Acompanhamento e Animação da Pessoa Idosa - MANUAL
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VELHICE – CICLO VITAL
Todo o ser vivo nasce, vive, reproduz-se e morre, ou seja, o ciclo de vida começa com a
conceção e termina com a morte.
O aumento da esperança média de vida gerou um crescimento acentuado da
população idosa, o que criou problemas, devido à falta de preparação da sociedade
para esta realidade. Como se pode verificar, por exemplo, ao nível dos sectores – social
e da saúde.
Para melhor compreendermos esta realidade é importante perceber as diversas etapas
de desenvolvimento do ser humano, que se caracterizam por tarefas biopsicossociais(são aquelas que a pessoa deve cumprir para garantir o seu desenvolvimento e
consequente ajustamento psicológico e social).
O ciclo vital é o conjunto das fases da vida onde é suposto realizar-se uma série de
transições e de superar uma série de provas e de crises. Este ciclo desenvolve-se
através do contacto com outros seres humanos e através da educação, uma criança
passa de um modo gradual por diferentes idades e estatutos, como ser capaz econsciente nas formas de uma cultura, até enfrentar a morte como a conclusão de sua
existência pessoal.
Os indivíduos passam por diferentes etapas do ciclo de vida: a infância, a juventude, a
maturidade, a velhice. A idade vai-se modificando ao longo do tempo e é essa
modificação, concretizada em ciclos de vida, que determina estatutos e funções
dif i di íd
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dif i di íd
1.1 Velhice e tarefas do desenvolvimento psicológico
As tarefas são básicas em cada sequência do ciclo de vida. Há uma expectativa social
de que as pessoas em cada sequência cumpram com êxito as suas tarefas. Na última
parte do ciclo também a pessoa idosa tem tarefas de desenvolvimento a cumprir, de
modo a ser feliz e a ter qualidade na sua vida.
Infância:
Tarefa básica: Dominar a escrita e a leitura -» Servirá de instrumento para a sua
independência, para uma comunicação mais ampla e efetiva, que posteriormente
facilitarão as escolhas de formação e profissionalização, entre outras possibilidades.
Adolescência:
Tarefa básica: Formação pessoal, emancipação -» Relacionam-se com a fase anterior e
prolongam-se para o período seguinte. Permite a autonomia e independência.
Adulto:
Tarefa básica: Responsabilidades cívicas e sociais;
Estabelecer e manter um padrão económico de vida;Ajudar os filhos a serem futuros adultos responsáveis e felizes;Desenvolver atividades de lazer;Relacionamento com o marido ou mulher;Aceitar e ajustar-se às mudanças físicas da meia-idade e ajustar-se aos pais idosos.
Velhice:
Tarefa básica: Ajustar-se ao decréscimo da força e saúde;
Aj à f
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Tudo isto leva a hipótese de que a sociedade deve conservar a saúde valorizando o
avançar da idade.
Teoria da desinserção:
O envelhecimento é acompanhado por um desmembrar entre o indivíduo e a
sociedade. Quando a desinserção é geral, o indivíduo modifica o seu sistema de
valores. A perda do papel que desempenha na sociedade, a perda de relações pessoais
e sociais acabam por tornar-se situações rotineiras e normais.
Verifica-se que a diminuição da satisfação da vida é proporcional à diminuição dasatividades diárias.
Fala-se do envelhecimento como se tratando de um estado tendencialmente
classificado de “terceira idade” ou ainda “quarta idade”. No entanto, o envelhecimento
não é um estado, mas sim um processo de degradação progressiva e diferencial. Ele
afeta todos os seres vivos e o seu termo natural é a morte do organismo. É, assim,impossível datar o seu começo, porque de acordo com o nível no qual ele se situa
(biológico, psicológico ou sociológico), a sua velocidade e gravidade variam de
indivíduo para indivíduo.
1.3 Teorias psicossociais de Eric Erickson, R. Peck e Buhler
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criança sentir que tem segurança e afeto, adquirindo confiança nas pessoas e nomundo.
2. Autonomia X Vergonha e Dúvida (segundo e terceiro ano): Neste período a criançapassa a ter controlo de suas necessidades fisiológicas e responder por sua higienepessoal, o que dá a ela grande autonomia, confiança e liberdade para tentar novascoisas sem medo de errar. Se, no entanto, for criticada ou ridicularizada desenvolverávergonha e dúvida quanto a sua capacidade de ser autônoma, provocando uma voltaao estágio anterior, ou seja, a dependência.3. Iniciativa X Culpa (quarto e quinto ano): Durante este período a criança passa a
perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhados por mulheres e homens nasua cultura entendendo de forma diferente o mundo que a cerca. Se a sua curiosidade“sexual” e intelectual, natural, for reprimida e castigada poderá desenvolversentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de buscarnovos conhecimentos.4. Construtividade X Inferioridade (dos 6 aos 11 anos): Neste período a criança estásendo alfabetizada e frequentando a escola, o que propicia o convívio com pessoas
que não são seus familiares, o que exigirá maior sociabilização, trabalho em conjunto,cooperatividade, e outras habilidades necessárias. Caso tenha dificuldades o própriogrupo irá criticá-la, passando a viver a inferioridade em vez da construtividade.5. Identidade X Confusão de Papéis (dos 12 aos 18 anos): O quinto estádio ganhacontornos diferentes devido à crise psicossocial que nele acontece, ou seja, IdentidadeVersus Confusão. Neste contexto o termo crise não possui uma aceção dramática, portratar-se de a algo pontual e localizado com pólos positivos e negativos.
6 I i id d X I l (j d l ) N i lé d
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3. Superioridade do eu contra uma preocupação com o eu – Provavelmente o maisduro e mais importante ajuste para o idoso seja a preocupação com a morte próxima.
O reconhecimento do significado duradouro de tudo que fizeram ajudará a superar apreocupação com o eu, e continuarem a contribuir para o bem-estar próprio e dosoutros.
Buhler (1935)Estabeleceu uma diferença entre as vidas baseadas apenas na Vitalidade eMentalidade.
Através da sua teoria constata-se, portanto, que as pessoas se desenvolvem tambémapós a juventude.
“Uma pessoa permanece jovem na medida em que ainda é capaz de aprender, adquirirnovos hábitos e tolerar contradições.” (Marie von Ebner-Escherbach)
1.4 Do jovem adulto à meia-idade
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Dever-se-á desenvolver formas adultas de brincar, isto é, manter-se em contacto com“a criança de cada um de nós”. Não se deve esquecer que o brincar é a base do
inventar, do criar, do descobrir, essenciais na atividade artística e científica.Toma-se consciência da limitação do tempo e da morte pessoal, de forma integrada.
1.5 A meia-idade e as tarefas evolutivas
Aceitação do corpo que envelhece;
Aceitação da limitação do tempo e da morte pessoal;
Manutenção da intimidade;
Reavaliação dos relacionamentos; Relacionamentos com os filhos: deixar ir, atingir igualdade, integrar novos membros;
Relação com seus pais: inversão de papéis, morte e individuação;
Exercício do poder e posição: trabalho e papel de instrutor;
Novos significativos, habilidades e objetivos dos jogos na meia-idade;
Preparação para a velhice.
1.6 Aspetos estruturais e funcionais da meia-idade
Principais desenvolvimentos:
As mulheres entram na menopausa;
Ocorre certa deterioração da saúde física e declínio da resistência e perícia;
Sabedoria e capacidade de resolução de problemas práticos são acentuadas;
capacidade de resolver novos problemas declina;
d d d d d l
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A artéria coronária com o passar dos anos tende a estreitar, tornando-se em
parte bloqueada. A inadequada circulação sanguínea no cérebro produz sérios
distúrbios da personalidade em pessoas idosas.
Mudanças no sistema nervoso.
Redução da eficiência respiratória
Com o envelhecimento o tempo de reação torna-se mais lento e o idoso sofre
algumas perdas de memória.
Envelhecimento psicológico:
No processo do envelhecimento as mudanças biológicas, causam grandeimpacto no psiquismo do indivíduo, modificando-lhe a sua autoimagem e
determinando o seu ajustamento no meio envolvente.
O amor e respeito pelo mundo do indivíduo são fatores vitais para a
preservação da identidade psicológica. Estes elementos são suficientes
para o controlo das necessidades emocionais da pessoa idosa, no entanto
nem sempre estão disponíveis, originando assim um problema. Destemodo é importante preservar um conjunto de valores na vida do idoso
para que ele saiba ultrapassar os seus problemas.
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Envelhecimento ótimo/ bem-sucedido – sob condições favoráveis e propícias
ao desenvolvimento psicológico.
