-se na Academia de Belas Artes.Tornou-se aluno de Julio Le Chevrel na matria de desenho, mais tarde aluno doclebre Vitor Meireles, que lhe deu aulas de pintura no ano de 1875. D. Pedro IIvisitou Moji-Mirim, l estava o famoso Almeida Jnior, que teve o prazer de conhe-cer o imperador, que fez promessa de fazer o que fosse possvel a fim de propiciara ele estudos na Europa. No ano de 1880 Almeida Jnior viajou para a Frana,matriculou-se na Escola de Belas Artes em Paris, participou das aulas de Cobanel;apresentou-se muitas vezes no Salo de Paris. Voltou ao Brasil no ano de 1892.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Recriao de quadro de PortinariAul

    a 8

    Sua primeira exposio foi no Rio de Janeiro. Morreu assassinado no dia 13 denovembro do ano de 1899, em Piracicaba. Muitos de seus quadros representamnosso povo. O quadro "Picando Fumo" e "Caipiras Negociando" receberam prmioMedalha de Ouro, na Demonstrao Colombiana (autor) de Chicago. Outros belssi-mos quadros so: Belisrio, Leitura, Cupido, Partida da Nao, O Importuno, Casi-nha Caipira, Saudade, Apertando o Lombilho, Recado Difcil, Nh Chica.

    www.e-biografias.net/

    Leonardo da Vinci (1452-1519), artista plstico, cientista e escritor italia-no. Um dos maiores pintores do Renascimento e, possivelmente, seu maior gnio,por ser tambm anatomista, engenheiro, matemtico, msico, naturalista e filsofo,bem como arquiteto e escultor. Suas idias cientficas quase sempre ficaram escondi-das em cadernos de anotaes, e foi como artista que obteve o reconhecimento deseus contemporneos. [...] At 1506, Leonardo trabalhou principalmente em Floren-a, e tudo indica que nesta poca tenha pintado a Mona Lisa, uma obra famosa porsua originalidade, sutileza e naturalidade. Entre 1506 e 1516, viveu entre Milo eRoma. Convidado por Francisco I, viajou para a Frana em 1516, onde faleceu.Durante sua carreira, foi artista e consultor tcnico do duque de Milo, engenheiromilitar de Csar Brgia, alm de pintor e arquiteto do rei Francisco I da Frana. Ascinco mil pginas que restaram dos blocos de anotaes de Leonardo contm pes-quisas em anatomia, mecnica, hidrulica e uma ampla gama de outras cincias. Osblocos de anotaes tambm detalham muitos esquemas de engenharia civil e mili-tar, e projetos de uma enorme variedade de dispositivos mecnicos - um helicptero,uma bicicleta, uma mquina de cortar parafusos, fornalhas, um canho carregvelpela culatra, armas de fogo de cano estriado, mquinas de cunhar moedas e umagrua com dupla articulao. Algumas dessas mquinas estavam muitos anos frentede seu tempo e nunca foram fabricadas, mas alguns projetos eram de grande impor-tncia: por exemplo, o canal de comportas hermticas em forma de mitra, ainda emuso hoje em dia, e o mecanismo de meia engrenagem para converter movimentorotatrio em movimento recproco (de vai-e-vem), que foi amplamente utilizadodurante todo o sculo 16.

    Nova Enciclopdia Folha

    Cndido Portinari (1903-1962), pintor brasileiro nascido em Brodsqui,SP, que alcanou fama internacional pela qualidade e pela temtica social de suaobra. Um dos maiores nomes da pintura brasileira, entre suas principais obras con-tam-se o painel Guerra e Paz (sede da ONU, em Nova York), os murais Tiradentes,Caf, Descobrimento do Brasil, e ainda Emigrantes, Primeira Missa no Brasil e muitastelas, ilustraes, gravuras e desenhos, muitos deles inspirados na realidade brasilei-ra (Meninos de Brodsqui). Recebeu vrios prmios internacionais (Guggenheim,Hallmark). Morreu no Rio de Janeiro.

