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PUB Administrador José Rocha Dinis • Director Sérgio Terra • Nº 4706 • Segunda-feira, 2 de Março de 2015 10 PATACAS As componentes da língua portuguesa e jogo do Instituto Politécnico serão transferidas para cinco edifícios do anti- go campus da Universidade de Macau na Taipa, para que a instituição possa acompanhar a estratégia de desenvol- vimento da RAEM. Na mesma linha, o IPM planeia criar um centro dedicado às indústrias criativas. Dormir à porta da creche em busca de vaga FOTO JTM Roteiros promovem “tesouros” culturais A criação de novos roteiros turísti- cos que exploram as ruas mais tra- dicionais de Macau, uma medida implementada pela DST, merece o aplauso da presidente do Instituto de Formação Turística. Pág. 6 Vários desaparecidos após naufrágio Entre sete a oito pessoas conti- nuavam ontem desaparecidas depois de uma embarcação ter naufragado em Coloane com 17 ou 18 pessoas a bordo que tenta- vam entrar ilegalmente em Ma- cau para jogar. Pág. 9 Chefe do Executivo afasta mexidas no imobiliário Apesar de reconhecer que os pre- ços dos imóveis atingiram níveis “excessivos”, Chui Sai On afirmou que as medidas em vigor para o mercado imobiliário não vão sofrer alterações imediatas. Pág. 4 UM admite encerrar Instituto em Zhuhai A Universidade de Macau não descarta a possibilidade de en- cerrar o Instituto de Investiga- ção que estabeleceu em Zhuhai, depois de um relatório do Co- missariado de Auditoria apontar riscos na gestão. Pág. 8 Centros do IPM vão ganhar fulgor na Taipa Pág. 5 MANUEL PIRES EM ENTREVISTA AO JTM “TDM tem obrigação de cobrir outras comunidades” Págs . 02 e 03 Pág. 11 Pág. 13 Pág. 15 D. José da Costa Nunes pretende investir nas áreas das ciências e música Jovens portugueses viajam pela Ásia sem as “amarras do tempo”

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Administrador José Rocha Dinis • Director Sérgio Terra • Nº 4706 • Segunda-feira, 2 de Março de 2015 10 PATACAS

As componentes da língua portuguesa e jogo do Instituto Politécnico serão transferidas para cinco edifícios do anti-go campus da Universidade de Macau na Taipa, para que

a instituição possa acompanhar a estratégia de desenvol-vimento da RAEM. Na mesma linha, o IPM planeia criar um centro dedicado às indústrias criativas.

Dormir à porta da crecheem busca de vaga

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Roteiros promovem “tesouros” culturaisA criação de novos roteiros turísti-cos que exploram as ruas mais tra-dicionais de Macau, uma medida implementada pela DST, merece o aplauso da presidente do Instituto de Formação Turística. Pág. 6

Vários desaparecidosapós naufrágioEntre sete a oito pessoas conti-nuavam ontem desaparecidas depois de uma embarcação ter naufragado em Coloane com 17 ou 18 pessoas a bordo que tenta-vam entrar ilegalmente em Ma-cau para jogar. Pág. 9

Chefe do Executivo afastamexidas no imobiliárioApesar de reconhecer que os pre-ços dos imóveis atingiram níveis “excessivos”, Chui Sai On afirmou que as medidas em vigor para o mercado imobiliário não vão sofrer alterações imediatas. Pág. 4

UM admite encerrarInstituto em ZhuhaiA Universidade de Macau não descarta a possibilidade de en-cerrar o Instituto de Investiga-ção que estabeleceu em Zhuhai, depois de um relatório do Co-missariado de Auditoria apontar riscos na gestão. Pág. 8

Centros do IPM vãoganhar fulgor na Taipa

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MANUEL PIRES EM ENTREVISTA AO JTM

“TDM tem obrigação de cobrir outras

comunidades” Págs. 02 e 03

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D. José da Costa Nunespretende investir nas áreasdas ciências e música

Jovens portuguesesviajam pela Ásia semas “amarras do tempo”

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02 JTM | LOCAL Segunda-feira, 2 de Março de 2015

JORNAL TRIBUNA DE MACAUPropriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Dinis • Director: Sérgio Terra • Grande Repórter: Fátima Almeida • Redacção: André Jegundo e Pedro André Santos (Editores), Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal), João Pimenta (Pequim) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Helder Fernando, Raquel Carvalho e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Rita Cameselle e Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

André Jegundo

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MANUEL PIRES EM ENTREVISTA AO JORNAL TRIBUNA DE MACAU

TDM vai “rever carreiras em todas as áreas”A completar um ano na presidência da Comissão Executiva da TDM, Manuel Pires aponta como estratégia de longo prazo para os canais de língua portuguesa de rádio e televisão uma maior diversificação de conteúdos dirigida a outras “comunidades minoritárias de Macau”. “Macau tornou-se num local com uma composição étnica muito diversificada. Se calhar também é nossa obrigação prestar atenção a essas comunidades”, justifica. Em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, Manuel Pires, promete concretizar este ano uma revisão das carreiras em todas as áreas da empresa de modo a estancar a saída de profissionais e revela ainda os dois novos programas que vão ser lançados no canal português

Quando entrou em funções apon-tou a melhoria da gestão da TDM como uma prioridade.

Que alterações foram introduzidas?- Temos conseguido ir aperfeiçoando

gradualmente os mecanismos, porque o processo de gestão é sempre dinâmico. Em meados do ano passado, os nossos auditores externos realizaram uma audi-toria de gestão no sentido de identificar os pontos fortes e fracos da empresa. Foi um trabalho que demorou algum tempo mas que está concluído. Foram produzi-das muitas recomendações em termos de gestão e, depois de uma fase de reflexão interna, começámos agora a tentar en-contrar respostas para as questões que são colocadas, uma vez que os auditores não têm soluções mágicas, apenas dão sugestões. Para além disso, temos tido sempre a compreensão do Conselho de Fiscalização, presidido pelo Dr. Jorge Neto Valente, que ao longo dos anos nos tem dado recomendações e conselhos, que o Conselho de Administração e a Co-missão Executiva recebem de bom gra-do. O delegado do Governo até há pouco tempo, que era o actual Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, também sempre se preocupou com o fun-cionamento da empresa.

- Quais as recomendações mais im-portantes que foram feitas pela audito-ria?

- Sobretudo na área financeira. A TDM tem sempre um grande desafio porque sendo uma sociedade anónima rege-se pelas regras do Código Comercial, mas ao mesmo tempo, sendo detida em 100% pelo Governo, também tem de responder em termos de gestão pública e de conta-bilidade. Os nossos resultados são apre-sentados de acordo com as regras da con-tabilidade internacional mas há sempre uma tentativa de equilíbrio e temos que encontrar mecanismos de gestão finan-ceira que possam servir ambos os lados. Se registarmos superavit, ficamos sujei-tos a imposto complementar, mas tam-bém não é de bom tom pensarmos numa empresa com défice, uma vez que se trata de uma entidade subsidiada anualmente pelo Governo ao abrigo do contrato de concessão do serviço público de radiodi-fusão. Esse subsídio representa cerca de 70% do orçamento de exploração. Quan-to aos outros 30% cabe à empresa gerar os seus próprios recursos através de vendas e espaço publicitário.

- A melhoria dos mecanismos de ges-tão passa então por um maior controlo das despesas?

- Temos um controlo satisfatório das nossas despesas porque necessitamos de prestar contas a muitas entidades. Temos

um auditor externo que faz a auditoria dos resultados todos anos, contamos com um conselho de fiscalização que participa activamente nos trabalhos de fiscalização da empresa, e fornecemos ainda dados aos próprios serviços das Finanças. Para além disso, o Comissariado de Auditoria fez num passado recente várias fiscali-zações à TDM, portanto nesse aspecto estamos tranquilos. O que pretendemos, e as recomendações da auditoria vão nes-se sentido, é aperfeiçoarmos muito mais a capacidade de previsão de custos para maximizarmos os recursos. Ao contrário do que muita gente possa pensar, os nos-sos recursos não são assim tão abastados, portanto precisamos de mecanismos que nos permitam alocar recursos de forma a maximizarmos cada pataca que estamos a gastar. Faz muita diferença termos duas patacas alocadas para uma despesa quan-do afinal só precisamos de uma. É nesse sentido que a auditoria nos vem reco-mendar uma reflexão interna sobre como podemos melhorar mais nesse mais nesse aspecto.

- A situação financeira da empresa está equilibrada?

- Penso que estamos num bom cami-nho. Acabámos de aprovar o orçamento para o ano de 2015 e que entra numa li-nha de algum cuidado em termos de cus-tos e de gestão rigorosa. É um orçamento que cresce 9% em relação ao ano anterior

e que tenta criar condições remunerató-rias mais atraentes para os colaborado-res da empresa porque, como todos sa-bemos em Macau, os recursos humanos são algo de muito raro. É um aspecto a que queremos dar alguma atenção. A nível de gestão a empresa funciona com alguma tranquilidade. Em termos de ba-lanço de resultados vamos acabar o ano de certeza com um saldo positivo que está a ser apurado, mas de certeza que será positivo. Nesta perspectiva, julgo que estamos a corresponder às expectati-vas e aos anseios do accionista, o Governo de Macau. O lucro deste ano deverá ser superior ao do ano passado porque 2014 foi um ano muito especial para a TDM. Por um lado, a TDM comemorou 30 anos de televisão em Macau e isto, automatica-mente, gerou um conjunto de actividades e programas que também atraíram algum interesse publicitário. Por outro lado, foi ano de campeonato do mundo de futebol, que é um evento que atrai bastante publi-cidade. Só estes dois eventos geraram re-ceitas adicionais que não existem noutros anos. Por outro lado, tivemos o cuidado de gastar o dinheiro com prudência mas não deixando de assegurar o que era es-sencial nas mais variadas áreas.

- Qual a estratégia da empresa para os canais portugueses de rádio e televi-são?

- Os meus colegas da Rádio Macau e

do Canal Macau todos os dias têm um grande desafio que é produzir e traba-lhar para um público minoritário. Não é obviamente fácil e é um trabalho que eu diria que às vezes é inglório porque não dispõem dos mesmos recursos e das mesmas capacidades que os canais chineses. Essa é a realidade mas isso não significa que não se produzam con-teúdos, que são muito diversificados: temos o Telejornal, diariamente, a TV Desporto, que é um programa semanal de uma hora, uma entrevista semanal, a Montra do Lilau, um programa semanal de natureza cultura e temos a Grande Reportagem, também semanal. E temos o Contraponto que é uma produção con-junta da Rádio Macau e do Canal 1 TV, semanal. Esta é a produção própria e não é pouca. Eu julgo que pela razão de termos como público alvo uma comuni-dade minoritária, significa que também devemos ir além dessa comunidade e dirigirmo-nos também a outras comuni-dades minoritárias. Neste momento na televisão já temos o telejornal diário em inglês e semanalmente uma entrevista em inglês de 30 minutos. Na Rádio Ma-cau semanalmente temos um programa em “bahasa”, dirigido à comunidade indonésia. Porquê? Porque entendemos que temos obrigação dentro do serviço público de radiodifusão de cobrir outras comunidades. Macau tornou-se num lo-cal com uma composição étnica muito diversificada. Se calhar também é nossa obrigação prestar atenção a essas comu-nidades. É nessa medida que a TDM tem trabalhado e provavelmente não vamos ficar por aqui.

- Serão cada vez mais canais dirigi-dos a todas as comunidades minoritá-rias de Macau?

- Naturalmente que o papel primor-dial destes canais será dirigido à comu-nidade falante de língua portuguesa. Mas se nós tivermos espaço e capaci-dade de chegar às outras comunidades penso que isso deve ser feito. É um ser-viço público que nós prestamos e va-mos seguir essa linha. Se não for este ano, penso que no próximo ano teremos condições para nos expandirmos para outras comunidades que já existem em Macau e que também merecem.

- Que tipo de programas é que estão a ser pensados?

- Dou-lhe um exemplo concreto: mui-tas destas comunidades não conhecem a realidade de Macau, não conhecem as regras laborais. Se calhar é nossa obri-gação trabalharmos nessa área, esclare-cendo as pessoas sobre os seus direitos e fazê-las perceber a terra onde estão a trabalhar. Acho que é um contributo que devemos fazer.

- O futuro, a médio e longo prazo, dos canais portugueses de rádio e tele-

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Segunda-feira, 2 de Março de 2015 JTM | LOCAL 03

visão está assegurado?- No meu primeiro dia, na

conferência de imprensa em que foi anunciada oficialmente a mi-nha entrada na TDM, foi-me co-locada a questão se a rádio e a te-levisão em português eram para continuar. A minha resposta foi naturalmente que estava fora de questão não continuarem a ser uma aposta. O próprio porta-voz do Governo referiu que era uma vertente fundamental para o Governo da RAEM garantir que os canais de língua portuguesa continuassem. Em termos políti-cos existem todas as condições e em termos financeiros também, porque o accionista é o mesmo. Na empresa essa vontade exis-te. Naturalmente, temos é que ter estratégias a longo prazo e a diversificação para as outras co-munidades não diminui o papel fundamental e nuclear da língua portuguesa, vem é complemen-tar esse papel. Felizmente temos profissionais bastante compe-tentes, fluentes em português e inglês, e portanto somos capazes de complementar esta oferta e começar a pensar também nas comunidades não falantes das línguas oficiais. Pretendemos que as comunidades existentes, independentemente de serem de longa ou curta duração, possam perceber Macau. Em termos es-tratégicos há uma outra verten-te que queremos assumir que é esse papel intermediário entre a China e os países de língua por-tuguesa. Temos o apoio da Chi-na nesse sentido e a nós vem-nos facultar acesso a programas e conteúdos que se calhar de outra forma seriam muito onerosos.

- Face a essa diversificação dos conteúdos, o modelo de funcionamento dos canais em português é para manter?

- Em termos de modelo orga-nizacional, a gestão do canal de televisão e da Rádio Macau está no departamento de programas e informação em língua portu-guesa e não pretendemos estar a alterar esse modelo porque tem dado resultados. Por outro lado, uma divisão entre canais iria onerar a empresa e não me parece que significaria um acrés-cimo de qualidade. Produzir to-dos os dias informação em por-tuguês não é fácil. Não estamos a falar de uma mera tradução de fontes de informação em chinês, mas sim de produção de infor-mação para um público falante de língua portuguesa, que tem outras expectativas, exigências e gostos. Reconheço publicamente o desafio que os meus colegas precisam de enfrentar todos os dias. Mas este modelo, que já tem alguns anos, funciona por-que permite sinergias. O melhor exemplo para mim destas siner-gias é o “Contraponto”. Aprecio o programa porque permite à comunidade falante portuguesa actualizar-se sobre os temas.

- Que outros projectos é que podem ser lançados este ano?

- Há dois projectos que estão a ser preparados. Aproveitando o nosso papel de ligação entre a China e os Países de Língua Por-tuguesa há um programa que estamos a preparar que é dedi-cado às relações entre a China e

os países de língua portuguesa em diferentes perspectivas, seja económica, social ou cultural. Este projecto deverá ser lançado em meados deste ano e surge de-pois de termos conseguido con-cluir o ciclo dos acordos com as estações de televisão e agências noticiosas de países de língua portuguesa. Na segunda metade do ano começámos a implemen-tar esses acordos através da tro-ca de programas. Os programas da CCTV chinesa estão a ser le-gendados ou dobrados em por-tuguês pela TDM e depois são fornecidos às diferentes estações de televisão dos países de lín-gua portuguesa. Agora estamos a tentar conseguir o inverso, ou seja, também gostaríamos que começassem a haver programas dos países de língua portuguesa de interesse para as estações do Interior da China para sermos nós a fazer o trabalho de dobra-gem ou legendagem em chinês. É algo de muito importante e para a TDM é muito bom por-que nos permitiria aproveitar os programas para a nossa progra-mação. O outro projecto que pre-tendemos lançar este ano é uma nova temporada do programa de gastronomia macaense “Ui Di Sabroso”. Estes dois projectos são para ser concretizados para 2015.

- A escassez de recursos hu-manos e a instabilidade nos quadros de pessoal também afecta muito a TDM?

- Não fugimos à regra geral. Há uma grande rotatividade de entrada e saída de pessoal. Isto, naturalmente, implica encargos porque o processo de recruta-mento consome tempo e tem custos. Depois, o novo colabo-rador quando entra precisa de formação e integração e, muitas vezes, quando o fruto já está ma-duro aparece alguém no pomar e leva-nos a fruta. Nós compreen-demos que esta é a realidade de Macau, os recursos humanos são escassos. Mas temos três áreas em que a nossa preocupação é maior, porque são áreas críticas para o funcionamento da empre-sa: os jornalistas, os produtores e os informáticos. Ao nível dos canais portugueses a situação não é tão crítica porque os nos-sos efectivos são quase todos re-crutados em Portugal. Mas nos canais chineses, aí sim, de dois em dois meses três ou quatro pessoas saem. Eu diria que de-pende de quantos recrutamen-tos o Governo tem nesse mês. O mais grave para nós é que os que saem não são os que acabaram de entrar, são os que estão cá há três ou quatro anos. Mas temos que respeitar as perspectivas profissionais destas pessoas por-que não temos condições para oferecer as mesmas condições remuneratórias.

- O que pode ser feito para contrariar essa tendência?

- Durante este ano vamos fa-zer uma revisão das carreiras em todas as áreas da empresa, com prioridade para os jornalistas, produtores e informáticos. Te-mos que tornar estas carreiras atraentes em termos de desen-volvimento profissional por for-ma a que os profissionais nessas

áreas se sintam atraídos.- Será possível à empresa

melhorar as condições salariais e de carreira?

- Em termos de ajustamento salarial há uma política que já vem de alguns anos para cá em que a empresa faz questão de fazer ajustamentos salariais. Este ano não foi excepção. Quando a função pública é aumentada 6,75%, se não fizermos nada e não reagirmos o fosso ainda vai aumentar mais. Mas, isso não chega para resolver o problema estrutural que passa pela neces-sidade da carreira profissional ter que ser atraente. Bem sei que nós fornecemos um pacote re-muneratório que, tirando a Ad-ministração Pública e as gran-des operadoras de jogo, poucos mais conseguem oferecer, com salários a 14 meses, assistência médica, fundo de previdência social, por aí fora. Mas o salário é sempre a componente funda-mental e é por aí que temos que trabalhar. O repto que lançámos a nós próprios é que este ano, com a compreensão e abertura do accionista e o apoio do Con-selho de Administração, vamos proceder a uma revisão das car-reiras, com um reposicionamen-to de todos os índices salariais para que sejam mais competiti-vos logo de entrada e depois ter uma perspectiva de longo prazo.

- Como está o processo para a transmissão do sinal da TDM no Interior da China?

- Da nossa parte estamos na expectativa de uma decisão, que dependerá de uma autorização do Governo Central. A TDM está pronta para isso, julgo que não precisamos de fazer mais nada. Se esse projecto se concre-tizar vamos ainda mais cumprir o nosso projecto de serviço pú-blico porque há cada vez mais residentes de Macau a viver do outro lado da fronteira, uma ten-dência que acredito que vai con-tinuar. Essas pessoas têm o direi-to de ter acesso ao que acontece em Macau.

- A transmissão par ao Inte-rior da China vai permitir au-mentar as receitas próprias da empresa?

- Em termos comerciais pode haver algum benefício mas te-mos que ser realistas porque a lei da publicidade na China é muito restritiva em relação à publicida-de do exterior. É evidente que há algum potencial comercial, mas é difícil que seja por aí que a es-trutura do financiamento pode-rá alterar-se de forma radical.

- O modelo de financiamen-to deve manter-se inalterado?

