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Acessibilidade dos Conteúdos Web dos Municípios Portugueses 2009 (análise à página de entrada) Estudo qualitativo sobre a aplicação das WCAG 1.0 do W3C Jorge Fernandes / Setembro 2009 SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade

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Acessibilidade dosConteúdos Web dos

Municípios Portugueses2009

(análise à página de entrada)

Estudo qualitativo sobre a aplicação das WCAG 1.0 do W3C

Jorge Fernandes / Setembro 2009

SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade

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Índice

Introdução -----------------------------------------------------------------------------------------------------------2

Âmbito e objectivos do estudo ------------------------------------------------------------------------------------3

Ferramentas de avaliação automática utilizadas no estudo e respectivos testes -------------------------3

Metodologia----------------------------------------------------------------------------------------------------------4

Caracterização do Universo em análise-------------------------------------------------------------------------5

Resultados------------------------------------------------------------------------------------------------------------7

Casos especiais ---------------------------------------------------------------------------------------------------7

Utilização do símbolo de acessibilidade à Web---------------------------------------------------------------9

Conformidade WCAG 1.0 ------------------------------------------------------------------------------------- 10

Legenda das imagens ------------------------------------------------------------------------------------------ 12

Botões Gráficos ------------------------------------------------------------------------------------------------- 14

Javascript-------------------------------------------------------------------------------------------------------- 16

Inserção de elementos multimédia---------------------------------------------------------------------------- 18

iFrame ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 20

Frame ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 21

Gramática de (x)HTML---------------------------------------------------------------------------------------- 22

Tamanho de letra (unidade de medida) ---------------------------------------------------------------------- 25

Formulários ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 25

Hiperligações e Listas de Hiperligações (Menus) ---------------------------------------------------------- 26

Cabeçalhos ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 27

Teclas de atalho e saltos nas páginas ------------------------------------------------------------------------ 28

Tabelas de dados ----------------------------------------------------------------------------------------------- 29

Conclusões e Recomendações----------------------------------------------------------------------------------- 31

Conclusão e discussão dos resultados ----------------------------------------------------------------------- 31

Recomendações ------------------------------------------------------------------------------------------------- 33

Referências--------------------------------------------------------------------------------------------------------- 38

Anexos -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 40

Anexo I - Recolha dos dados eXaminator dos Municípios Portugueses entre 15 de Junho e 31 deAgosto de 2009. ------------------------------------------------------------------------------------------------- 41

Anexo II - Recolha dos dados TAW – Test Accesibilidad Web dos Municípios Portugueses entre 15de Junho e 31 de Agosto de 2009. ---------------------------------------------------------------------------- 49

Anexo III - Notas Gerais --------------------------------------------------------------------------------------- 54

Anexo IV – Índice de Figuras --------------------------------------------------------------------------------- 55

Anexo V – Índice de Tabelas ---------------------------------------------------------------------------------- 56

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Introdução

Nos últimos 10 anos (1999 – 2009) a presença na Internet dos MunicípiosPortugueses duplicou. 307 dos 308 municípios têm hoje um sítio na Internet.

O forte incentivo do Governo Português para a crescente presença na Internet dosMunicípios fica igualmente evidenciado pelo significativo número de autarquias quereceberam financiamento por parte dos programas operacionais, como foi o caso doPrograma Operacional Sociedade do Conhecimento (POS-C)1.

Com o presente estudo a Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação(SUPERA) pretende observar em particular um dos requisitos de qualidade dosconteúdos Web referenciado no Guia de Boas Práticas na Construção de Web Sites daAdministração Directa e Indirecta do Estado (Oliveira J. 2003). De que forma osconteúdos Web dos municípios cumprem os requisitos de acessibilidade constantesdas Directrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web (WCAG) 1.0 (Chisholm W.1999) do Consórcio World Wide Web (W3C)?

Mais do que determinar o nível de conformidade para com as WCAG 1.0, procuramosneste estudo, pela primeira vez em Portugal, decompor os níveis de conformidade nosseus diversos pontos de verificação e descer a análise ao nível dos testes (critérios desucesso), geralmente, implementados nos validadores automáticos.

Trata-se de uma análise feita apenas à primeira página dos sítios e a recolha foi feita,no essencial, com validadores automáticos. Dizemos no essencial, porqueefectivamente ocorreram alguns procedimentos de validação manual.

No final foi possível determinar os indicadores tradicionais neste tipo de estudo:presença do símbolo de acessibilidade à Web na primeira página do sítio;determinação do nível de conformidade, mas também chegar a um conjunto derecomendações que visam orientar os responsáveis pelos sítios Web dos municípiosna correcção das falhas encontradas.

O presente estudo contém vários exemplos (imagens, excertos de código) retirados daamostra em análise, referenciando sempre a sua fonte. Disponibilizamos igualmenteos dados recolhidos, agregados por teste (ver anexo I - eXaminator) e por ponto deverificação (ver anexo II - TAW). Nunca apresentamos a totalidade dos dadoscompilados para um único município. Os nomes dos municípios aparecem citadosapenas em quadros de boas práticas ou, por questões pedagógicas, para ilustrar umaspecto em particular.

Mais do que um retrato actual dos conteúdos Web dos Municípios Portugueses, opresente estudo deixa um vasto conjunto de soluções que visam incrementar aacessibilidade a pessoas com necessidades especiais aos conteúdos das autarquiasportuguesas.

1 54,5% dos municípios portugueses afirmam explicitamente, afixando o logótipo doPrograma Operacional Sociedade do Conhecimento na primeira página, terem tidofinanciamento.

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Âmbito e objectivos do estudo

Em Portugal, os diversos estudos existentes sobre acessibilidade Web (Accenture2002, Accenture 2003, Santos L. 2006, Gonçalves R. 2009), dão-nos essencialmenteum indicador de grandeza global relacionado com o nível de conformidade para comas directrizes de acessibilidade do W3C: 15.2% dos sítios da Administração Directa eIndirecta do Estado na Internet estão em conformidade ‘A’ (Accenture 2002), 13.8%dos sítios da Administração Directa e Indirecta do Estado na Internet estão emconformidade ‘A’ (Accenture 2003), 15% dos sítios Web dos municípios estão emconformidade ‘A’ (Santos L. 2006), 9.4% das 1000 maiores empresas portuguesasestão em conformidade ‘A’ (Gonçalves R. 2009). Perante os valores de conformidade,alguns dos estudos têm tendência em efectuar agregações sectoriais dos sítios e aprocurar razões, mais ou menos plausíveis, para as diferenças de conformidadeencontradas, por sector (Gonçalves R. 2009).

O presente estudo decompõe o nível de conformidade nos seus pontos de verificaçãoe procura, nos testes dos validadores, práticas que permitam delinear soluções para asfalhas encontradas. Assim, mais do que um estudo que demonstre uma tendênciaglobal, é objectivo localizar as razões que estão na origem de um determinadoresultado.

São objectivos do presente estudo:

- identificar quais são as principais falhas que ocorrem na concepção dosconteúdos Internet municipais potenciadoras de gerar barreiras deacessibilidade, principalmente a utilizadores com necessidades especiais;

- identificar conteúdos Web de Municípios que constituam boas práticas;- com base nas boas práticas localizadas nos municípios, pretende-se dar

exemplos de criação de conteúdos sem barreiras;- determinar o nível global de conformidade para com a versão 1.0 das

Directrizes de Acessibilidade para o Conteúdo da Web do W3C das páginas deentrada na Internet dos 308 municípios.

Ferramentas de avaliação automática utilizadas noestudo e respectivos testes

Numa avaliação com ferramentas automáticas deve-se, no mínimo, fazer uso de duasferramentas (W3C/WAI 2008). No presente estudo foram utilizados dois validadoresautomáticos de acessibilidade Web: o TAW – Test Accesibilidad Web e o eXaminator.

O TAW é uma ferramenta da Fundação CTIC - Centro Tecnológico de la Informacióny la Comunicación2. Foi utilizada a versão 3.08 para instalação em Mac OS 10.5.8destinada a avaliar as WCAG 1.0.

Quanto ao eXaminator é uma ferramenta desenvolvida pela UMIC – Agência para aSociedade do Conhecimento, IP, disponível gratuitamente na Internet3. Nacompilação da informação para o presente estudo foi criado um directório sectorialdesignado de municípios, no qual se introduziram as diversas páginas de entradasubmetidas à análise.

2 TAW: http://www.tawdis.net.3 eXaminator: http://www.acesso.umic.pt/webax/examinator.php.

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Metodologia

1º passo: compilação de todos os URLs dos municípios junto do sítio Web da ANMP- Associação Nacional de Municípios Portugueses (http://www.anmp.pt/).

2º passo: introdução dos URLs correspondentes às páginas de entrada de cada sítioWeb:

- sempre que a página contém elementos <frame> são introduzidas as páginasque se encontram apostas em cada um dos elementos <frame>;

- sempre que a página de entrada contém poucos elementos (e.g. páginas deredireccionamento ou de apresentação) é adicionada uma página interior queconfigure uma página típica de entrada (ver a definição de casos típicosabaixo).

- páginas de entrada construídas só com tecnologia Flash ou com erros básicosde HTML (ver mais à frente definição), assim como as que têm poucoselementos HTML, mesmo numa segunda página, são devidamenteidentificadas e mereceram tratamento particular.

3º passo: recolha e análise dos dados do eXaminator, e segmentação da amostra em 2grupos:

- sítios Web em que, não existe nenhuma página pertencente à categoria de“casos especiais eXaminator” porque compostas por poucos elementos,porque têm erros básicos de HTML ou porque fazem uso exclusivo detecnologia Flash;

- sítios Web em que, as páginas de entrada – pelo menos uma das suas páginas,no conceito de página de entrada do presente estudo - são compostas por“casos típicos” (i.e. não pertencentes ao grupo dos casos especiaiseXaminator):

4ª passo: introdução no TAW de todos os sítios Web categorizados por “casostípicos”. Sempre que o TAW não consiga efectuar a análise das páginas, pordificuldades de redireccionamento ou impossibilidade de determinação do modelo deanálise, são extraídos os resultados para a prioridade 1 do TAW a partir dos testesobtidos pelo eXaminator (ver anexo III). Para a prioridade 1, a bateria de testes doTAW é um subconjunto da bateria de testes do eXaminator, pelo que este exercício éperfeitamente transparente.

Para responder aos objectivos do estudo não nos limitámos, apenas, à contabilizaçãodos erros obtidos pelas duas ferramentas para cada prioridade mas a recolher anatureza do erro. No caso do eXaminator, as estatísticas ficam, por defeito,organizadas pela natureza do erro encontrado (ocorrências por teste). No caso do TAWé necessário recolher manualmente essa informação para cada uma das páginas (nº deerros por ponto de verificação).

5º passo: identificação, na recolha efectuada, de boas práticas e de falhas típicas quesirvam para ilustrar situações a evitar e enumerar possíveis soluções.

A recolha de informação decorreu nos meses de Junho, Julho e Agosto de 2009.

Para todos os sítios que passaram os testes de prioridade 1 do TAW e não passaram ostestes de prioridade 1 implementados no eXaminator foi feita uma validação manualpara determinar a importância dessa mesma detecção para a efectiva acessibilidadefuncional do sítio.

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Caracterização do Universo em análise

O estudo tem por universo os sítios Web dos 308 municípios portugueses. Verifica-seque 307 municípios estão online, sendo que destes, 6 encontram-se em construção.Dos 301 sítios identificados para análise, verificou-se impossibilidade em utilizar aferramenta automática eXaminator em 7 deles. Assim, a recolha de dados recaiu sobreum total de 294 sítios Web.

Tabela 1 - URLs compilados e situação global dos sítios

Situação Global do sítio TotalTotal URLs compilados 308

Erro/Not Found 1Sítios online 307

Em construção 6Sítios com conteúdos 301

Impossível de avaliar automaticamentePor impossibilidade na determinação domodelo de validação

3

Por usar document.write() 3Redireccionado automaticamente para umapágina com mensagem de erro

1

Sítios avaliados 294

O município de Vila Flor é o único que não se encontra na Internet. Todavia, verifica-se que o domínio www.cm-vilaflor.pt se encontra registado em nome do respectivomunicípio desde 5 de Março de 2009. Nas diversas tentativas de acesso realizadas oresultado foi sempre “server can’t find” (ver Figura 1).

Figura 1 - fotografia do ecrã tirada a 28 de Junho do domínio www.cm-vilaflor.pt.Erro: “Can’t find the server”

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Dos 307 municípios online, 6 têm o sítio Web “em construção” (ver Tabela 2).

Tabela 2 - Lista dos Municípios com sítio Web “em Construção” a 28 de Junhode 2009

Murça http://www.cm-murca.ptSabrosa http://www.cm-sabrosa.pt

Alfândega da Fé http://www.cm-alfandegadafe.ptVila do Porto http://www.cm-viladoporto.pt

Cuba http://www.cm-cuba.ptTarouca http://www.cm-tarouca.pt

Dos 301 sítios com conteúdos, a validação automática não foi possível levar a efeitoem 7 sítios. Em 3 deles, porque as páginas Web são integralmente escritas através deuma função em javascript que dá pelo nome de document.write(). Quando talacontece, as ferramentas de validação de acessibilidade não conseguem fornecerdados fiáveis. Este tipo de páginas dependem de javascript activo no navegador doutilizador. Geralmente, quando se escreve uma página Web usando esta função, astecnologias de apoio, usadas por pessoas com deficiência, têm dificuldade emidentificar os diversos elementos da página. Por outro lado, a dependência dejavascript para fazer aparecer os conteúdos é, por si só, uma violação das regrasbásicas (prioridade 1) de acessibilidade (ver ponto de verificação 6.3 das WCAG 1.0).

No caso do município de Lamego a página de entrada apresentada ao validadoreXaminator encaminha automaticamente a ferramenta para uma página que contém amensagem de erro: ”a resolução definida para o seu monitor (Área do Ecrã) nãolhe permite visualizar correctamente este Site. Por favor, ajuste a Área do Ecrãpara um valor mínimo de 1024 x 768” (ver figura seguinte).

Figura 2 - Câmara Municipal de Lamego. Mensagem de erro: ”a resolução definida para o seumonitor (Área do Ecrã) não lhe permite visualizar correctamente este Site. Por favor, ajuste a

Área do Ecrã para um valor mínimo de 1024 x 768”.

Nos restantes 3 sítios, as razões de não validação estão relacionadas: (1) com onúmero excessivo de redireccionamentos quando se entra na primeira página (é o casoda Câmara de Tomar); e (2) impossibilidade, por parte do eXaminator, nadeterminação da linguagem de marcação e consequentemente do modelo de validaçãoa utilizar. Estas razões foram compiladas com o auxilio do validador para (x)HTMLdo W3C (http://validator.w3.org).