    Nova Enciclopdia Folha

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    A arte: formas e funo

    Uni

    dade

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  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Recriao de quadro de PortinariAul

    a 8

    Antes de propor a produo aos alunos, oriente-os a perceber os detalhes da obrade Portinari, que podem ser listados no quadro. Destaque o conceito de recriao, ouseja, criao a partir de um modelo com mudana de um ou outro elemento.

    Ao terminarem a atividade, promova a avaliao dos trabalhos pelos alunos.

  • Correo das atividadesUnidade 7 A arte: formas e funo

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Correo das atividades

    Aula 1

    Atividades

    Respostas: Todas dependem da opinio ou do trabalho do aluno.

    Aula 2

    Atividade 1

    Resposta-exemplo: vozes dos animais (grilo, sapo, boi, cigarra, porco, pssaros); rudosde agentes da natureza (trovo, vento, chuva), mquinas (trem, automvel, avio, motos-serra), instrumentos musicais (pandeiro, violo, coco, castanholas), funes orgnicas(respirao, ronco, batida do corao), etc.

    Atividade 2

    Resposta pessoal.

    Atividade 3

    O comentrio deve identificar o som, fazer uma apreciao do trabalho e justificar apreferncia.

    Atividade 4

    Resposta pessoal.

    Aula 4

    Atividade 1

    Ele inicia a narrao da histria do menino Vicente e de seu cavalo.

    Atividade 2

    Ele se dirige ao cavalo chamando-o de "meu cavalinho azul" e acha que o animal bonito e capaz de se apresentar no circo da cidade.

    Atividade 3

    Ela o v como um pangar velho, que no presta nem para puxar a carroa.

  • AAA 2 - Anlise Lingstica e Anlise Literria

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    Cor

    re

    o Atividade 4

    Vicente v a realidade de um modo sonhador, imaginrio, prprio das crianas. A me,de um modo realista, comum aos adultos.

    Atividade 5

    Sim, ele sabe que os campos esto secos; alm disso, quer vender o cavalo para comearuma criao de galinhas.

    Atividade 6

    Resposta pessoal.

    Atividade 7

    Resposta pessoal.

    Aula 5

    Atividade oral

    Atividade 1

    Em uma casa.

    Atividade 2

    Espera-se que o aluno perceba que a autora indica a "sugesto" de uma casa e que umadas rubricas na fala do Velho indica que o pai e a me entram carregando a casa.Portanto, ela pode ser representada por desenho em cartolina ou por uma casa debrinquedo, que pode ser feita de papelo. A ajuda do professor de Artes ser de grandevalia.

    Atividade 3

    Espera-se que o aluno tenha observado a rubrica no final da fala do Velho: "Dois atoresde p, um fazendo a cabea com uma mscara e o outro fazendo o traseiro". Assim, ocavalo sugerido pela mscara e pelos gestos dos atores.

    Atividade 4

    Espera-se que o aluno prefira uma msica suave para que a platia possa ouvir aspalavras do velho; ou triste, para se harmonizar com a histria de Vicente e de seucavalo.

  • 121

    A arte: formas e funo

    Uni

    dade

    7Aula 6

    Atividade 1

    A imagem de uma pomba. Simboliza a paz.

    Atividade 2

    Nuvens e ondas do mar.

    Atividade 3

    Azul claro, branco, rosa e cinza escuro. Predomina o cinza, que sombrio.

    Atividade 4

    A pomba desproporcional em relao ao cenrio e parece transparente, translci-da.

    Atividade 5

    O cenrio escuro, sombrio; a imagem clara, com branco e azul suave.

    Atividade 6

    Resposta possvel: O cenrio mostra o mar escuro e revoltoso; a pomba simboliza a paz.A natureza (mar) composta de elementos de conflito, de escurido, e de elementos depaz, de luminosidade (pomba), como se fosse uma grande famlia.

    Aula 7

    Atividade 1

    Respostas possveis: a) O mar azul, o barco um pontinho no mar, como se fosse ummarco, o cu no horizonte parece um arco, ento tudo tem um ar azul. b) As palavrasmar, marco, barco, arco, ar so muito parecidas e o mar azul.

    Atividade 2

    Resposta possvel: O barco vai se distanciando cada vez mais.

    Atividade