- A existência do subsídio deve-se ao contrato de conces-são que a TDM tem assinado com o Governo e que é válido até 2020. De acordo com esse contrato de serviço público que a TDM se compromete a prestar, o Governo obriga-se a dar-nos um subsídio anual de funciona-mento. Em termos percentuais é sempre discutível se será melhor ter uma repartição de 60%/40% entre receitas próprias e o sub-sídio do Governo. Se a TDM ti-ver capacidade para gerar mais receitas próprias eu acho que o accionista não se importa de dar

menos, temos que ser realistas. Até 2005 a TDM era uma empre-sa de capitais mistos, com inves-tidores privados maioritários e uma participação do Governo. No mercado de então não era tão fácil a sobrevivência de uma empresa de radiodifusão em Macau. O Governo assumiu a empresa, efectuou o saneamento financeiro e a TDM tem sempre mantido uma postura de equili-brar as contas por forma a não ter défice. Antes disso, houve um ou outro ano de défice e não havia outra alternativa uma vez que os investidores privados não estavam disponíveis para capi-talizar a empresa. Mas, a partir do momento em que o Governo passou a accionista único, essa situação foi ultrapassada e todos os anos se têm registado lucros, que podem ser considerados meros saldos orçamentais por causa do subsídio atribuído pelo Governo.

- Em relação à questão das instalações, há alguma solução a ser gizada para além do pro-jecto para os novos aterros?

- Tenho que reconhecer o meu fracasso nesse aspecto. Foi uma das coisas que prometi a mim próprio que era uma ques-tão fundamental. Há um mês apareceu uma luz ao fundo do túnel que está a ser explorada. É uma hipótese ainda muito incer-

ta e ténue. Não está nas nossas mãos neste momento.

- Mas, é uma solução para juntar todos os departamentos da empresa?

- Não, isso nem pensar. A ideia é manter estas instalações na Rua Francisco Xavier Pereira e tentar arranjar outro sítio que pudesse agregar tudo aquilo que actualmente está disperso por quatro ou cinco locais. Estas instalações na Rua Francisco Xa-vier Pereira manter-se-iam por-que são as únicas que pertencem ao Governo da RAEM, todas as outras são alugadas e, como sa-bemos, o aluguer em Macau é cada vez mais difícil.

- Em relação ao terreno pe-dido pela TDM nos novos ater-ros, há alguma novidade?

- Gostaríamos de ter notí-cias, mas quaisquer novas ins-talações construídas de raiz são um processo moroso. O estudo prévio que entregámos incluía uma área de 40 mil metros qua-drados e quatro grandes áreas funcionais: área técnica; área de produção e estúdios; área admi-nistrativa e informação e depois uma área dedicada à formação. É muito importante termos um espaço próprio para formação interna. Mas a solução que esta-mos à procura será sempre tran-sitória para um período de oito a 10 anos.

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Segunda-feira, 2 de Março de 201504 JTM | LOCAL

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CHUI SAI ON ALEGA FALTA DE “CONDIÇÕES” PARA NOVAS MEDIDAS

Chefe recusa mexer no imobiliárioApesar de reconhecer que os preços dos imóveis atingiram níveis “excessivos”, Chui Sai On afirmou que as medidas em vigor para o mercado imobiliário não vão sofrer alterações imediatas

• • • BREVES

Sónia Chan promete rever sobreposição de funçõesA política de simplificação da estrutura administrati-va focará dois aspectos, no-meadamente a revisão das funções das e n t i d a d e s com carácter consultivo e ainda de outros servi-ços públicos, afirmou a Secretária para a Admi-nistração e Justiça. De acordo com Sónia Chan, “o Governo dará primazia à revisão da sobre-posição de funções de alguns serviços”. Citada por um comunicado oficial, a Secretária para a Administração e Justiça esclareceu que, em ter-mos dos órgãos consultivos, será avaliada “a razoabilidade do aproveitamento dos recursos na criação de secretariados e outros serviços de apoio”. Governo assume reparações de paredes de “papelão”O Secretário para os Transportes e Obras Pú-blicas afirmou ontem que o Governo assumirá os custos de reparação de um apartamento do Edifício Koi Nga, em Seac Pai Van, onde foram detectadas paredes preenchidas com sacos de plástico e papel. Raimundo do Rosário garan-tiu que o Governo ainda não sabe qual é a frac-ção em causa, pelo que o Instituto da Habitação apenas aguarda que o proprietário denuncie o caso. Na semana passada, um grupo de mora-dores daquele prédio entregou uma petição ao Executivo denunciando várias anomalias nas fracções, desde instalações eléctricas com defi-ciência a inundações.

Invisuais criticam alterações nos sinais nas passadeirasA Associação de Promoção dos Direitos dos In-visuais acusou o Governo de ter diminuído tan-to o volume dos sinais sonoros nas passadeiras, durante a noite, que muitas pessoas não são ca-pazes de ouvir o sinal. Segundo o Canal Macau, a associação indicou que, uma semana antes da entrada em vigor da nova lei do ruído, foi aler-tada pela DSAT sobre a diminuição do volume de 90 para 30 decibéis, valor que considera mui-to baixo. A DSAT referiu à TDM que irá ajustar os aparelhos para responder às necessidades da população.

Turista do Continente queixa-sede furto superior a 100 mil HKDUm homem oriundo da China Continental apresentou queixa junto das autoridades poli-ciais por alegadamente ter sido vítima de furto quando se deslocava entre os casinos Wynn e StarWorld. A vítima declarou que foi nessa al-tura que reparou que alguém tinha mexido na mala que transportava e onde tinha 160 mil dó-lares de Hong Kong. No total terão sido rouba-dos 109 mil dólares de Hong Kong.

DSAL organiza iniciativas para promover emprego jovemA Direcção dos Serviços dos Assuntos Laborais (DSAL) participou no “Dia das Carreiras” do Instituto Politécnico de Macau, com o objecti-vo de encaminhar os estudantes universitários para os empregos que a eles mais se adequam, bem como ajudá-los a iniciar as respectivas car-reiras profissionais com sucesso. Nesse sentido, a DSAL promoveu workshops, simulação de entrevistas de emprego, bem como a avaliação das potencialidades profissionais e um seminá-rio subordinado ao tema “Integração no Merca-do de Trabalho”.

O Chefe do Executivo consi-dera que “neste momento não há condições para alte-

rar ou cessar imediatamente as me-didas vigentes” para o sector imo-biliário, incluindo a actualização dos impostos e das percentagens de hipoteca, entre outras. Apesar de tudo, Chui Sai On reconheceu que um estudo das políticas efectuado anteriormente pelo Secretário para Economia e Finanças concluiu que os preços do imobiliário estão “ex-cessivamente altos”.

Em declarações aos jornalistas, o governante recordou, por outro lado, que o Executivo “lançou uma série de medidas incluindo algumas relacionadas a instituições financei-ras de crédito hipotecário, impos-tos, entre outras”, após ter ausculta-do muitas opiniões que “defendem que os altos preços do sector criam pressões na capacidade de compra dos residentes”.

Para já, segundo Chui Sai On, “o Governo irá ter em conta os dados estatísticos do corrente mês para definir uma previsão económica e fazer uma análise à situação econó-mica geral do território, cujo resul-tado será divulgado em breve”.

Reiterando que espera que o mercado imobiliário possa desen-volver-se de “forma saudável”, Chui Sai On sublinhou que, para além de aumentar a construção de habitação pública na zona A dos novos aterros, o governo irá ainda empenhar-se na procura de mais

terrenos e resolver a questão dos ter-renos abandonados, entre outros. “A política de habitação do governo foi sempre tentar alcançar o bem-estar da população, sendo também este o objectivo de trabalho do governo”, refere o mesmo comunicado.

Número de casas vendidas caiu 55% em Janeiro

O número de casas vendidas em Macau caiu 55,6 por cento em Ja-neiro, face ao período homólogo de 2014, com o preço médio por metro quadrado a subir 1,8% para 85.717 patacas. De acordo com dados da Direcção dos Serviços de Finanças,

contabilizados a partir das decla-rações para liquidação do imposto de selo por transmissões de bens, foram transaccionadas 336 fracções autónomas destinadas à habitação, contra as 758 registadas em Janeiro de 2014.

O preço médio por metro qua-drado das fracções habitacionais vendidas atingiu 85.717 patacas, ou seja, aumentou 1,8% face às 84.156 patacas de Janeiro de 2014. A maior parte das casas vendidas situa-se na península de Macau (277), sendo que Coloane continua a apresentar o preço médio por metro quadrado mais elevado: 121.746 patacas.

Vendas de relógios e jóias caíram 11%

O valor total das vendas do comércio a retalho de Macau atingiu 67,66 mil milhões de patacas em 2014, registando um aumento de 1% face ao ano

anterior, indicam dados oficiais.As vendas de relógios e joalharia cifraram-se em

18,14 mil milhões de patacas - perfazendo mais de um quinto do total de negócios (27%), enquanto as de mer-cadorias de armazéns e quinquilharias totalizaram 9,92 mil milhões de patacas, ou seja 15% do total, informou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

No entanto, comparativamente ao ano anterior, en-quanto que as vendas de mercadorias de armazéns e quinquilharias aumentaram 5%, os relógios e joalharias sofreram uma descida de 11%.

O volume do comércio a retalho no ano de 2014 tam-bém aumentou 1% em termos anuais. Os acréscimos mais elevados verificaram-se na venda de electrodo-

mésticos (+34%); motociclos e respectivas peças e aces-sórios (+30%) e alimentos/doces chineses (+24%).

De acordo com a DSEC, só no quarto trimestre de 2014, o total de negócios dos estabelecimentos do co-mércio a retalho atingiu 17,04 mil milhões de patacas, crescendo 8% em relação aos três meses anteriores, cujo montante revisto ascendeu a 15,82 mil milhões.

Entre Outubro e Dezembro, os negócios com relógios e joalharia (4,40 mil milhões de patacas) representaram 26% do total, porém, sofreram uma quebra homóloga de 21%. A mesma tendência verificou-se nas mercadorias de armazéns e quinquilharias, com as vendas a recua-rem 23% para 2,12 mil milhões.

Em contrapartida, o valor das vendas de alimen-tos/doces chineses e electrodomésticos subiu 24% e 21%, respectivamente, em relação ao último trimestre de 2013.

Os relógios e a joalharia mantiveram um peso predominante na estrutura do volume de negócios do comércio a retalho em 2014, mas as vendas desceram 11%

Chui Sai On na reunião da ANP

O Chefe do Executivo estará em Pequim entre 4 e 7 de Março, para assistir à abertura da terceira sessão da 12ª Assembleia Nacional Popular (APN), que se realiza na quinta-feira. Segundo uma nota oficial, Chui Sai On terá também um encontro com o presidente do Banco Popular da China, Zhou Xiaochuan. A delegação que acompanha Chui Sai On inclui a chefe do Gabinete do Chefe do Executivo, O Lam, o director do Gabinete de Comunicação Social, Victor Chan, o coordenador do Gabinete de Protocolo, Relações Públicas e Assuntos Exteriores, Fung Sio Weng, entre outros. A Secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, exercerá, interinamente, as funções de Chefe do Executivo.

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Segunda-feira, 2 de Março de 2015 JTM | LOCAL 05

PORTUGUÊS, JOGO E INDÚSTRIAS CRIATIVAS COM NOVA CASA NA TAIPA

IPM consolida estratégia governativaAs componentes da língua portuguesa, jogo e indústrias criativas do Instituto Politécnico serão transferidas para cinco edifícios do antigo campus da Universidade de Macau na Taipa, para que a instituição possa acompanhar as orientações de desenvolvimento da RAEM. O presidente do IPM revelou ainda que o Governo aprovou a construção de mais um edifício, que albergará uma biblioteca aberta ao público

Liane Ferreira

Título académico para Durão Barroso

O Instituto Politécnico de Macau (IPM) decidiu atribuir o título académico de professor coordenador honorário a Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia e antigo Primeiro-Ministro de Portugal. Segundo o IPM, este será o primeiro título concedido por um instituto de ensino superior politécnico a Durão Barroso, sendo o correspondente ao de Doutor Honoris Causa, atribuído pelas universidades. “Estando confirmada a aceitação do título e a visita de Durão Barroso a Macau, a convite do IPM, este ano, embora com data ainda não confirmada, para Lei Heong Iok, presidente do IPM, esta é uma nomeação muito importante e que se vem juntar à de outras individualidades, igualmente reconhecidas internacionalmente, como de Henry Kissinger e outros”, refere um comunicado da instituição.

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Em fase de expansão física, o Institu-to Politécnico de Macau (IPM) pre-tende iniciar o próximo ano lectivo

com os centro pedagógicos de Português e do jogo a funcionarem no antigo cam-pus da Universidade de Macau (UM), na Taipa, revelou o presidente da instituição. Juntamente, com estas duas unidades prevê-se a criação de um centro dedicado às indústrias criativas.

Lei Heong Iok declarou que os cin-co edifícios atribuídos ao IPM no antigo campus da UM, entre os quais duas re-sidências de estudantes e um centro de investigação, serão utilizados para acom-panhar a estratégia de desenvolvimento da RAEM, nomeadamente em termos da criação do “Centro Mundial de Turismo e Lazer” e do desenvolvimento da plata-forma de serviços, cooperação e comércio entre a China e os países lusófonos.

Assim, o Centro Pedagógico e Cien-tífico da Língua Portuguesa e o Centro Pedagógico e Científico na Área do Jogo irão mudar-se para a Taipa. Para além disso, irá ser criado um centro pedagógi-co e científico para as indústrias criativas, não tendo, no entanto, sido divulgados mais pormenores sobre o futuro organis-mo.

Destacando que a aposta na formação

de quadros qualificados na área do por-tuguês não se destina apenas a Macau e à China, Lei Heong Iok acrescentou que o IPM também tem em vista o restante território asiático. Do mesmo modo, a instituição também pretende promover o progresso dos trabalhadores locais do sector do jogo e fomentar “talentos” na área das indústrias criativas.

Os restantes dois edifícios serão utili-zados como residências de estudantes.

Apesar dos cinco edifícios não serem ideais, representam uma grande melho-ria em termos de equipamentos, frisou o presidente do IPM, que espera começar a utilizar as novas instalações já no próxi-mo ano lectivo, embora admita que será difícil efectuar a transição de uma só vez.

A instituição irá criar um grupo de trabalho especial, responsável pelos tra-balhos de pesquisa e design dos novos equipamentos, no sentido de delinear bases sólidas para a sua próxima fase de desenvolvimento.

Lei Heong Iok avançou ainda que o Governo já aprovou a construção de um novo edifício no campus da instituição na península de Macau, para o qual está prevista a criação de uma biblioteca de grande dimensão que estará disponível para alunos e população em geral, tendo em conta que as carências existentes na zona do ZAPE nesse domínio. O edifício em questão não deverá ser inferior em

termos de dimensão ao “Mingde”, que alberga, entre outras instalações, uma re-sidência de estudantes, cantina e centro de inglês.

Número de alunos vai crescerO IPM não está apenas a crescer em

termos de dimensão e quantidade de equipamentos, já que Lei Heong Iok adiantou que o número de alunos tam-bém vai ser alargado, ainda que de forma racional, já que irá rondar os 3.000. Tal aumento deverá também dar resposta à procura de instituições de ensino supe-rior estrangeiras interessadas no inter-câmbio de alunos.

Porém, o presidente do IPM assegu-rou que os estudantes de Macau conti-nuam a ser prioritários, mantendo-se a percentagem de admissões de 85% para locais e 15% para estrangeiros e alunos da China Continental.

Lei Heong Iok frisou ainda que o prin-cípio da qualidade continuará a nortear a

estratégia de crescimento controlado da instituição.

Abordando a questão das certifica-ções e avaliações dos cursos, o responsá-vel afirmou que actualmente a agência in-glesa para a qualidade do ensino superior continua a avaliar cursos do IPM, tendo concluído a apreciação do curso de con-tabilidade e administração pública em Língua Portuguesa. Em curso está ainda a avaliação dos cursos de música, tradu-ção de português e chinês e de assisten-te social, por instituições internacionais, processo que deverá ficar concluído ain-da este ano.

O mesmo responsável acredita que o ajustamento às tendências de desenvolvi-mento académico internacional resultará num aumento rápido da competitividade do IPM.

No ano lectivo de 2013/2014, o IPM recebeu 8.056 candidatos interessados em 18 cursos, disponibilizados em três lín-guas veiculares.

Guangdong avalia circulação de carros em HengqinO Governo de Guangdong está a rever a legislação que permitirá a veículos com matrículas únicas de Macau passarem a circular em Hengqin. O diploma já passou por duas consultas, porém, ainda não há um calendário para a sua entrada em vigor

Veículos portadores de matrícula de Macau poderão vir a circular em Hengqin se o res-pectivo diploma for aprovado pelo Governo

de Guangdong. De acordo com o jornal “Ou Mun”, o director da Conselho de Administração da Nova Zona de Hengqin, Niu Jing, revelou que a proposta já foi alvo de duas consultas, sendo que as opiniões recolhidas foram entregues ao Governo da Provín-cia de Guangdong. No entanto, ainda não há um calendário para a entrada em vigor da revisão le-gislativa.

Em contrapartida, Niu Jing adiantou que o proble-ma dos seguros de circulação para veículos de Macau na Ilha da Montanha “já foi resolvido”.

Relativamente à possível pré-venda ilegal de casas da Ilha da Montanha em Macau, o subdirector do Con-selho de Administração da Nova Zona de Hengqin, Wang Ruisen, afirmou que o assunto já está a ser discu-tido com os dois construtores em causa, tendo estes de devolver as verbas.

Wang Ruisen alertou que as fracções habitacionais só poderão ser vendidas depois da autorização do Go-verno e existe risco de compra quando são anunciadas vendas com descontos. O responsável garantiu que vai ser reforçada a fiscalização da venda das casas em Hen-

gqin.Destacando que o âmbito de cooperação entre Ma-

cau e Guangdong sob o quadro do CEPA vai ser alar-gado a outras áreas, Niu Jing reconheceu a viabilidade de um projecto de construção de um lar de idosos da RAEM em Hengqin. Tal ideia estará mesmo a ser dis-cutida com o Executivo de Macau. No entanto, na sua opinião ainda é necessário estudar um modelo de coo-peração que ajude a resolver o problema de ligação aos serviços e seguros de saúde.

Até ao momento, 230 empresas locais já se regista-ram junto das autoridades de Hengqin, apresentando planos de investimento com um valor estimado total que atinge os 194,9 mil milhões de renminbis.

Viviana Chan

IPM vai utilizar cinco edifícios do antigo campus da UM

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Segunda-feira, 2 de Março de 201506 JTM | LOCAL

FANNY VONG DEFENDE VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO HISTÓRICO

Novos roteiros promovem “tesouros” culturaisMacau possui diversos locais que merecem ser mais divulgados, pela sua importância em termos da “cultura e herança histórica”, considera a presidente do Instituto de Formação Turística, que elogia por isso os roteiros lançados pelos Serviços de Turismo

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Elogios ao trabalho da polícia no controlo de multidões

A presidente do IFT faz um balanço positivo da época de Ano Novo Lunar, elogiando o trabalho das autoridades para assegurar a segurança de quem visita Macau, sobretudo em termos do “controlo das multidões”. “Nos últimos anos, as autoridades acumularam experiência no que diz respeito a lidar com multidões e têm implementado estratégias para diversificar o fluxo de turistas”, disse Fanny Vong ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

A criação de novos roteiros turísticos que ex-ploram as ruas mais tradicionais de Macau, uma medida implementada pela Direcção

dos Serviços de Turismo (DST), merece o aplauso da presidente do Instituto de Formação Turística (IFT).

“Em Macau existem tantos tesouros que deviam ser explorados e os turistas nem sequer conhecem esses locais. Eles deviam ser mais divulgados, pois representam a cultura e a herança histórica” do ter-ritório, afirmou Fanny Vong ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, exemplificando com a iniciativa da DST que permite “guiar as pessoas até áreas menos visitadas”.

Sem descurar a importância da indústria do jogo e dos grandes empreendimentos turísticos, Fanny Vong realçou a necessidade dos visitantes conhece-rem as lojas de rua e os pequenos restaurantes que se encontram nas zonas históricas do território. “Acho que se falarmos com os turistas eles dizem que gos-tam de ‘noodles’ mas comem-nos nos hotéis e cen-tros comerciais. Se eles ficarem a conhecer as lojas que existem nas zonas mais remotas da cidade ficam entusiasmados e devem gostar de provar a comida dos pequenos restaurantes”, disse.