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Tabela 3 - Lista dos Municípios em que não foi possível usar o validador deacessibilidade eXaminator

Sítio Web doMunicípio

URLRazão da

não validaçãoFigueiró dosVinhos

http://www.cm-figueirodosvinhos.pt document.write()

Fundão http://www.cm-fundao.pt document.write()Nordeste http://www.cm-nordeste.pt document.write()Freixo deEspada à Cinta

http://www.cm-freixoespadacinta.ptImpossível de determinar omodelo de verificação

Tomar http://www.cm-tomar.ptPágina com demasiadosredireccionamentos (>7)

Odivelas http://www.cm-odivelas.ptImpossível de determinar omodelo de verificação

Lamego http://www.cm-lamego.ptMensagem de erro relacionadacom prévia parametrização daresolução de ecrã

Resultados

Casos especiaisDos 294 sítios em que foi possível usar o eXaminator, verificou-se que 84 (28.6%)configuram aquilo a que o eXaminator designa de casos especiais, nos quais a análisecarece de maiores cuidados de abordagem. Nestes 84 sítios Web, a primeira página écomposta por uma ou mais das seguintes situações (definição de casos especiais):

(1) contém poucos elementos;(2) encontra-se construída integralmente em Flash;(3) a sua estrutura assenta em Frames;(4) a página contém erros básicos de construção que impedem a análise. São erros

básicos de HTML: existência de múltiplas declarações gramaticais (DTD –Document Type Definition), nenhum ou vários elementos <body>, nenhum ouvários elementos <head>.

De acordo com a metodologia definida, sempre que na introdução de páginas nosistema nos deparámos com uma ou várias daquelas situações na primeira página dosmunicípios, introduzimos outras páginas da sua vizinhança. No caso de páginas cujaestrutura assenta em elementos <frame>, usámos a metodologia internacionalmenterecomendada para estes casos: avaliar as páginas que se encontram inseridas em cadaum dos elementos <frame>.

Depois desta pesquisa de páginas válidas, na vizinhança da primeira página,verificámos que em 31 dos sítios não foi possível localizar páginas válidas. Nosrestantes 53 sítios especiais foi possível agregar páginas, na vizinhança da página deentrada, válidas. Estes 53 sítios especiais foram assim somados aos restantes 210sítios típicos, perfazendo assim um total de 263 sítios para análise mais detalhada peloeXaminator.

Dos 31 Municípios não contabilizados pelo eXaminator na análise, há 8 quedependem em exclusivo de tecnologia Flash (ver Tabela 4).

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Tabela 4 - Sítios não contabilizados: assentes em Tecnologia Flash

Município ObservaçõesAljustrelCorvoCrato

Marvão Para além da construção em Frames da página de entrada, foram introduzidas mais 2páginas. Ambas as páginas encontram-se construídas em tecnologia Flash.

MouraPenamacorSanta Cruz

Vila Novade Poiares

Para além da construção em Frames da página de entrada, foram introduzidas mais 3páginas. Duas delas estão totalmente construídas em tecnologia Flash. A terceira tempoucos elementos para ser analisada.

Nos restantes 23 sítios Web, as primeiras páginas, contêm erros classificados, peloeXaminator, de muito básicos:

- 19 com mais do que um elemento <body>;- 2 em que para além do elemento <body> a mais, têm também múltiplas

declarações gramaticais (DTD);- e há ainda 2 páginas de entrada com mais do que um elemento <head>.

Identificam-se explicitamente na Tabela 5 os municípios onde este tipo de problemafoi localizado. Este tipo de problema básico na construção de uma página Web deveser prioritariamente resolvido pelos responsáveis dos conteúdos de cada um dos sítios.É uma espécie de ponto prévio, mesmo antes de tentarem resolver ou identificaroutros potenciais problemas de acessibilidade.

Tabela 5 - Sítios não contabilizados: erro básico de construção

Município Observações

Aguiar da Beira Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

Braga Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

Caldas da Rainha Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

Castanheira dePêra

Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

ElvasHá um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>. A páginacontém mais do que uma declaração gramatical de tipo de código (DTD).

EsposendeHá um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>. A páginacontém mais do que uma declaração gramatical de tipo de código (DTD).

Lagoa (Faro) Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

MafraHá um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>. A páginacontém mais do que uma declaração gramatical de tipo de código (DTD).

Nelas Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

Oliveira doHospital

Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <head>.

Penalva doCastelo

Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

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Tabela 6 (continuação) - Sítios não contabilizados: erro básico de construção

Município Observações

Portalegre Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

Póvoa de Varzim Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

Santa Comba Dão Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

Santarém Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <head>.

São Pedro do Sul Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

São Vicente Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

Satão Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

Tondela Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

Vila Nova de Gaia

Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>. A primeirapágina contém ainda redireccionamento que vai ter à página onde foilocalizado o erro básico.

Vila Nova dePaiva

Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

Viseu Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

Vouzela Há um erro de sintaxe muito básico que impede efectuar uma análiseconfiável. A página contém mais do que um elemento <body>.

Utilização do símbolo de acessibilidade à Web

[D]

Figura 3 - Símbolo de Acessibilidade à Web

Desde 1999, com a publicação da Resolução do Conselho de Ministros n.º 97/99 de26 de Agosto com o título “Acessibilidade dos sítios da Administração Pública naInternet pelos Cidadãos com Necessidades Especiais” que passou a ser práticacorrente a afixação do símbolo de acessibilidade à Web na primeira página.Principalmente em sítios públicos. A sua afixação, tão-somente,

"denota, por parte dos webmasters, preocupação em dotar o sítio comfuncionalidades de acessibilidade que vão ao encontro das necessidades dosutilizadores com deficiência" (NCAM4).

A afixação do símbolo de acessibilidade passou igualmente a ser consideradoindicador (Oliveira J. 2003) nos estudos sobre presença online da AdministraçãoDirecta e Indirecta do Estado e, por extensão, surgiram também nas análises feitas aosconteúdos das autarquias.

4 National Center for Accessible Media:http://ncam.wgbh.org/webaccess/symbolwinner.html

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Dos 301 municípios com conteúdos online, 37,5% disponibilizam o símbolo deacessibilidade à Web. Constatou-se também que é prática generalizada a formaincorrecta como o símbolo é afixado na página. O procedimento correcto pode serconsultado em: http://www.acesso.umic.pt/pub/simbolo.htm.

Tabela 7 - Afixação do símbolo de acessibilidade à Web na primeira página dosmunicípios (2009)

MunicípiosSim 113 37,5%Não 188 62,5%

Total 301 100,0%Nota: o total 301 corresponde ao total dos 308 municípios

menos os sítios em construção (6) e o sítio que não está online (1).

Conformidade WCAG 1.0Tendo em conta os dois validadores automáticos de acessibilidade Web utilizados,constata-se a existência de discrepâncias nos resultados obtidos por ambas, no que dizrespeito à aferição da conformidade ‘A’ para com as WCAG 1.0:

- 1.7% (5/294) das páginas de entrada dos municípios portugueses estão emconformidade ‘A’ para com as WCAG 1.0, de acordo com os resultadosrecolhidos pelo eXaminator (ver Tabela 9);

- 4.1% (12/294) das páginas de entrada dos municípios portugueses estão emconformidade ‘A’ para com as WCAG 1.0, quando analisados os resultadosrecolhidos pelo TAW (ver Tabela 10).

Nenhum dos dois validadores utilizados localizou páginas de entrada nos sítios Webmunicipais conformes com o nível ‘AA’ das WCAG 1.0.

A discrepância ocorrida na aferição da conformidade ‘A’ entre as duas ferramentasestá relacionada com a diferença de testes implementados. Esta diferença é usualocorrer nas várias ferramentas existentes. Essa é uma das razões pela qual ametodologia de avaliação de acessibilidade dos sítios Web do W3C recomenda autilização de mais do que uma ferramenta na mesma avaliação. A diferença não estárelacionada com a implementação de testes que não são contemplados nas WCAG 1.0,mas com a identificação de determinados aspectos relacionados com estas, quealgumas ferramentas contemplam e outras não.

No caso concreto do presente estudo verifica-se que o ponto de verificação 6.3, deprioridade 1:

“6.3 - Certifique-se que as páginas são usáveis quando scripts, applets, ououtros objectos programáveis se encontram desactivados ou não sãosuportados.”

Este ponto de verificação é tratado pelo TAW apenas como um aviso. No caso doeXaminator, ele procura a existência do elemento <noscript> no <body> da página.No eXaminator depreende-se que, pelo facto de não existir o elemento <noscript>,não existirá o correspondente equivalente alternativo. Aliás a lógica de análise émuito semelhante ao que sucede com as imagens e a existência do atributo alt. Se nãotem o atributo alt, de certeza, que não tem legenda. Mesmo nas imagens decorativas

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deve existir um alt=”” (vazio).

Assim, a diferença entre os 12 sítios identificados pelo TAW como estando conformescom o nível ‘A’ e os 5 sítios identificados pelo eXaminator, reside na detecção doelemento <noscript> no <body> da página.

É reconhecido que os desenvolvimentos javascript podem estar apenas relacionadoscom efeitos de estilo, não perturbadores da acessibilidade funcional da página, mastambém podem estar relacionados com o controlo de elementos estruturais. E sabe-seque, quando estão relacionados com este último, são altamente lesivos para aacessibilidade funcional. É o caso do desenvolvimento dos menus, geralmente dosmenus principais, dos sítios Web construídos com base em tecnologia javascript.

Numa análise manual à listagem dos 7 municípios portugueses que passam no TAW enão passam no eXaminator verifica-se que em 4 deles se perdem informações e quenos restantes 3 o uso de javascript é inofensivo. Dos 4 onde se perdem informações,há 2 onde a perda é de extrema importância, uma vez que estamos a falar da perda domenu principal dos respectivos sítios (sintetiza-se na

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Tabela 8 os resultados da avaliação manual a estes sítios).

Um desses exemplos graves é o município de Alvito em que o menu principal seencontra construído em javascript. Sintetizam-se assim as barreiras de acessibilidadeencontradas neste menu:

- não é possível manipular o menu com o teclado, o que influencia aacessibilidade de pessoas cegas, que não usam o rato, mas também dosutilizadores com disfunções neuromotoras graves que os impossibilitam defazer uso das mãos ou mesmo da cabeça para controlar o rato e que usamprogramas de selecção por varrimento;

- o menu não se encontra devidamente estruturado como lista de opções, o queimpossibilita a qualquer tecnologia, nomeadamente às tecnologias de apoio, aidentificação das opções e das subopções. Qualquer pessoa cega seconfrontará não com um menu mas com um monte de opções;

- quando se desactivam os estilos, as hiperligações transformam-se num montede texto e perdem mesmo a hiperligação;

- as próprias hiperligações dependem do suporte de javascript, o que dificulta aidentificação das hiperligações por parte de quem usa tecnologias de apoio,nomeadamente leitores de ecrã;

Sendo o menu principal um dos elementos principais de navegação no sítio, presenteem todas as páginas, os problemas atrás referenciados, são, sem dúvida, uma enormebarreira à acessibilidade. É preciso notar que o presente sítio tem o símbolo deacessibilidade à Web afixado e denota, efectivamente, cuidados para com asdirectrizes de acessibilidade. No entanto, o uso “inocente” de javascript, nãodetectável pelo TAW, introduz problemas graves de acessibilidade.

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Tabela 8 - Análise manual à informação manipulada pelo javascript existente nas7 páginas de entrada dos sítios adicionados à lista de conformidade ‘A’ pelo TAW

MunicípioInformação Manipulada. O que se perde

sem javascript?Importância paraa acessibilidade (*)

Alvito perde-se a estrutura do menu principal 5Baião perde-se a estrutura do menu principal 5

Penelaperdem-se 2 opções de menu: “Turismo” e“Museu do Rabaçal”

3

Figueira da fozum dos dois scripts faz perder a informaçãoda data de hoje e o outro faz perder a galeriade imagens existente no topo da página

2

Leiriascript relacionado com uma detecção feitapelo Google; não se perde nada do conteúdo

1

Mondim deBasto

efeito de estilo no menu 1

Gondomar efeito de estilo no menu 1(*) 1 – nada importante, 2 – pouco importante, 3 – importante , 4 – muito importante, 5 –extremamente importante.

Tabela 9 - Páginas de entrada dos sítios municipais em conformidade ‘A’ dasWCAG 1.0, de acordo com o eXaminator

Município URLLisboa http://www.cm-lisboa.ptPombal http://www.cm-pombal.ptVelas http://cm-velas.azoresdigital.pt/Marinha Grande http://www.cm-mgrande.ptBatalha http://www.cm-batalha.pt

Tabela 10 - Páginas de entrada dos sítios municipais em conformidade ‘A’ dasWCAG 1.0, de acordo com o TAW

Município URLLisboa http://www.cm-lisboa.ptPombal http://www.cm-pombal.ptVelas http://cm-velas.azoresdigital.pt/Marinha Grande http://www.cm-mgrande.ptBatalha http://www.cm-batalha.ptFigueira da Foz http://www.figueiradigital.ptLeiria http://www.cm-leiria.ptMondim de Basto http://www.cm-mondimdebasto.ptAlvito http://www.cm-alvito.ptGondomar http://www.cm-gondomar.ptPenela http://www.cm-penela.ptBaião http://www.cm-baiao.pt

Legenda das imagensNo caso das imagens a regra geral é: todas as imagens devem ter uma legenda, mesmoas que sejam consideradas meramente decorativas.

Em termos técnicos é extremamente simples adicionar uma legenda a uma imagem. Oelemento <img> (imagem) dispõe do atributo alt (alternativo) que tem como funçãocomportar a legenda da imagem. A legenda deve ser concisa. Por exemplo, o

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validador CynthiaSays5 chega mesmo a aconselhar uma legenda não superior a 80caracteres. O validador Bobby definia como valor máximo os 150 caracteres.

Apresenta-se na Figura 4 o exemplo correcto do Município de Pombal. O códigoutilizado para afixar a imagem com a respectiva legenda é:

<img src="main_images/simbolo_municipio.gif"alt="Munic&iacute;pio de Pombal"

style=" width:214px; height:77px;">

Repare-se na boa prática de legendar a imagem de acordo com a sua função, evitando-se, neste caso, correctamente, o desnecessário prefixo “logótipo de...”.

Apenas um reparo à linha de código apresentada atrás. Os atributos width e heightpodem, e devem, fazer parte integrante do elemento <img> (imagem) e não comopropriedades de estilo, como se encontra definido actualmente. Assim, o códigocorrecto será:

<img src="main_images/simbolo_municipio.gif"alt="Munic&iacute;pio de Pombal"width=”214” height=”77”>

Logótipo do Município de Pombal quandovisto num browser em modo gráfico.

Logótipo do Município de Pombal quando vistonum browser em modo texto..

Figura 4 - Exemplo de uma boa prática de legendagem de imagens. Retirado do Município dePombal (http://www.cm-pombal.pt).

No caso dos municípios portugueses verifica-se que 80% das páginas contêm imagenspor legendar (ver Figura 5). Ao observarmos os resultados por elemento, das 15395imagens existentes na amostra, 61% delas têm legenda (ver Figura 6). Dos doisindicadores podemos concluir que a regra é conhecida, e seguida na maioria dasvezes, mas a sua observância não é consistente ao longo da página. Em 69% daspáginas há, pelo menos, duas ou mais imagens sem legenda (ver ocorrências naTabela 12).

Tabela 12 - Nº de páginas com imagens com e sem legenda

Ocorrências por página %

Páginas em que todas as imagens têm legenda 56 20%

Páginas em que há 1 imagem sem legenda 30 11%

Páginas em que há várias imagens sem legenda 191 69%

Total de páginas 277

Nota: Universo de sítios Web: 263; Media de páginas por sítio: 1.05

5 Validador CynthiaSays: http://www.cynthiasays.com/.

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Figura 5 - % de Páginas com Imagens com e sem legenda

Figura 6 - Do total das15395 imagens localizadasna amostra, qual a % dasque têm o atributo alt?61%

Para mais informações sobre como legendar imagens leia o tutorial: Como legendarimagens de uma página Web - http://www.acesso.umic.pt/tutor/imagens_1/index.htm.

