Aditivos Para Produtos de Petroleo

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ADITIVOS PARA PRODUTOS DE PETRÓLEO Definição de aditivo Aditivos para Produtos de Petróleo são materiais obtidos por sínteses ou pelo tratamento químico adequado de compostos naturais que, adicionados em pequenas quantidades aos produtos de petróleo, aprimoram propriedades desejáveis, modificam caracteres indesejáveis e, muitas vezes criam produtos com novas particularidades. Como exemplo, podemos citar: a) Os aditivos inibidores de oxidação que, ao serem adicionados a óleos minerais, altamente refinados, usados como óleos para transformadores, aumentam sua estabilidade à oxidação. b) Os aditivos, anti-espumantes que evitarão a formação de espuma em óleo para motor. c) Os aditivos de extrema-pressão, que evitando o contato de metal contra metal, ajudarão o óleo lubrificante a desempenhar sua finalidade. Os aditivos variam de concentração nos produtos de petróleo, desde poucas partes por milhão, no caso dos anti-espumantes, até 30% no caso dos detergentes usados em óleos para cilindro de motores Diesel marítimos. Os aditivos e as aplicações Embora muitas vezes usados como atrativos, em campanhas publicitárias, os aditivos são essenciais para muitos produtos de petróleo. Para a lubrificação de motores Diesel, de potência elevada, por melhor e mais bem refinado que fosse o óleo lubrificante, não seria possível o controle dos depósitos nos êmbolos e agarramento dos anéis. No caso da lubrificação de turbinas a vapor, engrenagens hipóimica e outros equipamentos, o uso de aditivos dá uma solução mais econômica para a obtenção de um óleo lubrificante adequado, em vez de métodos alternativos de seleção de óleos básicos. É muito mais econômico usar aditivo abaixador do ponto de fluidos, para obtenção de óleos lubrificantes, com propriedades adequadas para funcionar a baixas temperaturas, do que desaparafinizar óleos básicos. O uso de aditivos melhoradores do índice de viscosidade é um caminho mais prático e econômico para a obtenção de óleos multiviscoso. Seria possível, e altamente dispendioso, obter-se um óleo básico com índice de viscosidade por exaustivas extrações com solventes. Tipos de aditivos ADITIVOS AÇÃO APLICAÇÃO Anti-detonante Evita detonação (batida de pino) Gasolina Modificador de Depósitos Modifica os depósitos formados na câmara de combustão e velas agindo na redução da Gasolina

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  • ADITIVOS PARA PRODUTOS DE PETRLEO

    Definio de aditivo Aditivos para Produtos de Petrleo so materiais obtidos por snteses ou pelo tratamento qumico adequado de compostos naturais que, adicionados em pequenas quantidades aos produtos de petrleo, aprimoram propriedades desejveis, modificam caracteres indesejveis e, muitas vezes criam produtos com novas particularidades. Como exemplo, podemos citar:

    a) Os aditivos inibidores de oxidao que, ao serem adicionados a leos minerais, altamente refinados, usados como leos para transformadores, aumentam sua estabilidade oxidao.

    b) Os aditivos, anti-espumantes que evitaro a formao de espuma em leo para motor. c) Os aditivos de extrema-presso, que evitando o contato de metal contra metal,

    ajudaro o leo lubrificante a desempenhar sua finalidade.

    Os aditivos variam de concentrao nos produtos de petrleo, desde poucas partes por milho, no caso dos anti-espumantes, at 30% no caso dos detergentes usados em leos para cilindro de motores Diesel martimos.

