AÇÃO PASTORAL DOS REDENTORISTAS DE GOIÁS, MATO GROSSO, TOCANTINS E DISTRITO FEDERALANO XV Nº 167MARÇO 2017

A pessoa é um dom!

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PE. RAFAEL VIEIRA: CARTA MENSAL Página 12

Dom Antonio: uma vida dedicada à Evangelização

O trabalho pastoral dos missionários redentoristas com a juventude acontece especialmente com o Projeto

Compromisso. Trata-se de uma atividade de formação e atividades previstas para três anos. Na foto, Pe. Fábio Mendonça Pascoal (fundador e arquiteto do Projeto) e jovens “veteranos”, num retiro chamado “Lázaro” em Vila Rica/MT. PÁGINA 6

Ser cristão sem deixar de ser jovem

Reprodução

Mensageiras doAmor Divino

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Arquivo

“Só Deus é Deus!” Assim exclamava continuamente

Dom Antonio Ribeiro de Oli-veira. No dia 28 de fevereiro, partiu para a casa do Pai. Em junho de 2016, celebrando seus 90 anos no Santuário Basílica de Trindade, afirmou: “Não vou me cansar de agradecer

pelo meu ministério sacerdotal a serviço do povo cristão. Por isso, me dirijo ao coração de cada um pedindo que me aju-de a agradecer o dom da vida, o meu sacerdócio e o meu epis-copado para que, pela miseri-córdia do Pai Eterno, eu possa chegar ao caminho da salva-

ção”. Na mesma ocasião dizia: “Chego aos 90 anos. Um susto! Mas também uma grande ale-gria. Alegria de ter vivido até uma idade não tão comum. Eu devo dizer que valeu a pena vi-ver. Valeu a pena ser padre, de ser bispo, e depois de 40 anos de bispo, voltei a ser padre,

para aquilo que mais gosto: ser padre! Idoso, sim, mas sou jo-vem para as coisas de Deus”! Arcebispo de Goiânia, de 1986 a 2002, Dom Antonio não só pregou “comunhão e participa-ção”, mas viveu essa realidade no contato pessoal, nas visitas pastorais, nas reuniões, nas

assembleias. A Arquidiocese e suas obras cresceram, não obs-tante a sua simplicidade e mo-déstia. Dom Antonio realizou uma grande obra sem muitas luzes e holofotes. Bem a seu jeito. Obrigado, Dom Antonio! Nos céus, intercede pelo seu querido povo que te ama!.

com Ir. DIEGO JOAQUIM PÁGINA 2

2 Goiâniamarço 2017

Ecologia de novo?Muitas pessoas estão se surpreendendo ao

ver que o tema da Campanha da Frater-nidade (CF) de 2017 se parece muito com o do ano passado. E, por isso, reclamam, “mas, de novo?” E a resposta é: sim! A campanha deste ano vai abordar um tema ecológico mais uma vez, e com o acréscimo de nos chamar a refletir sobre a defesa da vida.

A novidade da CF deste ano está no convite a pensarmos a partir da realidade do bioma em que vivemos. Em nosso caso do Brasil Central, o cerrado. Quando pegamos a estrada e admiramos a paisagem, podemos nos iludir com o verde da pastagem, ou com as grandes extensões de terra ocupadas com o cultivo da agricultura. Só não podemos esquecer que para que tudo isso exista hoje, foi retirada uma vegetação original antes, e essa mudança tem consequências graves.

Um exemplo: as longas estiagens que estamos vivendo, com o ciclo irregular de chuvas que caem cada vez mais fortes, mas que ainda assim não parecem ser capazes de repor o nível dos re-servatórios de água, que continuamos a consumir sem dó. Ainda nem saímos do período chuvoso, e o Distrito Federal já vive racionamento de água.

A questão é urgente e está muito perto de nós. Ainda assim, a maior parte das pessoas ainda não parece estar consciente de que precisamos fazer algo, e que isso passa por mudanças em nossos hábitos de vida. Não dá mais para esperar que o outro mude: é preciso que cada um faça a sua parte.

Por isso, vamos mais uma vez nesta Quaresma trabalhar uma reflexão ecológica, que envolve o meio ambiente em que vivemos com diversos outros seres vivos, e com os quais devemos viver em harmonia. “A pessoa humana cresce, amadurece e santifica-se tanto mais, quanto mais se relaciona, sai de si mesma para viver em comunhão com Deus, com os outros e com todas as criaturas” (Papa Francisco, Laudato Si, 240).

A Palavra é um dom. A pessoa é um dom!

Cansado de tanta notícia ruim? Acesse www.sono-ticiaboa.com.br e perceba que há muita coisa boa acontecendo por aí.

A escolha de Alexandre de Morais para a vaga no Supremo Tribunal Fede-ral. O processo, apesar de legal, mostra que a política brasileira ainda continua tendo como parâmetro a conveniência.

PONTO DE VISTA

“Cada vida que se cruza conos-co é um dom e merece acei-

tação, respeito, amor”: é o que afirma o Papa Francisco na Men-sagem para esta Quaresma, cujo tema é “A Palavra é um dom. O outro é um dom”. Eis alguns tre-chos: “A Quaresma é um novo começo, uma estrada que leva a um destino seguro: para a Páscoa de Ressurreição, para a vitória de Cristo sobre a morte. E este tem-po não cessa de nos dirigir um forte convite à conversão: o cris-tão é chamado a voltar para Deus ‘de todo o coração’ (Jl 2,12), não se contentando com uma vida me-díocre, mas crescendo na amiza-de do Senhor. Jesus é o amigo fiel que nunca nos abandona, pois, mesmo quando pecamos, espera pacientemente pelo nosso regres-so a Ele e, com esta espera, mani-festa a sua vontade de perdão...

A Quaresma é o momento favorável para intensificarmos a vida espiritual através dos meios santos que a Igreja nos propõe: o jejum, a oração e a esmola. Na base de tudo isto, porém, está a Palavra de Deus, que somos con-vidados a ouvir e meditar com maior assiduidade neste tempo...

A Quaresma é um tempo pro-pício para abrir a porta a cada necessitado e nele reconhecer o rosto de Cristo. Encontramos o necessitado em nosso próprio caminho. Cada vida que se cru-za conosco é um dom e merece aceitação, respeito, amor. A Pala-vra de Deus ajuda-nos a abrir os olhos para acolher a vida e amá--la, sobretudo quando é frágil...