Botões GráficosÀ semelhança do que sucede com as imagens, todos os botões gráficos têm de terlegenda. Em termos de código, um botão gráfico tem uma configuração semelhante a:

<input type="image" name="c_22420$imageSearch"id="c_22420$imageSearch"src="/images/cmagueda/bt_pesquisar.gif"alt="Pesquisar" style="border-width:0px;" />

Figura 7 – Exemplo de um botão gráfico correctamente legendado. Retirado da página deentrada da Câmara Municipal de Águeda.

Em 60% das páginas, todos os botões gráficos aí existentes têm legenda. Quando seanalisa o elemento “botões gráficos” (<input type=”image”>), de per si, verifica-seque 66% têm o texto alternativo. A explicação para a quase coincidência dos doisvalores reside no facto de estarmos a analisar a página de entrada, onde é vulgarexistir um único botão gráfico: geralmente o botão que acciona o motor de busca.

Tabela 13 - Nº de páginas com botões gráficos com e sem legenda

Ocorrências por página %

Páginas em que todos os botões têm legenda 51 60%

Páginas em que há 1 botão sem legenda 26 31%

Páginas em que há vários botões sem legenda 8 9%

Total de páginas com botões gráficos 85

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Figura 8 - % de Páginas com Botões Gráficos com e sem legenda

Mapa de imagens76% das páginas que fazem uso de mapas de imagem têm todas as áreas definidaslegendadas.

Tabela 14 - Nº de páginas com mapas de imagem com e sem áreas legendadas

Ocorrências pot página %

Páginas em que todas as áreas têm legenda 19 76%

Páginas em que pelo menos há 1 área sem legenda 6 24%

Total de páginas com mapas de imagem 25

Figura 9 - % de Páginas com Mapas de Imagem com e sem legenda

Para além dos excelentes resultados dos mapas de imagem na observância do pontode verificação 1.1 de prioridade 1, 8% dos mapas de imagem (5/65) respondem aindaa requisitos de prioridade 3, como é o caso do ponto de verificação 1.5 das WCAG1.0:

1.5 - Até que os agentes do utilizador alcancem o equivalente textual dos linksexistentes nas regiões activas dos mapas de imagem "client-side", forneça

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links textuais redundantes para cada região activa do mapa. [ponto deverificação de prioridade 3 das WCAG 1.0]

Apresenta-se a seguir um exemplo de um mapa de imagem que cumpre o ponto 1.1 deprioridade 1 e o ponto 1.5 de prioridade 3, retirado da página de entrada da CâmaraMunicipal de Ribeira de Pena. O mapa de imagem é composto por duas peçasessenciais: uma imagem principal “galeria.png”, a qual é dividida em áreashiperligadas. No caso do exemplo abaixo, o mapa de imagem tem apenas uma área.

<img src="images/galeria.png"width="163" height="270" border="0"usemap="#Map" />

<map name="Map" id="Map"><area shape="rect" coords="2,4,160,267" href="/galeria"alt="Galeria de Imagens" />

</map>

Figura 10 – Exemplo de um mapa de imagem retirado da primeira página do Município deRibeira de Pena (http://www.cm-rpena.pt/).

Para além da correcta legendagem (alt=”Galeria de imagens”) e da correctaverificação do ponto 1.1 de prioridade 1, o Município de Ribeira de Penadisponibiliza ainda uma hiperligação redundante, indispensável ao acesso à galeria deimagens por quem utilize agentes de utilizador que não consigam aceder às áreasdefinidas num mapa de imagem.

<li class="level1 item12"><a class="level1 item12"href="http://www.cm-rpena.pt/galeria"><span>Galeria</span></a>

</li>

Figura 11 - Exemplo de boa prática de redundância ao mapa de imagem daFigura 10 existente na página de entrada do Município de Ribeira de Pena. Verifica-se que o link“/galeria” que se encontra no mapa de imagem é o mesmo www.cm-rpena.pt/galeria que estáinserido no menu.

Por exemplo, se visualizar no seu browser uma página, em modo texto, que tenha ummapa de imagem, o mais provável é que não consiga ver as diversas áreas definidasno mapa. Na altura em que redigimos este trabalho apenas o browser Firefox, um dosmuitos agentes de utilizador existentes, tem suporte para visualizar áreas de um mapade imagem em modo texto.

JavascriptA linguagem javascript tem como particularidade ser processada integralmente pelamáquina do utilizador. Significa isto que, se a máquina do utilizador não dispuser desuporte para esta linguagem, as funcionalidades fornecidas por esta tecnologia nãoestarão disponíveis. Esta simples assumpção, ajuda a compreender um dos requisitosde acessibilidade:

6.3 - Certifique-se que as páginas são usáveis quando scripts, applets, ououtros objectos programáveis se encontram desactivados ou não são

suportados. Se isto não for possível, forneça informação equivalente numapágina alternativa acessível.

A possibilidade de uma construção alternativa ao javascript cabe, geralmente, no

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elemento <noscript>.

Outro princípio importante está relacionado com o manuseio das funçõesdisponibilizadas em javascript: têm de ser acessíveis aos utilizadores que usamdispositivos apontadores, como é o caso do rato, ou por quem usa teclado. Incluem-seigualmente nesta última categoria, utilizadores que fazem uso de sistemas de selecçãopor varrimento.

Em termos técnicos, esta segunda exigência das directrizes de acessibilidade écolmatada com o uso de manipuladores de eventos de javascript. Estes manipuladorespodem ser de dois tipos: dispositivo-independentes e dispositivo-redundantes. Osprimeiros, porque contemplam, teoricamente, qualquer dispositivo, são preferíveis aossegundos.

No presente estudo, a análise à implementação destes critérios de acessibilidadeassentam nas perguntas: “como é feito o tratamento do elemento <noscript>?“ e“quais são os manipuladores de eventos javascript utilizados?”

Quanto à primeira pergunta, verifica-se que 80% das páginas que usam elementosjavascript não dispõem de uma correcta implementação do equivalente alternativo, oumelhor, o correspondente <noscript> não se encontra presente. Há 1% que faz usodo elemento <noscript> mas o mesmo encontra-se vazio. Na prática, 81% doselementos <script> não dispõem de equivalente alternativo (ver Figura 12). Em 63%das páginas há mesmo vários elementos javascript e nenhum elemento <noscript>, oque, mesmo numa análise automática, evidencia a não construção de uma alternativaque seja processada pelo servidor, que entre em funcionamento no caso docomputador do utilizador não o conseguir fazer.

Se observarmos a presença do elemento <script> no corpo da página (<body>) e apresença do elemento que pode conter o seu equivalente alternativo, ou seja oelemento <noscript>, verifica-se que em apenas 10% dos elementos <script> seencontra o elemento que poderá conter o seu equivalente alternativo – ver Tabela 15.A aferição de um correcto equivalente alternativo só pode ser feita manualmente (vejaa análise efectuada na

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Tabela 8).

Tabela 15 - presença dos elementos <script> e <noscript> no total da amostra

NºElemento <script> no <body> da página 2265Elemento <noscript> 215Elemento <noscript> vazio 2

Tabela 17 - disponibilização de equivalentes alternativos aos elementos javascript

Ocorrências %Usam-se vários <script> no <body> e o mesmo número de<noscript>

9 4%

Usa-se 1 <script> no <body> e <noscript> 39 16%Usa-se 1 <script> no <body> mas não <noscript> 42 17%Usa-se <script> no <body> mas <noscript> está vazio 2 1%Usam-se vários <script> no <body> mas nenhum <noscript> 156 63%

Total 248

Figura 12 - % Páginas com <scripts> sem e com elemento <noscript>

Tabela 18 - Balanceamento entre os manipuladores de eventos javascript

utilizados (dispositivo-independente Vs. Rato-dependente)

Nº Manipuladores de eventos javascript NºRato-dependente Dispositivo-independente

3177 onmouseover onfocus 3242757 onmouseout onblur 166

Tabela 19 - Balanceamento entre os manipuladores de eventos javascript

utilizados (soluções redundantes para o rato e para o teclado)

Nº Solução Redundante NºRato-dependente Teclado-dependente

2792 onclick onkeypress 643

Do balanceamento dos manipuladores de eventos é possível concluir que para 10

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implementações de manipuladores do tipo dispositivo-dependente apenas há 1dispositivo-independente. No caso das soluções redundantes, o rácio é na ordem dos 4para 1, ou seja em 4 implementações apenas uma contém uma abordagem redundante(utilizável com rato ou com teclado).

Inserção de elementos multimédiaA utilização crescente da tecnologia Flash é um processo natural atendendo aopotencial que esta tecnologia tem na apresentação de elementos multimédia. Porexemplo, a sua utilização na disponibilização de vídeos é hoje muito frequente epopular nomeadamente impulsionada por plataformas como o Youtube ou oGoogleVideo.

Do ponto de vista de acessibilidade há duas precauções que devem ser tidas em contana sua utilização:

! Por um lado, não se recomenda ainda a construção de um sítio Webintegralmente em Flash. Os agentes de utilizador, nomeadamente astecnologias de apoio usadas por pessoas com deficiência, denotam ainda muitadificuldade no manuseio de elementos em Flash. São exemplo disso, osleitores de ecrã usados por pessoas com deficiência da visão mas também anotória dificuldade dos navegadores Web em manipular estes objectos usandoapenas o teclado.

! Por outro lado, é importante que a afixação dos elementos Flash se faça deacordo com os standards do W3C, nomeadamente usando para o efeito oelemento <object>.

No caso dos municípios portugueses verifica-se que 2.7% (8/294) (ver Tabela 4 -Sítios não contabilizados: assentes em Tecnologia Flash) dos sítios na Internet estãoconstruídos em exclusivo em tecnologia Flash. De notar que, no essencial, estamos afalar de páginas de entrada ou na vizinhança desta, o que amplifica bastante a barreiraà acessibilidade aos conteúdos por uma grande quantidade de utilizadores comnecessidades especiais.

Relativamente à aposição de elementos como: banners em Flash, logótipos em Flashe outro tipo de imagens individuais em Flash, há uma utilização bastante maisfrequente. 37% (141/380) das páginas da amostra têm elementos Flash. Verifica-se também que, na sua grande maioria, os elementos Flash são posicionadosrecorrendo ao elemento <embed>, o qual não pertence ao standard W3C.Recomendam, mesmo assim, as directrizes de acessibilidade do W3C que, quando seutiliza o elemento <embed> se deve igualmente proporcionar um equivalentealternativo, posicionando-o no elemento <noembed>. Em 96% das páginas deentrada dos municípios portugueses isso não ocorre (ver Tabela 20).

Tabela 20 - % de páginas com elemento <embed> acompanhado de <noembed>

Ocorrências %Utiliza-se <embed> acompanhado de <noembed> 4 3.8%Utiliza-se <embed> sem <noembed> 102 96.2%

Total 106

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Figura 14 - % páginas que fazem uso do elemento <embed>

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Para o posicionamento dos objectos multimédia o W3C recomenda a utilização doelemento <object>. Só por si, este elemento é suficiente para posicionar os elementosmultimédia, nomeadamente os elementos Flash6. Ou seja, dispensa-se o uso doelemento proprietário <embed>. Da amostra de páginas dos municípios constata-seque em 10 utilizações do elemento <object> usa-se, de forma redundante, oelemento <embed> em 9 dos casos. Esta prática é desaconselhável, mas ao serutilizada deve ser feita sempre em conjunto com o elemento <noembed>.

iFrameA grande maioria dos agentes de utilizador actuais, nomeadamente as tecnologias deapoio usadas por pessoas com deficiência, conseguem trabalhar com os conteúdosexistentes nos elementos <iframe>. Isto para concluir que, apesar de 86% (24/28) daspáginas onde foram localizados <iframe> não disporem de concepções equivalentes,a evolução tecnológica dos agentes de utilizador leva-nos a concluir que a sua nãoexistência, não será uma barreira para a generalidade dos utilizadores de tecnologiasde apoio.

Pela evolução tecnológica actual tudo leva a crer que este elemento será cada vezmais utilizado, mas é preciso chamar a atenção para as questões de segurança. Esteelemento é bastante vulnerável às questões de segurança na Internet. Por esta razão epara se protegerem, há muitos utilizadores, nomeadamente empresas, que desactivamnos seus browsers o suporte para este tipo de elemento. Pelo que, sempre quepossível, é preferível fazer com que o trabalho de fusão de conteúdos, que esteelemento possibilita, seja feito pelo servidor, servindo ao utilizador páginas que nãofaçam uso do elemento <iframe>.

Tabela 21 - % páginas com iFrames sem e com concepção alternativa

Ocorrências %

iFrames com equivalente alternativo 4 14%

iFrames sem equivalente alternativo 24 86%

Total de páginas 28

Feita uma análise manual aos 4 sítios onde se localizaram equivalentes alternativospara <iframe>, verificou-se que nenhum deles era realmente um equivalentealternativo ao conteúdo disponibilizado pelo <iframe>.

Nos 4 municípios:- Viana do Castelo (http://www.cm-viana-castelo.pt/);- Montemor-o-Velho (http://www.cm-montemorvelho.pt/);- Seixal (http://www.cm-seixal.pt/servicosonline/publico.asp) e- Oliveira de Frades (www.cm-ofrades.com)

foi localizado um equivalente alternativo do tipo “O seu browser não suportaiFrames”:

6 Veja-se como exemplo de inserção de elementos multimédia apenas com <object>as páginas: http://www.umic.pt/ e http://www.b-on.pt/e-learning/.

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<iframe marginwidth="0" marginheight="0" frameborder="0"id="myframeB" name="myframeB" width="100%" height="100%"scrolling=no src="home/index.html" onload="javascript:toggleLoadingMsg( 'none' );">

O seu browser não suporta iFRAMES</iframe>

Figura 15 – excerto de código retirado do sítio Web do Município do Seixal (http://www.cm-seixal.pt/servicosonline/publico.asp)

Frame

As regras de acessibilidade contemplam dois cuidados essenciais a ter quando seusam Frames:

- primeiro, todos os Frames têm de ter o atributo title, o qual confere ao<frame> a sua designação (requisito de prioridade 1);

- segundo, é necessário desenvolver uma alternativa equivalente à estrutura deFrames (requisito de prioridade 1). Este desenvolvimento alternativo deve sercolocado no elemento <noframes>.

A construção de páginas com o elemento Frame foi localizado em 5.5% ( 21/380) daspáginas de entrada dos municípios.

Relativamente à utilização do atributo title verifica-se que em todas as páginas ondeforam localizados Frames, havia pelo menos um atributo title em falta. Ou seja,todas as páginas dos municípios que fazem uso de Frames violam esta regra deprioridade 1.

Quanto à segunda regra de acessibilidade, a tabela seguinte sintetiza os resultadosobtidos automaticamente.

Tabela 22 - Conteúdos alternativos localizados no elemento <noframes>

Ocorrências %Em <noframes> existe pelo menos 1 link 2 9.5%Em <noframes> não existe nenhum link 16 76.2%O elemento <noframes> está vazio 2 9.5%Falta o elemento <noframes> 1 4.8%

Total 21

Mesmo tratando-se de uma recolha efectuada com validadores automáticos, a suaanálise permite concluir que o conteúdo encontrado no elemento <noframes> em86% das páginas (ver figura abaixo) não serve de equivalente alternativo a quem nãoconsiga, por qualquer razão, aceder aos conteúdos existentes nos frames. Porexemplo, uma construção alternativa a uma página Web de entrada de um sítio ondenão foi localizado um único link é, no mínimo, insólito. Isso mesmo foi encontradoem 76,2% das páginas que usam frames. A Figura 17 apresenta assim um resultadoque se pode considerar um falso positivo.

