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AÇÃO COOPERATIVISTA PARA UM MUNDO MELHOR

#1ANO I • 2015

JAN/FEV/MAR

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VERGILIO FREDERICO PERIUS

PRESIDENTE DO SISTEMA OCERGS-SESCOOP/RS

Planejamento Estratégico do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, elabo-

rado com a participação e cooperação da diretoria do Sistema, dos

conselhos, de nossos colegiados e colaboradores, definiu pela criação e

implantação de um novo projeto de comunicação. Dentro dessa propos-

ta, surge a revista Rio Grande Cooperativo, uma publicação de cunho téc-

nico, que aborda os principais assuntos e temas que permeiam hoje o

cooperativismo gaúcho, o momento atual do Rio Grande do Sul e do País,

o cenário da nossa economia, fortalecida e amparada pela estrutura, cres-

cimento e desenvolvimento das cooperativas.

Convidamos técnicos, dirigentes e associados a colaborar com a nossa

revista, para que ela possa cada vez mais se enriquecer com artigos e in-

formações técnicas. Acompanhando a era da convergência digital, temos

também o informativo online O Interior Cooperativo, que tem uma perio-

dicidade quinzenal e será encaminhado por e-mail para nossas coopera-

tivas, nossos associados e dirigentes.

A primeira edição da revista marca um momento importante do setor

cooperativista, que é o Dia de Cooperar (Dia C). O cooperativismo

gaúcho está se empenhando fortemente para participar do Dia C, que

tem a missão de promover e estimular ações de voluntariado, ofertadas

à comunidade por todos nós, que sentimos orgulho de ser cooperativis-

tas. Nossas cooperativas praticam serviço voluntário permanente, à me-

dida que as sobras ficam nas comunidades locais e contribuem para o

desenvolvimento das mesmas.

Em 2015, o Dia C será comemorado no dia 4 de julho, Dia Internacional do

Cooperativismo. Trata-se de uma oportunidade de demonstrar à socieda-

de gaúcha como o cooperativismo é importante, de dar visibilidade às ações

voluntárias das cooperativas que beneficiam as comunidades em que atuam.

O cooperativismo se lastreou para algumas funções que as empresas pri-

vadas não conseguem atingir. As cooperativas agropecuárias investem em

assistência técnica e extensão rural, mediante processos educativos, que

visam ao fortalecimento da agricultura familiar e à melhoria da qualidade

de vida da população rural. As cooperativas de Crédito possibilitam a in-

clusão financeira dos nossos gaúchos, principalmente os de menor renda.

O ramo Infraestrutura assegura energia trifásica para os pequenos e mé-

dios produtores rurais, através da energia que sobra da construção de pe-

quenas centrais hidrelétricas. As cooperativas de Saúde constroem hospi-

tais e aliviam os usuários e beneficiários do Sistema Único de Saúde que

não têm acesso a um serviço mais qualificado na área de saúde.

Portanto, o sistema cooperativista fortalece e promove o desenvolvimen-

to do Rio Grande do Sul. Essa é a mensagem que quero deixar, o coope-

rativismo faz bem para a sociedade gaúcha.

Cooperativismo faz bem para a sociedade gaúcha

O

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SESCOOPRS.COOP.BR • JAN/FEV/MAR • 20154 AÇÃO COOPERATIVISTA PARA UM MUNDO MELHOR

SU

RIO

PERFILUm cooperativista

de princípios

ESPAÇO SESCOOP/RSSescoop/RS assina termo decooperação com Prefeitura

ENTREVISTAAgricultura familiar e

cooperativismo

ATUALIDADESCooperativas do RS se

destacam na entrega doMarcas de Quem Decide

CAPADia de Cooperar2015 (Dia C)

ARTIGODifi culdades de acesso ao crédito pelas cooperativas agropecuárias no Rio Grande do Sul

CRÔNICAConvergência digital e a nova relação produtor-consumidor

MARKETING E COMUNICAÇÃOO mundo é digital.O marketing também

ARTIGOA cooperação danova geração

CONTABILIDADEQualidade da informação contábil

ARTIGOGestão em Cooperativas

GERAÇÃO COOPERAÇÃOConfi ra os destaques do Geração Cooperação

ARTIGOGovernança emCooperativas,mais um modismo?

COOPERATIVISMODIGITALCooperativas que conectam pessoas

ESPAÇO ESCOOPA ciência é universal, mas as soluções devem ser locais

CASEJeito Pampa Gaúcho de dar Boas-Vindas conquista novos associados

LEGISLAÇÃOLiberdade, Igualdade e Controle Democrático em Sociedades Cooperativas

ESPAÇO ESCOOPEscoop promove educaçãocooperativista no RS

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LSescoop/RS lança nova Revista

A primeira edição da revista Rio Grande Coopera-tivo traz assuntos e temas importantes ligados ao coo-perativismo gaúcho e ao cenário econômico do Esta-do e do Brasil. Com uma nova proposta de comunica-ção, a revista tem como objetivo trazer um conteúdo mais técnico, com reportagens e a rtigos aprofundados sobre legislação, educação, governança, sucessão fa-miliar, intercooperação, agricultura familiar e outros temas de interesse do escopo cooperativista.

Rio Grande Cooperativo é uma publicação tri-mestral do Sescoop/RS que substituirá o Jornal O Interior Cooperativo. As cooperativas gaúchas con-tinuarão sendo prestigiadas, com espaço destinado a informações e notícias de fatos relevantes que ocor-rem dentro do âmbito cooperativista. A publicação também conta com uma editoria que destaca cases de sucesso das cooperativas do RS, que servem de modelo e inspiração para outras cooperativas.

Em sua primeira edição, a revista traz como repor-tagem principal o Dia de Cooperar (Dia C), uma ini-ciativa do Sistema OCB que, com apoio e participa-ção efetiva das cooperativas, tem o objetivo de pro-mover e estimular a integração das ações voluntárias de cooperados, colaboradores e familiares em um grande movimento de solidariedade cooperativista. Esta será a primeira vez que o Rio Grande do Sul par-ticipa do Dia C, que em 2015, será comemorado no dia 4 de julho - Dia Internacional do Cooperativismo.

A publicação conta com uma novidade e traz pa-ra os seus leitores uma entrevista com um perfil de liderança no âmbito cooperativista. Nesta edição, o entrevistado é o presidente da Central Sicredi Sul, Orlando Borges Müller, que fala sobre família, sua formação profissional, como ingressou no coopera-tivismo, como deve se portar um líder e a importân-cia do Sicredi como modelo de referência.

A revista apresenta nesta edição uma entrevista com o secretário de Desenvolvimento Rural e Coo-perativismo, Tarcísio Minetto, que trata de questões importantes que envolvem o trabalho da Secretaria, com ênfase em temas como a agricultura familiar, assistência técnica rural, sucessão familiar e o coo-perativismo.

Boa leitura!

Na matéria de capa, o destaque especial dessa edição fica por conta do Dia C. Esta será a primeira vez que o Rio Grande do Sul participará da iniciativa do Sistema OCB, e a reportagem principal da revista Rio Grande Cooperativo apresenta um histórico do programa e como as cooperativas podem se organizar para participar e inscrever seus projetos no Dia C.

Nesta primeira edição, o secretário de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, trata de questões importantes que envolvem o trabalho da Secretaria, com ênfase em temas como a agricultura familiar, assistência técnica rural, sucessão familiar e o cooperativismo.

EXPEDIENTERio Grande Cooperativo é uma publicação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul – Sescoop/RS.Endereço: Rua Félix da Cunha, 12 – Bairro Floresta – Porto Alegre – CEP 90570-000 – Fone: (51)3323.0000 – email: [email protected] – site: www.sescooprs.coop.brProdução e edição de textos e imagens: Assessoria de Comunicação do Sistema Ocergs-Sescoop/RS (jornalistas Luiz Roberto de Oliveira Junior – Reg. 10.824, Rafaeli Drews Minuzzi – Reg. 16.359 e Leonardo Custodio Machado – Reg. 15.934) – Assessoria de imprensa de cooperativasOs artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.Responsável: Rafaeli Drews MinuzziProjeto Gráfico – Moove Comunicação TransmídiaDiagramação – Imagine DesignImpressão: Gráfica e Editora Relâmpago Tiragem: 8.625 exemplaresDistribuição gratuita

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SESCOOPRS.COOP.BR • JAN/FEV/MAR • 20156 AÇÃO COOPERATIVISTA PARA UM MUNDO MELHOR

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Sescoop/RS e a prefeitura de Porto Alegre assinaram no dia 26 de fevereiro, o termo de

cooperação técnica para a capacitação de trabalha-dores das 18 Unidades de Triagem (UTs) que fazem parte do programa Todos Somos Porto Alegre. No total, 100 lideranças serão qualificadas na área de gestão e cooperativismo, com foco na inclusão pro-dutiva da reciclagem. O objetivo é melhorar a ges-tão interna das UTs, aumentando o volume de ma-terial encaminhado à reciclagem e garantindo mais renda aos cooperados.

Pelo acordo, o Sescoop/RS disponibilizará ins-trutores para realizar treinamentos dirigidos aos lí-

SISTEMA OCB REALIZA AUDIÊNCIA COM MINISTRO DO TRABALHO E EMPREGO No dia 4 de março, em Brasília, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, se reuniu com o

ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, para tratar, dentre outros assuntos, do Programa Aprendiz Cooperativo no Campo. O Programa é um pleito do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, que tem sido reivindicado pelas cooperativas agropecuárias gaúchas. O vice-presidente da Frencoop Nacional, deputado Giovani Cherini, participou da audiência.

AGENDA INSTITUCIONAL DO COOPERATIVISMO 2015A OCB lançou, no dia 24 de março, a Agenda Institucional do Cooperativismo 2015, apresentando suas

principais demandas aos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário para este ano. O Sistema Ocergs-Sescoop/RS foi representado por seu presidente, Vergilio Perius, pelos diretores Paulo Pires e Abel Paré e pelo gerente jurídico Mario De Conto.

VISITA TÉCNICA NO SESCOOP/RSO Sistema recepcionou no dia 25 de março, na Escoop, integrantes de uma comitiva da OCB, com

dirigentes de cooperativas brasileiras, que receberam em 2014 o Prêmio Cooperativa do Ano, promovido pela OCB. O grupo de 23 pessoas assistiu a uma breve explanação do presidente do Sistema, Vergilio Perius, e do diretor geral da Escoop, Derli Schmidt.

Sescoop/RS assina termo de cooperação com Prefeitura

O deres das UTs, com módulos como informática, coo-perativismo e comercialização, e também o material didático necessário. A prefeitura fica responsável pelo transporte dos alunos até o curso e por moni-torar a frequência nas aulas. Os trabalhadores se-rão divididos em quatro turmas de 25 pessoas. As aulas ocorrerão em um turno por semana para ca-da turma, totalizando 96 horas/aula. Também par-ticiparão do curso assessores técnicos contratados para acompanhar as atividades das UT’s por dois anos. Eles serão agentes de apoio para garantir o uso, na prática, dos conhecimentos que serão ad-quiridos.

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ACOMPANHE A SEGUIR AS QUESTÕES DE INTERESSE DAS COOPERATIVAS E DOS ASSOCIADOS QUE TIVERAM O ACOMPANHAMENTO DO SISTEMA

OCERGS-SESCOOP/RS NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2015.

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ENCONTRO NACIONAL DE SUPERINTENDENTES DO SISTEMA OCB

O superintendente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Norberto Tomasini, participou nos dias 19 e 20 de fevereiro, do Encontro Nacional de Superintendentes do Sistema OCB 2015. O evento teve por objetivo promover a reflexão sobre o papel do executivo do movimento cooperativista e, também, o alinhamento em torno de temas relevantes que nortearão os trabalhos deste ano.

Gestão de RH nas cooperativas agropecuárias

O Sescoop/RS e a Confederação Alemã de Coo-perativas (DGRV) promoveram, nos dias 18 e 19 de março, na Escoop, reuniões com representantes de cooperativas agropecuárias com o objetivo de con-tribuir para a padronização de processos na gestão de recursos humanos, agregando valor econômico e social nas práticas e políticas adotadas no ramo Agropecuário.

Os encontros realizados integram a segunda fase do Projeto de Cooperação da DGRV (Alemanha) com o Sescoop/RS. Entre as atividades propostas ao gru-po de trabalho, consta a elaboração de um manual de gestão de RH com descrições de processos e exemplos de gestão profissional de RH; elaboração e implementação em longo prazo de um programa adaptado de capacitação do Sescoop/RS para as funções e competências-chave das cooperativas; e apreciação de um pré-projeto para a realização de um curso de Pós-graduação Lato Sensu em Gestão de Recursos Humanos.

Durante as reuniões, foram revisados os objeti-vos do Projeto de Cooperação Bilateral e os reflexos positivos nas cooperativas frente ao desenvolvimen-to de um manual de RH.

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As reuniões contaram com a presença de profissionais das cooperativas Cotrisal, Coopibi, Cotripal, Cotrirosa, Santa Clara, Piá e CCN; do coordenador do Projeto pela Alemanha, Arno Boerger; do professor da Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo (Escoop), Fernando Dewes; da consultora da ADVB, Claudia Muller; do consultor alemão da GFA Consulting Group, Hartwig Breternitz e colaboradores do Sistema Ocergs-Sescoop/RS

ANEEL ACATA PROPOSTAS DE TEMAS SUGERIDOS PELO SISTEMA OCBTemas determinantes para a sustentabilidade

das cooperativas de eletrificação serão priorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no biênio 2015 – 2016. Cinco entre sete propostas apresentadas pelo Sistema OCB farão parte da agenda positiva do órgão regulador para os próximos dois anos. Todas elas visam ao equilíbrio econômico-financeiro das cooperativas de distribuição elétrica, considerando, por exemplo, gastos voltados à manutenção dos serviços.

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SESCOOPRS.COOP.BR • JAN/FEV/MAR • 2015 AÇÃO COOPERATIVISTA PARA UM MUNDO MELHOR

ENTRE OS DIAS 9 E 13 DE MARÇO, O SISTEMA OCERGS-SESCOOP/RS ESTEVE PRESENTE NA 16ª EDIÇÃO DA EXPODIRETO COTRIJAL, EM NÃO-ME-TOQUE. AS

COOPERATIVAS LANGUIRU, SANTA CLARA, COPREL E ALFREDOCHAVENSE EXPUSERAM SEUS PRODUTOS NA CASA DO COOPERATIVISMO GAÚCHO. CONFIRA

OS EVENTOS E ATIVIDADES QUE TIVERAM A PARTICIPAÇÃO DO SISTEMA NA FEIRA.

o primeiro dia da Feira, após partici-par da abertura oficial no auditório

central do Parque, o Mundo Cooperativo Gaú-cho, a casa do cooperativismo na Expodireto 2015, recebeu a visita do governador do Es-tado do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori. Em sua saudação, o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, pediu para que o governador continue olhando pa-ra as cooperativas, que são sinônimo de sus-tentabilidade e desenvolvimento social e eco-nômico do Estado e do País. E, em seguida, apresentou algumas reivindicações do setor cooperativo, com o objetivo de auxiliar no crescimento e desenvolvimento do Estado.

Após reivindicações de representantes de entidades cooperativas em benefício dos ra-mos de Infraestrutura, Crédito e Agropecuá-rio, o governador do Estado, José Ivo Sarto-ri, destacou em seu discurso a importância do cooperativismo e da integração plural e democrática das entidades para o desenvol-vimento do Estado. “Estamos aqui para fazer um plano de desenvolvimento rural ou agrí-cola para o Rio Grande do Sul envolvendo todos os setores”, completou.

TROFÉU BRASIL EXPODIRETOPersonalidades do agronegócio gaúcho e brasileiro estiveram reunidas na noite do dia 8 de março, em

Carazinho, na solenidade de entrega do Troféu Brasil Expodireto. O evento reconheceu a importância do agronegócio do Brasil no cenário internacional e destacou quem desenvolveu uma cadeia produtiva competente, com base em resultados positivos e promissores.