Amados irmãos e irmãs, a Quaresma é o tempo favorável para nos renovarmos, encontran-do Cristo vivo na sua Palavra,

nos Sacramentos e no próximo. O Senhor, que venceu as ciladas do tentador nos quarenta dias no de-serto, Ele nos indica o caminho a seguir. Que o Espírito Santo nos guie na realização dum verdadei-ro caminho de conversão, para redescobrirmos o dom da Pala-vra de Deus, sermos purificados do pecado que nos cega e servir-mos Cristo presente nos irmãos necessitados. Encorajo todos os fiéis a expressar esta renovação espiritual, inclusive participan-do nas Campanhas de Quaresma que muitos organismos eclesiais, em várias partes do mundo (no Brasil, a Campanha da Frater-nidade), promovem para fazer crescer a cultura do encontro na única família humana. Rezemos uns pelos outros para que, parti-cipando na vitória de Cristo, sai-bamos abrir as nossas portas ao frágil e ao pobre. Então podere-mos viver e testemunhar em ple-nitude a alegria da Páscoa”.

Deus ama também os maus

Desaprendendo Pe. Mau MauFundador do Nosso Guia

Quando eu era bem mais jo-vem, escutei uma frase de

um confrade idoso que me dei-xou encabulado: “Deus é tão bom que ama até quem não pres-ta”. Foi num tom de brincadeira, mas achei muito forte e esquisita, pois me soava que Deus concor-dava com o agir dos maus e que

& Aprendendoa gente poderia “se acomodar na ruindade”... Com o tempo fui percebendo que uma coisa é o pecado (ruindade, maldade) e outra coisa é a pessoa que pratica a maldade. Deus ama a pessoa. “Ele não deseja a morte do peca-dor, mas que se converta e viva” (Ez 33,11).

Na atualidade estamos sem-pre frente a frente com atrocida-des. Crimes que bradam aos céus são cometidos à luz do dia. As-sassinatos de crianças, assaltos à mão armada, homicídios, rou-bos, espancamentos, violências...

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Tudo isso nos assusta e provoca reações em nós.

Uma das reações é manifes-tação de ódio contra os bandi-dos, desejando-lhes uma morte também atroz, pedindo a pena de morte como solução, ou ainda suplicando aos céus um inferno eterno para eles. A reação apre-sentada por Jesus é o amor, a não--violência. Segundo Jesus, Deus é tão bom que “faz brilhar o sol para os bons e maus, faz chover sobre justos e injustos” (Mt 5,45). Ele ajuda até quem não presta. O amor não admite o ódio.

O papa lembra que a Quaresma é um tempo propício para acolher a cada pessoa necessitada...

com Ir. DIEGO JOAQUIM

Contemplemos e cuidemosdos biomas brasileiros!

3Goiâniamarço 2017

A CAMPANHA QUER DESPERTAR ADMIRAÇÃO PELOS BIOMAS BRASILEIROS, DEFENDER A VIDA QUE NELES EXISTE E ALERTAR PARA OS PERIGOS DA DEVASTAÇÃO

Com o tema “Fraternida-de: biomas brasileiros

e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a cria-ção” (Gn 2,15), a Campanha da Fraternidade (CF) de 2017, que começou na Quar-ta-feira de Cinzas, quer fazer um alerta para o cui-dado da criação, de modo especial dos biomas brasi-leiros. A CF está em plena consonância com a Encíclica “Laudato Si” do Papa Fran-cisco, que trata do “cuidado de nossa casa comum”, isto é o nosso planeta Terra.

CartazPara colocar em evidên-

cia a beleza natural do país, identificando os seis bio-mas brasileiros, o Cartaz da CF 2017 mostra o mapa do Brasil, em imagens ca-racterísticas de cada região. Compõem também o cená-rio, como personagens prin-

Reprodução

IGREJA EM SAÍDA

IGREJA VIM PARA SERVIR

cipais, os povos originários; os pescadores e o encontro da imagem de Nossa Se-nhora Aparecida, padroei-ra do Brasil, acontecido há 300 anos. Além da riqueza dos biomas, o cartaz quer expressar o alerta para os perigos da devastação em curso, além de despertar a atenção de toda a popula-ção para a criação de Deus.

ObjetivosSegundo o bispo auxiliar

de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leo-nardo Ulrich Steiner, a pro-posta é dar ênfase à diversi-dade de cada bioma e criar relações respeitosas com a vida e a cultura dos povos que neles habitam, especial-mente à luz do Evangelho. Para ele, a depredação dos biomas é a manifestação da crise ecológica que pede uma profunda conversão interior. “Ao meditarmos e rezarmos os biomas com as pessoas que neles vivem, sejamos conduzidos à vida nova”, afirma.

Ainda de acordo com o bispo, “a Campanha deseja,

antes de tudo, que o cristão seja um cultivador e guar-dador da obra criada. Culti-var e guardar nasce da ad-miração! A beleza que toma o coração faz com que nos inclinemos com reverência diante da criação. Tocados pela magnanimidade e bon-dade dos biomas, seremos conduzidos à conversão, isto é, cultivar e guardar”, salienta.

Para ajudar nas reflexões sobre a temática, a CNBB, que promove a CF, apresen-ta diversos subsídios.

A Scala Editora, que prima pelo seu conteúdo de “pastoral popular”, tra-dicionalmente tem divul-gado com intensidade a Campanha da Fraternidade através de suas publicações acessíveis às comunidades. O texto deste ano, em har-monia com a temática e im-presso em papel reciclável, apresenta um roteiro com seis encontros, mais a Via--Sacra e celebração final, para acompanhar os gru-pos que se reúnem durante todo o período da Quares-ma.

Os seis biomas brasileiros O Texto Base da CF/2017 ex-

plica: “Um bioma é um con-junto de vida (animal e vegetal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional com condições geoclimáticas si-milares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica pró-pria”. Bioma é uma expressão que vem de “bio”, que em grego quer dizer “vida”, e “oma”, sufi-xo também grego que significa “massa”, grupo ou estrutura de vida. No Brasil temos seis biomas:

Bioma Amazônia: é o nosso maior bioma, caracteriza-do pela exuberância das florestas e das águas.

Bioma Caatinga: é carac-terizado pelo semiárido, entre a estreita faixa da Mata Atlântica e o cerrado com a convivência do período chuvoso e da seca.