Feita uma análise manual aos 2 sítios que supostamente têm uma construçãoalternativa posicionada no elemento <noframes> constata-se que, de facto, têm umlink para uma construção sem frames válida, apesar do uso do link “aqui” constituiruma violação das regras de acessibilidade (i.e. não compreensível fora do contexto).

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<NOFRAMES>Clique <A HREF="main.php">aqui</A> para entrar.

</NOFRAMES>

Figura 15 - Estrutura alternativa à construção sem Frames. Apesar de simples, funcionaeficazmente como alternativo. Retirado da página de entrada do Município de Ilhavo

(http://www.cm-ilhavo.pt/).

Figura 17 - Equivalente alternativo concebido em <noframes>. Nota: análisemanual comprova que este resultado positivo, na verdade trata-se de

um “falso positivo”

Gramática de (x)HTMLExistem, hoje em dia, várias versões em uso de linguagens de marcação. Por essarazão é importante referenciar explicitamente qual a versão que estamos a usar.Geralmente, essa identificação corresponde à primeira linha de código existente napágina. Algo como:

<!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN" "http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/xhtml1-strict.dtd">

Figura 17 - linha de código para identifcar a gramática utilizada na página.Neste caso em concreto XHTML 1.0 strict.

No caso dos municípios, cerca de 20% das páginas analisadas não contemplam estareferência. Isto faz com que os agentes de utilizador escolham uma versão, pordefeito, para interpretarem os conteúdos existentes na página. Por vezes, o uso daversão, por defeito, traz resultados indesejáveis, fazendo com que a informação não seapresente de forma harmoniosa em todos os agentes de utilizador, incluindo aqui osnavegadores Web e as próprias tecnologias de apoio.

Tabela 23 - % páginas com declaração explícita da gramática (x)HTML

Ocorrências %Há declaração de DTD 221 79.8%Não há declaração de DTD 56 20.2% 277

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Mas a situação mais grave, dada a sua elevada extensão, é a existência de erros degramática da linguagem de marcação. Quase 90% das páginas analisadas têm maisde 25 erros de HTML nas suas páginas. Para além dos erros de (x)HTML é tambémelevado (> a 80%) o número de erros de CSS.

Ambos os pontos contribuem para a violação de um dos pontos de verificação dasWCAG 1.0 de prioridade 2:

3.2 - Crie documentos validando a notação com a gramática formalpublicada. (WCAG 1.0, prioridade 2).

Tabela 24 - % de páginas com erros de (x)HTML

Ocorrências %Nenhum erro 2 0.8%< de 10 erros 12 4.8%>=10 e <= 25 erros 18 7.3%> de 25 erros 216 87.1%

Total de páginas 248

Tabela 25 - % de Folhas de Estilo com erros de CSS

Ocorrências %Sem erros 44 17.2%Com erros 212 82.8%

Total de páginas 256

Em termos de versões da linguagem de marcação de hipertexto (HTML), pode-seafirmar que os municípios portugueses estão a usar, na grande maioria (80%), versõesactualizadas. Cerca de 50% usam mesmo versões de marcação de origem XML. Amais utilizada é XHTML 1.0 Transitional.

Tabela 26 - Versão (x)HTML utilizada

Ocorrências %XHTML 1.1 14 5.1%XHTML 1.0 Strict 6 2.2%XHTML 1.0Transitional 120 43.8%HTML 4.01 Transitional 82 29.9%HTML 4.01 Frameset 6 2.2%HTML 4.01 3 1.1%HTML 4.0 Transitional 42 15.3%HTML 3.2 final 1 0.4%Total de páginas 274

O aparecimento das folhas de estilo em cascata em meados da década de 90 do séculoXX (Andrew R. 2006), fez com que o W3C começasse a considerar obsoleto oselementos e os atributos que entretanto tinha adicionado às diversas versões da sualinguagem de marcação. Com a introdução das folhas de estilo, por via da linguagemde código CSS – Cascading Style Sheet, deu aos designers e editores Web apossibilidade de separarem as suas criações online em dois: por um lado a marcação

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da estrutura dos documentos feita em (x)HTML e por outro o seu estilo marcado viaCSS. Esta separação abriu novos horizontes de transformação da informação por partedos agentes de utilizador, nomeadamente das tecnologias de apoio usadas por pessoascom deficiência. Esta separação é, hoje, fundamental para que as tecnologias de apoioadeqúem correctamente a apresentação dos conteúdos às necessidades dosutilizadores, nomeadamente àqueles que têm necessidades especiais.

A pergunta que se põe é: até que ponto os sítios Web dos municípios portuguesesfazem esta separação clara entre estilo e estrutura dos documentos? Em cerca de42% das páginas não se localizaram elementos obsoletos mas em termos de atributosobsoletos a situação é bem mais grave. Em cerca de 96% das páginas analisadasforam detectados atributos obsoletos, sendo que em 85% das páginas a proliferaçãodeste tipo de atributos é mesmo superior a 10 por página.

Tabela 27 - Utilização de elementos de HTML para controlo da apresentação

Ocorrências %Não se utilizam elementos de apresentação 116 41.9%Utilizam-se de 1 a 5 elementos 61 22.0%Utilizam-se > 5 elementos 100 36.1% 277

Tabela 28 - Utilização de atributos de HTML para controlo da apresentação

Ocorrências %Não se utilizam atributos de apresentação 11 4.0%Utilizam-se de 1 a 10 atributos 32 11.5%Utilizam-se > 10 atributos 234 84.5% 277

Figura 18 - Utilização de elementos e atributos de apresentação no código (x)HTML

Para além dos elementos e atributos de apresentação que se tornaram obsoletos com oaparecimento das folhas de estilo (CSS), também a disposição dos elementos napágina, ou se preferirem no ecrã ou na impressora, passou a poder ser feita por via dasCSS. No entanto, é importante não esquecer que a Web esteve praticamente 5 anossem CSS e os criadores de páginas Web tiveram, também durante esse tempo,necessidade de disporem os elementos nas suas páginas. Encontraram um forte aliadopara isso: o elemento <table>. Num dos erros, já assumido por Tim Berners-Lee(Andrew R. 2006) - o de não ter dotado a linguagem de marcação de hipertexto, na suaorigem, de um método para atribuir estilo diversificado aos conteúdos – os designersWeb passaram a usar o elemento <table>, originalmente concebido para construirtabelas de dados, para formatar páginas: as chamadas tabelas-layout.

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A utilização de tabelas-layout é, assim, um erro que perdura vai para 20 anos. No casodo presente estudo verifica-se que, ainda depois de passados 15 anos de Tim Berners-Lee ter emendado a mão, mais de 90% das páginas faz uso do elemento <table>para dispor os elementos. Geralmente o uso de tabelas-layout não se resume àutilização de uma tabela por página. Na presente amostra constata-se que existemcerca de 29 tabelas-layout por página. Esta proliferação de tabelas é algo queprejudica a transformação dos conteúdos por parte das tecnologias de apoio,dificultando o acesso aos utilizadores que fazem uso destas tecnologias.

Tabela 29 - Utilização de CSS para estruturar layout de páginas Web

Ocorrências %Usa-se CSS e não há tabelas-layout 15 5.6%Usa-se CSS mas há >=1 tabela-layout 253 94.1%Não se usa CSS e não há tabelas-layout 0 0.0%Não se usa CSS e há >=1 tabela-layout 1 0.4%

Total de páginas 269

Tamanho de letra (unidade de medida)Em mais de 90% das páginas foram localizadas unidades de medida absolutas,nomeadamente a unidade de medida ‘px’. Esta unidade de medida representa umobstáculo ao redimensionamento do tamanho da letra, particularmente para osutilizadores do navegador Internet Explorer. Aliás, hoje em dia, a unidade de medida‘px’ é considerada absoluta apenas pelo Internet Explorer.

De notar ainda, da recolha de dados feita com o TAW, que 77,2% das páginas fazemuso de unidades absolutas para dimensionar os “contentores” de informação (width eheight), principalmente nas tabelas-layout. O TAW detecta uma média de 57 errosdeste tipo por página.

Tabela 30 - Unidades de medida absolutas no tamanho da letra

Ocorrências %Não se usam medidas absolutas 23 8.6%Usam-se medidas absolutas na CSS 146 54.3%Usam-se medidas absolutas nos atributos HTML 4 1.5%Usam-se medidas absolutas nos atributos HTML e nas CSS 96 35.7%

Total de Páginas 269

FormuláriosA inexistência de etiquetas (label) para os campos de edição é o dado mais relevanteda amostra no que diz respeito ao elemento formulário: 82% das páginas onde seencontraram formulários estão nesta situação. Uma vez que da amostra constam asprimeiras páginas, o mais provável é estarmos perante o formulário do motor de buscaem que apenas é colocado o campo de edição sem a correspondente etiqueta. Sejuntarmos a este dado, o facto de 81% das páginas em que foram localizados camposde edição não terem texto por defeito inserido (um requisito de prioridade 3), o maisprovável é que a generalidade dos utilizadores de tecnologias de apoio entrem nocampo de edição do motor de busca e não se apercebam disso. Isto é particularmenterelevante para os utilizadores de leitores de ecrã.

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Tabela 31 – Nº de páginas em que se encontram associações entre a <label>(etiqueta) e o <input> (campo de edição)

Ocorrências %Todas as <label> com for e os <input> com id 33 14.7%Todas as <label> com for mas nem todos os <input> têm id 1 0.4%<label> sem for e posicionamento não implicito 5 2.2%<input> sem <label> 186 82.7%

Total de páginas 225

Uma análise aos atributos do elemento <label> dá-nos também conta da elevadaquantidade de elementos sem o atributo ‘for’. Em 86% dos elementos <label> nãoexiste o atributo ‘for’ o que significa que não existe em 86%, com toda a certeza, aassociação explicita entre a etiqueta e o respectivo controlo.

<label for="mod_login_username" class="ja-login-user"><span>Nome de Utilizador</span><input name="mod_login_username" id="mod_login_username"type="text" class="inputbox"

alt="username" size="10" /></label>

Figura 19 - Exemplo correcto de uma associação implicita (<label> envolve campo <input>)e de uma associação explicita (feita com os atributos for e id). Exemplo retirado da página de

entrada do Município de Valpaços (http://www.valpacos.pt/portal/), com uma ligeira correcção: oatributo name = id.

Para mais informações sobre cuidados de acessibilidade a ter na marcação deformulários leia o tutorial: Como criar formulários acessíveis emhttp://www.acesso.umic.pt/tutor/form_1/index.htm.

Hiperligações e Listas de Hiperligações (Menus)Mais do que o uso do mesmo texto em múltiplas hiperligações de uma página, maisdo que hiperligações coladas, as hiperligações activadas apenas por via de javascriptsão ainda a principal barreira a quem usa tecnologias de apoio. Pelo TAW é possívelconstatar que 65,8% (173/263) das páginas de entrada dos municípios portuguesestêm hiperligações cuja activação depende de javascript.

Um outro aspecto também relevante, nos nossos dias, para quem usa tecnologias deapoio, nomeadamente leitores de ecrã, é a abertura de hiperligações em novas janelassem aviso prévio do utilizador. No caso dos municípios portugueses, o atributo“target” foi localizado em cerca de 20% das 28301 hiperligações compiladas.

Tabela 32 - Hiperligações com texto repetido que apontam destinos diferentes

Ocorrências %Páginas sem hiperligações com texto repetido 63 22.7%Páginas com mais de 3 hiperligações com texto repetido 214 77.3%

Total de páginas 277

Apesar dos dois aspectos inicialmento citados serem menos obstrutivos, em termos deacessibilidade, eles aparecem, no presente estudo, de forma muito expressiva:

- o uso do mesmo texto em múltiplas hiperligações com destinos diferentesé prática corrente nos municípios portugueses (mais de 77% das páginascontêm mais de 3 hiperligações com o mesmo texto). Falamos de links com

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textos como: “ver mais…”, “clique aqui”, “mais…”, etc;- o uso de hiperligações adjacentes, ou seja coladas umas às outras, é prática

em 77% das primeiras páginas.

Tabela 33 - Nº de páginas onde foram localizadas hiperligações adjacentes /colados

Ocorrências %Páginas sem links adjacentes 110 22.7%Páginas com links adjacentes 167 77.3% 277

Agrupar as hiperligações em listas é uma prática que deve ser usada na estruturaçãode todos os menus.

Pela informação recolhida automaticamente, é relevante constatar que em 53% daspáginas com mais de 25 hiperligações, 25% a 50% desses mesmos links encontram-se marcados em listas. Em princípio, isto é indiciador da boa prática de marcação detodos os menus como listas de opções do tipo:

<ul><li>opção 1</li><li>opção 2</li>

</ul>Figura 20 – Exemplo de marcação de um menu (lista de opções, ou seja lista de hiperligações

CabeçalhosA inexistência de uma marcação dos conteúdos que constituem cabeçalhos é a falhamais preponderante nas páginas de entrada dos municípios em termos estruturais.Cerca de 74% das páginas não têm um único cabeçalho marcado. Nas 36% daspáginas que utilizam a marcação de cabeçalhos, 48% fazem-no incorrectamente: ouutilizam mais do que um cabeçalho <h1> ou erram a ordem sequencial hierárquica(h1, h2, h3, h4, h5, h6) a que a sua utilização está obrigada.

Para validar a correcta utilização de cabeçalhos aconselha-se a usar a opção “outline”do validador de HTML do W3C existente em: http://validator.w3.org.

Tabela 34 - Nº de páginas em que se utilizam marcação de conteúdoscom cabeçalhos (<h1>...<h6>)

Ocorrências %Utiliza-se <h1> e a ordem está correcta 29 12.8%Utiliza-se <h1> mas a ordem não está correcta 13 5.7%Utiliza-se mais do que um <h1> 18 7.9%Não se utilizam cabeçalhos 167 73.6%

Total páginas 227

Idioma dos conteúdosEm matéria de acessibilidade há, no que diz respeito à marcação dos idiomas, duasregras. Uma delas, bastante simples de operacionalizar, principalmente para quem usasistemas de gestão de conteúdos: a marcação do idioma principal da página. A outraregra, bastante mais trabalhosa de implementar, é a marcação de todas as alteraçõesde idioma que ocorrem ao longo da página. Curiosamente, a mais simples de

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implementar é um ponto de verificação de prioridade 3 e a mais trabalhosacorresponde a um ponto de verificação de prioridade 1 das WCAG 1.0.

No ponto relativo ao uso de linguagens de marcação, já constatámos que as páginasde entrada dos municípios portugueses usavam maioritariamente linguagensactualizadas, de raíz XML. Quando tal sucede, a marcação do idioma principal dapágina faz-se recorrendo a dois atributos - lang e xml:lang - posicionados noelemento <html>. Algo como:

<html xmlns=”http://www.w3.org/1999/xhtml” lang=”pt-PT” xml:lang=”pt-PT”>

Figura 21 - Exemplo de marcação do idioma principal em Português, na sua variante Europeia,numa página XHTML.

Tendo em atenção a aplicação destes dois atributos constata-se que 77% das páginasde entrada dos municípios não faz a marcação do idioma principal.