A presidente do IFT acredita, aliás, que é a “ex-perimentar a gastronomia tradicional, a estar com os residentes e a conversar com eles”, vendo como vi-vem, que se conhece verdadeiramente um local.

Quanto à concentração de turistas durante algu-mas alturas do ano, Fanny Vong relembrou que a China Continental pondera alterar a política de fé-rias, possibilitando que os trabalhadores as gozem em períodos fora das tradicionais “Semanas Doura-das”, o que, no seu entendimento, poderá ser bené-fico para Macau.

IFT com responsabilidades acrescidasEnquanto instituição de ensino superior especia-

lizada no sector do turismo, o IFT tem uma respon-sabilidade acrescida, refere por outro lado a mesma responsável, ao sublinhar que os estudantes “vão um dia estar à frente das indústrias hoteleira e turística”.

Por esse motivo, explicou Fanny Vong, devem--lhes ser ensinadas competências como as línguas estrangeiras, uma mentalidade aberta e a boa atitude face aos outros, “para que possam pô-las em prática no futuro”.

A aprendizagem das línguas é uma das capaci-dades mais valorizadas pela presidente do IFT. “Os nossos licenciados devem saber falar mais do que uma língua porque Macau está a tornar-se num cen-tro internacional de turismo e lazer”, realçou.

Para além disso, frisou a importância dos estu-dantes terem “uma atitude aberta e receptiva a ou-tras culturas, até para um dia trabalharem em equi-pas multinacionais”.

Fanny Vong tem uma “visão positiva” em rela-ção ao futuro da indústria turística em Macau, ba-seada nos anos de experiência e na qualidade dos empreendimentos internacionalmente reconhecidos, como os “resorts” de cinco estrelas. “As pessoas vão e vêm, mas as construções permanecem, por isso, estes lugares devem ser mantidos e precisamos de pessoas competentes que saibam geri-los”.

Vinte anos depois da criação do IFT, a actual pre-sidente diz ter “grandes expectativas” sobre o desen-volvimento da instituição de ensino superior, que tem “conseguido atingir fasquias elevadas”.

A oferta curricular para o ano lectivo 2015/2016 deve manter-se, porém, Fanny Vong destaca o “con-tacto próximo” entre o IFT e o sector do turismo, que permite “responder às necessidades do mercado com novos cursos de formação”.

Este ano formam-se os primeiros licenciados em Gestão de Artes Culinárias, que “vêm dar resposta a algumas das falhas da indústria”. Por esse motivo, “as perspectivas de emprego são boas”.

Fanny Vong falava à margem do Dia Aberto do IFT, que este ano incluiu também o descerramento de um mural de reconhecimento dos 17 patrocinado-res de bolsas de estudo.

I.A.

1ª Vez

Execução Ordinária nº CV1-14-0098-CEO 1º Juízo

Exequente: 華皇集團有限公司 GRUPO SINO EMPIRE COMPANHIA LIMITADA, com registos comercial e de bens móveis sob o nº 19036(SO).Executado: 管亮 GUAN LIANG, do sexo masculino, casado com 李霞萍 LEI HA PENG sob o regime de comunhão de bens adquiridos, de nacionalidade chinesa, titular do Bilhete de Identidade de Residente de Macau nº 139xxxx(4), emitido em 13 de Agosto de 2010 pela Direcção dos Serviços de Identificação de Macau, com última residência conhecida em Macau na Avenida Doutor Mário Soares nº 269, edf. “Kuan Fat Fa Un”, 19º andar E, ora ausente em parte incerta.

FAZ-SE SABER que pelo 1º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M., correm éditos de TRINTA DIAS, contados a partir da segunda e última publicação do presente anúncio, citando o Executado, supra identificado, para, no prazo de VINTE DIAS, findo o dos éditos, deduzir oposição à execução acima indicada, ou efectuar ao Exequente o pagamento do seguinte montante: 1) MOP$2.114.477,00; 2) Os juros de mora calculados à taxa anual de 29,25% sobre o capital no valor de MOP$2.060.000,00 a contar da data da dedução da presente acção até ao pagamento integral da respectiva dívida; e 3) Custas processuais e procuradoria, ou nomear bens suficientes à penhora, sob pena de, não o fazendo, ser devolvido ao exequente o direito de nomeação, seguindo-se os demais termos até final, tudo como melhor consta do requerimento inicial, cujo duplicado se encontra nesta secretaria à disposição do citando.

E ainda que é obrigatória a constituição de advogado caso seja deduzida oposição, (artº 74º do C.P.C.M.)

RAEM, 13 de Fevereiro de 2015.

A Juíz de Direito,Ana Meireles

O Escrivão Judicial Principal, Cheang U Wai

“JTM” - 2 de Março de 2015

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

1ª Vez

Proc. Execução Ordinária nº CV3-14-0065-CEO 1º Juízo Cível

Exequente: JIN YING PROMOTOR DE JOGO SOCIEDADE UNIPESSOAL LIMITADA, com sede em Macau, na Estrada Governador Nobre de Carvalho, nº 762A, The Greenville, Bloco 1, 12º andar A, Taipa.Executado: LIAO CHURAN, ausente em parte incerta, com última domicílio conhecida em Macau, na Rua 1º de Maio, nº 472C, The Residencia Macau, Bloco 1, 40º andar C.

FAZ-SE SABER que, pelo Tribunal, Juízo e processo acima referidos, correm ÉDITOS DE TRINTA (30) DIAS, a contar da data da segunda e última publicação dos respectivos anúncios, citando, o executado LIAO CHURAN, para no prazo de VINTE (20) DIAS, decorridos que sejam os dos éditos, pagar ao exequente a quantia de MOP$1,100,160.00 (Um Milhão, Cem Mil, Cento e Sessenta Patacas), acrescido de juros de mora à taxa legal de 29.25% desde a instauração de processo de execução até o integral pagamento, com base no capital de MOP$1,030,000.00 (Um Milhão e Trinta Mil Patacas), e custas judiciais e procuradorias, ou no mesmo prazo, deduzir oposição por embargos ou nomear bens à penhora, sob pena de não o fazer ser devolvido ao exequente o direito de nomeação de bens à penhora e seguindo o processo os ulteriores termos até final à sua revelia, com a advertência de que é obrigatória a constituição de advogado, do citado diploma, caso sejam opostos embargos ou tenha lugar a qualquer outro procedimento que siga os termos do processo declarativo.

Tudo conforme melhor consta do duplicado da petição inicial que neste 3º Juízo Cível se encontra à sua disposição e que poderá ser levantado nesta Secretaria Judicial nas horas normais de expediente.

Macau, 13 de Fevereiro de 2015.

O Juíz,Chan Chi Weng

A Escrivã Judicial Adjunta, Chan U Wai

“JTM” - 2 de Março de 2015

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

1ª Vez

Execução Sumária de Sentença nº PC1-14-0270-COP-A Juízo de Pequenas Causas Cíveis

Exequente: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A., com sede em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, nº 22.Executado: 鄧沛坤 TANG PUI KUAN, residente em Macau, na Rua De Francisco Xavier Pereira, Nº 3, Edifício Fu U, 3º Andar “B”.

Faz-se saber que nos autos acima indicados são citados os credores desconhecidos do executado para, no prazo de quinze dias, que começa a correr depois de finda a dilação de vinte dias, contada da data da segunda e última publicação do anúncio, reclamar o pagamento dos seus créditos pelo produto dos bens penhorados sobre que tenham garantia real e que são os seguintes:

Bens penhorados Dinheiro

I Saldo da conta no “Banco OCBC Weng Hang, S.A.”: MOP34.200,00

(Trinta e Quatro Mil, Duzentas Patacas), que se encontra depositado actualmente no “Banco Nacional Ultramarino, S.A.”, à ordem dos presentes autos.

R.A.E.M., aos 13 de Fevereiro de 2015.

A Juíz,Leong Mei Ian

O Escrivão Judicial Auxiliar, Ng Pui Hong

“JTM” - 2 de Março de 2015

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO DE PEQUENAS CAUSAS CÍVEIS

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Segunda-feira, 2 de Março de 2015 JTM | LOCAL 07

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FEIRA DE EMPREGO DO IFT OFERECIA MAIS DE 2.000 VAGAS PARA 400 ESTUDANTES

Empresas de turismo agressivas a atrair alunosNo “Dia das Carreiras” deste ano do Instituto de Formação Turística (IFT) 20 empresas, nomeadamente casinos e hotéis, mas também agências de viagens e marcas de luxo, ofereciam 2.000 oportunidades de emprego, algumas por preencher há cerca de meio ano. O JORNAL TRIBUNA DE MACAU falou com empresas e estudantes para saber os desafios que ambos esperam no futuro num mercado competitivo

Fátima Almeida

Quando se aproxima o final de uma licenciatu-ra coloca-se um grande

ponto de interrogação sobre o futuro, mas em Macau as empresas parecem ter que se preocupar mais do que os es-tudantes, nomeadamente os do sector do Turismo. Isto porque as múltiplas escolhas de empre-go neste mercado fazem com que várias posições fiquem por preencher durante meses. No “Dia das Carreiras” organiza-do pelo Instituto de Formação Turística (IFT) na sexta-feira, 20 empresas, entre elas as que de-têm os grandes casinos, tinham à disposição um total de 2.000 vagas para os 400 alunos que se preparam para terminar a primeira etapa da sua formação superior. Cerca de 80 por cento conseguem um trabalho.

O “Holiday In” era apenas uma das empresas que procu-rava, há pelo menos meio ano, profissionais para áreas como o atendimento de clientes, ven-das, finanças e administração. “É um pouco difícil encontrar pessoas para conseguir preen-cher estas vagas, porque há muita competição e competido-res, como podemos ver aqui”, observou ao JORNAL TRIBU-NA DE MACAU Christine do Departamento dos Recursos Humanos do “Holiday Inn”. “Há cerca de meio ano que ten-tamos contratar para estas posi-ções, mas as vagas continuam por preencher”, notou.

A participação na feira de emprego do IFT é uma forma de tentar atrair os estudantes, so-bretudo locais, uma vez que os residentes são a primeira esco-lha da empresa. “Aqui os alunos preenchem os formulários que é uma maneira mais fácil para de-pois os contactarmos com vista ao recrutamento”, disse Christi-ne, sublinhando que a empresa oferece um pacote de benefícios para tentar captar novos profis-sionais, tais como folga no ani-versário, férias, licença alargada por motivos de doença ou es-tadias com desconto em hotéis que pertençam ao grupo “Inter-Continental Hotels”.

Também a gerente de pes-soal do “Grand Hyatt” deu conta da luta que se coloca às empresas para contratarem os recursos humanos de que pre-cisam. “Acredito que [com a competição, contratar pessoal] é um dos nossos desafios. As pessoas de Macau têm muita sorte porque há várias escolhas, daí que tenhamos uma taxa de desemprego baixa. Neste senti-do, precisamos de mais recursos

para trabalhar neste mercado”, indicou Vicky Vong, ao reforçar que os estudantes do IFT são um dos “alvos”, por possuírem um conhecimento específico na área.

“Os estudantes do IFT já têm conhecimento sobre a indústria dos hotéis e por isso acabam por ter mais facilidade em respon-der aos requisitos do trabalho. Temos duas sessões de estágio e podemos ver que já sabem algo sobre o nosso hotel, alguns deles acabam por se juntar ao nosso grupo de funcionários”, expli-cou ainda Vicky Vong.

Alunos do Continente

sem escolhasNuma cidade dominada pela

indústria do Jogo e do Turismo as opções são muitas nesta área, sobretudo numa fase em que al-gumas operadoras se preparam para abrir novos hotéis e insta-lações turísticas. Mas, nem to-dos os que estudam na RAEM e adquirem conhecimentos sobre este ramo podem ter a mesma sorte dos que agarram nas mãos

um bilhete de identidade de Ma-cau.

É o caso de Phyllis Guo e Morley Li, estudantes de Gestão Hoteleira, provenientes do Con-tinente chinês. “Como vimos da China Continental só consegui-mos empregos nas operações ‘front office’. Há na verdade muitas limitações para quem não é de Macau”, começou por referir Phyllis Guo.

“Decidimos visitar a feira, mas não temos a certeza se va-mos ficar na RAEM ou se regres-sar à China”, indicou a estudan-te num inglês perfeito. “O meu estágio foi num ‘front office’ e penso que esse tipo de trabalho é muito cansativo. Eu até poderia tentar continuar nesta área, mas não sei o que poderei fazer mais no futuro se ficar em Macau”, indicou ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

Regressar ao Interior da Chi-na tem também uma desvanta-gem para quem se formou nesta área: o valor dos salários. “Em termos de vencimento é algo

que nos aborrece muito. Quero voltar ao Interior da China, mas se for trabalhar num hotel o salá-rio será muito baixo”, lamentou Phyllis Guo, apesar de admitir que terá algumas vantagens por ter estudado em Macau. “O IFT é um bom instituto para esta área do turismo e hospitalidade e quando regressar à China terei mais vantagens do que os outros estudantes do Continente, por-que posso falar melhor inglês e fiz o meu estágio em Macau onde hotéis são mais luxuosos”, acrescentou.

Morley Li tem uma história semelhante. Estuda Gestão Ho-teleira em Macau e se regressar ao Continente chinês deixa para trás um mercado que promete muito aos locais. “O mercado aqui é muito promissor mas não para as pessoas da China Con-tinental, é sobretudo vantajoso para os residentes. Há muitas limitações para os estudantes do Continente Chinês”, disse a es-tudante que realizou um estágio no Departamento de Formação

do “City of Dreams”, experiên-cia de que gostou. “É impressio-nante e gostei muito do trabalho neste departamento, mas como ainda sou nova quero tentar ou-tras coisas também”.

O exterior é uma das possi-bilidades que se coloca às jovens estudantes. “Talvez a Europa, a América, ou mesmo as Maldi-vas”, sonha Phyllis Guo.

Escolher por interesse pessoal

Através de slogans como “virar para uma nova vida” ou oferecendo lembranças aos es-tudantes que preenchem os for-mulários, as empresas tentavam captar o interesse dos que agora se formam. Algumas promo-viam sobretudo o seu programa de formação com a duração de vários meses e o qual dá opor-tunidade aos estudantes de, por exemplo, virem a ser superviso-res ou gestores.

Mas Tiffany Tam, estudante de Gestão de Turismo, não se deixou seduzir pelos hotéis e ca-sinos e optou por uma agência de viagens para o seu estágio, atraída pela oportunidade de conhecer novos países e regiões. E na feira de emprego deste ano, a jovem já vestia as cores da camisola da empresa, repre-sentando-a nos contactos com outros alunos. “O meu estágio está ser muito bom, porque pos-so aprender sobre a operação de uma agência de viagens e também viajar para levar e tra-zer grupos, ou seja, quando há algum problema urgente posso ajudá-los”, explicou ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

Tiffany considera que o tra-balho numa agência de viagens é bom para os estudantes do IFT que estão habilitados a falar in-glês. “A ‘Wing On Travel’ está nesta feira, porque precisa de alguns trabalhadores em part--time para acompanhar os gru-pos. Alguns ajudam nas épocas de férias e damos oportunidade para que viagem, o que faz com que possam aproveitar as suas férias e trabalhar ao mesmo tempo”, indicou.

Aluna do terceiro ano, Ti-ffany Tam, tem a certeza que, depois de terminar os seus estu-dos, quer regressar à companhia onde estagia. “Já fui à Tailândia e à Coreia e amanhã vou outra vez para a Coreia. Eu gosto, por-que não precisamos apenas de ir a um lugar, temos a possibilida-de de ir ao exterior e parece que o tempo passa muito rápido”, disse, indicando alguns dos be-nefícios deste emprego. “Às vezes, durante cinco dias não precisamos de pagar comida ou hotel e isso é atractivo, ou seja, poupamos alguma coisa en-quanto ganhamos outra”.

Dia das Carreiras atraiu 20 empresas

Tiffany Tam está encantada com estágio em agência de viagens Estudantes do Continente têm escolhas limitadas

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Segunda-feira, 2 de Março de 201508 JTM | LOCAL

UM admite fechar Instituto em ZhuhaiA Universidade de Macau não descarta a possibilidade de encerrar o Instituto de Investigação que estabeleceu em Zhuhai, depois de um relatório do Comissariado de Auditoria apontar riscos na gestão

Alexis Tam quer medidas concretas em 120 dias

O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura determinou um prazo de 120 dias para a Universidade de Macau cumprir as orientações emanadas na sequência do relatório do Comissariado de Auditoria. Segundo uma nota do seu gabinete, Alexis Tam entende que a gestão dos bens e recursos financeiros públicos “não pode deixar de ser realizada na plena observância dos princípios da legalidade, eficiência e da prossecução do interesse público, bem como da boa gestão administrativa”. Para o Secretário, “o regime que permite atribuir uma moradia aos trabalhadores que já têm casa própria, bem como a trabalhadores que já dispõem de habitação anteriormente atribuída pelo Governo, deve ser objecto de revisão imediata por forma a enquadrá-lo com a legislação vigente”, uma vez que “ao pessoal das instituições de ensino superior público, cujo funcionamento dependa de verbas consignadas no orçamento geral do Território, não podem ser concedidas regalias superiores às fixadas para a função pública”.

O Instituto de Investigação da Uni-versidade de Macau em Zhuhai foi criado em 2011 com o objecti-

vo de fixar uma base de investigação na China Continental e, assim, competir na obtenção de apoios financeiros atribuídos pela Fundação Nacional para as Ciências Naturais. No entanto, a instituição foi estabelecida na modalidade de entidade privada não empresarial, o que suscitou críticas por parte do Comissariado de Au-ditoria (CA), considerando que a situação impede a “fiscalização eficaz e controlo” e faz com que a universidade “corra riscos na gestão do Instituto de Investigação” que já obteve mais de dois milhões de

yuan em apoios na China.Depois do Secretário para os Assuntos

Sociais e Cultura, Alexis Tam, ter exigi-do “um relatório urgente e detalhado”, a Universidade de Macau (UM) respondeu agora que vai “tomar medidas para elimi-nar eventuais riscos”, incluindo “propor ao Governo alterar o actual tipo de regis-to e modo de gestão daquele instituto”. Caso tal situação não seja possível, “a UM irá considerar a possibilidade de encerrar aquele instituto”, disse a instituição em comunicado.

Ainda assim, a UM garante que tem “um poder consideravelmente grande na elaboração de políticas e no funciona-

mento do dia-a-dia daquela instituição”.O relatório do CA visava também a

Fundação para o Desenvolvimento da UM (FDUM), constituída como uma pessoa colectiva de direito privado, um modelo que “não permite à UM fiscalizar nem controlar a FDUM, tão-pouco inter-vir no seu funcionamento”. “Contraria-mente, deixa que os donativos destinados ao seu desenvolvimento sejam entregues a uma fundação de direito privado e com a qual não mantém qualquer relação jurí-dica”, apontou o CA.

Em resposta, a UM promete “realizar um exame global dos actuais estatutos e enquadramento legal da fundação, com vista a encontrar uma solução adequa-da para garantir que as actividades de-senvolvidas e doações recebidas estejam sujeitas a um rigoroso controlo e fiscali-zação do Governo e da UM, eliminando assim os potenciais riscos”.

A universidade indica que até finais

de 2014, “a fundação recebeu doações num valor total superior a 881 milhões de patacas”, tendo agora 954 milhões.

Outra questão apontada pelo CA prendia-se com a atribuição de alojamen-to aos trabalhadores da UM, já que foi cedida habitação adicional a docentes e trabalhadores com habitação própria - o relatório indica que foi atribuído aloja-mento a 217 residentes de Macau, 32 dos quais que eram já proprietários de casa na cidade, incluindo cinco casos de pessoas com duas moradias próprias.

Em relação a esta questão, a UM pro-mete “analisar novamente os critérios para a atribuição do alojamento e estudar, em particular, a questão da prioridade, no que diz respeito à atribuição de apar-tamentos dada aos trabalhadores que têm casa em Macau”. Esta “proposta para aperfeiçoar o regime” será entregue “com a maior brevidade possível”.