VELHICE – ASPECTOS SOCIAIS
1.7 A velhice e a sociedade
Velhice e envelhecimento: Conceitos e análise
Mitos da velhice (início da velhice e aptidões da velhice; negatividades da velhice;
isolamento e solidão na velhice)
“A velhice hoje em dia dificilmente se pode comparar com um entarde cer
tranquilo.”
É perfeitamente possível hoje em dia permanecer na terceira idade e
ainda estar física e mentalmente at ivo.”
O conceito de velhice remete-nos, em primeira análise, para a noção de idade
indiciando que a velhice se constitui num grupo de idade homogéneo. A idade não é
um fator que pode, por si só, medir as transformações dependentes do
envelhecimento. Acrescenta que as alterações surgidas com a idade dependem
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Associando os fundamentos destas definições constatamos que todas elas incluem, na
sua definição, a influência que a interação do sujeito tem com os padrões de vida que
o rodeia e socializa. O fator idade não serve para esclarecer quem é velho e quem o
não é.
Algumas expressões usadas no domínio comum da sociedade ocidental mostram a
dificuldade em romper com os preconceitos:
“Tenho rugas, estou a ficar velho…”
“Já não tenho força para nada.”
“Os anos vão passando.” “Não fazem nada e estão a tirar o lugar aos mais novos.”
“O trabalho não anda, estão todos velhos.”
“A juventude, de hoje, não sabe nada. No nosso tempo é que era…”
De uma maneira geral, a sociedade vê a velhice como uma fase de declínio intelectual
(“a memória está fraca”, uma fase na qual a demência se instala (estado de confusão,esquecimento e mudanças na personalidade irreversível). É uma fase na qual há uma
mudança de estatuto – a reforma. Isto significa mais tempo livre ou a adoção de novos
papéis e uma nova realidade física, económica e social.
As mudanças corporais características da velhice são:
Aparência física/ cor do cabelo cinzenta/ branca;
Ó (
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e um encargo. Com a ajuda da medicina, atualmente a terceira idade é uma parte
considerável da população.
A partir daqui a função social da família perdeu importância dando lugar ao
aparecimento de um grupo de idade – os mais velhos – reconduzindo-o para um
estatuto de inutilidade.
A velhice torna-se visível e de expressão pública. Coloca-se, assim, a questão de saber
como e quem assume a responsabilidade deste grupo etário, passando a ser encarado
como um fenómeno social passível de resposta sociais.
A longevidade deve-se à melhoria da qualidade das condições económicas e sociais e
ao aumento dos níveis gerais de higiene e saúde.
Período Longevidade atual Longevidade futura
Da infância à puberdade 0 – 20 Anos 0- 30 AnosJovens adultos 20 – 40 Anos 30 – 60 Anos
Idade madura 40 – 60 Anos 60 – 100 AnosIdoso A partir dos 65 anos 100 – 120 Anos
1.8 Mitos da velhice
Noções:
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ser vista como parte do ciclo vital e que o envelhecimento começa logo após o
nascimento. As limitações não são enfermidades.
“Mito do Isolamento Social ” - Acredita ser a exclusão, o repouso, a solidão, o
melhor para a vida do idoso. Existe aqui uma confusão que mistura o fato de
um idoso não poder mais realizar tarefas produtivas e remuneradas como se
esta fosse a única forma de interação social que se pode produzir.
“Mito da Inutilidade” - Nasce de uma sociedade capitalista onde as pessoas
valem pelo que elas produzem e pelo que elas conseguem possuir em função
disto. É um mito totalmente baseado na produção material e na ganância.
“Mito da Pouca Criatividade e da Capacidade Para Aprender ” - Afirma que as
pessoas em idade avançada não têm mais capacidade. É certo que os idosos
contam com maior lentidão e não possuem mais tanta atenção, memória e
agilidade. Porém são capazes de aprender muito, o que se necessita é criar
outras formas de ensino que se voltem para as necessidades e habilidades
anciãs. Não se pode querer de um ancião que aprenda como uma criança ouum jovem.
“Mito da Assexualidade” - nasceu de tabus culturais e de atitudes de muitos
profissionais. As pessoas velhas são julgadas como carentes de desejos sexuais
e, no caso de manifestarem este desejo, são tidas como anormais. Se julga que
a sexualidade e as relações sexuais estejam reservadas para os jovens e
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favorecendo a longevidade e contribuindo dessa forma como um dos fatores para o
aumento significativo da população idosa, principalmente nos países jovens.
O aumento da faixa populacional considerada idosa tem exigido das sociedades e do
poder público um novo e sensível olhar sob a forma de investimento em políticas
sociais que contemplem o idoso em suas necessidades bio psicossociais.
A sociedade e o estado não podem mais ignorar o idoso, que se tornou ator na cena
política e social, redefinindo imagens estereotipadas nas quais a velhice aparece
associada à solidão, doença, viuvez e morte, enfatizando essa fase de vida como uma
condição desfavorável, muitas vezes indesejada.Uma iniciativa que aqui, como em outros países se vem fomentando são as
Universidades Abertas da Terceira Idade, instituições públicas e privadas que têm
trazido para dentro de seus espaços um número cada vez maior de idosos que
procuram retomar o seu lugar na sociedade, participando como sujeitos de saber e
não apenas como objetos de estudo.
Vários são os preconceitos, mitos e ideias erróneas sobre o envelhecer que somados às
mudanças, perdas e incertezas que acompanham esta etapa da vida, transformam-se
em verdadeiros "Fantasmas do Envelhecer". Isso dificulta a relação das pessoas com
essa nova imagem, levando-as a rejeitar o envelhecimento como um "processo
dinâmico, gradual, natural e inevitável.
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competir no mercado de trabalho, isto é, para produzir. Por isso, parece tão estranho a
figura do idoso ocupando um lugar nas salas de aula, nas oficinas, disputando vagas
nas universidades e até mesmo no mercado de trabalho.
É certo, conforme mostram os estudos sobre este aspeto do envelhecimento, que a
capacidade de aprender na idade mais avançada não é a mesma que na juventude,
porém mais uma vez é preciso retomar o conceito de "diferente" ao qual nos
referimos antes para aceitar a ideia de que os idosos continuam a aprender de outra
forma, com outro ritmo, com outros interesses.
O preconceito em relação à sexualidade é um dos que mais pesam sobre a pessoa queenvelhece. Dois fatores que influenciam estas crenças:
a dificuldade em distinguir sexualidade e genitalidade;
que a sexualidade é própria para a juventude.
Uma das formas de reconhecimento do corpo relaciona-se com as primeiras
experiências de contato do bebé com a mãe o que influencia na aceitação da imagem
corporal e na perceção do corpo como fonte de prazer. Ao envelhecer a imagem dessecorpo dececiona na medida em que supõe uma desilusão no outro. Isto provoca um
trauma que é agravado ainda mais pela cultura de valorização da estética e da imagem
física como se vê atualmente. Daí a importância de resgatar outros "códigos percetivos
e sensoriais" como o código tátil e do contato com o próprio corpo e o do semelhante.
A imagem corporal desfavorável de si influencia a atividade sexual e como nos mostra
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estão proibidos negando a sexualidade como uma função humana que está presente
em todas as fases do desenvolvimento com características diferentes em cada uma
delas.
A aceitação das mudanças e a busca de informações sobre o envelhecimento ajudam a
diminuir a influência negativa dos preconceitos sobre a sexualidade uma vez que estes
têm mais poder de interferência do que as modificações decorrentes da idade.
Para muitas pessoas o fato de o idoso evocar as suas lembranças é sinal de que as suas
funções intelectuais estão a entrar em deterioração.
" A reminiscência permite recordar pensando ou relatando fatos, atos ou vivências do passado. É uma atividade psíquica universal, necessária na velhice porque favorece a
integração do passado ao presente, reforçando a identidade. Propicia exercitar a
memória, resignificar a vida e ajuda a manter a memória coletiva". Portanto, “recordar
é um processo vital, normal e saudável do envelhecer" diz Viguera.
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Mito
•Imagem negativa da velhice.
•Frequentemente associada à doença,morte, improdutividade, dependência,decadência e solidão.
•Criança para brincar, adulto paratrabalhar e o velho para descansar. "Nãoé para a senhora fazer nada, tem que
descansar..."•A memória e a inteligência diminuemcom a idade. "Demente..."
•O velho não aprende, é desatento, nãopresta atenção a nada. "Caduco..."
• Velho assexuado, perde o interesse e acapacidade sexual. "Velho depravado /velha assanhada..."
•Velho não tem futuro. Já deu o quetinha que dar. "Isso não é mais paramim..."