    Os aditivos e as aplicaes Embora muitas vezes usados como atrativos, em campanhas publicitrias, os aditivos so essenciais para muitos produtos de petrleo. Para a lubrificao de motores Diesel, de potncia elevada, por melhor e mais bem refinado que fosse o leo lubrificante, no seria possvel o controle dos depsitos nos mbolos e agarramento dos anis. No caso da lubrificao de turbinas a vapor, engrenagens hipimica e outros equipamentos, o uso de aditivos d uma soluo mais econmica para a obteno de um leo lubrificante adequado, em vez de mtodos alternativos de seleo de leos bsicos. muito mais econmico usar aditivo abaixador do ponto de fluidos, para obteno de leos lubrificantes, com propriedades adequadas para funcionar a baixas temperaturas, do que desaparafinizar leos bsicos. O uso de aditivos melhoradores do ndice de viscosidade um caminho mais prtico e econmico para a obteno de leos multiviscoso. Seria possvel, e altamente dispendioso, obter-se um leo bsico com ndice de viscosidade por exaustivas extraes com solventes. Tipos de aditivos ADITIVOS AO APLICAO Anti-detonante Evita detonao (batida de

    pino) Gasolina

    Modificador de Depsitos Modifica os depsitos formados

    na cmara de combusto e velas agindo na reduo da

    Gasolina

  • ignio de superfcie e falhas das velas.

    Anti-congelante Evita a formao de gelo na

    borboleta do carburador Gasolina

    Inibidor de oxido Bloqueia as reaes de

    oxidao (precursores) Gasolina, leos automotivos,

    lubrificantes para turbina a vapor e a gs, leos para transformadores, graxas.

    Desativador de Metais Evita que os metais sejam

    como catalisadores nos processos de oxidao.

    Gasolina, leos para transformadores

    Melhorador do ndice de acetona

    Reduz a batida de motor Diesel. leo Diesel

    Estabilizador Evita a formao de borras em

    combustvel destilados. leo Diesel

    Melhorador de combusto Reduz a formao de fumaa

    na queima de combustveis destilados.

    leo Diesel

    Abaixador do ponto de fluidez/modificador de cristais de parafinas.

    Abaixa o ponto de fluidez, melhora as propriedades de escoamento, melhora a filtragem de produtos ricos em parafinas.

    leo diesel, leos combustveis, leos residuais, leos lubrificantes, filtragem em refinaria de leos lubrificantes parafnicos.

    Detergentes inibidores Mantm limpo os componentes

    de um motor. Gasolina, leos de carter,

    leos de cilindros para motor diesel, fluidos para transmisso automtica.

    Melhorador do ndice de viscosidade

    Melhora as propriedades temperatura X viscosidade dos leos lubrificantes.

    leos automotivos, fluidos hidrulicos, leos para engrenagens, fluidos para transmisso automtica, leos industriais.

    Agente de adesividade Evita a formao de espuma

    em leos lubrificantes Graxas, leos textis, leos

    lubrificantes para mquina de enlatar comidas, mquina cujos produtos manipulados no permitem que o lubrificante goteje.

    Anti-espumante Reduz a formao de espuma em leos lubrificantes

    leos de crter, leos de turbina, leos hidrulicos, leos para engrenagens fechadas, fluidos para transformadores.

    Emusificante Estabiliza as emulses leo em

    gua. leos solveis, preventivos

    contra ferrugem, leo para

  • mquina a vapor, emulso de asfalto.

    Desemulcificante Facilita a separao da gua do

    leo. leo diesel, combustveis

    residuais, petrleo, leos de turbina.

    Corante Modifica a cor dos produtos de

    petrleo. Gasolina, querosene, leo

    lubrificante. Agente de oleosidade Melhora as caractersticas de

    lubrificao limite. leo para amaciamento de

    motores, leos para compressores de corte.

    Agente de extrema presso Evita as soldas e o desgaste,

    sob condio de extrema presso.

    leos para engrenagens, leos de crter, leos de corte, graxas.

    Dispersante Evita a borra sedimente. leos para crter, petrleo.