JTM com Lusa

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Segunda-feira, 2 de Março de 2015 JTM | LOCAL 09

Fátima Almeida

PESSOAS RESGATADAS DISSERAM QUE VINHAM JOGAR

Pelo menos sete desaparecidos após naufrágio com ilegaisEntre sete a oito pessoas continuavam ontem desaparecidas, depois de uma embarcação ter naufragado na madrugada de sexta-feira em Coloane com 17 ou 18 pessoas a bordo que tentavam entrar ilegalmente em Macau para jogar. As autoridades conseguiram encontrar e deter seis pessoas, incluindo algumas que nadaram até à praia, e os testemunhos apontam que outras duas fugiram

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Barco transportava 16 ou 17 pessoas

Numa madrugada de duplo azar, uma embar-cação de cerca de sete metros naufragou em Coloane, pelas 05:00 de sexta-feira, ao largo do

“Grand Coloane Resort”, com 16 ou 17 pessoas a bordo, sendo que há suspeitas de que pelo menos três sejam os cabecilhas de um esquema de transporte de entrada ilegal em Macau.

Segundo os Serviços de Alfândega, seis pessoas foram encontradas e detidas - algumas nadaram até à praia – e entre sete a oito continuavam a ser dadas como desaparecidas até ontem (duas das quais ligadas à orga-nização da viagem ilegal), com as autoridades a acredi-tarem que não conseguiram sair da água. De acordo com testemunhos, outras duas pessoas saíram da água, mas acabaram por fugir.

Foram enviadas para o local equipas de busca dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água. As autori-dades da China Continental também enviaram meios de auxílio.

Com base nos relatos das pessoas que conseguiram escapar à tragédia e que já foram identificadas, os Servi-ços de Alfândega indicaram que no barco estavam mais de 15 pessoas que afirmaram deslocar-se a Macau ilegal-mente para fazer turismo e jogar nos casinos.

Um homem e duas mulheres foram detectados no campo de golfe do “resort” e disseram que algumas pes-soas caíram à água. Posteriormente, foram encontrados mais dois homens, um dos quais ainda se encontrava na água. Outro dos membros da tripulação, que se suspeita ser um dos cabecilhas, foi encontrado também na água, mas as autoridades desconfiam que estaria já a tentar fu-gir para regressar à China Continental.

“Encontrámos um homem na água, que, de acordo

com a tripulante que foi capturada pela PSP, é um dos cabecilhas da embarcação”, referiu o Chefe de Departa-mento de Gestão Operacional dos Serviços de Alfânde-ga, Chao Chak Sam, numa conferência de imprensa.

Os tripulantes usaram duas embarcações, tendo a se-gunda afundado, provavelmente devido ao mau tempo, já que na madrugada de sexta-feira se fazia sentir um vento forte e as ondas atingiam entre um metro e meio a quatro metros, segundo explicou o mesmo responsável dos Serviços de Alfândega. Segundos os testemunhos recolhidos, dois dos cabecilhas ainda tentaram balançar o barco, mas sem sucesso.

Os imigrantes ilegais tinham iniciado a viagem nou-tra embarcação que, contudo, avariou. “Dois cabecilhas utilizaram ramos para navegar até à Ilha da Montanha. Um dos elementos pediu ajuda a alguém que enviou uma nova embarcação. Uma pessoa ficou na embarca-ção avariada para tentar repará-la”, explicou Chao Chak Sam.

As pessoas resgatadas são todas do Interior da Chi-na. Um dos indivíduos estava na posse um bilhete de identidade de Macau, que se acredita ser falso.

As autoridades estão agora a investigar se este es-quema de transporte de viagem ilegal já se tem vindo a repetir, bem como se o destino eram mesmo as salas de jogo. Ainda não é certo o valor envolvido neste serviço de transporte.

As operações de busca e salvamento continuaram durante o dia de sábado, envolvendo seis embarcações. Segundo as autoridades, tendo em conta que foram re-gistados avanços nas investigações e as más condições climáticas e marítimas não favoreciam as operações, es-tas foram canceladas, sem qualquer notícia relativamen-te às pessoas desaparecidas.

Os Serviços de Alfândega vão entregar o caso ao Mi-nistério Público.

RAEM SEM CASOS GRAVES

Vírus da gripe está “mais activo”Macau continua sem casos graves de gripe, enquanto o número de mortes já chegou a quase 300 em Hong Kong

Os Serviços de Saúde de Ma-cau registaram 461 casos da gripe nos primeiros dois

meses do ano, todos sem gravida-de, ao contrário da vizinha Hong Kong, onde a estirpe H3N2 fez já 290 mortes.

“Não há nenhum caso grave nem caso de morte por motivo da infecção pelo vírus influenza H3N2. Apesar dos dados reflectirem que se está a tornar mais activo em Macau, a situa-ção ainda não é considerada grave”, indicaram os Serviços de Saúde.

Segundo o organismo, houve um aumento ligeiro da taxa de utentes adultos com gripe no hospital, atin-gindo na última semana os 3%. Rela-tivamente às crianças que recorreram a tratamento hospitalar por causa da gripe, a proporção situa-se em 11%, percentagem similar à registado no período homólogo.

Em comunicado, os Serviços de Saúde indicaram que foram declara-dos 239 e 222 casos de gripe em Janei-ro e em Fevereiro, respectivamente, números significativamente inferio-res aos períodos homólogos de 2014, altura em que foram sinalizadas 566 e 340 ocorrências.

Até quinta-feira, a taxa relativa dos resultados positivos do vírus in-fluenza H3N2 atingiu 15,7%, contra 6,1% em Janeiro, valores que indicam um aumento da prevalência da gripe.

Já na vizinha Hong Kong, subiu para 290 o número de vítimas mor-tais devido à estirpe da gripe H3N2 desde o início de 2015, contra os 137 casos mortais contabilizados na tem-porada de gripe do ano passado.

A antiga colónia britânica registou há poucos dias a primeira morte de uma criança devido ao vírus que tem afectado maioritariamente idosos.

FAMÍLIA PEDIU APOIO AO GOVERNO

Alexis Tam exige investigação “justa” à morte de bebéAs conclusões da investigação sobre a morte de um bebé no hospital público deverão ser divulgadas no prazo de um mês, através de um relatório que será “justo”, disse Alexis Tam. O IAS vai apoiar a família no tratamento das exéquias

O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura sublinhou ter dado instru-ções aos Serviços de Saúde para que

seja feita “uma investigação justa e rigoro-sa” ao caso de um bebé que faleceu recente-mente no hospital público, por forma a que os familiares “obtenham respostas”. Alexis Tam referiu ainda que o caso também já está a ser investigado, devendo as conclusões ser conhecidas no prazo de um mês.

De acordo com uma nota do seu gabine-te, o Secretário garantiu que os resultados da investigação serão divulgados através da comunicação social e será “um relatório justo”, apelando por isso à população para evitar “especulações”.

O mesmo responsável adiantou ainda que os familiares do bebé contactaram na sex-ta-feira o seu Gabinete para informar que têm dificuldades no tratamento das exéquias do filho, solicitando por isso apoio ao Governo.

Face a essa situação, Alexis Tam deu orienta-ções ao pessoal do Instituto de Acção Social para prestar a “devida assistência”.

Em comunicado, os Serviços de Saúde também confirmaram que, além de estar em curso uma investigação policial, foi instau-rada uma investigação interna, “não sendo por isso possível, nesta fase, prestar infor-mações sobre o caso”.

A criança, de cinco meses, morreu no dia 19 de Fevereiro no Centro Hospitalar Conde de São Januário, onde tinha sido assistido. O bebé foi transportado para o Serviço de Ur-gência Pediátrica do hospital público com vómitos. Após o regresso para casa, e dado que a sua situação de saúde não melhorou, mesmo após ter tomado o medicamento prescrito para o efeito, o bebé foi novamente levado para o hospital, onde, não obstante os tratamentos, acabou por falecer ao final do dia, indicaram os Serviços de Saúde.

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Segunda-feira, 2 de Março de 201510 JTM | LOCAL

ARQUITECTO PROPÕE ZONAS PARA PEÕES E ELÉCTRICOS

Marreiros defende San Ma Lou sem carrosA Avenida Almeida Ribeiro deveria incluir uma zona para peões e outra para eléctricos, suprimindo-se a circulação de automóveis, considerou Carlos Marreiros, em entrevista à Rádio Macau

Albergue volta a celebrarFestival das LanternasO Albergue SCM volta a realizar este ano uma série de actividades, todas com entrada gratuita, para celebrar o Festival das Lanternas, que se assina-la no 15º dia do 1º mês do calendário lunar. Além de ser a primeira noite de lua cheia no calendário, é também po-pularmente conhecido como o “Dia dos namorados chinês” e marca o fim da ce-lebração do Ano Novo Chinês. Segun-do um comunicado da entidade orga-nizadora, o Albergue SCM apresentará amanhã no seu Pátio, entre as 18:30 e as 19:30, um concerto de música tradicio-nal pela Orquestra Chinesa de Macau, com a execução de peças como “Fénix no Céu”, “Festival das Lanternas” e “La-Gua”. Na quinta-feira, pelas 18:30, terá início a festa da celebração do “Fes-tival das Lanternas”, durante a qual será servida uma “selecção de delicio-sos petiscos tradicionais” e decorrerá um mini-concerto ao vivo. No Pátio do Albergue SCM, onde serão distribuí-das lanternas do coelhinho às crianças, vai estar ainda o aclamado calígrafo chinês Choi Chun Heng a escrever pa-péis votivos “fai-chun”. O público será convidado igualmente a resolver o jogo do enigma das lanternas e a assistir à inauguração da mostra “Lanternas do Coelhinho Tradicionais e Criativas, uma Exposição de Carlos Marreiros e Amigos - Parte 9”, que inclui cerca de 30 lanternas de coelho criativas.

A circulação de automó-veis deveria ser proibi-da na Avenida Almeida

Ribeiro, defende Carlos Mar-reiros. Em entrevista à Rádio Macau, o arquitecto sustentou que a histórica “San Ma Lou” devia ser dividida para peões e “dois eléctricos a fazer esse transporte de uma ponta à ou-tra”.

Para a mesma zona do co-ração do Centro Histórico de Macau, Marreiros entende também que se deve “introdu-zir na Calçada do Tronco Ve-lho, porque é muito íngreme, um tapete rolante coberto ou um elevador tipo o da Bica [em Lisboa]”.

Ainda na área dos transpor-tes, manifestou-se favorável a soluções ousadas, sugerin-do mesmo uma ligação entre a Praia Grande e as Portas do Cerco através de um túnel su-baquático.

Na perspectiva do arquitec-to, o Governo deve impor um limite à importação de veícu-los, face à evolução registada nos últimos 15 anos: “Duplicou o número de veículos. O ritmo médio foi de 8419 veículos por ano, 702 por mês, 23,38 por dia. Isto numa terra em que as ruas são apertadíssimas e quase não

permite a circulação, e onde mesmo nas zonas modernas as avenidas não têm mais do que duas ou três faixas”, alertou.

Numa análise mais global, advertiu que a ruptura social pode atingir Macau nos próxi-mos cinco anos caso o Gover-no falhe na concretização de projectos antigos e não anuncie novas ideias. “Estes cinco anos serão absolutamente cruciais para a RAEM. Ou se concreti-zam ideias que vêm de longa data, por um lado, e, por outro, se lançam desafios novos para que possamos ter os próximos anos de prosperidade e paz so-cial, ou então nestes cinco anos assistiremos a muitas situações negativas em Macau”, conside-rou o também director-geral do Albergue da Santa Casa da Mi-sericórdia.

Carlos Marreiros apontou a transparência e o espírito de liderança como receitas para evitar essa eventual ruptura. “É preciso uma maior compe-tência e transparência das di-recções de serviços, sob a lide-rança das respectivas tutelas. Também uma maior capacida-de do Governo, no seu todo, e particularmente nos seus dirigentes mais relevantes, co-municarem com o parlamento

[Assembleia Legislativa], os média e a população em geral. E mostrar que governar é ante-cipar, é ter visão de futuro e é ousar: há coisas que devem ser feitas agora ou então estão per-didas”, apontou.

Duas “estrelas” no Governo Num balanço aos primeiros

meses do novo Governo, Mar-reiros reiterou a sua crença no elenco liderado por Chui Sai On e destacou que “há duas vedetas, duas estrelas, no bom sentido”: os Secretários Alexis Tam e Lionel Leong, respectiva-mente para os Assuntos Sociais e Cultura e Economia e Finan-ças. “Alexis Tam, claramente, foi extremamente afirmativo e o próprio Chefe do Executi-vo está muito mais afirmativo. Foram instruções claras de Pe-quim. A visita do Presidente Xi Jinping a Macau teve efeitos muito positivos. Ele claramen-te indicou que fazer política é também antecipar”, afirmou.

No entanto, o arquitecto es-pera uma maior afirmação do Chefe do Executivo durante este segundo mandato. “Mais afirmação, embora não da for-ma de liderança carismática. Ou seja, ele vai ouvir muito a sua equipa, os seus conselhei-

ros, mas vai sentir-se obrigado a tomar posições com mais fir-meza. Ele tem muito bom fei-tio, sabe ouvir, adora Macau. Já neste segundo mandato ele,

ainda que tenha um discurso sempre muito complacente, benevolente e até dócil, já tem sido mais afirmativo”, obser-vou.

FESTIVAL DE CINEMA E VÍDEO ARRANCA DIA 26

26 produções no “Macau Indies”A 9ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Macau vai decorrer entre 26 de Março e 17 de Maio

O programa da edição deste ano do Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Macau

(MIFVF, na sigla inglesa) vai incluir uma selecção de produções interna-cionais e locais complementadas por “workshops”, tertúlias, eventos para a comunidade e exposições, “sem esque-cer o entusiasmante desafio vídeo”, anunciou o Centro Cultural (CCM).

A abrir o festival, a secção de filmes internacionais abrange produções de todo o mundo, trazendo mestres con-sagrados, realizadores emergentes, favoritos de outros festivais e cinema de autor, frisa o CCM, destacando fil-mes como “Contos”, produção irania-na vencedora do prémio para Melhor Argumento da 71ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, “A Acusada”, um “thriller” psicológi-co holandês seleccionado para Melhor Filme Estrangeiro na 87ª edição dos Óscares, ou “Minha Voz, Minha Vida”, o mais recente documentário de Ruby Yang, documentarista galardoado pe-los Óscares.

Em cartaz estarão ainda os filmes

“Ninho de Megeras”, “thriller” espa-nhol realizado pelo mestre do “cinema negro” Álex de la Iglesia, e “O que Fa-zemos na Sombra”, um olhar divertido sobre uma casa cheia de vampiros dos tempos modernos. Também há espaço

para as famílias com películas como “Canção do Mar”, nomeado para a sec-ção de filmes animados da 87ª edição dos Óscares, refere a organização, ao destacar a “selecção eclética” de 13 fil-mes para “todos os gostos”.

Sempre muito aguardado é também o “Macau Indies”, que este ano apre-senta uma vasta variedade de temas incluindo longas-metragens, filmes de animação e documentários num total de 26 produções locais, incluindo a es-treia absoluta dos filmes do “Macau o Poder da Imagem 2015”, projecto co-missionado pelo CCM para promover a produção cinematográfica em Macau.

O CCM volta ainda a promover o desafio vídeo “48 Horas a Abrir”, cujos participantes têm apenas 48 horas para criar um filme de três minutos utilizan-do qualquer equipamento cinemato-gráfico. As inscrições para este “desa-fio” estão abertas até às 18:00 de 16 de Abril.

Os bilhete para o MIFVF custam 60 patacas (com vários descontos) e já es-tão disponíveis no CCM e na Rede Bi-lheteira de Macau.

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JTM | LOCAL 11 Segunda-feira, 2 de Março de 2015

DSEJ RECOMENDOU DISTRIBUIÇÃO ILIMITADA DE FORMULÁRIOS

Pais de “bebés do Dragão” dormem à porta das crechesO Governo emitiu um comunicado sugerindo que os jardins de infância não fixassem limites ao número de inscrições, devido às longas filas formadas às portas das creches no sábado, véspera do início do período de inscrições. A DSEJ garante que as escolas locais têm capacidade para acolher as crianças que agora entram na escola

Nova creche da Santa Casa só no próximo ano

A nova creche da Santa Casa da Misericórdia só vai abrir no ano lectivo de 2016/2017, disse à Rádio Macau Isabel Marreiros. “Fazemos planos para que a creche possa abrir no próximo ano lectivo de 2016”, uma vez que “a Cruz Vermelha ainda não nos entregou as instalações” na Avenida da República, que estão actualmente ocupadas pela organização, explicou a directora da creche. Segundo Isabel Marreiros, este ano só há uma centena de vagas na creche da Santa Casa da Misericórdia.

A ideia é tentar perceber como é que Macau surgiu no planeta”, sintetizou a coordenadora do

projecto, Ágata Alveirinho Dias, do Ins-tituto de Ciência e Ambiente da Univer-sidade de São José, à agência Lusa.

O projecto, intitulado MagIC, pro-posto pela geóloga de Macau, com a colaboração de investigadores da Fa-culdade de Ciências da Universidade de Lisboa e do Instituto de Geoquími-ca de Cantão da Academia de Ciências Chinesa, vai ser totalmente financiado pelo Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e Tecnologia de Macau, no valor de cerca de 2,7 milhões de patacas.

Segundo Ágata Alveirinho Dias, com a duração prevista de três anos, o projecto vai desenrolar-se em “três grandes frentes”. A primeira “passa por actualizar a Carta Geológica de Macau” que, ao contrário da maioria dos territó-rios de todo o mundo, não se encontra pormenorizada e acessível a todos.

“O trabalho de cartografia mais rele-vante foi realizado pelos Serviços Geo-lógicos de Portugal em 1992” e está dis-

ponível apenas em Portugal, em língua portuguesa e em versão papel. Assim, explicou, “um dos objectivos é, além de actualizar a carta, publicar a informação em três línguas: nas duas oficiais de Ma-cau – português e chinês –, em inglês e em versão digital”. Essa carta é da auto-ria de Luísa Duarte Ribeiro que integra o projecto como consultora.

Ágata Alveirinho Dias destaca a importância da Carta Geológica como “base” para estudos e projectos de in-vestigação de áreas mais aplicadas, além da geologia, destacando nomea-damente o campo do ordenamento do território e ambiente, mas também, e até, da engenharia civil, pois afigura-se útil um conhecimento mais detalhado do subsolo.

O projecto compreende “a recolha, junto do repositório do LNEG, de amos-tras retiradas de locais de Macau que hoje são inacessíveis por causa da inten-sa construção”, e trabalho ‘in loco’ de “caracterização petrológica e estrutural, com recurso a técnicas petrológicas e de geoquímica elementar e isotópica para uma percepção da origem e evolução

dos magmas que deram origem às ro-chas do território”, detalhou a geóloga.

Essas amostras serão datadas, a fim de se conhecer a cronologia dos vários eventos magmáticos que compõem esta zona geográfica, fornecendo uma base para comparações regionais que, em última análise, permitirão ter uma compreensão mais precisa da evolução tectónico-magmática do sul da China.

Na missão de recolha de amostras em campo, em zonas onde tal ainda é possível, a equipa de investigadores - formada por sete pessoas, incluindo estudantes - vai contar com a ajuda de empresas de construção civil, adiantou Ágata Alveirinho Dias.

Estudos apontam que a maioria das rochas magmáticas do sudeste da Chi-na surgiu na era mesozoica –, ou seja, no tempo dos dinossauros, que decor-reu entre há 250 milhões e 65 milhões de anos.

A investigação pretende alcançar os primórdios, determinando as diferentes idades, a sua origem e as razões que de-sencadearam o seu aparecimento, indi-cou a geóloga, que concebeu o projecto

como uma forma de dar o seu “contri-buto” para o território.

