Acadêmicos: Franciele, Gabriele, José Edson e...
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Acadêmicos: Franciele, Gabriele, José Edson e wygner
O grau de dependência que a sociedade moderna tem dos
resultados da ciência e da tecnologia é tal que não podemos mais
conceber a sua existência sem estes dois empreendimentos
humanos. Praticamente tudo o que se faz hoje tem relação direta
ou indireta com elas.
Escovar os dentes, assistir à televisão, surfar, ler uma revista,
escutar música ou realizar uma experiência de laboratório seriam,
sem as contribuições da ciência e da Tecnologia, tarefas
impossíveis ou pelo menos bem mais dificultosas. Mesmo assim,
poucos compreendem o que elas são ou o que representam.
De fato, compreender as suas bases, a sua amplidão e os
seus efeitos não são tarefa fácil, pois não temos o costume de
encará-las como parte da nossa cultura. E também porque a
ciência em si e os produtos tecnológicos são mesmo mais
complexos do que os acontecimentos e explicações do dia-a-dia.
E como se fosse urna forma diferente de ver as coisas. Às
vezes são até contrárias ao senso comum, necessitando análises
mais rigorosas e mais elaboradas para fazerem sentido. Isso tudo
gera dúvidas. E quando diante de dúvidas, é fácil fantasiarmos um
pouco em relação ao que cada uma delas representa.
Mas o engenheiro não trabalha apenas com a ação prática,
construindo e consertando artefatos concretos. Ao contrário, ele
está apto a desenvolver suas atividades com o auxílio tanto da
tecnologia quanto da ciência. Deveríamos na verdade falar em
ciências - no plural, pois elas são muitas -, e é de um conjunto
delas que o engenheiro se vale para trabalhar.
Ciências não são apenas conjuntos de informações, nomes e
proposições. 'Nem são apenas conjuntos de teorias que explicam o
funcionamento da natureza tal como ela é. São processos
dinâmicos que implicam a interação da comunidade científica com a
sociedade, onde interagem forças políticas e sociais.
A ciência cada uma delas não é politicamente neutra, pois
depende de motivações culturais para o seu desenvolvimento, que
acabam ditando como acontece a pesquisa, o seu planejamento, o
seu financiamento e também os assuntos a serem pesquisados.
Deixando um pouco de lado estas questões, parece que o
mais acertado seja encarar a ciência como um empreendimento
humano, como tantos outros, mas revestido de algumas
características especiais.
Dentre elas podemos destacar a racionalidade, pois fazer
ciência implica reavaliar constantemente as teorias e confrontá-las
com novos fatos, com novas interpretações de mundo, sempre
tendo como base uma análise criteriosa do problema, uma
criatividade elaborada e consistente, um modo de pensar
imaginativo e disciplinado, buscando sempre verdades verificáveis.
O que é pesquisa? Pesquisa é um conjunto de investigações
racionais, operações e trabalhos intelectuais ou práticos que
objetiva a criação de novos conhecimentos, a invenção de novas
técnicas e a exploração ou criação de novas realidades. E uma
busca minuciosa com o intuito de averiguar um evento, uma
hipótese, um fato ou uma idéia.
Com fins didáticos, podemos dividir a pesquisa em duas
grandes categorias: a básica e a aplicada. A pesquisa básica seria
aquela que visa a essencialmente descrever as leis da natureza,
compreender o seu funcionamento e criar mecanismos teóricos que
nos possibilitem interações racionais com ela. O papel da pesquisa
aplicada seria, em especial, criar aplicações práticas para as leis
fundamentais.
De forma simplificada, podemos dizer que a ciência procura
criar leis e explicações que possam desvendar os fenômenos da
natureza. Usando esse mesmo parâmetro, a tecnologia, através
dos conhecimentos disponíveis -especialmente os científicos -,
procura construir instrumentos, processos e sistemas e planejar
linhas de ação que tenham valor prático.