•Velho volta a ser criança. "Agora ela éque é a minha filha. É o meu bebé..."
•O velho só deve conviver com velho.
• O velho vive do passado. "No meutempo..." "Não é do meu tempo..."
Fato
•A velhice é uma etapa vital peculiar.Existem velhos ativos, sadios,participantes.
•Doença, inatividade e morte podeocorrer em qualquer faixa etária.
•Todas as idades, todas as funções.Projeto de vida não só para descansar,
nem para viver só por coisas fúteis. Ovelho pode brincar, trabalhar edescansar.
•Não diminuem necessariamente, masmodificam-se. Necessidade de exercitara memória continuamente. Produçãointelectual, artística, empresarial, social,religiosa, pessoas com mais de 65 anos.
•Apreendem e prestam atenção ao quelhes interessa, ao que corresponde àssuas necessidades, aos seus anseios.Existem velhos que ocntinuam aproduzir a nível económico, social,cultutal e artístico.
•Relações sexuais mantidas. Ocorreredução da frequência, falta deinteresse, de parceiros.
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A qualidade de vida dos idosos sofre os efeitos de numerosos fatores, entre eles o
preconceito dos profissionais, familiares e dos próprios idosos em relação à velhice.
Há, assim, a necessidade de trabalhar esses mitos desde a infância, através dos meios
de comunicação social, nas escolas, nas famílias.
“É fundamental estimular ações que promovam educação gerontológica continuada,
visando combater a maior forma de violência: o Preconceito contra a Velhice. Só assim
será possível construir uma sociedade livre de discriminação, negligência, maus tratos,
exploração e opressão.” (Machado & Queiroz, 2002)
1.9 Representações da morte
Morte pode ser definida como sendo o cessar irreversível de:
1. do funcionamento de todas as células, tecidos e órgãos;
2. do fluxo espontâneo de todos os fluídos, incluindo o ar (“último suspiro”) e o
sangue;3. do funcionamento do coração e pulmões;
4. do funcionamento espontâneo de coração e pulmões;
5. do funcionamento espontâneo de todo o cérebro, incluindo o tronco cerebral
(morte encefálica);
6. do funcionamento completo das porções superiores do cérebro (neocórtex);
7. do funcionamento quase completo do neocórtex;
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imagem do idoso. Em parte, devido ao aumento da expectativa de vida e os problemas
decorrentes do despreparo quanto a que atitudes devem ser tomadas tanto no que diz
respeito a aspetos sociais de atenção a saúde como a um sistema previdenciário que
os apoie. Atitudes preconceituosas têm feito da terceira idade um fardo aos que a
possuem. O ideal não é simplesmente prolongar a vida como a ciência tem feito, mas
que haja condições favoráveis a uma vida digna onde não haja omissão quanto às
condições do idoso. A verdade é que a velhice não é um problema social, mas a forma
com que a sociedade tem lidado com ela tem trazido problemas sociais. A
possibilidade de ações multidimensionais, tendo em vista as características da velhicee das suas determinantes biopsicossociais assustam-nos, principalmente a partir do
momento da nossa conscientização de que também passaremos por esse processo que
nos coloca a uma pequena distância da morte, responsável por nos banir de uma
sociedade que pensamos depender de nós, mas que nos transcende. A morte biológica
significa o fim do organismo humano, mas o ser social só deixa de existir a partir do
momento em que uma série de cerimónias de despedida é realizada e a sociedadereafirma a sua continuidade sem ele. Existe grande diferença entre conceitos pensados
como sinónimos. Envelhecimento, idoso e velhice distinguem-se quanto aos seus
aspetos. O envelhecimento é o processo que ocorre durante o curso da vida, onde há
modificações biológicas, psicológicas e sociais. O ser humano modifica-se
somaticamente do nascimento até a morte. O idoso geralmente é especificado pelo
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relação ao outro, a extinção evoca a vulnerabilidade pela sensação de
abandono.
O que parece mais temido na morte depende da época de vida de cada um e das
circunstâncias do momento como, por exemplo: o perigo eminente devido a situações
externas de guerras, crimes, violência; perturbações internas que ameaçam o sujeito,
como medos e fobias, ou mesmo a morte de alguém.
Para alguns a morte amedronta, pois é vista como fim ou como perda da consciência
idêntica ao adormecer, desmaiar ou perder o controlo. O medo da morte pode conter
também o medo da solidão, da separação de quem se ama, o medo do desconhecido,
o medo do julgamento pelos atos terrenos, o medo que possa ocorrer aos
dependentes, o medo da interrupção dos planos e fracasso em realizar os objetivos
mais importantes da pessoa. São tantos os medos, que algum sem dúvida faz parte da
nossa vida.
Os fatores que mais influenciam, no sentido de conter o medo da morte, são: a
maturidade psicológica do indivíduo, a sua capacidade de enfrentamento, a orientação
e o envolvimento religiosos que possa ter e a sua própria idade.
Resumo:
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1.10 Problemas sociais da velhice
1.11 A pessoa idosa no final do séc. XX
O envelhecimento tornou-se uma questão social e urgente.
Nas últimas décadas, os avanços da medicina e a melhoria da qualidade de vida
contribuíram para o aumento da expectativa de vida da população. Esta situação
modificou a pirâmide etária, que se estreitou na base (infância e adolescência), e se
alargou no topo (velhice), pelo aumento da expectativa de vida e a diminuição da
mortalidade infantil.
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Surge, então, um novo vocábulo para designar o grupo: a “terceira idade”, etapa
interposta entre a reforma e a velhice. Entretanto, a colocação de todos os idosos sob
o rótulo de terceira idade tem criado novos recortes como o “velho jovem” e o “jovem
velho”. A terceira idade torna-se categoria classificatória de uma classe heterogénea,
mascarando a realidade social.
Assim, constatando-se o prolongamento da vida sem a melhoria das suas condições,
torna-se o idoso um estorvo social face à economia capitalista.
As categorias de idade são construções histórico-sociais. A “terceira idade”, por ex., é
uma criação das sociedades ocidentais contemporâneas, implicando na criação de umanova etapa de vida, acompanhada de agentes, instituições e mercados especializados.
Os recortes de idade trazem a associação de práticas sociais. Estabelecem direitos e
deveres, definem diferenças entre gerações, distribuem poder e privilégios, o que
pode ser percebido na idade para entrada e saída do mercado de trabalho, para votar,
para casar, para morrer (socialmente), para estudar, etc.
A idade geracional, por ex., estabelece-se culturalmente, independentemente daestrutura biológica e dos estádios de maturidade. A ideia de gerações supõe pessoas
que vivenciaram as mesmas épocas, e a
mudança de geração implica mudanças de
comportamento, na produção de uma memória
coletiva e construção de uma tradição. Os idosos
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Novas estratégias para a transição para a reforma precisam de ser criadas com o
objetivo de preparar as pessoas para a mudança, de forma a se programarem para
alcançar novos projetos de vida após a reforma.
A velhice, na sociedade industrial capitalista, tem ficado à margem dos interesses
produtivos. O idoso tem sido rejeitado, e somente aqueles com prestígio social e de
classes favorecidas podem esquivar-se da marginalidade social através dos seus bens
acumulados. Ser idoso neste contexto é lutar para continuar a ser homem, para
sobreviver, sendo impedido de lembrar e ao mesmo tempo sofrendo as adversidades
de um ser que gradualmente se desagrega.A sociedade industrial atribui à velhice a manutenção de papéis sociais do passado,
relacionados à força produtiva, e que não correspondem mais ao idoso. Nesta
sociedade, os idosos não podem errar. Deles esperamos infinita tolerância, perdão, ou
uma abnegação servil para a família. Momentos de cólera, de esquecimento, de
fraqueza são duramente cobrados aos idosos e podem ser o início do seu banimento
do grupo familiar.Na velhice, a dificuldade de realizar tarefas fica evidente: as distâncias mais longas, as
escadas mais difíceis de subir, as ruas mais perigosas para atravessar. O mundo torna-
se uma ameaça e falhas são condenadas, tornando o idoso inseguro, com medo da
solidão e da marginalização social.
A relação dos familiares com o idoso também se modificou. Representado como frágil,
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Homens tendem a avaliar a sua idade pela produção no trabalho e as mudanças na
saúde, enquanto as mulheres a avaliam de acordo com as mudanças no núcleo familiar
(saída dos filhos, chegada dos netos, etc.).