    COMO AGEM OS ADITIVOS

    Vamos reunir os aditivos para leos lubrificantes em grupos e falar sobre cada um ,com detalhes, mostrando a sua constituio qumica, se so sintticos ou provenientes do petrleo e, finalmente como agem: 1 Inibidores Detergentes Aditivos detergentes so produtos adicionados aos leos lubrificantes com a finalidade de manter limpo o equipamento onde so usados (motores de combusto interna, transmisso automtica s, compressores, etc.). O nome inibidor detergente provm do fato que esses aditivos preenchem outras funes alm daquela de manter os depsitos em suspenso ( detergncia pura) eles so inibidores de reaes que levariam o leo a degradar-se e ainda agem como inibidores da formao de depsitos. Aditivos inibidores detergentes na atualidade so usados em formulaes com outros aditivos para uso em leos lubrificantes automotivos. Desta forma teremos grupos de aditivos com outras funes suplementares inibio / detergncia.

    a) Propriedade anti-desgaste necessria, especificamente, para os componentes de abertura e fechamento das vlvulas, engrenagens do distribuidor, bomba de leo, etc.

    b) Ao contra a ferrugem necessrio para os cilindros tuchos hidrulicos e certos mancais crticos.

    1.1 Tipos de compostos usados como detergentes

    1) Fenatos de Alcoila ou Fenatos Sulfurizados de Acoila de Ca e/ou Ba. No raro encontrarmos esses compostos com alta reserva alcalina. (adio de carbonatos de Ca e/ou Ba). Ex: PAPANOX 43

  • 2) Sulfonatos de Mg, Ba e/ou Ca, de origem sinttica (Benzeno Alquilado)

    ou de petrleo (tratamento de fraes de petrleo com oleum). Mais uma vez o material pode ser neutro ou contra alcalina. Ex: PAPANOX 24 basidade baixa (fonte: petrleo)

    3) Polibutanos tratados com P2S5.

    4) Alcoil Salicilato de clcio

    Ex: Inibidor-detergente usado no Shel Rotella

    5) Detergentes sem cinzas polmeros de polibutano tratados com succinamidas.

    1.2 Mecanismo da ao do detergente

    Levando-se em conta os vrios processos envolvidos na formao de depsitos no podemos isolar a ao de um aditivo detergente como tendo funo nica.

    Assim estudaremos a ao dos detergentes em grupos:

    1.2.1 Inibio de reaes que iriam formar os precursores a) inibio da oxidao do leo

    Ex: Fanatos e compostos de fsforo.

    b) Neutralizaes de cidos que iriam atacar o leo

    Ex: Fenatos e Sulfonatos (em particular os que tem alta reserva alcalina).

    1.2.2 Reaes qumicas dos precursores para a obteno, de produtos solveis , os quais

    iro formar depsitos.

    a) inibidores da polimerizao dos precursores do depsito. b) Neutralizao dos cidos os quais esto presentes nos depsitos e que agem como

    catalizadores de polimerizao. 1.2.3 Retirada mecnica dos precursores de modo a fazer com que haja um retardamento na

    polimerizao. A velocidade da polimerizao reduzida ficando, desta forma micelas de tamanho muito pequeno que so facilmente paptizveis.

    Ex: Fenatos, sulfonatos e detergentes sem cinzas.

    1.2.4 Peptizaes dos precursores de depsitos pela estabilizao eltrica das partculas

    coloidais. 1.2.5 Peptizaes dos precursores de depsitos insolveis pela formao de um filme espesso

    de partculas coloidais estabilizadas. Um filme de aditivo detergente, absorvente, que modifique a tenso superficial na fase leo.

    Ex: Sulfonatos de alto peso molecular detergentes sem cinzas.

  • 2. Inibidores de Oxidao e corroso Os sulfonatos fenatos no tratados com P2S5 e detergentes sem cinzas tambm agem como inibidores de oxidao e corroso de mancais. Controlam o aumento da viscosidade do leo e o desenvolvimento de produtos da degradao cida que atacariam certas ligas de mancais. Falemos sobre a ao dos inibidores, nos pontos de maior interesse.

    1) Interrupo de cadeias de precursores pela reao do radical livre com o inibidor. Esta reao paraliza a polimerizao.