Mas tecnologia significa também um conjunto de
procedimentos, algo como um sistema de ação de que são
protagonistas técnicos gabaritados e que trabalham em centros de
desenvolvimento e de pesquisa. Podemos defini-la também como
um conjunto de técnicas modernas baseadas nas ciências, em
contraposição às práticas mais empíricas dos artesãos.
Os engenheiros desenvolvem aí um importante papel: são eles
que fazem a ponte entre o conhecimento científico e os
desenvolvimentos tecnológicos de ponta e os produtos na prateleira
dos supermercados.
Método é uma palavra derivada dos componentes gregos
META, que significa "ao longo de" ou "ao largo de" e ODÓS, que
significa "caminho", "via". Portanto, por MÉTODO podemos
entender o "caminho ao longo do qual" podemos chegar a um ponto
desejado.
Assim, ao ordenar o esforço mental, um método proporciona
orientação numa pesquisa, resultando em economia de tempo e em
maior racionalidade operativa. Além do mais, um método deve
libertar o espírito de dispersões,tornando-o mais eficaz.
O método é a lógica geral da investigação, é a estratégia de
ação - como agir, pensar, fazer. Como tal, para cada pesquisa deve
ser ou pode ser identificado um método apropriado.
Resumidamente, método é a ordenação dos elementos de um
processo para atingir um determinado fim.
Numa pesquisa estão presentes dois tipos de conhecimento.
Em algum momento, usamos um conhecimento que podemos
chamar de sensível, sendo este utilizado para a absorção ou
internalização do saber.
Num outro momento, usamos um conhecimento que podemos
identificar como intelectual, sendo este empregado para o
processamento das informações e para as reflexões necessárias.
Aliás, estamos constante mente usando as duas formas de
conhecimento para nos relacionarmos com o mundo à nossa volta
olhamos, percebemos, tocamos, cheiramos as coisas e as
interpretamos, teorizamos sobre elas.
Por exemplo, a cor, a consistência e o cheiro de uma iguaria
de uma culinária exótica logo despertam em nós conjecturas a
respeito do seu sabor.
O que significam estas duas formas de conhecimento?
Definindo o conhecer como uma relação que se estabelece entre o
sujeito da ação o pesquisador e o objeto conhecido.
Observação
Pesquisa
Bibliográfica
Hipótese
Experimentação
Indução
Dedução
Análise e síntese
Teoria
Além do mais, podem contribuir para esse desenvolvimento
compreendendo de forma crítica o papel da ciência e da tecnologia
perante a sociedade, e buscando desenvolver uma engenharia com
cada vez maior embasamento cientifico.
Para isso não basta apenas aprender a teoria de como
pesquisar ou projetar, ou apenas assimilar todos os conteúdos
trabalhados durante o curso.
Devemos também procurar criar condições que colaborem
para a nossa própria evolução. Isso pode ser conseguido através
da participação concreta no nosso processo educacional. Dessa
forma, estaremos também contribuindo para o progresso da
ciência, da tecnologia e, conseqüentemente, da própria sociedade.
• definição do tema;
• pesquisa bibliográfica, para verificar quais estudos foram
realizados sobre o assunto e para colher dados;
• delimitação do assunto, com a definição do enfoque a ser
adotado;
• definição dos objetivos a serem alcançados;
• escolha do título da pesquisa;
• justificativa da pesquisa, indicando as contribuições que o trabalho
poderá trazer;
• formulação do problema;
• enunciado de hipóteses;
• definição dos instrumentos necessários aos trabalhos;
• execução do plano de trabalho, que determine a forma da
realização da pesquisa e a coleta e análise dos dados;
• definição do cronograma de desenvolvimento dos trabalhos,
estabelecendo o orçamento necessário para a provisão de
despesas com pessoal, materiais, serviços etc.;
• realização do trabalho propriamente dito;
• discussão dos resultados obtidos;
• conclusão e observações sobre o projeto;
• confecção de relatório.