Na velhice é preciso saber refletir sobre o vivido, assumindo novas posturas, como o
resgate de valores e modos de viver ainda não assumidos; o rompimento de rotinas, a
retomada de planos de vida incompletos; o resgate de desejos pessoais; o retorno às
emoções e sentimentos; e a reconstrução da identidade pessoal e social com base em
novos interesses e motivações. A vida é um “jogo de ganhos e perdas” e o problema da
velhice tem sido não saber tirar proveito desse jogo, pois ao interpretar a vida, emcompreender o outro, em ser sensível e em perceber o que é essencial, em descobrir
habilidades, e em dedicar-se ao outro. Envelhecer não é seguir um caminho já traçado
mas, pelo contrário, construí-lo permanentemente.
Em função das suas representações sociais sobre a velhice, idosos assumem práticas
sociais que valorizam ou não a si mesmos. Para uns, ser idoso é começar a adoecer,
não ver bem, esquecer tudo, deprimir-se, sentir-se inferior e perder o entusiasmo pelavida. Para outros, é tempo de novas experiências e conquistas, de convívio com
amigos, viagens, ajuda aos outros e desenvolvimento de capacidades.
1.12 Mudanças de atitudes do idoso frente a velhice
Hoje, interesses em como viver o máximo possível, morrer dignamente, encontrar
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submetendo a uma cronologia medida artificialmente através dos rótulos. O homem éum ser inevitavelmente direcionado para morrer, o que o faz atuar na sociedade de
maneira envolvente, até atingir a velhice, quando a liberdade do deixar estáplenamente desenvolvida.
1.13 Envelhecimento ativo
Noção: É a capacidade das pessoas que avançam em idade terem uma vida produtivana sociedade e na economia que quer dizer que possam determinar a forma como
reparam o tempo entre as atividades de aprendizagem, o trabalho, o lazer e oscuidados a outros.Assenta na possibilidade de os indivíduospoderem optar por manter uma atividaderemunerada ou não.O projeto de uma vida adulta prolongada revela-se um desafio pessoal – quem sou eu, ondeestou, para onde vou. Exige esforço, é expressãode liberdade e de autonomia, está associado aoconceito de progresso, tenta controlar o futuro,altera a perceção do tempo e permite encarar arealidade como relacional.Foram identificados comportamentos que
classificaram como mais favoráveis, quer à reconstrução dos laços sociais, quer dospapéis e dos estatutos, com efeitos positivos no envelhecimento e na prevenção dos
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Políticas de emprego, de formação ao longo da vida, de rendimentos, de informação,de acesso a cuidados de saúde (preventivos, curativos e de reabilitação) e de acesso a
serviços sociais entendem-se como estratégias de promoção da qualidade de vida detodos os cidadãos de todas as idades.
Envelhecer de uma forma ativa deve ser entendido como um direito e um dever que atodos congrega: indivíduos pelo incentivo à cidadania, coletivo pela assunção depolíticas integradoras, de discriminação positiva (anti exclusão), de garantia de direitoà autodeterminação e à participação na vida das comunidades e da sociedade, e bem
assim à oferta de cuidados adequados à preservação da autonomia. Todas as pessoasidosas, mesmo em situação de dependência, devem poder envelhecer permanecendoativas. É necessário precavermo-nos contra o risco de privilegiar as pessoas idosasmais jovens em detrimento das pessoas muito idosas e de ter bem presente que arelação entre atividade e saúde (nomeadamente a estimulação mental) mantém-seválida para as muito idosas.O investimento na prevenção da doença, das incapacidades e da perda de
competências constituem eixos de maior importância.Acessibilidades, adaptação ao habitat, comunicação, serviços de proximidade, sãoeixos estratégicos orientados para a qualidade de vida de todos e consequentementedo envelhecimento de todos de forma ativa, com dignidade e segurança. As condiçõeshabitacionais não devem sabotar a situação de saúde e a autonomia das pessoas
idosas. É desejável que a habitação para as pessoasidosas obedeça a características e normas específicas,
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Independência é, em geral, entendida como a habilidade de executar funçõesrelacionadas à vida diária – isto é, a capacidade de viver independentemente na
comunidade com alguma ou nenhuma ajuda de outros.
Qualidade de vida é “a perceção que o indivíduo tem da sua posição na vida dentro docontexto da sua cultura e do sistema de valores de onde vive, e em relação aos seusobjetivos, expetativas, padrões e preocupações. É um conceito muito amplo queincorpora de uma maneira complexa a saúde física de uma pessoa, o seu estadopsicológico, o seu nível de dependência, as suas relações sociais, as suas crenças e a
sua relação com características proeminentes no ambiente” (OMS, 1994). À medidaque um indivíduo envelhece, a sua qualidade de vida é fortemente determinada pelasua habilidade de manter autonomia e independência.
Expetativa de vida saudável é uma expressão geralmente usada como sinónimo de“expetativa de vida sem incapacidades físicas”. O tempo de vida que as pessoas podemesperar de cuidados especiais é extremamente importante para uma população em
processo de envelhecimento.
Os fatores determinantes do envelhecimento ativo:
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Os fatores culturais também influenciam na busca de comportamentos mais saudáveis.As políticas e os programas precisam de respeitar culturas e tradições e, ao mesmo
tempo, desmistificar estereótipos ultrapassados e informações erróneas.O género é uma “lente” através do qual se considera a adequação de várias opçõespolíticas e o efeito destas sobre o bem-estar dos homens e das mulheres.O papel tradicional das mulheres como responsáveis pelos cuidados com a famíliapode conduzir ao aumento da pobreza e de problemas de saúde quando ficam maisvelhas. Por outro lado, homens jovens e adultos estão mais sujeitos a lesõesincapacitantes ou morte devido à violência, riscos ocupacionais e ao suicídio. Também
assumem comportamentos de maior risco (beber, fumar…).
Fatores comportamentais determinantesA adoção de estilos de vida saudáveis e a participação ativa no cuidado da própriasaúde são importantes em todos os estádios da vida.Um dos mitos do envelhecimento é que é tarde demais para se adotar esses estilosnos últimos anos de vida. Pelo contrário, o envolvimento em atividades físicas
adequadas, alimentação saudável, a abstinência do fumo e do álcool, e fazer uso demedicamentos corretamente podem prevenir doenças e o declínio funcional,aumentar a longevidade e a qualidade de vida do indivíduo.
Fatores determinantes relacionados a aspetos pessoaisA biologia e a genética têm uma grande influência sobre o processo deenvelhecimento.A razão principal dos idosos ficarem doentes com mais frequência que os jovens é que
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Os perigos no ambiente físico podem causar lesões incapacitantes e dolorosas nosidosos, e as mais frequentes são decorrentes de quedas, incêndios e batidas nos
automóveis.Os padrões de construção devem levar em conta as necessidades de saúde esegurança das pessoas idosas, como os obstáculos nas residências que aumentam orisco de quedas precisam ser corrigidos ou removidos.
Fatores determinantes relacionados ao ambiente socialApoio social, oportunidades de educação e aprendizagem permanente, paz e proteção
contra a violência e maus tratos são fatores essenciais do ambiente social queestimulam a saúde, participação e segurança, à medida que as pessoas envelhecem.
Fatores económicos determinantesRendaProteção social
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experiência mostrou que a aposentadoria antecipada usada para dar espaço a novosempregos para os desempregados não foi uma solução eficaz.
Nos países menos desenvolvidos, os idosos tendem a se manter economicamenteativos na velhice pela necessidade. No entanto, industrialização, adoção de novastecnologias e mobilidade do mercado de trabalho estão ameaçando muito do trabalhotradicional dos idosos, especialmente nas áreas rurais. Os projetos dedesenvolvimento precisam garantir que idosos sejam qualificados para esquemas decrédito e plena participação nas oportunidades de geração de renda.Tanto nos países em desenvolvimento quanto nos desenvolvidos, os idosos algumas
vezes responsabilizam-se pela administração do lar e pelo cuidado com crianças, deforma que os adultos jovens possam trabalhar fora de casa.Em todos os países, os idosos qualificados e experientes atuam como voluntários emescolas, comunidades, instituições religiosas, negócios e organizações políticas e desaúde. O trabalho voluntário beneficia os idosos ao aumentar os contatos sociais e obem-estar psicológico e, ao mesmo tempo, oferece uma relevante contribuição para ascomunidades e nações.
1.14 Desafios de uma população em processo de envelhecimentoOs desafios de uma população em processo de envelhecimento são globais, nacionaise locais. Superar esses desafios requer um planeamento inovador e reformas políticassubstanciais tanto em países desenvolvidos como em países em transição.
1.º Desafio: A carga dupla de doençasÀ medida que as nações se industrializam, mudanças nos padrões de vida e trabalho
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A probabilidade de sofrer sérias deficiências cognitivas e físicas aumentadramaticamente em pessoas de idade muito avançada.