    2) Reao do inibidor com perxidos os quais geralmente iniciam reaes em cadeia. So os seguintes os inibidores mais empregados nesse caso:

    a) Terpenos sulfurizados; b) Terpenos tratados com P2S5 (sautolube 394-C); c) Di-Alquil Ditiofosfato de zinco; d) 2-6-Di-Tercirio-Butil-4 Metilfenor (Parabar 441) Bi-Fenis; e) Fenil Naftilamina; f) Alcoil fenados sulfurizantes.

    O inibidor mais usado o composto de zinco que tambm tem a funo de anti-desgaste.

    3. Aditivos anti-desgastante Os aditivos a base de zinco so os mais usados e do uma real proteo contra o desgaste anormal do eixo comando de vlvula, balancins e tuchos. A ao feita pela decomposio do produto em temperatura elevada que ocorrem quando h contato de metal contra metal. O produto da decomposio forma um filme altamente resistente que evita a soldagem dos pontos da superfcie. Fadiga do material no evitada pela ao dos aditivos. Para certos tipos de liga o zinco em excesso prejudicial, pois o produto da decomposio passa a pertencer liga enfraquecendo a estrutura. Po outro lado, a ao anti-desgaste deve ser balanceada com o tratamento adequado, com a finalidade de evitar-se acmulo de depsitos nas zonas dos anis. 4. Melhoradores do ndice de viscosidade A viscosidade de um leo lubrificante diminuiu medida que a temperatura aumenta. fato conhecido que determinado tipo de leo diminui mais do que outro tipo para a mesma variao de temperatura. Podemos dizer que 20% desta variao depende do tipo do bsico e do mtodo de refino. Para melhor exemplificar, faamos a comparao entre um leo naftnico e um leo parafnico.

    leo Parafnico tem boa estabilidade oxidao, elevado teor de parafina, alto ponto de fluidez, pequena variao relativa de viscosidade em funo da temperatura. leo Naftnico no tem boa estabilidade oxidao, tem baixo ponto de fluidez e grandes variaes relativas de viscosidade com a temperatura.

  • Dessa variao de viscosidade maior ou menor em funo da temperatura surge o que se chama ndice de Viscosidade nmero emprico significado que um leo com I.V. 100 varia menos sua viscosidade em funo da temperatura que um leo de I.V. 50.

    Vamos fazer um quadro mostrando como a viscosidade interfere com a performance do leo.

    DESEMPENHO E VISCOSIDADE

    Propriedades Qualidade do leo 1) Partida fcil (baixo atrito) Baixa viscosidade no leo frio 2) Boa lubrificao de todas as partes mveis do motor frio.

    Baixa viscosidade no leo frio

    3) Baixo consumo de leo Alta viscosidade no leo quente 4) Boa lubrificao na zona do anel ( motor quente).

    Alta viscosidade no leo quente

    Por esta tabela iramos escolher um leo de alto ndice de viscosidade. Todavia, a obteno de tais leos muito dispendiosa. Os aditivos melhoradores do ndice de Viscosidade, quando adicionados a um leo, aumentam seu I.V. e tambm sua viscosidade. Os aditivos melhoradores de I.V. so polmeros de alto peso molecular. So molculas orgnicas de grandes cadeias.

    -A-A-A-A-A-A-A-A-A- -A-B-A-B-A-B-A-B-A-

    O peso molecular desses aditivos varia de 50.000 at 1.000,000. As molculas de leos lubrificantes variam de 250 a 1000. Tipo A-A-A CH3 | POLISOBUTILENO ----------------------- A= - C CH2 | CH3

    CH3 |

    POLI (METACRILATOALQUILADO) ---- A= - C - CH2 | C = O | R R= - CnH2n+1

  • H | POLI ( ACRILATOS ALQUILADOS) --- > A= - C - CH2 | C=O | OR Tipo A-B-A-B- H | POLI ( ACETATO FUMARATO) -------------- A= - C - CH2 | C=O | CH3 H H | | B=-C - C | | 0 = C C = O | | RO OR R= - CnH2n+1 Vemos que com exceo de poliisobutileno, os melhoradores do I.V. so polisteres. O tipo polister tambm serve como abaixador do ponto de fluidez, sendo considerado como aditivo I.V. de alta potncia. AO Esses aditivos aumentam a viscosidade de qualquer leo bsico. As molculas dos polmeos em soluo incham entre as molculas dos hidrocarbonetos dos leos lubrificantes aumentam a viscosidade dos mesmos. Quanto mais aumenta a temperatura, mais as molculas do aditivo melhorador de I.V. se distende, aumentando a viscosidade , desta forma compensando o afinamento do leo bsico. Esses aditivos apresentam primeira vista, dois inconvenientes:

    a) quebra de suas molculas (perda aparente de viscosidade) quando trabalhadas.