Tabela 35 - Identificação do idioma principal da página

Ocorrências %Correctamente identificado 60 21.7%Usa-se lang mas a DTD é XHTML e falta xml:lang 3 1.1%Não se utiliza nem lang nem xml:lang 214 77.3%

Total de páginas 277

Relativamente à mudança de idioma ao longo da página, a ferramenta por nósutilizada (eXaminator) permite quantificar quantas vezes numa página ele foiutilizado. Foi assim possível determinar que a mudança de idioma ocorreu em 30páginas da amostra, ou seja em cerca de 10% das páginas de entrada.

A marcação de idioma revela-se hoje em dia útil para os utilizadores de leitores deecrã, nomeadamente para selecção do idioma do sintetizador de fala a usar para leiturade uma página ou de um excerto de uma página. Esta técnica é igualmente usadapelos leitores de ecrã para seleccionar a tabela de caracteres braille adequada a umdeterminado idioma. Hoje em dia os sistemas de indexação de informação na Web,como é o caso do Google, fazem igualmente uso desta marcação.

Teclas de atalho e saltos nas páginasOs utilizadores com necessidades especiais solicitam com frequência às suastecnologias de apoio o varrimento da página de uma forma não linear. Podem solicitaro varrimento, leitura, por cabeçalhos, por parágrafos, por listas, por formulários, portabelas e também recorrendo a bookmarks (marcas-referência) que lhes permitemdireccionar a sua tecnologia e consequentemente a sua leitura para um determinadolocal da página.

Geralmente estas ‘marcas-referência’ estão relacionadas com as teclas de atalho. Éhoje comum termos 3 teclas de atalho: uma tecla de atalho para o motor de busca (alt1), uma tecla de atalho para o corpo da página (alt 2) e uma tecla de atalho para omenu principal (alt 3). Esta é uma lógica que deriva do Teste do Camião (Trunk Test)de Steve Krug expressa no seu livro “Don’t Make Me Think” (Krug S. 2000: 87). Estaseria uma boa prática a implemntar nos municípios portugueses.

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No caso dos municípios portugueses não é, de todo, prática corrente o uso de teclas deatalho, nem a utilização de “marcas-referência” que permitam dar saltos na página.Em 78% das páginas não se usam teclas de atalho e nas páginas com mais de 125links, cerca de 83% delas não faz uso de marcas-referência.

Tabela 36 - Nº de páginas com teclas de atalho em elementos activos

Ocorrências %Usam-se teclas de atalho 54 19%Usam-se teclas de atalho em excesso (> 10) 8 3%Não se usam teclas de atalho em nenhum doselementos activos (a,input,area); nº elementos <75

110 40%

Não se usam teclas de atalho em nenhum doselementos activos; nº elementos > 75

105 38%

Total de Páginas 277

Tabela 37 - Bookmarks (marcas-referência) ou hiperligações que permitem saltarpor entre a informação da página

OcorrênciasPags sem

BookmarkTotal

páginas% (sem

book)Bookmarks (> 25 e < 75 links) 95 127 75%Bookmarks (> 75 e < 125 links) 59 71 83%Bookmarks (> 125 links) 40 51 78%

Tabelas de dadosDo total das tabelas localizadas (8922) o eXaminator infere que apenas cerca de 1%delas possam estar a ser usadas como tabelas de dados. Quando observamos oelemento <table> por página, verificamos que 81% das páginas que fazem uso detabelas, estas não têm os cabeçalhos identificados, prática que deve ser usada emtabelas-layout. Por oposição, este resultado também significa que em 19% das páginashá tabelas com cabeçalhos marcados, o que poderá indiciar a presença de tabelas dedados.

O eXaminator localiza apenas uma página onde todas as tabelas aí existentes seencontram com as colunas-cabeçalho identificadas. Trata-se da página de entrada doMunicípio de Miranda do Douro. A análise manual a essa página permitiu constatarnessa página a existência de um calendário cujos cabeçalhos, ou seja os dias dasemana, se encontram correctamente marcados pelo elemento <th> (table header). Oscalendários são, efectivamente, um tipo de conteúdo que configura aquilo a que sedesigna informação tabular, e que deve ser marcada com uma tabela de dados.

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Figura 22 - Exemplo de uma tabela de dados com as células cabeçalho correctamenteidentificadas. Retirado de Câmara Municipal de Miranda do Douro: http://www.cm-mdouro.pt/.

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Conclusões e RecomendaçõesApresentam-se a seguir as principais conclusões do presente estudo, organizadas emduas grandes secções:

• Conclusão e discussão dos resultados, em que se evidenciam os principaisresultados e se confrontam os dados com estudos similares.

• Recomendações, em que se deixa uma síntese das principais acções a ter emconta para corrigir as falhas encontradas.

Conclusão e discussão dos resultados

Universo de sítios em análiseEm 2007, apenas a Câmara Municipal de Velas e a Câmara Municipal de Ourique nãodispunham de sítio online. No entanto, dos 306 Municípios online, apenas 287 foramrealmente analisados, uma vez que 3 se encontravam “em construção”, 5 “emreestruturação” e 11 apresentavam “erro no acesso” (Santos L. 2008).

Tabela 38 - Evolução dos sítios Web Municipais online (1999 – 2009)

AnoX = Nº de

URLs%

(x/308)

1999 153 49.7%

2001 222 72.1%

2003 259 84.1%

2005 303 98.4%

2007 306 99.4%

2009 307 99.7%

Dois anos depois, verifica-se, no presente estudo, que são 307, os municípios compresença na Internet. Todavia, todos têm URL. Não está na Web o município de VilaFlor. Em 2007, o estudo da Universidade do Minho dava conta que havia apenas 2municípios sem presença na Internet, mas não conseguiu aceder a 11 sítios. Ou seja,na realidade é como se 13 autarquias não tivessem presença na Internet. Secompararmos estes treze sítios de 2007 com o único caso de 2009, verifica-se que apresença online dos municípios portugueses, em 2009, é substancialmente melhor. Narealidade falta apenas um município para se atingir o pleno.

Relativamente aos sítios em construção, dos 307 municípios online, 6 têm o sítioWeb “em construção”. Menos dois que em 2007 (Santos L. 2008)7. O ano de 2009,em termos de presença online dos municípios portugueses, revela-se o melhor ano desempre, com 301 sítios Web em pleno funcionamento, ou seja 98%.

Símbolo de Acessibilidade à WebEm 2005 (Santos L. 2006) 19% das páginas de entrada dos sítios Web municipaistinham afixado o símbolo de acessibilidade à Web. Em 2009 o número de sítios Web

7 Os 8 sítios “em construção” resultam do somatório dos sítios “em construção” comos sítios “em reestruturação” que constam do estudo citado.

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municipais com o símbolo ascende a 37,1%. Apesar dos estudos mais recentes sobre apresença online das autarquias portuguesas não disporem deste indicador (Santos L.2008), tudo nos leva a crer que a sua expressão é positiva, quando comparada comaquilo que se encontra na generalidade dos estudos da Administração Directa eIndirecta do Estado. Nestes últimos, o valor mais expressivo é de 33.1%, verificadoem 2003 (Accenture 2003).

De salientar também que ambas as Resoluções do Conselho de Ministros sobre o temada acessibilidade Web, a RCM 97/99 de 26 de Agosto e a RCM 115/07 de 2 deOutubro, têm como grupo-alvo a Administração Directa e Indirecta do Estado, o quetorna o valor alcançado neste indicador pelos municípios portugueses algo deverdadeiramente excepcional.

Conformidade para com as WCAG 1.0

No presente estudo o nível de sítios Web em conformidade ‘A’ para com as WCAG1.0 do W3C oscila consoante o validador automático utilizado. Medido com o TAW,são 12 as páginas de entrada dos municípios que passam a bateria de testes para ospontos de verificação de prioridade 1. Se usarmos o eXaminator, são 5. O porquê dadiferença encontra-se explicado no ponto relativo à “Conformidade” deste relatório(ver Tabela 9 eTabela 10). Embora não se possa tomar nenhum dos valores (1.7% ou4.1%) como “o verdadeiro” mas apenas como um indicador de tendência, a análisemanual feita aos 7 sítios que se encontram na diferença permitem afirmar, no presenteestudo, que o indicador de conformidade ‘A’ recolhido pelo eXaminator é maisreal do que o inferido pelo TAW.

Tomando o valor obtido como indicador de uma tendência, constata-se que ele é, porsi só, baixo, mas quando comparado com outros estudos congéneres verifica-se queele é, também, dos mais baixos recolhidos em Portugal.

Os estudos feitos no passado em Portugal foram igualmente feitos com o suporte deferramentas automáticas cujas métricas estão mais próximas do TAW do que doeXaminator. O estudo sobre as 1000 maiores empresas portuguesas (Gonçalves R.2009) foi mesmo feito com a mesma versão do TAW: o TAW 3.08. Os outros estudosanteriores foram feitos com o Bobby, cujas métricas são similares ao TAW8.

Tendo em conta esta configuração, verifica-se que os 4.1% dos municípiosportugueses em conformidade ‘A’ do presente estudo contrastam, mesmo assim, comos resultados obtidos no passado: 15% dos sítios dos municípios em 2005 (Santos L.2006), 13.8% dos sítios da Administração Directa e Indirecta do Estado na Internetem 2003 (Accenture 2003), 9.4% das 1000 maiores empresas portuguesas em 2009(Gonçalves R. 2009).

8 A versão 3.02 do Bobby tinha os seguintes testes de prioridade 1 implementados:

• “Provide alternative text for all images” (1.1);• “Provide alternative text for each APPLET” (1.1);• “Provide alternative text for all image-type buttons in forms” (1.1);• “Provide alternative text for all image map hot-spots” (1.1);• “Each FRAME must reference an HTML file” (6.2);• “Give each frame a title” (12.1).

A violação de um qualquer destes pontos resultava num erro de prioridade 1. Comexcepção de “Provide alternative text for each APPLET”, todos os outros estãoigualmente implementados no TAW 3.08.

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Geralmente, os estudos de acessibilidade dos conteúdos da Web ficam-se pelasconclusões relativas ao nível de conformidade, nº de erros em cada um desses níveis epela recolha da presença do símbolo de acessibilidade à Web na primeira página.

Mesmo a nível europeu, o único estudo que desmonta os níveis de conformidade e ospróprios pontos de verificação foi publicado em 2005 aquando da Presidência daUnião Europeia pelo Reino Unido com o título “eAccessibility of public sectorservices in the European Union” (UK Presidency 2005). Os valores globais mostramtendências de conformidade para com as WCAG 1.0 semelhantes ao presente estudo:3% com conformidade ‘A’ e nenhum dos 436 sítios com ‘AA’.

Ao confrontar algumas das suas métricas com as recolhidas no presente estudoverificamos que a natureza das falhas encontradas e a respectiva extensão sãosemelhantes. A falha de legenda nas imagens é ligeiramente mais grave nosmunicípios portugueses do que a detectada nos serviços públicos dos EstadosMembros da União Europeia: 80% vs 64%; que a legendagem das áreas dos mapas deimagem é ligeiramente melhor: 40% vs 50%; páginas sem cabeçalhos é bastante piornos municípios portugueses: 74% vs 28%; erros de HTML: 90% vs 100% e níveisiguais de código obsoleto na ordem dos 95%.

Perante os resultados de conformidade alcançados o que é afinal necessário fazer?Quais são, afinal, os principais problemas encontrados nas páginas dos municípiosportugueses? É essa pergunta, que exige uma resposta qualitativa, que nos fez, nopresente estudo, usar o eXaminator e retirar, do próprio TAW, um outro tipo de dados(não ao nível da conformidade mas ao nível dos pontos de verificação). Essa recolhaqualitativa permite apresentar a seguir um conjunto de 14 recomendações ao nível dosdiversos elementos que compõem um conteúdo Web. Para cada um deles apresenta-setambém a situação encontrada nos sítios das autarquias.

Recomendações

Imagens

## Recomendação 1 – legende todas as imagens, mapas de imagens e botõesgráficos.

Situação encontrada:

81,7% (215/263) das páginas de entrada dos municípios portugueses com presença naInternet violam o ponto de verificação 1.1 das WCAG 1.0 (recolha efectuada com oTAW). Entre outros elementos, incluem-se neste ponto a legendagem de imagens,mapas de imagem e botões gráficos.

Dos dados recolhidos pelo eXaminator é possível discriminar este resultado por cadaum destes 3 elementos e concluir que a situação não é uniforme:

• em 80% das páginas há imagens sem legenda;• em 40% das páginas há botões gráficos sem legenda;• em 24% das páginas há áreas de mapas de imagem sem legenda.

Relativamente ao primeiro elemento, os resultados do eXaminator permitem aindaanalisar com mais atenção a extensão do problema. Das 15395 imagensinspeccionadas pelo validador, no total da amostra, 61,1% delas têm legenda. Estedado curioso, à primeira vista incongruente, revela simplesmente que a legendagem

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das imagens não está a ser consistentemente colocada em todas elas. É de notar que11% das páginas têm apenas 1 imagem por legendar e 69% têm 2 ou mais imagenspor legendar.

Javascript

## Recomendação 2 – para todas as funcionalidades que façam uso de tecnologiajavascript tenha sempre em atenção dois cuidados:

(1) verifique que é possível manusear os diversos elementos/funcionalidadesjavascript com o rato e com o teclado e;

(2) verifique que os conteúdos/funcionalidades se encontram disponíveis quandose desactiva o suporte para javascript.

Situação encontrada:

Quanto ao primeiro aspecto, verifica-se que dos manipuladores de eventos utilizadosnas páginas é possível concluir que para 10 implementações de manipuladores do tipodispositivo-dependente apenas há 1 implementação com manipuladores dispositivo-independente. No caso das soluções redundantes, o rácio é na ordem dos 4 para 1, ouseja em 4 implementações apenas uma contém uma abordagem redundante (utilizávelcom rato ou com teclado).

Quanto ao segundo aspecto, cerca de 80% dos sítios não disponibilizam umaimplementação alternativa ao javascript. Uma vez que estamos a falar de páginas deentrada é importante verificar se esta tecnologia não estará a controlar elementoscomo os menus principais. Da análise manual efectuada verificou-se que 2 em 7municípios usam esta tecnologia para este efeito, ou seja, algo como 60 municípios.

Sítios em Flash

## Recomendação 3 – evite construir páginas totalmente dependentes de tecnologiaFlash. Sempre que o faça recomendamos que observe o ponto de verificação 11.4 deprioridade 1 das WCAG 1.0 (tome nota que não se trata de uma versão texto dapágina):

Se, depois de todos os esforços, não conseguir criar uma página acessível,forneça um link para uma página alternativa que use as tecnologias W3C nasua versão acessível, com informação equivalente (ou com as mesmasfuncionalidades), que seja actualizada tantas vezes quantas as páginasinacessíveis (originais).

Situação encontrada:

Apenas 2.7% das páginas de entrada dos municípios portugueses na Internet estãoconstruídos totalmente em tecnologia Flash.

Inserção de elementos multimédia

## Recomendação 4 – para inserir objectos multimédia use o elemento <object> edisponibilize um equivalente alternativo sincronizado (legendagem, língua gestual,áudiodescrição) e/ou no corpo do elemento <object> (transcrição textual, legenda,descrição longa). Evite o uso do elemento <embed> mas se o usar disponibilize oequivalente alternativo em <noembed>.

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Situação encontrada:

No caso dos municípios portugueses verifica-se que em 10 utilizações do elemento<object> usa-se, de forma redundante, o elemento <embed> em 9 dos casos. Apesardeste último não fazer parte das especificações do W3C, o seu uso não se revela gravepara a acessibilidade. Mais grave é a inexistência de concepções equivalentes quesirvam todos aqueles, que por qualquer razão, não consigam aceder ao elementomultimédia: 96% das páginas de entrada dos sítios dos municípios portugueses fazuso de <embed> mas não usa <noembed>, ou seja não constroi um equivalentealternativo.