Entretanto, as doenças associadas ao processo de envelhecimento e o início dedoenças crónicas podem ser prevenidas ou adiadas.Algumas mudanças na comunidade são importantes, tanto na prevenção dedeficiências como na redução das restrições que pessoas com incapacidadegeralmente enfrentam. Observou-se um progresso impressionante no tratamento alongo prazo de doenças crónicas como hipertensão e artrite, incluindo novas técnicaspara diagnóstico e tratamento precoces. Os estudos recentes enfatizaram que o
aumento do uso de acessórios – desde simples acessórios pessoais, como bengala,andarilho e corrimão, até tecnologias desejadas por toda a população como telefones
– podem reduzir a dependência entre portadores de deficiência.Outras deficiências relacionadas à idade incluem perda de visão e audição. As maisfrequentes causas de cegueira e deficiência visual relacionadas à idade incluemcatarata (quase 50% de todos os tipos de cegueira), glaucoma, degeneração macular eretinopatia diabética.
A perda auditiva leva a uma das deficiências mais difundidas, especialmente entrepessoas idosas. Essa perda pode causar dificuldades de comunicação, o que por suavez pode levar à frustração, baixa autoestima, reclusão e isolamento social.Como as populações do mundo todo vivem por mais tempo, há uma necessidadepremente de políticas e programas que ajudem a prevenir e reduzir a carga dedeficiências na velhice tanto em países desenvolvidos como naqueles emdesenvolvimento.
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As informações e instruções sobre o envelhecimento ativo precisam ser incorporadosao currículo e aos programas de treinamento para todos os trabalhadores das áreas
sociais, de saúde, de recreação, planeamento urbano e arquitetura.
4.º Desafio: A feminização do envelhecimentoAs mulheres vivem mais do que os homens em quase todos os lugares. Este fatoreflete-se na maior taxa de mulheres por homens em grupos etários mais velhos.As mulheres têm a vantagem da longevidade, mas são vítimas mais frequentes daviolência doméstica e de discriminação no acesso à educação, salário, alimentação,
trabalho significativo, assistência à saúde, heranças, medidas de seguro social e poderpolítico. Essas desvantagens cumulativas significam que as mulheres, mais que oshomens, tendem a ser mais pobres e a apresentar mais deficiência em idades maisavançadas.Por causa de sua posição de cidadãs de segunda-classe, a saúde das mulheres maisidosas é geralmente negligenciada ou ignorada. Além disto, muitas mulheres possuempouca ou nenhuma renda devido aos anos de trabalho não remunerado. O cuidado
familiar é frequentemente suprido em detrimento da segurança econômica e da boasaúde na idade mais avançada.
5.º Desafio: Ética e iniquidadesAlguns avanços científicos e a medicina moderna suscitaram várias questões éticas.Em todas as culturas, os consumidores precisam estar bem informados sobre as falsasdeclarações de produtos anti envelhecimento e os programas que são ineficazes oumesmo prejudiciais.
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beneficiários do desenvolvimento. Reconhece a importância das relações e do apoioentre familiares e diferentes gerações.
Requer programas que apoiem o aprendizado em todas as idades e permitam àspessoas entrar e sair do mercado de trabalho para assumir o papel de cuidadores emdiferentes momentos.Essa abordagem apoia a solidariedade entre as gerações e fornece maior segurançapara crianças, pais e pessoas idosas.Educar os jovens sobre o envelhecimento e cuidar da manutenção dos direitos daspessoas mais velhas irão ajudar a reduzir e eliminar a discriminação e o abuso.
1.15 Ser velho hoje, no meio rural e no meio urbanoEm primeiro lugar, devemos distinguir o idoso rural do idoso urbano.Em segundo lugar, devemos olhar o idoso no contexto da família, incluindo filhos enetos.Finalmente, deverão ser analisadas as relações sociais complexas fora da família.Assim, o idoso, no meio rural, era uma figura privilegiada no seio da comunidade. À
sua figura estava ligada toda a história familiar e patrimonial; fossem ricas ou pobres,as famílias mantinham no seu seio o idoso. O seu património constituía como que umagarantia de assistência á velhice. Embora a divisão do património resultasse de umsistema de desigualdades no seio das comunidades, a verdade é que idoso, através doseu património, estava presente na família e geria os seus bens até ao dia em quemorria. Na família, o idoso era uma ponte de ligação ou relacionamento com a geraçãoseguinte.Este modelo rural começou a ser alterado há dois séculos através da industrialização e
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1.16 Respostas institucionais1.17 Pensar novas respostas
Cada vez mais, torna-se fundamental manter a pessoa idosa no seu meio social tendoem vista o seu bem-estar físico, psíquico e emocional. Desta forma, questiona-se cadavez mais a institucionalização da pessoa idosa como resposta social prevalente,verificando-se uma tendência para a atuação conjunta dos vários organismosinstitucionais, quer a nível nacional como a nível local no sentido de criar respostasalternativas à institucionalização do idoso. Criaram-se nos últimos anos respostas tais
como: os serviços de apoio domiciliário, centros de dia e de convívio, e até mesmo osserviços de acolhimento domiciliário. A nível nacional, as respostas sociaisinstitucionais existentes podem caracterizar-se segundo dois tipos: o acolhimentopermanente que engloba os equipamentos de colocação institucional de idosos, taiscomo: os lares, as residências e famílias de acolhimento; o acolhimento temporário, decarácter não institucional, reúne os serviços de apoio e acompanhamento local dosidosos, tais como: os serviços de apoio domiciliário.
Cada vez mais, as instituições tentam oferecer serviços que promovam umenvelhecimento bem-sucedido, que potenciem a conservação do empenhamentosocial e do bem-estar subjetivo, conceitos estes difundidos pelos especialistas nestamatéria.Nos últimos anos têm vindo a realizar-se vários estudos no sentido de se saber quais osfatores que mais contribuem para a melhoria da qualidade e diversidade das respostassociais que permitam uma maior satisfação das necessidades da pessoa idosa, queresteja ou não institucionalizada. Um dos estudos mais ambiciosos neste domínio foi
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O desenvolvimento pessoal, que representa as oportunidades dedesenvolvimento intelectual, e autoexpressão;
As atividades recreativas que podem subdividir-se em três partes: Socialização,entretenimento, passivo ou ativo;
As atividades de carácter espiritual, em que estão envolvidas, a atividadesimbólica, religiosa e o autoconhecimento.
Muitos estudos vêm referir que a qualidade de vida, ou falta desta nos idosos,depende em grande medida do facto dos idosos possuírem autonomia para executaras atividades do dia-a-dia, manter uma relação familiar ou com pessoas significativas
para si, ter recursos económicos suficientes e desenvolver/participar em atividadeslúdicas e recreativas continuamente.Segundo Jacob (2002), as respostas sociais tendem a evoluir, sendo que os estudosapontam para:
O aumento da procura deste tipo de serviços, havendo um elevado nível deprocura expressa não satisfeita (lista de espera) nas valências para idosos;
Que os atuais centros de convívio poderão evoluir para as chamadas
universidades de terceira idade, tornando-se assim mais dinâmicos, e com umamaior adesão por parte dos idosos, sendo mais ativos; Para que os Centros de Dia funcionem todos os dias da semana (fins de semana
e férias) e em horário mais alargado; Que os serviços de apoio domiciliário tenderão a aumentar, assim como os
serviços tenderão a funcionar todos os dias, mesmo no horário noturno; Que os lares tenderão a diminuir, tornando-se cada vez mais especializados em
grandes dependentes e idosos com demências;
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Lares de Idosos – equipamentos coletivos de alojamento permanente outemporário, destinados a fornecer respostas a idosos que se encontrem em
risco, com perda de independência e/ou autonomia. A insuficiência de lares de idosos estatais tem dado origem a uma verdadeira
proliferação de lares privados (que visam essencialmente fins lucrativos), quemuitas vezes funcionam clandestinamente e sem as condições que confiramaos idosos o mínimo de dignidade.
Lares para Cidadãos Dependentes – constituem respostas residenciais a idosos,que apresentam um maior grau de dependência (acamados).
Centros de Dia – constituem um tipo de apoio dado através da prestação de umconjunto de serviços dirigidos a idosos da comunidade, cujo objetivofundamental é desenvolver atividades que proporcionem a manutenção dosidosos no seu meio sociofamiliar.
Centros de Convívio – são centros a nível local, que pretendem apoiar odesenvolvimento de um conjunto de atividades sócio recreativas e culturaisdestinadas aos idosos de uma determinada comunidade.