    b) Demritos a) O leo a ser trabalhado faz com que as molculas dos melhoradores do I.V. se quebrem,

    diminuindo sua viscosidade original. Porm, nos primeiros quilmetros essa viscosidade recuperada, em parte, por novas associaes que ocorrero no leo.

  • b) Esses produtos, pelas suas composies qumicas, tendem a deixar depsitos na zona dos anis, necessitando de um tratamento adicional de outros aditivos (inibidores-detergente e dispersante).

    5. Abaixadores do ponto de fluidez e coadjuvantes na filtrao das parafinas Os petrleos so compostos que contm uma grande mistura de hidrocarbonetos que variam de dois at mais de oito tomos de carbono. Os compostos principais do petrleo so: parafinas, que podem ser de cadeia normal ou ramificada, cicloparafinas e aromticos. Essa mistura de hidrocarboneto separada por destilao fracionada e conforme o petrleo empregado os cortes com trs a cinco tomos de carbono apresentaro uma quantidade aprecivel de parafina ramificadas C12 - C40. Essas parafinas cristalizam a 100 F. Desta forma, esses produtos no podem ser usados, a menos que seja removida a parafina. Nas fraes do querosene Diesel e leo lubrificante necessria a remoo desses produtos C12 - C40. Um dos produtos usados para a retirada da parafina do leos lubrificantes pelo resfriamento da mistura leo mais propano, leo mais MEK ou leo mais benzeno SO2 nesta mistura a parafina removida por filtrao posterior. Todavia esses processos so muito dispendiosos para serem usados em produtos mais baratos como o Diesel e o querosene e se aplicam apenas aos leos lubrificantes super refinados. No caso dos combustveis normais mais econmico o uso de aditivos abaixadores do ponto de fluidez. O processo bsico de desparafinizao consiste no resfriamento do leo at a cristalizao das parafinas: os cristais de parafina so removidos por filtrao e filtrado (leo) ento refinado. Os mtodos modernos usam o auxlio de solventes. baseado na diferena de solubilidade do leo e das parafinas a baixa temperatura. A faixa de operao de 20F a +30F. Basicamente podemos assim descrever o processo. O leo rico em parafina misturado com solvente e resfriado. Aps o resfriamento usado um filtro rotativo, a vcuo para separar a parafina do leo com solvente. O solvente incorporado na parafina e o diludo no leo so recuperados, sendo usados novamente. Os solventes mais empregados so:

    Metil-etil cetona + benzeno (+ tolueno) Propano (sob presso na descompresso o propano rouba calor

    resfriando o leo). Dicloro Etileno + benzeno

    Tricoloro etileno

    Para facilitar a filtrao usamos Aditivos. Vejamos como operam esses aditivos que so muito parecidos com os abaixadores do ponto de fluidez. Os cristais de parafina que se formam quando o leo resfriado tendem a formar uma estrutura gelatinosas que ir entupir as malhas dos filtros ou evitar um escoamento perfeito do leo. O aditivo usado faz com que o cristal de parafina cresa at um certo ponto no formando a estrutura gelatinosa temos, ento, a porosidade necessria para uma boa filtrao e, no caso do ponto de fluidez o leo fluir em temperatura baixa, porque os cristais no se uniro uns aos outros facilmente. Existem trs teorias que explicam como esses aditivos agem:

    1) Formao de ncleos que produziro um grande nmero de cristais pequenos.