Hiperligações

## Recomendação 5 – não faça depender a activação das hiperligações da existênciade suporte para javascript. Evite a utilização de textos iguais para hiperligações comdestinos diferentes, nomeadamente não compreensíveis fora do contexto como:“clique aqui”, “saiba mais” ou “mais...”.

Situação encontrada:

Pelo validador TAW é possível constatar que 65,8% (173/263) das páginas de entradados municípios portugueses têm hiperligações cuja activação depende de javascript.Este tipo de construções, mesmo quando os browsers têm javascript activo,costumam dificultar o acesso às tecnologias, nomeadamente às tecnologias de apoiousadas por pessoas com deficiência. É usual os utilizadores cegos queixarem-se que oseu leitor de ecrã não localiza facilmente hiperligações cuja activação depende destatecnologia.

Mais de 77% das páginas contêm mais de 3 hiperligações com texto igual cujo destinoé diferente.

Frames

## Recomendação 6 – Evite a utilização de construções que assentem no elemento<frame>. Em vez disso faça uso de CSS. Caso use <frame> não se esqueça de rotularcada frame (atributo title) – ponto de verificação 12.1 de prioridade 1 das WCAG 1.0– e de disponibilizar uma versão alternativa, sem frames, usando para o efeito oelemento <noframes>.

Situação encontrada:

O elemento <frame> foi localizado em 5.5% (21/380) das páginas.

Relativamente à utilização do atributo title verifica-se que em todas as páginas ondeforam localizados <frame>, havia pelo menos um atributo title em falta. Ou seja,todas as páginas dos municípios que fazem uso de Frames violam esta regra deprioridade 1.

Em 95% das páginas onde existem Frames há, hipoteticamente, uma construçãoalternativa equivalente. Usa-se o termo hipoteticamente porque o validadoreXaminator demonstra, mesmo automaticamente, que tal hipótese é falsa. 10% doselementos <noframes> estão vazios e 76% não têm um único link. Conclui-se que oelemento <noframes> em 86% das páginas não serve de equivalente alternativo a

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quem não consiga, por qualquer razão, aceder aos conteúdos existentes nos Frames.

Gramática de (X)HTML e CSS

## Recomendação 7 – Crie documentos validando a notação com a gramáticaformal publicada (ponto de verificação 3.2 de prioridade 2 das WCAG 1.0). Separeintegralmente o conteúdo estruturado (i.e. HTML) do estilo (i.e. CSS) do documento.

Situação encontrada:

Cerca de 20% das páginas analisadas não contemplam a referência à versão dalinguagem HTML utilizada. Isto faz com que os agentes de utilizador, nomeadamenteos browsers, escolham uma versão, por defeito, - guess work - para interpretarem osconteúdos existentes na página, o que, por si só, é potenciador de problemas deacesso.

Mas a situação mais grave, dada a sua elevada extensão, é a existência de erros degramática da linguagem de marcação. Quase 90% das páginas analisadas têm maisde 25 erros de HTML.

80% dos municípios portugueses usam versões actualizadas de HTML – Linguagemde Marcação de HiperTexto. Cerca de 50% usam mesmo versões de marcação deorigem XML. A mais utilizada é XHTML 1.0 Transitional (44%).

Para além dos erros de (x)HTML é também elevado (> a 80%) o número de errospresentes nas folhas de estilo. 58% das páginas analisadas usam elementos obsoletos e96% usam atributos obsoletos. Em 85% das páginas a proliferação deste tipo deatributos é mesmo superior a 10 por página. Isto demonstra que as páginas HTMLestão ainda cheias de elementos e atributos que deveriam estar colocados na folha deestilo (CSS) externa.

Tabelas de dados e tabelas-layout

Recomendação 8 – Não use o elemento <table> para construir layouts de páginas.Em vez disso, use CSS para posicionar os elementos na página.

Situação encontrada:

O elemento <table> foi criado por Tim Berners-Lee para formatar tabelas de dados.No entanto, desde muito cedo que este elemento passou também a servir de estruturapara formatar páginas. O posicionamento dos elementos por CSS é possível, substituio uso de tabelas-layout, torna a manutenção das páginas mais fácil e agiliza atransformação dos conteúdos por parte dos agentes de utilizador, requisitofundamental para a acessibilidade dos conteúdos.

Da observação dos validadores de acessibilidade actuais, nomeadamente do TAW e doeXaminator, constata-se que um conteúdo que tenha pretensões de estar emconformidade “AAA” ou mesmo “AA” não pode usar o elemento <table> paraorganizar layouts de páginas.

No caso dos municípios portugueses, mais de 90% das páginas fazem uso doelemento <table> para dispor os elementos na página. Geralmente, o uso de tabelas-layout não se resume à utilização de uma tabela por página. Na presente amostraconstata-se que existem, em média, cerca de 29 tabelas-layout por página.

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Do total de tabelas localizadas (8922) o eXaminator infere que apenas cerca de 1%delas possam estar a ser usadas como tabelas de dados.

Unidades de medida

## Recomendação 9 – Evite a utilização de unidades de medida absolutas. No casodo tamanho das letras use apenas medidas relativas.

Situação encontrada:

Pelos testes efectuados pelo eXaminator constata-se que em mais de 90% das páginasexistem tamanhos de letra que recorrem à unidade de medida “absoluta” px. Dostestes feitos pelo TAW resulta que 77,2% dos sítios usam medidas absolutas nodimensionamento dos diversos elementos existentes na página. O ponto de verificação3.4 de prioridade 2 das WCAG 1.0 é particularmente importante para pessoas combaixa visão que necessitam com alguma frequência de solicitar a ampliação deconteúdos ao próprio browser.

Formulários

## Recomendação 10 – Associe explicitamente os rótulos aos respectivos controlos.A associação define-se por efectuar explicitamente no código uma associação entre orótulo (<label for=”associar”>) e o controlo (<input id=”associar”name=”associar”>). A associação é feita entre os dois elementos pelos respectivosatributos ‘for‘ e ‘id’ (ponto de verificação 12.4 de prioridade 2 das WCAG 1.0).

Situação encontrada:

A inexistência de etiquetas (label) para os campos de edição é o dado mais relevanteda amostra no que diz respeito ao elemento formulário: 82% das páginas onde seencontraram formulários estão nesta situação. Uma vez que da amostra constam asprimeiras páginas, o mais provável é estarmos perante o formulário do motor de buscaem que apenas é colocado o campo de edição sem a correspondente etiqueta.

Menus como listas

## Recomendação 11 – Faça uso da correcta notação para as listas (<ul>...<ol>) epara os seus pontos de enumeração (<li>). Aconselha-se a sua utilização em todos osmenus existentes nas páginas. O aspecto visual do menu, construído como lista, deveser controlado por CSS, quer se trate de um menu com disposição vertical ouhorizontal (ponto de verificação 3.6 de prioridade 2 das WCAG 1.0).

Situação encontrada:

Pela informação recolhida automaticamente, é relevante constatar que em 53% daspáginas com mais de 25 hiperligações, 25% a 50% dessas hiperligações encontram-semarcadas em listas. Atendendo a que estamos a analisar as primeiras páginas dossítios, podemos inferir que cerca de metade das páginas contêm menus que seencontram marcados como listas.

Cabeçalhos

## Recomendação 12 – Use os elementos cabeçalho (<H1>...<H6>) para transmitir

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a estrutura dos documentos e utilize-os de acordo com as especificações (ponto deverificação 3.5 de prioridade 2 das WCAG 1.0).

Situação encontrada:

A inexistência de uma marcação dos conteúdos que constituem cabeçalhos é a falhaestrutural mais preponderante nas páginas de entrada dos municípios. Cerca de 74%das páginas não têm um único cabeçalho marcado. Nos 36% das páginas queutilizam a marcação de cabeçalhos, 48% fazem-no incorrectamente: ou utilizam maisdo que um cabeçalho <h1> ou erram a ordem sequencial hierárquica (h1, h2, h3, h4,h5, h6).

Idioma principal da página

## Recomendação 13 – Identifique o idioma principal do documento (ponto deverificação 4.3 de prioridade 3 das WCAG 1.0). Identifique claramente quaisqueralterações de idioma no texto de um documento (ponto de verificação 4.1 deprioridade 1 das WCAG 1.0).

Situação encontrada:

77% das páginas de entrada dos municípios portugueses não têm o idioma principalmarcado. Relativamente à mudança de idioma ao longo da página, a ferramenta pornós utilizada (eXaminator) permite quantificar quantas vezes numa página ele foiutilizado: em 30 páginas da amostra foram encontradas mudanças de idiomamarcadas, ou seja em cerca de 10% da amostra de páginas.

Teclas de atalho

## Recomendação 14 – Utilize teclas de atalho para encaminhar o utilizador parazonas-chave da página. Actualmente consideram-se zonas-chave [definidas a partir doTrunk Test de Steve Krug (Krug S. 2000)]: o motor de busca, o corpo principal dapágina e o menu principal.

Situação encontrada:

No caso dos municípios portugueses não é, de todo, prática corrente o uso de teclas deatalho, nem a utilização de “marcas-referência” que permitam dar saltos na página.Em 78% das páginas não se usam teclas de atalho e nas páginas com mais de 125links, cerca de 83% delas não faz uso de marcas-referência (bookmarks).

Referências

Accenture. (Dezembro 2003). Relatório Final - Avaliação Externa de Web Sites dosOrganismos da Administração Directa e Indirecta do Estado. 2ª edição. Retirado em14 de Julho de 2009 de http://www.acesso.umic.pt/estudos/accenture_2003.pdf.

Accenture. (Fevereiro 2002). Relatório Final - Avaliação Externa de Web Sites dosOrganismos da Administração Directa e Indirecta do Estado. Retirado em 14 deJulho de 2009 de http://www.acesso.umic.pt/estudos/accenture_2002.doc.

Andrew R. & Shafer D. (2006). HTML Utopia: Designing without tables using CSS(2nd Edition). Vitoria (Austrália): SitePoint Pty. Ltd.

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Chisholm W., Vanderheiden G. & Jacobs I. (1999). Directrizes de Acessibilidadepara o Conteúdo da Web 1.0. Retirado em 14 de Julho de 2009 dehttp://www.utad.pt/wai/wai-pageauth.html.

Gonçalves R., Pereira J., Martins J., Mamede H. & Santos V. (Setembro 2009).Acessibilidade Web: ponto de situação das maiores empresas portuguesas.Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação.Retirado em 18 de Setembro de 2009 dehttp://www.apdsi.pt/contents/files/2009/09/18/9648e02ac569cdf79a14f80c5dfed756.pdf.

Krug S. (2000). Don’t Make Me Think: a common sense approach to Web usability.Indianapolis (EUA): New Riders Publishing.

Oliveira J., Santos L. & Amaral L,(2003). Guia de Boas Práticas na Construção de Web Sites da Administração Directa e Indirecta. Guimarães: Gávea - Laboratório de Estudo eDesenvolvimento da Sociedade da Informação da Universidade do Minho. Retirado a2 de Julho 2009 de http://hdl.handle.net/1822/306.

Santos L. & Amaral L. (2006). A presença na Internet das câmaras municipaisportuguesas 2005. Lisboa: UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento.Retirado a 2 de Julho 2009 de http://hdl.handle.net/1822/9079.

Santos L. & Amaral L. (2008). Presença na Internet das câmaras municipaisportuguesas em 2007: estudo sobre local eGovernement em Portugal. Guimarães:Gávea - Laboratório de Estudo e Desenvolvimento da Sociedade da Informaçãoda Universidade do Minho. Retirado a 2 de Julho 2009 dehttp://hdl.handle.net/1822/8443.

UK Presidency of EU 2005. (Novembro 2005). eAccessibility of public sectorservices in the European Union. Retirando em 20 de Outubro 2007 dehttp://fastlink.headstar.com/coi2.

W3C/WAI. (2008). Preliminary Review of Web Sites for Accessibility. Retirado em 14de Julho 2009 de http://www.w3.org/WAI/eval/preliminary.html.

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Anexos

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Anexo I - Recolha dos dados eXaminator dos Municípios Portugueses entre 15 de Junho e 31 de Agosto de

2009.

Directório: Municípios 2009 (recolha feita entre 15 Junho a 31 Agosto)

Recolha de dados (R = nº de páginas - casos típicos)

Teste Ocorrências R %rPonto de

verificaçãoP1 P2 P3

Todas as imagens têm alt 56 20%

Há uma imagem sem texto alternativo 30 11%1. Texto alternativo nas imagens.

Há várias imagens sem texto alternativo 191 69%

WCAG 1.1 x

Todos os botões gráficos têm o atributo alt 51 60%

Há um botão gráfico sem texto alternativo 26 31%2. Texto alternativo nos botões gráficos.

Há vários botões gráficos sem texto alternativo 8 9%

WCAG 1.1 x

Todas as áreas têm o atributo alt 19 76%3. Texto alternativo nas áreas de um mapa de imagem.

Há áreas sem o atributo alt 6 24%WCAG 1.1 x

Usam-se vários <script> no <body> e todos estão acompanhados de <noscript> 9 4%

Usa-se <script> no <body> e <noscript> 39 16%

Usa-se <script> no <body> mas não se usa <noscript> 42 17%

Usa-se <script> no <body> mas o <noscript> está vazio 2 1%

4. Conteúdo alternativo para scripts.

Usam-se vários <script> no <body> e não existe nenhum <noscript> 156 63%

WCAG 1.1 x

Utiliza-se <embed> acompanhado de <noembed> 4 4%5. Conteúdo alternativo para elementos embutidos.

Utiliza-se <embed> sem <noembed> 102 96%WCAG 1.1 x

Utiliza-se <applet> com texto alternativo 0 0%6. Conteúdo alternativo para applets.

Utiliza-se <applet> sem texto alternativo 1 100%WCAG 1.1 x

Usa-se um elemento flash 9 69%7. Utilização de Flash.

Usam-se vários elementos flash 4 31%WCAG 1.1 x

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Teste Ocorrências R %rPonto de

verificaçãoP1 P2 P3

Usa-se <iframe> com conteúdo alternativo 4 14%8. Conteúdos alternativos para iframe.

Usa-se <iframe> sem conteúdo alternativo 24 86%WCAG 1.1 x

9. Ficheiros de som. Há ficheiros de som entrelaçados na página 2 -- WCAG 1.1 x

10. Ficheiros multimédia.Há ficheiros multimédia entrelaçados na página. Deve-se verificar se existem textos ou conteúdosalternativos adequados

3 -- WCAG 1.1 x

11. Mapas de imagem do tipo servidor. Utilizam-se mapas de imagem do tipo servidor 1 -- WCAG 9.1 x

Há links redundantes às áreas 2 8%12. Links redundantes para áreas.

Não há links redundantes às áreas 23 92%WCAG 1.5 x

Não se localizaram cores de fundo nem cores de texto afixadas no código html 0 0%

13. Informação transmitida através da cor.Não se localizaram cores de fundo nem cores de texto afixadas no código html, mas existemimagens/multimédia, pelo que se deve verificar também as cores das imagens e dos objectosmultimédia

1 100%

WCAG 2.1 x

Definição de cores de texto na CSS 0 0%

Definição de cores de texto na CSS + Localizaram-se imagens 0 0%14. Contraste das cores.