FÓRUM ITINERANTE DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

Representado pelo diretor técnico sindical, Irno Pretto, o Sistema apoiou e participou, no dia 10, do Fórum Itinerante do Agronegócio Brasileiro. Na ocasião, os ex-ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues, Luis Carlos Guedes Pinto e Francisco Turra debateram o tema “Panorama e perspectivas do agronegócio brasileiro na visão de líderes do setor”.

FÓRUM ESTADUAL DO LEITENo dia 12, o diretor secretário, Paulo Pires, representou o Sistema no Fórum, promovido pelas

cooperativas Cotrijal e CCGL. O analista de mercado, Marcelo Pereira de Carvalho, falou sobre a atenção aos custos de produção, mesmo com a expectativa de preços melhores em 2015 no setor leiteiro. E o médico veterinário, Luiz Gustavo Ribeiro Pereira, apresentou algumas ferramentas que podem auxiliar na gestão da atividade.

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Em 2015, o total geral de negócios dos 530 expositores encerrou em R$ 2,18 bilhões. Nos cinco dias de Feira, a Expodireto Cotrijal recebeu um público de 230.100 pessoas.Entre os destaques deste ano, a feira recebeu delegações de diversos países na área in-ternacional, com negócios que atingiram R$ 237,5 milhões. O pavilhão da Agricultura Familiar movimentou mais de R$ 854 mil, 5% a mais do que no ano anterior.A 17ª Expodireto Cotrijal, em 2016, ocorrerá entre os dias 7 e 11 de março.

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Expodireto 2015

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Sescoop/RS realiza formaturas de Aprendizes Cooperativos PcD

Sescoop/RS promoveu nos dias 26 e 27 de fevereiro, as formaturas das Turmas de Apren-

dizes Cooperativos para Pessoas com Deficiência (PCDs) da Cooperativa de Calçados e Componen-tes Joanetense (Coopershoes), de Picada Café e da Cooperativa Languiru, de Teutônia.

As turmas dos cursos que iniciaram em feverei-ro de 2013 tiveram aulas teóricas até dezembro de 2013 e aulas práticas durante o ano de 2014. As au-las teóricas dos alunos do curso de Auxiliar para Manufatura de Calçados, de Novo Hamburgo, fo-ram ministradas por professores da Cooperativa de Trabalho Educacional (Coopeeb) e as do Curso de Processamento de Carnes, de Teutônia, por profes-sores do Colégio Teutônia.

COLÉGIO TEUTÔNIA E COOPERATIVA LANGUIRU

Ao todo, 11 jovens receberam o certificado de con-clusão do curso. Também prestigiaram o evento mo-nitores, coordenadores e gerentes de unidades da Coo-perativa Languiru, o prefeito de Westfália, Sérgio Ma-rasca, o diretor do Colégio Teutônia, Jonas Rückert e o presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer.

Segundo Bayer, os jovens foram acolhidos na Lan-guiru e inseridos nos princípios do cooperativismo. “Temos a convicção de que este sistema é o melhor do mundo, tanto que sua filosofia é empregada, inclu-sive, na busca pela ordem e paz mundial”, destacou.

COOPERSHOES E COOPEEBO Programa Aprendiz Cooperativo do Sescoop/RS

tem o objetivo de preparar os jovens para o mercado de trabalho, garantindo a sua formação técnica-profissional, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico. Nesse sentido, os seis alu-nos que concluíram o curso já foram contratados efe-tivamente pela Coopershoes.

A auditora fiscal do Ministério do Trabalho e Em-prego (MTE), Ana Maria Machado da Costa, falou do orgulho em participar da inclusão dos jovens no mercado de trabalho e da importância das entida-des envolvidas para que esse tipo de iniciativa acon-teça: “A sociedade deve evoluir muito para que con-siga acolher todos os brasileiros e brasileiras. Esse é um País que tem que ser de todos efetivamente, cada um com suas habilidades, características e li-mitações. Vocês são vencedores”, finalizou.

A formatura também contou com a presença da coordenadora do Programa, Gladis Gleise, represen-tando a Coopeeb, do gerente de Promoção Social do Sescoop/RS, José Zigomar Vieira dos Santos, da re-presentante da Coopershoes, Maria Rosalia Hansen Dhein, da assistente social da Oficina Geração de Renda, Sandra Spohr e da analista técnica de Pro-moção Social do Sescoop/RS, Fernanda Dias.

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Ao todo, 11 jovens com deficiência – PcD participaram da solenidade e receberam o certificado de conclusão do Curso de Processamento de Carnes

Todos os formandos já estão com seus empregos garantidos na Coopershoes

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O Programa Aprendiz Cooperativo do Sescoop/RS proporciona às cooperativas condições para cumprimento da Lei nº 10.097/2000 que exige dos estabelecimentos de qualquer natureza a contratação em seu quadro de empregados entre 5% e 15% de jovens aprendizes. O cálculo do percentual aplicável a cada estabelecimento é baseado na quantida-de de funções que demandam formação profissional.

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Sobre o Programa Aprendiz

Cooperativo

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SESCOOPRS.COOP.BR • JAN/FEV/MAR • 201510 AÇÃO COOPERATIVISTA PARA UM MUNDO MELHOR

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ES AS COOPERATIVAS GAÚCHAS, NOS SEUS DIVERSOS RAMOS, SE DESTACAM NO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. CONFIRA OS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS.

Cooperativas do RS se destacam na entrega doMarcas de Quem Decide

Entre as cooperativas agraciadas estão: Sicre-di, Unicred, Cecrers, Cooplantio, Banricoop, Coo-perforte, Certel, Unimed, Uniodonto, Santa Clara, Cosulati (Danby), Cooperativa Piá e Cooperativa Vinícola Aurora.

MARCAS DE QUEM DECIDE 2015Para sua atual edição, foram realizadas 650 en-

trevistas com empresários, executivos e formador es de opinião, em 47 municípios de todas as regiões do Rio Grande do Sul – representando um universo es-timado em 300 mil gestores de negócios. Entre 10 de novembro de 2014 e 15 de janeiro de 2015, eles indicaram espontaneamente os produtos e bens de serviço que permanecem em sua memória, assim como os de sua escolha na hora de compra.

s cooperativas gaúchas estão entre as marcas mais lembradas e preferidas do Estado. É o

que apontou a 17ª edição da pesquisa Marcas de Quem Decide, organizada pelo Jornal do Comércio e a Qua-lidata Informações Estratégicas, que apresentou no dia 3 de março, no salão de eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, as cinco marcas mais lembradas e preferidas em 103 categorias.

Realizado anualmente no Rio Grande do Sul, o levantamento de 2015 inclui 100 setores econômi-cos e três categorias especiais: Grande Marca Gaú-cha, Grande Marca Brasileira e Preservação do Meio Ambiente – todas marcas indicadas nas modalida-des “lembrança” e “preferência”, por empresários, gestores e profissionais liberais. 

Na edição deste ano, as cooperativas gaúchas se destacaram novamente na pesquisa e aparecem em oito categorias distintas: Cooperativa de Crédito, Energia, Laboratório Clínico, Plano de Saúde, Plano Odontológico, Produtos Lácteos, Queijo e Vinho.

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Pesquisa colocou 13 cooperativas do Estado entre as marcas mais lembradas e preferidas em oito setores

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Confira a relação das menções alcançadas pelas cooperativas no site www.sescooprs.coop.br

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Cooperativa Vinícola Garibaldi completou 84 anos de história em janeiro. Situada em Garibaldi, na Ser-

ra Gaúcha, a Cooperativa conta com um quadro de 370 famílias associadas. Com uma área de 32 mil metros qua-drados de construção e capacidade de estocagem que ul-trapassa os 20 milhões de litros, a Cooperativa utiliza tec-nologia e equipamentos europeus para a elaboração dos vinhos e espumantes.

Em 2014, a Cooperativa contabilizou 49 produtos pre-miados, entre vinhos, sucos e espumantes. Recentemente, a Garibaldi recebeu o Prêmio Mérito Lojista, concedido pe-la Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS)

s produtores de leite associados à Santa Clara têm uma nova ferramenta de gestão à disposição. O pro-

grama de Gestão Eficiente da Propriedade Leiteira (GEPLeite) utiliza indicadores financeiros e econômicos co-mo EBTIDA, ROI, EVA e Custo Operacional para uma ágil avaliação de desempenho, além de indicadores de eficiên-cia técnica da propriedade para analisar a produtividade. A ferramenta é experimental e recebe acompanhamento da Embrapa Gado de Leite, com sede em Minas Gerais.

Com auxílio de técnicos, o produtor insere dados como vacas em lactação, custo operacional, gastos com alimen-tação e mão de obra no programa, que faz o cruzamento dos dados inseridos, gerando relatórios que podem ser aplicados para melhorar a gestão. Atualmente, 21 proprie-dades da área de atuação da Cooperativa estão inseridas no programa.

Mulheres são destaques na Cotrirosa

Programa A União Faz a Vida inicia atividades

Em março, a Cotrirosa comemorou o Dia Internacional da Mulher com ações como os Dias de Campo para as mulheres, reali-zados em parceria com a CCGL e o Encon-tro Anual de Mulheres Cooperativistas, com a presença de mais de mil mulheres dos 14 municípios de atuação da Cooperativa.A presença das mulheres também é signi-ficativa no quadro funcional da Cotrirosa 37,63% dos funcionários são do sexo femi-nino. O esforço e a determinação das mu-lheres têm contribuído para a conquista de muitos espaços na sociedade, o que não é diferente na Cotrirosa. A solidez e o cres-cimento da Cooperativa também é resul-tado da contribuição das mulheres, princi-palmente as agricultoras.

No mês de fevereiro teve início, nos muni-cípios de Alto Alegre, Salto do Jacuí e Cam-pos Borges, as atividades do Programa A União Faz a Vida. Realizado pela Sicredi Espumoso, com o apoio da Cotriel e par-ceria com as administrações municipais, o Programa reuniu cerca de 350 professores nas primeiras atividades das três cidades.Em Alto Alegre e Campos Borges, foi mi-nistrada a palestra “Motivação para o Tra-balho”, pela doutora Viviane Rossato Lai-mer do Instituto de Desenvolvimento Edu-cacional do Alto Uruguai (Ideau). A insti-tuição será responsável pela assessoria pedagógica do Programa nos municípios em 2015.Já no município Salto do Jacuí, a profes-sora da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Elisabete Garcia da Costa, abordou a retomada da metodologia do União Faz a Vida. A Universidade prestará a asses-soria pedagógica do programa para o mu-nicípio de Salto do Jacuí.

Garibaldi completa84 anos

Produtores da Santa Clara aprimoramgestão dapropriedade

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SESCOOPRS.COOP.BR • JAN/FEV/MAR • 201512 AÇÃO COOPERATIVISTA PARA UM MUNDO MELHOR

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Corredor Ecológico localizado nas proximidades do Rio Taquari

e do Complexo Lácteo da Dália, situadoem Palmas, no município de Arroio do Meio

Cosuel apoia criação e preservação de Corredor Ecológico

de corredor ecológico são as principais práticas orien-tadas e desenvolvidas nas propriedades rurais. “Acre-ditamos na melhora contínua e na preservação do meio ambiente, bem como na sustentabilidade com vistas à garantia de uma melhor qualidade de vida à sociedade”, comenta Andrieta.

O projeto é desenvolvido por um engenheiro agrô-nomo. Já o trabalho junto aos associados conta com a orientação da engenheira Andrieta, responsável por nortear os produtores quanto à preservação das fontes, dos rios e dos lagos próximos a cada esta-belecimento.

SAIBA MAISO Corredor Ecológico é o nome dado à faixa de

vegetação que liga fragmentos florestais próximos a recursos hídricos. Essas faixas possibilitam a ma-nutenção da fauna e da flora, além da troca genéti-ca entre as espécies e a dispersão de sementes.

importância dos recursos hídricos para a ope-ração das unidades fabris é incontestável. Por

isso, a Dália Alimentos tornou-se parceira dos muni-cípios onde está presente, através do plantio, da ma-nutenção e da preservação do Corredor Ecológico.

Um dos principais recursos hídricos utilizado pela Dália é a água do Rio Taquari. O frigorífico, localiza-do em Encantado, e a indústria de laticínios, situada em Palmas, no município de Arroio do Meio, utilizam--se dessa fonte para o abastecimento hídrico dos pro-cessos. No caso da unidade de Palmas, a implantação do Corredor Ecológico está sendo uma ação efetiva de recuperação ambiental próxima ao Rio Taquari.

Além do trabalho realizado junto às indústrias, há uma grande preocupação com as propriedades dos associados. De acordo com a engenheira am-biental, Andrieta Anater, e a química industrial su-pervisora de Laboratórios de Encantado, Graziela Botega, o plantio de árvores e o isolamento de áreas

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Certel Carbono NeutroSeis instituições teutonienses receberam recen-

temente o selo Carbono Neutro por firmarem par-ceria com a Certel Energia, através do programa Energia Verde em Harmonia Ambiental. Serão plan-tadas 672 mudas de árvores para neutralizar 133,47

toneladas de carbono equivalente. Desde o seu lan-çamento, em 2007, o programa Energia Verde em Harmonia Ambiental já concedeu o selo Carbono Neutro a 69 entidades da região, que plantaram 123.419 mudas de árvores.

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Cotrisul promoveu no dia 27 de fevereiro, em Cachoeira do Sul, o Dia de Campo, na propriedade do associado Antonio Mariani.

A Cooperativa organizou atividades sobre a cultura da soja, que contou com a presença de 248 produtores associados. O diretor secretário da Ocergs, Paulo Pires, e o secretário estadual do Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Tarcísio Minetto prestigiaram o evento.

As demonstrações das variedades foram feitas em diferentes esta-ções em meio à lavoura, com variedades já em fase de colheita e outras que ainda serão lançadas no mercado. Na ocasião, Minetto recebeu um pedido do presidente da Cotrisul, Luís Eugênio Dias dos Santos, para intermediar o licenciamento ambiental de parques de armazenagem da área de atuação da Cooperativa.

COTRIROSA - No dia 3 de março, a Cotrirosa

promoveu um encontro de grupo de estudos de produtores de leite de Alecrim. O objetivo foi qualificar a produção e auxiliar na melhor forma de manejo dos animais, com informações teóricas e práticas. No dia 23, ocorreu o quarto encontro, em Campina das Missões. Na ocasião, os produtores receberam informações sobre limpeza de equipamento de ordenha.

APRENDIZ COOPERATIVO – No dia 11

de fevereiro, aconteceu mais uma formatura do Aprendiz Cooperativo. Promovido pelo Sescoop/RS e executado pela Coeducars, formaram-se jovens filhos dos associados da Sicredi e Cotriel, de Espumoso, no curso de Assistente Administrativo em Cooperativas. A solenidade contou com a presença de coordenadores, funcionários e alunos do Projeto. Segundo a coordenadora da Coeducars, Muriane Zimmer, o projeto tem como objetivo disponibilizar aos jovens a oportunidade de seu primeiro emprego e assim, adquirir experiência para o mercado de trabalho.

SICREDI TOP 5 - Pelo terceiro ano consecutivo,

o Sicredi está no Top 5, prêmio anual do Banco Central do Brasil (Bacen). A cooperativa ocupa a 2ª colocação na projeção de médio prazo de inflação medida pelo IGP-DI e a 3ª pelas projeções da taxa cambial, realizadas ao longo de 2014. O ranking, que destaca as cinco instituições que fizeram projeções econômicas mais consistentes, avalia as projeções de, aproximadamente, 100 departamentos econômicos de instituições financeiras e empresas de consultoria em todo o País.

Cotrisul promove Dia de Campo

Em março, foram discutidos os resultados do equipamento de proteção de redes aéreas de dis-tribuição de energia “Siemens Fusesaver”, instalado pela Creluz em 2014, com o objetivo de pro-teger a rede de distribuição. A Creluz foi a primeira distribuido-ra de energia do Brasil a instalar o equipamento, que é produzido na Austrália.