Apesar das respostas sociais nem sempre corresponderem ao desejável, vai-senotando uma crescente preocupação em implementar respostas inovadoras,destacando-se recentemente:
O Apoio Domiciliário – consiste na prestação de serviços, por ajudantes e/oufamiliares no domicílio dos utentes, quando estes, por motivo de doença ououtro tipo de dependência, sejam incapazes de assegurar temporária oupermanentemente a satisfação das suas necessidades básicas e/ou realizar assuas atividades diárias. É um tipo de apoio que conquistou muitos adeptos, na
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1.18 O idoso no contexto familiarCom o advento das transformações fisiológicas e psicológicas ocorridas durante o
processo de envelhecimento, o idoso tende, com o avanço dos anos, a viver uma vidasocial mais restrita, cingindo-se deste modo cada vez mais à sua família. Emconsequência, esta torna-se um fator básico não só à sobrevivência do idoso, mastambém para que este se mantenha emocionalmente equilibrado, face àscontingências do declínio biopsicossocial.De facto, a família é uma célula fundamental, enquanto lugar privilegiado de trocasintergeracionais. É aí que as gerações se encontram, se entreajudam e completam de
forma intensa. No entanto, nas sociedades onde a expectativa de vida está a serampliada, as relações familiares apresentam novos desafios e de acordo com Nelson eNelson (citado por Freitas et al, 2002) há questões éticas que devem ser consideradas:
“Os membros da família não são substituíveis por similares ou pessoas melhorqualificadas.
Os membros da família são vinculados uns aos outros. A necessidade de intimidade produz responsabilidade. As famílias são histórias em andamento…” O decurso e desenvolvimento da Sociedade Humana tem mostrado que como
“unidade social a família é capaz de resolver ou ajudar a resolver problemasbiopsicossociais, individuais ou coletivos, apesar de poder ser também geradora deconflitos e doenças”. Neste sentido a família tem de ser uma estrutura cujo desenvolvimento se obtém através dos esforços dos seus membros na realização devárias tarefas nomeadamente: adaptação, proteção, participação, crescimento esuporte na afetividade (Nina e Paiva, 2001).
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Ajudar cada membro da família é uma função que engloba o apoio físico,financeiro, social e emocional que são aspetos relevantes para a maioria dos
idosos. Este apoio verifica-se através de estruturas organizadas de papéisfamiliares interdependentes e baseiam-se nas reações emocionais dos seusmembros. Vivem em grupo e cultivam sentimentos de pertença e decorresponsabilização.
Por outro lado, o estabelecimento de autonomia e independência para cadaum dos seus membros tem-se revelado uma medida geradora e facilitadora decrescimento pessoal para os indivíduos, que se desenvolvem e adaptam no seio
da família, assumindo particular destaque nos elementos mais velhos.Outras funções defendidas são:
Adaptação – que consiste na utilização de recursos dentro e fora da família,para a solução de um problema, nomeadamente quando o equilíbrio da famíliaestiver ameaçado durante uma crise.
Participação – ou seja a partilha na tomada de decisões e dasresponsabilidades, pelos membros da família.
Crescimento – maturidade física e emocional e ainda realização conseguidapelos membros da família através do mútuo apoio e orientação.
Afeto – relações de cuidados ou ternura que existem entre os membros dafamília.
Decisão – compromisso assumido de dedicar tempo a outros membros dafamília, encorajando-os física e emocionalmente. Além disso, implica tambémuma decisão de bens e espaço.
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No desenrolar destas “incapacidades de resposta” a família tem sido publicamenteresponsabilizada pelo abandono dos seus idosos, contribuindo para tal a generalização
de uma ideia, um pouco mítica, da família extensa de outrora.Assistimos atualmente à “substituição do papel familiar” pelas chamadas redes sociaisde apoio (onde são incluídas as instituições para idosos).
2. Deontologia e ética profissional
“Não faças aos outros o que não quereis que façam a ti” é um dos fundamentais
princípios da ética. Mas seria justificado afirmar: “tudo o que fizeres a outros fá-lo-ástambém a ti próprio.” (Erich Fromm, Ética e Psicanálise)
2.1 NoçõesÉtica: É uma reflexão sobre os princípios quese baseiam na moral, ou seja, é o modo de sere de atuar do homem, estabelece normas
gerais de comportamento deixando a cadaindivíduo a responsabilidade pelos seus atosconcretos. Quando se fala de ética, fala-se dereflexão sobre os nossos atos, o nosso caráter,personalidade.Deontologia: Deontologia é uma ciência queestuda os deveres especiais de umadeterminada situação, de certas profissões.
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2.3 Sigilo profissional
2.4 Atos lícitos e ilícitosO critério de distinção é o de conformidade com a lei, projetando-se esta distinçãoigualmente no regime dos efeitos jurídicos do ato, é uma distinção privativa dos atos
jurídicos.A razão de ser desta delimitação reside na circunstância de a ilicitude envolver sempreum elemento de natureza subjetiva que se manifesta num não acatamento, numarebeldia à Ordem Jurídica instituída. Envolve sempre uma violação da norma jurídica,
sendo nesse sentido a atitude adotada pela lei a repressão, desencadeando assim umefeito tipo da violação – a sanção.Os atos ilícitos, são contrários à Ordem Jurídica e por ela reprovados, importam umasanção para o seu autor (infrator de uma norma jurídica).Os atos lícitos são conformes à Ordem Jurídica e por ela consentidos. Não podemosdizer que o ato ilícito seja sempre inválido. Um ato ilícito pode ser válido, emboraproduza os seus efeitos sempre acompanhado de sanções. Da mesma feita, a
invalidade não acarreta também a ilicitude do ato.A distinção entre atos jurídicos simples ou não intencionais ou calculados, não põe emcausa o problema da intervenção da vontade, não obstante se atenda à relevância davontade no regime dos efeitos jurídicos do ato.Há certos atos jurídicos que bastam com a vontade do agente, dirigida a uma condutaem si mesma. Esta conduta, tem no entanto de ser querida pelo agente e necessitasempre de uma ação humana – sendo esta apta e suficiente para que se produzam osefeitos previstos na forma jurídica.
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São contrários à Ordem Jurídica e por ela reprovados, importam uma sanção para oseu autor (infrator de uma norma jurídica).
Os atos lícitos são conformes à Ordem Jurídica e por ela consentidos. Não podemosdizer que o ato ilícito seja sempre inválido.Um ato ilícito pode ser válido, embora produza os seus efeitos sempre acompanhadode sanções. Da mesma feita, a invalidade não acarreta também a ilicitude do ato.
3. Animação – conceitos, princípios e técnicas
3.1 Processos de comunicação e observação/ Comunicação –
análise transacionalA palavra transacional vem de transação. Transaçãosignifica troca, isto é, um intercâmbio. Dentro da AnáliseTransacional, por outro lado, a palavra transação significacomunicação, onde se dá uma troca de perguntas erespostas em que duas ou mais pessoas fazem entre si.Ao estudarmos a palavra comunicação e separarmos as
cinco primeiras letras e as quatro últimas se formarão asseguintes palavras: COMUM e AÇÃO, ou seja: COMUN ICAÇÃO.
Desta forma, para que ocorra uma boa comunicação, é preciso que exista uma açãoem comum, isto é, algo em comum entre as pessoas. Além de que, para que se efetiveuma boa comunicação, é necessário estabelecer uma relação de confiança e derespeito mútuo entre os envolvidos.Neste sentido, a Análise Transacional, abreviada para AT, constitui-se numa teoria da
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e podem ser: simples, complexas, complementares, cruzadas, ulteriores-angulares,ulteriores-duplex.
3.1.1 CaríciasSão estímulos sociais dirigidos de um ser vivoa outro, o que por sua vez, reconhece aexistência daquele. É o reconhecimento queuma pessoa dá à outra.São essenciais à vida de uma pessoa. Foi
demonstrado que recém-nascidos necessitamcarícias físicas reais a fim de sobreviver. Osadultos podem arranjar-se com menos caríciasfísicas, pois aprendem a trocar caríciasverbais: carícias positivas, como elogios ouexpressões de apreciação ou carícias
negativas, como julgamentos negativos ou depreciações. Assim, a troca de carícias é
uma das coisas mais importantes que as pessoas podem fazer em suas vidas.Podem ser classificadas: adequadas ou inadequadas; positivas e negativas;condicionais e incondicionais; físicas, verbais, gestuais ou escritas.Muitos seres humanos vivem num estado de fome de carícias e sobrevivem com umadieta deficiente, "de um modo semelhante às pessoas que sofrem privação de comida"e despendem uma grande parte de seu tempo e de seus esforços, tentando satisfazersua fome. As carícias positivas, também chamadas "carinhos quentes", como porexemplo, apertar as mãos ou dizer "eu te amo", provocam na pessoa que as recebe um
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posição existencial. As pessoas podem sentir-se OK ou não OK sobre si mesmas e sobreos outros, de modo que há quatro posições existenciais:
1.ª) Eu estou OK/ Tu estás OK (+/+) – Realista;2.ª) Eu estou OK/ Tu não estás OK (+/-) – Projetada;3.ª) Eu não estou OK/ Tu estás OK (-/+) – Depressiva; e4.ª) Eu não estou OK/ Tu não estás OK (-/-) – Fútil.