A terceira frente do MagIC, a ser exe-cutada ao longo da investigação, consa-gra ações de divulgação científica junto de instituições de ensino e do público em geral, com o propósito de explicar de forma simplificada, a origem e evo-lução geológica de Macau.

O sul da China é conhecido por grandes volumes de rochas graníticas do mesozoico, que ocupam uma área estimada de cerca de 135.000 km2, pelo que figura como a região ideal para o estudo das mesmas e dos processos pe-trogénicos e ainda para restringir a evo-lução dos sectores da crosta terrestre.

Com base nos dados compilados na Carta Geológica de Macau de 1992, e descritos no portal do MagIC, as rochas graníticas terão aflorado durante o Ju-rássico Médio e o Superior parecendo ser da mesma idade de granitos forma-dos nos territórios vizinhos, como Hong Kong e Cantão, onde, ao contrário de Macau, têm sido objecto de um crescen-te número de publicações.

JTM com Lusa

Geólogos querem saber como Macau “surgiu no planeta”Geólogos de Macau, Portugal e da China estão juntos num projecto de investigação para estudar a petrologia e geoquímica das rochas magmáticas que tem como objectivo final chegar ao “fundo” das origens de Macau

Os pais dos bebés nascidos no Ano do Dragão não precisam de desesperar, pois segundo a Di-recção dos Serviços de Educação e Juventude

(DSEJ) existem vagas suficientes para todas as crianças. Apesar disso, a pressão sobre as instituições de ensino e Governo foi sentida durante o fim-de-semana, com diversos jardins de infância a terem longas filas à por-ta, com os pais ansiosos por levantar os formulários de inscrição.

De acordo com a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), existem cerca de 6.400 crianças, nas-cidas no Ano do Dragão, ou seja, em 2012, que se prepa-ram para entrar nos jardins de infância, sendo que estão disponíveis 7.900 vagas para o primeiro ano desse nível de ensino. Por isso, o organismo apelou aos pais para não entrarem em pânico.

O Governo sugeriu às escolas que não impusessem limites ao número de formulários de inscrições distri-buídos, tendo sido revelado que 54 dos 59 jardins de infância criaram serviços de inscrição online, no qual os pais podem descarregar o formulário através dos websites das respectivas escolas. No entanto, para as restantes cincas escolas, os pais necessitam levantar os formulários pessoalmente, daí que a DSEJ tenha re-comendado a fixação de um limite para a distribuição

desses documentos. A fase de recrutamento para o ano lectivo de

2015/2016 arrancou ontem e a maioria das escolas esta-beleceu prazos de um dia ou dia e meio para a entrega dos formulários de inscrição. O segundo passo envolve as entrevistas, que segundo a DSEJ serão levadas a cabo sobretudo nos dias 7 e 8 de Março.

Os casos de filas à porta das creches foi um fenómeno testemunhado por toda a cidade, sendo que no caso do jardim de infância do Colégio Perpétuo Socorro Chan Sui Ki a concentração de pais começou na tarde de sá-bado. De acordo com “All About Macau”, a directora da mesma instituição revelou que na primeira hora de dis-ponibilização de formulários, foram descarregados mais de três mil.

Aquele jardim de infância oferece cerca de 240 vagas, sendo que nos anos anteriores distribuía um número de formulários seis vezes superior ao número de lugares. No entanto, para este ano, a responsável prevê que se-jam distribuídos até 16 vezes mais.

Mesmo após o comunicado da DSEJ, os pais não ar-redaram pé da porta da instituição, passando mesmo a noite no local. Ao jornal “Ou Mun” muitos encarrega-dos de educação alegaram que estavam preocupados com o elevado tráfego na internet, preferindo levantar o formulário presencialmente. Outros afirmaram que as instruções nas páginas de internet eram demasiado confusas ou que o tempo de inscrição era demasiado

baixo. Devido a este último factor e à elevada afluência às páginas, muitos pais não conseguiram descarregar o documento e viram-se obrigados a juntar-se às filas.

O director da Escola Hou Kong, Iao Tun Ieong, ad-mitiu que não tinha conhecimento prévio do conteúdo do comunicado da DSEJ, pelo que o estabelecimento planeava distribuir cerca de 800 formulários de inscri-ção. No jardim de infância dessa escola são oferecidas 150 vagas.

O mesmo responsável mostrou-se dividido sobre a recomendação da DSEJ, visto que, apesar de a apoiar, confessou que a escola não tem recursos humanos sufi-cientes para realizar todas as entrevistas. Para além dis-so, mostrou-se preocupado com a possível insatisfação dos pais, gerada pela baixa taxa de admissão.

Viviana Chan

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12 JTM | PUBLICIDADE Segunda-feira, 2 de Março de 2015

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JTM | LOCAL 13

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DIA ABERTO TEVE RECORDE DE ADESÃO

Costa Nunes investe nas ciências e na músicaO Jardim de Infância D. José da Costa Nunes vai candidatar-se a subsídios dos Serviços de Educação e Juventude com o objectivo de reforçar o investimento na música e nas ciências. Vera Gonçalves, directora do estabelecimento de ensino, referiu ainda a possibilidade de ser criada uma nova sala para as turmas dos três anos, devido ao volume de nascimentos durante o Ano do Dragão, em 2012. No Dia Aberto, o Jardim de Infância registou um recorde de visitas de pais e encarregados de educação

Segunda-feira, 2 de Março de 2015

Como parte do lema do projecto educativo do Jardim de Infância D. José da Costa Nunes, “ensinar

através das artes e das expressões”, os res-ponsáveis pelo estabelecimento de ensino vão candidatar-se a subsídios atribuídos pela Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) com o intuito de re-forçar o ensino da música e das ciências.

Em declarações ao JORNAL TRIBU-NA DE MACAU, a directora, Vera Gon-çalves, destacou a importância da imple-mentação de um “plano das ciências” e da integração dos bombos na oferta cur-ricular relacionada com a música.

No ramo científico, referiu a direc-tora, o Jardim de Infância quer “fazer workshops e actividades específicas que trabalhem competências da física, da quí-mica e de tudo o que se relacione com a ciência para, no fundo, proporcionar às crianças experiências nestas áreas, já que esta é a melhor forma de aprenderem: através da experimentação, ao criarem, de uma forma lúdica”.

A inclusão dos bombos no leque de instrumentos musicais que os alunos do Jardim de Infância podem aprender relaciona-se directamente com o facto de exigirem “muita coordenação motora” e permitirem também “melhorar as capaci-dades de reconhecimento de ritmos e di-ferentes sons”, sublinhou Vera Gonçalves.

Por outro lado, a mesma responsável confirmou que a propina anual vai so-frer um aumento, passando das actuais 25.900 para 32.400 patacas, uma subida que já estava prevista no ano transacto.

Entre as propostas para o ano lectivo 2015/2016 salienta-se ainda a criação de uma terceira sala para as crianças de três anos, justificada com o volume de nasci-mentos verificado em 2012, Ano Lunar do Dragão, “propício para as crianças nascerem”, disse a directora.

O mesmo factor foi também referido por Daphne Lei, que visitou o D. José da Costa Nunes no sábado, durante o “Dia Aberto”, que visou dar a conhecer a ofer-ta curricular a possíveis futuros alunos e respectivos pais, que aderiram à iniciativa em número recorde. “A minha filha nas-ceu em 2012, ano do dragão. Nessa altura nasceram muitos bebés, por isso, haverá imensas crianças a entrar no jardim de in-fância”, explicou.

Daphne Lei justificou a ida ao D. José da Costa Nunes com o facto de “procurar o melhor ambiente possível para o cresci-mento” da filha, acrescentando que “esta escola tem um estilo de ensino muito di-ferente” que considera “benéfico para as crianças”. Para exemplificar o seu raciocí-nio, disse não querer que a filha frequente numa escola “em que se foquem muito no conhecimento”, preferindo “que ela aprenda a comportar-se e a brincar”.

A vantagem de aprender três línguasO ensino do mandarim é outro factor

atractivo para alguns pais que visitaram o Jardim de Infância no Dia Aberto. Vera Gonçalves considera que “há esse interes-se” da parte de alguns encarregados de educação, para além da aprendizagem do português e do inglês. “Aqui as crianças

podem aprender três línguas”, destacou.Foi esse o motivo que levou Ana Ba-

sílio ao D. José da Costa Nunes. “Este é o colégio de referência em Macau para o ensino do português e até do inglês, pelo que decidimos inscrevê-la cá. A nossa fi-lha esteve até agora em berçários ingleses e queríamos que ela seguisse um novo rumo”. A aprendizagem do português, a sua língua materna, e o maior contacto com “conterrâneos” foram outros moti-vos apontados para a inscrição da filha no estabelecimento.

Ada Sousa deu maior destaque à pos-sibilidade de estudar mandarim. Dois dos seus filhos já passaram pelo Jardim de Infância e aprenderam a língua. “Pen-so que a nível do chinês, sobretudo, é muito bom. Hoje em dia é uma língua muito importante por isso inscrevi aqui os meus dois filhos mais velhos e agora a Andrea. Esta escola tem um currículo que é de aproveitar”, afirmou.

Não existe uma idade mínima reco-mendada para o início da aprendizagem do mandarim, porém, as docentes reco-mendam que todos os dias os alunos te-nham algum contacto com mandarim na escola, “porque se não falarem em casa, aqui podem ir treinando a língua”, refor-çou a directora.

Actualmente o Jardim de Infância conta com 125 alunos, divididos por seis turmas, número que Vera Gonçalves pre-vê que aumente este ano, não afastando a possibilidade da existência de uma lis-ta de espera. Entre as salas de estudantes mais novos, existe já igual número de es-tudantes portugueses e de língua mater-na chinesa, havendo “uma grande multi-culturalidade”.

No último ano chegaram ao territó-rio diversos educadores de infância cuja língua materna é o português, estando actualmente a proceder ao processo de obtenção do Bilhete de Identidade de Re-sidente, disse a directora. Além disso, a Universidade de São José ministra cursos de formação na área.

Vera Gonçalves destaca que o D. José da Costa Nunes tem “recebido várias candidaturas”, admitindo que fica “um pouco mais descansada se for necessário contratar novos educadores”.

As actividades extra-curriculares são outro investimento do Jardim de Infân-cia. No próximo ano lectivo estas devem manter-se podendo, porém sofrer algu-mas alterações. “Para estas actividades vêm professores de fora, com formação na área”, referiu Vera Gonçalves, realçan-do que “os monitores já estão habituados a vir aqui dar umas horas”. Entre as acti-vidades que podem ser praticadas pelos alunos encontram-se a culinária, a acro-bacia, o teatro, a música, a natação ou o futebol.

Durante o Dia Aberto, foi possível as-sistir a pequenas demonstrações de músi-ca e actuações teatrais. Ao longo de várias horas foram dezenas os pais que visita-ram o estabelecimento de ensino, pedin-do informações. Vera Gonçalves destacou ter recebido um “feedback positivo” dos pais que se mostraram “felizes com o que viram”. I.A.

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Segunda-feira, 2 de Março de 201514 JTM | LOCAL

EXPOSIÇÃO SERÁ INAUGURADA QUINTA-FEIRA NA FUNDAÇÃO RUI CUNHA

Arlinda Frota “recupera” técnica milenar japonesaDezoito trabalhos, incluindo oito com recurso à técnica “Nihonga”, compõem a próxima exposição de Arlinda Frota que ficará patente até 28 de Março na Fundação Rui Cunha

A galeria da Fundação Rui Cunha será palco na quinta-feira, pelas 19 horas, da cerimónia de inau-

guração da mostra “Luz Interior: Nihon-ga Contemporânea por Arlinda Frota”, que se traduzirá numa “nova forma” da artista expor os seus trabalhos em público fruto da aposta numa técnica de pintura pouco revelada.

De facto, em oito das 18 obras integra-das nesta nova exposição, Arlinda Frota irá evidenciar a técnica “Nihonga” con-temporânea. “Mantendo o seu exotismo, o seu estilo delicado e místico, Arlinda Frota utiliza uma técnica milenar da tra-dição japonesa, numa inspiração só sua, adquirida da vivência em diferentes paí-ses asiáticos por quase duas décadas, de onde foi assimilando a cultura”, antecipa a Fundação Rui Cunha, ao sublinhar que “nesta exposição está traduzida inteira-mente a luz interior da artista”.

A própria Fundação Rui Cunha irá oferecer uma inovação ao público, asso-ciando a arte de Arlinda Frota ao piano e à dança, mediante a actuação do pia-nista Tim, graduado pelo Conservatório de Birmingham, e da dançarina Simona Cheong, na cerimónia de abertura da ex-posição.

Natural de Angola, Arlinda Frota re-side em Macau, onde também já viveu anteriormente, e já passou por quatro continentes, incluindo quase duas déca-das de experiência na China, Coreia do Sul e Indonésia. Na Coreia do Sul, apren-deu a manejar o pincel e a tinta da china, bem como as cores sobre o papel de arroz e ainda a técnica milenar tradicional do Japão - Nihonga, com a aplicação de cores de origem mineral imbuídas em conchas de mar, gelatina de peixe e água.

Arlinda Frota expôs os seus trabalhos em diferentes oportunidades, na Coreia

do Sul, Portugal, Angola, Suíça e Indo-nésia. Em 2004, dois dos seus trabalhos foram galardoados com o prémio Koffi Annan, em Ansan, na Coreia do Sul, por ocasião da 7ª exposição mundial das Na-

ções Unidas para a paz no mundo. Mé-dica há 44 anos, Arlinda Frota, é membro de várias sociedades artísticas e de outras sociedades de médicos artistas em Portu-gal e estrangeiro.

Arlinda Frota aprendeu a usar a técnica “Nihonga” na Coreia do Sul

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EXPO CASAMENTOS JUNTOU MEIA CENTENA DE EMPRESAS NA TORRE

Noivas preferem vestidos do estilo das princesasA Torre de Macau recebeu durante três dias a 5a Exposição de Celebração de Casamentos que contou com 50 companhias e marcas provenientes de várias zonas da Ásia

O Centro de Convenções e Exposições da Torre de Macau acolheu, entre sexta-feira e ontem, a 5a Exposição de Celebração de Casamentos Asiáti-

cos com cerca de 50 companhias a aproveitarem o certa-me para divulgar o seu trabalho e a diversificada lista de ofertas para a organização das cerimónias matrimoniais, em áreas como a decoração, as sessões fotográficas ou os serviços de “catering”.

A oferta da “Romantic House Wedding Studio”, uma das empresas que participaram no evento, abarca tudo aquilo que é indispensável a um casamento, à ex-cepção das refeições. “De manhã, o casal veste os fatos tradicionais e o noivo vai buscar a noiva a casa, voltan-do depois de novo para a casa dos pais onde realizam determinados procedimentos tradicionais. Depois disso, saem para ir tirar fotos e à tarde vão para o restauran-te que chega a ter entre 100 a 200 convidados”, disse ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU Jo Jo Liu, uma das res-ponsáveis da empresa, ao explicar a forma como decorre um típico casamento chinês.

“As chinesas gostam muito de vestidos do estilo da-queles que as princesas usam”, salientou Jo Jo Liu, acres-

centando que, sobretudo, “as noivas adoram aqueles que têm cristais e são bastante complicados”.

Um casamento pode começar a ser organizado meio ano ou até mesmo um ano antes, contudo, Jo Jo Liu ga-rantiu que a empresa tem capacidade para tratar de to-dos os pormenores num curto prazo de tempo. “Quando as noivas não compram os vestidos e só os alugam, po-dem chegar e dizer que querem casar na semana a seguir que nós preparamos tudo”.

Em Macau, segundo a mesma responsável, os casa-mentos “são todos muito parecidos”, ao contrário do Ocidente, onde “fazem algo diferente para cada um”, pelo que a empresa segue “determinados procedimen-tos e regras que fazem parte do sistema”. Uma dessas regras passa pelo facto da noiva escolher os vestidos das damas de honor dois meses antes do casamento.

“Depois disso, elas escolhem as decorações e, no caso de quererem algo simples, o que torna tudo mais fácil, é só escolher a cor. Um mês antes do casamento, os noivos podem ir escolher os vestidos, sendo que nós ajustamos o tamanho e também começamos experimentar a maqui-lhagem”, referiu.

No total, só o custo das decorações do casamento e da noiva podem chegar a 30 mil patacas. Em relação ao res-taurante, dependendo do número de pessoas, uma mesa pode custar 10 mil patacas.

A equipa de “catering” do “Grand Coloane Resort”, que também marcou presença no evento, responsabiliza--se pelas refeições dos casamentos no hotel, onde o valor pode chegar a 100 mil patacas para um grupo constituí-do por uma centena de pessoas.

Já a “Bella One” oferece aos futuros casais a oportuni-dade de fazerem uma sessão de fotos em Taiwan, antes do casamento. “Os sítios mais procurados para as fotos são aqueles mais populares e conhecidos do território”, explicou Liz, responsável da companhia formosina. “O custo do pacote ronda 13 mil dólares de Hong Kong, en-quanto que com acomodação de três dias atinge 15.800 dólares”, adiantou.

No primeiro dia da exposição foi ainda dado lança-do um website – www.wedding.mo - que contém todo o tipo de informações necessárias para o planeamento de um casamento.

B.M.

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JTM | LOCAL 15 Segunda-feira, 2 de Março de 2015

MÚSICA E DANÇA PAUTARAM ANIVERSÁRIO DA RUC EM MACAUA Rádio Universidade de Coimbra (RUC) comemorou ontem o seu 29º aniversário, um momento que foi também assinalado em Macau através de uma festa or-ganizada por alguns antigos sócios que passaram pela mítica rádio da cidade dos “estudantes”. A “Live Music Association” foi o palco escolhido, tendo contado com uma casa “bastante composta e preenchida”, segundo a organização. A noite foi dedicada à música e “recheada” com vários géneros musicais, animando os presentes até cerca das cinco da madrugada. O evento contou com o apoio do JORNAL TRIBUNA DE MACAU como “media partner”.

DUPLA PORTUGUESA VIAJA PELA ÁSIA

Uma experiência libertadorasem as “amarras do tempo”João Fernandes e Rui Ferreira passaram ontem por Macau no decorrer de uma “digressão asiática” que arrancou em Pequim e não tem ainda uma meta definida. Acompanhados por uma câmara de filmar GoPro, os dois jovens partiram à aventura ao longo de vários países do continente asiático, esperando que “os nós de hoje sejam diferentes das pessoas que vão acabar a viagem”

Pedro André Santos

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Searching for Lotus” é o nome do projecto de João Fernandes e Rui Ferreira, dois jovens portugue-

ses, de 26 e 24 anos, respectivamente, que se conheceram na Universidade do Minho, onde se licenciaram. De-pois de experiências fora de Portugal através de bolsas Erasmus, come-çaram a ganhar o “o bichinho” pela aventura além-fronteiras, tendo nas-cido o sonho de realizar um périplo pela Ásia.

Deixaram os respectivos empre-gos e deram início à experiência, sem quaisquer restrições temporais. “Nem perspectivámos a possibilidade de um período sabático, queríamos ter uma experiência libertadora, sem amarras de tempo”, começou por explicar João Fernandes.

Tudo começou em Pequim, a 16 de Fevereiro, o local definido como ponto de partida por causa dos vistos. Fica-ram cinco dias na capital chinesa, se-guiram para Xangai para mais quatro dias até chegarem a Hong Kong, onde estão actualmente por mais uns dias. Ontem passaram o dia em Macau, co-nhecendo algumas das partes mais emblemáticas do território. “Fizemos um passeio por esta área mais histó-rica e fomos almoçar a um restauran-te de um macaense que falava muito bem português e inclusive já tinha ido a Braga, a nossa cidade”, acrescentou João Fernandes, referindo-se ao pro-prietário do restaurante Dillon’s.

Sobre a RAEM, e apesar da curta visita, João Fernandes fala em “orgu-lho especial” por “notar que Portugal

está tão presente aqui, reflectido atra-vés da comida, arquitectura, língua e elementos culturais”.