Bioma Cerrado: é o mais antigo, com uma vegetação típica de locais com estações climáticas bem definidas (uma época bem chuvosa e outra seca). Com o bio-ma Amazônia forma uma comple-mentação perfeita para a produ-ção e distribuição de água para o Brasil e parte da América do Sul.

Bioma Mata Atlântica: bioma onde estamos inseridos, originalmente denso, extenso e rico de variedade animal e vege-tal, além de campos de altitudes, mangues e restingas, apresen-

tando grande poder de regene-ração.

Bioma Pantanal: uma das maiores extensões úmidas e con-tínuas do planeta, sendo o menor bioma em extensão territorial, entretanto esse dado em nada desmerece a riqueza e a beleza de sua biodiversidade – conside-rado reserva biosfera e patrimô-nio natural mundial pela Unesco.

Bioma Pampa: termo de origem indígena para região pla-na, sua característica principal é a vegetação que apresenta uma composição herbácea, ou seja, formada basicamente por gramí-neas e espécies vegetais de pe-queno porte, não ultrapassando 50 centímetros de altura.

Deus, nosso Pai e Senhor, nós vos louvamos e bendi-zemos, por vossa infinita bondade.

Criastes o universo com sabedoria e o entregastes em nossas frágeis mãos para que dele cuidemos com carinho e amor.

Ajudai-nos a ser responsáveis e zelosos pela Casa Comum. Cresça, em nosso imenso Brasil, o desejo e o empenho de cuidar mais e mais da vida das pessoas, e da beleza e riqueza da criação, alimentando o sonho do novo céu e da nova terra que prometestes. Amém!

Oração da CF 2017

4 Goiâniamarço 2017

Formação litúrgicaIr. Ueuber, Fr. Auro, Antô-

nio Matosinho, Pe. Aragonês e Antoniel (foto), reunidos na residência dos redentoristas no Maysa III, estudaram e prepararam o material para o ciclo de formação nas comu-nidades da Paróquia Nossa Senhora da Guia.

Neste 1° semestre do ano

Fone: (62) 3295-1497

Av. Castelo Branco, 5.478Bairro Ipiranga – Goiânia-GO

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A Congregação do Santíssimo Redentor, através da Scala Editora, lhe oferece mensal-mente o Nosso Guia relatando a Ação Pasto-ral dos Redentoristas de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Distrito Federal. Agradecemos os colaboradores, abaixo relacionados, que ajudam no custeio das edições.

Maria Bárbara Duarte (in memoriam), Dr. Hélio Seixo de Britto (in memoriam), Helinho de Brito e Myrian - Setor Sul, Flávio Ivo Bezerra e Maria Alice - St. Marista,Ronaldo de Brito e Mª das Dores - St. Bueno,Dr. Salomão e Mª Augusta Calado - Setor Sul, Família Nunes - Jardim América, Francimar Maia - Setor Bueno,Dediher e Irene - Campinas,Eurico Almeida de Britto - Setor Central,Maria Clemente de Oliveira - Setor Bueno, Geraldo Magela e Eunice - Setor São José, Kalil - Setor Campinas, Pe. Guilherme Contart - Palmelo-GO,Maria José e Hermando Lisier - Sorocaba-SP, Pedro Evangelista de Lima - St. Maysa I, Antônio João Thozzi - São Paulo, Antônia R. de Oliveira - St. Castelo Branco, Eurípedes e Desnaides - Jd. Marista, Demerval Cândido - Res. Araguaia, Geraldo Clarindo Caldas - Setor Oeste, Joventina Alkmim - Aparecida de Goiânia, Tereza Gonçalves - Piracanjuba-GO, Anna Mancila Madeira - Caldas Novas-GO,Maria Luiza Costa - Goiânia-GO,Vilma Trevisan Ricardo - Tietê-SP,Maria do Carmo - Tietê-SP, Clara Melo Vaz - Tietê-SP, Darcy G. Paschoal - Tietê-SP, Maria José F. Lopes - Tietê-SP, Família Brandolise - Tietê-SP.

Cantinho MirimCarlos Alexandre Júnior - St. Oeste;Isabele Pereira Ferreira - St. Oeste; Matheus Pereira do Prado - St. Oeste; Guilherme Salera Bezerra - St. Marista; Artur S. Brito Bezerra Oliveira - Brasília-DF; Luiza Seixo de B. B. Oliveira - Brasília-DF; Felipe Quieregati - St. Marista;Flávio Q. S. Britto Bezerra - St. Marista;Stéphanie Q. S. B. Bezerra - St. Marista; Laís Salera S. de Britto Bezerra - St. MaristaAmanda Olinto O. Guimarães - St. Campinas;Renato Xavier de C. Nunes - St. Campinas

DepósitosBanco do Brasil nos dois últimos meses até o fechamento desta edição.Agência: 4864-X Conta Corrente: 21.081-1(Antônio M. Brandolize)

02/01 crédito em conta .......... R$ 40,0003/01 transf. agendada .......... R$ 150,0006/01 transf. online ............... R$ 10,0024/01 depósito online ............ R$ 30,0026/01 transf. online ................ R$ 880,0001/02 crédito em conta .......... R$ 40,0003/02 transf. agendada .......... R$ 140,0006/02 transf. periódica ........... R$ 10,0013/02 depósito online ............ R$ 30,00

Gratidão

o tema a ser estudado será Liturgia. O objetivo é ajudar os fiéis a viverem uma espiri-tualidade litúrgica, para que a Eucaristia se torne em suas vidas aquilo que significa na celebração.

Conforme o calendário paroquial, a primeira etapa começa neste dia 04 de março (sábado), às 15h, em 5 comu-

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TESTEMUNHAS DO REDENTOR

PARÓQUIAS FRENTES MISSIONÁRIAS

nidades, simultaneamente: na Igreja Matriz Nossa Senhora da Guia e nas Comunidades Santo Antônio (Maysa III), Nossa Senhora Aparecida (Jd. Marista), juntamente com Santa Edwirges (St. Barcelos), São João Neumann (Maysa I), Santo Afonso (Pontakayana). Em breve a equipe estará nas outras Comunidades.