3.1.3 Argumento de vidaÉ um plano ou um programa concebido na infância, baseado em influências parentais.
É necessário para responder a perguntas do tipo “Quem sou eu?”, “O que faço aqui?”. A influência dominante na convivência social é o argumento e este é baseado nasprimeiras experiências dos indivíduos com os seus pais, os quais passam a ser osprincipais determinantes dos relacionamentos e da escolha dos futuros companheiros.
3.1.4 Jogos psicológicos e simulaçõesOs jogos são séries de transações ulteriores, aparentemente racionais, que progridemem direção a um resultado previsível e bem definido. São uma série de transações comarmadilhas inconscientes para os jogadores. Os envolvidos atuam em dois níveis: sociale psicológico.O aspeto fundamental dos jogos é que eles são trocas desonestas e dissimuladas decarícias. Um jogo é uma série repetitiva de transações ulteriores, com um começo,meio, fim e benefício final. O benefício final é uma vantagem oculta que motiva o
jogador a participar do jogo.Há três diferentes níveis de benefícios finais dos jogos: 1- O benefício final biológico
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3.1.5 Estruturação do tempoO ser humano está constantemente preocupado com o tempo, procurando formas de
o estruturar e programar.Estruturamos o tempo:- De estímulo;- De reconhecimento;- De estruturação do tempo;- De posição existencial;- De acontecimentos novos;
- De liderança.O tempo pode ser social, material e individual.
3.1.6 Caraterísticas da comunicação3.1.7 Elementos do processo de comunicação3.1.8 Princípios da observação
Comunicação como o intercâmbio de informação entre sujeitos ou objetos. Deste ponto devista, a comunicação inclui temas técnicos (por exemplo, a telecomunicação), biológicos (porexemplo, fisiologia, função e evolução) e sociais (por exemplo, jornalismo, relações públicas,publicidade, audiovisual e meios de comunicação de massa).A comunicação humana é um processo que envolve a troca de informações, e utiliza ossistemas simbólicos como suporte para este fim. Estão envolvidos neste processo umainfinidade de maneiras de se comunicar: duas pessoas tendo uma conversa face-a-face, ouatravés de gestos com as mãos, mensagens enviadas utilizando a rede global de
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Elementos da comunicação
Emissor - emite, codifica a mensagem;
Recetor - recebe, decodifica a mensagem; Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;
Código - conjunto de signos usado na transmissão e receção da mensagem;
Referente - contexto relacionado a emissor e recetor;
Canal - meio pelo qual circula a mensagem.
Comunicação verbal - é a linguagem realizada com sinais verbais. Ela divide-se em dois tipos:sonora (língua falada) e visual (língua escrita). É a linguagem que usa a língua-mãe (seja elaqual for - português, inglês, italiano …) Comunicação verbal escrita é a linguagem que usamos quando queremos escrever algumacoisa. Está presente em todos os lugares que vamos, quando conversamos com outra pessoaao vivo usamos a comunicação verbal, quando falamos pela internet, ou seja, escrevendo,também utilizamos este tipo de comunicação. Outros contextos em que esta aparece são, porexemplo, em jornais, revistas, livros, filmes, legendas dos próprios filmes, e tudo mais queutiliza a fala ou a escrita.
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3.2 Técnicas de Animação
“ Se providenciarmos alguma felicidade, algum conforto, aos outros a vida ganhará
significado” ( Autor: Dalai-Lama)
Animar consiste no processo de promover a participação das pessoas nas diversas atividadesdesta faixa etária da 3ª idade.Animação com o sentido de festa, de divertimento e o termo ocupação é mais utilizado nosentido de trabalho, de preenchimento útil do tempo, está também ligado ao conceito deocupação uma certa ideia de lazer, ocupar-se e consumir tempo de modo produtivo.
A animação tem como objetivo geral:
Identidade
Transcendência
Participação
Social
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Tendo em conta que a mobilidade destas pessoas é bastante reduzida, devem ser aplicadosexercícios sob orientação médica, pois será de grande valia para a saúde do idoso, movimentaro seu corpo.Dá-se uma diminuição da atividade pode conduzir a várias consequências, “como redução dacapacidade de concentração e reação, diminuição da autoestima, apatia, desmotivação,solidão e isolamento social”. (Luís Jacob)
Animação significa ação de dar vida e criar movimentos, isto é traz-nos uma ideia de alegria,dinamismo, vivacidade. A animação/ocupação é simultaneamente: social, cultural, desportiva,terapêutica e nessa medida preventiva. Deve favorecer o exercício e o desabrochar das
diversas faculdades da pessoa idosa opondo-se assim à imobilidade tanto físico como psíquica.Desta forma, podemos concluir que, a animação é de extrema importância como terapia paraa manutenção e desenvolvimento das capacidades e potencialidades dos idosos e suaintegração na comunidade, visto que com a entrada para a reforma quase sempre acarretamalgumas perturbações do equilíbrio psicológico que refletem sobre a saúde e ocomportamento na vida social, nas suas condições económicas e mesmo na vida cultural.
O movimento corporal é um fator de saúde e alegria
O animador tem de se envolver com esta população visto que os idosos são muito vulneráveis,carentes, desprotegidos e transtornam consigo sentimentos, como por exemplo:
Isolamento;
Insegurança;
Inutilidade;
Desintegração social;
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Motivar, sem regulamentos;
Promover, sem exigir demasiado;
Estimular, aconselhar sem forçar;
Informar, recomendar, despertar interesses sem dar lições;
Demover, inseguranças e medos sem os pôr a nu.
Nas pessoas idosas a motivação está muitas vezes ausente, assim compete ao animadorencontrar estratégias para convencer os idosos a participarem em atividades que se adaptemà sua já débil saúde.Conjunto de forças internas que mobilização o indivíduo para atingir um dado objetivo comoresposta a um estado de necessidade, carência ou desequilíbrio.A palavra motivação vem do latim movere , que significa "mover". A motivação é, então, aquilo
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Grupo – unidade social que consiste num certo número de indivíduos que mantém relações,um determinado papel, estatuto, estabelecidos no tempo e que possui um conjunto de valorese normas próprias, que regulamentam o seu comportamento.Um indivíduo quando pertence a um grupo deve manter um papel ativo e desempenhartarefas contributivas para o grupo.
Efeitos da coesão (ligação/união) do grupo:
Alta produtividade: constituição de um grupo em função de escolhapessoal do trabalhador (trata-se de união em termo de objetivo comum enão de atração dos membros do grupo);
Alta coesão: promove auto controle do grupo; Maior coesão: maior capacidade de os membros do grupo gerir pressões
vindas do exterior;
Condições que influenciam a coesão do grupo
Grau de dependência do indivíduo do grupo;
O número de necessidades que o grupo consegue responder ao indivíduo;
A coesão diminui em conformidade com tamanho do grupo;
A coesão é influenciada pela estabilidade do próprio grupo.
Tipos de grupo
Familiar: função protetora e sustentadora;
Círculos de amizade: turmas (são pessoas com as quais temos contactossociais, com as quais nos encontramos regularmente, pessoas quetrabalham connosco.)
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Técnica de integração: Permite analisar o comportamento pessoal e de grupo. A partir deexercícios bem específicos, que possibilitam partilhar aspetos mais profundos das relaçõesinterpessoais do grupo; Trabalhar a interação, comunicação, encontros e desencontros dogrupo; Ajuda a sermos vistos pelos outros na interação de grupo e como nos vemos a nósmesmos. O diálogo profundo no lugar da indiferença, discriminação, desprezo, vividos pelosparticipantes em suas relações; Os exercícios interpelam as pessoas a pensar suas atitudes eseu ser em relação;
Técnicas de animação e relaxamento: Tem como objetivo eliminar as tensões, soltar o corpo,voltar-se para si e dar-se conta da situação em que se encontra, focalizando cansaço,
ansiedade, fadigas etc. Elaborando tudo isso para um encontro mais ativo e produtivo; Estastécnicas facilitam um encontro entre pessoas que se conhecem pouco e quando o clima degrupo é muito frio e impessoal; Devem ser usadas quando necessitam romper o ambiente frioe impessoal ou quando se está cansado e necessita retomar uma atividade. Não parapreencher algum vazio no encontro ou tempo que sobra.