Para depois de amanhã está pre-vista a partida para mais uma aventu-ra, desta vez rumo ao Vietname, em-bora o resto seja ainda uma incógnita. “Temos alguns países mais ou menos pensados, mas o percurso concreto vai depender das pessoas que formos encontrando e da experiência que ti-vermos a ter naquele local. Treinámo--nos para não pesquisar demasiado antes de vir para nos deixarmos sur-preender e para ser uma descoberta pura”, acrescentou.

No entanto, Laos, Camboja, Tai-lândia, Myanmar, Bangladesh, Nepal e Índia são alguns dos destinos já pre-vistos nesta viagem pela Ásia que tem corrido de forma bastante positiva neste arranque. “Há aquela ideia tam-bém associada que quando se viaja por muitos países os vistos demoram imenso tempo e são difíceis de arran-jar, mas não. As coisas têm requisitos e foi relativamente fácil”, acrescentou Rui Ferreira.

Apesar da curta experiência por terras asiáticas, destacaram alguns pequenos momentos que são aqueles que, futuramente, querem guardar, recordando uma senhora na China a andar de bicicleta com uma galinha, ou uma episódio com panchões que fez lembrar o jogo de guerra “Call of Duty”. Para não perderem nada, levaram consigo uma câmara de fil-mar GoPro, partilhando no blog “Searching for Lotus” os momentos mais marcantes. “É quase como ver literalmente com os nossos olhos. Os preconceitos ocidentais são quebra-dos por uma coisa tão pequena como

esta”, considera Rui Ferreira. Sobre a experiência, e apesar de

não terem data de regresso a Portugal, esperam que “os nós de hoje sejam di-

ferentes das pessoas que vão acabar a viagem” pelos vários pontos da Ásia. “Decididos que queríamos viajar e o que vier será”, concluiu Rui Ferreira.

João Fernandes e Rui Ferreira passaram ontem por Macau durante o seu périplo asiático

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Segunda-feira, 2 de Março de 201516 JTM | LOCAL

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SEXTA JORNADA DA LIGA DE ELITE

Benfica aumenta vantagem,Sporting mais longe do títuloO Benfica goleou os Sub23 e tirou partido da igualdade entre Monte Carlo e Ka I. O Sporting deixou-se surpreender pelo Lai Chi e a Casa de Portugal caiu para os lugares de descida na tabela classificativa

Vítor Rebelo

O maior destaque da ronda número seis do esca-lão principal do futebol do território foi o embate entre clubes rivais de Macau, já há alguns anos,

Monte Carlo e Ka I, que não conseguiram marcar golos e beneficiaram o Benfica. No clássico local de ontem, o desafio esteve equilibrado na primeira parte e a pender mais para o lado do Ka I, que desperdiçou algumas cla-ras ocasiões para construir um melhor resultado. Mérito para o sector defensivo dos “canarinhos”, que claramente apostaram no contra-ataque para tentar explorar os erros do adversário, numa partida de emoção mas à qual falta-ram os golos.

O Ka I pediu penálti nos primeiros minutos, por mão de Renato, mas a resposta do Monte Carlo quase dava golo se Paulo Henrique não tivesse falhado a cabeçada para a baliza, já na pequena área, numa altura em que o “onze” de Josecler já tinha sido obrigado a fazer uma substituição forçada, por lesão de Christopher Nwaorou.

Nos segundos quarenta e cinco minutos o Monte Carlo teve a primeira oportunidade, com Makson a fazer passar a bola por cima do guarda-redes, mas a permitir a recuperação dos defesas contrários. A partir daí o Ka I arriscou em termos ofensivos e passou a mandar no jogo, esbanjando duas soberanas hipóteses para marcar, pri-meiro por Sami, a centro de Bruno Martinho, e mais tarde com um remate ao poste de Taylor Gomes.

No final da partida, o avançado do Ka I sublinhou as melhorias da equipa ao longo do encontro. “Foi um jogo bastante dividido, mas o Ka I esteve um pouco melhor, mas sem conseguir concretizar as oportunidades. Sen-timos uma melhoria da equipa, não obstante este resul-tado. Não fomos eficazes, mas ainda temos na segunda volta o confronto directo com o Benfica.”

Do lado do Monte Carlo, Geofredo Sousa salientou o equilíbrio do desafio. “Foi um jogo bem disputado, com oportunidades para os dois lados. O empate foi justo. A equipa está a subir de rendimento, mas a paragem do campeonato vai provocar perda de ritmo e emoção.”

Benfica sem problemasO empate acabou por ser beneficiar o líder Benfica,

que na véspera tinha dominado a seu bel-prazer os jovens Sub23, marcando “apenas” quatro golos, isto depois de “alugar meio-campo” e desperdiçar oportunidades para alcançar um “score” mais dilatado. Fabrício Lima apon-tou dois, sendo os restantes da autoria de Nicholas Torrão e Leonel Fernandes.

“Controlámos o jogo do princípio ao fim, não permi-tindo que o adversário criasse uma oportunidade de golo e até que jogasse no nosso meio-campo defensivo. Face ao jogo ofensivo que produzimos, acabámos por ser pouco eficazes. O resultado é curto perante todas as oportunida-des de golo que criámos.”, disse o treinador das “águias”,

Bruno Álvares. Com estes três pontos conquistados, o Benfica aumentou para três a diferença em relação a todos os rivais, em especial Monte Carlo e Ka I.

Sporting soma novo empate

Quem vai de mal a pior, em termos de resultados, é o Sporting, que esbanjou, com grande surpresa, mais dois, no confronto com os jovens do Lai Chi. A sorte nada quis com os pupilos de João Pegado e Mandinho, num jogo com final frenético, no qual os “leões” chegaram ao 3-2 em cima dos noventa e permitiram a igualdade aos 94.

Bruno Brito, que bisou, voltou a marcar um golo de “levantar o estádio”, com um remate em pontapé de bici-cleta, enquanto que o outro foi da autoria de Jorge Tava-res, de livre directo. Pelo Lai Chi, Sio Ka Un, Cheok Ka Fai e Pang Chi Hang foram os marcadores.

“Estivemos bem ofensivamente, mas a intranquilida-de por causa dos resultados, acabou por nos levar a co-meter erros. Foi um empate com sabor a derrota e uma grande frustração no balneário. Vamos analisar o que fize-mos até aqui e regressar mais fortes”, palavras do técnico João Pegado.

Defesa da Casa de Portugal comprometeu

Já a Casa de Portugal nem o empate conseguiu segu-rar, sendo batida pelo então último da tabela, Chuac Lun. Num jogo aberto e equilibrado, ainda que com mais posse de bola para os rapazes de Pelé, o Chuac Lun fez o tento da vitória aos 82, por Lei Chi Ieong, depois de no decor-rer do jogo terem atirado às malhas, Leonardo Abrantes e Chan Tsz Yeung (2). Pela Casa de Portugal, Filipe No-gueira, Jean Peres e Leandro Fernandes fizeram os golos.

O conjunto de matriz portuguesa está agora nos lu-gares de descida da tabela. “Podíamos ter feito melhor, mas cometemos muitos erros defensivos. Em campo não temos demonstrado o que sabemos, mas o campeonato ainda está em aberto”, destacou Carlos Vilar.

Surpresa houve também no empate do CPK diante da Polícia, principalmente porque a equipa de Ignacio Hui tinha vantagem de 3-0 ao intervalo.

A Liga de Elite vai agora parar, por causa dos traba-lhos das selecções, voltando somente a 3 de Abril.

Ka I e Monte Carlo não foram além de um nulo

TORNEIO DE RÂGUEBI DECORREU SÁBADO NA ESCOLA INTERNACIONAL

Macau vence Cantão em dia de surpresasO Clube de Râguebi de Macau derrotou os Guangzhou Rams numa partida que levou uma grande moldura humana à Escola Internacional. Os mais pequenos brilharam também em encontros de preparação para o torneio asiático que decorre no próximo fim-de-semana na Malásia

Dia em cheio para o râguebi local, que levou bastantes entusiastas ao campo da Escola Internacional de

Macau. Os jogos começaram sábado bem cedo, com os mais jovens a mostrarem as suas habilidades, com destaque para a formação local, Macau Bats, que mediu forças contra equipas mais experientes de Hong Kong. O torneio dos mais novos serviu também como “aquecimento” ten-do em vista a sua participação no torneio asiático de mini-râguebi, que irá decorrer no próximo fim-de-semana, em Kuala Lumpur, na Malásia.

O “prato forte” do dia, no entanto, estava reservado para a tarde, com a

Pedro André Santos equipa do Clube de Râguebi de Ma-cau a medir forças com os Guangzhou Rams, servindo também para “matar saudades” das partidas de 15 contra 15, algo que não acontecia desde 2008. A vitória voltou a sorrir aos locais, que derrotaram a equipa de Cantão por 42-28. “Era mais para dar a hipótese para toda a gente dar uma ‘perninha’ no jogo e isso foi conseguido. Houve pessoas que jogaram e ficámos surpreendidos com as suas prestações, um deles o Aarif Kwong, que é de Macau, e que foi consi-derado o homem do jogo para nós”, dis-se Ricardo Pina ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

O presidente da Associação de Râ-guebi de Macau, que também participou na partida, adiantou ainda que o clube

da RAEM foi desafiado para uma “des-forra”, desta vez em Cantão, um com-promisso que será “honrado”, salientou. “Já estamos a preparar o nosso torneio habitual no campo do Canídromo, que estamos a planear para Abril ou Maio. Agora com a possibilidade de termos

um campo para jogar com um bocado mais de frequência provavelmente va-mos ter equipas a quererem vir até cá e vamos ter todo o gosto em recebê-las”, acrescentou Ricardo Pina, que aguarda, com agrado, “meses intensos” no que ao râguebi diz respeito.

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JTM | DESPORTO 17 Segunda-feira, 2 de Março de 2015

PREMIER LEAGUE

“Bombas” do Liverpool “abateram” CityO Liverpool venceu ontem o Manchester City, por 2-1, com dois grandes golos de Henderson e Coutinho, este já perto do final. O resultado poderá ter comprometido as aspirações do título da equipa de Manchester

“Águias” derrotaram “canarinhos”, por 6-0

• • • POLIDESPORTIVO

Grupo empresarial chinês “de olho” no AC MilanO conglomerado empresarial chinês Dalian Wanda Group, do magnata Wang Jianlin, pretende comprar 30% das acções do Milan, um mês depois do mesmo grupo ter adqui-rido 20% das acções do Atlético de Madrid. Segundo o “China Daily”, o negócio poderá ficar feito por cerca de 170 milhões de dóla-res americanos.

Portugal vence Alemanha na Taça das NaçõesPortugal ganhou à Alemanha por 11-3, na terceira jornada da Taça Europeia das Nações de râguebi, em jogo disputado no Estádio Universitário, em Lisboa. Depois de derrotas ante a Roménia (10-37, em casa) e a Geórgia (20-15, em Tbilissi), Portugal chega por fim às vitórias esta época, conseguindo um resul-tado que lhe deverá assegurar a permanên-cia na primeira divisão da competição.

Barcelona “tranquilo”triunfa em Granada Um Barcelona em “ritmo de treino” venceu por 3-1 no campo do Granada. Quatro dias após o triunfo por 2-1 no reduto dos ingle-ses do Manchester City, na primeira mão dos “oitavos” da Liga dos Campeões, o “Barça” fez os “mínimos” no relvado do 19.º e penúl-timo colocado com golos de Rakitic, Luis Sa-rez e Lionel Messi.

LIGA PORTUGUESA

Benfica “esmaga” EstorilUm Benfica “demolidor” recebeu e goleou o Estoril, por 6-0, em encontro da 23.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, conquistando o resultado mais volumoso da temporada

No dia em que comemoraram 111 anos de existência, as “águias” não deram hipóteses

ao Estoril, vencendo por 6-0, e alcan-çaram a vitória mais dilatada da épo-ca. Quase mês e meio depois da lesão contraída frente ao Marítimo, Gaitán reapareceu entre as primeiras opções de Jorge Jesus, substituindo Ola John, sendo, de resto, a única novidade rela-tivamente ao onze de Moreira de Có-negos (3-1).

Com uma primeira parte avassa-ladora, o Benfica assegurou uma van-tagem tremendamente confortável até ao intervalo e poderia ter castigado ainda mais um adversário que nunca conseguiu encontrar “antídoto” para a “avalanche” ofensiva dos encarnados.

Jonas foi o primeiro a ameaçar a baliza estorilista, mas o poste e uma grande defesa de Kieszek impediram as intenções das “águias”, que acaba-ram mesmo por se adiantar no marca-dor, num cabeceamento do “capitão” Luisão, após canto de Pizzi.

Perante a enorme pressão exercida pelos anfitriões, o Estoril apenas conse-guiu “respirar” num remate de Afonso

Taira, por cima, só que, no espaço de nove minutos, o campeão nacional re-solveu a partida, com mais três golos, de Salvio, Pizzi e Jonas, este último na sequência de uma combinação perfeita entre Lima, Gaitán e Maxi Pereira.

A “mão cheia” esteve perto de ser uma realidade ainda antes do descan-so, quando Samaris deixou Gaitán na cara de Kieszek, mas o “10” benfiquis-ta desviou ligeiramente o “chapéu”.

Mesmo com o jogo decidido ao intervalo, o Estoril tentou aproximar--se da baliza à guarda de Artur logo nos instantes iniciais da etapa comple-mentar e Sebá ficou perto de reduzir a desvantagem, num cabeceamento que acabou por se revelar inofensivo para o guardião encarnado.

A ténue reacção dos “canarinhos” viria a sofrer novo revés, uma vez que, antes da hora de jogo, Mano cometeu grande penalidade sobre Jonas e viu Lima converter o castigo máximo.

Já depois de ter ficado reduzido a 10 elementos, devido à expulsão de Anderson Esiti, o Estoril desperdiçou a melhor ocasião de todo o encontro, através de Léo Bonatini, que se isolou

diante de Artur, mas viu o guarda-re-des desviar para o poste.

Até final, o Benfica ainda teve tem-po de aumentar os números do “pesa-delo” estorilista, com Jonas a “bisar”, depois de uma jogada de Ola John.

Destaque ainda nesta jornada para a vitória do Sporting de Braga no cam-po do Rio Ave, por 2-0, enquanto Gil Vicente e Boavista empataram a uma bola num encontro entre “aflitos”.

Os “citizens” entravam para esta jornada com cinco pontos de atra-

so para o Chelsea e podem ver dilatada a desvantagem caso o clube treinado por José Mourinho pontue no terreno do Leicester, num jogo que foi adiado devido à final da Taça da Liga, com o Tottenham.

Em Liverpool, a equipa da casa inaugurou o marcador logo aos 11 minutos, por in-termédio de Jordan Hender-son com um remate colocado fora da área, mas o City re-pôs a igualdade aos 25, com um golo do avançado bósnio Edin Dzeko.

A 15 minutos do fim, o brasileiro Philippe Coutinho voltou a marcar para os an-fitriões com nova “bomba” fora da área, estabelecendo o resultado final.

Nas outras partidas des-taque para a vitória do Man-chester United perante o Sunderland, por 2-0, graças a dois golos de Wayne Rooney. O United inaugurou o mar-cador apenas aos 64 minu-tos, através da conversão de uma grande penalidade, por

falta sobre Radamel Falcão – momento caricato do jogo, já que o árbitro mostrou cartão vermelho não a O´Shea , au-

tor da falta, mas a Wes Brown, perante a estupefação dos jo-gadores do Sunderland.

O segundo golo de Rooney

foi marcado aos 84 minutos, depois de uma assistência de Adnan Zanuzaj. Para o jogo com o Sunderland, o técnico

holandês apostou em Rada-mel Falcão, que esteve bas-tante activo no jogo, e subs-tituiu ao intervalo Ángel Di María, que fez uma primeira parte apagada.

O United aumentou o avanço sobre o Southampton, que deu um passo atrás nas suas aspirações de acesso à Liga dos Campeões, ao per-der por 1-0 no reduto do West Bromwich, 13.º, que marcou logo aos dois minutos, por Saido Berahino. O Swansea, por seu turno, ganhou por 1-0 frente ao Burnley, antepenúl-timo e em risco de despromo-ção.

O Crystal Palace foi ao campo do West Ham ganhar por 3-1, com um golo de Scott Dann e dois de Glenn Murray. Em Newcastle, o Aston Villa averbou a sua sétima derrota consecutiva na Liga inglesa e desceu à 19.ª posição do cam-peonato – pela equipa treina-da por Jonh Carver marcou Papiss Cissé. A meio da tabe-la, o Stoke City consolidou a sua posição (10.º), ao conquis-tar três pontos frente ao Hull City.

“Reds” marcaram por duas vezes com remates fora da área

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Segunda-feira, 2 de Março de 201518 JTM | ACTUAL

Erwiana viu a patroa ser condenada a seis anos de prisão

CHINA - IDados pessoais de dois milhões de pessoas foram obtidos e vendidos por agências li-gadas ao ensino e formação em Pequim, informou o “China Daily”. Em causa estão nomes, contactos e registos académicos dos estudantes, os quais foram fornecidos a po-pulares “sites” de busca de emprego como o 58.com ou ganji.com. Os dados são usados para envio de “emails” com ofertas de traba-lho, cursos e serviços similares.

CHINA - IIA China impôs uma proibição de um ano so-bre a importação de marfim, em resposta às críticas internacionais de que a procura cres-cente no mercado chinês encoraja o massa-cre de elefantes ameaçados de extinção na próxima geração. A medida entrou em vigor na quinta-feira, de acordo com a Administra-ção das Florestas.

JAPÃO O índice de desemprego no Japão subiu em Janeiro duas décimas face ao mês anterior até 3,6%. Este é o primeiro aumento após três me-ses consecutivos de baixa, e depois de em De-zembro ter sido atingida a taxa de 3,4%, igua-lando a melhor marca desde 1998. O número de desempregados no Japão em Janeiro foi de 2,31 milhões, uma descida anual ou de 2,9%. TAILÂNDIAOs ex-sogros do príncipe herdeiro da Tai-lândia Maha Vajiralongkorn foram detidos na sexta-feira por lesa-majestade e arriscam uma pena de até 15 anos de prisão, na última etapa do processo aberto contra a família da princesa destituída. Os dois progenitores da ex-princesa Srirasmi, com 72 e 66 anos, reco-nheceram terem usado a sua influência para conseguir a condenação a 18 meses de pri-são de uma antiga vizinha.

CAMBOJAO Primeiro-Ministro do Camboja alertou para o risco de uma guerra civil se o tribunal in-ternacional insistir na abertura de novos pro-cessos contra antigos dirigentes dos Khmer Vermelho. As novas instruções do tribunal “quase ultrapassaram o limite”, disse Hun Sen, ao avisar que tal poderia fazer com que anti-gos combatentes do Khmer Vermelho voltas-sem a pegar nas armas.

FILIPINASPelo menos 24 guerrilheiros e dois soldados já morreram numa operação militar contra militantes islâmicos do Abu Sayyaf no sul das Filipinas, informaram as autoridades. Só na sexta-feira, 10 militantes do Abu Sayyaf foram mortos em confrontos com o exército na ilha de Jolo, disse o coronel Alan Arrojado, que comanda a operação.

RÚSSIAO Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anun-ciou que irá cortar 10% do salário dos fun-cionários que trabalham no seu gabinete, segundo informou o Kremlin. Por outro lado, o presidente da Duma (Câmara dos Depu-tados) propôs aos líderes dos grupos parla-mentares que estudem a possibilidade de reduzir a remuneração dos deputados.

MÉXICOAs autoridades mexicanas detiveram Ser-vando Gómez Martínez, conhecido como “La Tuta”, líder do cartel dos Cavaleiros Tem-plários, informou a Comissão Nacional de Se-gurança. O Governo mexicano oferecia uma recompensa de cerca de dois milhões de dó-lares por informações que levassem à captura de “La Tuta”.