Creluz analisa desempenho de equipamento

Ele atua instantaneamente quando ocorre falta de energia, evitando que os associados fiquem sem energia elétrica, bem como custos para a Cooperativa com o deslocamento de uma equipe de eletricistas até o local da chave. Em pouco mais de um ano, a Fu-sesaver extinguiu 87 faltas tem-porárias, melhorando os indicado-res de qualidade da Creluz.

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SESCOOPRS.COOP.BR • JAN/FEV/MAR • 201514 AÇÃO COOPERATIVISTA PARA UM MUNDO MELHOR

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ES UNICRED - O Quanta

Previdência Unicred, que administra o Plano Precaver - modalidade exclusiva para os  cooperados do Sistema Unicred - superou, nos primeiros dias de 2015, o patrimônio de R$ 1 bilhão em ativos. Isso fez com que o Quanta Unicred despontasse no grupo das 80 maiores instituições de previdência complementar entre as 300 entidades do mercado no País.O Precaver foi criado em 2005 e hoje opera em cinco cooperativas do Sistema Unicred RS.

COOPERMIL - As atividades do Programa

de Educação Social Coopermil tiveram início no dia 19 de fevereiro. A coordenadora do Programa de Educação Social Coopermil, Glotilde Bao – Neca, destacou que a programação marcou o início das atividades do programa de 2015. “Estamos organizando atividades diferenciadas com o objetivo de atender as necessidades de nossos associados e das mulheres que integram os grupos organizados”, destacou Glotilde. As datas das reuniões podem ser conferidas junto às Unidades da Coopermil ou através dos programas de rádio Mensageiro Rural.

CRERAL - O volume de energia distribuída pela

Creral em 2014 foi 22,45% superior em relação ao ano de 2013. Em números absolutos, os associados da Cooperativa consumiram 45.771.313 kWh, ou seja, 8,5 milhões de kWh a mais. Duas classes: rural e industrial representam 88% do consumo. A Creral tem hoje 1.840 km de redes, 2.300 transformadores e 20.500 postes, sendo 98,2% de concreto.

A Cooperativa Languiru reali-

zará no primeiro semestre, encon-

tros com associados de diferentes

municípios, que integram a ação

“Conheça a nova Languiru”. Os en-

contros reforçam os valores do

cooperativismo, aproximam a

Languiru das comunidades de sua

área de atuação e apresentam uma

renovada da Cooperativa.

Languiru realiza encontros com associados

“A Languiru está prestes a com-pletar 60 anos graças à união de esforços de todos. Os associados acreditaram no projeto de rees-truturação e hoje todos colhemos os frutos das decisões acertadas”, frisou o presidente, Dirceu Bayer.

Nos sete primeiros encontros, o programa “Conheça a nova Lan-guiru” já reuniu mais de 1,2 mil associados.

O Projeto Reflorestar é Viver, da Unimed Fronteira Noroeste/RS realizou, no dia 21 de janeiro, o plantio de 176 mudas de árvores nati-vas, conforme apontamento da calculadora de CO2. O objetivo é a neutralização do carbono referente ao ano de 2013.

Após a ação realizada por colaboradores voluntários, semanalmen-te são realizadas regas para o bom crescimento e desenvolvimento das espécies. Para neutralizar a emissão de CO2 referente ao ano de 2014, foi apontada uma média de 190 árvores a serem plantadas.

A Cooperativa destaca seu comprometimento com a responsabili-dade socioambiental, criando e implantando ações voltadas para ga-rantir o desenvolvimento sustentável do planeta, através do plantio de árvores nativas, visando recuperar áreas degradadas e auxiliar na re-dução do carbono presente na atmosfera.

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Mesmo nos países agrícolas mais avançados, o

papel das cooperativas é igualmente diferenciado.

São elas que agregam valor à produção primária

através de indústrias de transformação, que aces-

sam mercados globais permitindo maiores ganhos

aos associados. São elas que pressionam governos

e legislativos por normas correspondentes às de-

mandas legítimas dos produtores. São elas que con-

seguem crédito rural a tempo e hora, são elas que

investem em modernização de tecnologias agrícolas

e de gestão rural. São elas que se organizam em re-

des no interior das regiões ou países e até mesmo

internacionalmente. São elas, por seus organismos

de representação, que conseguem avançar em con-

quistas fundamentais, inclusive aproximando produ-

tores de consumidores, reduzindo o custo da inter-

mediação.

Em suma, cooperativas são absolutamente fun-

damentais para o progresso sustentável de produ-

tores de todo tamanho em qualquer país, indepen-

dente de seu grau de desenvolvimento. Está claro

que elas agirão de forma diferente em função de

cada caso e, para isso, devem necessariamente es-

tar sempre avançando também em seus mecanis-

mos de gestão interna. Ninguém prestará serviços

adequados se não estiver “up to date” com o que

houver de melhor em termos de gestão empresarial

no mundo todo.

É preciso ressaltar que a cooperativa é uma em-

presa diferente das convencionais, porque se baseia

em princípios e valores próprios, mas ainda assim

é uma empresa, portanto só sobreviverá se estiver

preparada para enfrentar os desafios de qualquer

outra organização.

REFERÊNCIA NO CENÁRIO NACIONAL COOPERATIVISTA E RECONHECIDO INTERNACIONALMENTE, O EX-MINISTRO DA AGRICULTURA, EX-PRESIDENTE DA

ACI E COORDENADOR DO CENTRO DE AGRONEGÓCIO DA FGV, ROBERTO RODRIGUES, CITA A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO EM COOPERATIVAS

ROBERTO RODRIGUES

COORDENADOR DO CENTRO DE AGRONEGÓCIO DA FGV E EMBAIXADOR ESPECIAL DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA ALIMENTAÇÃO E AGRICULTURA (FAO) PARA AS COOPERATIVAS

partir do ano de 2012, declarado pela ONU

como o Ano Internacional das Cooperativas,

a Aliança Cooperativa Internacional - ACI montou

um ambicioso projeto baseado em três premissas:

aumentar de forma significativa o número de coo-

perativas e seus associados em todos os continen-

tes; conseguir que os países apoiem o movimento

com legislações que não criem privilégios, mas tam-

bém não excluam as cooperativas; alavancar fundos

que alimentem o crescimento deste setor fundamen-

tal da sociedade.

O esforço da ACI tem se concentrado cada vez

mais nos países em desenvolvimento, onde a organi-

zação social é mais débil, sobretudo na África, na Ásia

e na América Latina. Nestas diferentes regiões, o se-

tor rural é o que demanda mais atenção. Por quê?

Uma importante característica de boa parte des-

tes países é a dominância de pequenas áreas de exploração rural, e muitas vezes usadas apenas como concessão governamental.

Mas mesmo quando a pequena empresa rural é

privada, o fator renda é sempre muito limitado, quan-

do não nulo, até porque a globalização da economia

leva à redução de margem por unidade de produto.

Com a acirrada competição, afetada ainda mais pe-

lo protecionismo dos países ricos a seus produtores,

a única chance de conseguir renda rural é a escala.

Ora, o pequeno produtor não tem escala por defi-

nição e sua única chance é obtê-la através de coo-

perativas, tanto na compra dos insumos quanto na

venda da produção.

Isso significa que as cooperativas só servem pa-

ra estas regiões pouco desenvolvidas? Nada disso.

Ao contrário!

Gestão em Cooperativas

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COOPERATIVISMO TEM TUDO A VER COM VOLUNTARIADO, JÁ QUE AMBOS BUSCAM A UNIÃO PELA FELICIDADE COMUM. POR ISSO, EM 2009 SURGIU O DIA C,

UMA EXPERIÊNCIA QUE TEM A MISSÃO DE PROMOVER E ESTIMULAR AÇÕES DE VOLUNTARIADO, OFERTADAS À COMUNIDADE PELAS COOPERATIVAS.

ocê sabe por que o cooperativismo e o voluntariado têm tudo a ver? Dentre os sete princípios do cooperativis-

mo, estão “adesão livre e voluntária, intercooperação e com-promisso com a comunidade”. Em recente estudo realizado na Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, definiu-se o volun-tário como “ator social e agente de transformação, que presta serviços não remunerados em benefício da comunidade; doan-do seu tempo e conhecimentos, realiza um trabalho gerado pe-la energia de seu impulso solidário, atendendo tanto às necessi-dades do próximo ou aos imperativos de uma causa”.

Pensando nisso, em 2009, o Sistema Ocemg (Minas Gerais), criou o Dia de Cooperar, uma campanha criada para estimular a solidariedade e a cooperação a partir do trabalho voluntário das coo-perativas. O sucesso da iniciativa foi tanto que o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) decidiu expandir o progra-ma para todo o Brasil, em 2014.

JUNTOS PELO BEM foi o tema escolhido para divulgar a campanha em 2015. Ele representa a união das pessoas que, por meio de conexões, trabalham em prol do bem comum. A meta é fomentar e ampliar a rede de voluntários e, consequentemente, o número de ações realizadas e o número de pessoas beneficiadas.

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SESCOOPRS.COOP.BR • JAN/FEV/MAR • 2015 AÇÃO COOPERATIVISTA PARA UM MUNDO MELHOR

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Dia de Cooperar 2015 (Dia C)

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A intenção é que o Dia C seja um evento mobilizador das co-munidades associadas ao cooperativismo e que seja, ainda, du-rável, reproduzindo-se regularmente como um marco anual da responsabilidade das cooperativas com o entorno social.

Em 2014, 25 estados brasileiros aderiram à campanha. Jun-tamente com as unidades estaduais, o Sistema OCB mobili-zou mais de 200 mil voluntários de 1.440 cooperativas. A campanha beneficiou cerca de 1 milhão de brasileiros, que — além de conhecerem melhor o cooperativismo — tiveram acesso a uma série de serviços gratuitos de promoção da ci-dadania.

Com a expectativa de mobilizar a sociedade sobre a impor-tância do cooperativismo, despertando interesse em aderir ao

segmento, a partir de 2015, a data de celebração será no dia 4 de julho – Dia Internacional do Cooperativismo. Com o tema Jun-

tos pelo Bem, o Dia C traz como novidade também a transforma-ção do blog do evento em um website, onde consta todo o sistema

de inscrições e acompanhamento dos projetos.

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25 estados participantes 1.060 municípios contemplados 1.440 cooperativas envolvidas Mais de 190 mil voluntários Cerca de 1 milhão de pessoas beneficiadas 767 matérias envolvendo a campanha do Dia C veiculadas

NÚMEROS NACIONAIS DE 2014

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EM 2015, A OCB LANÇOU O DIA C ENTRE OS DIAS 23 E 27 DE FEVEREIRO, EM BRASÍLIA. NA OCASIÃO, FOI APRESENTADA A CAMPANHA DE COMUNICAÇÃO DO

PROJETO, O SISTEMA DE GERENCIAMENTO DA AÇÃO E REALIZADA UMA OFICINA DE VOLUNTARIADO, COM CONCEITOS PARA OS PROFISSIONAIS QUE

ATUAM NO PROJETO. O RIO GRANDE DO SUL PARTICIPARÁ PELA PRIMEIRA VEZ DO DIA C E JÁ ESTÁ DESENVOLVENDO ALGUMAS AÇÕES.

Segundo José Zigomar, o Dia C é uma oportu-nidade das cooperativas que já desenvolvem algum tipo de programa social evidenciarem suas ações nas comunidades e oportunizar às que ainda não realizam atividades voluntárias que o façam. “As ações de voluntariado cooperativo promovem o bem-estar e a cidadania das pessoas beneficiadas. Mas o voluntário e a cooperativa participante tam-bém colhem resultados positivos. O voluntário de-senvolve o senso comunitário, melhora sua autoes-tima e aumenta sua rede de relacionamentos. E a cooperativa promove o marketing institucional e

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melhora o relacionamento com sua comunidade. Em última análise, o Dia C é bom para todos”, comenta José Zigomar.

“O voluntariado é uma via de mão dupla cheia de surpresas, por mais que pense-mos em doar, acabamos por receber mais que doamos. O amor se multiplica.” (autor desconhecido)

No dia 19 de dezembro, o gerente de Promoção Social do Sescoop/RS, José Zigomar Vieira dos Santos, apre-sentou aos colaboradores do Siste-ma Ocergs-Sescoop/RS o histórico do Programa e convidou todos a participarem dessa grande festa da cooperação. O objetivo é que, no mínimo, 40 cidades, 40 coopera-tivas e 200 voluntários participem, beneficiando 5 mil pessoas em to-do o Estado.

No dia 23 de março, na Escoop, em Porto Alegre, o Sescoop promo-veu o lançamento oficial do Dia C para as cooperativas gaúchas. Com o objetivo de apresentar o progra-ma às cooperativas para incenti-vá-las a inscreverem iniciativas de voluntariado e formar um grupo de trabalho específico para ala-vancar as ações, o evento teve a participação de representantes de 23 cooperativas.

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Placar do Dia CO Sescoop/RS criou, no site sescooprs.coop.br o espaço pioneiro, chamado Placar do Dia C, uma iniciativa para mapear as iniciativas já inscritas pelas cooperativas gaúchas. Cadanovo projeto inscrito é publicado nesse espaçopara que sirvam de incentivo e exemplo às cooperativas que ainda não se inscreveram.Inscreva-se, coloque a ação da sua cooperativa no Placar e participe dessa festa do Cooperativismo!

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No dia 1º de abril, o Sistema realizou a entrega das doações da Campanha de Páscoa à Associação de Assistência Evangélica aos Portadores do Vírus HIV/AIDS (AAEPV), de Porto Alegre. A Campanha foi a primeira iniciativa do Sistema para o Dia C, realizada entre os colaboradores da entidade, no período de 13 a 31 de março. Ao todo, foram arre-cadados 48 quilos de balas, chocolates, leite con-densado e doces variados, que beneficiarão, em 2015, cerca de 226 crianças.

Realizaram a entrega o gerente de Promoção So-cial do Sescoop/RS, José Zigomar Vieira dos Santos, a analista técnica do Sistema, Caroline Juchem e a analista administrativa do Sistema, Rafaeli Minuzzi.

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Sescoop/RS já inscreveu iniciativa iniciativa

Plac r Dia C no RS

Saiba como participar

As cooperativas participantes, individualmente ou em grupo, de-senvolvem em suas localidades um elenco de ações, na forma de pro-jetos, atividades e iniciativas que valorizam o trabalho voluntário e demonstram a capacidade e o em-penho do setor em promover o desenvolvimento socioeconômico e ambiental de forma sustentável.

As ações são definidas e exe-cutadas pelas próprias coopera-tivas com o apoio do Sistema Ocergs-Sescoop/RS na capacita-ção, divulgação e valorização das práticas, por meio de cartilhas, manuais e outros materiais.

As inscrições podem ser feitas no site www.sescooprs.coop.br no banner do Dia C até o dia 29 de maio No blog diac.brasilcooperativo.coop.br é possível ver o histórico do Programa, às notícias de todo o Brasil, vídeos, fotos e outras novidades Para ter acesso aos materiais e obter mais informações acerca do Dia C no RS ligue (51) 3323.0002 ou envie um e-mail para [email protected]

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Jeito Pampa Gaúcho de dar Boas-Vindas conquista novos associados

povo gaúcho é conhecido por sua tradição em receber bem as suas visitas, seja com um

bom churrasco ou em uma típica roda de chimarrão. E o Sicredi Pampa Gaúcho incorporou esta cultura e este jeito no relacionamento com os seus novos associados, a partir do projeto “O Jeito Pampa Gaú-cho de dar Boas Vindas”, criado em 2013.

Desenvolvido com o objetivo de encantar o novo associado, o projeto implantado pela Cooperativa destaca o relacionamento e os diferenciais compe-titivos do cooperativismo, que visam negócios, sa-tisfação e crescimento coletivo.

“O Jeito Pampa Gaúcho de dar Boas Vindas é fun-damental para a perenidade do empreendimento coo-perativo. Quando o associado recebe a informação necessária no momento da sua associação, agrega conhecimento, conhece os produtos e serviços da instituição, mas o fundamental é que ele fica saben-do dos diferenciais de uma cooperativa de Crédito em relação a um banco. Com isso nós temos um as-sociado mais participativo, com conhecimento e mais motivado para participar de todas as reuniões que a cooperativa lhe convida”, ressalta o presidente do Si-credi Pampa Gaúcho, José Antonio Severo Menezes.