Técnica de capacitação: Deve ser usada para trabalhar com pessoas que já possuem algumaprática de animação de grupo; Possibilita a revisão, a comunicação e a perceção do que fazem
os destinatários, a realidade que os rodeia; Amplia a capacidade de escutar e observar; Facilitae clareia as atitudes dos animadores para que orientem melhor seu trabalho de grupo, deforma mais clara e livre com os grupos; Quando é proposto o tema/conteúdo principal daatividade, devem ser utilizadas dinâmicas que facilitem a reflexão e o aprofundamento; são,geralmente, mais demoradas.
Litúrgicas: Possibilitam aos participantes uma vivência e uma experiência da mística, dosagrado; Facilitam o diálogo com as leituras bíblias, com os participantes e com Deus; Ajudam
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A Socioterapia tem como finalidade de incentivar grupos de indivíduos (neste caso idosos) arealizar atividades sociais, em ambientes exteriores às quatro paredes das casas, nas quais osidosos costumam ficar limitados.
Algumas atividades sociais:
Visita a museus;
Centros comerciais, hipermercados;
Praças;
Exposições;
Restaurantes;
Uma troca de ideias, até sobre problemas de cada um.
O lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade,seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para desenvolversua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livrecapacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares
e sociais.» (Dumazedier, 1976, apud Oleias)A palavra LAZER deriva do latim: licere, ser lícito, ser permitido.Pode ser entendido por:
ATITUDE
TEMPO LIVRE
ACTIVIDADE RECREATIVAA palavra "lazer" pode ser interpretada por vários significados, com base em interpretações da
moral, da religião, da filosofia e do senso comum, contendo também, um sistema de
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Lazer = qualidade de vida da população idosa.
É necessário a identificação das necessidades de lazer, facilidade e dificuldade encontrada pelapessoa da terceira idade, assim será possível elaborar e propor atividades de lazer que atendae satisfação do grupo.
Não existe uma velhice. Existem muitas velhices!
O lazer e tempo livre nos idosos dependem de três aspetos:
Autonomia Rendimentos
AmbienteSe é autónomo:- Pode ser voluntário em associações e projetos de voluntariado- Pode ser voluntário como dirigente de associações- Fazer visitas de cortesia- Pode ser avô, mãe ou mulher
- Pode passear, ir ao café, jogar às cartas ou ir ao parque- Pode fazer ginástica- Pode ler, escrever ou ver televisão- Pode ser aluno ou professor numa universidade sénior- Ter uma horta- Namorar- Podem ir à internet- Pode trabalhar (por opção ou necessidade)
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1 - A recreação tem que ser encarada por quem pratica como um fim nela mesma. O únicoobjetivo é recrear-se.
2 – A recreação tem que ser escolhida livremente e praticada espontaneamente. Cada pessoapode optar pelo que gosta de fazer, de acordo com seus interesses.
3 – A prática da recreação busca levar o praticante à estados psicológicos positivos. Ela deveestar sempre ligada ao prazer e nunca à sensações desagradáveis e negativas.4 – A recreação deve propiciar o exercício da criatividade.5 – A recreação deve ser escolhida de acordo com os interesses comuns dos participantes. Aspessoas com as mesmas características têm uma tendência de se aproximarem e se agruparem
na busca da recreação que mais se adequa ao seu comportamento.
A Importância da Estimulação de Competências
Com o processo de envelhecimento ocorrem mudanças significativasnas áreas da autonomia, na capacidade física, cognitiva e naIntervenção Social, que se refletem nas competências do quotidianodo individuo.
As competências do quotidiano de pessoas idosas referem-se às capacidades de realizar astarefas do dia-a-dia, a manutenção pró-ativa de uma vida boa e saudável, independente,apesar das restrições da velhice. Estimular significa incitar, ativar animar, encorajar... Paraalém de tudo isto estimular é também criar meios de manter a mente, as emoções, ascomunicações e os relacionamentos em atividade. Quando é estimulado, o Idoso: ganhaautoestima; Fica mais desperto e mais participativo; Envolve-se mais em questões que o
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Objetivos gerais: é o objetivo central, o que se pretende na generalidade.Objetivos específicos: imediatos ou complementares, vão consolidar o objetivo geral, ou seja,derivam do facto de alcançar o objetivo principal. Atividade: é um meio de intervenção sobre a realidade, mediante a realização de açõesnecessárias para alcançar objetivos definidos.Tarefas: é um conjunto de ações que configura uma atividade.Ao elaborar um plano de atividades, tem de ter a indicação de quantidade e qualidade dos
recursos necessários (recursos humanos, serviços, equipa, verbas, bens…), envolvidos em cadaatividade, bem como a duração de cada atividade (cronograma).Recursos humanos: São pessoas adequadas e formadas para realizar as tarefas previstas. Isto
prevê que se tem de especificar o número de pessoal, as funções a realizar, indicando quem éo responsável de quê e como está distribuído o trabalho.Recursos materiais (logísticos): equipamentos, infraestrutura física, instrumentos, etc.,necessários para levar a cabo um plano de atividades.
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PLANIFICAÇÃO DAS ACTIVIDADES
Objetivos Atividades Tarefas Recursos
Gerais Específicos Materiais Humanos
Promover a
participação
dos utentes na
dinâmica da
instituição e na
vida da
comunidade.
Fortalecer as
relações
interpessoais e
grupais;
Criação de grupos
de interesse.
Realização do
campeonato de
cartas, dominó e
malha;
Atribuição de troféus
e diplomas aos
participantes.
Divulgação do
campeonato;
Inscrições;
Elaboração de
um cartaz
com o nome
dos
participantes;
Contacto com
a C.M….;
Vigilância dos jogos;
- Instalações
exteriores e
interiores do
Lar;
- Baralho de
cartas;
- Dominó;
- Damas;
- Diplomas;
- Troféus;
- Material de
- Utentes;
- Funcionários;
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Promover a
participação
dos utentes na
dinâmica da
instituição
Motivar os utentes
à participação do
cultivo da sua
horta
Cultivo e preparaçãodos terrenos. ***
Plantação das
sementes.
Selecção desementes
Compra de
semente
escritório;
Sementes
Estrume
Alfaias
agrícolas
Utentes
Maria…
….
- Retardar o
processo de
envelheciment
o
Sensibiliza-los para
a importância da
atividade física
- Ginástica - Contratar o
professor de
ginástica;
- Preparar o
espaço físico
- Bolas;
- Balões
- Arcos
- Colchões
- Professor
- Funcionários
- Natação Combinar o
dia da ida à
Fatos de banho
Toalhas
Utentes
Funcionário
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piscina;
Contactar o
professor;
Organizar
grupos
Comprar fatos
de banho F/M
Tocas
Chinelos
Professor
*** Metas: melhorar a autoestima do idoso; valorizar o próprio idoso e o seu trabalho; esquecimento dos problemas; alteração da rotina do dia-a-
dia.
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Critérios de avaliação:
Eficácia – perceber em que medida os objetivos foram atingidos e as ações/ atividades
foram realizadas;
Eficiência – relacionada com a avaliação do rendimento técnico da ação, resultados
obtidos relativamente aos recursos utilizados;
Adequabilidade – avalia em que medida a ação/ atividade foi adequada face ao
contexto e à situação na qual se pretendia intervir;
Equidade – destina-se a avaliar em que medida existiu igualdade de oportunidades de
participação de todos os intervenientes na ação/ atividade;
Impacto – utilizado numa perspetiva de médio ou longo prazo, destina-se a avaliar em
que medida a ação/atividade contribuiu para a melhoria da situação, numa perspetiva
de mudança.
O planeamento para a prevenção de doenças nos idosos consiste em:
Corrigir os hábitos deletérios (alimentação não balanceada, inatividade física,
tabagismo, obesidade, abuso de drogas).
Postergar diagnósticos e tratamento adequado das doenças
Acompanhamento e Animação da Pessoa Idosa
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Acompanhamento e Animação da Pessoa IdosaCEF Geriatria – Escola Secundária de Mirandela
Margarida Borges Pires Página 59
Objetivos Atividades Tarefas Recursos Cronograma
Geral Especifico
Humanos Materiais 1ª
sem
2ª
sem
3ª
sem
4ª
sem