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Paróquia Nossa Senhora da Guia na região Trindade II

Projeto CompromissoNos dias 11 e 12 de fevereiro, a Paróquia Nossa Senhora da Guia realizou a edição 2017 do encontro IDENTIDADE do Projeto COMPROMISSO GUIA. Participaram 84 jovens que já haviam participado das edições anteriores. Tal encontro foi conduzido pelos jovens do CENÁCULO TRIN: Arlindo Netto, Letícia Leão, Marco Túlio e Marina Cristina. O IDENTIDADE é um encontro de aprofundamento cristão na dimensão da vida eclesial. Os jovens que dele participaram são os que perseveraram na caminhada das escolinhas de formação.

Nova coordenação do Projeto COMPROMISSO GUIA: Sillas, Angélica, Paulo e Cássia.

Encontro de casaisSob a coordenação do ca-

sal Rose e Francisco vai acon-tecer o VII Encontro de Casais com Cristo (ECC) na Paró-quia Nossa Senhora da Guia, no Parque Buriti (Trindade II). Será nos dias 19, 20 e 21 de maio, com o tema “Famí-lia, Projeto de Deus – Feliz o homem que edifica sua casa sobre a rocha” (cf. Mt 7,24-25). Informações na secretaria pa-roquial: fone 3299-1062

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Além das lideranças e pas-torais convocadas, todas as pessoas da Comunidade estão convidadas para participar des-te momento de formação cristã. Leve Bíblia, papel, caneta e mui-ta disposição em conhecer mais! Como diz o profeta Oseias 6,3: “Vamos conhecer, procuremos conhecer o Senhor…” (Informou Fr. Auro Marques)

5Goiâniamarço 2017TESTEMUNHAS DO REDENTOR

PARÓQUIAS FRENTES MISSIONÁRIAS

Comunidade Papa Francisco em Vila Rica

Dia 19 de fevereiro, a Paróquia São Pedro

de Vila Rica/MT acolheu oficialmente as três irmãs mensageiras através de uma celebração com grande participação do povo. Estiveram presentes o bispo Dom Adriano Ciocca e agentes pastorais da Prelazia de São Félix do Araguaia. Para este momento solene também participou a Madre Geral, Irmã Kátia. A comunidade

Paróquia São Pedro recebeu com entusiasmo as Irmãs Mensageiras do Amor Divino

Pe. Zamuner, Pe. Alex, Irmã Maria Aparecida, Irmã Kátia (Madre Geral), Dom Adriano, Irmã Terezinha, Irmã Heloísa, Pe. Gercé e Pe. André

Vila Rica fica a 1.200 km de

distância de Goiânia, dos

quais 130 km ainda de terra

(ou de barro)... É servida dia-riamente por uma linha de

ônibus...

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Igreja Matriz da Paróquia São Pedro Apóstolo em Vila Rica/MT

Redentoristas na PrelaziaHá 18 anos, os Missio-

nários Redentoristas de Goiás estão presentes na Prelazia de São Félix do Ara-guaia, no nordeste do Esta-do do Mato Grosso. Atuam em duas paróquias: São Pe-dro, em Vila Rica; e São Se-bastião, em Confresa. Tam-bém acompanham a cidade de Novo Santo Antônio.

A Prelazia foi criada em 1969 pelo Papa Paulo VI, e foi confiada pela Santa Sé aos cuidados da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Ma-ria (Claretianos). O primei-ro administrador apostólico foi o Pe. Pedro Casaldáliga,

CMF, que em 1971 foi orde-nado como o primeiro bispo prelado, e exerceu a função até 2005. Ainda é presença profética na Prelazia.

Dom Pedro fez o convite para os Redentoristas se ins-talarem na Prelazia de São Félix no final da década de 1990. Atualmente, o traba-lho continua em colabora-ção com o atual bispo, Dom Adriano Ciocca Vasino, que chegou a São Félix em 2012.

A primeira cidade que recebeu os Redentoristas foi Vila Rica, com população es-timada em 24.392 habitantes (segundo o IBGE, em 2016). Hoje, o pároco é o Pe. An-

dré Ricardo de Melo, e tem como colaborador o Pe. Ger-cé Divino Borges. Na mes-ma comunidade, residem os padres Alex Venâncio Gonçalves e Antônio José Zamuner, que trabalham na região missionária Santa Te-rezinha. O Pe. Paulo César Xavier de Matos, que tam-bém integra esta comunida-de, atua na cidade de Novo Santo Antônio.

Em Confresa residem e trabalham atualmente três confrades: Pe. Alexandre de Assis Peixoto (pároco) e os colaboradores Pe. Anemézio Machado Parreira e Pe. José Hilton Bezerra de Souza.

das irmãs mensageiras recebeu o nome do querido Papa Francisco, pois esta fundação se inspira muito no desejo de viver o espírito missionário que Francisco tem proposto para toda Igreja. Bem-vindas as Mensageiras do Amor Divino a Vila Rica, para a vida e missão evangelizadora com os missionários da Província de Goiás!!!

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6 Goiâniamarço 2017 SOLIDARIEDADE NA MISSÃO

JUVENTUDE COMPROMISSO

Ser cristão sem deixar de ser jovem

O trabalho pastoral dos missionários reden-

toristas com a juventude acontece especialmente com o Projeto Compromisso. Tra-ta-se de uma atividade de formação e atividades pre-vistas para três anos com li-deranças jovens em conjun-to com seu núcleo familiar.

Os diversos encontros du-rante os três anos recebem nomes específicos de acordo com a temática desenvolvi-da. O Projeto, já com mais de 15 anos de existência, tem a supervisão do Pe. Fábio Pas-coal que foi seu fundador.

Neste início de ano já aconteceram vários encon-

CAMPINAS/GOIÂNIA: No dia 12 de fevereiro de 2017, aconteceu na Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Campinas, Goiânia-GO, a edição 2017 do encontro Domus Ecclesiae do ano C do Projeto COMPROMISSO CAMP. Este encontro possui estrutura simples para os jovens Compromissados e suas famílias (sejam elas como forem). São trabalhados temas referentes às relações humanas e familiares. O principal objetivo é arrebanhar a família do jovem Compromissado, uma vez que eles são chamados a participar, afetiva e efetivamente, do Projeto e da vida da comunidade. Participaram 99 pessoas entre jovens e adultos.

