ACESSO VENOSO NA CRIANÇA Maurícia Cammarota Unidade de Cirurgia Pediátria/HRAS/SES/DF
ACESSO VENOSO
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ACESSO VENOSO PERIFÉRICO
Acesso ao sistema venoso sistêmico por punção em veia periférica, com o objetivo de prover fluidos e drogas diretamente na circulação sangüínea.
O acesso periférico é preferível nos membros superiores, mais comumente nas mãos ou superfície antecubital dos antebraços, podendo ainda ser realizado através da punção das veias jugulares externas ou nos MMII, particularmente a safena.
Os dispositivos podem ser flexíveis ou agulhados.
ACESSO VENOSO CENTRAL
O cateter venoso central é um tubo condutor para infusão de medicamentos ou fluidos que é posicionado tanto na veia cava superior quanto no interior do átrio direito.
Permite medidas de variáveis hemodinâmicas que não podem ser obtidas com precisão por métodos não invasivos e também infusão de medicamentos e suporte nutricional que não podem ser infundidos com segurança em catéteres periféricos.
Os locais anatômicos para inserção dos catéteres dependem das condições clínicas e da quantidade de informações que podem ser obtidas a partir deles.
O acesso venoso central pode ser obtido através das veias antecubitais que conduzem ao sistema venoso profundo (cefálica e basílica), direto na veia subclávia ou jugular interna ou ainda na veia femoral.
Indicações
Monitorização hemodinâmica (PVC, Swan-Ganz) Nutrição parenteral (hiperosmolar) Administração de drogas Reposição hídrica*
* Para grandes infusões volumétricas, o ideal ainda é o acesso venoso periférico, preferencialmente a veia cubital e com abocath 14.
Marca-passo Hemodiálise Inacessibilidade de veias periféricas
Contra-indicações
Infecção da pele ou tecido subcutâneo no local ou próximo do local proposto para a punção.
Alterações anatômicas estruturais, tumorais, aneurismáticas, trombose venosa profunda aparente ou confirmada, que possam tornar o procedimento impossível ou perigoso.
Alterações na coagulabilidade sangüínea devido a medicações ou patologias
Punção
Cateterização central obtida através da punção das veias jugulares internas D e E ou das veias subclávias D e E.
O acesso jugular direito é o mais indicado, sobretudo em pacientes acima de 60 anos com deformidades torácicas ou em ventilação mecânica com alta dependência de peep ou pressões inspiratórias.
Há dois tipos de dispositivos, o Intracath e o Catéter de duplo e triplo lúmens, ambos com fio guia.
A extremidade do cateter deverá ser introduzida e posicionada no terço distal da veia cava superior quando a punção for supratorácica.
Técnica de Seldinger
Paciente em DDH com rotação da cabeça para o lado oposto ao do procedimento.
Paramentação do profissional com gorro e máscara, lavagem das mãos, avental e luva estéreis.
Assepsia da pele abrangendo área extensa. Colocação de campos estéreis protegendo a área de punção.
Infiltração da pele e planos profundos com lidocaina 2% sem vasoconstritor.
Punção da veia com agulha 18G de 8cm de comprimento, mantendo-se pressão negativa no êmbolo da seringa. Quando houver refluxo do sangue, desconectar a seringa da agulha.
Introduzir o fio guia até cerca de 20 cm. A introdução do guia deve seguir sem resistência.
Retirar a agulha, mantendo o fio dentro da veia. Dilatação do orifício na pele e na veia com dilatador
próprio, através do fio-guia. Colocação do catéter definitivo através do guia e então
retirada do mesmo. Conectar SF, avaliar o fluxo e refluxo. Fixação do catéter na pele com fio agulhado. Curativo oclusivo. Confirmação radiográfica.
Complicações
Punção carotídea* Hematoma localizado Pneumotórax* Infecção* (G-, Staphilococcus) Secção do catéter Flebite Trombose Embolia Infusão Mediastinal
* mais comuns
Flebotomia
Acesso venoso central por dissecção de veia periférica. Restritas aos pacientes para os quais o acesso por punção, tanto periférico quanto central, é considerado menos adequado.
Indicações: As mesmas do intracath.
Contra-indicações: – Lesões dermatológicas– Trombose venosa ou tromboflebite– Inexperiência do cirurgião– Hipercoagulabilidade
Vias de acesso– Urgência– Risco de lesão de outras estruturas– Infusão de grandes volumes– Preferência e habilitação do cirurgião– Idade do paciente– Condições locais
Veias mais utilizadas:– Região cervical: Jugular externa, tronco
tireolinguofacial, facial, jugular interna (casos extremos)
– MS: Basílica, cefálica, braquial, axilar– MI: Origem da safena interna, crossa da safena
Veia basílica: 1a opção para adultos
– Paciente em DDH com o membro abduzido a 90o– Imobilização, antissepsia, anestesia local– Incisão transversal no ponto correspondende ao ápice de um
triangulo equilátero cuja base tem os vértices no epicôndilo medial e no ponto médio da fossa cubital anterior.
– Divulsão do tecido celular subcutâneo até o plano pré-aponeurótico
– Identificação e individualização da veia basílica– Reparo com fio inabsorvível– Ligadura da parte distal– Flebotomia transversa parcial– Cateterização