  • 2) Absoro dos cristais s molculas do aditivo, que evitaro a adeso de cristal com cristal.

    3) Modificao do crescimento do cristal.

    A composio qumica desses produtos no bem determinada. O processo de obteno desses produtos que so condensado de Naftaleno com Parafinas feita pela reao entre parafina clorada e naftaleno, tendo como catalisador o cloreto de alumnio.

    Vejamos quais as variaes que apresentariam o ponto de fluidez de um leo bsico com a adio de um aditivo abaixador do ponto de fluidez.

    LEO BSICO PARAFLOW 149 MISTURA PONTO DE FLUIDEZ F PONTO DE NVOA % VOLUME PONTO DE FLUIDEZ F

    10 10 0,08 -10 10 10 0.25 -35 30 30 0.28 -25

    Se a concentrao do aditivo no ultrapassar o limite de 0,5% vol., nenhuma outra propriedade do leo ser afetada. Todavia, devemos lembrar que esses aditivos no afetam o ponto de nvoa dos produtos onde usado. Em muitos casos com pontos de nvoa elevado, (30F), poderemos ter o que se chama reverso do Ponto de Fluidez. Outros aditivos foram desenvolvidos, PARAFLOW 349 para leos que contenham pontos de nvoa elevados.

    1) ADITIVOS PARA COMBUSTVEIS Querosene Diesel e Fuel Oil

    A Estabilizadores - So compostos qumicos adicionais aos combustveis com a finalidade de evitar reaes de polimerizao que conduziriam formao de barras e sediemento durante a estocagem. Sua ao consiste em bloquear as reaes de polimerizao por reao das molculas do aditivo com os precursores que iriam formar borra. B Melhoradores da Combusto Melhorando a queima dos produtos produziro mais potncia e menos fumaa. De um modo geral, esses aditivos a base de metais, sendo mais empregado o brio prolongam por mais tempo o calor da combusto, fazendo com que a queima seja completa. Geralmente esses aditivos contm compostos tipo dispersante para facilitar sua ao. C Melhoradores do cheiro So usados para melhorar o forte cheiro dos produtos de petrleo. Em outros casos sua ao se faz sentir nos resultantes da combusto. D Inibidores de Corroso So produtos usados para evitar a corroso dos tanques de armazenagem e das linhas de carga e descarga. E Aditivos para leo combustvel residual - So produtos usados para o abaixamento do Ponto de fluidez para a melhoria da combusto. Outros produtos como a Dolomita so usados para neutralizar a corroso cida dos gases da combusto.

    2 - Aditivos para gasolinas

    Os aditivos para gasolina tm vrias funes a desempenhar, normalmente usa-se uma mistura de aditivo para se ter todas as funes atendidas.

    De um modo geral, podemos dizer que os aditivos para gasolinas tm a seu cargo.

    a) evitar a formao de ferrugem no sistema de combustvel. b) Manter o carburador limpo.

  • c) em climas frios, evitar a formao de gelo no carburador. d) evitar que o combustvel se degrade durante a estocagem ou mesmo

    no tanque dos veculos. e) evitar a pre-ignio devido aos depsitos da cmara de combusto.

    ADITIVOS PARA LUBRIFICANTES INDUSTRIAIS

    O nome lubrificantes Industriais inclui leos, graxas, e especialidades usados para a lubrificao e outras aplicaes especficas em equipamentos industriais. Com isso, podemos citar leos para transformadores, leos para transferncia de calor, preservativos contra a ferrugem, leos de processo, leos para borrifamento, leos plstificantes, leos para laminao, leo de corte, etc. Desta forma, existe uma infinidade de produtos necessrios para a industria e cada dever ser estudado para a seleo do leo bsico e seus aditivos. Lubrificantes Industriais so produzidos e vendidos pelas grandes companhias de petrleo e tambm por firmas menores, altamente especializadas. O tratamento mdio de aditivos da ordem de 2% em peso. Para facilitar nossa palestra iremos colocar em uma tabela os tipos de lubrificantes e seus aditivos. No podemos esquecer que os leos lubrificantes, puros, sem aditivo, representam uma frao muito grande dos lubrificantes industriais. Iremos notar que, em muitos casos o tratamento de aditivos dos leos industriais semelhante ao dos leos lubrificantes automotivos. Um aditivo largamente usado em leos industriais o PARABAR 441, como inibidor de oxidao. Aditivosa base de zinco so empregados quando se necessita uma proteo contra a oxidao e, ao mesmo tempo, reduo de desgaste. Aditivos a base de poliisobuleno so usados quando se necessita que o lubrificante tenha uma maior aderncia. leos graxos so usados quando se necessita melhorar a untuosidade dos lubricantes. Aditivos a base de chumbo, enxofre e cloro, so usados quando se necessita ter lubrificantes sob condies de extra-presso.