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TEOMÉTRICOS PE. FÁBIO PASCOALESPECIAL QUARESMA

tros em diversas cidades. Na impossibilidade de publicar fotos de todos os eventos, apenas citamos os últimos: Domus Ecclesiae Afonso (Pa-róquia Santo Afonso de São Sebastião/DF), no dia 29 de janeiro; Retiro “Ainda Existe uma Cruz” - AEUC - (Paró-quia Divino Pai Eterno de

Trindade), nos dias 04 e 05 de fevereiro; Identidade Guia (Paróquia Nossa Senhora da Guia da região Trindade II), nos dias 11 e 12 de fevereiro; Domus Ecclesiae Camp (Pa-róquia Nossa Senhora da Conceição em Campinas, Goiânia), no dia 12 de feve-reiro; Domus Ecclesiae STB

(Paróquia Santa Bárbara de Goiás em Santa Bárbara de Goiás) no dia 19 de fevereiro; Lázaro Vila (Paróquia São Pedro Apóstolo em Vila Ri-ca-MT), nos dias 11 e 12 de fevereiro; AEUC Sorocaba (Paróquia São João Batista de Salto de Pirapora-SP), nos dias 18 e 19 de fevereiro.

7Goiâniamarço 2017

Obras Sociais Redentoristas promovemformação para pais e mães

NUM MUNDO FERIDO

OBRAS SOCIAIS EVANGELIZAÇÃO

O COMPROMISSO DA INSTITUIÇÃO CONTA COM AS FAMÍLIAS DOS ASSISTIDOS, POIS A EDUCAÇÃO VEM DE CASA, E O CENTRO SOCIAL AJUDA NA CONVIVÊNCIA SOCIAL

A coordenação pedagó-gica das Obras Sociais

Redentoristas promoveu no mês de fevereiro vários en-contros de formação para pais e mães das crianças nos diversos Centros Sociais, com a intenção de aproxi-mar ainda mais as famílias beneficiadas por esse proje-to de amor e fé.

A Formação foi minis-trada pelo coordenador pe-dagógico Naclayton Sousa que refletiu o tema da “im-portância da família no pro-cesso de ensino e aprendiza-gem”, falando da parceria, pontualidade, alimentação e participação dos assistidos em eventos, além de dinâ-mica e orações ao Divino Pai Eterno.

“Sabemos que os pais se preocupam com a vida dos seus filhos. Eles são impor-tantes para vocês e também para nós aqui no Centro

Social. Por isso somos uma Instituição pronta para aju-dá-los, mas também pre-cisamos da colaboração de cada um de vocês pais. A educação do seu filho vem de casa, aqui, nosso traba-lho é desenvolver o seu filho para saber conviver bem e melhor em sociedade”, dis-se o coordenador Naclayton Sousa.

A educadora social Pau-la Cristina explica: “Nós temos o compromisso com cada um dos nossos assisti-dos que é levar a mensagem redentorista e educar peda-gogicamente. É bom saber que vocês podem confiar em nosso trabalho, somos uma parceria, estamos jun-tos para uma mesma cami-nhada, porém em lados di-ferentes”.

Ao final da Formação os pais receberam o kit com a revista Ação Social e uma

ficha para apadrinhamento. “Com esse kit, vocês podem saber melhor como funcio-na a Instituição, que vive-mos de doações e com isso podem ajudar divulgando

nossa missão, fazendo com que nossa mensagem che-gue mais longe”, completa o coordenador pedagógico.

A “Formação de Pais” aconteceu no Centro So-

cial Pai Eterno (CESPE), no Centro Social Redentorista São Clemente, localizado no bairro Mariápolis, e no Cen-tro Social Redentorista, loca-lizado no Setor Pontakayana.

Um carnaval de vida e de bênção para pessoas idosasO Centro de Convivência

Nossa Senhora do Per-pétuo Socorro (CECONSPES), localizado em Goiânia, tem promovido todos os anos, em parceria com o Grupo de Mulheres das Obras Sociais de Trindade, o Carnaval dos Idosos. “A proposta é libertar a criança que existe dentro de cada um dos nossos assisti-dos”, explica a coordenadora do CECONSPES, Irmã Marga-rida. E a dona Joaquina Tolen-tino, de 64 anos, afirma: “To-das as vezes que eu participei da hidroginástica e de outra atividade no Centro, me senti bem acolhida, as pessoas aqui são todas amigas, e no Carna-

val dos Idosos não foi diferente”.A festa aconteceu no dia 23 de

fevereiro. Muito samba rolou no Centro de Convivência Nossa Se-nhora do Perpétuo Socorro. Um

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Danilo Eduardo

evento que, sem dúvida, revi-gorou a vida de todos os ido-sos participantes do CECONS-PES e do Grupo de Mulheres de Trindade.

Naclayton Sousa com os pais das crianças assistidas

Dona Clara e dona Juraci: em qualquer idade, temos uma crian-ça dentro nós

É o Centro Social mais novo que compõe as Obras Sociais Reden-toristas, cujo diretor é o Pe. Reinaldo Martins. Foi fundado em

1º de agosto de 2015 com a proposta de acolher pessoas da melhor idade, oferecendo carinho, atividades físicas e artísticas. Atualmente o CECONSPES atende 240 pessoas acima de 55 anos de idade.

Localizado no Setor São José, em Goiânia, ao lado da Capela Mãe de Deus, o Centro Social vive de doações e apadrinhamento feitos para as Obras Sociais Redentoristas. O CECONSPES busca fazer a diferença na vida das pessoas idosas, transmitindo ensina-mentos, além de doar atenção e respeito a esse público.

CECONSPES

Solene celebração (com o Pe. Reinaldo Martins) marcando a aber-tura das atividades no CECONSPES

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8 Goiâniamarço 2017 ALEGRIA DO EVANGELHO

Xô, Satanás1º Domingo da Quaresma (05.03.17) Mateus 4,1-11

A Quaresma é um tempo de gra-ça. Existe o pecado que vem

desde o primeiro homem. Jesus nos dá a graça do perdão através de sua morte e ressurreição. O homem, pela desobediência pecou. Jesus, pela obediência nos salvou.

Adão pecou no jardim do Paraí-so, símbolo da graça. Jesus demons-trou sua obediência vencendo o tentador no deserto. Ali foi tentado três vezes. As três tentações sinteti-zam tudo o que há de errado no ser humano: ganância pelos bens ma-teriais, orgulho do poder e o prazer sem Deus.

Para vencer, Jesus usou a Palavra de Deus, a humildade e a adoração amorosa do Pai. Nós passamos pela mesma tentação. Então temos que usar os mesmos meios que Jesus usou. Um elemento forte para ven-cer é a vida da comunidade: “Então o diabo o deixou. E os anjos se apro-ximaram e serviram a Jesus”. Sendo fraternos podemos vencer. Esses an-jos, todos nós podemos ser.