VOLTA AOMUND

ÍNDIA

Modi quer segurança social para todos os indianosO governo de Narendra Modi pretende estabelecer um sistema de segurança social especialmente orientado para a camada desfavorecida da população

HONG KONG

Juíza pede investigaçãosobre situação de migrantesUma patroa foi condenada a seis anos de prisão por maltratar uma empregada em Hong Kong, mas a juíza do “caso Erwiana” foi mais longe ao exortar as autoridades a investigarem as condições dos trabalhadores migrantes

Law Wan-tung, a mulher acusada de “torturar” a sua empregada doméstica indonésia em Hong Kong, foi condenada na sexta-feira a uma pena de seis anos de

prisão. A residente de Hong Kong - que arriscava uma pena máxima de sete anos de cadeia - “não mostrou compaixão” relativamente a Erwiana Sulistyaningsih, de 24 anos, e a outros empregados, afirmou a juíza Amanda Woodcock, na sessão dedicada à leitura da sentença.

A mulher, que tinha sido considerada culpada a 10 de Fevereiro mas só agora conheceu a sentença, via os seus funcionários como “pessoas inferiores”, disse a juíza.

Relativamente ao tratamento a que foi sujeita Erwiana Sulistyaningsih, a magistrada da antiga colónia britânica acrescentou: “Foi-lhe dado pouco descanso, sono e nutri-ção, deixando-a numa sombra dela própria”.

Amanda Woodcock pediu ainda uma investigação às autoridades de Hong Kong, bem como as congéneres da Indonésia relativamente às condições dos trabalhadores migrantes.

Erwiana Sulistyaningsih relatou em tribunal, em De-zembro último, que vivia com nada mais do que rações de pão e arroz, dormia apenas quatro horas por dia e que foi agredida com tal violência pela sua patroa que chegou a ficar inconsciente.

Durante o julgamento – que durou seis semanas – a acusação afirmou que Law Wan-tung, de 44 anos, mãe de dois filhos, utilizou utensílios domésticos como “armas” contra as empregadas. Law Wan-tung foi condenada por 18 das 20 acusações de que era alvo, nomeadamente por causar danos corporais graves, assédio, intimidação e por falta de pagamento de salários.

“É lamentável que esta conduta não seja rara e que, in-felizmente, seja tratada com frequência pelos tribunais cri-minais”, disse Woodcock. “Tal conduta poderia ser evitada se as empregadas domésticas não fossem obrigadas a viver na casa dos seus patrões”, algo que é estipulado por lei em Hong Kong e que figura como um dos pontos-chave da reforma pedida por activistas.

A juíza destacou ainda as “elevadas taxas” cobradas às

empregadas domésticas por agências de emprego nos seus países de origem e deduzidas dos seus vencimentos em Hong Kong.

“Tem de haver um elemento de exploração aqui (…) As empregadas domésticas ficam encurraladas quando estão infelizes, mas não podem ir embora ou mudar de empre-gador porque precisam de pagar as dívidas”, acrescentou.

Actualmente vivem em Hong Kong aproximadamente 300.000 empregadas domésticas, a maioria da Indonésia e das Filipinas.

JTM com Lusa

A Índia vai criar um sistema de segurança social universal, anunciou o ministro das Fi-

nanças, durante a apresentação do primeiro orçamento completo, para 2015/2016, do governo de Narendra Modi.

O governo propõe a criação de um “sistema de segurança social universal para todos os indianos, especialmente para os pobres e desfavorecidos”, afir-mou perante o Parlamento.

“Uma grande parte da população indiana é desprovida de cobertura de seguro - saúde, acidente ou vida. E o que é também preocupante é que a nossa população jovem esteja está a envelhecer e também não vá ter refor-ma”, disse o ministro Arun Jaitley.

O governo propõe um sistema que incluirá a cobertura para acidentes até 200.000 rúpias (123 mil patacas), sendo a anuidade de 12 rúpias, e prevê refor-çar o sistema de contribuição de pen-sões com uma contribuição correspon-dente de até 50% para os rendimentos mais baixos.

O governo indiano anunciou ainda que vai aumentar os seus investimen-tos em infra-estrutura, particularmen-te ferroviárias e rodoviárias, para dar resposta à necessidade crítica da eco-nomia indiana.

A Índia espera retomar um cresci-mento entre 8% e 8,5% para o exercí-cio de 2015/2016 (encerrado no final de Março), contra os 7,4% para o ano que termina em Março, depois de ter

registado um crescimento lento até ao ano passado.

“A Índia está prestes a descolar”, disse Arun Jaitley, lembrando que o crescimento da Índia poderá ser o mais forte do mundo este ano.

Os números de crescimento foram recentemente revistos em forte alta, devido a uma mudança no cálculo es-tatístico, que gerou dúvidas nos eco-nomistas.

O governo de Narendra Modi tam-bém avançou que vai adiar por um ano a meta de regresso a um défice público de 3%, agora definida para 2017/18.

O défice público deve chegar a 4,1% para o exercício que termina no final de Março.

JTM com Lusa

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Segunda-feira, 2 de Março de 2015 JTM | ACTUAL 19

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UNIÃO EUROPEIA

Lisboa e Madrid protestam contra acusações de TsiprasPortugal e Espanha manifestaram “perplexidade” à Comissão Europeia e ao Conselho Europeu contra declarações do Primeiro-Ministro grego que acusou os dois países de tentarem sabotar as suas negociações com Bruxelas

Os Governos de Portugal e Espa-nha reagiram com indignação às acusações de Alexis Tsipras, de-

pois do Primeiro-Ministro grego ter afir-mado, no sábado, que durante as negocia-ções que levaram ao acordo de extensão do empréstimo a Atenas, referendado na sexta-feira pelos deputados alemães, a pressão de outros países europeus “teve o carácter de uma chantagem”.

Segundo Tsipras, a Grécia enfrenta “um eixo de poderes encabeçado por Es-panha e Portugal, que tentam jogar por terra as negociações para evitar riscos po-líticos internos”.

“As forças conservadoras (da Europa) tentam prender-nos numa armadilha, para nos levar à asfixia financeira, mas a Grécia não cederá às dificuldades”, com-pletou, em declarações proferidas peran-te o comité central do partido Syriza.

De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, fontes do Governo espa-nhol anunciaram que já foi enviado um protesto conjunto de Espanha e Portugal aos presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e do Conselho Eu-ropeu, Donald Tusk. Fonte do governo espanhol admitiu à Lusa que a iniciativa partiu de Lisboa. “Espanha aderiu à ini-ciativa portuguesa”, disse.

Questionadas sobre o assunto, fontes da Comissão Europeia afirmaram, no en-tanto, não terem recebido qualquer carta.

E o governo português garantiu não ter escrito qualquer carta de protesto. Confir-mou, contudo, ter manifestado a sua per-plexidade perante “acusações infunda-das” do Primeiro-Ministro grego através de canais diplomáticos. Fonte do gabinete do Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coe-lho, garantiu que o governo não falou nem com Donald Tusk nem com Jean--Claude Juncker.

As reações de Espanha surgiram logo após as afirmações de Tsipras, através do secretário de Estado espanhol, Íñigo Méndez de Vigo, segundo o qual “Espa-nha não é adversária de nada, antes pelo contrário: é solidária com o povo grego como já demonstrou, assumindo o com-

promisso de 26.000 milhões euros num momento muito difícil para a economia” do seu país, “em plena recessão”.

“Por isso, o que pedimos ao novo Go-verno grego é responsabilidade, porque acreditamos que os problemas da Grécia não se resolvem com declarações, mas com reformas, e é isso que esperamos”, adiantou, acrescentando que as decla-rações de Tsipras “não correspondiam à realidade” e, por isso, o Governo espa-nhol não entende porque foram produ-zidas.

Íñigo Méndez de Vigo disse ainda que “os últimos dados económicos divulgados demonstram que a Grécia ia no bom ca-minho, eram positivos” e afirmou esperar

que não haja retrocessos nesta matéria.Portugal também respondeu a Tsi-

pras, através do porta-voz do PSD, Marco António Costa, afirmando que a “contur-bação e dificuldades internas do Syriza não justificam a invenção de histórias nem de desculpas para envolver tercei-ros”. “Todos nós percebemos que aque-las palavras [de Alexis Tsipras] foram proferidas na qualidade de presidente do Syriza, todos sabem que tem havido um ambiente muito conturbado dentro do Syriza, em resultado dos compromissos assumidos pelos dirigentes enquanto go-vernantes dentro do Eurogrupo”, disse Marco António Costa.

“Está na hora de os responsáveis assu-mirem as suas próprias responsabilida-des e não continuarem a sacudir a água do capote e enjeitar as responsabilidades que são próprias das suas decisões”, fri-sou o vice-presidente do PSD.

Já a Comissão Europeia não comentou quaisquer declarações. “Para a Comissão Europeia”, disseram fontes comunitárias citadas pela EFE, “é difícil comentar os comentários dos outros, especialmente porque a Comissão quer agir como um mediador e facilitador de acordos”.

“Não somos surdos nem cegos e ou-vimos o mundo todo. Sabemos que há vozes construtivas e vozes menos cons-trutivas. Mas não vamos comentar”, res-salvaram as mesmas fontes.

PM grego acusou Portugal e Espanha de “chantagem”

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Liga dos Chineses defende CostaA Liga dos Chineses em Portugal lamentou a utilização do ano novo chinês como “ferramenta política” e acusou políticos e comunicação social de descontextualizarem parte do discurso do líder do PS sobre a evolução do país

Alguns agentes políticos e alguma comunicação social destacaram não a celebração do ano novo

chinês, mas sim, e de forma descontex-tualizada uma parte do discurso profe-rido pelo Dr. António Costa”, sublinhou a Liga dos Chineses em Portugal numa nota enviada à Lusa.

O comunicado surge na sequência da polémica em tornos das declarações proferidas a 19 de Fevereiro por António Costa perante representantes da comu-nidade chinesa. O secretário-geral do PS agradeceu aos investidores chineses o “grande contributo” para a situação em que está hoje Portugal, que considerou “bastante diferente daquela em que es-tava há quatro anos”.

“A Liga dos Chineses em Portugal e o seu presidente, Y Ping Chow, lamen-tam profundamente a utilização do ano novo chinês como ferramenta política. O Dr. António Costa no seu discurso dirigia-se à comunidade chinesa em Portugal, reconhecendo por um lado a boa integração e a capacidade empresa-rial dos chineses residentes e a evolução das relações de amizade e diplomáticas entre os dois países”, indica.

No comunicado, a Liga assume-se como uma associação “apartidária, reco-nhecida na sociedade portuguesa, pela comunidade chinesa em Portugal e por vários organismos oficiais da República

PS exige explicações sobre dívidas de PassosO Partido Socialista exortou Passos Coelho a explicar o seu comportamento perante a Segurança Social

O PS exigiu ao Primeiro-Ministro português “uma explicação ca-bal” aos portugueses sobre o seu

comportamento perante a Segurança Social, considerando inaceitável que um cidadão com as responsabilidades de Passos Coelho tenha “dois pesos e duas medidas”.

Esta posição foi assumida pela vice--presidente do Grupo Parlamentar do PS Ana Catarina Mendes, depois de o jornal Público ter noticiado no sábado que, entre Outubro de 1999 e Setembro de 2004, Pedro Passos Coelho acumulou dívidas à Segurança Social, tendo deci-dido pagá-las voluntariamente em Feve-reiro, num total de cerca de quatro euros.

“O primeiro-ministro falhou, porque sabe - como todos os portugueses sa-bem - que é obrigatório o pagamento à Segurança Social”, declarou Ana Catari-na Mendes, frisando que Passos Coelho “não pode alegar que desconhecia a lei para justificar o seu comportamento de evasão contributiva”.

“O mesmo primeiro-ministro que é capaz de deixar o fisco penhorar uma casa de morada de família por pequenas dívidas ao Estado, pelos vistos, conviveu bem com o não pagamento de dívidas à Segurança Social durante mais de uma década. E acha isso natural”, lamentou.

O Instituto da Segurança Social

escusou-se entretanto a dizer ao Diário de Notícias se abriu ou vai abrir algum inquérito à alegada utilização, por tercei-ros, de “dados pessoais e sigilosos” so-bre a carreira contributiva do Primeiro--Ministro.

Passos Coelho, em resposta ao jornal Público, afirmou que nunca foi notifica-do da dívida, que prescreveu em 2009, adiantando que, em 2012, quando foi confrontado com dúvidas sobre a sua situação contributiva, o Centro Distrital de Segurança Social de Lisboa lhe indi-cou que tinha em dívida 2880,26 euros, acrescida de juros de mora - dívida essa que, apesar de prescrita, poderia ser paga “a título voluntário e a qualquer momento para efeito de constituição de direitos futuros”.

Sobre o facto de só este mês ter sal-dado essa dívida, referiu que pretendia fazê-lo “apenas em momento posterior ao do exercício do actual mandato”, mas, face às perguntas do Público, de-cidiu “proceder desde já ao pagamento daquele montante” para “pôr termo às acusações infundadas sobre a sua situa-ção contributiva”.

Ao Público, Passos Coelho manifes-tou-se ainda perplexo por terceiros “es-tarem alegadamente na posse de dados pessoais e sigilosos relativos à sua carrei-ra contributiva”.

Popular da China”. Recorda também ter atribuído no passado galardões de reco-nhecimento a várias personalidades de todos os quadrantes políticos e fê-lo este ano a António Costa com “total justiça, pelo que não aceita que uma citação des-contextualizada possa servir para fazer política interna, usando para tal um mo-mento de celebração de toda a comuni-dade chinesa residente em Portugal”.

Recorde-se que as declarações de An-tónio Costa levaram o fundador do PS Alfredo Barroso a anunciar a sua desfi-liação do partido. Barroso manifestou-se “envergonhado” com as afirmações do secretário-geral do PS e acusou-o de ter prestado “vassalagem à China”.

Na quinta-feira, António Costa afir-mou-se perplexo com interpretações so-bre o seu discurso perante a comunidade chinesa, defendendo que no exercício de funções institucionais junto de investi-dores estrangeiros tem de transmitir-se uma mensagem de confiança.

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Segunda-feira, 2 de Março de 201520 JTM | ROTEIRO

TDM 13:00 TDM News (Repetição) 13:30 Telejornal RTPi (Diferido) 14:30 RTPi Directo 17:40 Avenida Brasil - (Repetição) 18:30 Contraponto (Repetição) 19:30 O Teu Olhar 20:30 Telejornal 21:00 TDM Des-porto 22:10 Avenida Brasil 23:00 TDM News 23:30 Magazine Liga dos Campeões 00:00 MPB - Música Portuguesa Brasileira 00:45 Telejornal (Repetição) 01:15 RTPi Directo

30 FOX SPORTS13:00 Dutch Eredivisie PSV vs Ajax 15:00 Perfection 15:30 FOX SPORTS CINEMA D2 17:30 Hot Water 18:30 Perfection 19:00 Football Asia 19:30 Planet Speed 20:00 FOX SPORTS Central 20:30 National Icons 21:00 2015 AFC Champions League Buriram United vs Seongnam FC 22:00 FOX SPORTS Central 22:30 FOX SPORTS CINEMA D2 00:30 National Icons

31 FOX SPORTS 213:00 PGA Tour Highlights 2015 14:00 Gillette World Sport 14:30 AFF Suzuki Cup 2014 Final 1st Leg: Thailand vs Malaysia 16:00 World Tennis Challenge 17:00 Tour Down Under 2015 17:30 MLB Postsea-son 2014 American League Wildcard - Oakland Athletics at Kansas City Royals 19:00 World Rugby 19:30 Gillette World Sport 20:00 AFF Suzuki Cup 2014 Final 1st Leg: Thailand vs Malaysia 21:30 Afrasia Golf Masters Highlights 22:30 Australian Baseball League Championship Series 2015 Perth Heat vs Adelaide Bite 00:00 FOX College Basketball Oregon vs Stanford

40 FOX MOVIES13:00 Captain America: The Winter Soldier 15:20 Mr. Peabody & Sherman 16:55 Enemy Of The State 19:10 The X Files: I Want To Believe 21:00 Grown Ups 22:45 Punisher: War Zone 00:30 The Texas Chainsaw Massacre

41 HBO12:15 Tarzan 13:50 G.I. Joe: Retaliation 15:40 Mission: Impossible Ii 17:40 The Replacements 19:40 Man Of Steel 22:00 Girls 22:30 Togetherness 23:00 The Assassination Of Jesse James By The Coward Robert Ford

42 CINEMAX12:30 Team America: World Police 14:00 The Fan 16:00 Paris When It Sizzles 18:00 John Carter Of Mars 20:15 Someone To Watch Over Me 22:00 Premium Rush 23:30 The Take

50 DISCOVERY13:00 How Do They Do It? 14:00 Gadget Man Series 2 15:00 Running Wild With Bear Grylls 16:00 Alaskan Bush People 17:00 How Do They Do It? 17:30 How It’s Made 18:00 Deadliest Catch 19:00 Bering Sea Gold 20:00 Gold Rush 21:00 Siberian Cut 22:00 Gunslingers 23:00 Fast N’ Loud 00:00 Gold Rush

51 NGC12:30 The Food Files 13:25 Breakout 14:20 Strippers: Cars for Cash 15:15 World’s Toughest Rowing Race 16:10 Nazi Megastructures 17:05 Hitler’s G.I. Death Camp 18:00 Breakout 19:00 The Food Files 20:00 World’s Best Chefs 21:00 Ghost Town Gold 22:00 Nazi Megastructures 23:00 Nazi Temple of Doom 00:00 Showdown of The Unbeatables

54 HISTORY12:00 A Mother’s Nightmare 13:40 Baggage Battles 14:00 MasterChef Australia 15:00 Married At First Sight: The First Year 16:00 The Ellen DeGeneres Show 17:00 Dance Moms 18:00 MasterChef New Zealand

20:00 The Ellen DeGeneres Show 21:00 Married At First Sight: The First Year 22:00 Unforgettable 23:00 MasterChef New Zealand 00:00 The Ellen DeGeneres Show

55 FYI13:00 Flipped Off 14:00 Hideous Houses 15:00 Far Flung With Gary Mehigan 16:00 Taste Of Vietnam 17:00 Bondi Vet 18:00 Flipping Boston 19:00 House vs House 21:00 Tiny House Nation 22:00 Picker Sisters 23:00 Red Hot Design 00:00 House vs House

63 STAR WORLD12:55 Million Dollar Listing 13:45 Masterchef Junior US 14:35 American Idol 15:25 Revenge 16:15 Friends With Better Lives 17:05 America’s Next Top Model 18:00 Carrie Diaries 18:55 Cristela19:20 New Girl 19:50 Benched 20:45 Cristela 21:40 New Girl 22:35 Revenge 23:30 Sex and The City 00:25 Carrie Diaries

82 RTPI14:30 Telejornal Madeira 15:00 Bom Dia Portugal-Directo 16:02 Got Talent Portugal 18:08 Bem-vindos a Beirais 19:00 Telejornal Ásia-Directo 19:31 Literatura Agora 20:01 Sabia que? 20:24 Água de Mar 21:00 Jornal da Tarde-Directo 22:12 Agustina Bessa Luís: Nasci Adulta e Morrerei Criança 23:11 Três Pontos 23:42 Caminhos da Natureza 00:09 Literatura Agora 00:36 O Preço Certo 01:27 Especial Saúde 02:00 Portugal em Directo-Directo 03:03 Sabia que? 03:26 Água de Mar 04:00 Telejornal-Directo 05:01 Agora Nós

Número de Socorro 999Bombeiros 28 572 222PJ (Linha aberta) 993PJ (Piquete) 28 557 775PSP 28 573 333Serviços de Alfândega 28 559 944Hospital Conde S. Januário 28 313 731Hospital Kiang Wu 28 371 333CCAC 28 326 300IACM 28 387 333DST 28 882 184Aeroporto 88 982 873/74Táxi 28 283 283Táxi 28 939 939Água - Avarias 28 990 992Telecomunicações - Avarias 28 220 088Electricidade - Avarias 28 339 922Directel 28 517 520Rádio Macau 28 568 333Macau Cable 28 822 866

• • • TEMPO

160C/190C

• • • CÂMBIOSPATACA COMPRA VENDAUS DÓLAR 7.94 8.04EURO 8.91 9.02YUAN (RPC) 1.265 1.286

SOCIEDADE PROTECTORA

DOS ANIMAIS DE MACAU

TEL: 28715732/63018939ANIMA

TELEFONES ÚTEIS

CLUBE MILITAR DE MACAUAvenida da Praia Grande, 975, Macau

TEL: 28714000

• • • AMANHÃ 03/03

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A programação é da responsabilidade das estações emissoras

21:00FOX MOVIES

Grown Ups

CINETEATROS1 Kingsman: The Secret Service14:30 • 16:45 • 19:15 • 21:30

S2 Jupiter Ascending14:30 • 16:45 • 21:30

TORRE DE MACAUJupiter Ascending (3D)14:30 • 16:45 • 19:15 • 21.30

GALAXYThe Hobbit : The Battle of the Five Armies (3D)13:40 • 16:10 • 19:50 • 21:00 • 22:00 • 00:35

Taken 316:10 • 15:35 • 19:00 • 20:00 • 22:45 • 23:40

Paddington14:20 • 18:10

Big Hero 6 (3D)14:06 • 20:40

Exodus: Gods and Kings (3D)12:30

Night at the Museum: Secret of the Tomb (2D) - 15:05 • 17:10 • 19:05 • 21:00 • 23:00

Seventh Son (3D)14:10 • 16:05 • 17:50 • 18:00 • 20:00 • 22:30

The Theory of Everything13:10

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Segunda-feira, 2 de Março de 2015 JTM | OPINIÃO 21

(...) “O hospital cortou o número de mão de obra normal nos feria-dos, porque os superiores acham que, como não necessitam de fazer operações, três enfermeiros podem tratar mais de 30 pacien-tes. Mas de facto acontecem as mesmas consultas, os mesmos casos nas urgências e a situação piora ” (...)

