Acústica - CIM028 - Curso Superior de Tecnologia em Luteria · Curso T ecnico versus Curso...

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Ac´ ustica - CIM028 Prof. Dr. Thiago Corrˆ ea de Freitas Curso Superior de Tecnologia em Luteria Setor de Educa¸c˜ ao Profissional e Tecnologica Universidade Federal do Paran´ a Aula 02 13 de Fevereiro de 2016 Prof. Dr. Thiago Corrˆ ea de Freitas

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Acustica - CIM028

Prof. Dr. Thiago Correa de Freitas

Curso Superior de Tecnologia em LuteriaSetor de Educacao Profissional e Tecnologica

Universidade Federal do ParanaAula 02

13 de Fevereiro de 2016

Prof. Dr. Thiago Correa de Freitas

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Curso Tecnico versus Curso Superior

Curso tecnico

I Tem como objetivo capacitar o participante para atuar nosetor produtivo.

I Possui um ensino focado e rapido.

I Seu diferencial esta nos conhecimentos praticos, ao apresentarmetodos e experiencias do cotidiano empresarial.

I O curso tecnico e focado na empregabilidade.

I O participante tem acesso imediato ao mercado de trabalho.

I Utiliza-se de ferramentas tecnologicas existentes para o seutrabalho.

Fonte: http://www.guiapronatec.com.br

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Curso Tecnico versus Curso Superior

Curso superior

I E caracterizado pelo domınio de princıpios cientıficos etecnologicos proprios.

I Possui enfase em determinado ramo de atividade humana.

I O curso superior tem maior tempo de duracao.

I A formacao mais generalista.

I Utiliza-se de ferramentas tecnologicas existentes para propornovas tecnologias.

Fonte: http://www.guiapronatec.com.br

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Luteria UFPR

I A missao do curso Superior de Tecnologia em Luteria daUniversidade Federal do Parana e a formacao de umprofissional da luteria, o luthier, o qual deve fomentar,construir e disseminar o conhecimento tecnico e artıstico daconstrucao de instrumentos musicais.

I A formacao e tal que os profissionais sejam capacitados aatuar em qualquer campo geral ou especıfico da Luteria, ouseja, aptos a conceber, planejar, projetar, e principalmenteconstruir e restaurar instrumentos musicais da famılia doscordofonos.

Fonte: http://www.luteria.ufpr.br/

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Luteria UFPR - Efeitos

I Acesso a formacao em Luteria.

I Melhoraria do nıvel de qualidade da Luteria no Brasil.

I Producao de conhecimento cientıfico em Luteria.

I Sentimento de comunidade na Luteria brasileira.

I Encaminhar egresso para Programas de Pos-Graduacao.

Fonte: Prof. Dr. Thiago e suas reflexoes.

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Metodologia de trabalho

I As aulas serao divididas em duas partes:I Primeira parte das 08h30 ate as 10h00;I Intervalo das 10h00 as 10h20;I Segunda parte das 10h20 ate as 12h00.

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Metodologia de trabalho

I As aulas serao expositivas com abertura a discussoes.

I Algumas atividades praticas serao realizadas em sala, comcarater demonstrativo.

I Serao indicadas leituras ao final de cada aula comocomplemento do conteudo visto em sala.

I Para evitar acumulo de trabalho e manter-se em dia com oandamento da disciplina, recomenda-se que a leitura sejarealizada antes da proxima aula.

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Metodologia de trabalho

I Os livros texto principais sao:

I HEWITT, P. G. Fısica conceitual. 11.ed. Porto Alegre:Bookman, 2011.

I MENEZES, F. A acustica musical em palavras e sons.1.ed. Sao Paulo: Atelie, 2004.

I ROEDERER, J. G. Introducao a fısica e psicofısica damusica Sao Paulo: EDUSP, 1998.

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Conteudo

I Grandezas fısicas, movimentos harmonicos, propriedades dosmovimentos harmonicos, estudo unidimensional do movimentoharmonico simples, movimento harmonico composto,propagacao da vibracao em solidos e fluidos. Elementosassociados a audicao: frequencia, intensidade, timbre.Vibracao de cordas, placas e solidos. Modos de vibracao,metodos computacionais para a analise do som. Pratica comgerador de frequencia.

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Avaliacao

I Duas provas escritas sem consulta, uma avaliacao em formade apresentacao oral.

I A media final e a media ponderada dos tres resultados, sendoos respectivos pesos: 0,4 prova escrita I, 0,4 prova escrita II e0,2 apresentacao oral.

I Segunda chamada de qualquer avaliacao deve ser solicitada nasecretaria, respeitando as normas da UFPR.

