ADIV-resposta
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Texto: Desindustrialização: conceituação, causas, efeitos e o caso brasileiro.
Este texto comenta sobre a desindustrialização da economia brasileira, afirma
que “... há um processo de desindustrialização da economia brasileira acompanhada por
apreciação do câmbio real, redução da acumulação de capital e déficit comercial
crescente da indústria, concentrado nos setores de maior intensidade tecnológica...”, ou
seja, “doença holandesa”.
Rowthorn e Ramaswany dizem que a desindustrialização é causada por fatores
internos e externos.
Para os economistas keynesianos, desenvolvimentista, há um processo de
desindustrialização há 20 anos, enquanto para os ortodoxos a desindustrialização é
irrelevante.
O texto comenta sobre a reprimarização da pauta de exportação, onde as
exportações estão cada vez mais concentrados em produtos básicos, agropecuários e
commodities industriais, em geral, mercadorias de baixa tecnologia, onde a
desindustrialização está associada a déficits comerciais crescentes das indústrias e
superávits comerciais no setor não industrial.
Fala também da doença holandesa, que é relação entre a exportação de recursos
naturais e o declínio do setor manufatureiro. A abundância de recursos naturais gera
vantagens comparativas para o país que os possui, levando-o a se especializar na
produção desses bens e a não se industrializar ou mesmo a se desindustrializar, o que, a
longo prazo inibe o processo de desenvolvimento econômico.
Texto: Relações econômicas internacionais do Brasil dos anos 1950 a 80
Tem como objetivo resumir as relações econômicas internacionais do Brasil
numa perspectiva de média duração. Enfocando as questões centrais da interface externa
do Brasil nos planos comerciais, financeiro, tecnológicos e dos investimentos
estrangeiros.
Define Relações econômicas internacionais como: “fluxos que se estabelecem
entre as economias internacionais atuando de forma interdependente no plano mundial.”
Fala sobre globalização como um processo dominado por um grupo restrito de
países dominantes e de poderosas companhias.
Diz que as principais relações econômicas internacionais são: comércio
internacional, migrações internacionais e intercâmbios tecnológicos.
O Brasil passa de importador de mão-de-obra para exportador de mão-de-obra
não especializada.
Características das relações econômicas:
Importações rígidas
Ingressos absolutamente necessário de capitais estrangeiros.
Procura inelástica pelos principais produtos de exportação no Brasil.
Inelasticidade na oferta dos produtos de exportação.
Baixa diversidade da pauta exportadora.
Economia “reflexa” do Brasil, submetida, portanto, às flutuações normais
dos ciclos econômicos nos países desenvolvidos, nossos parceiros
econômicos.
Deteriorização nas relações de troca em virtude da desvalorização da
moeda internacional, por causa da inflação interna.
Desvalorização cambial contínua.
Fala sobre o governo de JK, Plano de Metas – política comercial protecionista.
Dependência econômica estrangeira. Abandonou o antigo projeto nacional –
desenvolvimentista de Vargas.
Jânio quadros utiliza a forte desvalorização cambial, unificação das taxas
e medidas ortodoxas. Utiliza o Plano Trienal e Desenvolvimento Econômico e
Social.
O regime militar utiliza a estagnação econômica, aceleração
inflacionária. O PAEG – Castelo Branco atuou a política monetária, causas
estruturais da inflação. Combateu progressivamente ou gradual á inflação.
Incentiva as exportações e investimentos estrangeiros.
Texto: Vulnerabilidade externa e restrição ao crescimento da economia brasileira
do real ao governo LULA.
O texto fala em três pilares que sustentaram a estabilidade promovida
pela reforma monetária de julho de 1994, cambial, monetária e salarial. As duas
primeiras interferem sobre as contas externas e a terceira rompe com os
mecanismos anteriores de reposição.
No período Sarney a economia brasileira começa a passar por um
processo de abertura comercial, que foi aumentada no período Collor.
A ampliação do processo de abertura comercial e a valorização do
câmbio após a implantação do Real conduziram a um expressivo aumento das
importações.
Segundo o texto, o resumo da economia brasileira se dá da seguinte
maneira: “... o processo de abertura comercial com sobrevalorização cambial
ocasionou profundos desequilíbrios nas contas externas. O financiamento desses
desequilíbrios obriga a manutenção da taxa de juros em patamar elevado. Aumento
no nível de renda aumenta a demanda por importações agravando o déficit em
transações correntes, obrigando a redução do nível de renda, num círculo vicioso
que instabiliza a retomada do sustentada do crescimento econômico.
Os desequilíbrios nas contas externas tornaram-se problemas de estoques e
não meramente de fluxos, devido ao estoque da dívida externa e do montante de
capital estrangeiro. O crescimento do passivo externo provoca elevação no seu
serviço que conduz inevitavelmente ao estrangulamento externo, tornando os
déficits externos mais rígidos a alterações na taxa de câmbio. Resta apenas o recurso
da taxa de juros para o ajustamento das contas externas.”
Utilizando a valorização cambial, juros elevados e repressão salarial
imprimiram uma característica de grande volatilidade, no sentido descendente, da
taxa de crescimento do produto, tornando a economia altamente vulnerável aos
humores dos fluxos especulativos de capital, com sérias implicações financeiras.
Mostrou-se também a enorme capacidade de recuperação da economia
brasileira, através de alguns índices de vulnerabilidade.
Ainda comenta que: ” Urge mudanças ativas na política econômica no
sentido da diminuição da volatilidade dos fluxos de capitais externos e na política
monetária que rompa com a componente financeira que realimenta o endividamento
público, ocasionado pelas elevadíssimas taxas de juros, que impede o Estado de
realizar políticas públicas e fragiliza a capacidade da economia brasileira enfrentar
eventuais crises externas.”