Introdução

Adam Smith nasceu em Kirkcaldy, Fifeshire, Escócia. Teve como cenário para

sua vida o atormentado Iluminismo, séc. XVIII.

É o pai da economia moderna e é considerado o mais importante teórico do

Liberalismo econômico. Sua principal obra e abordada neste trabalho biográfico,

“Riqueza das Nações”, continua sendo usada como referencia para gerações de

economistas na qual procurou demonstrar que a riqueza das nações resultava da atuação

de indivíduos que, movidos pelo seu próprio interesse, promoviam o crescimento

econômico e a inovação tecnológica.

Ele analisou a divisão do trabalho como um fator evolucionário poderoso a

propulsionar a economia. Uma frase de Adam Smith se tornou famosa: "Assim, o

mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-

interest), é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do

interesse dele: o bem-estar da sociedade." Como resultado da atuação dessa "mão

invisível", o preço das mercadorias deveria descer e os salários deveriam subir.

As doutrinas de Adam Smith exerceram uma rápida e intensa influência

na burguesia (comerciantes, industriais e financistas), pois queriam acabar com os

direitos feudais e com o mercantilismo.

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Biografia

Adam Smith nasceu em Kirkcaldy, Fifeshire na Escócia no ano de 1723. Filho

de uma típica família não nobre. Seu pai Adam Smith, era funcionário público que

chegou a ocupar postos de certa importância na administração escocesa. Sua mãe,

Margareth Douglas Smith, descendia de proprietários de terras no condado de Fife.

Com a morte precoce de seu pai, meses antes do próprio nascimento e sendo o

único filho do casal, Smith teve seus laço afetivo muito forte com sua mãe, Margareth,

seu único amor, já que nunca se casou, falecida dois anos antes de sua morte.

O início da formação acadêmica foi na Universidade de Glasgow, aceito no ano

de 1737, após completar o colégio em Kirkcaldy. Dos 3 anos que estudou em Glasgow,

estudou os clássicos Greco-romanos, Matemática, Teologia e Filosofia. Um fato

importante em sua graduação foi a grande influencia sobre ele exercida por Francis

Hutcheson, um dos maiores teóricos protestantes da Filosofia do Direito Natural, então

professor de Filosofia Moral em Glasgow. Foi nos cursos de Hutcheson (mistura

basicamentede Ética, Direito, princípios de Economia, Política Comercial e Finanças

Públicas) que Smith começou o estudo sobre os problemas econômicos.

Em 1740, antes de completas os 5 anos propostos pela Universidade de

Glasgow, Smith aceita uma bolsa para continuar seus estudo em Balliol College, em

Oxford. Mesmo não tendo a oportunidade de um refinamento no estudo dos clássicos e

deliteratura, a experiência em Balliol teve pouca influencia sobre sua graduação, mas

por pressão de familiares, Smith continuou em Oxford.

Voltou para a escócia em agosto de 1746 pela falta de estimulo intelectual, já

que seu objetivo era o magistério e em Oxford boa parte dos quadros docentes era

direcionada para o ordenamento religioso, o que não era do interesse de Smith.

Após 2 anos sem emprego em Kikcaldy, Smith ministrou a partir do inverno de

1748/49 uma serie de cursos em Edimburgo. Essas conferencias gerou um curso sobre

problemas econômicos no inverno de 1750/51, no qual advogava princípios liberais

livre-cambistas.

Smith com todas essas atividades ampliou seu circulo de relações intelectuais e é

conciliado a reputação acadêmica para que em Janeiro de 1751, seja eleito para

professor de Lógica em Glasgow onde lecionava-se retórica e belles lettres. Antes do

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ano letivo, com o adoecimento de Craige, professor de Filosofia Moral em Glasgow na

época, fez com que Smith fosse convidado para assumir como interino o ensino da

disciplina.

Em Abril de 1752, Adam Smith é eleito para ocupar o cargo de Hutcheson, a

Cadeira Outrora. Se torna professor de Filosofia Moral na Universidade de Glasgow,

cargo que ocupa interruptamente até o início de 1764, que consolida sua reputação

intelectual como também seu interesse acadêmico pela Economia.

Smith se torna um jovem professor renomado, participa dos debates acadêmicos

e políticos da época, é admitido as principais sociedades eruditas escocesas, tais como

Edinburgh Society, ou a influente Select Society, da qual foi fundador em 1754, e

reunia intelectuais como o filosofo David Hume, que se tornou um dos seus mais

próximos amigos, em casa de quem Smith hospedava-se sempre que visitava

Edimburgo, a amizade dos dois durou até a morte de Hume em 1776.