E é justamente o modo como a Cooperativa re-cebe e dá as boas-vindas ao novo associado como dono do negócio, que tornou o projeto modelo de referência para outras cooperativas.

“Fomos conhecer o Boas-Vindas do Pampa Gaú-cho. Já realizávamos o Boas-Vindas tradicional, em forma de reunião, mas não estávamos satisfeitos. Agora, recebemos o associado no momento em que ele vem até a nossa cooperativa, colocamos as van-tagens em trabalhar conosco, porque buscamos e projetamos a cooperativa no futuro, para que ela seja sustentável, tenha perenidade nos negócios de

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SESCOOPRS.COOP.BR • JAN/FEV/MAR • 201520 AÇÃO COOPERATIVISTA PARA UM MUNDO MELHOR

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SE PROJETO DO SICREDI PAMPA GAÚCHO DE ITAQUI PROMOVE FIDELIZAÇÃO DE NOVOS

ASSOCIADOS E SERVE DE MODELO E INSPIRAÇÃO PARA OUTRAS COOPERATIVAS

cooperativa de Crédito, que a gente está fazendo de forma diferente, a partir do que vimos na Sicredi Pampa Gaúcho”, explica a assessora de Programas Sociais do Sicredi União, Cláudia Mueller.

IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA Inicialmente, o programa era realizado em duas

etapas distintas: o associado abria a conta e depois retornava para conhecer a Cooperativa. Os encon-tros eram organizados em grupos, reunindo os no-vos associados a cada três meses. Entretanto, havia dificuldade de mobilização e participação. O tempo entre a associação e a reunião acabava dispersando o objetivo de recepcionar o associado, os custos eram elevados, existia necessidade de local adequa-do a um grande grupo e de fazer o encontro em ho-rário especial, além de investimentos em locação, alimentação, hora extra, entre outros fatores.

Cooperativa recebeu destaque no 9º Prêmio Cooperativa do Ano, promovido pela OCB

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CoCoCoCCoCommm aaa imimi plplp ananantatat çãçãçãçãçãooooo dododododo ppppprorororororojejejejejej totototo, , , , o o oo papapap nonononn rarararamamama mmmu-u-u-

dodododododod u.uu.u.u. AAAAAAoooooo memememem smsmsmsmmooo tetetettempmpmppo ooo o emememmem qqueuueue éé fffeieie tatata aa aassssssssococociaiaiaaaçãçãçãçãçãooooo

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enenencacacantntntamamameneneentototooo...

O projeto do Sicredi Pampa Gaúcho obteve, em 2014, reconhecimento em nível nacional. A iniciativa da Cooperativa gaúcha recebeu destaque no 9° Prêmio Cooperativa do Ano, promovido pela Organização das Coo-perativas Brasileiras (OCB). Ao todo, 185 cooperativas, representando 21 Estados e dez ramos do cooperativismo, participaram do Prêmio, que reuniu 273 projetos inscritos nas sete categorias de disputa.Pelo Rio Grande do Sul, foram inscritos 30 projetos, de 21 cooperativas, contemplando as sete categorias do Prêmio. Entre as três finalistas in-dicadas em cada categoria, o projeto do Sicredi Pampa Gaúcho con-quistou o segundo lugar na categoria “Fidelização”.

“Me tornei associado quando vim buscar a oferta de um produto, que foi um seguro veicular. Desta for-ma eu me surpreendi com o atendimento que a Coo-perativa presta a seus associados e passei a trabalhar com ela de forma mais intensa. O que me surpreendeu foi a forma diferencial de uma simples abertura de con-tas, diferente de outras instituições financeiras. Saio daqui muito feliz e passo a indicar a outras pessoas a serem associados da Cooperativa”, destaca o associa-do do Sicredi Pampa Gaúcho, Lucas Rodrigues Bastos.

Do Pampa Gaúcho

para o Brasil

No final de 2012, as áreas de Relacionamento, Negócios e Administrativa uniram-se para alinhar que, no momento de associar pessoas físicas, tanto negócios quanto questões operacionais deveriam andar juntas. Duas unidades-piloto oportunizaram os ajustes necessários, com o

acompanhamento de todas as áreas envolvidas. Foi desenvolvido um trabalho de marketing direto para interagir com o associado após a abertura da conta. Os colaboradores foram capacitados na esfera negocial e institucional.

O Sicredi Pampa Gaúcho faz da abertura de conta um momento de encantamento e envolvimento do associado com a

Cooperativa. É a hora de mostrar os diferenciais competitivos, direitos e deveres do novo associado e apresentar soluções financeiras disponibilizadas pelo Sicredi.

A união das cooperativas Sicredi Itaqui e Sicredi Sudoeste em 2013, que deu origem ao Sicredi Pampa

Gaúcho. Aliada ao programa, resultou numa evolução natural da Cooperativa, comprovada na Pesquisa de Satisfação.

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SESCOOPRS.COOP.BR • JAN/FEV/MAR • 201522 AÇÃO COOPERATIVISTA PARA UM MUNDO MELHOR

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MARIO DE CONTO

DOUTOR EM DIREITO PELA UNISINOS. GERENTE JURÍDICO DO SISTEMA OCERGS-SESCOOP/RS. COORDENADOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO DA ESCOOP

RESUMOartigo evidencia que as sociedades coopera-tivas, desde o seu surgimento, buscam a con-

secução da liberdade e da igualdade entre os asso-ciados, através do exercício do controle democráti-co do empreendimento. Em sentido diverso, nas so-ciedades de capital, a democracia é afastada dasrelações em face da compreensão, por parte da teo-ria econômica clássica, da incompatibilidade entredemocracia e eficiência. Contemporaneamente, to-davia, as próprias empresas sociedades de capitalpassam a adotar medidas para consecução da igual-dade, como formas de proteção a acionistas mino-ritários, bem como medidas de inclusão de instru-mentos democráticos, como a participação de em-pregados na gestão. Nesse sentido, conclui-se pelavanguarda das Sociedades Cooperativas que, atra-vés de instrumentos democráticos, permitem queos próprios associados sejam os administradores econtroladores do empreendimento comum.

1. SOCIEDADES COOPERATIVAS.DEFINIÇÃO DA ACI. CONTROLEDEMOCRÁTICO PELOS SÓCIOS.

Segundo a Aliança Cooperativa Internacional - ACI, uma Cooperativa1 é uma associação autônomade pessoas que se reúnem voluntariamente para rea-lizar suas necessidades e aspirações econômicas,sociais e culturais em um empreendimento comume democraticamente controlado. Ainda segundo aACI, as Cooperativas estão baseadas nos valores daajuda mútua, autorresponsabilidade, democracia,igualdade, equidade e solidariedade.

A ACI define, em âmbito mundial, os chamadosPrincípios Cooperativistas, que se tratam dos prin-cípios que identificam uma cooperativa e que ser-vem de linha às legislações nacionais no que con-cerne a tais sociedades. Entre tais Princípios desta-ca-se, para o presente estudo, o princípio do Con-trole Democrático pelos Sócios2, definido no sentidode que “as Cooperativas são organizações democrá-ticas controladas por seus sócios, que ativamente participam de suas políticas e decisões. Homens e mulheres servem como representantes eleitos são responsáveis perante a sociedade. Nas cooperativas singulares têm igual direito de voto (um membro, um voto) e as cooperativas de outros níveis também são organizadas de maneira democrática”.

A partir da definição de Cooperativa propostapela ACI, apresenta-se relevante enfatizar alguns as-pectos fulcrais de seu conceito: (1) a voluntariedade na sua constituição (liberdade); (2) o controle de-mocrático do mesmo (baseado na igualdade entre associados).

Com efeito, as Sociedades Cooperativas, desdeseu surgimento, operam na compatibilização de dois princípios que, na filosofia política contemporânea, tendem a se apresentar de maneira paradoxal: liber-dade e igualdade. Se, em sua concepção clássica, a liberdade exige a ausência de interferências na sea-ra particular, a consecução da igualdade pressupõe a realização de intervenções.

2. SOCIEDADES DE CAPITAL: DEMOCRACIA X EFICIÊNCIA ECONÔMICA

Ao analisarem-se as sociedades de capital, ob-serva-se a importância atribuída à liberdade dos par-

Liberdade, Igualdade e Controle Democrático emSociedades Cooperativas

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1 ALIANÇA COOPERATIVA INTERNACIONAL (ACI). Brussels, 2013. Disponível em: <http://ica.coop/en/history-ica>. Acesso em: 22 mar 2015.2 Ibid.

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ticulares, bem como o afastamento da democraciacomo processo de tomada de decisão. Tal fenômenofundamenta-se na concepção utilitarista de um indi-víduo que age na busca não truísta de seu própriointeresse, em potencial litígio com os demais, sendoque considerada essa seara de liberdade, o própriomercado, com suas leis e códigos de conduta, solu-cionariam os referidos conflitos3. O economista ita-liano, Stefano Zamagni, ao analisar a questão, refereque do ponto de vista do Mercado, a perda da de-mocracia seria o preço a pagar pela eficiência eco-nômica4. Nesse sentido, nessa concepção econômi-ca clássica, a liberdade dos agentes econômicos éerigida a fundamento máximo da ordem econômicae às preocupações com a igualdade são relegadas asegundo plano, eis que considera incabíveis inter-venções do Estado no mercado, que se regula porseus próprios códigos de conduta. As consequênciasfunestas dessa liberdade irrestrita ao capital vêm sen-do sentidas, inclusive nas sociedades de capital, obri-gando-as, na atualidade, à adoção de uma série demedidas buscando proteger o interesse dos acionis-tas minoritários e criando formas de participação dosempregados na administração das empresas.

3. CONTEMPORANEIDADE. LIBERDADE E IGUALDADE. VANGUARDA DAS SOCIEDADES COOPERATIVAS

Jusfilósofos contemporâneos, como Ronald Dwor-kin5, analisando o paradigma do Estado Democrá-tico de Direito, são enfáticos no sentido de que nos

conflitos envolvendo liberdade e igualdade devem

prevalecer as estratégias de proteção da igualdade

que, segundo seu entendimento, se trata da “virtu-

de soberana” da relação política.

A Sociedade Cooperativa, nesses termos, ao rom-

per com a concepção tradicional da economia em

visão muito mais próxima ao paradigma do Estado

Democrático de Direito, insere a democracia como

um dos pilares do tipo societário. Com efeito, a Coo-

perativa tem na Assembleia Geral seu maior órgão

decisório, sendo que as decisões são tomadas pela

maioria do voto dos sócios, que é exercido igualita-

riamente. No caso da Democracia Cooperativa, nes-

ses termos, a liberdade não é considerada de ma-

neira independente, mas está incluída na concepção

de igualdade, em consonância com a concepção

igualitária referida por Dworkin.

Nesses termos, a Cooperativa rompe com o cri-

tério capitalista, no que se refere tanto à igualdade

na tomada de decisões, como na distribuição dos

resultados, apresentando-se plenamente adequada

ao paradigma do Estado Democrático de Direito,

compreendido como modelo que apregoa a digni-

dade da pessoa humana, os valores sociais da livre

iniciativa e a busca da igualdade material. A Coope-

rativa, através de sua gestão democrática e de sua

divisão de resultados tomando por critério as ope-

rações dos associados contribui, de forma efetiva,

para uma distribuição mais justa das riquezas gera-

das no processo econômico.

3 [...] a consagração de uma linha de pensamento que identifica o mercado como o espaço de tipo ideal em que os indivíduos são mo-tivados para a ação apenas por seu próprio interesse (self interest), não importa se egoísta ou altruísta, mas em todo caso não truísta. Com isso, foi-se reforçando a convicção de que o único juízo de mérito que o mercado é capaz de suportar e ao qual pode submeter-se é o da eficiência, entendida como adequação dos meios ao fim, representado pela maior realização possível dos interesses de quem participa do mercado. BRUNI, Luigino; ZAMAGNI, Stefano. Economia civil: eficiência, equidade, felicidade pública. Vargem Grande Pau-lista, SP: Cidade Nova, 2010. p. 117.4 ZAMAGNI, Stefano. Economia del dono. In: AGAMBEN, Giorgio et al. Del cooperare: manifesto per una nuova economia. Milano: Feltrinelli, 2012. p. 57.5 Qualquer conflito genuíno entre a liberdade e a igualdade – qualquer conflito entre a liberdade e os requisitos da melhor concepção do princípio igualitário abstrato – é uma querela que a liberdade deve perder. Não podemos rejeitar completamente o princípio iguali-tário, porque é absurdo que o governo não demonstre consideração pela vida de seus cidadãos, e imoral que demonstre mais conside-ração pela vida de alguns do que pela dos outros. Nem é plausível, pelos motivos que acabamos de analisar, tratar a liberdade como um valor independente DWORKIN, Ronald. A virtude soberana: a teoria e a prática da igualdade. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p. 172.

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Presidente da Central Sicredi Sul, Orlando Müller

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REFERÊNCIA PARA O COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NO BRASIL, O PRESIDENTE DA CENTRAL SICREDI SUL RS/SC, ORLANDO BORGES MÜLLER, É O

PERSONAGEM DO PERFIL ABORDADO NA PRIMEIRA EDIÇÃO DA REVISTA RIO GRANDE COOPERATIVO

Um cooperativista de princípios

mília de sete irmãos (cinco homens e duas mulhe-res). Da propriedade dos pais agropecuaristas e donos de lavoura de subsistência no interior de Soledade, Müller saiu para estudar na cidade e bus-car a sua formação na Escola Técnica de Comércio Frei Clemente, ainda em Soledade. Enquanto ainda residia com os pais no interior, o trajeto de seis quilômetros até a cidade era feito a cavalo para os estudos fundamentais na Escola Estadual Profes-sora Maria de Abreu e Lima.

Das andanças a cavalo na infância provavelmen-te tenha surgido seu principal hobby, que é estar na fazenda e cultivar os valores do tradicionalismo, que vem desde sua origem.

Nascido em 7 de novembro de 1953 e por qua-se 20 anos funcionário de uma cooperativa Agro-pecuária, a Coagrisol, Müller conhece o setor coo-perativista em seus detalhes. Foi de estagiário a superintendente, passando por quase todas as fun-ções. De 1980 a 1993 conciliou as atividades na Coagrisol e na cooperativa de Crédito. “Chegou um momento que tivemos que separar. A coope-rativa de produção tinha relacionamento com o mercado financeiro, até uma dependência, e che-gou uma hora que a cooperativa de Crédito come-çou a se destacar e automaticamente ouve confli-to de interesse”, recorda o presidente da Central Sicredi Sul.

Formado pela Universidade de Passo Fundo (UPF), onde fez diariamente por cinco anos o tra-jeto Soledade – Passo Fundo em ônibus de estu-dantes, o economista, casado com a administra-dora de empresas, Terezinha Maria Müller, é pai da psicóloga Patrícia, da publicitária Mariana e do ar-quiteto e urbanista Maurício. Em dezembro de 2014, Orlando passou a viver uma nova etapa em sua vi-da. A neta Lisa, filha de Patrícia, chegou para tra-zer mais alegria para a família.

Uma boa governança é a que garante a sustentabilidade do empreendimento no médio e longo prazo. Pois só a boa vontade e comprometimento não bastam, já que as pessoas passam e o empreendimento fica. Começamos a nos preocupar e fomos buscar referências e experiências das boas práticas de governança já realizadas. O processo de governança faz com que os interesses dos associados sejam preservados através do seu conselho de administração e tenha uma administração executiva bem profissionalizada, o que agrega valor ao empreendimento”.

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ma das quatro centrais regionais do Sicredi, instituição financeira cooperativa com mais de 2,9 milhões de associados e 1.334 pontos de atendi-mento, em 11 Estados do País, a Central Sicredi Sul é presidida por Orlando Borges Müller.