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Avaliacao

I Aprovacao: frequencia maior ou igual a 75% das aulas eaprovacao direta para notas maiores ou iguais a 70, realizacaode exame final para notas entre 40 ate 69, reprovacao diretapor nota para notas inferiores a 40. Reprovacao por falta parafrequencia inferior a 75% independente de nota. A presenca eregistrada atraves da assinatura do aluno em lista de presenca.

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Avaliacao

I Compete aos alunos a escolha de temas e datas para asapresentacoes.

I Na data da apresentacao devera ser entregue o materialescrito conforme modelo.

I Devera constar a consulta a pelo menos um livro e/ou umartigo nas referencias bibliograficas.

I A apresentacao oral sera pontuada da seguinte forma:I 25% contextualizacao historica;I 25% explicacao da teoria, material ou metodo apresentado;I 25% qualidade do material apresentado;I 25% preparacao do aluno.

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Avaliacao

I Sugestoes de temas para apresentacao: Pitagoras e a suacontribuicao para a acustica; Helmholtz e a sua contribuicaopara a acustica; Beranek e a sua contribuicao para a acustica;Sabine e a sua contribuicao para a acustica; temperamentosutilizados na afinacao de instrumentos de teclas; aparelhofonador humano; aparelho auditivo humano; referencias defrequencia para afinacao; aplicacoes tecnologicas de ultra-some infra-som; fabricacao de sinos; ondas Martenot; teremin;piano; harpa; sinestesia; a sonoluminescencia; sistemas de sommonoaural, estereo e posteriores; a nova Famılia do Violino;os materiais piezo-eletricos; figuras de Chladni. Para outrostemas consultar o professor.

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Medicoes cientıficas

I As medidas sao um indicador da boa ciencia. O quanto vocesabe sobre algo depende de quao bem voce pode medı-lo.

I Isso foi claramente expresso pelo famoso fısico Lord Kelvin, nosec. XIX:

I ‘Digo frequentemente que, quando se pode medir algo eexpressa-lo em numeros, alguma coisa se conhece sobre ele.Quando nao se pode medi-lo, quando nao se pode expressa-loem numeros, o conhecimento que se tem dele e esteril einsatisfatorio. Ele pode ate ser um inıcio para umconhecimento cientıfico, mas ainda se avancou muito poucoem direcao ao estagio da ciencia, seja ele qual for.’

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Medicoes cientıficas

I As medidas cientıficas nao sao algo novo, mas nos remetemaos tempos antigos. No terceiro seculo a.C., por exemplo,foram feitas medidas bastante precisas dos tamanhos daTerra, da Lua e do Sol, bem como das distancias entre eles.

I A ciencia teve inıcio antes da historia escrita, quando aspessoas comecaram a descobrir regularidades e osrelacionamentos na natureza, como padroes de estrelas no ceue os padroes de clima - quando a estacao chuvosa comeca ouos dias tornavam-se mais longos. A partir dessasregularidades, elas aprenderam a fazer previsoes, que lhesdavam algum controle sobre o que as cercava.

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Medicoes cientıficas

I A ciencia e entao o corpo de conhecimentos que descreve aordem na natureza e a origem desta ordem.

I A ciencia e uma atividade humana dinamica que representa asdescobertas, os saberes e os esforcos coletivos da racahumana - com a finalidade de reunir conhecimento sobre omundo, organiza-lo e condesa-lo em leis e teorias testaveis.

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Matematica: a linguagem da ciencia

I A ciencia e as condicoes de vida humana avancaramsignificativamente depois que a ciencia e a matematicaintegraram-se ha mais ou menos quatro seculos.

I Quando as ideias da ciencia sao expressas em termosmatematicos, elas nao sao ambıguas. As equacoes cientıficasproveem expressoes compactas das relacoes entre os conceitos.

I Nao possuem os duplos significados que frequentementetornam confusa a discussao de ideias em linguagem comum.

I Quando as descobertas sobre a natureza sao expressasmatematicamente, e mais facil comprova-las ou nega-las pormeio de experimentos.

I O metodo matematico e a experimentacao levaram a ciencia aum enorme sucesso.

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Os metodos cientıficos

I Nao existe um unico metodo cientıfico. Existem, porem,caracterısticas comuns na maneira como os cientistas realizamseu trabalho.

I Isso remonta ao fısico italiano Galileu Galilei (1564-1642) e aofilosofo ingles Francis Bacon (1561-1626).

I Embora nenhuma descricao do metodo cientıfico do tipo‘receita de bolo’ seja efetivamente adequada, algumas outodas as etapas seguintes sao provavelmente encontradas namaneira como os cientistas realizam seu trabalho.

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Os metodos cientıficos

I Receita de metodo cientıfico:1. Identificar uma questao ou um enigma - tal como um fato nao

explicado.2. Formular um palpite bem desenvolvido - uma hipotese - capaz

de resolver o enigma.3. Prever consequencias da hipotese.4. Realizar experimentos ou calculos para testar as previsoes.5. Formular a lei mais simples que organiza os tres ingredientes

principais: hipotese, efeitos preditos e resultados experimentais.

