ABNT 15847 - Amostragemd e água subterrânea em poços de monitoramento - Métodos de Purga

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Vlida a partir de edioABNT NBRNORMA BRASILEIRA ABNT 2010ICS ISBN 978-85-07-Nmero de referncia 15 pginas15847Primeira21.06.201021.07.2010Amostragem de gua subterrnea em poos de monitoramento Mtodos de purgaGround water sampling in monitoring wells Purging methods13.060.45 02121-6ABNT NBR 15847:2010Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservadosiiABNT NBR 15847:2010 ABNT 2010Todos os direitos reservados. A menos que especicado de outro modo, nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrnico ou mecnico, incluindo fotocpia e microlme, sem permisso por escrito da ABNT.ABNTAv.Treze de Maio, 13 - 28 andar20031-901 - Rio de Janeiro - RJTel.: + 55 21 3974-2300Fax: + 55 21 [email protected] para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservadosiiiABNT NBR 15847:2010SumrioPginaPrefcio ...............................................................................................................................................iv1Escopo ...............................................................................................................................12Referncias nor mativas ....................................................................................................13Termos e denies ..........................................................................................................14Signicado e uso ..............................................................................................................35Critrios e consideraes para a seleo de um mtodo adequado de purga ...........45.1Regulamentos e normas.................................................................................................45.2Dados histricos ...............................................................................................................45.3Projeto do poo................................................................................................................45.4Desenvolvimento do poo ................................................................................................45.5Hidrulica do poo...........................................................................................................55.6Manejo de gua purgada ..................................................................................................55.7Estado de conservao dos poos .................................................................................55.8Qualidade do poo ............................................................................................................55.9Geoqumica do subsolo ...................................................................................................55.10Caractersticas hidrogeolgicas ......................................................................................56Critrios de rebaixamento do nvel da gua durante a purga .......................................67Mtodos de purga .............................................................................................................67.1Purga de volume determinado .........................................................................................67.1.1Descrio do mtodo ........................................................................................................67.1.2Aplicabilidade...................................................................................................................77.1.3Vantagens.........................................................................................................................77.1.4Limitaes........................................................................................................................77.2Purga de baixa-vazo ........................................................................................................87.2.1Descrio do mtodo ........................................................................................................87.2.2Medio dos parmetros indicativos da qualidade da gua .........................................87.2.3Aplicabilidade ....................................................................................................................97.2.4Vantagens ..........................................................................................................................97.2.5Limitaes .......................................................................................................................107.3Uso de obturadores (packers) na purga .......................................................................107.3.1Descrio do mtodo.....................................................................................................107.3.2Aplicabilidade ..................................................................................................................117.3.3Vantagens ........................................................................................................................117.3.4Limitaes .......................................................................................................................118Mtodos de purga e amostragem para poos com baixa capacidade hidrulica....128.1Purga mnima ..................................................................................................................128.1.1Descrio do mtodo ......................................................................................................129Amostragem sem purga .................................................................................................139.1Amostragem passiva ......................................................................................................139.1.1Descrio do mtodo ......................................................................................................139.1.2Aplicabilidade ..................................................................................................................13Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservadosivABNT NBR 15847:20109.1.3Vantagens ........................................................................................................................139.1.4Limitaes .......................................................................................................................1410Outras consideraes ....................................................................................................1410.1Descontaminao..........................................................................................................1410.2Medies de campo.......................................................................................................1410.3Calibrao de equipamento ...........................................................................................1411Relatrio..........................................................................................................................14Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservadosvABNT NBR 15847:2010PrefcioA Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o Foro Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos deNormalizaoSetorial(ABNT/ONS)edasComissesdeEstudoEspeciais(ABNT/CEE),so elaboradasporComissesdeEstudo(CE),formadasporrepresentantesdossetoresenvolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros).Os Documentos Tcnicos ABNT so elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.AAssociaoBrasileiradeNormasTcnicas(ABNT)chamaatenoparaapossibilidadedeque alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT no deve ser considerada responsvel pela identicao de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR 15847 foi elaborada pela Comisso de Estudo Especial dede Avaliao da Qualidade do Solo e da gua para Levantamento de Passivo Ambiental e Avaliao de Risco Sade Humana (CEE-68). Oseu Projeto circulou em Consulta Nacional conformeEdital n 04, de 25.03.2010 a 24.05.2010, com o nmero de Projeto 68:000.01-001.Esta Norma e baseada nas ASTM D 6452:1999 e ASTM D 4448:2001.O Escopo desta Norma Brasileira em ingls o seguinte: ScopeThis Standard establishes methods to purge wells used for research and monitoring programs of water quality in groundwater studies and remediation of environmental liabilities. These methods can be used in other types of programs, but these will not be addressed in this Standard.This Standard presents different procedures to perform the purging of monitoring wells and the information necessary for selecting the most appropriate method for a given specic situation, without, however, recommend any of the procedures presented. This document should not be used as a substitute for experience or academic background, and should therefore be used in conjunction with work experience. This Standard is not intended to represent or replace the standard of care by which the appropriateness of conduct of a particular work can be assessed, nor should this standard be applied without taking into consideration the special aspects of each project.ThisStandarddoesnotaddressallsecurityconsiderations,ifany,associatedwithitsuse.Useris responsibleforthisStandardtoestablishappropriatesafetypracticesandaccidentpreventionin accordance with current legislation.Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRASNORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15847:2010 ABNT 2010 - Todos os direitos reservados1 Amostragem de gua subterrnea em poos de monitoramento Mtodos de purga1Escopo1.1Esta Norma estabelece mtodos para a purga de poos usados para investigaes e programas de monitoramento de qualidade de gua subterrnea em estudos e remediao de passivos ambien-tais. Estes mtodos podem ser usados em outros tipos de programa, mas estes no sero abordados nesta Norma.1.2Esta Norma apresenta procedimentos diferenciados para executar a purga de poos de moni-toramento e as informaes necessrias para a seleo do mtodo mais apropriado para uma dada situao especca, sem, no entanto, recomendar algum dos procedimentos apresentados. Esta Nor-ma no deve servir como substituta da experincia ou da formao acadmica, e deve portanto ser usadaemconjuntocomaexperinciaprossional.EstaNormanotemaintenoderepresentar ou substituir o nvel de cautela atravs do qual a adequao de conduta de um determinado prossio-nal possa ser avaliada, nem deve esta Norma ser aplicada sem levar em considerao os aspectos particulares de cada projeto. 1.3Esta Norma no aborda todas as consideraes de segurana, se houver, associadas a seu uso. responsabilidade do usurio desta Norma estabelecer prticas adequadas de segurana e preven-o de acidentes de acordo com a legislao vigente.2Referncias normativasOsdocumentosrelacionadosaseguirsoindispensveisaplicaodestedocumento. Pararefernciasdatadas,aplicam-sesomenteasediescitadas.Pararefernciasnodatadas, aplicam-se as edies mais recentes do referido documento (incluindo emendas).ABNT NBR 15495-1:2007 Poos de monitoramento de guas subterrneas em aqferos granulados Parte 1: Projeto e construoABNT NBR 15495-2:2008 Poos de monitoramento de guas subterrneas em aqferos granulares Parte 2: Desenvolvimento3Termos e deniesPara os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e denies.3.1 gua do interior do poogua subterrnea que est em constante movimento, induzido pelos gradientes hidrulicos naturais ou no e em funo da condutividade hidrulica NOTANointeriordopooaguasubterrnea,entreeventosdeamostragem,estcontidanotubo de revestimento e/ou na zona ltrante. Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservados2ABNT NBR 15847:20103.2 purga de volume determinadonmero especco de volumes de gua do poo para se conseguir a purga3.3 clula de uxorecipiente hermtico que permite que a gua purgada uapor sensores para a medio contnua dos parmetros indicadores, sem que haja contato da gua com o ambiente externo3.4 equipamento de amostragem por capturaequipamento que remove uma quantidade de gua do poo a cada insero e remoo do poo3.5 parmetros indicadorespropriedades fsicas e/ou qumicas da gua subterrnea, medidas durante a purga, com o objetivo de avaliaro momento mais adequado para a coleta das amostras3.6 poo de recuperao lentapoo instalado em formao de baixa condutividade hidrulica, fazendo com que o poo no apresente uma taxa de recuperao suciente para que os objetivos de purga e amostragem sejam alcanados antes que se remova toda a gua deste poo 3.7 obturador equipamento invel ou dilatvel usado para o isolamento fsico de uma ou mais zonas no interior de um poo3.8 volume de purgaquantidade de gua removida de um poo para que sejam alcanados os objetivos de purga3.9 purgaprticadeseremoverguaexistentenointeriordeumpoodemonitoramento,comoobjetivode obter gua representativada formao 3.10 vazo de purgavazo com que a gua removida de um poo ou ponto de amostragem durante uma purga 3.11 taxa de recuperaorazo com que o nvel de gua de um poo retorna ao nvel de equilbrio hidrulico com o restante do aqfero aps a retirada da gua 3.12 estabilizaofaixa de variao aceitvel para os parmetros indicadores monitorados durante a purga ao longo de uma srie de leituras consecutivas Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservados3ABNT NBR 15847:20103.13 volume de gua do pooquantidade de gua contida no interior do poo de monitoramento3.14 esgotamento totalremoo de toda a gua contida no interior do poo de monitoramento3.15 limitador de uxodisco de material exvel e inerte que restringe a movimentao vertical de uidos no interior do tubo de revestimento4Signicado e uso4.1A gua contida no tubo de revestimento no est sujeita a renovao contnua induzida pela mo-vimentao natural da gua subterrnea, e permanece imvel, cando exposta a modicaes fsicas e qumicas induzidas pela presena da interface gua/ar do topo do tubo de revestimento, sendo ela denominada gua estagnada e portanto no representativa da formao. 4.2A gua contida no interior da zona ltrante, por outro lado, est em contnuo movimento, atraves-sando continuamente a zona ltrante (pr-ltro e ltro), estando integrada ao sistema de uxo natural que ocorre na(s) unidade(s) hidroestratigrca(s) interceptada(s) pela zona ltrante. Apesar da gua na seo ltrante estar em contnuo movimento, ela no considerada representativa da formao, uma vez que pode interagir com a gua estagnada, pela existncia de uxos verticais no interior do poo. Mesmo em poos com o nvel da gua situado abaixo do topo do ltro (poos no afogados),a gua pode se tornar estagnada em funo do processo de difuso molecular de gases (oxignio, por exemplo), que ir alterar as caractersticas da gua contida no interior do poo em relao gua da formao. Somente em condies especiais de uxo laminar e taxa de renovao rpida esta gua estar com qualidade mais prxima da formao.4.3Em poos onde a zona ltrante intercepta vrias unidades hidroestratigrcas, a gua contida no interior do poo ser representativa da mistura entre as guas que se movimentam pelas vrias unidades, podendo no ser representativa da zona de interesse. Esta gua ser ento representativa da gua fornecida pelos diversos estratos interceptados pela seo ltrante.4.4Osprocedimentostradicionaisdeamostragempresumemquetodaaguaexistentenopoo pode no ser representativa da gua da formao, seja a gua contida acima do topo do tubo-ltro, ou mesmo a gua que ui pela seo ltrante. Isto se deve s possveis alteraes na sua qumica, causadas pela sua interao com o ar atmosfrico contido no poo (exposio ao O2 e CO2 e perdas por volatilizao), com o material dos tubos-ltro e de revestimento (dessoro e adsoro), processos biolgicos (biodegradao), contaminao a partir da superfcie e mistura da coluna de gua.4.5Porestemotivo,poosusadoseminvestigaesdequalidadedeguasubterrneaouem programas de monitoramento so geralmente purgados antes de se proceder amostragem [Nota de 4.6].4.6A purga feita com o objetivo de assegurar que gua representativa da formao foi captada pelo poo no momento da realizao da amostragem, de forma a reetir com a menor incerteza pos-svel a qumica da gua subterrnea.Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservados4ABNT NBR 15847:20104.7Nesta Norma, optou-se por descrever dois mtodos convencionais de purga, normalmente apli-cados a poos com suciente capacidade hidrulica, que so os mtodos de purga de volume deter-minado e purga de baixa vazo e rebaixamento mnimo. Por outro lado, sabe-se que a amostragem de poos de monitoramento com baixa capacidade hidrulica uma diculdade comum, enfrentada em vrias reas onde o monitoramento da qualidade da gua subterrnea necessrio. Sendo assim, tambm foi includo um procedimento aplicvel a estas situaes, com o objetivo de diminuir as incer-tezas associadas aplicao dos mtodos convencionais nestes casos. NOTAAlguns mtodos de amostragem, tais como amostragem passiva, no requerem a prtica de purga antes da coleta de amostras.4.8Cadamtodopodeterinunciamaioroumenornoaqferoounaseoltrante.Portanto, uma amostra coletada aps uma purga feita usando-se um mtodo no necessariamente equivalen-te a amostras coletadas aps a aplicao de outros mtodos de purga. A seleo do mtodo adequa-do depender de vrios fatores, que devem ser considerados na denio do plano de amostragem. EstaNormadescreveosmtodosdisponveisedenesobquecircunstnciascadaummelhorse adequa. 5Critrios e consideraes para a seleo de um mtodo adequado de purga5.1Regulamentos e normas VericaraexistnciaderegulamentosounormasestabelecidospelosrgosreguladoresFederal, Estadual ou Municipal, sobre a purga de poos de monitoramento, que podem ter sido denidos em atos regulatrios ou normas tcnicas mais abrangentes ou especcas sobre investigaes de campo ou monitoramento de aqferos. 5.2Dados histricosUmarevisodedadoshistricos,principalmentedeinvestigaesconrmatriaedetalhada,pode fornecer subsdios ao usurio na forma de informaes sobre o comportamento fsico e qumico da gua subterrnea no ponto de coleta e sobre as prticas de purga usadas anteriormente. 