Filho de Mathias Rodrigues Müller e Valdomira Borges Müller, Orlando é o sexto filho de uma fa-

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O avô da pequena Lisa teve papel importante na estruturação do Sicredi. Hoje são 100 cooperativas de Crédito, que operam com uma rede de atendi-mento com 1.321 pontos. Mas nem sempre foi assim. A década de 80 foi de reestruturação para o coo-perativismo de Crédito no País. E teve em Mário Kruel Guimarães, na época vice-presidente da Fe-cotrigo, um nome de fundamental importância, que incentivou as cooperativas agropecuárias a fundar cooperativas de Crédito. “O seu Mário fomentou tu-do isso. O embrião da retomada do cooperativismo de Crédito está nas agropecuárias. Ele tinha essa visão”, lembra com orgulho. “Quando começamos, a exemplo de 1902, quando o Padre Theodor Ams-tad começou as cooperativas, tínhamos uma liga-ção forte com o meio rural. Essa é a nossa raiz, fo-ram as cooperativas agropecuárias que serviram de base para a retomada das cooperativas de Crédito. Com o passar do tempo, baseado em estudos e ex-periências que trouxemos de países onde o coope-rativismo está mais consolidado, concluímos que só com um setor da economia, no caso o rural, poderia ser arriscado”, conta Müller.

Orlando explica a importância que a livre ad-missão de associados, admitida em 2003 pelo Ban-co Central, teve para o cooperativismo de Crédito no País. “Tivemos a visão de diversificação de ris-co. A especialização do Sicredi para o meio rural, nós tivemos que buscar também para a área do comércio, indústria e serviços. Tivemos de domi-nar esses riscos para preservar a própria coopera-tiva”, relembra.

Esse novo posicionamento faz com que hoje o Sicredi seja reconhecido não só pelo produtor ru-ral, mas por toda a sociedade.

TRAJETÓRIA EM DOIS RAMOS DO COOPERATIVISMO

Com sua vida entrelaçada com o cooperativis-mo, tendo trajetória simultânea em cooperativa agropecuária e de Crédito, Orlando mudou-se pa-ra Porto Alegre em 1997, quando era o vice-presi-dente da Central Sicredi Sul. De lá para cá já são cinco mandatos como presidente, trajetória que iniciou no ano 2000 e já tem quatro mandatos completos e um em exercício.

Conciliar isso tudo com a vida familiar nem sem-pre é fácil. Ele conta que ficou um ano fazendo o trecho Soledade-Porto Alegre todas as semanas e que, depois de um ano, acabou trazendo a família. “Não foi muito fácil, em função das crianças, famí-lia, relacionamentos. Mas aí vem a necessidade da família estar perto”, relembra. A família sempre foi parceira e isso é reconhecido. “A gente só con-

segue exercer um papel se você tem o apoio da família. É uma missão que se tem”, assinala.

O sistema de governança do Sicredi, reconhe-cido por outros ramos do cooperativismo, é outro tema que faz Orlando discorrer com muita satisfa-ção. “Uma boa governança é a que garante a sus-tentabilidade do empreendimento no médio e lon-go prazo. Pois só a boa vontade e comprometimen-to não bastam, já que as pessoas passam e o em-preendimento fica. Começamos a nos preocupar e fomos buscar referências e experiências das boas práticas de governança já realizadas”, enfatiza.

Segundo ele, esse é um processo fundamental dentro de qualquer empresa, não só nas coopera-tivas. E junto com a governança vem a preparação, a especialização das pessoas, dos dirigentes e exe-cutivos, cada um com foco na sua área de atuação. “O processo de governança faz com que os inte-resses dos associados sejam preservados através do seu conselho de administração e tenha uma ad-ministração executiva bem profissionalizada, o que agrega valor ao empreendimento”, acentua Müller, destacando ainda que todas essas ações conver-gem para o bem do empreendimento.

Orlando enfatiza que o sucesso de uma coope-rativa está em saber assimilar em primeiro lugar os princípios do cooperativismo. Ele destaca que os valores que o Sicredi construiu ao longo do tempo dão sustentação ao empreendimento e ressalta a atuação sistêmica, que faz com que se consiga agre-gar valor e ser forte no relacionamento com os as-sociados e a comunidade. “No momento que você fere os princípios coloca em risco o sucesso do empreendimento. O interesse do sistema tem que prevalecer. Se não for assim, se perde o foco e o rumo”, completa.

A valorização das pessoas é tratada como um dos diferenciais da atuação das cooperativas inte-gradas à Central, pois em um empreendimento coo-perativo não existe a possibilidade de se trabalhar sem valorizar o ser humano. E os valores e princí-pios do cooperativismo foram incorporados à per-sonalidade do presidente da Central Sicredi Sul. “Eu não nasci cooperativista, nasci de uma família de agropecuaristas. Mas depois a gente começa a trabalhar o cooperativismo e abraçar os valores e princípios, até no relacionamento que você tem com as pessoas e com a sociedade. Isso acaba pau-tando a vida pessoal. Você não pode ter um dis-curso diferente daquilo que pratica. Você consegue ser verdadeiro se acredita naquilo que você incor-porou, nos princípios que coloca em ação no dia--a-dia. Não posso dizer que serve para os outros e não para mim”, complementa.

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Eu não nasci cooperativista, nasci de uma família de agropecuaristas. Mas depois a gente começa a trabalhar o cooperativismo e abraçar os valores e princípios, até no relacionamento que você tem com as pessoas e com a sociedade. Isso acaba pautando a vida pessoal. Você não pode ter um discurso diferente daquilo que pratica. Você consegue ser verdadeiro se acredita naquilo que incorporou, nos princípios que você coloca em ação no dia-a-dia. Não posso dizer que serve para os outros e não para mim”.

1953Nasceu em 7 de novembro no primeiro distrito de Soledade, Capão Alto.

1973Inicia a faculdade de Economia na Universidade de Passo Fundo, concluída em 1978.

1980Até o final de 1992 trabalhou na Crediagro, hoje Sicredi Botucaraí, em Soledade.

1997Chega à Capital para ser o vice-presidente da Central Sicredi Sul.

1993Deixa o cargo de superintendente da Coagrisol para dedicar-se somente ao cooperativismo de Crédito. Foram quase 20 anos na cooperativa agropecuária.

2000Assume a presidência da Central, que ocupa até hoje.

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O NESTA EDIÇÃO, O PRESIDENTE DO SISTEMA, VERGILIO PERIUS, ESCREVE SOBRE AS DIFICULDADES ENFRENTADAS PELAS COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS

NO RS, SEU CONTEXTO HISTÓRICO E SUA IMPORTÂNCIA NO DESENHO DO MODELO DE DESENVOLVIMENTO DO ESTADO

VERGILIO FREDERICO PERIUS

PRESIDENTE DO SISTEM A OCERGS-SESCOOP/RS

omo causa da dificuldade de acesso ao cré-dito pelas cooperativas agropecuárias em

nosso Estado, podemos dizer que, historicamente,esta situação está atrelada ao fato delas terem re-cebido do Estado Brasileiro a função de repassado-ras do crédito rural (custeio) aos produtores rurais.O modelo de desenvolvimento desenhado pelo Es-tado Brasileiro para as cooperativas agropecuáriasfoi de que estas fossem instrumentos de desenvol-vimento do agronegócio e da expansão das expor-tações, no sentido de equilibrar a balança de paga-mentos pelo incremento da produção agropecuáriae exportações.

Neste contexto, vários foram os programas ofi-ciais criados, como o Programa Nacional de Arma-zenagem (Pronazem). Com esse programa, as coo-perativas na década de 1970 alcançaram a capaci-dade estática de armazenar 17 milhões de toneladasde grãos. Perderam armazéns pela liquidação daCoopasso (Passo Fundo), Cosulagri (Pelotas), Coo-pave (Lajeado), Centralsul (POA), entre outras. Citotambém o Programa de Redistribuição de Terras ede Estímulo à Agroindústria do Norte e Nordeste(Proterra), onde grandes investimentos foram reali-zados pelas cooperativas via programas de coloni-zação, com altos riscos para as cooperativas. O Pro-

terra foi implementado pela Cotrijuí, no Pará; pela Cotrirosa, no Piauí e pela Cotrisa, no Mato Grosso.

Importante lembrar ainda o Programa de De-senvolvimento dos Cerrados (Polocentro), que tinha como objetivo a expansão das fronteiras agrícolas em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Mato Gros-so pela ação das cooperativas gaúchas. Outros in-vestimentos em infraestrutura que têm natureza de serviços públicos foram realizados. Assim, o inadiá-vel compromisso das cooperativas com seus asso-ciados também agravou a situação financeira de muitas delas.

A dedução lógica dessa história é que o ofereci-mento de garantias reais face os financiamentos, no-tadamente na armazenagem, fez com que as coo-perativas gaúchas exaurissem praticamente suas possibilidades de oferecimento de novas garantias.

Temos também uma causa cultural para essa si-tuação. O papel que o Estado Brasileiro conferiu às cooperativas ao longo das últimas quatro décadas, quanto, principalmente, em vincular financiamentos do Crédito Rural e de outros programas oficiais, ge-rou uma cultura junto aos associados de que a ação das cooperativas se conjugava com o foco financeiro, quando essa função pertence às instituições finan-ceiras e especialmente às cooperativas de Crédito.

Dificuldades de acesso ao crédito pelas cooperativasagropecuárias no Rio Grande do Sul

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Não posso deixar de abordar nesta pauta a ex-clusão dos recursos do BNDES-PAR. As cooperati-vas agropecuárias não são beneficiárias deste pro-grama. Nos últimos anos, foram injetados em em-presas concorrentes das cooperativas enormes re-cursos. O próprio relatório do Banco revela que fo-ram capitalizados em empresas agroindustriais va-lores acima de 11 bilhões de reais, em 2012. Comoconclusão, é óbvio que as cooperativas perderampoder de competitividade, notadamente no momen-to da fixação dos preços de matérias-primas.

Destaco também as dificuldades do Procap-Agro.Criado pelo Conselho Monetário Nacional para for-talecer as cooperativas com financiamentos de ta-xa de juros na ordem de 6,75%, o Programa nãoatingiu o resultado desejado. Na práxis, apenas coo-perativas com boas garantias (reais) alcançaramrecursos, principalmente como capital de giro, quan-do o programa visava saneamento financeiro e in-vestimentos. As empresas cooperativas que bus-cavam saneamento financeiro precisavam de subs-crição de quotas-partes dos seus associados, cujatarefa é complexa.

Também como argumento cito a equivocada aná-lise da rentabilidade. As instituições financeiras têm

realizado, de forma equivocada, a análise da renta-bilidade das cooperativas. A eficiência medida pelos bancos se dá em relação aos resultados gerados via balanço geral da cooperativa. Segundo Mário Kruel Guimarães, a eficiência deverá ser observada em re-lação aos preços pagos aos associados ou deles co-brados, conforme o caso, de vendas ou de compras em comum.1

Sendo assim, fica patente que o acesso ao crédi-to pelas cooperativas agropecuárias gaúchas se cons-titui, hoje, uma tarefa complexa, à luz do histórico econômico, político e cultural, onde o Estado lhes destinou funções e papéis alheios ao foco das suas atividades intrínsecas, que são: transportar, benefi-ciar, industrializar, comercializar a produção agro-pecuária dos seus associados e fornecer aos mes-mos, bens (insumos, consumo) e serviços (técnicos, informativos).

As causas não se restringem a questões gerenciais,contábeis, mas se concentram na ausência de garan-tias reais, pois estas se exauriram em investimentos alheios aos seus objetivos intrínsecos. As cooperativas não só estavam a serviço de seus associados, mas tam-bém foram utilizadas pelo Estado Brasileiro como ins-trumentos de desenvolvimento agropecuário.

1 GUIMARÃES, Mário Kruel e CUNHA, Antonio Luiz Matias da. Crédito Rural para Cooperativas: teoria, prática, legislação e normas. Porto Alegre: Fecotrigo, 1977. p. 35.

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sta citação demonstra o verdadeiro desafio da Governança Corporativa: fazer com que

através dos seus princípios e das melhores práti-cas, as empresas do nosso tempo sejam os instru-mentos determinantes do desenvolvimento sus-

PAULO LEARSI PETZHOLD CORREA DA SILVA

PRESIDENTE DO SICREDI CENTRO LESTE RS

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“A transição para o capitalismo/cooperativismo sustentável será uma das mais complexas revolu-ções que nossa espécie já vivenciou. Estamos em-barcando em uma revolução cultural global, que tem como epicentro a sustentabilidade. Ela tem a ver com valores, mercados, transparência, ciclos de vida de tecnologias e produtos e tensões entre o longo e o curto prazo. E as empresas, mais que governos ou outras organizações, estarão no co-mando destas revoluções. Um comando que se exer-cerá pelos princípios da governança corporativa”.

Adaptado de John Elkington

tentável da sociedade, através de resultados em três dimensões – a econômica, a ambiental e a so-cial. Para entendermos este desafio, precisamos ter a consciência de que são as empresas que fa-rão esta evolução e não os governos. O somatório das empresas no mundo é a grande força econô-mica e social do nosso tempo e não mais a soma dos governos estado. É de fundamental importân-cia entender a evolução das empresas para enten-dermos Governança Corporativa e seus desafios. Esta evolução é indissociável da história do Capi-talismo. Esta história demonstra os caminhos que o capital, a gestão e o trabalho realizaram nestes últimos três séculos. No nosso tempo, esta forma de desenvolvimento da sociedade chegou a um esgotamento do seu modelo de transferência de riquezas da sociedade para alguns poucos pro-prietários, e deve sofrer uma evolução necessária para o pleno desenvolvimento da sociedade. Já o Socialismo mostrou-se ineficiente para realizar o

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Governança em Cooperativas,mais um modismo?

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desenvolvimento sócio-econômico necessário à sociedade. Surge então, a necessidade de darmos ao Cooperativismo a eficiência necessária para es-te desenvolvimento. As melhores práticas de Go-vernança em Cooperativas farão isso. Estamos fa-lando da evolução deste modelo que nos trouxe até aqui.O estudo e a aplicação da Governança em Coope-rativas têm como principal objetivo introduzir as me-lhores práticas de Governança na sua gestão. É nos-so papel enfatizar os principais pontos de atenção da Governança em Cooperativas:

Movidas por uma filosofia de vida e por um modelo socioeconômico capaz de unir as pessoas visando ao desenvolvimento econômico e o bem-estar social do cooperado e da sociedade, as cooperativas tornaram-se parte relevante do tecido empresarial brasileiro”.

1) Alinhamento dos interesses dos associados com a gestão da cooperativa, com as aspirações dos colaboradores e com as oportunidades de desenvolvimento da sociedade;

2) Minimização dos possíveis conflitos entre as partes relacionadas;

3) Um processo de sucessão dos órgãos de governança, bem como dos profissionais da cooperativa;

4) Monitoramento e acompanhamento dos atos da gestão, bem como as atitudes necessárias para a correção das falhas;

5) Identificação, avaliação e mitigação dos riscos aos quais a cooperativa está exposta, bem como o acompanhamento das medidas necessárias para a correção das inconformidades;

6) Fazer com que o conselho de administração, de fato, seja o promotor da discussão e orientador das decisões estratégicas e o fiscalizador da sua execução;

7) Que a cooperativa tenha processos de formação para seu associado, bem como de participação nas decisões societárias, claro, isento e adequado a realidade de cada cooperativa.

estarão descritas no estatuto e nas políticas), os eleitos e a prestação de contas, (nas Assembleias). A melhor governança começa pela formação do quadro social.

Movidas por uma filosofia de vida e por um mo-delo socioeconômico capaz de unir as pessoas, vi-sando ao desenvolvimento econômico e o bem-es-tar social do cooperado e da sociedade, as coope-rativas tornaram-se parte relevante do tecido em-presarial brasileiro. Nesta longa linha do tempo sou-beram se adaptar e cresceram admiravelmente, tra-zendo prosperidade aos seus cooperados e às co-munidades onde vivem e atuam.