I Embora esses passos sejam atraentes, muito do progressocientıfico adveio de tentativa e erro, experimentacao realizadana ausencia de hipotese ou simplesmente, de uma descobertaacidental feita por uma mente treinada.

I O sucesso da ciencia reside mais sobre uma atitude comumaos cientistas do que sobre um metodo particular. Essa atitudeconsiste em inquirir, ter integridade e ter humildade - isto e,ter disposicao em admitir que erros tenham sido cometidos.

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A atitude cientıfica

I E comum pensar num fato como algo imutavel e absoluto.

I Em ciencia, porem, um fato e geralmente uma concordanciaestreita entre observadores competentes sobre uma serie deobservacoes do mesmo fenomeno.

I Por exemplo, onde antes era fato que o universo era imutavele permanente, hoje e um fato que ele esta se expandindo eevoluindo.

I Uma hipotese cientıfica, por outro lado, e uma suposicao cultasomente tomada como factual depois de testada pelosexperimentos.

I Apos ser testada muitas vezes e nao ser negada, uma hipotesepode tornar-se uma lei ou um princıpio.

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A atitude cientıfica

I Se as descobertas de um cientista evidenciam umacontradicao a uma hipotese, lei ou princıpio, entao devem serabandonadas dentro do espırito cientıfico - nao importa areputacao ou autoridade das pessoas que a defendem (amenos que a evidencia negativa mostre-se erronea - comoacontece, as vezes).

I Os cientistas devem aceitar descobertas experimentais mesmoquando gostariam que fossem diferentes. Devem esforcar-separa distinguir entre o que veem e o que desejam ver, poiscomo as pessoas, tem grande capacidade de enganar a simesmos.

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A atitude cientıfica

I Os cientista usam a palavra teoria de maneira diferentedaquela usada no dia a dia. Na linguagem do quotidiano, umateoria nao difere de uma hipotese - uma suposicao que aindanao foi comprovada.

I Uma teoria cientıfica, por outro lado, e a sıntese de um grandecorpo de informacoes que englobam hipoteses comprovadas etestadas sobre determinados aspectos do mundo natural.

I As teorias cientıficas nao sao imutaveis, ao contrario, elassofrem mudancas. Elas evoluem quando passam por estagiosde redefinicao e refinamento.

I O aperfeicoamento de teorias e uma forca da ciencia, nao umafraqueza.

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A atitude cientıfica

I Cientistas trocam de opiniao, entretanto, somente quando sedeparam com solidas evidencias experimentais ou quando umahipotese conceitualmente mais simples forca-os a adotar umnovo ponto de vista.

I Fora da suas profissoes, os cientistas nao sao inerentementemais honestos ou eticos que as maioria das pessoas. Mas emsuas profissoes, eles trabalham em um meio que da alto valora honestidade.

I A regra que norteia a ciencia e a de que todas as hipotesesdevem ser testaveis - devem ser passıveis, pelo menos emprincıpio, de ser negadas.

I Este e um dos principais fatores que distingue a ciencia da naociencia.

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A atitude cientıfica

I Uma hipotese passıvel de ser demonstrada como certeza, masimpossıvel de ser negada nao e uma hipotese cientıfica.

I Muitas dessas afirmativas sao completamente razoaveis euteis, mas estao fora do domınio da ciencia.

I Cada um de nos precisa dispor de um filtro que nos informe adiferenca entre o que e valido e aquilo que apenas finge servalido. O melhor filtro de conhecimento ja inventado e aciencia.

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Ciencia, arte e religiao

I A procura por ordem e significado no mundo a nossa voltatem tomado diferentes formas: uma e a ciencia, outra e a artee outra e a religiao.

I Embora as raızes de todas as tres remeta a milhares de anos,as tradicoes cientıficas sao relativamente recentes.

I Mais importante, os domınios da ciencia, da arte e da religiaosao diferentes, embora elas com frequencia se superponham.

I A ciencia esta principalmente engajada em descobrir eregistrar fenomenos naturais, as artes dizem respeito ainterpretacao pessoal e a expressao criativa e a religiao remetea origem, proposito e significado de tudo.

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Ciencia, arte e religiao

I Ciencia e arte sao comparaveis. Na arte literaria, descobrimoso que e possıvel na experiencia humana. As artes naonecessariamente nos dao aquelas experiencias, masdescrevem-nas e sugerem o que pode ser possıvel para nos.

I A ciencia nos informa o que e possıvel na natureza.

I Um conhecimento tanto de arte como de ciencia forma o todoque afeta o modo como vemos o mundo e as decisoes quetomamos a respeito dele e de nos mesmos.