Definição de cores de texto no HTML 127 100%

WCAG 2.2 x

15. Uso de imagens quando existe uma linguagem deprogramação apropriada para as substituir.

Não se usam imagens 0 -- WCAG 3.1 x

Há declaração de DTD 221 80%16. Declaração do tipo de documento/Sintaxe.

Não há declaração de DTD 56 20%WCAG 3.2 x

Nenhum erro 2 1%

Menos de 10 erros 12 5%

Entre 10 e 25 erros 18 7%17. Validação do código (X)HTML.

Mais de 25 erros 218 87%

WCAG 3.2 x

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Teste Ocorrências R %rPonto de

verificaçãoP1 P2 P3

Nenhum erro de CSS 44 17%18. Validação do código das folhas de estilo CSS.

CSS contém erros 212 83%WCAG 3.2 x

Não se utilizam elementos de apresentação HTML 116 42%

Usam-se entre 1 e 5 elementos de apresentação HTML 61 22%19. Elementos HTML de apresentação.

Usam-se mais de 5 elementos 100 36%

WCAG 3.3 x

Não se utilizam atributos de apresentação HTML 11 4%

Usam-se entre 1 e 10 atributos de apresentação HTML 32 12%20. Atributos de apresentação.

Usam-se mais de 10 atributos de apresentação HTML 234 84%

WCAG 3.3 x

Usa-se CSS e não há tabelas-layout 17 6%

Usa-se CSS mas há >= 1 tabela-layout 259 94%

Não se usa CSS e não há tabelas-layout 0 0%21. Utilização de CSS.

Não se usa CSS e há >= 1 tabela-layout 1 0%

WCAG 3.3 x

Não se usam medidas absolutas 23 8%

Usam-se medidas absolutas nas CSS 150 54%

Usam-se medidas absolutas nos atributos HTML 4 1%22. Utilização de medidas absolutas.

Usam-se medidas absolutas nos atributos HTML e nas CSS 100 36%

WCAG 3.4 x

Usa-se h1 e a ordem dos cabeçalhos está correcta 29 13%

Usa-se h1 mas a ordem dos cabeçalhos está incorrecta 13 7%

Há mais do que um h1 18 10%23. Utilização de cabeçalhos.

Não se usam cabeçalhos 167 84%

WCAG 3.5 x

24. Utilização de listas. Existe <li>, <dt> ou <dd> mas não existe <ul>, <ol> ou <dl> 1 -- WCAG 3.6 x

25. Citações devidamente codificadas. Existe BLOCKQUOTE ou Q com atributo CITE e/ou LANG 0 -- WCAG 3.7 x

26. Mudanças de idioma ao longo da página. Foram identificadas na página algumas mudanças de idioma 31 -- WCAG 4.1 x

27. Identificação de abreviaturas ou acrónimos. Existe pelo menos 1 acrónimo (<acronym>) ou abreviatura (<abbr>) 3 -- WCAG 4.2

x

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Teste Ocorrências R %rPonto de

verificaçãoP1 P2 P3

Identifica-se o idioma principal: em HTML (lang); em XHTML (lang e xml:lang); em XHTML 1.1(xml:lang)

60 22%

Usa-se LANG mas a DTD é XHTML e falta xml:lang 3 1%

A DTD é XHTML mas lang é diferente de xml:lang 0 0%

28. Identificação do idioma principal da página.

Não se utiliza lang nem xml:lang 214 77%

WCAG 4.3 x

Todas as tabelas têm células de cabeçalho 1 0%

Alguma(s) tabela(s) não têm células de cabeçalho 33 13%29. Cabeçalhos em tabelas de dados.

Nenhuma tabela tem células de cabeçalho 227 87%

WCAG 5.1 x

Todas as células de cabeçalho têm atributos de associação 23 68%

Algumas células de cabeçalho e de dados têm atributos de associação 0 0%

Apenas algumas células de cabeçalho têm atributos de associação 0 0%

Nenhuma das várias células de cabeçalho têm atributos de associação 10 29%

30. Atributos de associação nas células.

Nenhuma célula de cabeçalho tem atributos de associação 1 3%

WCAG 5.2 x

Não existem tabelas-layout 16 6%

Há tabelas e algumas são layout 33 12%

Há <= 5 tabelas-layout 64 23%

31. Utilização de tabelas para maquetar a página(tabela-layout).

Há > 5 tabelas-layout 163 59%

WCAG 5.3 x

Todas as tabelas de dados têm o atributo summary 11 21%

Há tabelas de dados e apenas algumas delas têm o atributo summary (localizou-se <caption> às vezes 0 0%

Há tabelas de dados e apenas algumas delas têm o atributo summary 23 43%32. Summary/Resumos nas tabelas de dados.

Há tabelas e algumas têm o atributo summary sem serem tabelas de dados 19 36%

WCAG 5.5 x

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Teste Ocorrências R %rPonto de

verificaçãoP1 P2 P3

33. Abreviaturas nas células de cabeçalhos. Usa-se pelo menos uma abreviatura numa tabela de dados 13 -- WCAG 5.6

x

34. Links activados com javascript. Há links que são activados unicamente através de <script> 183 -- WCAG 6.3 x

Usam-se apenas manipuladores independentes 18 8%

Usam-se manipuladores de forma redundante 0 0%

Usam-se manipuladores dependentes sem redundância 81 35%35. Manipulação de eventos.

Usam-se manipuladores dependentes exclusivamente do rato 132 57%

WCAG 6.4 x

36. Utilização do elemento blink. Usa-se <blink> 0 -- WCAG 7.2 x

37. Utilização do elemento marquee. Usa-se <marquee> 19 -- WCAG 7.3

x

38. Recomeçar automático da página. A página reinicia automaticamente através de um elemento <meta> 0 -- WCAG 7.4

x

Usa-se redireccionamento automático através de um elemento <meta> para aceder a esta página 0 0%

39. Redireccionamento automático da página.

A página tem redireccionamento automático através de um elemento <meta> 6 100%

WCAG 7.5 x

Usa-se tabindex em todos os elementos activos 0 0%40. Utilização de tabindex.

Não se usa tabindex em todos os elementos activos 12 100%WCAG 9.4 x

Usam-se teclas de atalho 54 19%

Usam-se teclas de atalho em excesso (> 10) 8 3%

Não se usam teclas de atalho em nenhum dos elementos activos (a,input,area); n! elementos <75 110 40%41. Utilização de accesskey.

Não se usam teclas de atalho em nenhum dos elementos activos; nº elementos > 75 105 38%

WCAG 9.5 x

42. Novas janelas. Há links com o atributo target 185 -- WCAG 10.1 x

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Teste Ocorrências R %rPonto de

verificaçãoP1 P2 P3

Todas as etiquetas envolvem os campos de edição 8 11%

Todas as etiquetas estão associadas com id/for mas nem todas envolvem os campos de edição 47 66%43. Etiquetas para controlos de formulário.

Há etiquetas que não envolvem os campos de edição e não estão associadas com id/for 16 23%

WCAG 10.2 x

Todos os controlos têm textos pré-definidos 40 19%44. Caracteres por defeito.

Nem todos os controlos têm textos pré-definidos 174 81%WCAG 10.4 x

Todos os links estão separados por caracteres imprimíveis 110 40%

45. Links adjacentes.Há links adjacentes que não estão separados por caracteres imprimíveis 167 60%

WCAG 10.5 x

XHTML Strict 19 9%

XHTML 104 47%

HTML 4.01 Strict 0 0%

HTML 4.01 (melhor Strict) 67 30%

HTML 4.0 (antiquada) 30 14%

46. Versão (X)HTML.

HTML anterior a 4.0 1 0%

WCAG 11.1 x

Não se usam elementos obsoletos em HTML 155 56%

Há pelo menos 10 elementos obsoletos em HTML 69 25%47. Elementos obsoletos.

Há mais de 10 elementos obsoletos em HTML 53 19%

WCAG 11.2 x

Não se usam atributos obsoletos em HTML 5 2%

Há pelo menos 10 atributos obsoletos em HTML 28 10%48. Atributos obsoletos.

Há mais de 10 atributos obsoletos em HTML 244 88%

WCAG 11.2 x

< de 30 palavras por bloco 174 63%

>= 30 e < 60 palavras por bloco 42 15%

>= 60 e < 100 palavras por bloco 17 6%

> 100 palavras por bloco 22 8%

49. Blocos de informação.

Nenhum bloco 21 8%

WCAG 12.3 x

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Teste Ocorrências R %rPonto de

verificaçãoP1 P2 P3

Todas as <label> têm 'for' e os <input> um 'id' 33 15%

Todas as label> têm 'for' mas nem todos os <input> têm um 'id' 1 0%

Há <label> sem 'for' 0 0%

Etiquetas sem 'for' que não envolvem o controlo 5 2%

50. Associação de etiquetas com controlos.

Faltam <label>s 186 83%

WCAG 12.4 x

O texto de todos os links é distinto 63 23%

Existem pelo menos 3 links com texto igual que apontam diferentes destinos 0 0%51. Destino dos links.

Há mais de 3 links com texto igual que apontam diferentes destinos 214 77%

WCAG 13.1 x

Há pelo menos 3 links com mais de 15 palavras 0 52. Extensão dos links.

Mais de 3 links com mais de 15 palavras 0 WCAG 13.1 x

Sem tÌtulo 13 65%53. Título da página.

Mais de um tÌtulo 7 35%WCAG 13.2 x

A página tem um tÌtulo que deve verificar manualmente 255 99%

A página tem um tÌtulo com arte-ASCII 0 0%

A página tem um tÌtulo com uma extensão inadequada 2 1%54. Título da página.

O tÌtulo é uma sucessão de caracteres separados por espaços 0 0%

WCAG 13.2 x

> 50% dos links em listas (> 25 links) 60 24%

> 50% dos links em listas (< de 25 links) 9 4%

> 25% e < 50% dos links em listas (> de 25 links) 132 53%

> 25% e < 50% dos links em listas (< de 25 links) 49 20%

< 20% dos links em listas (> de 25 links) 0 0%

< 20% dos links em listas (< de 25 links) 0 0%

Nenhum link em listas (< de 25 links) 0 0%

55. Agrupar links.

Nenhum link em listas (> de 25 links) 0 0%

WCAG 13.5 x

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SUPERA – Sociedade Portuguesa de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade 50

Teste Ocorrências R %rPonto de

verificaçãoP1 P2 P3

Não há bookmarks (> 25 e < 75 links) 95 49%

Não há bookmarks (> 75 e < 125 links) 59 30%56. Formas para saltar os grupos de links.

Não há bookmarks (> 125 links) 40 21%

WCAG 13.6 x

Existem elementos <link> em metadados 55 20%57. Informação sobre documentos relacionados.

Não existem elementos <link> em metadados 222 80%WCAG 13.9 x

A página contém mais informação gráfica que textual (Quantidade de gráficos > 10% da Quantidadede palavras)

0

Não se complementa o texto com informação gráfica (até 500 palavras) 0 58. Complemento visual do texto.

Não se complementa o texto com informação gráfica (mais de 500 palavras) 0

WCAG 14.2 x

59. Títulos para painéis. Há frames e alguns deles não têm o atributo title 20 -- WCAG 12.1 x

Em <noframes> existe pelo menos um link 2 10%

Em <noframes> não existe nenhum link 16 76%

O elemento <noframes> está vazÌo 2 10%60. Equivalente alternativo a Frames.

Falta o elemento <noframes> 1 5%

WCAG 1.1 x

61. Página alternativa acessível. Usa-se tecnologÌa Flash e não existem links para outras páginas 13 -- WCAG 11.4 x

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Anexo II - Recolha dos dados TAW – Test Accesibilidad Web

dos Municípios Portugueses entre 15 de Junho e 31 deAgosto de 2009.

Sites / páginas com errosNíveis de

prioridadePontos deVerificação Nº de sites

com errosNº erros por

páginaMédia de erros

por páginaSites comerros (%)

P1 P2 P3

1.1 215 5455 25.4 81.7% x

6.2 21 55 2.6 8.0% x

6.3 173 1263 7.3 65.8% x

12.1 (*) -- -- -- -- x

3.2 50 50 1.0 19.0% x

3.3 9 9 1.0 3.4% x

3.4 203 11665 57.5 77.2% x

3.5 210 217 1.0 79.8% x

3.6 16 22 1.4 6.1% x

4.3 167 170 1.0 63.5% x

5.5 210 6367 30.3 79.8% x

7.3 17 19 1.1 6.5% x

7.4 1 1 1.0 0.4% x7.5 1 1 1.0 0.4% x

11.2 223 22490 100.9 84.8% x

1.5 19 138 7.3 7.2% x

12.3 36 36 1.0 13.7% x

5.6 8 30 3.8 3.0% x

12.4 159 457 2.9 60.5% x

10.4 147 269 1.8 55.9% x

Total de pontos de verificação analisados automaticamente pelo TAW 3 11 5

(*) O ponto de verificação 12.1 diz respeito a Frames. Atendendo à metodologia utilizada as páginasque foram submetidas ao TAW não continham este tipo de elemento.

nota: compilam-se abaixo os testes efectuados pelo validador TAW para cada um dospontos de verificação das WCAG1.0. Esta recolha foi feita por inferência a partir dosresultados obtidos para os municípios portugueses.

Para imagens, mapas de imagem e botões gráficos:

Ponto de verificação 1.1 das WCAG1.0 - Forneça um equivalente textual para todo oelemento não textual. Pode ser feito através do atributo alt ou longdesc, ou noconteúdo do elemento. Isto abrange: imagens, representações gráficas de texto,incluindo símbolos, regiões de mapas de imagem, animações, como é o caso dos GIFsanimados, applets e objectos programados, arte ASCII, frames, programasinterpretáveis, imagens utilizadas em listas como sinalizadores de pontos deenumeração, espaçadores, botões gráficos, sons (reproduzidos com ou sem interacçãodo utilizador), ficheiros de áudio independentes, pistas áudio de vídeo e trechos devídeo (prioridade 1).

O TAW assinala erro neste ponto se:• não detecta a presença do atributo alt no elemento imagem (<img>);• não detecta a presença do atributo alt no elemento <area> que define as

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áreas num mapa de imagem;• não detecta a presença do atributo alt no elemento botão gráfico (<input

type=”image” …>).

Para iFrame:

Ponto de verificação 6.2 das WCAG1.0 - Certifique-se que o equivalente paraconteúdo dinâmico é actualizado quando se dá a alteração dinâmica do conteúdo(prioridade 1).

O TAW assinala erro neste ponto se:• detecta o elemento <iframe> e verifica que o corpo do elemento não tem

um equivalente alternativo (e.g. <iframe frameborder="0"scrolling="no" src ="http://www.cm-cantanhede.pt/meteo/"

width="100%" height="300"></iframe>).

Para Frame:

Ponto de verificação 12.1 das WCAG1.0 - Forneça um título (atributo title) paracada <frame>, facilitando assim a sua identificação e navegação (prioridade 1).

O TAW assinala erro neste ponto se:• não detecta o atributo title no elemento <frame>.

Para scripts:

Ponto de verificação 6.3 das WCAG1.0 - Certifique-se que as páginas são usáveisquando scripts, applets, ou outros objectos programáveis se encontram desactivadosou não são suportados. Se isto não for possível, forneça informação equivalente numapágina alternativa acessível (prioridade 1).

O TAW assinala erro neste ponto se:• encontra links que dependem de javascript (<a

href=”javascript:AbrirPopUp();”>).