5.3Projeto do poo O projeto do poo deve ser levado em considerao para a escolha de um mtodo adequado de purga. Detalhes especcos da construo do poo devem estar contidos no relatrio de construo do poo, conforme ABNT NBR 15495-1.5.4Desenvolvimento do pooO desenvolvimento do poo faz parte do processo construtivo, e no se congura um evento de purga eamostragem.Informaessobreodesenvolvimentodepoosdevemestarcontidasnorelatrio construtivo ou de desenvolvimento do poo, conforme ABNT NBR 15495-2.NOTAO projeto, construo e desenvolvimento imprprio ou inadequado de um poo afetam a utilidade deste para um programa de amostragem.Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservados5ABNT NBR 15847:20105.5Hidrulica do poo Aseleodeummtododepurgadeveincluirumaavaliaodascondieshidrulicasdopoo aserpurgado,quesodiretamenterelacionadastransmissividadedaformao,aocoeciente dearmazenamentoespeccoeaoprojeto,construo,desenvolvimentoemanutenodopoo. Ahidrulicadopooedaformao(adistribuiotridimensionaldacargahidrulica)inuenciam arazocomqueaguauiatravsouentranopoosobcondiesdeuxolaminar.Estratgias depurgasocomumentecategorizadascomoadequadasparapoosdealtaoubaixacapacidade hidrulica.5.6Manejo de gua purgadaManejar a gua purgada de acordo com os regulamentos denidos no plano de amostragem e anlise em conformidade com a legislao vigente. Pode ser prefervel que se selecione um mtodo de purga que minimize o volume purgado (ver nota de 4.6).5.7Estado de conservao dos poosOestadodeconservaodeumpoopodeafetaromtododepurga,aolimitaraescolhade equipamento.Porexemplo,emfunodealteraescomorachadurasnorevestimentoejuntas, curvaturadorevestimento,problemasnalajedeproteo,estanqueidadedostampes,faltade limpeza etc.5.8Qualidade do pooPoos com turbidez excessiva ou material sedimentado podem indicar que o projeto e a construo noforamadequadosouqueaetapadedesenvolvimentonofoirealizadademaneiraadequada ou completa, e necessitaro, desta forma, ser redesenvolvidos ou reconstrudos. Caso seja necessrio executaroredesenvolvimento,estedeveserrealizadoanteriormentepurga,econsiderandoum intervalo de tempo de no mnimo 10 diaspara execuo da amostragem.5.9Geoqumica do subsoloO conhecimento da geoqumica da subsuperfcie pode ser til na escolha do mtodo de purga que melhoratendanecessidadedaremoodaguaestagnada.Almdisso,talconhecimentopode ajudar a se fazer a distino entre a gua vinda do aqfero e a gua existente no interior do poo. Interaesqumicasebiolgicasentreaguasubterrnea,gasesemateriaisslidosdoaqfero, bactrias ou mesmo o material do prprio poo podem alterar a qumica da gua existente no poo ou em sua vizinhana. Gases dissolvidos podem ser transportados para dentro e para fora da seo ltrante e adicionados ou removidos da gua subterrnea pela superfcie da coluna da gua no poo.5.10 Caractersticas hidrogeolgicasA otimizao da vazo de purga requer que se leve em conta as particularidades hidrogeolgicas que controlam o sentido e a velocidade de uxo da gua, alm do transporte de colides e material em suspenso. A dinmica da gua subterrnea no deve ser alterada de forma signicativa durante a purga, de modo a evitar que gua de reas distantes do ponto de monitoramento seja atrada por uxo induzido ou porinverso do sentido de uxo, causados por taxas de purga elevadas ou perodos de purga muito longos.Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservados6ABNT NBR 15847:20106Critrios de rebaixamento do nvel da gua durante a purgaIndependentementedoprocedimentodepurgaadotado(purgadevolumedeterminadooupurga debaixavazo),eexcetuando-seoprocessodepurgamnima,orebaixamentodonveldagua dopooduranteapurgadeveserminimizado,deformaasatisfazerosrequisitosnecessrios e a permitir a execuo do trabalho em tempos aceitveis. Rebaixamento excessivo altera a condio naturaldeuxonoentornodopooe,conseqentemente,demovimentaodapluma,reetindo tambmnascaractersticasqumicasebioqumicasdaamostra.Doisefeitosnegativospotenciais soacaptaodeguaquenorepresentativadaformaoexistenteaoredordopoode monitoramento e o aumento da turbidez da gua devido ao aumento articial da velocidade de uxo da gua subterrnea. O aumento da turbidez causado durante a purga pode resultar em alteraes nosresultadosanalticos.Orebaixamentoexcessivotambmpodecausaroescoamentodegua apartirdotopodotubo-ltro,levandoaumaperdadosgasesdissolvidos,alteraonoestado de oxidao/reduo da gua e aprisionamento de ar no pr-ltro. Tais mudanas podem resultar na alterao da concentrao de compostos orgnicos volteis ou bioatenuveis e na oxidao de metais dissolvidos.Aalteraonaconcentraodegasesdissolvidose,conseqentementenoestadode oxirreduo, pode ser prolongada pela introduo e aprisionamento de ar no pr-ltro. Em nenhuma cirscunstnciarecomenda-sequeospoosdemonitoramentosejampurgadosatoseucompleto secamento.Sedisponvel,dadosgeradosemtrabalhosanterioresdedesenvolvimentoepurga do poo de monitoramento devem ser considerados na denio e seleo do melhor procedimento de amostragem a ser utilizado.Em funo disto, considera-se que o rebaixamento do nvel da gua durante a purga deve ser sempre controlado, qualquer que seja o mtodo de purga adotado. Desta forma, como premissa bsica para a execuo da purga de um poo de monitoramento, os seguintes critrios de rebaixamento devem ser aplicados em poos com boa produo de gua: a)o rebaixamento do nvel dgua durante a purga deve ser o mnimo possvel para reduzir o tempo depurga,evitarumaperdadecargaexcessivaeescoamentopronunciadodeguapelotopo do tubo-ltro; b)para poos com seo ltrante plena: a estabilizao do rebaixamento deve ocorrer no mximo a 25 cm do nvel esttico; c)parapooscomonveldguaacimadotopodotubo-ltro(ltroafogado):preferencialmente, o nvel dgua deve se estabilizar acima do topo do tubo-ltro.Caso isso no seja possvel, esta estabilizao deve ocorrer no mximo a 25 cm abaixo do topo do tubo-ltro.NOTA So considerados poos com boa capacidade hidrulica aqueles construdos e desenvolvidos de acordo com as orientaes denidas, respectivamente, nas ABNT NBR 