Em 1759, publicou a Teoria dos Sentimentos Morais, uma das suas mais

conhecidas obras, que incluiria ainda um tratado sobre princípios de economia e política

econômica, o que viria a ser “A Riqueza das Nações”. Este trabalho, que estabeleceu a

reputação de Smith durante a sua própria vida, refere-se à explicação da aprovação ou

desaprovação moral. A sua capacidade de argumentação, fluência e persuasão, mesmo

que através de uso da retórica, estão ali bem patenteados. Smith começava agora a dar

mais atenção a jurisprudência e a economia nas suas aulas, e menos as suas teorias de

moral.

No final de 1763, por intermédio do político Charles Townshend, Smith obtece

um posto bem remunerado como tutor do jovem duque de Buccleuch e deixou o cargo

de professor. De 1764 a 1766, viajou com o seu protegido, sobretudo pela França, onde

veio a conhecer lideres intelectuais como Turgot, e em particular, Fraçois Quesnay.

Passou quase um ano na cidade de Tolouse e depois foi para genebra, onde se encontrou

com o filósofo Voltaire.

Depois de voltar para Kirkcaldy, dedicou muito do seu tempo nos 10 anos

seguintes à sua magnum opus, que surgiu em 1776. Em 1778, recebeu um posto

confortável como comissário da alfândega da Escocia e foi viver com sua mãe em

Edimburgo.

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Faleceu na capital escocesa em 17 de julho de 1790, aos 67 anos de idade.

Encontra-se sepultado em Canongate Churchyard, Edimburgo, na Escócia. Tinha

aparentemente dedicado uma parte considerável dos seus rendimentos a numerosos atos

secretos de caridade.

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Contexto Histórico

O momento em que Smith fez e publicou suas teorias foram influenciadas por

vários acontecimentos importantes e as mudanças que ocorreram durante a segunda

metade do século XVIII. Alguns deles são:

- Entre 1750 e 1775 começa a passagem de uma economia agrícola para uma

chamada de indústria e produção mecanizada, desta vez, há grandes inovações

tecnológicas que são empregadas na industrialização nascente, e principalmente na

indústria têxtil.

- No campo da produção testemunhou o inicio da Revolução Industrial, o que

abriria grandes oportunidades de expansão para o reinado capitalista industrial, que foi

ficando mais forte, especialmente na Inglaterra.

- Inovações tecnológicas em razão da busca do lucro, transformando

radicalmente toda a Inglaterra e consequentemente o mundo. Smith diante deste cenário

percebeu o alto grau de divisão do trabalho: resultantes do aumento da produtividade.

Percebeu que os lucros se destinavam ao capital industrial: salários, alugueis e os lucros

do capital comercial; resultando em três principais categorias funcionais de renda:

lucros, alugueis e salários; correspondentes a três classes sociais do sistema capitalista

de sua época: capitalistas, proprietários de terras e operários “livres”, este ultimo

vivendo a partir da venda de sua força de trabalho em troca de um salário.

Assim, elaborou uma teoria para explicar a evolução dessa forma de sociedade

de classes e suas respectivas relações de poder.

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Político/Social

Em 1764 Smith parte para a França como o tutor do jovem duque de Buccleuch.

Eles ficam principalmente em Tolouse, cidade comercialmente importante na época,

encontro de rotas do sul e do norte, ponto de embarque para a via fluvial do rio Garona,

quando descer o rio para Bordeaux era mais rápido e confortável que o caminho por

terra, como parte do trajeto entre a Itália e a Inglaterra. Em Tolouse permaneceram

mestre e discípulo por 18 meses, e nesse período Smith iniciou os manuscritos de sua

principal obra, “A Riqueza das Nações”.

De Tolouse foram para Genebra, onde Smith encontrou-se com Voltaire, por

quem ele tinha o mais profundo respeito, e de lá seguiram para Paris, onde Hume, então

secretário da embaixada britânica, apresentou Smith aos grandes salões literários do

Iluminismo francês.

Lá ele encontrou um grupo de reformadores sociais e teóricos da economia,

encabeçados por François Quesnay. Muito impressionado pelas ideias de Quesnay, iria

dedicar a ele “A Riqueza das Nações”, mas Quesnay faleceu antes da publicação. A

permanência em Paris foi, porém, abreviada por um acontecimento chocante. O irmão

mais jovem do duque de Buccleuch, que se juntara a eles em Toulouse, foi assassinado

na rua. Smith e seu pupilo imediatamente retornaram para Londres.