    TABELA 1

    ( Para ser usada com a Tabela 1A )

    1. Inibidores de oxidao; 2. Melhoradores do ndice de viscosidade; 3. Abaixadores do ponto de fluidez; 4. Agentes de adesividade de cargas; 5. Anti espumante 6. Agentes EP inativos 7. Agentes da untuosidade 8. Agentes EP ativos 9. Modificadores de tenso superficial 10. Inibidores de corroso; 11. Miscelnia

  • LEOS INDUSTRIAIS, SEUS ADITIVOS E SUAS APLICAES

    TABELA 1 A

    TIPO DE

    PRODUO APLICAO REQUISITOS LEO BSICO ADITIVOS

    A- leo para lubrificao geral.

    Em equipamento industrial, fusos rolamentos, engrenagens, operando em temperaturas normais; lubrificao de uma s vez.

    Estabilidade oxidao.

    No necessita ser altamente refinado; pode ser naftnico ou parafnico.

    1,2,3,5, geralmente usado leo mineral puro.

    B leos com elevada resistncia oxidao.

    Lubrificao a alta temperatura, sistemas circulatrios, longa durao em servio.

    Boa estabilidade oxidao, nenhuma formao de borra, alto IV, boa demulsibilidade.

    leos naftnico ou parafnicos altamente refinados.

    1,2,3,5

    C leos com boa estabilidade oxidao e capacidade de lubrificar sob condies de cargas leves e mdias

    leos de aplicao mltipla, altas temperaturas , sistema hidrulico, sistema circulatrios, cargas moderadas.

    Boa estabilidade oxidao sem formao de borra, alto IV, caractersticas contra desgastes, proteo contra a corroso, boa separao de gua.

    leos parafnicos, tratados a solvente.

    1, (2), 3, 5,6,10

    D leos lubrificantes especiais.

    leos para mquinas txteis, lubrificantes de engrenagem

    Dependente das especificaes do fregus.

    leos naftnicos tratados a solventes.

    1,2,3,4,5,6,7,9,10,12.

    E leos de engrenagens

    leo lubrificante para caixas de engrenagens.

    Proteo contra desgaste, no agressivo s juntas de vedao, proteo contra a corroso, sem tendncia formao de espuma.

    leos parafnicos ou naftnicos medianamente tratados.

    (1),2,3,(4),5,6,7,8,10

  • F leos de turbina.

    Sistemas circulatrios, lubrificao, de turbinas e suas engrenagens.

    Elevada estabilidade oxidao, boa demulsibilidade, proteo a corroso, alto I.V.

    leos parafnicos de qualidade premiun tratados a solvente.

    1,(3),5,(6),8,(9), (10).

    G- leos para compressores.

    Lubrificao de compressores de ar e de gases.

    Estabilidade oxidao (excepcional), baixo desgaste, pouco depsito, compatibilidade com os produtos que esto sendo comprimidos.

    leos parafnicos e naftnicos, selecionados com muito rigor, em virtude da compatibilidade com produtos sintticos.

    1,2,(3), (4), (6), 10

    H leos para compressores de refrigerao.

    Lubrificao de compressores para refrigerao.

    Boa qualidade oxidao, miscibilidade perfeita a baixa temperatura com o fluido refrigerante.

    leos naftnicos selecionados.