A adoção das Melhores Práticas de Governança em Cooperativas demonstra a posição de vanguar-da dessas instituições e significa mais uma inteli-gente resposta dessas organizações à sociedade na sua vitoriosa trajetória de evolução e sucesso, garantindo assim o cumprimento da sua missão e sua perenidade.

Este último ponto de atenção faz toda a diferen-ça. É impossível dissociar governança em coope-rativas da formação do quadro social. De um modo geral, quando se fala em modelo de Governança, a maioria dos associados pensa em quem vai ser o presidente do Conselho e quem será o principal executivo. Peças fundamentais como promotores e executores da Governança, mas cabe aos asso-ciados definir o modelo, as responsabilidades, (que

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Escoop promove educação cooperativista no RS

ue o Rio Grande do Sul é modelo e referência em

cooperativismo no Brasil, e ber-ço da primeira cooperativa de Crédito na América Latina (Sicredi Pioneira de Nova Pe-trópolis) muitos já sabem. O que talvez não seja de conhecimen-to de todos é que a Faculdade de Tecnologia do Cooperativis-mo – Escoop é a primeira insti-tuição de ensino superior do Brasil voltada exclusivamente ao ensino, pesquisa e extensão em Cooperativismo.

SESCOOP/RS INVESTE NO ENSINO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

A instituição é mantida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul (Sescoop/RS), que integra o denominado “Sistema S” que tem entre seus objetivos organizar, administrar e executar o ensino de formação profissional para associados e empregados de cooperativas.

EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E INFORMAÇÃOO sistema cooperativista gaúcho coloca em prática, através da Escoop, o princípio do cooperativismo da “Educação, formação e informação”. A Escoop visa formar profissionais que integrem conhecimentos técnico-científicos de ciência organizacional, administração, contabilidade, recursos humanos, marketing, finanças, planejamento, direito, educação, economia e história, capazes de absorver, propor e aplicar tecnologias de gestão cooperativa na identificação e resolução de problemas organizacionais das sociedades cooperativas.

A Escoop possui instalações amplas e modernas, com a toda a infraestru-tura necessária para um ensino de qualidade: salas de aula, auditório, la-boratório de informática, área de convivência, sala de reuniões, amplo es-tacionamento coberto, além da Biblioteca Walmor Franke, com acervo dedicado ao cooperativismo.

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Os associados e empregados de cooperativas têm direito a bolsas de estudo para cursarem atividades na Escoop, em nível de graduação e pós-graduação, custeadas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul (Sescoop/RS), no valor de 70% das mensalidades.

Bolsa de Estudos para associados e empregados de cooperativas

O candidato que deseja plei-

tear a bolsa de estudos do Ses-

coop/RS deve comprovar, no ato

da matrícula, o seu vínculo de as-

sociado e/ou empregado de coo-

perativa registrada e regular pe-

rante a entidade, conforme as nor-

mas da mantenedora.

O cooperativismo é uma grande força empregadora no Estado e em todo o território nacional. No Rio Grande do Sul, existem 440 coo-perativas ativas e 2,6 milhões de associados no campo e na cidade, que geram R$ 31,1 bilhões de faturamento em 2014 e 55,2 mil empre-gados diretos. A necessidade de profissionais especializados em ges-tão é crescente.

Mercado de trabalho

Quando o assunto é cultura e educação cooperativista, impossí-vel não destacar a biblioteca Dr. Wal-mor Franke, localizada no Centro de Formação Profissional Coope-rativista, que tem como objetivo prover o acesso, a recuperação e a divulgação da informação coope-rativista, subsidiando o estudo e as pesquisas desenvolvidas na Escoop.

A biblioteca conta com um acervo especializado em coope-rativismo. Atualmente, são 7.565

Biblioteca especializadaexemplares, com ênfase maior no segmento cooperativo, mas há também obras na área de admi-nistração, contabilidade, agricul-tura e literatura.

Aberta ao público em geral, a biblioteca costuma receber alunos de outras instituições de ensino para pesquisa.

O catálogo e horário da biblio-teca estão disponíveis no site da faculdade: www.escoop.edu.br.

Com currículo atualizado, adequado às necessidades do mercado de traba-lho e corpo docente qualificado – formado exclusivamente por mestres e doutores – a Escoop se destaca pelo ensino de qualidade. O Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Cooperativas obteve conceito 4 pelo Ministério da Educação (MEC), estando incluído, portanto, entre os cursos melhor ava-liados do País.

Qualidade de ensino reconhecida

NOVA VISÃO DO MUNDO

“Sou advogado e comecei acursar a Escoop em busca de uma especialização. Bem, essa busca resultou em uma nova visão do mundo, em uma nova expectativa de vida e um recomeçofantástico. E esse recomeçoé cooperativista até a alma e sempre em busca desustentabilidade e harmoniacomigo, com o mundo e com as pessoas”.

CARLOS ALBERTOCONDE DA SILVA

ADVOGADO, ACADÊMICO DE GESTÃO DE COOPERATIVAS E ASSOCIADO DA

COOABCRED (COOPERATIVA DE CRÉDITO DA OAB/RS)

SER HUMANO COMO PRIORIDADE

“A Escoop foi de grandevalor na minha vida. Por ser a única Faculdade naAmérica Latina que temcomo essência oCooperativismo, priorizanão só a formação de gestores de cooperativas,com professores altamentequalificados, mas o ser humano no seu todo, em suas relações e responsabilidades consigo mesmo e com o mundo e, assim, desperta as qualidades de cada um, oque certamente influi no outro e assim por diante”.

ADILES MARINA JUSTOASSOCIADA DA COOTRAVIPA

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SESCOOPRS.COOP.BR • JAN/FEV/MAR • 201534 AÇÃO COOPERATIVISTA PARA UM MUNDO MELHOR

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CARLOS ALBERTO OLIVEIRA DE OLIVEIRA

ENGENHEIRO AGRÔNOMO, MESTRE EM AGRONEGÓCIOSPROFESSOR DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DO COOPERATIVISMO – ESCOOP

PESQUISADOR DA FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – FEPAGRO

o participar do Fórum Mundial da AssociaçãoInternacional para Gestão dos Alimentos e

do Agronegócio (Ifama), em 2014 que ocorreu naCidade do Cabo, na África do Sul, me deparei comesta afirmação do título em vários momentos. Nes-te fórum pessoas de todas as regiões do planeta de-batem aspirações e desafios para melhorar e garan-tir a produção e distribuição de alimentos no mundo.Mesmo com esta pretensão coletiva e globalizadahá um consenso: as soluções devem ser locais.

Voltando nossa atenção para o Rio Grande do Sul, é notável que a trajetória agrícola brasileira seconfunde com a gaúcha desde o início do século XXe tem se alicerçado na capacidade empreendedorados produtores e seu comprometimento no traba-lho com a terra. O desenvolvimento da ciência e oaporte tecnológico também vêm sendo fatores pro-motores da expansão produtiva, necessária paraatender a demanda de alimentos que cresce em sin-tonia com o aumento da população.

O início da história da pesquisa agropecuária es-tadual ocorreu em 1919 com a criação da Estaçãode Seleção de Sementes de Alfredo Chaves, no mu-nicípio de mesmo nome, hoje Veranópolis. No inícioda década de 1940 havia 18 estações experimentaispúblicas distribuídas pelo Estado. Estas estaçõesforam alocadas em quatro institutos de pesquisa li-gados à Secretaria da Agricultura e Abastecimento.No ano de 1994 foi criada a Fundação Estadual dePesquisa Agropecuária – Fepagro, para congregaros institutos de pesquisa. Entre as suas finalidadesbásicas está implementar a política de pesquisa edifusão de tecnologia agropecuária do Estado.

Exemplos de resultados diretos da pesquisa de-senvolvida na área agronômica foram os lançamen-

tos de vários cultivares de trigo. Dentre esses, des-tacou-se o cultivar Frontana (1940), que entre outras características apresenta dois genes para resistência à ferrugem-da-folha. Este produto é considerado por pesquisadores e produtores um marco para o Brasil e para grande número de programas de melhora-mento com trigo no exterior.

Outra contribuição da pesquisa agropecuária es-tadual foi o estudo que avaliou o efeito de inocula-ção da soja com bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico, comparativamente ao uso de adubos nitrogenados sintéticos. Este trabalho demonstrou que a utilização de nitrogênio não era necessária nas fórmulas de adubação da cultura. Em 1976, a indica-ção de adubo nitrogenado para a cultura da soja foi retirada das recomendações de adubação da Rede Oficial de Laboratórios de Análises de Solo (Rolas). Neste mesmo ano praticamente 50% de toda soja produzida no País era oriunda do Rio Grande do Sul.

A consolidação de infraestrutura de pesquisa e de política agrícola, abarcando mecanismos de preços mínimos para o setor primário, possibilitou o incremen-to da produção de trigo e a criação de uma estrutura com cooperativas agropecuárias. As atividades de pes-quisa regionalizadas propiciavam atendimento às de-mandas dos produtores cooperados e contribuíam com o desenvolvimento econômico e social das regiões.

Além das ações estaduais, no arcabouço do Sis-tema Nacional de Ciência e Tecnologia ocorreu o estabelecimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em 1973. Responsável pe-la política nacional de pesquisa, a estatal possui for-te identificação e atuação em nível local. O arranjo institucional então disponível, Organizações Esta-duais de Pesquisa Agropecuária e Embrapa, junta-

A ciência é universal, mas as soluçõesdevem ser locais

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mente com as organizações de assistência técnicae extensão rural, possibilitou maior acesso ao conhe-cimento e tecnologias para produtores e otimizou oaproveitamento das áreas agrícolas. Como resulta-do, o setor primário tem se mantido com status delastro econômico e social para o Brasil.

Atualmente a produção de grãos nacional estáem torno de 200 milhões de toneladas, o País é umdos principais produtores e exportadores de carnebovina, de frango e suína. O agronegócio represen-ta mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) eresponde por mais de 27% dos empregos geradosno País. Contudo, para avançar, o agronegócio alémde superar os gargalos que compartilha com os de-mais setores da economia, como ampliação da in-fraestrutura e redução da carga tributária, precisarácontar com mais pesquisa agropecuária.

Em muitas regiões do País existem áreas degra-das com pastagens e subutilizadas. No Rio Grandedo Sul 7,2 milhões de hectares são cultivados comsoja, milho, arroz e feijão. Na safra de inverno 1,3 mi-lhões de hectares são cultivados com trigo, cevadae aveia. A área restante (5,9 milhões de hectares)não utilizada com as principais culturas de invernorepresenta um potencial a ser explorado. Atualmen-te, o solo é mantido exposto ou com plantas de co-bertura. Um dos temas de pesquisa que pode cola-borar para elevar a produtividade das áreas já utili-zadas para fins agrícolas e redução de novos des-matamentos é aaa intege ração dadd s atividades de lavou-ra, pecuuuária e floooooorererestsssss a. Há pesqs uisas já em andamen-to nestaaa ááárererea.a.a. NNNNNNNNoo o enenentanto, mesmo no RS existe umadiversiddddddddadee dededeee cccconononononondições edadd foclimáticas (solo, cli-

ma, relevo, etc.) e culturais que exigem aprimora-mentos e adaptações regionais das tecnologias pa-ra que se tornem efetivas e aplicáveis.

Outro desafio permanente é focar a pesquisa tam-bém para o produtor rural de baixa renda e sua fa-mília. Dados indicam que a pobreza ainda atinge 32%da população rural, comparativamente o dobro dopercentual alcançado na população total do País.Para melhorar esta situação, a ciência deve se con-verter em conhecimentos e tecnologias que os agen-tes possam se apropriar e sejam empregados nascomunidades.

A continuidade da participação do RS na van-guarda do agronegócio tem no investimento em pes-quisa um requisito básico. Nesse sentido, a implan-tação de um Programa Estadual de Desenvolvimen-to Científico-Tecnológico, com vinculação de verbasno orçamento, em percentuais do PIB e com plane-jamento regionalizado pode favorecer a constanteevolução das atividades produtivas do RS.

O avanço da presença dos entes privados na pes-quisa agropecuária sugere que sejam construídasagendas conjuntas de estudos, da mesma maneiraa comunicação com os agentes produtivos, partíci-pes e receptores das inovações é estratégica.

O aprofundamento do debate sobre os rumos doagronegócio e os direcionamentos da pesquisa vol-tada ao setor se faz necessário. Os desafios motiva-dores envolvem realizaar ciência e fazê-la presentenas atividades produtivas. O processo de aproxima-ção e cooperação entre os diferentes agentes envn oll-vidos pode acrescentar em soluções para dificuuuuuulddda-aaaaaaaades locais compartilhadas.

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Tendo tua vida ligada sempre direta ou indiretamente ao cooperativismo, qual a importância de comandar essa Secretaria?É um privilégio poder contribuir com o que vivi o tempo todo no cooperativismo. Sabemos que existem gargalos no setor e ten-tamos diariamente encaminhar junto aos governos estadual e fe-deral algumas linhas e destravar alguns processos para ajudar o setor. Por exemplo, o licenciamento ambiental. Fizemos um con-vênio com a Secretaria do Meio Ambiente para destravar as ini-ciativas de investimento para facilitar novas licenças. Sobre o cooperativismo, o Governo já reconhece sua importância, mas nossa função é sempre ressaltar o papel admirável que todos os seus ra mos têm na economia gaúcha e o que podemos fazer pa-ra que o setor avance cada vez mais.

Qual a linha de atuação da Secretaria e qual a importância dela no Governo?A Secretaria tem duas linhas de atuação: a agricultura familiar que abrange todas as diversidades de público, e o cooperati-

O novo secretário de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo do Rio Grande do Sul, Tarcísio Minetto, assumiu o cargo com o principal objetivo de fortalecer a agricultura familiar e o sistema cooperativista. Dentre suas prioridades, o secretário tem como foco cuidar dos 13 ramos do cooperativismo. “Nosso papel é sempre ressaltar o papel importante que todos os seus ramos têm com a economia gaúcha”, assegura. Outra prioridade é exercer as políticas voltadas à agricultura familiar e às linhas do Pronaf, mantendo todos os programas já existentes na área da assistência técnica, por meio da Emater. Minetto tem sua vida ligada ao meio rural e ao cooperativismo. Nascido em Caiçara, no noroeste gaúcho, é oriundo de uma família italiana de 14 irmãos. Ele sempre acompanhou o pai nas reuniões do conselho da Cooperativa Agrícola de Frederico Westphalen (Cotrifred). É técnico agrícola, formado no Colégio Agrícola de Frederico Westphalen, graduado no Curso de Tecnólogo em Cooperativismo, pela Unijuí, e em Economia, pela Unisinos, onde também se especializou em cooperativismo.Atuou na Federação das Cooperativas de Trigo e Soja do Rio Grande do Sul (Fecotrigo), prestando assessoria econômica na elaboração de estudos de custos de produção e conjuntura agrícola, e na Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (Fecoagro/RS). De 2003 a 2013, trabalhou na Assembleia Legislativa como chefe de gabinete da liderança do PSB. Em 2013, retornou para a Fecoagro/RS, no cargo de superintendente.

Agricultura familiar e cooperativismo

TARCÍSIO MINETTOSecretário de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo do Rio Grande do Sul

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vismo, que tem uma relação direta com ela. Atra-vés da cooperativa, o pequeno produtor tem con-dições de permanecer com suas atividades. E aqui surge a questão da sucessão rural. É através do cooperativismo que o pequeno produtor se insere no contexto da competitividade e viabilidade eco-nômica. No caso do setor do leite e de carnes en-tra também a questão da agroindustrialização e da assistência técnica, onde as cooperativas têm um papel importantíssimo, pois possuem quase dois mil profissionais engenheiros agrônomos, téc-nicos agrícolas, engenheiros florestais e zootec-nistas atuando e contribuindo fortemente na ges-tão e inovação no Estado.

Na sua opinião, a permanência do homem no campo está atrelada a uma vida cooperativa?Seguramente. Existem outras iniciativas de integração, mas o cooperativismo a meu ver é o sistema mais com-pleto, que inclui e que absorve os agricultores familia-res no processo produtivo. Ele possibilita a organiza-ção da produção e faz com que a renda para o agri-cultor associado seja uma condição diferenciada com relação a outras formas de economia.