15495-1 e ABNT NBR 15495-2, e que possibilitem a aplicao dos critrios de rebaixamento denidos anteriormente, quando bombeados a uma vazo de 50 mL/min ou maior.7Mtodos de purga7.1Purga de volume determinado7.1.1Descrio do mtodoEste mtodo consiste na remoo de determinado volume de gua subterrnea do poo antes de se procederamostragem,comanalidadedeassegurarqueguarepresentativadaformaoser coletada. Com base no dimetro do tubo-ltro, da profundidade do poo e profundidade do nvel da Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservados7ABNT NBR 15847:2010gua, calculado o volume de gua contida no poo, que multiplicado pelo nmero de volumes que deve ser extrado, dene o volume total de gua a ser removido durante a purga. Antes do incio da purga e ao nal da coleta da amostra, recomendvel que sejam medidos, com sonda introduzida no poo, a turbidez e os parmetros fsico-qumicos: temperatura, pH, potencial de oxirreduo (ORP), condutividade eltrica (CE) e oxignio dissolvido (OD). A quantidade de volumes de gua a ser extrada do poo deve ser predeterminada no plano de amostragem e deve ser baseada em procedimentos regulatrios e nas caractersticas hidrogeolgicas do local monitorado.NOTA 1Omonitoramentodosparmetrosfsico-qumicos(pH,temperatura,ORP,CEeOD)emcampo ainda que no seja utilizado na denio da nalizao da purga por este mtodo, de grande importncia na interpretao dos resultados do monitoramento.NOTA 2Omtododepurgadevolumedeterminadofoiintroduzidocombasenasprimeiraspesquisas desenvolvidasnadcadade80sobreamostragemdeguassubterrneas,queindicavamanecessidade deseremoveremmdiade3a5vezesovolumedeguapresentenopooparaassegurarqueagua representativadaformaoestariapresentenopoo.Estudossubseqentesconcluramquenohuma recomendao segura quanto ao nmero de vezes que o volume dgua contido no poo deva ser removido, de maneira a se garantir uma amostra representativa em todas as reas a serem monitoradas, pois dependem das caractersticas hidrogeolgicas especcas e que portanto devem ser consideradas nesta denio, com base no julgamento prossional.NOTA 3Na aplicao deste mtodo de purga em poos com ltro afogado, a purga deve necessariamente se iniciar a partir da superfcie do nvel da gua para assegurar que a gua estagnada foi removida.NOTA 4Avazodepreenchimentodosfrascosdecoletanuncadevesersuperiora250mL/minpara substncias orgnicas e 500 mL/min para substncias inorgnicas.NOTA 5O equipamento de captao deve ser introduzido e removido de forma lenta e cautelosa no poo para evitar a movimentao de partculas slidas eventualmente existentes no poo e no pr-ltro.7.1.2Aplicabilidade Omtododepurgadevolumedeterminadoaplicvelempoosdemonitoramentoquepossam produzir o volume determinado para purga sem que o rebaixamento gerado seja maior que o denido na Seo 6.7.1.3Vantagens As vantagens deste mtodo so as seguintes: a)pode ser usado com praticamente todos tipos de bombas ou equipamentos de amostragem por captura; b)no requer medies qumicas para que se determine se a purga j est completa; c)no requer controle contnuo dos parmetros fsico-qumicos para que se determine se a purga j est completa.7.1.4Limitaes As limitaes deste mtodo so as seguintes: a)gera um volume maior de gua potencialmente contaminada, aumentando os custos associados armazenagem, tratamento e disposio de gua purgada; Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservados8ABNT NBR 15847:2010 b)no prtico em meios com baixa condutividade hidrulica, pois o tempo de operao pode ser longo em funo dos cuidados necessrios para evitar o esgotamento total do poo; c)no leva em considerao as caractersticas da gua produzida para vericao da nalizao da purga, que limita a rastreabilidade e avaliao da efetiva representatividade da amostra.7.2Purga de baixa-vazo7.2.1Descrio do mtodoEste mtodo difere da purga tal como denida no em 3.1, pois leva em considerao as caractersticas geoqumicas da gua produzida para denir a nalizao da purga. Neste mtodo a purga realizada pormeiodetaxasdebombeamentoreduzidas(entre0,05L/mine1,0L/min),compatveiscoma capacidade de produo do poo de monitoramento, que no causem o rebaixamento excessivo do nveldagua(Seo6),evitandoacoletadaguanorepresentativa.Duranteobombeamento, parmetrosindicadoressomonitoradosatquesejaobtidaaestabilizao(ver7.2.2)dassuas leituras, indicativo de que gua representativa da formao est sendo coletada e que a purga est completa. Oequipamentodeamostragemdeveserposicionadodeformalentanointeriordopoode monitoramento, e para que se tenha um fator de segurana, deve ser posicionado preferencialmente no meio do tubo-ltro. A nalizao da purga ser denida por meio da estabilizao dos parmetros indicadores, de acordo com os critrios estabelecidos em 7.2.2.NOTAA vazo de bombeamento deve ser denida deforma a minimizar os distrbios que podem ser geradospelorebaixamentoexcessivodonveldaguanopoodemonitoramentoenaformao,pelo aumentodavelocidadedemovimentaodaguasubterrneanoaqferoepeloaumentodazonade capturadopoo.Eladevepermitiraestabilizaodonveldaguadentrodoscritriosestabelecidosna Seo6.Avazodepurganuncadevesersuperiora1L/min.Avazodepreenchimentodosfrascosde coleta deve ser menor ou igual vazo de purga e nunca superior a 250 mL/min para substncias orgnicas e 500 mL/min para inorgnicas.7.2.2Medio dos parmetros indicativos da qualidade da guaO monitoramento contnuo dos parmetros indicativos da qualidade da gua so fundamentais para a determinao do momento em que a purga pode ser encerrada. Uma vez que o nvel de rebaixamento da coluna dgua se estabilize para uma vazo de purga e os parmetros indicativos da qualidade da gua se estabilizem, presume-se que a gua bombeada proveniente da formao. Neste momento, asamostrasdevemsercoletadas.Osparmetrosindicativosdaqualidadedaguaquedevemser monitorados durante a purga so: temperatura, pH, condutividade eltrica, potencial de oxirreduo e oxignio dissolvido. Pesquisas cientcas e a experincia prtica demonstraram que a condutividade eltrica e o oxignio dissolvido so os parmetros mais conveis para a determinao da estabilizao, sendo este ltimo o mais conservador de todos, por ser o mais sensvel a interferncias.Para efetuar a medio dos parmetros em campo, necessria a utilizao de uma clula de uxo conectada em srie com o sistema de coleta por bombeamento, permitindo que a gua bombeada no entre em contato com o ambiente externo previamente realizao das leituras. Todos os instrumentos analticos de campo, devidamente calibrados, devem permanecer na sombra durante os trabalhos de campo, a m de evitar alteraes indesejadas em funo da incidncia direta do sol na instrumentao. importante que se conheam as recomendaes do fabricante dos equipamentos de medio quanto aos procedimentos de calibrao e do tempo necessrio para que os equipamentos se aclimatizem no ambiente de amostragem, de maneira a garantir a representatividade dos dados coletados.Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservados9ABNT NBR 15847:2010A primeira leitura dos parmetros deve ser realizada aps a passagem do volume de gua contido na bomba, somado ao volume da tubulao e volume da clula de uxo. Este volume denominado volumedosistema.Apsodescartedovolumedosistema,asleiturasdevemseriniciadas. Deve-se calcular as variaes percentuais em relao primeira leitura aps a estabilizao do nvel da gua para os parmetros condutividade eltrica e oxignio dissolvido. Os parmetros indicativos da qualidade da gua so considerados estveis quando suas variaes permanecem dentro de uma faixadeoscilaopredeterminada,pornomnimotrsleiturasconsecutivas.Afreqnciaentreas leituras deve ser baseada no tempo necessrio para se renovar pelo menos um volume da clula de uxo ou no mnimo a cada 3 min, o que for maior. EXEMPLO1)Umacluladeuxode500mLdevolumecombombeamentoaumavazodepurga de 250 mL/min tem seu volume renovado em 2 min. Neste caso o tempo de renovao do volume de gua da clula inferior aos 3 min. Portanto, o intervalo entre as leituras deve ser de 3 min.EXEMPLO2)Umacluladeuxode500mLdevolumecombombeamentoaumavazodepurga de 100 mL/min tem seu volume renovado em 5 min. Neste caso o tempo de renovao do volume de gua da clula superior aos 3 min. Portanto, o intervalo entre as leituras deve ser de 5 min.Aseguir,apresentam-seasfaixasdevariaoparaaestabilizaodosparmetrosindicativosda qualidade da gua: Temperatura: 0,5 C pH: 0,2 unidade* Condutividade: 5,0 % das leituras Oxignio dissolvido: 10 % das leituras ou 0,2 mg/L*, o que for maior Potencial de oxirreduo:20 mV** Valores relativos aos padres de incerteza tipicamente disponveis nos instrumentos de campo muito importante denir a faixa de leitura, preciso e incerteza dos instrumentos utilizados para o monitoramento e denio dos parmetros de estabilizao utilizados. Caso o instrumento de medio no seja capaz de medir com preciso dentro da faixa denida para a estabilizao, deve ser avaliada a possibilidade de se utilizarem outras faixas de variao para o programa de amostragem.7.2.3AplicabilidadePurgaabaixavazopodeseraplicadaaqualquerpoodemonitoramentoemqueaproduode gua seja suciente para manter o nvel de gua no poo sem rebaixamento excessivo (Seo 6).Vazestimasdepurgaabaixavazodevemserdeterminadasespecicamenteparacadapoo, constar no plano de amostragem e ser documentadas no relatrio da amostragem.7.2.4VantagensAs vantagens deste mtodo so as seguintes: a)ocritriodenalizaodapurgadenidopooapooebaseadonaqualidadedagua subterrnea captada;Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservados10ABNT NBR 15847:2010 b)pode minimizar o volume purgado, reduzindo os riscos de exposio e os custos associados ao manejo de gua removida; c)possibilita a coleta de amostras com turbidez reduzida; d)reduzaschancesdealteraodeamostrascausadasporaeraoe/ouagitaonacamada monitorada; e)reduz a possibilidade de alterao por mistura entre camadas dentro da formao; f)pode ser efetuada usando-se uma grande variedade de equipamentos; g)pode minimizar a mobilizao de material coloidal ou em suspenso, resultando na minimizao do transporte de substncias hidrofbicas agregadas a estes materiais; h)permite um melhor controle e rastreabilidade da representatividade da amostra.7.2.5LimitaesAs limitaes deste mtodo so as seguintes: a)a medio de parmetros indicadores requer o uso e calibrao de instrumentos de medio em campo; b)no pode ser executado com amostradores de captura; c)ousodebombasportteis,emcontrastecombombasdedicadas,podecausardistrbiosno interiordopooeperturbaroequilbriodinmicodacolunadeguaestagnada,aumentando a presena de materiais em suspenso, o que ir acarretar aumento no tempo e no volume de purga necessrio para conseguir-se a estabilizao dos parmetros indicadores (7.2.2); d)necessita de mo de obra especializada e maior quantidade de equipamentos e instrumentao.7.3Uso de obturadores (packers) na purga7.3.1Descrio do mtodo Trata-sedeprocedimentoutilizadoparaapurgaeamostragempontualdeguasubterrnea,em profundidades predeterminadas, onde pretende-se isolar a seo a ser amostrada.7.3.1.1Em poo com uma nica seo ltrante afogada, a captura da bomba ca suspensa abaixo do obturador (packer), que instalado acima do topo do tubo-ltro, isolando a gua estagnada acima do tubo-ltro. O obturador deve ser instalado no interior do tubo de revestimento e no no tubo-ltro (ranhurado).Aocorrnciaderebaixamentodonveldaguanointeriordorevestimentodopoo, acima do obturador, indicativo de que o obturador no possibilitou o isolamento adequado, devendo ser reinstalado. 