Pe. Luiz Carlos, C.Ss.R. Missionário Redentorista, SP

Conta de luz! 2º Domingo da Quaresma (12.03.17) Mateus 17,1-9

Todos os anos iniciamos a Qua-resma, caminhada para a Pás-

coa, com os evangelhos da tentação e da transfiguração. O pecado, que é treva, é vencido por Cristo que é luz. Ele fez brilhar a vida e a imor-talidade.

Jesus aparece em sua condição de ressuscitado: brilhante. Está em Deus. Foi muito bom. Os discípulos assim não pararam nas trevas de sua Morte, mas na luz de sua Res-surreição. Estavam na presença de Deus, com Moisés e Elias.

Para que se realize em nós essa transformação de trevas em luz, é preciso ouvir a palavra do Filho: “Escutai-o”. Mesmo que tenhamos o sofrimento pelo Evangelho (2Tm 1,8b).

Lavando com barro4º Domingo da Quaresma (26.03.17) João 9,1-41

Muitos gostam de banho de lama. É muito bom para a

pele. Até os animais apreciam. Mas depois do barro, tem que se lavar bem. Jesus cura o cego com lama feita de saliva e terra. A sa-liva tem ricos significados. Era considerada como semente da pa-lavra. Tem poderes curativos e de destruição. O beijo está ligado à saliva num sentido de vida que é comunicada.

Jesus, ao curar o cego com a lama da saliva, dando-lhe a visão, indica que o dom da fé ilumina os olhos. Éreis trevas, agora sois luz no Se-nhor. Vivei como filhos da luz, diz Paulo. Convida: “Não vos associeis às obras das trevas” (Ef 5,8-14).

Lavado nas águas, o cego tem a luz. No batismo somos iluminados. A fé nos faz ver a Luz. Jesus diz que somos luz do mundo. “Brilhe vossa luz diante dos homens, para que, vendo vossas boas obras, glorifi-quem vosso Pai que está nos céus” (Mt 5,14.16).

Com calor um banho vai bem3º Domingo da Quaresma (19.03.17) João 4,5-42

O tempo da Quaresma é sem-pre batismal. Por isso temos

diversos textos que nos falam dos diversos símbolos e resultados do Batismo em nós: a água viva (sama-ritana). A luz (cego de nascença) e a vida (ressurreição de Lázaro).

A fé em Jesus é simbolizada pela água que dá vida. A samaritana veio ao poço buscar água e Jesus lhe dá a água viva. No deserto Moisés tirou água da pedra para saciar a sede do povo. Deus sempre chega primeiro. Ele oferece a água viva à mulher. Cristo morreu por nós quando ain-da éramos pecadores.

A mulher acredita e se torna anunciadora. Jesus é a fonte de água viva. Temos acesso a esta água pela fé. Batismo não é só um rito, mas um encontro de fé que, pelo símbolo da água, nos lembra a vida que a água dá, a pureza que restitui e a fecundi-dade que toma conta de nossa vida.

Assim temos o banho espiritual que nos lava do mal e faz brotar a vida.

QUARESMATempo de graça, conversão e

renovação.

Fotos: Fugell

9Goiâniamarço 2017ALEGRIA DO EVANGELHO

FÉ ENCONTRO PESSOAL

Somos salvos pelo amor e não pela observância da lei

Eu tive fome, sede... e vocês me deram de comer, beber”...

Jesus não se contentava de falar do Reino de Deus; ele

o realiza com gestos e ações concretas. Tomava atitude que ninguém imaginava. No tempo dele se dava muito valor à lei. Observar com fidelidade a lei, era sinal de perfeição. Até havia um grupo de homens encarre-gados de fazer observar a lei. Estes homens eram os fariseus.

Acontecia, porém, que para muita gente o importante era observar a lei ao pé da letra, sem se preocupar com o que ela queria ensinar. Assim, por exemplo, segundo Mc 7,3-4, eles se preocupavam em limpar o lado de fora dos copos, dos pra-tos; em lavar as mãos antes de comer; em não fazer trabalho nenhum no sábado, que era o dia santificado. Mas deixavam (cf. Mt 23) de obedecer os ensi-namentos mais importantes da lei, como a justiça, a bondade e a obediência a Deus.

Jesus condenou esta atitu-de, pois esvaziava o valor da lei e se tornava instrumento de opressão sobre os mais po-

bres. Por isso no lugar da lei ele colocou a pessoa humana em primeiro lugar.

Alguns exemplos: Uma vez, dia de sábado, curou um ho-mem da mão aleijada (Lc 6,6-11); outra vez curou uma mu-lher encurvada (Lc 13,10-17).

Certa vez levaram a Je-sus uma mulher que foi pega em adultério. A lei mandava

matar estas mulheres. O que disse Jesus? Ele denunciou a falsidade de quem a condena-va: “Quem estiver sem peca-do atire a primeira pedra” e perdoou a mulher (Jo 8,1-11). Isto escandalizava os fariseus, cumpridores da lei, que se consideravam ‘os bons’ e des-prezavam os outros. Jesus cha-mava estas pessoas de hipócri-

Estive na prisão e fostes me visitar" (cf. Mt 25,36)FR. THIAGO AZEVEDO1

MissionárioRedentorista

Ser presença de Jesus Cristo junto aos encarcerados é um apelo evangélico

A realidade carcerária do Brasil foi destaque nas mídias internacio-

nais nos últimos meses. Rebeliões, mortes e desrespeito aos direitos humanos revelaram o que há muito tempo já clamava por socorro: a cri-se do sistema penitenciário brasilei-ro. Lento, ineficiente e defasado, ele não atende às necessidades atuais da sociedade, tampouco garante os direitos da população carcerária. Diante dessa realidade, a Igreja se apresenta como uma voz profética que denuncia a cultura de morte nos presídios e anuncia a libertação querida por Deus para todos.

A Pastoral Carcerária tem como objetivo principal ser presença de

Jesus Cristo entre os mais abando-nados da sociedade. Inspirados no Mestre, os discípulos-agentes pro-curam resgatar a dignidade, a fé e a esperança daqueles que foram condenados pelo Estado e, em mui-tos casos, também pelas próprias famílias. Trata-se de uma missão en-raizada no coração da boa-nova de Jesus, que humaniza, liberta e salva.