Smith trabalhou em Londres até a primavera de 1767 com Lord Townshend, um

período durante o qual ele foi eleito membro da Royal Society e ampliou ainda mais seu

circulo intelectual incluindo Edmund Burke, estadista britânico de origem irlandesa,

figura proeminente no cenário político entre 1765 e 1795, importantes na história da

teoria política pela sua crítica ao jacobinismo na França e pela sua definição de partido

político como um corpo de homens unidos em espírito publico, que age como um elo

constitucional entre o rei e o parlamento, dando consistência e força na administração,

ou cirtica fundamentada quando na oposição; Samuel Johnson, crítico, biógrafo,

ensaísta, poeta e dicionarista, considerado uma das maiores figuras da vida e das letras

no século XVIII na Inglaterra; Edward Gibbon, historiador, intelectual racionalista

inglês, mais conhecido como o autor do “The History of The Decline and Fall of The

Roman Empire” (A História do declínio e queda do Império Romano), uma narrativa

continua do século II d.C até a queda de Constantinopla em 1453, e provavelmente

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também Benjamin Franklin, impressor e editor americano, autor, inventor, cientista,

diplomata e famoso pelas suas experiências com a eletricidade que resultaram na

descoberta do para-raios, e que esteve na Inglaterra negociando interesses da América

inglesa e depois na França, para garantir apoio financeiro e militar para a guerra da

independência dos Estados unidos.

Smith toma por base a Inglaterra, com sua realidade econômica já bem mais

direcionada ao sistema manufatureiro, transformação que se consolidava na Inglaterra

do século XVIII. As ideias de Adam Smith tiveram uma grande influencia na burguesia

europeia do século XVIII, pois atacavam a política econômica mercantilista promovida

pelos reis absolutistas, alem de contestar o regume de direitos feudais que ainda

persistia em muitas regiões rurais da Europa.

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Ideologia

Adam Smith ilustrou bem seu pensamento ao afirmar "não é da benevolência do

padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim

do empenho deles em promover seu "auto-interesse". Assim acreditava que a iniciativa

privada deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental. A

competição livre entre os diversos fornecedores levaria não só à queda do preço das

mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de baratear o

custo de produção e vencer os competidores. Ele analisou a divisão do trabalho como

um fator evolucionário poderoso a propulsionar a economia. Uma frase de Adam Smith

se tornou famosa: "Assim, o mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio

interesse egoísta (self-interest), é levado por uma mão invisível a promover algo que

nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade." Como resultado da atuação

dessa "mão invisível", o preço das mercadorias deveria descer e os salários deveriam

subir.

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Conclusão

Adam Smith, considerado o formulador da teoria econômica, nasceu em 1723,

em Kirkcaldy, na Escócia. Ele frequentou a Universidade de Oxford, e nos anos de 1751

a 1764 ensinou filosofia na Universidade de Glasgow onde publicou seu primeiro livro,

A Teoria dos Sentimentos Morais. Contudo, foi com outra obra que ele conquistou

grande fama: Uma Pesquisa Sobre a Natureza e as Causas das Riquezas das Nações,

lançado em 1776. 

Grande parte das contribuições de Adam Smith para o campo da economia não

foi original. Porém, ele foi o primeiro a lançar os fundamentos para o campo desta

ciência. Ele tornou o assunto compreensível e sistemático e seu livro A Riqueza das

Nações pode ser considerado como a origem do estudo da Economia. Nesta obra, ele

demonstra que muitas crenças econômicas populares são na verdade errôneas e

autodestrutivas. Ele enfatizou que uma divisão apropriada da mão de obra pela

sociedade, com cada pessoa se especializando naquilo que sabe fazer melhor, seria a

melhor maneira de aumentar a produtividade e a riqueza de uma nação. Além disso,

Smith criticou as excessivas intervenções e restrições do governo sobre a economia,

demonstrando que economias planejadas na verdade atrapalham o crescimento.

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Bibliografia

Principal fonte bibliográfica: Adam Smith – Os Economistas – Riqueza das Nações

Volume I (editora Nova Cultura)

http://educacao.uol.com.br/biografias/adam-smith

http://umapiruetaduaspiruetas.wordpress.com/2010/08/25/adam-smith-resumo-do-

capitulo-iii-%E2%80%93-historia-do-pensamento-politico-e-k-hunt/ 

http://adamsmithistoria.blogspot.com.br/2012/08/adam-smith-ilustrou-bem-seu-

pensamento_5.html

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