Quais as políticas públicas que estão em andamento na Secretaria para beneficiar o setor cooperativista?Foi criada a política do Fundopem/RS, um instrumen-to de parceria do Governo do Estado com a iniciativa privada, visando à promoção do desenvolvimento so-cioeconômico, integrado e sustentável do Estado. Já foram feitos também alguns investimentos com be-nefícios do ponto de vista da questão tributária. Para as pequenas cooperativas, temos o fundo de aval, em que aquelas que não têm condições de acessar as li-nhas de crédito podem utilizar o fundo para obter re-cursos. Temos também o projeto da economia da cooperação que visa estimular a formação de redes de desenvolvimento econômico e social e fortalecer o cooperativismo gaúcho, em que a Ocergs auxiliou fortemente na construção das políticas públicas atra-

A prioridade é exercer as políticas voltadas à agricultura familiar e às linhas do Pronaf, mantendo todos os programas já existentes na área da assistência técnica”.

vés do documento “Plataforma para Governos e Par-lamentos: 2015 a 2018”.

Nos últimos meses, foi muito debatida a questão da qualidade do leite, em virtude das fraudes apontadas pela Operação Leite Compensado. Que reflexos esse assunto teve na Secretaria do Cooperativismo, já que mais da metade do leite produzido no RS passa de alguma forma pelas cooperativas?O reflexo se deu principalmente nas pequenas coo-perativas que foram surgindo para a captação de leite, que vendem leite spot (aquele comercializado entre empresas, geralmente com pagamento à vis-ta). Como deu problema na qualidade e restrição de mercado, elas não tinham uma parceria firme com uma cooperativa que fazia beneficiamento ou indus-trialização, sendo prejudicada pelo fato de não con-seguir vender o produto.

O senhor acredita que a imagem do cooperativismo como um todo foi afetada com a crise do leite?De alguma forma, mas não significativamente, por-que o cooperativismo tem uma capacidade enorme de verticalizar todo o processo de rastreamento e recolhimento do leite.

Qual a importância do cooperativismo para o desenvolvimento econômico e social do Estado?O cooperativismo, em todos os seus ramos, tem um papel fundamental, haja vista que seu faturamento equivale a cerca de 11% do PIB do Estado, e um seg-mento com essa representatividade deve ser olhado de uma forma diferente. Devemos cuidar muito bem dele, pois poderá trazer surpresas agradáveis no fu-turo. O cooperativismo promove uma condição de desenvolvimento local e regional fantástico, bem co-mo do Estado. Mas penso que seja necessário reali-zar mais investimentos de forma integrada para que as cooperativas cresçam juntas. E o Estado pode auxiliar muito nesse sentido. Tomamos como exem-plo a integração do Porto de Rio Grande - Termasa/Tergrasa, juntamente com a CCGL, que barateou o custo para o produtor, aperfeiçoando a logística. Se-ria ótimo se conseguíssemos fazer investimentos pa-ra viabilizar a integração em outras cooperativas. Só na aquisição de insumos e produtos veterinários, por exemplo, teríamos um potencial de compra conjun-ta enorme.

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Como o senhor vê a atuação do Sistema Ocergs-Sescoop/RS?O Sistema tem um papel importante no desenvolvimento do cooperativismo e destaco aqui a Escoop, que prepara os se-tores de Recursos Humanos pra atuar dentro das cooperati-vas gaúchas. Quanto mais descentralizado for esse processo, melhor. Cada região tem suas peculiaridades e deve-se pen-sar em como chegar lá no extremo e o Sistema faz isso atra-vés da Escoop e atua em todo o Estado na formação e capa-citação de pessoas, buscando sempre a melhoria e boas prá-ticas de gestão.O Sescoop/RS está sempre lembrando os princípios do coope-rativismo, que é uma sociedade de pessoas, e que veio para contribuir na resolução de problemas e dificuldades. Devemos resgatar esses valores nas cooperativas e no mundo em que vi-vemos hoje. O cooperativismo é um diferencial enquanto socie-dade que respeita o ser humano, que dá oportunidade de ma-nifestação às pessoas e o Sescoop/RS tem o trabalho impor-tante desde a formação de jovens aprendizes até a qualificação e formação de Recursos Humanos no cooperativismo.

A sucessão familiar é um dos pilares da Secretaria?Sim, tanto que estamos trabalhando nas escolas técnicas, junto à Secretaria de Educação e também colocando o foco da importância do cooperativismo nesse contexto.O grande desafio é transformar e expandir beneficiários do cooperativismo, tanto no contexto da agricultura familiar co-mo do cooperativismo. O meu propósito é sempre defender que o cooperativismo seja uma linha de frente enquanto or-ganização econômica de todos os ramos. Queremos trans-formar sempre dentro do contexto das boas práticas de ges-tão e da expansão, incluindo cada vez mais pessoas que pos-sam ser beneficiadas pelo movimento cooperativo. Quanto mais cooperativistas tivermos, melhor será a sociedade gaú-cha, brasileira e mundial. O cooperativismo é a saída para um mundo melhor.

O cooperativismo, em todos os seus ramos, tem um papel fundamental, haja vista que seu faturamento equivale a cerca de 11% do PIB do Estado, e um segmento com essa representatividade deve ser olhado de uma forma diferente. Devemos cuidar muito bem dele, pois poderá trazer muitas surpresas agradáveis no futuro”.

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ivemos na era da convergência digital, in-formações, conteúdo online, notícias. A in-

ternet, a consolidação das mídias sociais e a pro-dução de conteúdo multimídia trouxeram uma no-va concepção para a forma como os meios de co-municação se relacionam com seus públicos de interesse. Neste contexto, adentramos já há algum tempo no cenário que Henry Jenkins classifica co-mo Cultura da Convergência, caracterizado pela reapropriação de conteúdos e uma produção mi-diática cooperativa, que integraliza e aproxima a relação entre produtor de notícia e consumidor.

Os consumidores de notícias, os chamados news consumers, tornaram-se agentes participativos no processo atual de construção da informação, atra-vés da cultura colaborativa e da cooperação. Afi-nal de contas, hoje em dia qualquer indivíduo, com mínimo conhecimento e instrução no universo di-gital, está apto e possui condições para registrar e disseminar um acontecimento com fotos, vídeos, sons, entre outros conteúdos. A instantaneidade que a era da internet trouxe para o fato virar notí-cia permitiu que essa relação produtor-consumi-dor ganhasse uma nova conotação.

Pode-se, neste caso, afi rmar que às vezes os pa-péis se misturam, pois o consumidor torna-se ao mesmo tempo produtor, isto é, as novas mídias di-gitais propiciam o compartilhamento e a troca ins-tantânea de informações, permitindo aos news con-sumers ocuparem o espaço de promotores da no-tícia, conhecidos como news promoters, que iden-tificam através de seu olhar crítico e de sua percep-

ção uma ocorrência como especial, fazendo com que a mesma possa ser observada e ganhe destaque publicamente. Trata-se da cultura participativa, na qual o consumidor contemporâneo interage com as formas comunicacionais, ou seja, ele deixa de ser apenas um mero receptor passivo e passa a parti-cipar diretamente, criando e compartilhando suas impressões e visão de mundo de forma coletiva.

E quando se fala em compartilhar conteúdo no mundo virtual e buscar engajamento para o que se diz acerca de alguma coisa, qual a primeira coisa que vem à mente nos dias atuais? Mídias sociais. Elas tor-naram-se grandes aliadas no processo de construção e disseminação da informação. Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Google+, entre tantas outras redes, contribuem para propagação e divul-gação de conteúdo informativo, permitindo ao in-ternauta o papel de promotor de notícia.

O fato é que as mídias tradicionais são influen-ciadas pela internet, que trouxe mudanças, trans-formações culturais, mercadológicas e sociais aos meios de comunicação, que tiveram que se adap-tar à convergência midiática. A forma como aces-samos a informação se tornou mais dinâmica, a relação produtor-consumidor da notícia passou por um processo de reconfiguração. Vivemos na era da convergência digital, o mundo dos bits e dos by-tes, das selfies, das hashtags (#), dos likes. E você, está preparado para assimilar isso tudo, fazer co-nexões em meio a conteúdos e plataformas midiá-ticas dispersas e participar desse processo de cons-trução da informação?

Convergência digital e a nova relação produtor-consumidor

LEONARDO MACHADO

JORNALISTA DO SISTEMA OCERGS-SESCOOP/RS

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SESCOOPRS.COOP.BR • JAN/FEV/MAR • 201540 AÇÃO COOPERATIVISTA PARA UM MUNDO MELHOR

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SESCOOPRS.COOP.BR • JAN/FEV/MAR • 201540 AÇÃO COOPERATIVISTA PARA UM MUNDO MNDO MELHORELHOR

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JOSO É PEDRO PPPAAZAZ

SÓCSÓCISÓCIÓCIOO E O E DIREIRETOTOR DE PDE LANELANEJAMEJAMENTO N CRIATIVO DA DZ ESTÚDSTÚDDIO, IO, ,,, AGÊNAGÊNAGÊNAGÊNAGÊNCIA RESPPONSÁSÁSS VEL VEL VPELAPE ESTSESESS RATÉRAT GIA GIA E COE C NTEÚDO DO GERAÇÃAÇÃÃÃÃÃO COO CO CO COO C OPEROPERAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOA .

foforçrça a dodo ccoooopep raaaatitititivvviv smsmsmmo o o o éééé rerererecocococonhhnnn ececididaa cocomomoum ddos importannnnteseseses mmmmooototororesesses ddddaa ece ononomomiaia

gagag úcúcha. No entanto, uma ququququese tão o prpreoeoeoeocccuuc pap va as s lili--dedeerarar nçnçasas do setor:: comm aa hhipipipipeeere coneneeexãxãxãxão eee e oo dinamimis--s--mom do mumundndo coc nttemempoporâr neneneneo,o ccoomoo o o o mamanterer oo in-nteresse do jovovemem nna a cocoooooperatiiivi a daa ssuaua fammílí iaa,, dadasua cidade, daa ssuaua rregeggião?o?o? Comoo coccompmpetirr ccomomopções de futuuroro ssededututororasas, embora nnememmm sssssemememememprppp eeeesólidadas,s, qque cheegagamm dadas s grgranandededesss cicicici aadadadedededesss nan formaaaade promesssasa ttecnonológigicacacas eee inininovovadorass??

Foi coc m esse deesafafioio queue ssururgiu o GeraraaaçããããooCooopoperaçaçãoão.. UmUm pproroojejetoto ddoo SeSeSescscoooop/p/RSRS qqqquuueu temcoomomo oobjbjbjetetivivosos aaprproxxxxo immmmmararr oooo jjjovvvememem dddooo cococooopopopoperererratativivisis-momo ee ddococumumumumumeneentatar esssasaaaa rrrrrelelaça ãoãoooo.

A ESTRATÉGIA: CRIAR UMAPLATAFORMA DE CONTEÚDOE RELACIONAMENTO.

O cooopopereratativivisi momo ttemem mmuitotos vavaloloreres s emem ccomomumumcom m a cucultlturura didigigitatall vivivividada ppelelasas nnovovasas geraçççççççõeõeõeõeõess.sssCoCompm arartiiiiilhhhlhlhlhlhamaamamamammenentoto, , cocolalaboboraraçãção,o, ssusustetenttttabababababiiiilidididididadadee eeeeeemmprpreeeenddddddedededede orrissmomo ssãoão aalglgumumumumasasasas mmmananifesesesesse tatatatataçõçõõõõeeesee dddddoooocoompmporortatamementnto o dodos s mimimmmmmmm lllleneenenninialalss qqueue eeenncncn ooonoo tttrtrt amammmm eeeeecocooonoono uunin veversrsoo dada ccoooopeperaraçççãção.o. PPororémém,, aa ddid feeefeererererererer nçnçnçnçnççaa dededeeelililil ngngngn uauauauagegegegem ese tatava dddifificculultatat ndndoo umuma a apaprrror ximaaçãç o.o.

Era hora dddee iriir pppararaaa asassas r dedeses ssococciaiaiaiaissisis cccomo con-teteteteeeeúdúdúdúdúdúddososososoosoo qqqqqqqueuueuueueee falassem a língua desse jovem. AsAA isisimmm,ddddddededede ddsddsdsdsdsdsdsdeeeeeeeeee 20202020202002020202012112212121212121212,,, oooooooo GGeGGeGeGGeGeeGeGeraarararaçãçãççãçãçãççç ooo oo CoCoCoCoCoCoopoopopopopererereraçaçaççaççççççãoãoãoãoão vvvvvemememememe cccccconoonoononoo struin-dodo sua iidedenttntidididadadadee.e JJáá ããsãsãoo o mamamaisisisis dddddddeeeee 202020220202 00000000 popopopopp ststtsttttssts ssss nononononononnonblog. MaMais de 60 mil fãss nno Facebobookok,, dede ttoddodasas aaasspartes do RSRS. . MaM is de 3535 vídeos, entrere eentntrereviviststasas,ded poimentos e mimininidodocs.

OO GeGeração Cooperação esteve preesente em de-zenas de eveventntoso e conheceu de pperertoto esses novos

protaggonononononisisisisistatattt s,s, oouvuvuvuuviuiu oooo qqqqueue ttêmêmêêm aaaa dddizizizzerererer, , nonononomememeououuu eeeeemm-mbaixadorresesesesese ..... FaF loouuuuuu cccococc mmm osososos qqqqueueuee eeeeststststãoãoãoão mmaiais s s s prprprpróóóxó imos do uniniversrssssrsoooooo dodododododod cccccccoooooooooooooooo peperativivismsmsmo.o.o. EEEE aaaagoggorrrar ,,,, susususua voz jáj tet m umum aalclcanancece mmuiuitoto mmaior.

Emm 2201015,5 o prooojetototot trararárá novo iddadadesesesesesesesess, ininininnvavavaadidididiráráráá ssssalalalalasasasas de aula, vvisisitará cocoopopereratativii asas ee eveeeeennnntntntntosososos, ,,, pepepepercrcrcooorrereeeerárárár oooo estatadodo pararaa coccoontntininuauar r momomosttrarandndddddddoooooooo a aaa cocococoopopopo erererrraçaçaççãoãoãoo ccco-o-oo-o-mooomo uuuummaammm ggrarandndnde e ee opopopopçããçãããããããção o o o oo dededededededee ffuutututuutu urururrrrrrroooooooo papapaparararaa aaaa nnnnovovovooo aaa gegggerararar çãçãçããçãção.o.oo.o

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EM 2012, PROCLAMADO PELA ONU O ANO INTERNACIONAL DAS COOPERATIVAS, TEVE INÍCIO UM PROJETO PARA FALAR DE FUTURO

FAÇA PARTEO Geração Cooperação é uma plataforma criada pelo Sescoop/RS para que os jovens se

relacionem com o cooperativismo. O projeto está aberto para que as cooperativas do RS enviem ideias, estimulem o diálogo e ajudem a propagar os conteúdos.

NOVIDADESEm 2015, o Geração terá uma nova série de vídeos, apresentando projetos colaborativos

que têm tudo a ver com cooperação. Além disso, estará presente no Dia C e nas atividades da Escoop.

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APRENDIZ COOPERATIVO O Geração Cooperação explicou o que é o Programa do Sescoop/RS, que já atendeu

mais de 7 mil jovens no RS, e quais as coo perativas participantes do Programa em 2015. No primeiro semestre de 2015, o Programa Aprendiz Cooperativo está presente em 47 municípios do Rio Grande do Sul, com mais de 2.100 jovens participantes em 98 turmas.

TURISTA COOPERATIVOA série de posts mostrou que conhecer algumas das cooperativas do litoral gaúcho

pode ser uma ótima oportunidade para quem vai passar um fim de semana na praia. Exemplos disso são as cooperativas Coopet, Ecotorres, Econativa, Coopesca e Cooperativa Arrozeira Palmares.