Visitar os encarcerados é um apelo evangélico. Em nosso con-texto atual significa ir às periferias existenciais em que muitos filhos e filhas de Deus se encontram. O que para muitos pode ser capricho de uma Igreja para os pobres, para os discípulos-agentes é uma oportuni-dade de evangelizar os mais empo-brecidos e por eles ser evangeliza-dos, pois em cada irmão e irmã que vive atrás das grades encontra-se o Senhor preso, condenado e crucifi-cado como um criminoso.

¹ Licenciado em Filosofia pelo IFITEG- Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás, cursando o 3º período de Teo-logia pela mesma faculdade. Email: thiago.cssr@gmail.com

Reprodução

tas, falsos, sepulcros caiados, raça de cobras (cf. Mt 23).

Para tais pessoas, Jesus disse que a lei foi feita para a pessoa humana e não a pessoa humana para a lei (Mc 2,27).

Jesus acrescentou que Deus julgará os homens não pela fidelidade à lei, mas pelo amor para com os outros: “Eu tive fome, sede... e vocês me deram de comer, beber”... (cf. Mt 25,31-40). Assim, Jesus aperfeiçoou a Lei no único mandamento: “Amar a Deus e amar ao próximo” (Lc 10,27). E esse próximo é também o inimigo. “Eu, porém, lhes digo, amem os seus inimigos e rezem pelos que perseguem vocês” (Mt 5,44).

Jesus percebeu que era o povo simples que entendia isto e que estava disposto ao seu Reino de fraternidade e de jus-tiça. Um dia ele se manifestou alegre com isso e agradeceu ao Pai: “Pai, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos grandes e revelaste aos pe-quenos” (Mt 11,25).

10 Goiâniamarço 2017

Adquira: (horário comercial)

Estudo bíblico-catequético

MÍDIA REDENTORA

Família Deus ConoscoNa década de 1970, mo-

vidos pela renovação conciliar, os missionários redentoristas da Província de São Paulo iniciaram a pu-blicação do folheto litúrgico “Deus Conosco”. O objetivo do projeto é facilitar a par-ticipação do povo na ação litúrgica. Trata-se de uma iniciativa pioneira no Brasil, e que já possui diversos ou-tros frutos.

A chamada “Família Deus Conosco” atualmente possui diversos itens, que podem ser adotados sepa-radamente pelas paróquias, comunidades, ou mesmo pelas famílias: o folheto do-minical para missa; a versão dominical para celebração da Palavra; o folheto para missa com crianças; a versão “Dia a Dia”, com as leituras e oração para a missa diária. Ainda integram a coleção

o “Juntos Cantemos”, com canções litúrgicas; e ainda o subsídio para reflexão e a agenda “Diário Bíblico Deus Conosco”.

Agora, a Scala Editora, dos Missionários Redento-ristas de Goiás, se integra ao grupo de editoras católicas que participa da comer-

cialização deste material. As assinaturas podem ser feitas através do televendas da Scala Editora (0800-703-8353).

COLEÇÃO OFERECE AOS CATEQUISTAS UMA REFLEXÃO SOBRE A DINÂMICA DA EVANGELIZAÇÃO

Um estudo que propõe pensar caminhos, avaliando o caráter

dinâmico da evangelização, e, ao mesmo tempo, realçar a urgente necessidade de um discurso mais apropriado para o quadro de conflitos existente na Igreja, onde o velho e o novo se atropelam, sem encontrar um equilíbrio. Esta é a proposta da teóloga Solange Maria do Carmo, nos dois volumes da coleção “Jesus: Boa-nova universal de Deus”, publicados pela Scala Editora.

O trabalho é uma contribuição para que os catequistas possam reconhecer o valor de seu trabalho na missão de evangelizar. No primeiro volume, a autora apresenta uma

visão histórica do caminho catequético, desde o Concílio de Trento, Concílio Vaticano II, modelos de catequese e a perplexidade pastoral. Apresenta também chaves de leitura, por meio de uma exegese bíblica de At 10,1-11,18, para a compreensão do Querigma.

No segundo volume, Solange nos convida a uma leitura do trecho da obra de Lucas (At 10,1-11,18) de forma narrativa, catequética e teológica, trazendo como conclusão considerações teológico-pastorais para uma catequese / pastoral mais ousada. Cada volume da coleção pode ser adquirido por apenas R$ 12,50 cada.

E uma novidade: foi lan-çado também o aplicativo “Deus Conosco”, que pode ser baixado gratuitamente para smartphones e tablets.

Goiâniamarço 2017 11MÍDIA REDENTORA

Mulheres na comunicação da féUm grupo que já possui quase

20 anos de carreira, 9 CDs gravados, 1 DVD ao vivo e muita disposição para evangelizar através da música. Hoje, são três vozes femininas que encantam e nos ajudam a rezar:

Karla Fioravante, Dalva Tenório e Andreia Zanardi, que integram o grupo “Cantores de Deus”,que nasceu do desejo do padre Zezinho de criar um grupo vocal que o acompanhasse em suas viagens. Várias vozes femininas passaram por esse

grupo, como Vanessa, Suely Ferreira, Karla Fioravante, e também homens, como Luan e Robson. No ano de 2009, com a atual formação, o grupo lançou o CD Mulheres, que dois anos depois ganhou uma versão em DVD ao vivo. Este álbum contém músicas marcantes da carreira do grupo e outras inéditas, e recebeu o troféu “Louvemos o Senhor” como melhor DVD de 2011 e também a indicação ao Grammy Latino como melhor álbum cristão. Seu último lançamento é o álbum “Mulheres em foco, força e fé”, com o qual reafirmam o desejo de transformar corações pela música que evangeliza.

ReproduçãoRe

prod

ução

Prêmios de Comunicação CNBB

O Cineteatro Afipe, em Trindade (GO) vai se-

diar, no dia 31 de março, às 19 horas, a solenidade de entrega dos Prêmios de Comunicação, oferecidos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Este ano, a entrega marca o jubileu de ouro do primeiro dos prêmios, o de cinema, que tem o nome de “Marga-rida de Prata”.

A CNBB premia inicia-tivas de comunicação que estejam em harmonia com os valores da fé e da vida. As outras categorias dos prê-

mios são: rádio (“Microfone de Prata”), imprensa (“Dom Hélder Câmara”), televisão (“Clara de Assis”), e o novo troféu internet, que levará o nome de “Dom Luciano Mendes de Almeida”.