7.3.1.2Casos especcos de monitoramento em que o poo foi instalado com sees ltrantes ml-tiplas, isoladas por selo anelar, com a seo do topo afogada ou no, a seo escolhida para purga e amostragem isolada pela instalao de obturadores duplos, posicionados abaixo e acima da seo ltrante a ser amostrada, nos intervalos com tubos de revestimento. Para que se detecte o adequado isolamento da seo entre os obturadores, o nvel dgua acima e abaixo do intervalo isolado deve ser monitorado. De forma ideal, transdutor de presso deve ser instalado para monitorar possveis u-Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservados11ABNT NBR 15847:2010tuaes de carga hidrulicana seo inferior e medio manual do nvel de gua na seo superior, onde pode tambm ser utilizado transdutor de presso. Se houver indcio de falha no isolamento, o ob-turador deve ser reinstalado e a purga tentada novamente. O obturador deve ser instalado no interior do tubo de revestimento e no no tubo-ltro (ranhurado).7.3.1.3Emperfuraesoufurosdesondagemsemrevestimento,aamostragemdetrechoses-peccos das zonas fraturadas pode ser executada como descrito no procedimento de 7.3.1.2, com o posicionamento dos obturadores no trecho selecionado e tomados os mesmos cuidados para evitar falhasnoisolamentodotrecho.Aseleodasseesaseremamostradasdevemsersubsidiadas com informaes levantadas por registro contnuo do perl do poo em imagens ou perlagem geo-fsica que possam assegurar o posicionamento das fraturas ou estruturas objeto de amostragem e a integridade do ponto de instalao dos obturadores.7.3.2AplicabilidadeObturadores podem ser usados em qualquer poo de monitoramento no qual o topo da seo ltrante estejaabaixodonveldagua(poocomseoltranteafogada)esejamaisecienteempoos em que o nvel esttico de gua est signicativamente acima do topo do tubo-ltro. Por outro lado, obturadores no podem ser instalados dentro do tubo-ltro ou sobre zona fraturada, porque isto pode resultaremdrenanaatravsdoobturador,duranteobombeamentoouquandohouverdiferenas signicativas de carga hidrulica.7.3.3VantagensAs vantagens deste mtodo so as seguintes: a)pode minimizar o volume de gua purgado, reduzindo os custos associados ao manejo de gua removida; b)pode ser usado com diversos tipos de equipamentos de bombeamento; c)empooscomseoltrantemltiplaousondagenssemrevestimento,permiteoisolamento hidrulico de cada seo ltrante ou zonas fraturadas e consequentemente a coleta de amostras pontuais. 7.3.4LimitaesAs limitaes deste mtodo so as seguintes: a)nopodeserusadoempoosemqueonvelestticodeguaestposicionadonaseode tubo-ltro; b)obturadores no so adequados para purga com amostradores de captura; c)necessita de mo-de-obra especializada, e maior quantidade de equipamentos e instrumentao.Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservados12ABNT NBR 15847:20108Mtodos de purga e amostragem para poos com baixa capacidade hidrulica Osprocedimentosdepurgaeamostragemparapoosinstaladosemformaescombaixa capacidadehidrulicadevemserdiferentesdosmtodosdescritosanteriormente(7.1e7.2),uma vezqueaaplicaodesteslevainvariavelmenteaoesgotamentocompleto(secamento)dospoos de monitoramento ou gera um rebaixamento superior ao considerado aceitvel (Seo 6), causando: a)tempo demasiadamente longo para recuperao do nvel esttico do poo; b)aumento da superfcie e tempo de contato da gua que entra no poo s condies atmosfricas, causando alterao signicativa nas condies hidrogeoqumicas e perda de substncias volteis; c)aumentonogradientehidruliconoaquferoadjacenteaopooenopr-ltro,causandouxo turbulento e aumento na turbidez articial na gua captada; d)reteno de ar no pr-ltro, que seca rapidamente junto com o poo, criando uma zona reativa que altera as condies hidrogeoqumicasda gua que captada pelo poo.NOTASoconsideradospooscombaixacapacidadehidrulicaaquelesconstrudosedesenvolvidos deacordocomasorientaesdenidasnasABNTNBR15495-1eABNTNBR15495-2equemantm rebaixamento contnuo mesmo quando bombeados a uma vazo de 50 mL/min.Paraprocederpurgaeamostragemdestespooseminimizarosproblemasmencionados anteriormente, o mtodo a seguir deve ser aplicado, ressaltando que mesmo a sua aplicao pode no assegurar que as amostras coletadas sejam representativas da formao8.1Purga mnima8.1.1Descrio do mtodoO objetivo da purga mnima a remoo do menor volume de gua possvel do poo necessrio para a anlise qumica, sem a realizao completa da purga. Assume-se que o volume de gua contida no interior do poo representativo da formao aquele existente: a)entre a captao do equipamento (posicionado acima da base do tubo-ltro para evitar suspenso desedimentoquepossaexistirnoseuinterior)eotopodaseoltrante(poosafogados), descartando o volume de gua contido no equipamento e na tubulao de descarga; b)entreacaptaodoequipamentoeonvelesttico(pooscomseoltrantenoafogada), excludo o volume de gua contido no equipamento e na tubulao de descarga.Paraacoletadestevolumedeguadisponveldeveserdadaprefernciautilizaodebombas dedicadasouequipamentosdeamostragempassiva.Umavezutilizadasbombasportteisou equipamentosdescartveis,ainserodoequipamentopodealteraradinmicadaguacaptada eresultarnamisturadaguacontidanointeriordopoo,gerandomaisincertezasarespeitoda representatividadedestasamostras.Qualquerquesejaoequipamentoutilizado,eledeveser posicionado no interior do poo de monitoramento previamente coleta, pelo tempo necessrio para queocorraarenovaonaturaldaguanaseoltranteantesdaexecuodapurga(quando necessria) e amostragem.Uma vez seguido o prescrito anteriormente, deve-se observar os seguintes procedimentos adicionais: a)no posicionamento dos equipamentos deve ser evitada a suspenso de sedimentos depositados no fundo do poo;Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservados13ABNT NBR 15847:2010 b)no caso de bombeamento, a vazo de coleta deve ser menor ou igual a 100 mL/min; c)descartado o volume do equipamento e da tubulao, o volume de gua contido no poo segundo oscritriosdenidosacimaaqueledisponvelparacoleta.Umavezpurgadoovolumedo equipamentoedatubulao,acoletadeveseriniciada.Umavezcaptadoovolumedegua necessrio e/ou disponvel, o bombeamento deve ser imediatamente paralisado.NOTA 1Qualquerquesejaoprocedimentoadotadonapurgamnima,autilizaodelimitadordeuxo entre uma campanha de amostragem e outra pode minimizar mistura da gua do poo e interaes com o ar contido no poo, gerando amostras com menor grau de incerteza quanto sua representatividade.NOTA 2Para a realizao de purga mnima, deve haver por parte do tcnico responsvel um registro da impossibilidade de utilizao dos mtodos aplicveis a poo com boa capacidade hidrulica. NOTA 3 recomendvel