Para HTML:

Ponto de verificação 3.2 das WCAG1.0 - Crie documentos validando a notação coma gramática formal publicada (prioridade 2).

O TAW assinala erro neste ponto se:• não localiza a linha de identificação da linguagem utilizada (DTD – Document

Type Definition).

Para CSS:

Ponto de verificação 3.3 das WCAG1.0 - Use folhas de estilo para controlar adisposição dos elementos na página e a forma de os apresentar (prioridade 2).

O TAW assinala erro neste ponto se:• detecta propriedades de apresentação inseridas nos elementos HTML. Sugere

que se use uma CSS externa para o efeito.

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Para unidades relativas:

Ponto de verificação 3.4 das WCAG1.0 - Use unidades relativas em vez de absolutasnos valores dos atributos da linguagem de notação e valores das propriedades dasfolhas de estilo (prioridade 2).

O TAW assinala erro neste ponto se:• detecta os atributos height e width com valores absolutos nos elementosHTML, incluíndo nas propriedades CSS posicionadas na página (em linha).

Para listas:

Ponto de verificação 3.6 das WCAG1.0 - Faça uso da correcta notação para as listas(<ul>...<ol>) e para os seus pontos de enumeração (<li>) (prioridade 2).

O TAW assinala erro neste ponto se:• Identifica o uso do elemento lista (i.e. <ul>, <ol>) sem opções (i.e. <li>).

Para idioma dos conteúdos:

Ponto de verificação 4.3 das WCAG1.0 - Identifique o idioma principal dodocumento (prioridade 3).

O TAW assinala erro neste ponto se:• não detectar o atributo lang no elemento <html>.

Para conteúdos em movimento:

Ponto de verificação 7.3 das WCAG1.0 - Enquanto os agentes do utilizador nãopermitam congelar o movimento do conteúdo, não use movimento nas páginas(prioridade 2).

O TAW assinala erro neste ponto se:• Detecta o elemento <marquee>, o qual introduz elementos como banners

em movimento. É preciso notar que o elemento <marquee> não faz parte dalinguagem de marcação do W3C.

Para redireccionamento e reiniciar de páginas:

Ponto de verificação 7.4 das WCAG1.0 - Não crie páginas de reiniciarperiódicamente automáticas, até que os agentes do utilizador possibilitem interrompero processo (prioridade 2).

Ponto de verificação 7.5 das WCAG1.0 - Não use a notação para redireccionarpáginas automaticamente até que os agentes do utilizador disponham da capacidadepara interromper o processo. Em vez disso, aconselha-se a configurar o servidor paraexecutar esse redireccionamento (prioridade 2).

O TAW assinala erro nestes pontos se:• localizar procedimento para redireccionar / reiniciar ao nível dos elementos

metadados (<meta http-equiv=refresh content=0;URL=http….>).

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Para gramática de marcação:

Ponto de verificação 11.2 das WCAG1.0 - Evite o uso de notação desactualizada dastecnologias do W3C (prioridade 2).

O TAW assinala erro neste ponto se:• Encontrar elementos e atributos de HTML obsoletos.

Para elementos mapas de imagem:

Ponto de verificação 1.5 das WCAG1.0 - Até que os agentes do utilizador alcancemo equivalente textual dos links existentes nas regiões activas dos mapas de imagem"client-side", forneça links textuais redundantes para cada região activa do mapa(prioridade 3).

O TAW assinala erro neste ponto se:• os links existentes nas áreas do mapa de imagem (<area …

href=”link.html”>) não tiverem uma representação redundante fora domapa de imagem (i.e. <a href=”link.html” …>).

Para elementos cabeçalho e parágrafos:

Ponto de verificação 12.3 das WCAG1.0 - Divida grandes blocos de informação emgrupos mais geríveis e apropriados (prioridade 2).

O TAW assinala erro neste ponto se:• se confronta com a inexistência de elementos cabeçalho (<h1>…<h6>) nem

parágrafos (<p>).

Ponto de verificação 3.5 das WCAG1.0 - Use os elementos cabeçalho(<h1>...<h6>) para transmitir a estrutura dos documentos e utilize-os de acordocom as especificações (prioridade 2).

O TAW assinala erro neste ponto se:• não encontrar elementos cabeçalho no documento.

Para tabelas de dados:

Ponto de verificação 5.6 das WCAG1.0 - Use abreviaturas na designação doscabeçalhos das tabelas (prioridade 3).

O TAW assinala erro neste ponto se:• texto contido nos elementos cabeçalho (<th>) de uma tabela (<table>) é

superior a 15 caracteres. Deixa-se aqui uma nota de comentário a este teste:compreende-se o princípio de obrigação de síntese nos cabeçalhos das tabelasde dados, contudo parece excessivo considerar erro sempre que o textocontido no cabeçalho ultrapassa os 15 caracteres. Quanto muito este testedeveria resultar não num erro mas num aviso.

Ponto de verificação 5.5 das WCAG1.0 - Providencie sumários para as tabelas(prioridade 3).

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O TAW assinala erro neste ponto se:• não localizar o atributo summary no elemento <table>. De notar que o

atributo summary deve ser utilizado apenas em tabelas de dados. Ao fazeresta detecção para todos os elementos <table>, sem distinguir entre tabelasde dados e tabelas layout, os criadores do TAW estão, implicitamente, a indicarque ao nível da conformidade ‘AAA’ o elemento <table> deve ser usadoapenas para marcar tabelas de dados.

Para formulários:

Ponto de verificação 12.4 das WCAG1.0 - Associe explicitamente os rótulos aosrespectivos controlos. Em HTML essa associação faz-se geralmente através doelemento <label> (prioridade 2).

O TAW assinala erro neste ponto se:• campo de edição (<input>) não tiver nenhuma etiqueta (<label>)

associado.

Ponto de verificação 10.4 das WCAG1.0 - Até que os agentes de utilizador consigammanipular controlos vazios correctamente, inclua caracteres predefinidos depreenchimento nas caixas de edição e nas áreas de texto (prioridade 3).

O TAW assinala erro neste ponto se:• os campos de edição (<input>) dos formulários se encontram vazios

(atributo value=””).

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Anexo III - Notas Gerais

TAW Vs. eXaminatorNo presente estudo a compilação dos erros detectados pelo TAW foi feita por ponto deverificação das WCAG1.0. Contudo, e apesar de ser um nível de análise maisprofundo, e qualitativamente mais rico, que as recolhas feitas em estudos congéneres(Accenture 2002, Accenture 2003, Santos L. 2006, Gonçalves R. 2009), aconselha-sea descer ainda mais um degrau: recolha de erros por teste. A qualidade dos dados aeste nível é incomparavelmente superior. Este é, aliás, o patamar, por defeito, doeXaminator, o qual permite rápidas agregações de informação em qualquer um destespatamares de análise. No caso do TAW a recolha de dados, por ponto de verificação epor teste, é possível mas é uma tarefa manual e altamente consumidora de mão-de-obra. Era importante que as futuras versões do TAW permitissem maior flexibilidadena agregação dos resultados por teste, por ponto de verificação, por conformidade, porpágina, por sítio, por categoria.

Teste de prioridade 1 do TAW estão totalmente contidos nos testes de prioridade1 do eXaminatorA partir dos dados recolhidos pelo eXaminator para a prioridade 1 é possível chegaraos resultados do TAW para a prioridade 1.

A definição de prioridade 1 para o TAW resulta do somatório de:

O TAW assinala erro no ponto 1.1 se:• não detecta a presença do atributo alt no elemento imagem (<img>) (= ao

teste 1 do eXaminator);• não detecta a presença do atributo alt no elemento <area> que define as

áreas (=ao teste 3 do eXaminator).

O TAW assinala erro neste ponto 6.2 se:• detecta o elemento <iframe> e verifica que o corpo do elemento não tem

um equivalente alternativo (e.g. <iframe frameborder="0"scrolling="no" src ="http://www.cm-cantanhede.pt/meteo/"

width="100%" height="300"></iframe>) (= ao teste 8 do eXaminator).

O TAW assinala erro neste ponto 6.3 se:• encontra links que dependem de javascript (<a

href=”javascript:AbrirPopUp();”>) (= ao teste 34 doeXaminator).

Todas estas métricas têm correspondência no eXaminator, atrás referenciadorespectivamente entre parêntesis.

Ferramentas automáticas – nota ao W3CÉ importante que o W3C encontre um mecanismo que leve os criadores deferramentas de validação de acessibilidade de conteúdos Web a tornarem públicos ostestes que as ferramentas incorporam à luz das WCAG. Esse mecanismo poderápassar por tornar essa publicação obrigatória para figurar na Base de Dados “Web

Accessibility Evaluation Tools List Search”9 que o próprio Consórcio mantém.

9 Web Accessibility Evaluation Tools List Search: http://www.w3.org/WAI/ER/tools/.

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Anexo IV – Índice de Figuras

Figura 1 - fotografia do ecrã tirada a 28 de Junho do domínio www.cm-vilaflor.pt.Erro: “Can’t find the server”.............................................................................. 5

Figura 2 - Câmara Municipal de Lamego. Mensagem de erro: ”a resolução definidapara o seu monitor (Área do Ecrã) não lhe permite visualizar correctamente esteSite. Por favor, ajuste a Área do Ecrã para um valor mínimo de 1024 x 768”. .... 6

Figura 3 - Símbolo de Acessibilidade à Web ............................................................. 9Figura 4 - Exemplo de uma boa prática de legendagem de imagens. Retirado do

Município de Pombal (http://www.cm-pombal.pt). ...........................................13Figura 5 - % de Páginas com Imagens com e sem legenda........................................14Figura 6 - Do total das 15395 imagens localizadas na amostra, qual a % das que têm o

atributo alt? 61% ..............................................................................................14Figura 7 – Exemplo de um botão gráfico correctamente legendado. Retirado da

página de entrada da Câmara Municipal de Águeda. .........................................14Figura 8 - % de Páginas com Botões Gráficos com e sem legenda ............................15Figura 9 - % de Páginas com Mapas de Imagem com e sem legenda ........................15Figura 10 – Exemplo de um mapa de imagem retirado da primeira página do

Município de Ribeira de Pena (http://www.cm-rpena.pt/)..................................16Figura 11 - Exemplo de boa prática de redundância ao mapa de imagem da Figura 10

existente na página de entrada do Município de Ribeira de Pena. Verifica-se queo link “/galeria” que se encontra no mapa de imagem é o mesmo www.cm-rpena.pt/galeria que está inserido no menu........................................................16

Figura 12 - % Páginas com <scripts> sem e com elemento <noscript> .....................18Figura 13 - % páginas que fazem uso do elemento <embed> ..................................19Figura 14 – excerto de código retirado do sítio Web do Município do Seixal

(http://www.cm-seixal.pt/servicosonline/publico.asp) .......................................21Figura 15 - Estrutura alternativa à construção sem Frames. Apesar de simples,

funciona eficazmente como alternativo. Retirado da página de entrada doMunicípio de Ilhavo (http://www.cm-ilhavo.pt/). ..............................................22

Figura 16 - Equivalente alternativo concebido em <noframes> ............................22Figura 17 - linha de código para identifcar a gramática utilizada na página...............22Figura 18 - Utilização de elementos e atributos de apresentação no código (x)HTML24Figura 19 - Exemplo correcto de uma associação implicita (<label> envolve

campo <input>) e de uma associação explicita (feita com os atributos for e id).Exemplo retirado da página de entrada do Município de Valpaços(http://www.valpacos.pt/portal/), com uma ligeira correcção: o atributo name =id. .....................................................................................................................26

Figura 20 – Exemplo de marcação de um menu (lista de opções, ou seja lista dehiperligações) ...................................................................................................27

Figura 21 - Exemplo de marcação do idioma principal em Português numa páginaXHTML. ...........................................................................................................28

Figura 22 - Exemplo de uma tabela de dados com as células cabeçalho correctamenteidentificadas. Retirado de Câmara Municipal de Miranda do Douro:http://www.cm-mdouro.pt/. ..............................................................................30

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Anexo V – Índice de Tabelas

Tabela 1 - URLs compilados e situação global dos sítios ........................................... 5Tabela 2 - Lista dos Municípios com sítio Web “em Construção” a 28 de Junho de

2009 .................................................................................................................. 6Tabela 3 - Lista dos Municípios em que não foi possível usar o validador de

acessibilidade eXaminator ................................................................................. 7Tabela 4 - Sítios não contabilizados: assentes em Tecnologia Flash .......................... 8Tabela 5 - Sítios não contabilizados: erro básico de construção ................................. 8Tabela 6 - Afixação do símbolo de acessibilidade à Web na primeira página dos

municípios (2009).............................................................................................10Tabela 7 - Análise manual à informação manipulada pelo javascript existente nas 7

páginas de entrada dos sítios adicionados à lista de conformidade ‘A’ pelo TAW.........................................................................................................................12

Tabela 8 - Páginas de entrada dos sítios municipais em conformidade ‘A’ das WCAG1.0, de acordo com o eXaminator......................................................................12

Tabela 9 - Páginas de entrada dos sítios municipais em conformidade ‘A’ das WCAG1.0, de acordo com o TAW ................................................................................12

Tabela 10 - Nº de páginas com imagens com e sem legenda .....................................13Tabela 11 - Nº de páginas com botões gráficos com e sem legenda...........................14Tabela 12 - Nº de páginas com mapas de imagem com e sem áreas legendadas ........15Tabela 13 - presença dos elementos <script> e <noscript> no total da amostra

.........................................................................................................................17Tabela 14 - disponibilização de equivalentes alternativos aos elementos javascript ..17Tabela 15 - Balanceamento entre os manipuladores de eventos javascript utilizados

(dispositivo-independente Vs. Rato-dependente) ..............................................18Tabela 16 - Balanceamento entre os manipuladores de eventos javascript utilizados

(soluções redundantes para o rato e para o teclado) ...........................................18Tabela 17 - % de páginas com elemento <embed> acompanhado de <noembed> .19Tabela 18 - % páginas com iFrames sem e com concepção alternativa......................20Tabela 19 - Conteúdos alternativos localizados no elemento <noframes>.............21Tabela 20 - % páginas com declaração explícita da gramática (x)HTML ...................22Tabela 21 - % de páginas com erros de (x)HTML .....................................................23Tabela 22 - % de Folhas de Estilo com erros de CSS ................................................23Tabela 23 - Versão (x)HTML utilizada......................................................................23Tabela 24 - Utilização de elementos de HTML para controlo da apresentação...........24Tabela 25 - Utilização de atributos de HTML para controlo da apresentação.............24Tabela 26 - Utilização de CSS para estruturar layout de páginas Web .......................25Tabela 27 - Unidades de medida absolutas no tamanho da letra ................................25Tabela 28 – Nº de páginas em que se encontram a associação entre a <label>

(etiqueta) e o <input> (campo de edição) ......................................................26Tabela 29 - Hiperligações com texto repetido que apontam destinos diferentes.........26Tabela 30 - Nº de páginas onde foram localizadas hiperligações adjacentes / colados

.........................................................................................................................27Tabela 31 - Nº de páginas em que se utilizam marcação de conteúdos com cabeçalhos

(<h1>...<h6>) .............................................................................................27Tabela 32 - Identificação do idioma principal da página ...........................................28Tabela 33 - Nº de páginas com teclas de atalho em elementos activos.......................29Tabela 34 - Bookmarks (marcas referência) ou hiperligações que permitem saltar por

entre a informação da página ............................................................................29Tabela 35 - Evolução dos sítios Web Municipais online (1999 – 2009) ....................31

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