A entrega dos prêmios contará com a presença da presidência da CNBB, e de outros bispos, além dos ga-nhadores e do público que poderá assistir a cerimônia no local gratuitamente. Tudo será gravado e exibido pelas emissoras de TV de inspi-ração católica, na segunda quinzena de abril.

Bíblia no dia a diaA TV Canção Nova apresenta o programa “A Bíblia no meu

dia a dia”, com a proposta de levar as pessoas ao contato com a Palavra de Deus de forma a estimulá-las a fazerem o seu estudo bíblico diariamente. O programa é transmitido diariamente às 7h47 da manhã, de segunda a sexta-feira, com reprise nos mesmos dias às 18h30. O programa é gravado por temporadas, e cada uma delas tem um apresentador diferente. E quem não pode acompanhar na TV, tem ainda a possibili-dade de ver os programas no site da emissora na internet.

12 Goiâniamarço 2017

PE. RAFAELVIEIRA, C.SS.R.

rafae9@gmail.com

PS1 – Dom Antonio foi Padre Conciliar, isto é, participou da quarta sessão do Concílio Ecumênico Vaticano II realizado em Roma de 25 de dezembro de 1961 a 8 de dezembro de 1965.

*******PS2 – Dom Antonio recebeu um santo canonizado em Goiânia: São João Paulo II em outubro de 1991, quando presidiu uma celebração da Palavra em Goiânia.

*******PS3 – Dom Antonio sempre foi muito amável com os redentoristas. Eu estou entre os vários sacerdotes que recebeu das mãos dele a ordenação diaconal.

Março· 2017 ·

CARTA MENSAL

Olá pessoal.

D. Antonio Ribeiro de Oliveira foi para o céu!

Utilizo desse instrumento simples que é nossa Carta Mensal para fazer uma modesta reverência a um homem extraordi-nário: Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, arcebispo emérito de Goiânia, falecido no último dia do mês de fevereiro. Ele não era, em nada, uma pessoa capaz de incutir medo, mas era uma autoridade, no sentido santo e profundo da palavra. Quando a gente se aproximava dele para tratar de qualquer assunto, sentia a necessidade de abaixar a voz e dizer as coisas com clareza e correção. Ele ouvia com atenção incomum e, ao final, pontuava de forma didática, respostas bem completas e escla-recedoras. Dom Antonio permanecerá na mente e no coração de todos nós, especialmente de quem o conheceu de perto, como uma presença de sabedoria, humildade e compromisso com a verdade e com a vida das pessoas. Suas palavras e suas atitudes marcaram a vida de milhares de pessoas em todo esse tempo em que ele se dedicou à Igreja. O tempo final de sua caminhada entre nós foi marcado por fortes limitações de saúde, mas também pelo belíssimo testemunho de fidelidade à Igreja e ao povo com uma vida discreta e cheia de alegria, própria das pessoas simples e santas.

Ordenado padre aos 23 anos!

Conheço gente que teve a felicidade de conviver com dom Antonio entre 1949 e 1961. Esse foi o período do seu sacerdócio no qual ele foi Reitor do Seminário Menor de Santa Cruz, em Silvânia; Pároco da sua cidade natal, Orizona; Pároco da Catedral Metropolitana de Goiânia e Vigário-Geral da Arquidiocese de Goiânia nos tempos de dom Fernando Gomes. Essas pessoas contam que ele era sempre sério e solícito. Uma senhora muito piedosa, meio sem jeito, me disse que ele também era muito bo-nito. Eu suponho que sua vida de padre coincidiu com o difícil período que antecedeu o Concílio Vaticano II e que, certamente, pediu do clero daquela época grandes tarefas de preparação e de orientação do povo. Talvez seja já daquele tempo o hábito de pregar organizando o pensamento em “três pontos” em alguma altura da homilia. Uma espécie de “marca” que ele deixava no coração dos jovens pregadores como sugestão para levarem em conta a compreensão dos fiéis e fazendo uso de um discurso mais

didático. Ele ficou padre muito jovem e isso o levou a experi-mentar com especial empenho o desafio de falar às pessoas e ser compreendido por elas desde a sua tenra juventude.

Sagrado bispo com apenas 35 anos!

Confesso que não sei o que poderia significar, em 1961, um padre de 35 anos ser ordenado bispo. Eu acompanhei nos meus tempos de seminarista apenas padres mais idosos chegarem ao episcopado. A exceção, naquele tempo, foi justamente dom Washington Cruz, em 1985, quando vi justamente dom Washin-gton Cruz ser ordenado com 39 anos, um pouco antes de eu ser ordenado em 1988. E justamente dom Washington viria a suceder dom Antonio em Goiânia. Hoje se veem nomeações de bispos bem jovens, mas creio que no início da década de 1960 isso deveria ter um destaque muito próprio. Dom Antonio foi bispo auxiliar de Goiânia, depois foi titular de Ipameri antes de voltar como arcebispo para capital de Goiás. Lá, ele foi su-cedido por dom Guilherme Werlang que disse coisas lindas e acertadíssimas sobre dom Antonio: “Pastor firme, inteligentís-simo, de cultura invejável, dedicado, simples, amigo do povo. Homem de profunda espiritualidade e oração. Foi e até hoje é modelo de Pastor, com clara e decidida Opção Evangélica e preferencial pelos pobres. É um Profeta. Outra marca forte é o senso e a sede de justiça evangélica que traz em seu coração”.

Dom Antonio, vai com Deus!

Na arquidiocese de Goiânia, conheço tanta gente que sabe se referir a dom Antonio com tanta profundidade e verdade que fico meio sem jeito de fazer essas considerações. Eu convivi com ele na distância, mas sempre tive por ele um grande apreço e respeito. Uma vez, ele me chamou ao gabinete do arcebispo e me tratou com tanto carinho e bondade que fiquei emocionado. Não sabia bem o que dizer, mas o agradeci com um abraço longo. É dele uma das histórias mais simples e bonitas que conheço sobre Deus. Ele contava que ouvia a mãe dizer para o pai dele quando saía, de manhã, para o trabalho: “Vai com Deus!” e o pai respondia: “Fica com Deus!”. Ele, ainda criança, pensava: “Como é que Deus vai e Deus fica?”. Daí, dom Antonio concluía: “Deus vai e Deus fica quando existe amor”.

Um abraço.