que na aplicao deste mtodo seja minimizado o volume de amostra necessrio para anlise qumica.9Amostragem sem purga9.1Amostragem passiva9.1.1Descrio do mtodoAmostragem passiva entendida como o procedimento para coleta de amostra de gua de determinado intervalo do aqfero sem realizao de purga da gua existente no poo. Na amostragem passiva o equipamento de coleta posicionado no poo de monitoramento, na profundidade desejada, cando exposto ao meio por um tempo que permita uma renovao natural da gua inicialmente contida na seo ltrante do poo e que a gua do poo mantenha equilbrio natural com o amostrador utilizado, deacordocomasrecomendaesdofabricanteparacadatipodeequipamento,ascondies hidrogeolgicaslocaiseascaractersticasconstrutivasdopoo.Oprocedimentodecoletaser tambm denido em funo das caractersticas do equipamento a ser utilizado.9.1.2AplicabilidadeA amostragem passiva pode ser aplicada em qualquer tipo de poo de monitoramento observando-se as caractersticas do equipamento de amostragem, e requer um conhecimento hidrogeolgico prvio e detalhado sobre os tempos de equilbrio necessrios para cada poo. Estudos desenvolvidos por Vroblesky et al (2007) indicam que a aplicao do mtodo em conjunto com a utilizao de limitador de uxo pode minimizar a mistura de gua dentro do poo e permite em alguns casos uma avaliao vertical da distribuio dos contaminantes na zona ltrante do poo. Em funo do tipo de equipamento utilizado pode haver limitaes sobre as substncias a serem avaliadas nas amostras. 9.1.3VantagensAs vantagens deste mtodo so as seguintes: a)no gera volume de gua de purga; b)no altera a dinmica do uxo subterrneo natural; c)permite em algumas situaes uma caracterizao vertical da distribuio da contaminao; d)simplica as operaesdurante a amostragem.Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservados14ABNT NBR 15847:20109.1.4LimitaesAs limitaes deste mtodo so as seguintes: a)utuaes do nvel da gua durante o perodo que o amostrador permanece no poo pode alterar o resultado; b)deveserutilizadoamostradorespeccodeacordocomosobjetivosdaamostragemedas substncias-alvo; c)requer um conhecimento consistente do comportamento hidrogeolgico do aqfero; d)requer um tempo de equilbrio que em algumas situaes pode ser relativamente longo, o qual deve ser previamente denido; e)necessriaacomparaocommtodosconvencionaispreviamenteadoodomtodode purga passiva para demonstrar a aplicabilidade do mtodo para cada situao especf ca.10 Outras consideraes10.1 Descontaminao Todo equipamento usado no poo deve ser adequadamente limpo antes de cada uso, compreendendo nestecasomateriaisreconhecidamenteinertesaocontaminante-alvoouanalito-alvoedemais componentes internos do poo. No se deve deixar que o equipamento limpo entre em contato com opisoouqualqueroutrasuperfciequepossacontamin-lo.Tubosutilizadosnapurgadevemser descartados entre os poos. 10.2 Medies de campo Muitosdosmtodosdepurgaenvolvemmediodeparmetrosindicadores.Osparmetrosa serem medidos e a freqncia de suas medies devem ser especicadas no plano de amostragem. Os parmetros mais comumente medidos incluem, mas no se limitam a, pH, condutividade eltrica, turbidez,temperatura,oxigniodissolvidoepotencialdeoxirreduo.Instruesdeoperaodos fabricantes devem ser seguidas para cada instrumento individual. 10.3 Calibrao de equipamentoTodos os instrumentos usados durante a purga devem ser calibrados e a calibrao documentada e realizada por prossional habilitado. Instrues do fabricante devem ser obedecidas. A freqncia das calibraes deve ser de acordo com as recomendaes do fabricante e condies especcas de uso.11 Relatrio O relatrio de purga e amostragem de um poo de monitoramento deve conter no mnimo o seguinte: a)dados relativos ao per f lconstrutivodopoodemonitoramento(profundidade,comprimentoe posicionamento do tubo-ltro, dimetro da perfurao e do tubo-ltro e de revestimento, material do tubo-ltro e tubo de revestimento);Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS ABNT 2010 - Todos os direitos reservados15ABNT NBR 15847:2010 b)identicao do local (nome e endereo); c)identicao do poo de monitoramento; d)nome dos membros da equipe de amostragem; e)registro dos dados das condies climticas; f)registrodousodeprodutosquepossaminterferirnosresultadosanalticos(protetorsolare repelente, por exemplo); g)dados de calibrao de equipamentos utilizados em campo (identicao do instrumento e data da ltima calibrao); h)anotao das condies de preservao e manuteno do poo de monitoramento (integridade da proteo supercial, obstrues no interior, integridade do tubo-ltro e de revestimento, presena de materiais estranhos etc.); i)anotao das observaes efetuadas em campo (odores, medidas de vapores orgnicos); j)registro da aparncia da gua antes e aps a purga (aspecto, turbidez), cor, odor); k)registro da data e o tempo de incio e nalizao da purga; l)descrio dos procedimentos de descontaminao de equipamentos no descartveis; m)medio e anotao do nvel da gua estabilizado antes da purga, utilizando ponto de referncia demarcadodeelevaoconhecida(descreveropontodereferncia),eadataemqueesta medio foi efetuada; n)registro da presena ou no de fase livre e sua espessura; o)medioeregistrodaprofundidadedopoodemonitoramentoecompararcomosdados construtivos (dependendo do mtodo de purga, efetuar esta medio aps a sua nalizao); p)citao do mtodo e dos equipamentos utilizados para purga; q)registro da variao do nvel dgua durante a purga (anotar o nvel da gua em relao ao tempo de execuo); r)vazo de purga na estabilizao (se aplicvel); s)volume de gua purgada (se aplicvel); t)registrodosresultadosdamedioefetuadaduranteapurga(nveldagua,parmetros indicadores, monitoramento de compostos orgnicos volteis (VOC); u)registrodasmediesdosparmetrosindicadoresnaestabilizaoetemponecessriopara atingir a estabilizao; v)descrio do manuseio e destinao da gua purgada (se aplicvel); w)mtodos de coleta, manuseio e preservao das amostras coletadas.Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31Impresso por: PETROBRAS