    DE um modo geral no leva aditivos em casos especiais, 1, 3, 6,7

    I leos hidrulicos

    Sistema hidrulicos industriais para a transmisso de fora

    Boa estabilidade oxidao, nenhuma formao de borra, proteo contra corroso, boa propriedade para refrigerao; alto I.V., baixa presso de vapor.

    leos naftnicos ou parafnicos, tratados a solventes.

    1,2,3,5,6,7,10

    J leos de corte

    a) no em b) ulsionveis

    Operao de corte, mandrilante, rosqueamento, etc. Operao onde o resfriamento menos importante que o atrito lubricidade, e atividade qumica.

    Resfriamento suficiente, reduo da fora para as ferramentas, cor clara, baixa toxidade.

    leos naftnicos de baixa viscosidade.

    1,(2),(5),6,7,8,10,12

  • b) leos emulsionveis

    Operao de corte onde alta velocidade de resfriamento necessrio.

    Alta eficincia do resfriamento, bom acabamento, vida longa para ferramenta, alta estabilidade de emulso, ao bactericida.

    Compostos sintticos, leos naftnicos de baixa viscosidade.

    5,6,7,8,9,10,11, 12

    c) leos no emulsionveis para laminao, extruso e estampagem

    Laminao, extruso, estampagem.

    Boa reduo das peas, bom acabamento da superfcie, baixo desgaste das ferramentas, no manchante.

    leos naftnicos de baixa viscosidade.

    1,4,6,7,839,10,12.

    d) leos de temperatura e revenimento

    Transferncia de calor

    Estabilidade oxidao, pouca borra, alto ponto de fulgor, boa transferncia de calor.

    leos naftnicos ou parafnicos

    1,9,10,12

    L leos para txteis

    Preparado de fibras duras, acabamento de fibras naturais ou sintticas.

    Emulsibilidade, odor agradvel, boa lavagem, estabilidade da cor, estabilidade oxidao, boas propriedades anti-estticas, boa adeso, no-manchante.

    leos naftnicos de baixa viscosidade, leos brancos.

    1,3,4,5,7,9,12

    M leos para transferncia de calor.

    Meio de transferncia de calor, usado industrialmente at 300 F.

    Boa estabilidade oxidao, pouca borra I.V. mdio, boas propriedades para resfriamento.

    leos sintticos, leos para fnicos ou naftnicos.

    1,12

    N leos para transformadores

    Meio dieltrico e para transferncia de calor em transformadores, dieltricos em cabos, capacitores e interruptores de circuitos de alta voltagem

    Elevada estabilidade oxidao, baixas perdas dieltricas, baixa viscosidade para transformadores e interruptores, mdia e alta viscosidade para cabos e condensadores.

    leos naftncos submetidos a severos tratamentos.

    1,3,12

  • O leo de extenso para borracha

    Para uso em pneus, tubos e outros artigos do tipo.

    Os requisitos variam com o tipo de borracha e sua aplicao.

    leos de baixa e mdia viscosidade ricos em aromticos.

    1,3

    P leo para impressores

    Para preparo de tintas de impressores.

    Boa solubilidade de resinas, cor clara.

    leos aromticos de viscosidade mdia.

    1

    Q Preservativos contra a ferrugem.

    Para a proteo das superfcies metlicas.

    No deve ser corrosivo, dar boa proteo contra a corroso, boa formao de pelcula, aderncia, boa resistncia mecnica, boa compatibilidade com os lubrificantes.

    leos de base naftnica.

    3,4,6,7,9,10,12

    R GRAXAS: sabo de clcio, sdio, ltio, alumnio. Sem sabo: Complexos

    As graxas so usadas quando a lubrificao difcil, altas temperaturas, partes em movimento no sentido vertical, posies inacessveis, rolamentos em automveis, etc.

    Boa estabilidade oxidao, resistncia a altas temperaturas, propriedades EP.

    leos naftnicos tratados a solventes, fluidos sintticos.

    1,4,5,7,8,9,10,12.