DE GERAÇÃO PARA GERAÇÃONa série de vídeos da plataforma, jovens cooperativistas trocam experiências com

cooperativistas mais experientes. O quarto vídeo da série traz o papo com Leonardo Schneider, fiscal de Caixa na Cooperativa Piá, em Nova Petrópolis.

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Confira os destaques do Geração Cooperação:

Acompanhe e participe do Geração:Acesse o site e conheça mais o projeto: geracaocooperacao.com.br

Curta a fan page: facebook.com/GeracaoCoop Assista aos vídeos: youtube.com/GeracaoCoop

Ajude a construir um futuro mais cooperativo!

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DUDUASAS CCCOOPERAATIT VAVAS DO RAMO INFRAEAAESTSTRUTUURAAA,, CERTELE EE COPO REL,L, OFO ERE ECEM A SEUS ASSOSOCIC ADOSOS SERERE VIV ÇOS S DEE ACESSO O

À INTERNET QQUEUE MMUDDAMAM AA VVIDIDA A DADAS PEPESSS OAO S

ocococêêê mmmmumuitittiti ooo prprrrovovovovavavavelelmementnte e tenhnhaa aca esso àininnnnteteternrnrnrnneetetet eeeeemm m m sususuaaa cacacasasa ee nnoo seseuu loocaall dede traba-

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ALÉM DE INTERNET, COOPERATIVASFORNECEM SERVIÇOS DE TELEFONIA

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Dentro do espírito cooperativista,aa aaa CCCCerererertetetetelll,l, aaaatrtrttrt aa-a-a-véévééévévévévévév ssss s ss s dododododdodododo sssssseueueueueueeueu ppppprorororororoooveveveveveedoddddoodododorrrrr dedededdedeede IIIIIntntntntntererererererrrnenennenen tt t t CeCeCeC rtelNET, procura tatatenenendedederr r aoaoss ananseses iioiosss dadddadadassss cococococococomumumumuuumum ninininin dadadadddddadadedededdedeedesssssss ononononononnndededededed aaaaaaatututututtuaaaaaa eeeeee

viabbililiziza acesso ao mundndo ivirtrtuauall paparara 111222.1616163333 lclclclieieieienn-n-ntes em 2299 mum nicípios. DeDe acordo coomm aa asasseessssororiaia de imprensa daa CCoooopeperarativa, com a chegegadadaa dada bbana -dada llara ga a locais mais afastados, houve e umm aumumento na produdutitiviv dad de agropecuária em ffununção de uma

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maior agilidade na comunicação entre produtor e integrador, possibilitando inclusive o surgimento de novos empreendimentos rurais, antes inviabilizados devido à falta de comunicação. A CertelNet dispo-nibiliza ainda o serviço de telefonia fixa em Teutônia, sede da Cooperativa, e em mais três municípios do Vale do Taquari.

Mais informações dos serviços prestados pela Coprel e pela Certel podem ser en-contrados nos endereços triway.net.br e certel.com.br

AÇÃO COOPERATIVISTA PARA UM MUNDO MELHOR

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ARNO MALHEIROS DOS SANTOS

ADVOGADO, ASSESSOR JURÍDICO DA COTRIPAL, DE PANAMBI, CONSULTOR DA FECOAGRO/RS,CURSANDO MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DO AGRONEGÓCIO PELA FACULDADE DE TECNOLOGIA DO COOPERATIVISMO - ESCOOP

Gestão sindical nas sociedades cooperativas

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s Sociedades Cooperativas têm merecido – talvez até tardiamente – destacado reconhe-

cimento por sua contribuição para o desenvolvimen-to econômico e social das regiões onde atuam.

Criadas quase sempre como solução a uma difi-culdade enfrentada por um grupo social em deter-minada época, passaram a compreender que a par-tir da nova Ordem Constitucional de 1988, os cená-rios de sua atuação se modificavam profundamente: a economia passa a ser regida pelo mercado, a livre iniciativa é incentivada e a concorrência é universal, sem distinguir os diversos tipos societários (art. 170, inciso IV, e § único, da CF). E mais especialmente, não haveria mais interferência estatal no funciona-mento das Cooperativas (art. 5º, inciso XVIII, da CF).

A Lei nº 5.764/71 (Lei das Sociedades Coopera-tivas), tão seguidamente desafiada a modificações, passou a ser menos criticada e a se oferecer a uma interpretação, que se diga, mais contemporânea.

Como resultado, vemos destaques no segmento agropecuário, industrial, de crédito, de serviços, trans-portes e em outros tantos ramos de atividades, o que até a algum tempo sequer se cogitaria.

Claro que a tudo soma-se a visão estratégica dos administradores, novos métodos de governança, ges-tão técnica dos negócios e formação profissional. E aqui reside o verbo núcleo desta resenha.

As cooperativas se distinguem dos demais tipos societários por serem sociedades de pessoas, cuja realização de seus anseios almeja por meio das ati-vidades que desempenha. Seu fim, no entanto, até por definição legal (art. 3º, da Lei nº 5.764/71), será sempre um resultado econômico a ser partilhado.

Esta equação não é simples de ser feita, ou, me-nos ainda, de ser compreendida. As cooperativas são livres para explorarem qualquer tipo de atividade - desde que alinhada com seus objetivos sociais -, o que implica, não incomumente, realizarem empreen-dimentos idênticos aos de outros tipos societários.

Não há nisso contradição ou dualidade, mas por ter natureza jurídica distinta, os atos praticados pe-las Sociedades Cooperativas hão de ser analisados pela ótica de sua legislação própria. E isto nem sem-

pre é fácil, mas, ao revés, quase sempre geram con-flito e confusão interpretativa. E neste cenário ganha destaque o conhecimento de suas regras sindicais.

É sabido que a representação sindical se dá tan-to por parte do empregado, como do empregador.

No caso das Cooperativas do Estado do RS, já está consolidado o entendimento de que a repre-sentação patronal se dá pelo Sindicato/Ocergs (“in” TST-RO-3035-49.2011.5.04.0000), ante o reconhe-cimento judicial de que detém legitimidade para a representação das cooperativas, estas consolidadas como categoria econômica.

No plano prático, as cooperativas que desenvol-vam várias atividades já não teriam que se preocu-par com sua representação sindical patronal – não poucas vezes pulverizada em diversos sindicatos -, para alinhar-se a apenas um, “in casu” o Sindicato/Ocergs, legítimo representante de seus interesses na relação com seus empregados.

O ganho administrativo com a adoção – do ponto de vista jurídico, até imperativa – desta providência, para a cooperativa, sem dúvidas é inquestionável.

Pela ótica da representação dos seus emprega-dos, outra vez a leitura da lei de forma alinhada às peculiaridades das Sociedades Cooperativas oferece alternativas administrativas que merecem atenção.

Na definição dos §§ 1º e 2º, do art. 581, da CLT, em desenvolvendo uma Cooperativa mais de uma atividade, em convergência de interesses econômi-cos, o enquadramento sindical de seus empregados se dá pela categoria profissional preponderante. Lo-go, num estudo naturalmente mais detido, não é im-provável, por exemplo, que um motorista não se en-quadre na categoria profissional definida por sua função, mas na do empreendimento onde desem-penhe suas atribuições.

Não tem este, evidentemente, o propósito de es-gotar o assunto, mas é razoável considerar que o domínio das normas legais e demais peculiaridades específicas das Sociedades Cooperativas podem for-necer, como nos exemplos citados, ferramentas im-portantes para sua adequada gestão.

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SESCOOPRS.COOP.BR • JAN/FEV/MAR • 201544 AÇÃO COOPERATIVISTA PARA UM MUNDO MELHOR

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JOSÉ MÁXIMO DARONCO

MESTRE EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS – UNISINOS; PÓS GRADUADO EM GESTÃO FINANCEIRA,CONTROLADORIA E AUDITORIA PELA FGV; PÓS-GRADUADO EM AUDITORIA E FINANÇAS PELO INSTITUTO

CENECISTA DE ENSINO SUPERIOR DE SANTO ÂNGELO; BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS PELO INSTITUTOCENECISTA DE ENSINO SUPERIOR DE SANTO ÂNGELO; GERENTE DE MONITORAMENTO DO SESCOOP/RS

atual cenário econômico, novas leis e regula-mentos, e novas tecnologias tornam o am-

biente de negócios mais dinâmico e complexo e,com isso, requerem das cooperativas percepção es-tratégica de aspectos como gestão de riscos, de de-sempenho e implementação de processos e siste-mas de governança.

Estabelecer estruturas de governança é proces-so contínuo, e deve acompanhar os diferentes de-safios que as cooperativas enfrentam em cada eta-pa de seu desenvolvimento. Sob esse aspecto, é fun-damental contar com mecanismos adequados deavaliação, preparação, implementação e monitora-mento de fatores de riscos que podem influenciarna execução de suas estratégias.

RISCOSO risco de negócio é inerente a todo empreen-

dimento. No entanto, as organizações que incorpo-ram práticas de gestão de riscos ao planejamentodos negócios e à gestão do desempenho, possuemmaior chance de alcançar êxito em seus objetivosestratégicos e operacionais.

Independente de qual seja o tipo de risco (es-tratégico, financeiro, operacional ou regulamen-tar) todos devem ser gerenciados de forma inte-grada, de maneira que se possa compreender oimpacto que a resposta a determinado fator derisco tem sobre outro.

A qualidade das informações para o gerencia-mento eficaz ainda é um desafio no ambiente em-presarial e, também, para as cooperativas. A rapidez,a integração e a confiabilidade dessas informaçõesestão entre os principais entraves com relação a es-se aspecto.

A adoção de práticas de gerenciamento de ris-cos perpassa, necessariamente, pela adesão ao no-

vo padrão contábil, que amplia a necessidade deaprimorar o processo de divulgação das informaçõesrelacionadas à exposição de riscos a que as institui-ções estão sujeitas.

Nesse contexto, o Conselho Federal de Contabi-lidade destaca que a informação contábil deve sergeral, verdadeira e equitativa, de forma a satisfazeras necessidades comuns de um grande número dediferentes usuários, não podendo privilegiar, delibe-radamente, nenhum deles, considerando o fato deque os interesses nem sempre são coincidentes.

É interessante analisar as características da infor-mação contábil, diante do Pronunciamento Concei-tual Básico (CPC00), visto que, relevante é aquelainformação contábil capaz de fazer diferença nasdecisões que possam ser tomadas pelos usuários, mesmo no caso de alguns usuários decidirem nãolevá-la em consideração.

CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAISSão duas as características qualitativas obriga-

toriamente presentes nas Demonstrações Contábeise reputadas como as mais úteis para os usuários, e,

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as únicas denominadas de fundamentais: Relevânciae Representação Fidedigna.

A Relevância diz respeito à influência de uma in-formação contábil na tomada de decisões. As infor-mações são relevantes quando fazem a diferença nas decisões econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, ou corri-gindo as suas avaliações anteriores (valor confirma-tório), ou ajudando-os nos processos para predizer resultados futuros (valor preditivo). A Relevância de-pende da natureza e da materialidade (tamanho) do item em discussão.

A Representação Fidedigna diz respeito a três atributos: a informação precisa ser completa, neutra e livre de erro. Para ser completa deve conter o ne-cessário para que o usuário compreenda o fenôme-no sendo retratado. Para ser neutra, necessita estar desprovida de viés na seleção ou na apresentação,não podendo ser distorcida. Ser livre de erro não significa total exatidão, mas sim que o processo pa-ra obtenção da informação tenha sido selecionado e aplicado livre de erros. No caso de estimativa, ela é considerada como tendo representação fidedigna se o montante for claramente descrito como sendo estimativa e se a natureza e as limitações do proces-so forem devidamente reveladas.

Para ser útil, a informação precisa ser relevante e representar com fidedignidade a realidade reportada.

CARACTERÍSTICAS DE MELHORIAAs características qualitativas que melhoram a

utilidade da informação que é relevante e que é re-presentada com fidedignidade são: comparabilida-de, verificabilidade, tempestividade e compreensi-bilidade. Essas características podem auxiliar na es-colha de alternativas equivalentes em termos de re-levância e representação fidedigna.

A comparabilidade é a característica que permi-te a identificação e compreensão de similaridades e diferenças entre os períodos ou mesmo entre coo-perativas.

A verificabilidade implica diferentes observado-res poderem chegar a um consenso sobre o retrato de uma realidade econômica, podendo, em certas circunstâncias, representar uma faixa de possíveis montantes com suas respectivas probabilidades.

Tempestividade significa estar a informação dispo-nível a tempo de influenciar o usuário em sua decisão.

Compreensibilidade significa que a classificação, a caracterização e a apresentação da informação são feitas com clareza e concisão, tornando-a com-preensível pelos usuários.

Embora nem todas as necessidades de informa-ções para gestão de riscos possam ser satisfeitas pela contabilidade, visto que o objetivo desta é for-necer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posi-ção financeira da cooperativa, é possível construir, a partir das demonstrações contábeis, avaliações, tomada de decisão econômica e fazer gestão pre-ventiva de riscos.

Reconhecendo a importância desse tema e dos entraves na aplicação prática decorrentes da com-plexidade existente, a intenção foi dar ênfase à co-nexão existente entre a adoção de práticas padro-nizadas de contabilidade, considerando ser este ins-trumento primordial para o processo de tomada de decisões, e à geração de informações úteis para a mitigação de riscos existentes no ambiente de ne-gócios das cooperativas, que, consequentemente, irão contribuir de man eira significativa para o forta-lecimento de suas práticas de gestão.

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arketing e comunicação se confundem e se entrelaçam desde sempre, mas o im-

pacto a que são submetidos neste século 21 é, sim, uma grande novidade. É que vivemos em um período essencialmente digital, que transforma relações e a forma como as pessoas e as empre-sas se comunicam.

Tamanho deixou de ser documento neste mun-do digital em que uma grande característica repou-sa no fato de oferecer oportunidades para todos. A internet, este ente pulsante com o qual nos acostu-mamos a conviver na última década, provocou mu-danças também na forma como pensamos e agimos.

Problema: o ser humano é resistente a mudan-ças – e como resiste. Este é um problema sério por-que o mundo digital não convive com um compor-tamento desta natureza. É um universo turbinado por uma tecnologia em constante evolução e, ao mesmo tempo, em permanente defasagem. Um bom e recente exemplo está no fax, que há apenas 15 anos era uma forma de comunicação ágil, eficaz e disseminada no mundo empresarial e mesmo no ambiente familiar. Virou peça de museu no século 21, quem diria. Outro exemplo recentíssimo? Com operações como o Netflix e o Spotfy, o rádio e a TV convencional caminham à beira do precipício da obsolescência.

No ambiente atual, em que o analógico é sinôni-mo de ultrapassado e o digital dá as cartas, é im-

prescindível colocar a cabeça neste novo mundo. O ambiente físico é o de sempre, mas o cérebro tem de voar. Já disse alguém que graças à internet o homem chegou perto de Deus – consegue estar presente em todos os lugares e, graças ao bom Google, saber tudo sobre tudo. Agora, aquele ser humano que resiste a mudanças recebe uma opor-tunidade inusitada para ampliar conhecimentos e sua própria capacidade de agir.

É por isso que tamanho não é mais determinan-te: grandes, médias ou pequenas empresas – e nes-te bloco se inclui qualquer cooperativa – têm a ra-ra oportunidade de dinamizar negócios e abrir ja-nelas para o mundo desde que saibam utilizar o marketing no relacionamento com os clientes e for-necedores – e, no caso de cooperativas, sem nunca esquecer que seu cliente número um é o cooperado, dono do negócio.

A internet é meio e fonte ao mesmo tempo, e é nela que o marketing se torna digital e cria asas, viabilizando todo tipo de ação promocional, da di-vulgação de um produto à sua venda. Potencializa, como nunca antes na história, as possibilidades do marketing como era entendido até o final do sécu-lo 20. Por tudo, não se admite que ele, o marketing tradicional, ainda seja utilizado como principal meio de venda de seu negócio. Ou é, e seu negócio ain-da navega nas ondas do século passado?

JOSÉ ANTONIO VIEIRA DA CUNHA

DIRETOR DA MOOVE COMUNICAÇÃO

O mundo é digital. O marketing também

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