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau”

e “Tribuna de Macau” 02/03/1995

INCENTIVOS AO INVESTIMENTO ENVOLVEM DIREITO DE RESIDÊNCIAMacau vai dispor de nova legislação que irá facilitar a fixação no território de novos investimentos e de empresá-rios e quadros técnicos especializados, disse à agência Lusa uma fonte do ga-binete do governador. De acordo com a fonte, o Conselho Consultivo pro-nunciou-se favoravelmente sobre um projecto de decreto-lei para captação de investimentos e fixação de empre-sários, quadros e técnicos especializa-dos que vai ser publicado em Boletim Oficial até ao final do mês. Neste pro-jecto-lei encontra-se estabelecido um conjunto de mecanismos legais que fa-cilitam a captação de investimentos de “reconhecida relevância económica” e desburocratizam o processo de fixa-ção em Macau de empresários e técni-cos, “por forma a elevar a qualidade dos recursos humanos no Território”. Nos termos do projecto de Decreto--Lei, são investimentos relevantes as unidades industriais cujos valores de produção ou de exportação, a partir do primeiro ano normal de laboração, sejam pelo menos iguais à média da indústria transformadora do Territó-rio e as unidades com actividades ino-vadoras. Os serviços considerados de interesse (financeiros, consultadoria, transportes e comércio, entre outros), as unidades hoteleiras ou similares e as aplicações de fundos de valor não inferir a dois milhões de patacas estão também contemplados no diploma. Uma vez aceites pelas autoridades, os investimentos serão ainda um meio que garante determinadas facilidades na fixação de residência temporária no território aos quadros associados a esses projectos e a um número restrito dos seus familiares. Os casos não re-gulados no diploma continuarão a ser tratados à luz da lei geral, no capítulo onde se estabelece o regime geral de entrada e permanência no Território. O novo diploma “permite que a Ad-ministração, mediante certas circuns-tâncias, autorize a residirem tempora-riamente no Território, empresários, quadros dirigentes e técnicos especia-lizados”, explicaram as fontes contac-tadas pela Lusa.

O Porto Interior de Pedro Barreiros

Uma exposição de Pedro Bar-reiros é sempre uma boa ocasião para juntar amigos,

admiradores e pessoas de algum modo ligadas a Macau, a todos proporcionando condições para um agradável convívio em torno de trabalhos que aquele aprecia-do e respeitado artista, escritor e promotor cultural macaense de quando em quando nos apresenta. Mais uma vez, a galeria da Dele-gação Económica e Comercial de Macau, sita na Av. 5 de Outubro, n.º 115, em Lisboa, acolheu uma mostra sua, compreendendo vinte óleos, incluindo um vistoso tríp-tico cheio de simbolismo, com su-gestivas marionetas orientais per-filadas junto de estantes repletas de livros com lombadas de muitas cores condensando saberes e histó-rias que alimentam o espírito. Es-sas marionetas e estantes ladeiam o Buda da Felicidade, gordo e sor-ridente, fazendo lembrar que “um bom almoço vale muita filosofia”, o que é reforçado pela presença de um vaso chinês azul e branco con-tendo os tradicionais pauzinhos ou “fai chi”.

Toda a arte de Pedro Barreiros é, aliás, repleta de símbolos, mere-cendo cada quadro uma observação atenta e uma interpretação, que é um convite à descoberta, dos varia-dos elementos nele contidos, que estão ali porque têm relação entre si, para além dos traços, das cores, da harmonia e daquele toque orien-tal muito característico que distin-gue e valoriza a sua pintura, que é a expressão autêntica da sensibilida-de, da cultura, das vivências e dos percursos do artista.

Foi um enorme prazer, em se-gunda visita, passar os olhos de-moradamente por aqueles traba-lhos, tentando compreender em toda a extensão o significado e a mensagem que irradiam. Nas suas próprias palavras, estas vin-te obras “são pinturas banais, sem qualquer sequência”. Foram pen-sadas “nos meus espaços, olhan-do os meus ‘tesouros’, pintei-os no meu canto, olhando-me a mim mesmo”. Não. Quem conhece a dimensão do intelectual e da sua obra literária e artística sabe que os quadros encerram muitíssimo mais. Veja-se, por exemplo, aquele em que em primeiro plano ganha relevo a menina pioneira fardada tocando a corneta que desperta para uma nova ordem revolucio-nária, tendo num plano um pouco recuado o mandarim impávido e o menino serenamente instalado no dorso do búfalo, traduzindo um cenário bucólico e intemporal, ao lado de gigantescos cristais e por-celanas, “recordações inúteis” de um passado resistente à mudança. E aquele outro em que o amolador, que é “o pregão vivo que assobia a chuva”, iluminado por um can-deeiro que finge que é o Sol, con-trasta com papoilas secas do fim do

FALAR DE NÓSJorge A. H. Rangel*

Alice Wan (nome fictício), enfermeira do Hospital São Januário, em declarações ao “Hoje Macau”

Dito

estio enfiadas numa jarra cujo ver-melho é o calor que lhes dá vida, ao lado de um búzio que contém o som do mar e da lonjura. Cada quadro espicaça a imaginação de quem o quer apreciar e estes vinte trabalhos são mesmo muito esti-mulantes, até pela variedade de objectos ali reproduzidos, todos representando de algum modo as escolhas e as recordações do pin-tor, bem como imagens que fica-ram gravadas na sua memória.

Porto InteriorNo texto introdutório do catá-

logo, o artista explica o que são os portos de Macau e a razão da es-colha do nome Porto Interior para título da exposição:

“Em toda a zona encostada a todo o comprimento do porto interior o cli-ma é outro. Embora na larga avenida que separa o porto da cidade haja um quase sempre contínuo tráfico de au-tomóveis, autocarros e motorizadas, andar a pé é possível e entrar pelo emaranhado de ruas e travessas, nos pátios e becos onde sempre vamos des-cobrindo coisas novas desde figueiras e papaieiras até pequenos templos e altares e os nomes deliciosos que se lêem em cada esquina. O porto inte-rior faz pensar na Macau que foi e re-ver interiormente tudo o que durante a nossa vida nos ligou a essa cidade única.

Foi nessas deambulações pelo por-to interior que fiz pela primeira vez o paralelismo entre ele mesmo e a carga do seu nome e as vidas que vivi e que ainda levo longe de Macau, na tam-bém minha Lisboa e na aldeia que me adoptou entre Sintra e a Ericeira cha-mada Godigana, deturpação saloia do árabe, ribeira farta.

Das portas para fora, para a rua, para as ruas, fica o meu porto exte-rior de onde me chega o que vem de fora, de outras aldeias, de outras ci-dades muito perto ou mais ou menos longe. Dentro das casas fica o meu porto interior – recantos recheados de coisas que foram lá postas por mim e pela Graça com uma história de vida que vem desde que foram criadas por quem as fez até passarem a ser pos-suídas por nós, cada uma fazendo-nos lembrar o momento em que isso acon-teceu e que sem ser por acaso estão arrumadas umas com as outras numa relação afectiva e lógica entre cada uma delas entre si e cada uma delas com cada um de nós.

Passei muitas horas muitos dias a olhar para cada um dos recantos, rue-las, becos e pátios do meu porto inte-rior e dialoguei em profundo silêncio com os seus moradores que foram lá postos por nós os dois com uma ar-rumação que só podia ser aquela sem

que isso resultasse de um estudo prévio e baseado em qualquer relação ponde-rada e discutida. A ordem daquilo tudo saiu de dentro de nós de forma espontâ-nea comum, cúmplice e íntima.

Durante esse tempo de olhar as coi-sas e reflectir em diálogo mudo com elas, veio-me o desejo de as pintar, de fixar aqueles momentos com os meus pincéis e as minhas tintas – ia pois, pela primeira vez na minha vida, fazer o que classicamente se chama Nature-zas Mortas. O termo sempre me arre-piou quando olhava para os girassóis nas jarras de Van Gogh ou nas maçãs de Cézane, que cheios de vida saltavam das telas e entravam em mim.

Só coisas com alma entram nos re-ceptáculos de emoções que são os pin-tores que por sua vez transmitem estas últimas para as obras que fazem. São pois 20 naturezas mortas com alma estas imagens dos momentos que vivi intensamente nos diversos recantos do meu Porto Interior.”

A exposição, inaugurada no dia 23 de Fevereiro, estará aberta ao pú-blico até 10 de Abril.

Breve biografiaPedro Manuel Pacheco Jorge Bar-

reiros nasceu em Macau em 1943. Médico, fez carreira na Força Aérea Portuguesa onde atingiu o posto de Major General, tendo sido director de Saúde da Força Aérea e presi-dente do Conselho Coordenador de Saúde Militar. Além de trabalhos científicos apresentados em con-gressos médicos, publicou artigos em jornais e revistas de Medicina, Arte e Cultura e desenvolveu activi-dade intensa nestas áreas. Também foi docente universitário.

Aprendeu a pintar em criança com um mestre chinês e fez a pri-meira exposição individual no Por-to, em 1974, estando representado em colecções particulares e oficiais de vários países. A célebre frase de Leonardo da Vinci “A Pintura é a Poesia que se vê, a Poesia é a Pintu-ra que se ouve” inspirou o seu per-curso artístico-literário.

Foi o comissário das Comemo-rações do 150.º Aniversário de Nas-cimento de Wenceslau de Moraes e sócio-fundador e presidente da Associação Wenceslau de Moraes, onde deixou obra reconhecidamen-te meritória.

Escreveu o romance biográfico “Danilo no Teatro da Vida” (2010) e, em parceria com sua mulher Graça, “José Vicente Jorge – Macaense Ilus-tre” (2011), fotobiografia trilingue que inaugurou uma série dedicada a grande figuras da comunidade macaense. Também colaborou na produção de documentários, como “The Weekend of the Shogun”, da NHK de Tóquio (2001), e “Macau uma Paixão Oriental”, realizado por Francisco Manso e apresentado na RTP em Dezembro de 2012.

* Presidente do Instituto Internacional de Macau.

Escreve neste espaço às 2.ªs feiras.

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Segunda-feira, 2 de Março de 201522 JTM | LAZER

“Anjo” deixa passarelas

e vai para a universidade

Karlie Kloss, de 22 anos, foi aceite “Gallatin School

of Individualized Study”, Faculdade da prestigiada

Universidade de Nova Iorque (NYU, na sigla

inglesa), revelou a modelo norte-americana à revista

“Vogue”. Kloss, que seguirá assim as pisadas de estrelas

como Emma Watson, Natalie Portman e James Franco,

rescindiu recentemente o contrato com a marca de lingerie Victoria’s Secret,

após quatro anos de ligação. A faculdade que vai acolher Kloss permite que os alunos

construam a sua própria formação académica,

escolhendo as disciplinas que mais lhe interessam.

Harrison Ford integra sequela de “Blade Runner” 33 anos depoisO actor norte-americano Harrison Ford irá protagonizar a sequela do filme “Blade Runner” (1982), um clássico da ficção científica, que vai contar com realização do canadiano Denis Villeneuve. Segundo a Alcon Entertainment, Harrison Ford, 72 anos, voltará a ser o detective Rick Deckard, um papel que interpretou em 1982, no filme de Ridley Scott, ao lado de Rutger Hauer. A rodagem da sequela só começará no Verão de 2016.

Morreu Leonard Nimoy, o “Spock” de “Star Trek”Leonard Nimoy, actor americano que ficou famoso por interpretar o papel do extraterrestre “Spock” na série original de “Star Trek” morreu na sexta-feira, aos 83 anos, na sua residência em Los Angeles. Sofria de obstrução pulmonar crónica em fase terminal. Além de actor, Nimoy foi realizador, fotógrafo, escritor e até cantor. Na sua última mensagem no Twitter, escreveu: “A vida é como um jardim. Podemos ter momentos perfeitos, mas não preservá-los, a não ser na memória”.

Paris Hilton faz visita histórica a CubaA “socialite” Paris Hilton iniciou na quinta-feira uma visita a Cuba, onde sua família perdeu um hotel há meio século, após a Revolução liderada por Fidel Castro. A herdeira da rede Hilton partilhou uma foto no Instagram, tirada na praça San Francisco, em Havana Velha, com a legenda “Cuba baby”. O hotel da rede Hilton foi nacionalizado por Castro em 1960, juntamente com outros imóveis americanos e, agora, chama-se “Havana Livre”.

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Segunda-feira, 2 de Março de 2015 JTM | LAZER 23

Gente Gira Envie as suas fotos para: [email protected]

O que falta em Macau? por Khaye Santos

Nós, enquanto filipinos a viver em Macau, somos simplesmente es-trangeiros e o tratamento que

nos é dado nem sempre é o melhor.

Não nos tratam da mesma forma que as pessoas de Macau e sentimos uma enorme desigualdade. Até nos próprios restaurantes não nos vêem como uma prioridade, somos deixados para trás. Às vezes acham que não temos dinhei-

ro para pagar determinadas coisas e a qualidade de aten-dimento não é boa. O governo devia tentar implementar algum tipo de medidas que contribuísse para garantir uma maior igualdade entre as pessoas que vivem em Macau.

Tarde de sonhoAnabela de Assis revelou ao GENTE GIRA que a filha Emília adora andar a cavalo e, que

no sítio onde estão a passar férias - Hua Hin -existem zonas onde se podem alugar cavalos para dar passeios ao longo do areal. Assim se passou uma tarde agradável com a

Emília a sentir-se nas nuvens.

Férias australianasAs cidades de Sydney e Brisbane e, em geral, a região da “Gold Coast”, na Austrália, foram os

destinos escolhidos nestas férias do Ano Novo Chinês, pela família de Denise Silva Fernandes. A foto foi tirada

no Santuário “Currumbin Wildlife”, onde a filha Joana

posa ao lado da mascote.

O cântico de VerónicaZélia Lai não podia estar mais contente e grata por ter sido escolhida para

entoar o cântico de Verónica no dia da Procissão do Senhor dos Passos, sendo que pela primeira vez em 30 anos, o cortejo decorreu no interior

da Sé Catedral, devido à chuva. “Nunca pensei que as pessoas iam chorar pelo meu canto”, relata Zélia Lai.

Família de vários continentesBeto Bebeto festejou o Ano Novo Chinês com familiares vindos de vários pontos do

mundo. Pelo que contou ao GENTE GIRA, para além de macaenses, também não faltaram os familiares vindos da Indonésia, Alemanha e Moçambique. Sem dúvida, uma família

numerosa mas bastante unida.

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24 JTM | ÚLTIMA Segunda-feira, 2 de Março de 2015 • Fecho da Edição • 00:00 horas

Três detenções na RAEHK em protesto contra cidadãos do ContinentePelo menos três pessoas foram deti-das ontem em Hong Kong, após um grupo de cerca de 400 manifestantes se ter envolvido em confrontos com a polícia, durante uma acção de pro-testo contra a influência da China na cidade e, em particular, o fenómeno do contrabando. Segundo a Reuters, em Yuen Long, a pouca distância da China Continental, os manifestantes gritavam para “cancelar a permissão de múltiplas entradas” e “derrubar o Partido Comunista Chinês”, enquan-to apontavam o dedo aos “negociantes paralelos”, que compram produtos em Hong Kong para vendê-los com lucro do outro lado da fronteira.

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Autocarros de Macau chegaram aos 500 mil utentes num diaEntre os dias 19 e 25 de Fevereiro, período marca-do pelas festividades do Ano Novo da Cabra, os serviços de autocarros de Macau receberam entre 480 mil e 500 mil utentes diários, indicam dados da Direcção para os Serviços dos Assuntos de Tráfego (DSAT). A média diária variou entre 9.300 e 9.600 viagens, o que representa um acréscimo entre cer-ca de 200 a 500 comparativamente a outros perío-dos de férias e domingos. No período em análise, a DSAT e as empresas de autocarros destacaram mais de 50 funcionários para manterem a ordem nas paragens e inspeccionarem as operações, incluindo o registo do número de viagens, comunicação com a central de serviços para envio de autocarros adicionais e de veículos especiais para locais com maior afluência de passageiros. Por outro lado, entre 17 e 26 de Fevereiro, a Polícia de Segurança Pública (PSP) registou 211 casos de ilegalidades cometidas por taxistas, das quais 119 referentes à cobrança abusiva de taxas e 47 à recusa de apanhar passageiros. No total, a DSAT e a PSP realizaram oito operações conjuntas para supervisão do sector, durante as quais foram descobertos 26 casos de infracções, in-cluindo o de um condutor que foi incapaz de apresentar a licença de taxista. L.F.

População de pandas gigantesestá a crescer na ChinaA população de pandas gigantes que vivem em estado selvagem na China aumentou em quase 17% em dez anos graças às medidas de conservação am-bientais. De acordo com um estudo da Administração Estatal das Florestas, 1.864 pandas gigantes viviam na Chi-na em estado selvagem em 2013, mais 268, o que equivale a um crescimento de 16,9%, explicou a agência Xinhua. Para-lelamente, o seu habitat cresceu 11,8% para 2,58 milhões de hectares. A China contava no fim de 2013 com 375 pandas gigantes em cativeiro: 166 machos e 209 fêmeas. Pequim leva a cabo o que a AFP descreve como “uma diplomacia do panda” que tem conhecido algum sucesso, com os animais a tornarem-se centro de atenções nos zoológicos dos países de acolhimento. Em Junho de 2014, um total de 42 animais vivam em 12 países, segundo o estudo.

Marcha por Boris Nemtsovjuntou milhares em MoscovoMais de 70.000 pessoas participaram ontem na mar-cha organizada em Moscovo em homenagem ao opo-sitor Boris Nemtsov, assassinado na sexta-feira perto do Kremlin, segundo um dos organizadores citado pela agência AFP. A polícia estimou por seu lado que mais de 16.000 pessoas participaram na marcha. Se o número dado pelos organizadores se confirmar, a marcha será a maior mobilização da oposição desde a reeleição do Presidente, Vladimir Putin, em 2012. Os manifestantes empunharam cartazes com mensagens como “Não tenho medo”, “Luta” e “A propaganda mata”, bandeiras russas com faixas negras e retratos do político assassina-do. Boris Nemtsov, de 55 anos, co-presidente do Partido Republicano da Rússia, foi alveja-do na noite de sexta-feira quando passeava perto do Kremlin. A sua morte foi condenada pela comunidade internacional e o Presidente russo prometeu fazer todos os possíveis para levar à Justiça os responsáveis pelo assassínio.

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