I Uma pessoa realmente culta e versada tanto em artes comoem ciencia.

I A ciencia e a religiao tambem possuem semelhancas, todavia,elas sao basicamente diferentes entre si - principalmenteporque seus domınios sao diferentes.

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Ciencia, arte e religiao

I O domınio da ciencia e a ordem natural; o da religiao, oproposito da natureza.

I As praticas e as crencas religiosas em geral envolvem a fe emum ser supremo, sua adoracao, e a criacao da comunidadehumana - e nao as praticas da ciencia.

I A este respeito, ciencia e religiao sao tao diferentes entre siquanto macas e laranjas: sao dois campos da atividadehumana diferentes, ainda que complementares.

I As pessoas desinformadas ou mal-informadas sobre asnaturezas mais profundas da ciencia e da religiao que sentemque devem optar entre acreditar na religiao e acreditar naciencia.

I A menos que alguem tenha uma compreensao superficial deuma ou de ambas, nao existe contradicao em ser religioso ecientıfico em seu modo de pensar.

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Ciencia tecnologia

I A ciencia e a tecnologia tambem diferem entre si.I A ciencia esta interessada em reunir conhecimentos e

organiza-los.I A tecnologia e uma ciencia aplicada, usada pelos tecnologos e

engenheiros para fins praticos.

I A tecnologia tambem fornece as ferramentas de que oscientistas necessitam para ir alem em suas pesquisas.

I A tecnologia e nossa ferramenta, seu uso sensato pode levar aum mundo melhor.

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Tipos de conhecimento e suas caracterısticas

Popular Cientıfico Filosofico Religioso

Valorativo Real (factual) Valorativo Valorativo

Reflexivo Contingente Racional Inspiracional

Assistematico Sistematico Sistematico Sistematico

Verificavel Verificavel Nao verificavel Nao verificavel

Falıvel Falıvel Infalıvel Infalıvel

Inexato Aprox. exato Exato Exato

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Conhecimento popular e Luteria

I Instrumentos antigos sao melhores.I Tecnicas de construcao de instrumentos populares.

Figura : Seu Nelson da rabeca. Fonte:http://www.overmundo.com.br

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Conhecimento popular e Luteria

I Como fazer uma salada de braco de guitarra:I Suco de meio limao;I Mesma quantidade de oleo de cozinha;I Mesma quantidade de alcool.I Misture bem;I Passe na escala da sua guitarra ou baixo.

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Conhecimento popular e Luteria

I Qual a melhor madeira para o corpo da guitarra?

I ‘eucalipto de beira de acude’

I ‘cartolina pro corpo e bananeira ana para a escala, e umaotima combinacao, vai por mim, espero ter ajudado. =)’

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Conhecimento cientıfico e Luteria

I Instrumentos modernos podem ser tao bons ou melhores queos antigos.

I Uso de novas tecnologias na construcao e restauracao deinstrumentos musicais.

Figura : Claudia Fritz e seu experimento. Fonte:http://www.hubertraguet.com

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Conhecimento filosofico e Luteria

I Preservacao de instrumentos musicais de valor historico.

I Restauracao ‘consciente’ de um instrumento musical.

I Valor monetario de um instrumento musical.

Figura : Carta de Cremona. Fonte: http://www.vascellocr.it/

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Conhecimento religioso e Luteria

I Limitacoes no uso de instrumentos musicais.

I Dogmas sobres os instrumentos musicais.

Figura : Tra le sollicitude. Fonte: http://www.vatican.va

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Pseudociencia

I Nos tempos pre-cientıficos, qualquer tentativa de dominar anatureza significava forca-la contra sua propria vontade.

I A natureza tinha de ser subjugada, geralmente com algumtipo de magia ou por meio que estivesse acima da natureza -o sobrenatural.

I A ciencia faz o oposto e opera dentro das leis naturais.

I Os caminhos antigos persistem, com forca total nas culturasprimitivas, e sobrevivem em culturas tecnologicamenteavancadas tambem, as vezes disfarcados de ciencia.

I Isso e a falsa ciencia - pseudociencia.

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Pseudociencia

Figura : Ciencia e pseudociencia.Fonte:http://atualizacaofarmaceutica.com

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Para estudar

I HEWITT, P. G. Fısica conceitual. 11.ed. Porto Alegre:Bookman, 2011.

I Ler o Capıtulo 1.I Capıtulo 1 - Questoes de revisao: 1, 9, 10, 11, 13, 16, 17, 19.I Capıtulo 1 - Exercıcios: 1, 2, 5, 8.

I MARCONI, M. A. e LAKATUS, E. M. Fundamentos demetodologia cientıfica. 7.ed. Sao Paulo: Atlas, 2010.

I Leitura complementar: Capıtulo 3-Ciencia e conhecimentocientıfico; Capıtulo 4-Metodos cientıficos.

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